Boletim Diário MERCADOS. Índices, Câmbio e Commodities. Bolsa. Câmbio. Altas e Baixas do Ibovespa. Juros. Ibovespa x Dow Jones (em dólar)

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1 MERCADOS Bolsa Após abertura em baixa com queda de 1,29% na mínima do dia, o Ibovespa chegou a subir 1,74% na máxima, fechando em alta de 0,56% aos pontos, em um dia de grande volatilidade com o cenário político sensibilizando os negócios. O volume ficou em R$ 5,67 bilhões, abaixo da média dos últimos dias. Na agenda do dia, no front interno, a produção de veículos em março (Anfavea) e o fluxo cambial de março pelo BC. Nos EUA o Fed reporta a ata da reunião de política monetária, e o FMI divulga relatório de perspectivas econômicas mundiais. Em dia de agenda fraca o cenário político deve nortear o comportamento do mercado hoje. Câmbio Ontem (5) o dólar fechou em alta, frente ao real, pelo segundo pregão consecutivo, acompanhando o movimento no exterior e o cenário político local, com maior cautela dos investidores a espera dos desdobramentos do processo de impeachment da presidente Dilma. Nesse contexto, o dólar comercial subiu 1,93% para R$ 3,6832, próximo da máxima do dia. O contrato futuro para maio avançava 1,60% cotado a R$ 3,707. Índices, Câmbio e Commodities Fech. * Dia (%) Mês (%) Ano (%) Ibovespa 49, (2.0) 13.2 Ibovespa Fut. 48, Nasdaq 4,844 (1.0) (0.5) (3.3) DJIA 17,603 (0.8) (0.5) 1.0 S&P 500 2,045 (1.0) (0.7) 0.1 MSCI 1,619 (1.4) (1.8) (2.7) Tóquio 15,715 (0.1) (6.2) (17.4) Xangai 3,051 (0.1) 1.6 (13.8) Frankfurt 9,563 (2.6) (4.0) (11.0) Londres 6,091 (1.2) (1.4) (2.4) Mexico 45,186 (1.1) (1.5) 5.1 India 24, (1.7) (4.7) Rússia 847 (1.8) (3.4) 11.8 Dólar - vista R$ (7.1) Dólar/Euro $1.14 (0.1) Euro R$ (2.6) Ouro $1, (0.1) 16.0 Petróleo Brent $ (4.4) 1.6 Petróleo WTI $ (6.4) (3.1) * Dia anterior, exceto Ásia Altas e Baixas do Ibovespa CSNA3 8.6% RENT3 4.5% Juros QUAL3 VALE3 3.6% 3.4% Os futuros de juros fecharam em ligeira queda, refletindo maior cautela diante do aumento da incerteza em relação ao cenário político e à espera de alguma definição. O DI para janeiro de 2017 caiu de 13,81% para 13,80% no fechamento do pregão regular, enquanto o DI para janeiro de 2018 recuou de 13,66% para 13,62%. Já o DI para janeiro de 2021 teve baixa de 13,98% para 13,94%. PETR4 RUMO3 SUZB5 FIBR3 TIMP3 CMIG4-11.1% -6.1% -4.0% -3.6% -3.4% 3.3% Brasil Referência Expectativa Apurado Anterior 11:20 Produção de veículos Anfavea Março :20 Vendas de veículos Anfavea Março :20 Exportações de veículos Anfavea Março Estados Unidos Referência Expectativa Apurado Anterior 08:00 MBA - Solicitações de empréstimos hipotecários 1-abr 2,70% -1,00% Europa Referência Expectativa Apurado Anterior 05:10 PMI Varejo zona do euro Markit Março 49,2 50, Ibovespa x Dow Jones (em dólar) Dow Jones Ibovespa Página 1

2 ANÁLISE DE EMPRESAS E SETORES Ser Educacional (SEER3) Captação de alunos do 1T16 A Ser Educacional reportou os resultados do seu processo de captação/rematrícula do 1T16 apresentando números acima do esperado, em função do forte crescimento orgânico de 2015 com a abertura de mais de 255 novos cursos e 04 novas unidades, assim como projetos de aumento da eficiência operacional focados na captação e retenção de alunos. Assim a companhia informou que ao término do 1T16, foram matriculados 37,3 mil novos alunos de graduação presencial, um aumento de 4,3% em relação à captação ajustada (excluindo da captação os 8,3 mil alunos que já haviam sido captados e que não tiveram acesso ao FIES) realizada no mesmo período do ano anterior. No segmento de graduação EAD, no 1T16, houve alta de 65,5%, atingindo 2,6 mil alunos, já considerando os 06 polos de EAD da UNG. Já no segmento de Pós-graduação a captação do 1T16 se mostrou mais expressiva, com crescimento de 103,8%, no total de alunos captados neste 1T16. Desse modo a base de alunos de pós-graduação encerrou o 1T16 com expansão de 17% em comparação ao 1T15, explicado principalmente pela reorganização do departamento realizado durante o ano de 2015, no intuito de buscar novas fontes de receita para fazer frente à redução da participação do PRONATEC, que por sua vez não apresentou até o momento sinalização de abertura de matrículas. Assim, ao término do 1T16, do total da captação, 9,2 mil alunos vieram por meio de crédito estudantil, sendo que 0,6 mil financiados por meio do PraValer, 0,3 mil por meio do Educred e 8,3 mil por meio do FIES. O total de novos contratos finalizados do FIES até o momento atingiu 9,7 mil (sendo 8,3 mil calouros e 1,5 mil veteranos). Deste modo, a base de alunos de graduação presencial da Ser Educacional somou 135,4 mil alunos, alta de 6,3% em relação à base de alunos ajustada do 1T15. A base de alunos total apresentou queda de 2,2% em comparação à base de alunos total ajustada pela evasão não recorrente de 8,3 mil alunos. Levando em consideração a média das projeções compiladas pela Bloomberg, a ação SEER3 esta sendo negociada com um múltiplo Preço/Lucro para 2016 de 6,5x e 5,6x para Ontem a ação encerrou cotada a R$ 10,55 acumulando alta de 39,5% em Página 2

3 Vale (VALE5): Venda da área de fertilizantes O jornal Valor informa em sua edição de hoje, que a Vale poderá separar sua divisão de fertilizantes no segundo semestre, com a venda de uma participação sendo realizada ainda este ano. A negociação poderá ser feita com um parceiro estratégico, como a empresa norueguesa Yara, por um valor entre US$ 2 bilhões a US$ 3 bilhões. No final de 2013, a Yara já havia anunciado que estudaria um acordo com a Vale, desde que a mineradora estivesse buscando parceiros para agregar valor ao negócio. Na teleconferência dos resultados de 2015, a diretoria da Vale reiterou que estão satisfeitos com a melhoria dos resultados de sua área de fertilizantes, mas continuam examinando todas as possiblidade de negociação de participações neste segmento. Em 2015, o EBITDA do segmento de fertilizantes da Vale cresceu 104,0% para US$ 567 milhões, em função dos efeitos positivos da alta na taxa de câmbio e dos cortes de custos e despesas. A venda de uma participação da Vale em sua área de fertilizantes para outra empresa do ramo, seguramente será positiva. Uma operação como essa poderá fortalecer o caixa da Vale, além de dinamizar os resultados do segmento. Nossa recomendação para VALE5 é de Manutenção com Preço Justo de R$ 14,50/ação. BM&FBovespa (BVMF3) Investe R$ 136 milhões na Bolsa de Valores do México A BM&FBovespa atingiu participação acionária de 4,1% na Bolsa Mexicana de Valores, em um investimento de 640 milhões de pesos mexicanos, o equivalente a R$ 136 milhões. Segundo comunicado, a companhia permanece avaliando oportunidades de expansão em atividades adjacentes ao seu negócio. A Bolsa Mexicana de Valores tem 120 anos de história, sendo integrante de um grupo de empresas líderes no México, que oferecem serviços em mercados de capitais, derivativos e dívida, bem como serviços de pós-negociação, produtos de informação e valor agregado. Tomando por base a cotação de R$ 15,62/ação (Valor de Mercado de R$ 27,8 bilhões), com alta de 43,4% este ano, a companhia esta sendo negociada a um P/L para 2016 de 17,9x e a um EV/EBITDA de 9,2x. Página 3

4 Marfrig Global Foods S.A. (MRFG3) Alienação de ativos na argentina por US$ 75 milhões A Marfrig em sequência a decisão de venda de ativos na Argentina, vem comunicar que celebrou contrato irrevogável e irretratável com a empresa Black Bamboo Enterprises S.A. (Grupo Foresun República Popular da China) para a alienação de determinadas unidades na Argentina, localizadas em: a) Hughes (Província de Santa Fé); b) Vivoratá (Província de Buenos Aires); c) Unquillo (Província de Córdoba) e; d) Monte Ralo (Província de Córdoba). As unidades de Hughes, Vivoratá e Unquillo são unidades frigoríficas enquanto a unidade de Monte Ralo é uma unidade de confinamento. Apenas a unidade de Hughes está operacional atualmente e é a primeira unidade a ser entregue. O valor total da Transação é de, aproximadamente, US$ 75 milhões e o pagamento será parcelado. O pagamento inicial, no valor de US$ 34 milhões, foi efetuado na data de hoje (6) e o saldo remanescente será pago em até 12 meses, mediante a entrega das demais unidades. Opinião: Segundo comunicado, esta Transação proporciona à Marfrig maior foco para buscar as oportunidades de crescimento definidas em seu plano estratégico, lembrando que a companhia continua operando a unidade frigorífica de Villa Mercedes (Província de San Luis) na Argentina. Não temos recomendação para seus papéis que este ano registram estabilidade, com alta de 0,2% para R$ 6,36/ação. A média dos analistas (Bloomberg) aponta para um preço justo de R$ 8,63/ação. Os múltiplos para 2016 são: P/L de 47,3x e EV/EBITDA de 5,1x. Queda na produção de cervejas e refrigerantes no 1T16 Os dados divulgados pelo Sistema de Controle de Produção de Bebidas (Sicobe) da Receita Federal mostraram que a produção nacional de cervejas em março de 2016 teve redução de 17,9% e a de refrigerantes caiu 5,3%, comparado ao mesmo mês de Os volumes produzidos no primeiro trimestre caíram de 6,7% em cervejas e 7,6% em refrigerantes. Comparado a fevereiro/2016, a produção de cerveja em março caiu 18,7% e a de refrigerantes aumentou 4,9%. A queda na produção de cervejas e refrigerantes pode ser atribuída à recessão que vive o país, que impacta a renda e o emprego. Além disso, um verão menos seco que ano passado também é uma razão para o menor consumo de bebidas no primeiro trimestre de Página 4

5 Produção Brasileira de Cervejas e Refrigerantes milhões de litros Mar/16 Mar/15 Var. 1T16 1T15 Var. Cervejas ,9% ,7% Refrigerantes ,3% ,6% Fonte: Receita Federal/Sicobe Como a Ambev detém 67,5% do mercado brasileiro de cervejas e 19,6% de refrigerantes, o nível de produção no país é um indicador fundamental para os resultados da empresa. Vale lembrar que as operações da Ambev no Brasil representaram 56% da receita líquida e 63% do EBITDA consolidado de Figura 1: Produção de Cervejas e Refrigerantes no Brasil Fonte: Receita Federal/Sicobe No 4T15, o volume total vendido pela Ambev cresceu 0,4%, puxado pelas vendas das controladas no exterior. No Brasil, as vendas tiveram quedas de 2,5% em cervejas e 6,4% em refrigerantes. Os melhores desempenhos no trimestre ocorreram nas unidades da Ambev na América Central e Caribe, onde as vendas totais cresceram 10,7% e no Canadá, onde houve aumento de 2,9%. Considerando as projeções médias do mercado compiladas pela Bloomberg, as ações da Ambev estão sendo negociadas com indicador Preço/Lucro de 19,6x para os resultados de 2016 e 17,7x para O Preço Justo médio para ABEV3 é de R$ 19,83/ação, o que indica um potencial de alta em 6%. Página 5

6 FLUXO ESTRANGEIRO Evolução mensal do fluxo líquido de capital estrangeiro na Bovespa (R$ milhões) abr/15 mai/15 jun/15 jul/15 ago/15 set/15 out/15 nov/15 dez/15 jan/16 fev/16 mar/16 abr/16 Fonte: Ibovespa, dados até 01/04/2016 Fluxo de Capital Estrangeiro (R$ milhões) 1/4/16 30 dias Mês Ano Saldo 123, ,8 123, ,1 Fonte: BMFBovespa Contratos em Aberto Ibovespa Futuro Investidores Não Residentes Investidores Insitucionais Contratos em Aberto - Ibovespa Futuro I. Não Residentes I. Institucionais Compra Venda Líquido Página 6

7 AGENDA MACROECONÔMICA Data Horário País / Região Indicador Referência Expectativa Anterior Quinta-feira 08:00 BR Inflação FGV IGP-DI A/A Março 11,09% 11,93% 07/04/ :00 BR FGV: IPC-S (m/m) 07/abr 0,47% 0,79% 09:30 EUA Novos pedidos seguro-desemprego 02/abr 270 mil 276 mil 09:30 EUA Seguro-desemprego 26/mar 2170 mil 2173 mil Sexta-feira 08:00 BR FGV: IPC-S (m/m) 07/abr 0,50% 0,50% 08/04/ :00 BR IBGE: IPCA (m/m) Março 0,46% 0,90% 09:00 BR IBGE: IPCA (a/a) Março 9,42% 10,36% 11:00 EUA Estoques no atacado (m/m) Fevereiro -0,20% 0,20% 11:00 EUA Vendas de negócio no atacado (m/m) Fevereiro 0,20% -1,70% Segunda-feira 08:00 BR FGV - IGP-M 1º Prévia Abril 0,43% 11/04/ :25 BR BC - Pesquisa Focus (Semanal) 15:00 BR Balança Comercial semanal 10/abr Terça-feira 05:00 BR IPC FIPE- Semanal 07/abr 0,92% 12/04/ :00 BR Vendas a varejo (m/m) Fevereiro -1,50% 09:00 BR Vendas no varejo (a/a) Fevereiro -10,30% 09:30 EUA Índice de preços de importação (m/m) Março 1,00% -0,30% 09:30 EUA Índice de preços de importação (a/a) Março -6,10% 00:00 CH Balança comercial Março 33,20bi. 32,59 bi. 00:00 CH Balança comercial CNY Março 203,65 bi. 209,50 bi. Fonte: Bloomberg Página 7

8 Parâmetros do Rating da Ação Nossos parâmetros de rating levam em consideração o potencial de valorização da ação, do mercado, aqui refletido pelo Índice Bovespa, e um prêmio, adotado neste caso como a taxa de juro real no Brasil, e se necessário ponderação do analista. Dessa forma teremos: Compra: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for superior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Neutro: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for em linha com o potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. Venda: Quando a expectativa do analista para a valorização da ação for inferior ao potencial de valorização do Índice Bovespa, mais o prêmio. EQUIPE Mario Roberto Mariante, CNPI* mmariante@plannercorretora.com.br Luiz Francisco Caetano, CNPI lcaetano@plannercorretora.com.br Cristiano de Barros Caris ccaris@plannercorretora.com.br Ingrid Lima de Jesus ijesus@planner.com.br Victor Luiz de Figueiredo Martins, CNPI vmartins@plannercorretora.com.br Ricardo Tadeu Martins, CNPI rmartins@planner.com.br DISCLAIMER Este relatório foi preparado pela Planner Corretora e está sendo fornecido exclusivamente com o objetivo de informar. As informações, opiniões, estimativas e projeções referem-se à data presente e estão sujeitas à mudanças como resultado de alterações nas condições de mercado, sem aviso prévio. As informações utilizadas neste relatório foram obtidas das companhias analisadas e de fontes públicas, que acreditamos confiáveis e de boa fé. Contudo, não foram independentemente conferidas e nenhuma garantia, expressa ou implícita, é dada sobre sua exatidão. Nenhuma parte deste relatório pode ser copiada ou redistribuída sem prévio consentimento da Planner Corretora de Valores. (*) Conforme o artigo 16, parágrafo único, da ICVM 483, declaro ser inteiramente responsável pelas informações e afirmações contidas neste relatório de análise. Declaração do(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento), nos termos do art. 17 da ICVM 483 O(s) analista(s) de valores mobiliários (de investimento) envolvido(s) na elaboração deste relatório declara(m) que as recomendações contidas neste refletem exclusivamente sua(s) opinião(ões) pessoal(is) sobre a companhia e seus valores mobiliários e foram elaboradas de forma independente e autônoma, inclusive em relação à Planner Corretora e demais empresas do Grupo. Declaração do empregador do analista, nos termos do art. 18 da ICVM 483 A Planner Corretora e demais empresas do Grupo declaram que podem ser remuneradas por serviços prestados à(s) companhia(s) analisada(s) neste relatório. Página 8