Transformações Lineares. Carlos Luz, Ana Matos, Sandra Nunes Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Transformações Lineares. Carlos Luz, Ana Matos, Sandra Nunes Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal"

Transcrição

1 Transformações Lineares Carlos Luz, Ana Matos, Sandra Nunes Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal Ano Lectivo 2004/2005

2 Índice Definição Representação Matricial 2 AComposiçãodeTransformaçõesLineareseoProdutoMatricial 0 2 MudançadeBase 2 Núcleo e Imagem de uma Transformação Linear 3 3 Inversa de uma Transformação Linear 6 4 Exercícios Resolvidos 9 5 Exercícios Propostos 26 6 Soluções dos Exercícios Propostos 28 Bibliografia 29

3 Recorde-se que uma aplicação (ou função) de um conjunto sobre outro é uma regra que, a cada elemento do primeiro conjunto (conjunto de partida), faz corresponder um e um só elemento do segundo (conjunto de chegada) As transformações lineares são aplicações entre dois espaços vectoriais que, num certo sentido, preservam as operações de adição e multiplicação escalares definidas nesses espaços A importância de que se revestem na resolução de diversos problemas de Engenharia, tornam as transformações lineares um tema obrigatório de estudo num curso introdutório de Álgebra Linear Neste capítulo faremos uma digressão sucinta pelos aspectos essenciais das transformações lineares, realçando, nomeadamente, as ligações estreitas existentes entre as noções de transformação linear edematriz Definição Representação Matricial Supondo fixada a base canónica em IR 2, consideremos a matriz 0 A = 0 eovector x =(, /3) IR 2 Representando este vector pela matriz coluna calcular o produto 0 /3 A x = = = y 0 /3 /3 (),podemos A multiplicação de A por x pode então ser vista como uma acção de transformação do vector x =(, /3) no vector y =( /3, ) A figura ilustra geometricamente o que aconteceu: ao ser multiplicado por A, o vector x sofreu uma rotação de +90, sendo transformado (ou aplicado) no vector y 3 / y = +90º x = / 3 Figura : Rotação de +90 o Em geral, a multiplicação da matriz A pelo vector genérico x =(x,x 2 ) IR 2 conduz ao vector y =( x 2,x ) pois 0 x x2 A x = = = y (2) 0 x 2 x Geometricamente, o vector transformado y =( x 2,x ) pode ser visto como o resultado da rotação de x =(x,x 2 ) de 90 no sentido positivo, tal como ilustra a fig 2 Não havendo perigo de confusão quanto à base fixada, identificaremos um vector de IR n com a matriz coluna formada pelas suas componentes 2 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

4 x x = x 2 x 2 x 2 +90º 2 x x 2 Ax = x x Figura 2: Rotação de +90 definida pela matriz A Deste modo, a matriz A define uma aplicação T de IR 2 para IR 2, designada por rotação, quea cada vector x IR 2 associa o vector y = A x IR 2 Simbolicamente, T pode representar-se por T : IR 2 IR 2 x y = T ( x) =A x O vector y = T ( x) diz-se a imagem do vector x por intermédio da transformação T Tendo em conta (2), a rotação T pode ser, alternativamente, definida por T : IR 2 IR 2 (x,x 2 ) T (x,x 2 )=( x 2,x ) T diz-se uma transformação linear dado que satisfaz as condições da definição seguinte: Definição Sejam E e F dois espaços vectoriais sobre o mesmo corpo IK T : E F diz-se uma transformação (ou aplicação) linear de E em F se: Uma aplicação T ( x + y) =T ( x)+t ( y), quaisquer que sejam x, y E; 2 T (λ x) =λt ( x), quaisquer que sejam x E e λ IK Por outras palavras, T é uma transformação linear de E em F se a imagem da soma de dois vectores de E é igual à soma das imagens dos vectores e a imagem do produto de um vector de E por um escalar coincide com o produto do escalar pela imagem do vector Quando se considera uma transformação linear entre dois espaços vectoriais, admite-se que estes têm o mesmo conjunto de escalares De notar também que as duas condições da definição anterior podem ser reunidas na condição T (λ x + µ y) =λt ( x)+µt ( y), para todos os vectores x e y de E e todos os escalares λ e µ de IK De facto, esta última igualdade é equivalente às anteriores podendo ser igualmente utilizada para definir transformação linear Uma transformação linear de E em F também se diz um homomorfismo Em particular, dir-se-á um monomorfismo se é injectiva, um epiformismo se é sobrejectiva, um isomorfismo se é bijectiva, um endomorfismo se F = E e um automorfismo se é simultaneamente um endoformismo e um isomorfismo 3 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

5 Exemplo Comecemos por verificar que a rotação T ( x) =A x vista acima é uma transformação linear Com efeito, dados dois quaisquer vectores x e y pertencentes a IR 2 e um escalar arbitrário λ IR, as propriedades da multiplicação de matrizes permitem escrever T ( x + y) =A( x + y) =A x + A y = T ( x)+t ( y) e T (λ x) =A(λ x) =λa x = λt ( x) Mais geralmente, seja A uma matriz qualquer de tipo m n e x um vector de IR n A aplicação T :IR n IR m definida por T ( x) =A x é uma transformação linear A verificação resulta das propriedades da multiplicação de matrizes, tal como no caso da rotação Exemplo 2 Uma das transformações lineares mais simples é a função f :IR IR dada for f(x) =ax, com a IR Esta função é representada geometricamente, num plano onde se fixou um referencial cartesiano ortonormado, por uma recta que passa pela origem e tem declive a Com efeito, f é uma transformação linear pois, para quaisquer x, y IR e λ IR,tem-se f(x + y) =a(x + y) =ax + ay = f(x)+f(y) e f(λx) =a(λx) =λ(ax) =λf(x) Por outro lado, já a função quadrática f(x) =x 2 (representada geometricamente por uma parábola) não é uma transformação linear pois, por exemplo, para x =e y =, tem-se f( + ) = f(2) = 2 2 =4e f() + f() = =2 Assim, f( + ) 6= f() + f(), e, portanto, a primeira condição da definição não se verifica Vejamos algumas propriedades das transformações lineares Proposição Sejam E e F dois espaços vectoriais sobre o corpo IK e T uma transformação linear de E em F Então vale o seguinte: (a) T ( 0 E )= 0 F, onde 0 E e 0 F designam respectivamente os vectores nulos de E e F (b) T ( x) = T ( x), x E (c) T ( x y) =T ( x) T ( y), x, y E (d) Se x = λ v + + λ p v p, com v,, v p E e λ,,λ p IK, então T ( x) =T (λ v + + λ p v p )=λ T ( v )+ + λ p T ( v p ) Demonstração Para provar (a) recorde-se que 0 IK x = 0 E para qualquer x E Então, atendendo à definição de transformação linear e de novo à igualdade anterior, tem-se T ( 0 E )=T (0 IK x) =0 IK T ( x) = 0 F A propriedade (b) é consequência de x =( ) x De facto, daqui segue-se que T ( x) =T [( ) x] =( )T ( x) = T ( x), atendendo à definição de transformação linear Quanto à propriedade (c) tem-se, atendendo a que x y = x+( y), àdefinição de transformação linear e à propriedade (b): T ( x y) =T [ x +( y)] = T ( x)+t ( y) =T ( x) T ( y) Deixa-se a demonstração de (d) como exercício 4 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

6 Exemplo 3 Considere-se T : IR 2 IR 2 (x,x 2 ) T (x,x 2 )=(x 2,x ) Para verificar que é uma transformação linear realizam-se os seguintes passos: Sejam x =(x,x 2 ) e y =(y,y 2 ) dois quaisquer vectores de IR 2 Então, T ( x + y) =T [(x,x 2 )+(y,y 2 )] = T (x + y,x 2 + y 2 )=(x 2 + y 2,x + y ) =(x 2,x )+(y 2,y )=T (x,x 2 )+T (y,y 2 )=T ( x)+t ( y), sendoa2 a e3 a igualdades devidas à operação de adição de vectores e as restantes justificadas pelas definições de x, y e T Destemodo,verifica-se a primeira condição da definição 2 Sejam x =(x,x 2 ) IR 2 e λ IR Então, T (λ x) =T [λ(x,x 2 )] = T (λx,λx 2 ) =(λx 2,λx )=λ(x 2,x )=λt (x,x 2 )=λt (x), sendo as igualdades justificadas exactamente como no procedimento anterior, ficando assim satisfeita a segunda condição da definição Q T ( x ) = ( x, x ) 2 x x 2 P x = ( x, x ) 2 x 2 x Figura 3: Reflexão Para interpretar geometricamente a transformação T observe-se a figura 3 que sugere a simetria dos vectores (x,x 2 ) e (x 2,x ) relativamente à bissectriz dos quadrantes ímpares Sejam P e Q as extremidades dos vectores (x,x 2 ) e (x 2,x ), respectivamente O ponto médio do segmento [PQ] tem a forma x +x 2 2, x +x 2 2 pertencendo, portanto, à referida bissectriz Simultaneamente, [PQ] é perpendicular a esta recta, pois sendo PQ = T (x,x 2 ) (x,x 2 )=(x 2 x,x x 2 ) e (, ) um vector com a direcção daquela bissectriz, tem-se PQ (, ) = (x 2 x,x x 2 ) (, ) = 0 Assim, é natural dizer que T é uma reflexão Vejamos agora se, à semelhança da transformação rotação, é possível representar matricialmente a reflexão T A resposta é afirmativa pois: 5 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

7 3 O vector (x,x 2 ) pode escreve-se na forma donde, pela alínea (d) da proposição, ou seja, (x,x 2 )=x (, 0) + x 2 (0, ) T (x,x 2 )=x T (, 0) + x 2 T (0, ), (3) (x 2,x )=x (0, ) + x 2 (, 0) 2 Esta igualdade escreve-se matricialmente na forma x2 0 = x x + x 2 0 pelo que equivale ao seguinte produto matricial: 0 x = 0 Assim, a matriz A T = 0 0 x 2 x2 x, permite definir alternativamente a reflexão T por T ( x) =A T x, x IR 2 Supondo fixada em IR 2 a base canónica e =(, 0) e e 2 =(0, ), da igualdade (3) conclui-se que as colunas da matriz A T são, respectivamente, as imagens de e e e 2 por meio de T expressas naquela base Efectivamente, tem-se T ( e )=(0, ) = e 2 e T ( e 2 )=(, 0) = e, pelo que a a coluna de A T contém as coordenadas de e 2 e, a 2 a coluna, as coordenadas de e AmatrizA T diz-se a matriz representativa de T relativamente à base fixada em IR 2 Exemplo 4 Seja T :IR 3 IR 2 afunçãodadapor T (x,x 2,x 3 )=(x,x 3 ) Para verificar que T é linear sejam (x,x 2,x 3 ) e (y,y 2,y 3 ) quaisquer vectores de IR 3 e λ IR Então, de forma análoga à do exemplo 3, tem-se e T [(x,x 2,x 3 )+(y,y 2,y 3 )] = T (x + y,x 2 + y 2,x 3 + y 3 ) =(x + y,x 3 + y 3 )=(x,x 3 )+(y,y 3 ) = T (x,x 2,x 3 )+T (y,y 2,y 3 ) T [λ(x,x 2,x 3 )] = T (λx,λx 2,λx 3 ) =(λx,λx 3 )=λ(x,x 3 ) = λt (x,x 2,x 3 ) Supondo fixadas em IR 3 e IR 2 as respectivas bases canónicas, tal como foi sugerido no exemplo anterior e será provado no teorema, para obter a representação matricial de T bastará calcular T ( e )=T (, 0, 0) = (, 0), T ( e 2 )=T (0,, 0) = (0, 0) e T ( e 3 )=T (0, 0, ) = (0, ) econsiderara matriz de tipo 2 3 formada por estas imagens, isto é, A T = x =(x,x 2,x 3 ), verifica-se que T ( x) =A T x pois A T x = x x 0 2 = x x x 3 De facto, para qualquer 6 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

8 Exemplo 5 Considere-se a transformação T :IR n IR n tal que T ( x) =c x, onde c éumaconstante real Trata-se de uma transformação linear que, no caso de c =0, se diz a transformação nula de IR n em IR n e é representada matricialmente pela matriz nula Caso c =,obtém-sea transformação identidade em IR n, que é representada matricialmente pela matriz identidade de ordem n, I n,vistoquet ( x) = x T ( x) =I n x Exemplo 6 Seja P n o espaço vectorial dos polinómios de grau menor ou igual a n e S n = {,x,x 2,,x n } a sua base canónica Considere-se, em particular, a transformação D : P 3 P 3 (designada por operador de derivação) que a cada polinómio faz corresponder a sua derivada p(x) =a 0 + a x + a 2 x 2 + a 3 x 3 P 3 D(p) = dp dx (x) =a +2a 2 x +3a 3 x 2 P 3 D é uma transformação linear pois, dados p(x) =a 0 +a x+a 2 x 2 +a 3 x 3,q(x) =b 0 +b x+b 2 x 2 +b 3 x 3 e λ escalar, tem-se D(p + q) = D(p)+ D(q) e D(λp) =λd(p) De facto, estas igualdades deduzem-se com facilidade, atendendo a que a derivada da soma é a soma das derivadas e que a derivada do produto de uma constante por uma função é o produto da constante pela derivada da função Para obter a matriz representativa de D, vamos exprimir na base S 3 = {, x,x 2,x 3 } as imagens dos elementos de S 3 por meio de D Tem-seentão D() = 0 = 0 +0 x +0 x 2 +0 x 3, D(x) == +0 x +0 x 2 +0 x 3, D(x 2 )=2x =0 +2 x +0 x 2 +0 x 3, D(x 3 )=3x 2 =0 +0 x +3x 2 +0 x 3 e, portanto, D pode ser representada matricialmente por A D = A matriz representativa de D comporta toda a informação que é essencial para determinar os coeficientes da derivada de qualquer polinómio de P 3 e, consequentemente, essa mesma derivada De facto, obtêm-se os coeficientes da derivada dum polinómio p(x) =a 0 + a x + a 2 x 2 + a 3 x 3 multiplicando a matriz A D pelos coeficientes de p(x) : A D a 0 a a 2 a 3 = Vimos, no exemplo acima, que qualquer matriz de elementos reais define uma transformação linear Nos restantes exemplos, mesmo quando as transformações lineares não foram dadas matricialmente, foram determinadas matrizes representativas A questão que naturalmente se põe, é a de saber se qualquer transformação linear de um espaço vectorial para outro tem uma representação matricial A resposta é afirmativa no caso dos espaços vectoriais de dimensão finita como se mostra no resultado seguinte a 0 a a 2 a 3 = a 2a 2 3a MAIC Ano Lectivo 2004/2005

9 Teorema Sejam E e F espaços vectoriais de dimensão finita Suponham-se fixadas em E e em F as bases ordenadas 2 { e, e 2,, e n } e { f, f 2,, f m }, respectivamente, e seja T : E F uma transformação linear Então, a imagem y = T ( x) F de qualquer vector x E obtém-se por em que: y = A x y y 2 y m = A A é uma matriz do tipo m n e as suas colunas são, respectivamente, as coordenadas dos vectores T ( e ),T( e 2 ),, T( e n ) relativamente à base { f, f 2,, f m } de F ; x,x 2,,x n são as coordenadas de x relativamente à base fixada em E, istoé, x = x e + x 2 e x n e n ; y,y 2,,y m são as coordenadas de y relativamente à base fixada em F,istoé, y = y f + y 2 f2 + + y m fm A matriz A é única e diz-se a matriz representativa de T relativamente às bases fixadas em E eemf x x 2 x n Demonstração Dado que T é uma transformação linear tem-se T ( x) = T (x e + x 2 e x n e n ) = x T ( e )+x 2 T ( e 2 )+ + x n T ( e n ), (4) ou seja, T ( x) é uma combinação linear das imagens dos vectores da base { e, e 2,, e n } de E Ora, estas imagens representam-se na base { f, f 2,, f m } de F por, T ( e i )=a i f + a 2i f2 + + a mi fm, i =,n ou matricialmente por T ( e i )= Então, por (4), T ( x) pode escrever-se na forma a a 2 T ( x) =x + x 2 a m = a i a 2i a mi a 2 a 22 a m2 + + x n a x + a 2 x a n x n a 2 x + a 22 x a 2n x n a m x + a m2 x a mn x n a n a 2n a mn (5) 2 Suporemos aqui que os vectores das bases de E e F obedecem a uma ordenação pré-fixada 8 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

10 Note-se que as linhas desta última matriz são exactamente as coordenadas de T ( x) na base { f, f 2,, f m } inicialmente fixada em F Designando T ( x) por y e aquelas coordenadas por y,y 2,,y m,obtém-sede(5) y y 2 y m = a a 2 a n a 2 a 22 a 2n a m a m2 a mn ou seja, y = A x em que A designa, como se enunciou, a matriz cujas colunas são as imagens por meio de T dosvectoresdabasefixada em E Visto que estas imagens se escrevem de maneira única em função dos vectores da base de F,conclui-sequeA éaúnicamatrizquerepresentat nas bases ordenadas fixadas em E e F Exemplo 7 Seja T : R 3 R 2 a transformação definida por T (x,x 2,x 3 )=(x 2,x + x 3 ) e suponha-se fixada em IR 3 a base canónica { e, e 2, e 3 } = {(, 0, 0), (0,, 0), (0, 0, )} eemir 2 abase { f, f 2 } = {(, 0), (, )} Para obter a matriz representativa de T há que sucessivamente calcular: x x 2 x n T ( e )=T (, 0, 0) = (0, ) = f +f 2 ; T ( e 2 )=T (0,, 0) = (, 0) = f +0f 2 ; T ( e 3 )=T (0, 0, ) = (0, ) = f +f 2 Dispondo nas colunas de uma matriz as coordenadas de T ( e ),T( e 2 ) e T ( e 3 ) na base { f, f 2 }, obtém-se a matriz que representa T nas bases fixadas: 0 Por outro lado, se em IR 2 abasefixada tivesse sido a base canónica formada pelos vectores e =(, 0) e, e 2 =(0, ), a transformação T seriarepresentadapelamatriz 0 0, 0 pois T ( e )= e 2,T( e 2 )= e e T ( e 3 )= e 2 Exemplo 8 Suponha-se de novo a reflexão T :IR 2 IR 2 dada por T (x,x 2 )=(x 2,x )Orajá se viu que estando fixada em IR 2 a base canónica, a matriz que representa T é 0, 0 pois T ( e )=T (, 0) = (0, ) = e 2 e T ( e 2 )= e Suponha-se, por outro lado, fixada em IR 2 abase { f, f 2 } com f =(, ) e f 2 =(, ) Para obter a matriz de T na nova base há que determinar T ( f ) e T ( f 2 ) e exprimir estes vectores naquela base Então, como T ( f )=T (, ) = (, ) = f +0f 2 e T ( f 2 )=T (, ) = (, ) = 0f f 2, tem-se que a representação matricial de T na base { f, f 2 } é 0 0, 9 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

11 A Composição de Transformações Lineares e o Produto Matricial Consideremos agora duas transformações lineares T : E F e S : F G entre espaços vectoriais de dimensão finita A composição de S com T é a transformação S T definida por (S T )( x) =S (T ( x)), x E Vimos no teorema anterior que a cada transformação linear está associada a matriz que a representa relativamente às bases consideradas Observemos agora que a composição de transformações lineares está associada ao produto das matrizes que representam aquelas transformações nas bases consideradas Proposição 2 Sejam E,F e G espaços vectoriais sobre o mesmo corpo e designemos respectivamente por A T e A S as matrizes que representam as transformações lineares T : E F e S : F G relativamente a bases fixadas em E, F e G Então, a matriz A S T que representa S T, relativamente às mesmas bases, é o produto de A S por A T, isto é, A S T = A S A T Demonstração Provemos primeiro que S T é uma transformação linear quaisquer x, y E tem-se Com efeito, para (S T )( x + y) =S (T ( x + y)) = S (T ( x)+t ( y)) = S (T ( x)) + S (T ( y)) = (S T )( x)+(s T )( y) Por outro lado, para qualquer x E e todos os escalares λ tem-se (S T )(λ x) =S (T (λ x)) = S (λt ( x)) = λs (T ( x)) = λ (S T )( x), e, portanto, S T é uma transformação linear Considerando fixadas bases em E, F e G, tem-se, atendendo à definição de S T eaoteorema anterior: (S T )( x) =S (T ( x)) = S (A T x) =A S A T x, x E Visto que a representação matricial de uma transformação linear é única, resulta destas igualdades que A S T = A S A T, tendo em conta que S T élinear Exemplo 9 Consideremos duas transformações lineares T :IR 2 IR 3 e S :IR 3 IR 2 representadas, relativamente às bases canónicas de IR 2 e IR 3,por A T = e A S = 0 Tem-se então que a matriz representativa de S T :IR 2 IR 2 é dada por 2 0 A S T = A S A T = = Consequentemente, (S T )(x,x 2 )=(x +3x 2, 2x 2 ) Por outro lado, a matriz representativa de T S :IR 3 IR 3 é A T S = A T A S = = donde (T S)(x,x 2,x 3 )=(x + x 2,x + x 2, 3x + x 2 + x 3 ), 0 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

12 2 Mudança de Base Seja T : E E um endomorfismodoespaçovectoriale de dimensão finita Quando neste espaço se efectua uma mudança de base, cada vector de E passa a ser representado por coordenadas distintas das iniciais Estamos agora interessados em estudar a alteração provocada por uma mudança de base na matriz representativa do endomorfismo T Comecemos com um exemplo ilustrativo Exemplo 0 Seja E um espaço vectorial de base { e, e 2, e 3 } e T : E E uma transformação linear cuja representação relativamente à base indicada é 0 2 A = Considerando o sistema de vectores { f, f 2, f 3 }, em que f = e + e 2 f 2 = e e 3 f 3 = e +2 e 3, (6) pretende-se: (a) Mostrar que { f, f 2, f 3 } é uma nova base de E (b) Determinar a matriz associada a T na nova base Para ver (a) basta verificar que f, f 2 e f 3 são linearmente independentes Ora, λ f + λ 2 f2 + λ 3 f3 = 0 E equivale a λ ( e + e 2 )+λ 2 ( e e 3 )+λ 3 ( e +2 e 3 )= 0 E m (λ λ 2 + λ 3 ) e + λ e 2 +( λ 2 +2λ 3 ) e 3 = 0 E Como e, e 2 e e 3 são linearmente independentes, a última igualdade equivale a λ λ 2 + λ 3 =0 λ =0 λ 2 +2λ 3 =0 pelo que f, f 2 e f 3 são linearmente independentes Passemos à resolução de (b) Como λ =0 λ 2 =0 λ 3 =0, T ( f )=T ( e + e 2 )=(, 0, ), T ( f 2 )=T ( e e 3 )=(3,, 0) T ( f 3 )=T ( e +2 e 3 )=( 5, 2, 0), e as expressões de T ( f ),T( f 2 ) e T ( f 3 ) na base { f, f 2, f 3 } obtêm-se por: λ λ 2 + λ 3 = λ f + λ 2f2 + λ 3f3 =(, 0, ) λ =0 λ 2 +2λ 3 = λ λ 2 + λ 3 =3 λ f + λ 2f2 + λ 3f3 =(3,, 0) λ = λ 2 +2λ 3 =0 e λ f + λ 2f2 + λ 3f3 =( 5, 2, 0) λ λ 2 + λ 3 = 5 λ =2 λ 2 +2λ 3 =0 λ =0 λ 2 = λ 3 =0 λ = λ 2 = 4 λ 3 = 8 λ =2 λ 2 =4 λ 3 =7, MAIC Ano Lectivo 2004/2005

13 Consequentemente, a matriz associada a T na nova base é B = Podemos agora perguntar se existe alguma relação entre entre as matrizes A e B do exemplo anterior Efectivamente, A e B são matrizes semelhantes, isto é, existe uma matriz P, invertível, tal que B = P AP Antes de justificar esta afirmação, vejamos como pode P ser obtida Considerando as igualdades (6) dadas no enunciado para relacionar as bases { f, f 2, f 3 } e { e, e 2, e 3 }, podemos escrever [ f f2 f3 ]=[ e e 2 e 3 ] 0 0 (7) 0 2 A mencionada matriz P éprecisamenteamatrizqueseencontramaisàdireitanestaigualdadee diz-se a matriz de mudança de base, isto é, P = Note-se que a matriz P é invertível Com efeito, as a,2 a e3 a colunas de P são formadas, respectivamente, pelas coordenadas de f, f 2 e f 3 na base { e, e 2, e 3 } Deste modo, as colunas de P são linearmente independentes se e só se f, f 2 e f 3 também o forem Dado que estes vectores são linearmente independentes, conclui-se que o mesmo acontece com as colunas de P, peloque esta matriz é invertível Além disto, supondo que x se exprime na base { e, e 2, e 3 } por x = x e + x 2 e 2 + x 3 e 3, podemos escrever esta igualdade na forma matricial do seguinte modo: x = e e 2 e 3 x x 2 x 3 Logo, por (7), concluimos que ou, mais sucintamente, h i x = f f2 f3 x = P x x 2 = x 3 h f f2 f3 i x0 x 0 2 x 0 3 h i h i f f2 f3 P X = f f2 f3 X 0, onde X e X 0 designam as matrizes coluna correspondentes às coordenadas de x nas bases { e, e 2, e 3 } e { f, f 2, f 3 }, respectivamente Deduz-se assim que X 0 = P X X = PX 0, (8) exprimindo estas igualdades a relação existente entre as coordenadas de x em cada uma daquelas bases Generalizando para vectores com um qualquer número finito de coordenadas, podemos enunciar: Proposição 3 Se { e,, e n } e { f,, f n } são duas bases de um espaço vectorial de dimensão finita e P é a matriz de mudança de base, então as matrizes coluna X e X 0, que representam um mesmo vector x em cada uma das bases, estão relacionadas por X = PX 0 2 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

14 Passamos agora a justificar o que afirmámos atrás: as matrizes A e B do exemplo 0 são semelhantes Supondo fixada em E abase{ e, e 2, e 3 }, a transformação T pode escrever-se matricialmente na forma Y = AX, (9) onde X é a matriz coluna que representa, naquela base, um dado vector x E e Y representa a correspondente imagem, na mesma base Se a base de E passar a ser { f, f 2, f 3 }, a transformação T passar-se-á a representar por Y 0 = BX 0, (0) onde X 0 e Y 0 são, respectivamente, as expressões de X e Y na nova base Sendo P amatrizde mudança de base temos, por (8), que Y 0 = P Y e X = PX 0 Utilizando estas igualdades e (9), obtemos Y 0 = P Y = P AX = P AP X 0 Comparando esta expressão com (0), conclui-se que B = P AP, isto é, as matrizes que representam T nas bases { f, f 2, f 3 } e { e, e 2, e 3 } são semelhantes No caso do exemplo 0, o leitor pode facilmente verificar que a inversa da matriz de mudança de base P obtida em (7) é P = equep AP = B Todas as deduções feitas são evidentemente válidas num espaço vectorial de dimensão finita, pelo que podemos enunciar: Proposição 4 Seja E um espaço vectorial de dimensão finita Um endomorfismo T : E E é representado em bases diferentes por matrizes semelhantes 2 Núcleo e Imagem de uma Transformação Linear Seja T : E F uma transformação linear Associados a T consideram-se habitualmente dois subconjuntos, um do espaço vectorial de partida, E, e o outro do espaço vectorial de chegada, F OprimeiroéoconjuntodovectoresdeE que são aplicados no vector nulo 0 F de F, designado por espaço nulo de T ou núcleo de T e representado habitualmente por Nuc(T ) (ou Ker T 3 ) Tem-se assim, o Nuc(T )= n x E : T ( x) = 0 F O segundo subconjunto mencionado, é o conjunto das imagens de E por meio de T,designa-se por imagem de T ou contradomínio de T, representa-se por T (E) e, formalmente, é dado por T (E) ={T ( x) F : x E} = { y F : x E : y = T ( x)} Sendo A a matriz representativa de T, éimediatoverificar que Nuc(T ) coincide com o espaço nulo da matriz A equet (E) não é mais do que o espaço das colunas da mesma matriz (recordem-se as secções 45 e 46 do volume I Consequentemente, o seguinte resultado é válido: Proposição 2 Seja T : E F uma transformação linear Então, o núcleo de T eaimagem de T sãosubespaçosvectoriaisdee e F, respectivamente 3 Abreviaturadapalavrainglesakernel 3 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

15 Exemplo 2 Considere-se a transformação linear T :IR 3 IR 2 definida por Tem-se T (x,x 2,x 3 )=(x 2,x + x 3 ) Nuc(T )={(x,x 2,x 3 ) IR 3 : T (x,x 2,x 3 )=(0, 0)} = {(x,x 2,x 3 ) IR 3 :(x 2,x + x 3 )=(0, 0)}, donde os vectores do núcleo de T verificam o sistema de equações ½ x2 =0 x + x 3 =0 ½ x2 =0 x = x 3 Assim, Nuc(T ) é constituído pelos vectores de IR 3 da forma ( x 3, 0,x 3 )=x 3 (, 0, ), ouseja, Nuc(T )=h(, 0, )i Para obter T (IR 3 )={(y,y 2 ) IR 2 : (x,x 2,x 3 ):T (x,x 2,x 3 )=(y,y 2 )} basta ver para que vectores (y,y 2 ) IR 2 é possível o sistema ½ x2 = y T (x,x 2,x 3 )=(y,y 2 ) x + x 3 = y 2 Escrevendoamatrizampliadadestesistemaecalculandoarespectivacaracterística(paraoqueé suficiente efectuar uma troca de linhas) obtém-se 0 0 y 0 y2 0 y y Como a característica da matriz dos coeficientes iguala a da matriz ampliada, conclui-se que o sistemaésemprepossível,qualquerquesejaovector(y,y 2 ) IR 2 Consequentemente, T (IR 3 )= IR 2 Finalmente, o conjunto {(0, ), (, 0)} constitui uma base de T (IR 3 ), visto que é formado pelas colunas da matriz representativa de T homólogas das que contêm os redutores da matriz em escada Observe-se que no exemplo anterior é válida a igualdade dim Nuc(T )+dimt (IR 3 )=+2=dimIR 3, isto é, a soma das dimensões do núcleo de T e da imagem de T iguala a dimensão do espaço de partida O resultado seguinte estabelece que aquela igualdade é válida em geral Teorema 2 Seja E um espaço vectorial de dimensão finita e T : E F uma transformação linear Então, dim Nuc(T )+dimt (E) =dime Demonstração Seja n =dime e e,, e k uma base para Nuc(T ), donde k =dimnuc(t ) n Pelo teorema 24 (pág 59) de [4], aqueles elementos são parte de uma certa base de E, por exemplo, onde k + r = n Vamos demonstrar que os r elementos e,, e k, e k+,, e k+r () T ( e k+ ),,T( e k+r ) (2) 4 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

16 formam uma base de T (E) Ficará assim demonstrado que dim T (E) =r evistoquek + r = n, fica igualmente provado o teorema Vejamos primeiro que os r elementos (2) geram T (E) Para tal, seja y T (E) Então, existe x E tal que y = T ( x) Dado que tem-se x = λ e + + λ k e k + λ k+ e k+ + + λ k+r e k+r, y = T ( x) = kx λ i T ( e i )+ i= k+r X i=k+ λ i T ( e i )= k+r X i=k+ λ i T ( e i ), atendendo a que T é uma transformação linear e ao facto de T ( e )= = T ( e k )= 0 F Isto prova que os r elementos de (2) geram T (E) Provemos finalmente a independência linear destes vectores Suponhamos que existem escalares λ k+,,λ k+r tais que Então, pela linearidade de T, T k+r X i=k+ Ã k+r X i=k+ λ i T ( e i )= 0 F λ i e i! = 0 F pelo que o vector x = λ k+ e k+ + + λ k+r e k+r Nuc(T ) Logo, existem escalares λ,,λ k tais que x = λ e + + λ k e k e, portanto, x x = kx λ i e i i= k+r X i=k+ λ i e i = 0 E Dado que os vectores () são linearmente independentes, os escalares λ i,i=,,k+r, são nulos e, assim, os r elementos considerados em (2) são linearmente independentes Exercício 2 Supondo fixada em IR 3 a base canónica, determinar onúcleoeaimagemdatransformação linear T :IR 3 IR 3 definida por T (x,x 2,x 3 )=( 2x,x 2 + x 3,x ) Resolução Bastará determinar os espaços nulo e das colunas da matriz representativa de T Esta última é a matriz A = , 0 0 pois T (, 0, 0) = ( 2, 0, ), T (0,, 0) = (0,, 0) e T (0, 0, ) = (0,, 0) Paraobteroespaçonuloé necessário resolver o sistema A x = 0, procedendo-se como segue: L + L L Assim, A x = 0 équivalentea ½ x =0 x 2 + x 3 =0 ½ x =0 x 2 = x 3, 5 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

17 donde Nuc(T )={(0, x 3,x 3 ):x 3 IR} = h(0,, )i Para obter o espaço imagem T (IR 3 ) é necessário determinar os vectores y =(y,y 2,y 3 ),para os quais o sistema A x = y é possível, prodecendo-se do seguinte modo: y 0 y y 3 Assim, aquele sistema é possível se e só se 2 L + L y 0 y y + y 3 2 y + y 3 =0 y = 2y 3, dondeosvectoresdet (IR 3 ) são da forma ( 2y 3,y 2,y 3 )=y 2 (0,, 0)+y 3 ( 2, 0, ), ou seja, T (IR 3 )= h{(0,, 0), ( 2, 0, )}i Visto que os vectores geradores de T (IR 3 ) são linearmente independentes tem-se dim T (IR 3 )=2 Como não podia deixar de ser, verifica-se que dim Nuc(T )+dimt (IR 3 )=dimir 3 3 Inversa de uma Transformação Linear Considere-se a matriz cos θ A θ = sen θ sen θ cos θ Fixada a base canónica em IR 2, esta matriz define a transformação linear T θ :IR 2 IR 2 dada, para cada (x,x 2 ) IR 2, por T θ (x,x 2 )=(x cos θ x 2 sen θ, x sen θ + x 2 cos θ) T θ pode ser interpretada geometricamente como uma rotação dos vectores do plano de θ radianos Com efeito, é fácil verificar analiticamente que θ é o ângulo formado pelo vector (x,x 2 ) epelasua imagem T θ (x,x 2 ), oquejustifica a interpretação geométrica dada (recorde-se a matriz () que foi interpretada geometricamente como uma rotação de 90 no plano; trata-se de um caso particular de A θ visto que coincide com A π/2 ) y y = y2 y2 = xsenθ + x 2cosθ x 2 θ θ x x = x 2 y = xsenθ x 2cosθ x Figura 4: Rotação de θ rad e a sua inversa Na figura 4, a imagem (y,y 2 )=T (x,x 2 ) pode ser entendida como o resultado da rotação do vector (x,x 2 ) É natural portanto a pergunta: existe uma transformação contrária que reponha 6 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

18 a situação inicial, isto é, que permita obter (x,x 2 ) apartirde(y,y 2 )? Intuitivamente, conclui-se de imediato que a transformação procurada é a rotação de θ radianos Esta transformação diz-se a transformação inversa de T θ erepresenta-seport θ Por analogia com A θ, amatrizquea define é dada por: cos ( θ) sen ( θ) cos θ sen θ A θ = = sen ( θ) cos( θ) sen θ cos θ Note-se que A θ é a matriz inversa de A θ,poisa θ A θ = I 2, como pode ser facilmente verificado Este facto revela o paralelismo existente entre a operação de inversão de matrizes e a operação de inversão de transformações lineares Para melhor precisarmos as noções anteriores, consideremos a transformação linear T : E T (E) F Diremos que T é uma transformação invertível se T é injectiva, isto é, se transforma elementos distintos de E em elementos distintos de F Equivale a afirmar que, para x, y E, se x 6= y então T ( x) 6= T ( y), ou, o que é o mesmo, x, y E, T( x) =T ( y) x = y Refira-se também que T : E F é sobrejectiva se T (E) =F, pois, assim, qualquer elemento do conjunto de chegada é imagem de um elemento do conjunto de partida Uma tranformação linear simultaneamente injectiva (monoformismo) e sobrejectiva (epimorfismo) é bijectiva (isomorfismo) O resultado seguinte permite caracterizar as transformações invertíveis de diversas formas, decorrendo daí o seu interesse Proposição 3 Sejam E e F espaçosvectoriaisdedimensãofinita e T : E T (E) F uma transformação linear Então, as seguintes afirmações são equivalentes: (a) T éinvertível; (b) A transformação inversa T : T (E) F E definida por T [T ( x)] = x, x E, é uma transformação linear; (c) Nuc(T )={ 0 E },istoé,onúcleodet reduz-se ao vector nulo de E; (d) T transforma vectores linearmente independentes de E em vectores linearmente independentes de F,istoé,se v, v 2,, v p são vectores linearmente independentes de E então T ( v ),T( v 2 ),, T( v p ) são vectores linearmente independentes de F Demonstração Provar-se-á sucessivamente (a) (b) (c) (d) (a) (a) (b) Em primeiro lugar, é necessário verificar que T é uma aplicação Com efeito, dado u T (E), existeumeumsó x E tal que T ( x) = u Isto porque, atendendo à injectividade de T, é absurdo supor a existência de dois vectores x e y tais que x 6= y e T ( x) =T ( y) = u Por conseguinte, T é uma aplicação Para verificar que T é linear, sejam u, v T (E) e λ, µ escalares Assim, existem x, y E tais que u = T ( x) e v = T ( y) Então, T (λ u + µ v) =T (λt ( x)+µt ( y)) = T (T (λ x + µ y)) = λ x + µ y = λt ( u)+µt ( v), tendo em conta que T élinearequet ( u) =T [T ( x)] = x e T ( v) =T [T ( y)] = y, por definição de T Fica assim provado que T é uma transformação linear 7 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

19 (b) (c) Seja x E tal que T ( x) = 0 F Aplicando T a ambos os membros, obtém-se x = T ( 0 F ) Como por hipótese T é uma transformação linear, tem-se T ( 0 F )=T (0 0 F )=0 T ( 0 F )= 0 E, pelo que x = 0 E Consequentemente, Nuc(T )={ 0 E } (c) (d) Queremos provar que T ( v ),T( v 2 ),,T( v p ) são linearmente independentes Ora, à px px! px λ i T ( v i )= 0 F T λ i v i = 0 F λ i v i = 0 E, i= i= pois Nuc(T ) = { 0 E } Como, por hipótese, v, v 2,, v p são linearmente independentes, segue-se que λ,λ 2,,λ p =0 Consequentemente, T ( v ),T( v 2 ),, T( v p ) são linearmente independentes (d) (a) Há que provar que T é injectiva, isto é, que T ( x) =T ( y) x = y, x, y E Dado que T édedimensãofinita, pode supor-se, sem perda de generalidade, que { e, e 2,, e n } é uma base de E Então, sejam x = λ e + λ 2 e λ n e n e y = µ e + µ 2 e µ n e n vectores de E tais que T ( x) =T ( y) Esta igualdade equivale a à n! à X n! X T λ i e i = T µ i e i i= ou ainda, tendo em conta que T é linear, a i= i= nx (λ i µ i ) T ( e i )= 0 F (3) i= Como e, e 2,, e n são linearmente independentes, resulta da hipótese que T ( e ),T( e 2 ),, T ( e n ) são também independentes Então, de (3) conclui-se que λ µ,λ 2 µ 2,,λ n µ n, são todos nulos e, portanto, x = y, como se queria provar Por último, é estabelecido formalmente o paralelismo entre transformações inversas e matrizes inversas Proposição 32 Sejam E e F espaços vectoriais da mesma dimensão e T : E F uma transformação linear invertível representada matricialmente relativamente a certas bases de E e F pela matriz quadrada A T Então, T é bijectiva e a transformação inversa T é representada matricialmente relativamente às referidas bases pela matriz inversa de A T,istoé,A T =(A T ) Demonstração Sendo T injectiva tem-se que dim Nuc(T )= 0 E Da igualdade dim Nuc(T )+ dim T (E) =n edofactodef ter a mesma dimensão que E, resultaquet (E) =F Assim,T ésobrejectiva e, portanto, bijectiva Da proposição 3-(b) segue-se então que ambas as transformações lineares compostas T T e T T são representadas pela matriz identidade I n,pois T T ( x) =T [T ( x)] = x = I n x, x E e T T ( x) =T [T ( x)] = x = I n x, x F Por outro lado, seja A T a matriz quadrada que representa a transformação linear inversa T nas bases consideradas Pela proposição 2, A T T = A T A T e A T T = A T A T donde, A T A T = A T A T = I n, ou seja, A T é a matriz inversa de A T 8 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

20 Exemplo 3 Considere-se a transformação linear T :IR 3 IR 3 cuja representação matricial é A T = 0, 0 supondo fixada a base canónica em IR 3 Pretende-se averiguar se T é bijectiva e, em caso afirmativo, obter a transformação inversa Para resolver a primeira das questões, é suficiente determinar o núcleo e a imagem de T Com efeito, para obter o núcleo efectuam-se as operações seguintes: L 2 + L L + L Conclui-se então que o sistema homogéneo T (x,x 2,x 3 )=(0, 0, 0) é possível e determinado, o que implica que Nuc(T )={(0, 0, 0)}, ouseja,t é injectiva Para obter o subespaço imagem T (IR 3 ) efectuam-se os seguintes procedimentos: 0 y y 2 0 y 3 2 L 2 + L 3 L + L 2 0 y 0 2 y 2 + y y 3 y 2+y 2 0 y 0 2 y 2 + y 0 y 3 Assim, T (IR 3 )=IR 3 pois o sistema é sempre possível, qualquer que seja y =(y,y 2,y 3 ) IR 3 Deste modo, T é sobrejectiva e, dado que é injectiva, é bijectiva Aliás, este facto poderia ter sido imediatamente concluido após a verificação da invertibilidade de T Com efeito, sendo T invertível e representada por uma matriz quadrada fica garantido, pela proposição 32, que T é bijectiva Finalmente, a determinação da transformação inversa T pode, portanto, fazer-se calculando amatrizinversadea T, queéamatriz 0 2 Consequentemente, T (x,x 2,x 3 )=(x x 2,x + x 2 x 3, x x 2 +2x 3 ), como facilmente se verifica multiplicando (A T ) por (x,x 2,x 3 ) 4 Exercícios Resolvidos Verifique quais das aplicações são lineares (considere C como um espaço vectorial real): (a) T : IR 3 IR 2 (x, x 2,x 3 ) T (x,x 2,x 3 )=(x, 2x + x 2 ) (b) S : C IR 4 z = x + yi S(z) =S(x + yi) =(x, x + y, y, x), 9 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

21 (c) ϕ : IR 2 IR 3 (x, x 2 ) ϕ(x,x 2 )=(x,x 2,k), k constante real Resolução Em cada uma das alíneas vamos proceder à verificação das condições da definição de transformação linear (a) Verificação de : para quaisquer x =(x,x 2,x 3 ) e y =(y,y 2,y 3 ) de IR 3, tem-se T ( x + y) =T ((x,x 2,x 3 )+(y,y 2,y 3 )) = T (x + y,x 2 + y 2,x 3 + y 3 ) =(x + y, 2(x + y )+(x 2 + y 2 )) =(x, 2x + x 2 )+(y, 2y + y 2 ) = T (x,x 2,x 3 )+T (y,y 2,y 3 ) = T ( x)+t ( y) Verificação de 2: para quaisquer x =(x,x 2,x 3 ) IR 3 e λ IR, tem-se T (λ x) =T (λ(x,x 2,x 3 )) = T (λx,λx 2,λx 3 ) =(λx, 2λx + λx 2 )=λ(x, 2x + x 2 ) = λt (x,x 2,x 3 )=λt ( x) Logo T é linear (b)verificação de : para quaisquer z = x + y i e z 2 = x 2 + y 2 i de C, temos S(z + z 2 )=S ((x + y i)+(x 2 + y 2 i)) = S ((x + x 2 )+(y + y 2 )i) =(x + x 2,x + x 2 + y + y 2, (y + y 2 ),x + x 2 ) =(x,x + y, y,x )+(x 2,x 2 + y 2, y 2,x 2 ) = S(x + y i)+s(x 2 + y 2 )=S(z )+S(z 2 ) Verificação de 2: para quaisquer z = x + yi C e λ IR, temos S(λz )=S (λ(x + y i)) = S(λx + λy i) =(λx,λx + λy, λy,λx )=λ(x,x + y, y,x ) = λs(x + y i)=λs(z ) Logo S é linear (c) Dados x =(x,x 2 ) e y =(y,y 2 ) de IR 2, tem-se, por um lado, por outro, ϕ( x + y) = ϕ [(x,x 2 )+(y,y 2 )] = ϕ(x + y,x 2 + y 2 )=(x + y,x 2 + y 2,k); ϕ( x)+ϕ( y) = ϕ(x,x 2 )+ϕ(y,y 2 ) = (x,x 2,k)+(y,y 2,k)=(x + y,x 2 + y 2, 2k) Portanto ϕ verificaacondiçãoseesóse2k = k k =0 Facilmente se vê também que neste caso ϕ verifica a condição 2 Logo ϕ élinearseesósek =0 2 Considere a transformação linear T :IR 3 IR 2 definida por T (x, y, z) =(3x + y 2z,2y +2z) 20 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

22 (a) Determine a matriz representativa de T supondo fixadas: i As bases canónicas tanto em IR 3 como em IR 2 ; ii A base {(,, ), (0,, ), (0, 0, )} em IR 3 e a base canónica em IR 2 (b) Classifique T quanto à injectividade e sobrejectividadeeindiqueumabaseparanuc(t ) e a dimensão de T (IR 3 ) Resolução (a-i) Seja A T amatrizdet considerando fixadas em IR 2 e IR 3 a base canónica As colunas de A T são as coordenadas dos transformados T (, 0, 0), T(0,, 0) e T (0, 0, ) na base canónica de IR 2 Como T (, 0, 0) = (3, 0) = 3(, 0) + 0 (0, ), T (0,, 0) = (, 2) = (, 0) + 2 (0, ) e T (0, 0, ) = ( 2, 2) = 2(, 0) + 2 (0, ), tem-se A T = (a-ii) Seja B T amatrizdet supondo fixadas em IR 3 abase{(,, ), (0,, ), (0, 0, )} eem IR 2 a base canónica As colunas de B T são as coordenadas dos transformados dos vectores da base considerada em IR 3 expressos na base canónica de IR 2 Como T (,, ) = (2, 4) = 2(, 0) + 4 (0, ), T (0,, ) = (, 4) = (, 0) + 4 (0, ) e T (0, 0, ) = ( 2, 2) = 2(, 0) + 2 (0, ), conclui-se B T = (b) Vamos obter o núcleo de T : Como Nuc(T )={(x, y, z) :T (x, y, z) =(0, 0)} T (x, y, z) =(0, 0, 0) ½ 3x + y 2z =0 2y +2z =0 ½ x = z y = z, tem-se Nuc(T )={(z, z, z) :z IR} Assim, {(,, )} constitui uma base para Nuc(T ) e T não é injectiva, pois Nuc(T ) 6= {(0, 0, 0)} Vamos agora obter o subespaço imagem de T Ora, T (IR 3 )={(a, b) IR 2 : (x, y, z) IR 3 : T (x, y, z) =(a, b)} Para determinar os vectores (a, b) que tornam o sistema T (x, y, z) =(a, b) possível, vamos transformar a respectiva matriz ampliada numa matriz em escada: ½ " # 3x + y 2z = a 3 2 a T (x, y, z) =(a, b) 2y +2z = b b Conclui-se assim que o sistema é sempre possível qualquer que seja (a, b) IR 2, pelo que T (IR 3 )=IR 2 Consequentemente, dim T (IR 3 )=2e T é sobrejectiva, uma vez que T (IR 3 ) coincide com o conjunto de chegada 2 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

23 3 Considere o espaço vectorial real M 2 das matrizes reais de ordem 2 eoendomorfismo T : M 2 M 2 definido por 2 T (X) =XA, sendo A = 0 (a) Mostre que T é uma transformação linear (b) Determine a matriz representativa de T relativamente à base canónica de M 2 : ½ ¾ E =,E =,E =,E 0 4 = 0 (c) Caracterize Nuc(T ) e T (M 2 )T é um automorfismo? Resolução (a) T é linear pois dadas quaisquer duas matrizes X, Y M 2 e um escalar arbitrário λ IR, as propriedades da multiplicação de matrizes garantem que as seguintes igualdades são verdadeiras: T (X + Y )=(X + Y ) A = XA + XB = T (X)+T (Y ) e T (λx) =(λx) A = λ (XA)=λT (X) (b) Efectuemos o cálculo das imagens dos vectores da base canónica por meio de T : T (E ) = = = E E T (E 2 ) = = = E T (E 3 ) = = = E E T (E 4 ) = = = E Consequentemente, a matriz representativa de T na base considerada é (c) O núcleo de T édefinido por Nuc(T )={X M 2 : T (X) =O} Como a b 2 T (X) =O XA = O = c d 0 a 2a + b 0 0 = c 2c + d 0 0 a =0 a =0 2a + b =0 b =0 c =0 c =0 2c + d =0 d = MAIC Ano Lectivo 2004/2005

24 ½ 0 0 conclui-se que Nuc(T )= 0 0 ¾, istoé,onúcleoreduz-seaovectornulodem 2 Do teorema 2 sai então que dim T (M 2 )=4, pelo que T (M 2 )=M 2 Uma vez que T é injectiva e sobrejectiva, T é bijectiva, tratando-se, portanto, de um isomorfismo Como também é um endomorfismo, conclui-se que T é um automorfismo 4 Relativamente às bases canónicas, determine as matrizes das transformações lineares T ϕ e ϕ T, em que T e ϕ estão definidas no exercício resolvido Resolução Visto que T (, 0, 0) = (, 2), T(0,, 0) = (0, ) e T (0, 0, ) = (0, 0), conclui-se que a matriz representativa de T, A T, é dada por 0 0 A T = 2 0 Por outro lado, no caso da aplicação ϕ é obrigatório que k =0, pelo que a respectiva matriz representativa é A ϕ = Por conseguinte, 0 0 A T ϕ = A T A ϕ = = e A ϕ T = A ϕ A T = = Considere a transformação linear T µ : IR 2 IR 2 (µ parâmetro real) cuja representação matricial em relação à base canónica de IR 2 é 0 µ 2 A µ = 4 5 (a) Determine os valores de µ para os quais T µ éinjectiva (b) Determine T (IR 2 ) V, onde V é o subespaço de IR 2 representado geometricamente pelo eixo dos xx (c) Diga qual a matriz que representa T 2 relativamente à base {(, ), (, 0)} de IR 2 Resolução (a) T µ éinjectivaseesósenuc(t µ )={ 0} o que equivale a dizer que a única solução do sistema A µ x =0é a solução nula Isto equivale ainda a dizer que a característica de A µ é 2, ou seja, det A µ 6=0 0 µ = 0 4 µ 2 6=0 µ/ {, } (b) Comecemos por calcular o subespaço T (IR 2 ) para o basta determinar quais os vectores a IR 2 a que tornam possível o sistema A b x = Ora, b 0 0 a 4 5 b, 4 5 b 0 0 a 23 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

25 donde o sistema é possível se e só se a =0, tendo-se, pois, T (IR 2 )=h(0, )i (eixo dos yy) Visto que V = h(, 0)i (eixo dos xx), tem-se T (IR 2 ) V = { 0} e T (IR 2 )+V = h(0, ), (, 0)i =IR 2,dondeT (IR 2 ) V =IR 2 (c) A imagem de um vector genérico x =(x,x 2 ) IR 2 por meio de T 2 é dada por 0 3 x 3x T 2 ( x) =A 2 x = = x 2 4x +5x 2 As colunas da matriz representativa de T 2 relativamente à base {(, ), (, 0)} são as coordenadas de T 2 (, ) = ( 3, ) e T 2 (, 0) = (0, 4) nessa base A expressão de T 2 (, ) = ( 3, ) na base {(, ), (, 0)} obtém-se resolvendo o sistema ½ γ γ γ (, ) + γ 2 (, 0) = ( 3, ) 2 = 3 γ = ½ γ = γ 2 =4 Analogamente, para exprimir T 2 (, 0) = (0, 4) na base {(, ), (, 0)} resolve-se ½ ½ γ γ γ (, ) + γ 2 (, 0) = (0, 4) 2 =0 γ =4 γ =4 γ 2 =4 Assim, T 2 é representada na base considerada pela matriz Considere a tranformação linear T :IR 3 IR 3 definida por T (x, y, z) =(2x, 4x y, 3y z) (a) Determine a matriz representativa de T supondo fixadas em IR 3 : i A base canónica; ii A base {(, 0, ), (0,, 0), (0,, )} (b) Mostre que as matrizes determinadas em (a) são semelhantes (c) Mostre que T é invertível e determine a sua inversa Resolução (a-i) Seja { e, e 2, e 3 } a base canónica de IR 3 Como T (, 0, 0) = (2, 4, 0), T(0,, 0) = (0,, 3) e T (0, 0, ) = (0, 0, ), tem-se A T = T (, 0, 0) T (0,, 0) T (0, 0, ) = (a-ii) Seja B T amatrizdet na base considerada Designemos os elementos desta base por f, f 2 e f 3, respectivamente As colunas de B T são as coordenadas dos transformados destes vectores, T ( f )=T (, 0, ) = (2, 4, ), T ( f 2 )=T (0,, 0) = (0,, 3) e T ( f 3 )=T (0,, ) = (0,, 4), na mesma base AexpressãodeT ( f ) nestabaseobtém-sede µ =2 µ f + µ 2f2 + µ 3f3 =(2, 4, ) µ 2 µ 3 =4 µ + µ 3 = µ =2 µ 2 = µ 3 = 3 24 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

26 AexpressãodeT ( f 2 ) obtém-se de µ =0 µ f + µ 2f2 + µ 3f3 =(0,, 3) µ 2 µ 3 = µ + µ 3 =3 µ =0 µ 2 =2 µ 3 =3 Finalmente, a expressão de T ( f 3 ) na base considerada obtém-se de µ =0 µ f + µ 2f2 + µ 3f3 =(0,, 4) µ 2 µ 3 = µ + µ 3 = 4 µ =0 µ 2 = 3 µ 3 = 4 Então, h B T = T ( f ) T ( f 2 ) T ( f 3 ) i = (b) Pretende-se ver que A T e B T são matrizes semelhantes, isto é, que existe uma matriz P, invertível, tal que B = P AP Continuando a representar respectivamente por f, f 2 e f 3 os elementos da base {(, 0, ), (0,, 0), (0,, )}, tem-se que as relações entre esta base e { e, e 2, e 3 } são as seguintes, f = e + e 3 f 2 = e 2 f 3 = e 2 + e 3 ou, matricialmente, [ f f2 f3 ]=[ e e 2 e 3 ] Designando por P a matriz que se encontra mais à direita nesta igualdade, verifica-se que as colunas de P são precisamente os vectores f, f 2 e f 3 AmatrizP é a matriz procurada pois, P A T P = = = = B T (c) Uma transformação linear é invertível se o seu núcleo se reduz ao vector nulo Ora Nuc(T )= (x, y, z) IR 3 : T (x, y, z) =(0, 0, 0) ª ecomo 2x =0 T (x, y, z) =(0, 0, 0) 4x y =0 3y z =0 x =0 y =0 z =0, 25 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

27 conclui-se que Nuc(T )={(0, 0, 0)} Consequentemente, T é injectiva Recordando a proposição 32, tem-se que a determinação de T pode fazer-se calculando simplesmente a matriz inversa de A T, que é a matriz A T = Assim, T (x, y, z) =A T x y z = 2 x 2x y 6x 3y z 5 Exercícios Propostos Das aplicações a seguir definidas indique as que são transformações lineares: (a) T :IR 2 IR 2 dada por T (x, y) =(2x y, x) (b) T :IR IR 2 dada por T (x) =(, 3) (c) T :IR IR 2 dada por T (x) =(2x, x) (d) T :IR 2 IR 3 dada por T (x, y) =(xy,y,x) (e) T :IR 2 IR 3 dada por T (x, y) =( x, y, 0) (f) T : P 2 P 3 dada por T (p(x)) = p(0)x 2 + Dp(0)x 3 (g) T : P 3 P 4 dada por T (p(x)) = + xp(x) (h) T : M n M n dada por T (X) =XA AX, onde A M n e A 6= O (i) T : M n M n dada por T (X) =(X + A) 2 (X +2A)(X 3A), onde A M n e A 6= O 2 Seja f :IR 2 IR 3 uma transformação linear tal que f(, 0) = (,, 2) e f(0, ) = (3, 0, ) Determine f(x,x 2 ) para qualquer (x,x 2 ) IR 2, utilizando a definição de aplicação linear 3 Qual a matriz da transformação linear do exercício 2, supondo fixadas: (a) Em IR 2 e IR 3 as bases canónicas (b) Em IR 2 a base canónica e em IR 3 abase{(, 0, ), (, 2, ), (0,, )} (c) Em IR 2 abase{(, ), (, )} eemir 3 abase{(, 0, ), (, 2, ), (0,, )} 4 Dada a transformação linear T :IR 3 IR 2 tal que T (x, y, z) =(2x y + z, 3x + y 2z) eas bases {(,, ), (0,, ), (0, 0, )} e {(2, ), (5, 3)} de IR 3 e IR 2, respectivamente: (a) Qual a matriz da transformação linear relativamente às bases canónicas? (b) Qual a matriz da transformação linear relativamente às bases dadas? (c) Se v =(3, 4, 2) (expresso na base canónica) qual o transformado nas bases dadas? 5 Considere a aplicação T : P 2 P 2 dada por T (p(x)) = p(x +) (a) Mostre que T élinear (b) Qual a matriz da transformação linear relativamente à base {,x,x 2 }? 26 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

28 6 Relativamente às bases canónicas, determine as matrizes das transformações lineares T f e f T, em que T e f estão definidas nos exercícios 4 e 2, respectivamente 7 Seja f :IR 3 IR 2 tal que f(x, y, z) =(2x + y, x + y + z) (a) Verifique que f é uma transformação linear (b) Determine uma base para Nuc(f) ejustifique que f não é injectiva (c) Caracterize f(ir 3 ) Será f sobrejectiva? Justifique 8 Considere a aplicação P :IR 3 IR 3 definida por P (x, y, z) =(x, y, 0) (a) Verifique que P é uma transformação linear e interprete-a geometricamente (b) Mostre que P 2 = P (P 2 = P P ) (c) Determine Nuc(P ) e P (IR 3 ) Situe esses espaços na interpretação geométrica anterior e indique uma base para cada um deles 9 Considere a aplicação linear ϕ :IR 3 IR 3 dada pelas equações sendo { e, e 2, e 3 } uma base de IR 3 ϕ( e )= e +2 e 2 ϕ( e 2 )= e + e 3 ϕ( e 3 )= e 3, (a) Determine as dimensões de Nuc(ϕ) e ϕ(ir 3 ) (b) Verifique se o subespaço gerado por h e 2, e 3 i é invariante para a aplicação dada E h e 3 i? 0 Considere a aplicação T :IR 3 IR 3 definida por T (x, y, z) =(u, v, w), em que u = x y + z v =5x +2y z w = 3x 4y +3z Determine bases para Nuc(T ) e T (IR 3 ) Será T um automorfismo? Justifique Considere um espaço vectorial E de dimensão 3 Seja ϕ um endomorfismo de E cuja matriz relativamente à base { e, e 2, e 3 } é 0 2 A ϕ = (a) Mostre que ϕ é um automorfismo (b) Considere o conjunto de vectores {ē, ē 2, ē 3 } tal que ē = e + e 2 ē 2 = e e 3 ē 3 = e +2 e 3 i VerifiquequesetratadeumanovabasedeE ii Determine a matriz associada a ϕ na nova base iii Determine as coordenadas do vector v = a e + b e 2 + c e 3 na nova base 27 MAIC Ano Lectivo 2004/2005

29 2 Considere a aplicação linear T λ :IR 3 IR 4 cuja representação matricial em relação às bases canónicas de IR 3 e IR 4 édadapelamatriz 4 5 A λ = λ (a) Determine os valores de λ para os quais T λ é injectiva (b) Determine o conjunto de elementos de IR 3 cuja imagem por T é (6, 5, 5, 7) (c) Diga qual a matriz que representa a aplicação T relativamente às bases {(,, 0), (, 2, ), (0,, 3)} de IR 3 e à base canónica de IR 4 3 Considere a aplicação linear T :IR 2 IR 3 de matriz A T = 0 relativamente às bases 0 { e, e 2 } e { f, f 2, f 3 } Sejam { e 0, e 2 0 } e { f 0, f 2 0, f 3 0 } novas bases fixadas em IR 2 e IR 3 tais que f 0 = f +2f 3 ½ e 0 = e + e 2 e 0 2 = e e f 0 2 = f 2 f 0 3 = f, (a) Determine a matriz A 0 T de T relativamente às novas bases (b) Determine na base { e, e 2 } ooriginalde v = 2f f3 0 4 Considere a aplicação f : P 2 M 2 dada por f(c + bx + ax 2 b + a c )= b a (a) Mostre que f élinear (b) Determine a matriz representativa de f relativamente às bases {,x,+x 2 } de P 2 e ½ ¾ 0 0,,, de M 2 (c) Descreva os subespaços Nuc(f) e Im(f) e indique as respectivas dimensões 5 Considere a aplicação linear T :IR 3 IR 3 definida por T (x, y, z) =(2x, 4x y, 2x +3y z) Mostre que T é invertível e dertermine a sua inversa 6 Soluções dos Exercícios Propostos Sim, não, sim, não, não, sim, não, sim A, sim sse A 2 = O 2 f(x,x 2 )=( x +3x 2,x, 2x + x 2 ) 3 (a) 3 0 ; (b) ; (c) MAIC Ano Lectivo 2004/2005

ficha 3 espaços lineares

ficha 3 espaços lineares Exercícios de Álgebra Linear ficha 3 espaços lineares Exercícios coligidos por Jorge Almeida e Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico 2 o semestre 2011/12 3 Notação Sendo

Leia mais

Expansão linear e geradores

Expansão linear e geradores Espaços Vectoriais - ALGA - 004/05 4 Expansão linear e geradores Se u ; u ; :::; u n são vectores de um espaço vectorial V; como foi visto atrás, alguns vectores de V são combinação linear de u ; u ; :::;

Leia mais

Aula 5 - Matemática (Gestão e Marketing)

Aula 5 - Matemática (Gestão e Marketing) ISCTE, Escola de Gestão Aula 5 - Matemática (Gestão e Marketing) Diana Aldea Mendes 29 de Outubro de 2008 Espaços Vectoriais Definição (vector): Chama-se vector edesigna-sepor v um objecto matemático caracterizado

Leia mais

Recordamos que Q M n n (R) diz-se ortogonal se Q T Q = I.

Recordamos que Q M n n (R) diz-se ortogonal se Q T Q = I. Diagonalização ortogonal de matrizes simétricas Detalhes sobre a Secção.3 dos Apontamentos das Aulas teóricas de Álgebra Linear Cursos: LMAC, MEBiom e MEFT (semestre, 0/0, Prof. Paulo Pinto) Recordamos

Leia mais

Valores e Vectores Próprios. Carlos Luz Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal

Valores e Vectores Próprios. Carlos Luz Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal Valores e Vectores Próprios Carlos Luz Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Setúbal Ano Lectivo 24/25 Conteúdo Definição de Valor e Vector Próprios 2 2 Um Eemplo de Aplicação 8 3

Leia mais

11 a LISTA DE PROBLEMAS DE ÁLGEBRA LINEAR LEIC-Taguspark, LERCI, LEGI, LEE 1 o semestre 2003/04 - semana de 2003-12-08

11 a LISTA DE PROBLEMAS DE ÁLGEBRA LINEAR LEIC-Taguspark, LERCI, LEGI, LEE 1 o semestre 2003/04 - semana de 2003-12-08 INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO - DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA a LISTA DE PROBLEMAS DE ÁLGEBRA LINEAR LEIC-Taguspark LERCI LEGI LEE o semestre 23/4 - semana de 23-2-8. Diga justificando quais dos seguintes ternos

Leia mais

5 Transformações Lineares e Matrizes

5 Transformações Lineares e Matrizes Nova School of Business and Economics Prática Álgebra Linear 5 Transformações Lineares e Matrizes 1 Definição Função de em Aplicação que faz corresponder a cada elemento de um conjunto (domínio), denominado

Leia mais

a 1 x 1 +... + a n x n = b,

a 1 x 1 +... + a n x n = b, Sistemas Lineares Equações Lineares Vários problemas nas áreas científica, tecnológica e econômica são modelados por sistemas de equações lineares e requerem a solução destes no menor tempo possível Definição

Leia mais

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos

Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de extremos Notas sobre a Fórmula de Taylor e o estudo de etremos O Teorema de Taylor estabelece que sob certas condições) uma função pode ser aproimada na proimidade de algum ponto dado) por um polinómio, de modo

Leia mais

Códigos Lineares CAPÍTULO 4

Códigos Lineares CAPÍTULO 4 CAPÍTULO 4 Códigos Lineares 1. Definição, pârametros e peso mínimo Seja F q o corpo de ordem q. Portanto, pelo Teorema 3.24, q = p m para algum primo p e inteiro positivo m. Definição 4.1. Um código linear

Leia mais

Capítulo 5: Transformações Lineares

Capítulo 5: Transformações Lineares 5 Livro: Introdução à Álgebra Linear Autores: Abramo Hefez Cecília de Souza Fernandez Capítulo 5: Transformações Lineares Sumário 1 O que são as Transformações Lineares?...... 124 2 Núcleo e Imagem....................

Leia mais

Disciplina: Introdução à Álgebra Linear

Disciplina: Introdução à Álgebra Linear Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte Campus: Mossoró Curso: Licenciatura Plena em Matemática Disciplina: Introdução à Álgebra Linear Prof.: Robson Pereira de Sousa

Leia mais

A ideia de coordenatização (2/2)

A ideia de coordenatização (2/2) 8 a : aula (1h) 12/10/2010 a ideia de coordenatização (2/2) 8-1 Instituto Superior Técnico 2010/11 1 o semestre Álgebra Linear 1 o ano das Lics. em Engenharia Informática e de Computadores A ideia de coordenatização

Leia mais

Álgebra Linear. Mauri C. Nascimento Departamento de Matemática UNESP/Bauru. 19 de fevereiro de 2013

Álgebra Linear. Mauri C. Nascimento Departamento de Matemática UNESP/Bauru. 19 de fevereiro de 2013 Álgebra Linear Mauri C. Nascimento Departamento de Matemática UNESP/Bauru 19 de fevereiro de 2013 Sumário 1 Matrizes e Determinantes 3 1.1 Matrizes............................................ 3 1.2 Determinante

Leia mais

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática 3 a Lista - MAT 137 - Introdução à Álgebra Linear 2013/I

Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática 3 a Lista - MAT 137 - Introdução à Álgebra Linear 2013/I 1 Universidade Federal de Viçosa Centro de Ciências Exatas Departamento de Matemática 3 a Lista - MAT 137 - Introdução à Álgebra Linear 013/I 1 Sejam u = ( 4 3) v = ( 5) e w = (a b) Encontre a e b tais

Leia mais

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU

Todos os exercícios sugeridos nesta apostila se referem ao volume 1. MATEMÁTICA I 1 FUNÇÃO DO 1º GRAU FUNÇÃO IDENTIDADE... FUNÇÃO LINEAR... FUNÇÃO AFIM... GRÁFICO DA FUNÇÃO DO º GRAU... IMAGEM... COEFICIENTES DA FUNÇÃO AFIM... ZERO DA FUNÇÃO AFIM... 8 FUNÇÕES CRESCENTES OU DECRESCENTES... 9 SINAL DE UMA

Leia mais

4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Valores Próprios e Vectores Próprios Álgebra Linear - 1 o Semestre - 2013/2014 LEE, LEGI, LEIC-TP, LETI

4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Valores Próprios e Vectores Próprios Álgebra Linear - 1 o Semestre - 2013/2014 LEE, LEGI, LEIC-TP, LETI 4 a LISTA DE EXERCÍCIOS Valores Próprios e Vectores Próprios Álgebra Linear - 1 o Semestre - 2013/2014 LEE, LEGI, LEIC-TP, LETI Problema 1 Considere a matriz A = 1 0 0 0 2 1 2 0 3 Diga quais dos seguintes

Leia mais

2. O número de vectores da base de L construída na alínea anterior é a soma do número de vectores das bases de M e N.

2. O número de vectores da base de L construída na alínea anterior é a soma do número de vectores das bases de M e N. 2.4. PROJECÇÕES 2. dim(l)=dim(m)+dim(n) Demonstração. Se L=M N, qualquer vector x L se pode escrever de forma única como a soma de um vector x M M e outro vector x N N. 1. Dada uma base de M, x M pode

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Introdução ao estudo de equações diferenciais Matemática (AP) - 2008/09 - Introdução ao estudo de equações diferenciais 77 Introdução ao estudo de equações diferenciais Introdução e de nição de equação diferencial Existe uma grande variedade de situações

Leia mais

CAPÍTULO 6 TRANSFORMAÇÃO LINEAR

CAPÍTULO 6 TRANSFORMAÇÃO LINEAR INODUÇÃO AO ESUDO DA ÁLGEBA LINEA CAPÍULO 6 ANSFOMAÇÃO LINEA Introdução Muitos problemas de Matemática Aplicada envolvem o estudo de transformações, ou seja, a maneira como certos dados de entrada são

Leia mais

Capítulo 1. x > y ou x < y ou x = y

Capítulo 1. x > y ou x < y ou x = y Capítulo Funções, Plano Cartesiano e Gráfico de Função Ao iniciar o estudo de qualquer tipo de matemática não podemos provar tudo. Cada vez que introduzimos um novo conceito precisamos defini-lo em termos

Leia mais

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS FACTORIAIS

INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS FACTORIAIS Capítulo II INTRODUÇÃO AOS MÉTODOS FACTORIAIS A Análise Factorial de Correspondências é uma técnica simples do ponto de vista matemático e computacional. Porém, devido ao elevado suporte geométrico desta

Leia mais

Definição. A expressão M(x,y) dx + N(x,y)dy é chamada de diferencial exata se existe uma função f(x,y) tal que f x (x,y)=m(x,y) e f y (x,y)=n(x,y).

Definição. A expressão M(x,y) dx + N(x,y)dy é chamada de diferencial exata se existe uma função f(x,y) tal que f x (x,y)=m(x,y) e f y (x,y)=n(x,y). PUCRS FACULDADE DE ATEÁTICA EQUAÇÕES DIFERENCIAIS PROF. LUIZ EDUARDO OURIQUE EQUAÇÔES EXATAS E FATOR INTEGRANTE Definição. A diferencial de uma função de duas variáveis f(x,) é definida por df = f x (x,)dx

Leia mais

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO

CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO CAP. I ERROS EM CÁLCULO NUMÉRICO 0. Introdução Por método numérico entende-se um método para calcular a solução de um problema realizando apenas uma sequência finita de operações aritméticas. A obtenção

Leia mais

FUNÇÃO DO 1º GRAU. Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência:

FUNÇÃO DO 1º GRAU. Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência: FUNÇÃO DO 1º GRAU Vamos iniciar o estudo da função do 1º grau, lembrando o que é uma correspondência: Correspondência: é qualquer conjunto de pares ordenados onde o primeiro elemento pertence ao primeiro

Leia mais

. Determine os valores de P(1) e P(22).

. Determine os valores de P(1) e P(22). Resolução das atividades complementares Matemática M Polinômios p. 68 Considere o polinômio P(x) x x. Determine os valores de P() e P(). x x P() 0; P() P(x) (x x)? x (x ) x x x P()? 0 P() ()? () () 8 Seja

Leia mais

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D

6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D 6. Geometria, Primitivas e Transformações 3D Até agora estudamos e implementamos um conjunto de ferramentas básicas que nos permitem modelar, ou representar objetos bi-dimensionais em um sistema também

Leia mais

Equações Diferenciais Ordinárias

Equações Diferenciais Ordinárias Equações Diferenciais Ordinárias Uma equação diferencial é uma equação que relaciona uma ou mais funções (desconhecidas com uma ou mais das suas derivadas. Eemplos: ( t dt ( t, u t d u ( cos( ( t d u +

Leia mais

Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima.

Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima. Dicas para a 6 a Lista de Álgebra 1 (Conteúdo: Homomorfismos de Grupos e Teorema do Isomorfismo para grupos) Professor: Igor Lima. 1 /2013 Para calcular Hom(G 1,G 2 ) ou Aut(G) vocês vão precisar ter em

Leia mais

Corpos. Um domínio de integridade finito é um corpo. Demonstração. Seja D um domínio de integridade com elemento identidade

Corpos. Um domínio de integridade finito é um corpo. Demonstração. Seja D um domínio de integridade com elemento identidade Corpos Definição Um corpo é um anel comutativo com elemento identidade em que todo o elemento não nulo é invertível. Muitas vezes é conveniente pensar em ab 1 como sendo a b, quando a e b são elementos

Leia mais

Marília Brasil Xavier REITORA. Prof. Rubens Vilhena Fonseca COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE MATEMÁTICA

Marília Brasil Xavier REITORA. Prof. Rubens Vilhena Fonseca COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE MATEMÁTICA Marília Brasil Xavier REITORA Prof. Rubens Vilhena Fonseca COORDENADOR GERAL DOS CURSOS DE MATEMÁTICA MATERIAL DIDÁTICO EDITORAÇÃO ELETRONICA Odivaldo Teixeira Lopes ARTE FINAL DA CAPA Odivaldo Teixeira

Leia mais

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z

Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Rua Oto de Alencar nº 5-9, Maracanã/RJ - tel. 04-98/4-98 Potenciação no Conjunto dos Números Inteiros - Z Podemos epressar o produto de quatro fatores iguais a.... por meio de uma potência de base e epoente

Leia mais

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE 2 FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE FUNÇÕES VETORIAIS DE UMA VARIÁVEL REAL.1 Funções Vetoriais de Uma Variável Real Vamos agora tratar de um caso particular de funções vetoriais F : Dom(f R n R m, que são as funções vetoriais de uma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMÁTICA 5 0 Encontro da RPM TRANSFORMAÇÕES NO PLANO

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMÁTICA 5 0 Encontro da RPM TRANSFORMAÇÕES NO PLANO UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA INSTITUTO DE MATEMÁTICA 5 0 Encontro da RPM TRANSFORMAÇÕES NO PLANO Jorge Costa do Nascimento Introdução Na produção desse texto utilizamos como fonte de pesquisa material

Leia mais

Resolução dos Exercícios 8 e 10 da lista 7.

Resolução dos Exercícios 8 e 10 da lista 7. Resolução dos Exercícios 8 e 10 da lista 7. 8) Seja T : R 3 R 3 a transformação linear tal que T (e 3 ) = 3e 1 + e 2 2e 3, T (e 2 + e 3 ) = e 1, T (e 1 + e 2 + e 3 ) = e 2 + e 3, a) Calcule T (2e 1 e 2

Leia mais

1. Extremos de uma função

1. Extremos de uma função Máximo e Mínimo de Funções de Várias Variáveis 1. Extremos de uma função Def: Máximo Absoluto, mínimo absoluto Seja f : D R R função (i) Dizemos que f assume um máximo absoluto (ou simplesmente um máximo)

Leia mais

Vestibular 2ª Fase Resolução das Questões Discursivas

Vestibular 2ª Fase Resolução das Questões Discursivas COMISSÃO PERMANENTE DE SELEÇÃO COPESE PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO PROGRAD CONCURSO VESTIBULAR 010 Prova de Matemática Vestibular ª Fase Resolução das Questões Discursivas São apresentadas abaixo possíveis

Leia mais

Exercícios Adicionais

Exercícios Adicionais Exercícios Adicionais Observação: Estes exercícios são um complemento àqueles apresentados no livro. Eles foram elaborados com o objetivo de oferecer aos alunos exercícios de cunho mais teórico. Nós recomendamos

Leia mais

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES

Só Matemática O seu portal matemático http://www.somatematica.com.br FUNÇÕES FUNÇÕES O conceito de função é um dos mais importantes em toda a matemática. O conceito básico de função é o seguinte: toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça

Leia mais

Prof. Márcio Nascimento. 22 de julho de 2015

Prof. Márcio Nascimento. 22 de julho de 2015 Núcleo e Imagem Prof. Márcio Nascimento marcio@matematicauva.org Universidade Estadual Vale do Acaraú Centro de Ciências Exatas e Tecnologia Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina: Álgebra Linear

Leia mais

4.2 Produto Vetorial. Orientação sobre uma reta r

4.2 Produto Vetorial. Orientação sobre uma reta r 94 4. Produto Vetorial Dados dois vetores u e v no espaço, vamos definir um novo vetor, ortogonal a u e v, denotado por u v (ou u v, em outros textos) e denominado produto vetorial de u e v. Mas antes,

Leia mais

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e

Objetivos. Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas e MÓDULO 2 - AULA 13 Aula 13 Superfícies regradas e de revolução Objetivos Apresentar as superfícies regradas e superfícies de revolução. Analisar as propriedades que caracterizam as superfícies regradas

Leia mais

Engenharia Informática. Física II. 1º Ano 2º Semestre. Instituto politécnico de Bragança Escola Superior de Tecnologia e de Gestão

Engenharia Informática. Física II. 1º Ano 2º Semestre. Instituto politécnico de Bragança Escola Superior de Tecnologia e de Gestão 1º no º Semestre 1. Cálculo vectorial 1.1. Introdução análise vectorial é um assunto do âmbito da matemática e não propriamente da Engenharia. No entanto, é quase impossível estudar Electrostática e Magnetismo

Leia mais

Conceitos Fundamentais

Conceitos Fundamentais Capítulo 1 Conceitos Fundamentais Objetivos: No final do Capítulo o aluno deve saber: 1. distinguir o uso de vetores na Física e na Matemática; 2. resolver sistema lineares pelo método de Gauss-Jordan;

Leia mais

Álgebra Linear. André Arbex Hallack Frederico Sercio Feitosa

Álgebra Linear. André Arbex Hallack Frederico Sercio Feitosa Álgebra Linear André Arbex Hallack Frederico Sercio Feitosa Janeiro/2006 Índice 1 Sistemas Lineares 1 11 Corpos 1 12 Sistemas de Equações Lineares 3 13 Sistemas equivalentes 4 14 Operações elementares

Leia mais

12. FUNÇÕES INJETORAS. FUNÇÕES SOBREJETORAS 12.1 FUNÇÕES INJETORAS. Definição

12. FUNÇÕES INJETORAS. FUNÇÕES SOBREJETORAS 12.1 FUNÇÕES INJETORAS. Definição 90 1. FUNÇÕES INJETORAS. FUNÇÕES SOBREJETORAS 1.1 FUNÇÕES INJETORAS Definição Dizemos que uma função f: A B é injetora quando para quaisquer elementos x 1 e x de A, f(x 1 ) = f(x ) implica x 1 = x. Em

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR ISBN 978-85-915683-0-7

ÁLGEBRA LINEAR ISBN 978-85-915683-0-7 . ÁLGEBRA LINEAR ISBN 978-85-915683-0-7 ROBERTO DE MARIA NUNES MENDES Professor do Departamento de Matemática e Estatística e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Elétrica da PUCMINAS Belo Horizonte

Leia mais

E A D - S I S T E M A S L I N E A R E S INTRODUÇÃO

E A D - S I S T E M A S L I N E A R E S INTRODUÇÃO E A D - S I S T E M A S L I N E A R E S INTRODUÇÃO Dizemos que uma equação é linear, ou de primeiro grau, em certa incógnita, se o maior expoente desta variável for igual a um. Ela será quadrática, ou

Leia mais

TRANSFORMAÇÕES LINEARES. Álgebra Linear e Geometria Analítica Prof. Aline Paliga

TRANSFORMAÇÕES LINEARES. Álgebra Linear e Geometria Analítica Prof. Aline Paliga TRANSFORMAÇÕES LINEARES Álgebra Linear e Geometria Analítica Prof. Aline Paliga INTRODUÇÃO Estudaremos um tipo especial de função, onde o domínio e o contradomínio são espaços vetoriais reais. Assim, tanto

Leia mais

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Cursos de Engenharia. Prof. Álvaro Fernandes Serafim

FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA. Cursos de Engenharia. Prof. Álvaro Fernandes Serafim FACULDADE DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA Cursos de Engenharia Prof. Álvaro Fernandes Serafim Última atualização: //7. Esta apostila de Álgebra Linear foi elaborada pela Professora Ilka Rebouças Freire. A formatação

Leia mais

M : ( ( é um LVRPRUILVPR M -1 : ( ( também é um LVRPRUILVPR.

M : ( ( é um LVRPRUILVPR M -1 : ( ( também é um LVRPRUILVPR. &DStWXOR±$SOLFDo}HV/LQHDUHV47 Å (VSDoRV,VRPRUIRV Sejam ( e ( dois espaços vectoriais sobre. Dizemos que ( e ( são LVRPRUIRV se H[LVWLUXPLVRPRUILVPR M : ( ( e escrevemos, (! ( Por eemplo, o espaço dos vectores

Leia mais

2.2 Subespaços Vetoriais

2.2 Subespaços Vetoriais 32 CAPÍTULO 2. ESPAÇOS VETORIAIS 2.2 Subespaços Vetoriais Sejam V um espaço vetorial sobre R e W um subconjunto de V. Dizemos que W é um subespaço (vetorial) de V se as seguintes condições são satisfeitas:

Leia mais

1. O conjunto dos polinômios de grau m, com 2 m 5, acrescido do polinômio nulo, é um subespaço do espaço P 5.

1. O conjunto dos polinômios de grau m, com 2 m 5, acrescido do polinômio nulo, é um subespaço do espaço P 5. UFPB/PRAI/CCT/DME - CAMPUS II DISCIPLINA: Álgebra Linear ALUNO (A): 2 a LISTA DE EXERCÍCIOS 1 a PARTE: QUESTÕES TIPO VERDADEIRO OU FALSO COM JUSTI- FICATIVA. 1. O conjunto dos polinômios de grau m com

Leia mais

Lista 1 para a P2. Operações com subespaços

Lista 1 para a P2. Operações com subespaços Lista 1 para a P2 Observação 1: Estes exercícios são um complemento àqueles apresentados no livro. Eles foram elaborados com o objetivo de oferecer aos alunos exercícios de cunho mais teórico. Nós sugerimos

Leia mais

Ponto, reta e plano no espaço tridimensional, cont.

Ponto, reta e plano no espaço tridimensional, cont. Ponto, reta e plano no espaço tridimensional, cont. Matemática para arquitetura Ton Marar 1. Posições relativas Posição relativa entre pontos Dois pontos estão sempre alinhados. Três pontos P 1 = (x 1,

Leia mais

Representação no Plano Cartesiano INTRODUÇÃO A FUNÇÃO

Representação no Plano Cartesiano INTRODUÇÃO A FUNÇÃO INTRODUÇÃO A FUNÇÃO Def: Dado dois conjuntos que tenham uma relação, chama-se função quando todo elemento do primeiro tiver associado um único elemento do segundo conjunto. Ou seja, f é função de A em

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA II

ANÁLISE MATEMÁTICA II ANÁLISE MATEMÁTICA II Acetatos de Ana Matos Noções Básicas de Funções em R n Topologia DMAT Noções Básicas sobre funções em n Introdução Vamos generalizar os conceitos de limite, continuidade e diferenciabilidade,

Leia mais

[ \ x Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \.

[ \ x Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \. &DStWXOR±6LVWHPDVGH(TXDo}HV/LQHDUHV1 &DStWXOR±6LVWHPDVGH(TXDo}HV/LQHDUHV Å 1Ro}HV *HUDLV Recordemos o caso mais simples de um VLVWHPD de duas HTXDo}HVOLQHDUHV nas duas LQFyJQLWDV [ e \. [\ [\ É fácil verificar

Leia mais

por séries de potências

por séries de potências Seção 23: Resolução de equações diferenciais por séries de potências Até este ponto, quando resolvemos equações diferenciais ordinárias, nosso objetivo foi sempre encontrar as soluções expressas por meio

Leia mais

NOÇÕES DE ÁLGEBRA LINEAR

NOÇÕES DE ÁLGEBRA LINEAR ESPAÇO VETORIAL REAL NOÇÕES DE ÁLGEBRA LINEAR ESPAÇOS VETORIAIS Seja um conjunto V φ no qual estão definidas duas operações: adição e multiplicação por escalar, tais que u, v V, u+v V e α R, u V, αu V

Leia mais

Exercícios 1. Determinar x de modo que a matriz

Exercícios 1. Determinar x de modo que a matriz setor 08 080509 080509-SP Aula 35 MATRIZ INVERSA Uma matriz quadrada A de ordem n diz-se invertível, ou não singular, se, e somente se, existir uma matriz que indicamos por A, tal que: A A = A A = I n

Leia mais

APLICAÇÕES DA DERIVADA

APLICAÇÕES DA DERIVADA Notas de Aula: Aplicações das Derivadas APLICAÇÕES DA DERIVADA Vimos, na seção anterior, que a derivada de uma função pode ser interpretada como o coeficiente angular da reta tangente ao seu gráfico. Nesta,

Leia mais

Uma lei que associa mais de um valor y a um valor x é uma relação, mas não uma função. O contrário é verdadeiro (isto é, toda função é uma relação).

Uma lei que associa mais de um valor y a um valor x é uma relação, mas não uma função. O contrário é verdadeiro (isto é, toda função é uma relação). 5. FUNÇÕES DE UMA VARIÁVEL 5.1. INTRODUÇÃO Devemos compreender função como uma lei que associa um valor x pertencente a um conjunto A a um único valor y pertencente a um conjunto B, ao que denotamos por

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Assuntos: Matrizes; Matrizes Especiais; Operações com Matrizes; Operações Elementares

Leia mais

Álgebra Linear I Solução da 5ª Lista de Exercícios

Álgebra Linear I Solução da 5ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Engenharia de Produção Curso de Graduação em Engenharia Ambiental e Sanitária

Leia mais

Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares

Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Matemática I - 1 o Semestre 2011/2012 Matemática I 1/

Leia mais

Breve referência à Teoria de Anéis. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204

Breve referência à Teoria de Anéis. Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204 Breve referência à Teoria de Anéis Álgebra (Curso de CC) Ano lectivo 2005/2006 191 / 204 Anéis Há muitos conjuntos, como é o caso dos inteiros, dos inteiros módulo n ou dos números reais, que consideramos

Leia mais

Tipos de variáveis aleatórias

Tipos de variáveis aleatórias Tipos de variáveis aleatórias Variáveis aleatórias discretas se assumem um conjunto finito ou infinito numerável de valores. Exemplos: número de pintas que sai no lançamento de um dado; registo, a intervalos

Leia mais

5 Circuitos Equivalentes

5 Circuitos Equivalentes 5 Circuitos Equivalentes 5.1 Circuitos Equivalentes Nos capítulos anteriores já se apresentaram diversos exemplos de circuitos equivalentes, por exemplo, resistências em série e em paralelo ou a chamada

Leia mais

O Método Simplex para

O Método Simplex para O Método Simplex para Programação Linear Formas de Programas Lineares O problema de Programação Matemática consiste na determinação do valor de n variáveis x 1, x 2,, x n que tornam mínimo ou máximo o

Leia mais

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,...

Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... Por que o quadrado de terminados em 5 e ta o fa cil? Ex.: 15²=225, 75²=5625,... 0) O que veremos na aula de hoje? Um fato interessante Produtos notáveis Equação do 2º grau Como fazer a questão 5 da 3ª

Leia mais

Resolução da Prova da Escola Naval 2009. Matemática Prova Azul

Resolução da Prova da Escola Naval 2009. Matemática Prova Azul Resolução da Prova da Escola Naval 29. Matemática Prova Azul GABARITO D A 2 E 2 E B C 4 D 4 C 5 D 5 A 6 E 6 C 7 B 7 B 8 D 8 E 9 A 9 A C 2 B. Os 6 melhores alunos do Colégio Naval submeteram-se a uma prova

Leia mais

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0.

4. Curvas planas. T = κn, N = κt, B = 0. 4. CURVAS PLANAS 35 4. Curvas planas Nesta secção veremos que no caso planar é possível refinar a definição de curvatura, de modo a dar-lhe uma interpretação geométrica interessante. Provaremos ainda o

Leia mais

Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares

Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares Capítulo 3 - Sistemas de Equações Lineares Carlos Balsa balsa@ipb.pt Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia e Gestão de Bragança Matemática I - 1 o Semestre 2011/2012 Matemática I 1/

Leia mais

Funções algébricas do 1º grau. Maurício Bezerra Bandeira Junior

Funções algébricas do 1º grau. Maurício Bezerra Bandeira Junior Maurício Bezerra Bandeira Junior Definição Chama-se função polinomial do 1º grau, ou função afim, a qualquer função f de IR em IR dada por uma lei da forma f(x) = ax + b, onde a e b são números reais dados

Leia mais

Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores 1998/99. Erros

Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores 1998/99. Erros Licenciatura em Engenharia Electrotécnica e de Computadores Análise Numérica 1998/99 Erros Objectivos: Arredondar um número para n dígitos significativos. Determinar os erros máximos absoluto e relativo

Leia mais

Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla

Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Análise de Regressão Linear Simples e Múltipla Carla Henriques Departamento de Matemática Escola Superior de Tecnologia de Viseu Carla Henriques (DepMAT ESTV) Análise de Regres. Linear Simples e Múltipla

Leia mais

CDI-II. Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo

CDI-II. Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires CDI-II Trabalho. Teorema Fundamental do Cálculo 1 Trabalho. Potencial Escalar Uma das noções mais importantes

Leia mais

Computabilidade 2012/2013. Sabine Broda Departamento de Ciência de Computadores Faculdade de Ciências da Universidade do Porto

Computabilidade 2012/2013. Sabine Broda Departamento de Ciência de Computadores Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Computabilidade 2012/2013 Sabine Broda Departamento de Ciência de Computadores Faculdade de Ciências da Universidade do Porto Capítulo 1 Computabilidade 1.1 A noção de computabilidade Um processo de computação

Leia mais

ESCOLA DR. ALFREDO JOSÉ BALBI UNITAU APOSTILA PROF. CARLINHOS NOME: N O :

ESCOLA DR. ALFREDO JOSÉ BALBI UNITAU APOSTILA PROF. CARLINHOS NOME: N O : ESCOLA DR. ALFREDO JOSÉ BALBI UNITAU APOSTILA INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS FUNÇÕES PROF. CARLINHOS NOME: N O : 1 FUNÇÃO IDÉIA INTUITIVA DE FUNÇÃO O conceito de função é um dos mais importantes da matemática.

Leia mais

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 2. Universidade Portucalense

Curso Satélite de. Matemática. Sessão n.º 2. Universidade Portucalense Curso Satélite de Matemática Sessão n.º 2 Universidade Portucalense Funções reais de variável real Deinição e generalidades Uma unção é uma correspondência que a qualquer elemento de um conjunto D az corresponder

Leia mais

4. Tangentes e normais; orientabilidade

4. Tangentes e normais; orientabilidade 4. TANGENTES E NORMAIS; ORIENTABILIDADE 91 4. Tangentes e normais; orientabilidade Uma maneira natural de estudar uma superfície S consiste em considerar curvas γ cujas imagens estão contidas em S. Se

Leia mais

Bem, produto interno serve para determinar ângulos e distâncias entre vetores e é representado por produto interno de v com w).

Bem, produto interno serve para determinar ângulos e distâncias entre vetores e é representado por produto interno de v com w). Produto Interno INTRODUÇÃO Galera, vamos aprender agora as definições e as aplicações de Produto Interno. Essa matéria não é difícil, mas para ter segurança nela é necessário que o aluno tenha certa bagagem

Leia mais

9. Derivadas de ordem superior

9. Derivadas de ordem superior 9. Derivadas de ordem superior Se uma função f for derivável, então f é chamada a derivada primeira de f (ou de ordem 1). Se a derivada de f eistir, então ela será chamada derivada segunda de f (ou de

Leia mais

GAAL - 2013/1 - Simulado - 1 Vetores e Produto Escalar

GAAL - 2013/1 - Simulado - 1 Vetores e Produto Escalar GAAL - 201/1 - Simulado - 1 Vetores e Produto Escalar SOLUÇÕES Exercício 1: Determinar os três vértices de um triângulo sabendo que os pontos médios de seus lados são M = (5, 0, 2), N = (, 1, ) e P = (4,

Leia mais

Provas de. Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico

Provas de. Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico Provas de Introdução à Álgebra Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico 19 de Janeiro de 2008 Conteúdo 1 Enunciados de Testes 3 1.1 1 o Teste: 12/4/2000.......................

Leia mais

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional. n=1

Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional. n=1 Sociedade Brasileira de Matemática Mestrado Profissional em Matemática em Rede Nacional MA Números e Funções Reais Avaliação - GABARITO 3 de abril de 203. Determine se as afirmações a seguir são verdadeiras

Leia mais

Lógica Matemática e Computacional 5 FUNÇÃO

Lógica Matemática e Computacional 5 FUNÇÃO 5 FUNÇÃO 5.1 Introdução O conceito de função fundamenta o tratamento científico de problemas porque descreve e formaliza a relação estabelecida entre as grandezas que o integram. O rigor da linguagem e

Leia mais

Função. Definição formal: Considere dois conjuntos: o conjunto X com elementos x e o conjunto Y com elementos y. Isto é:

Função. Definição formal: Considere dois conjuntos: o conjunto X com elementos x e o conjunto Y com elementos y. Isto é: Função Toda vez que temos dois conjuntos e algum tipo de associação entre eles, que faça corresponder a todo elemento do primeiro conjunto um único elemento do segundo, ocorre uma função. Definição formal:

Leia mais

Revisão para a Bimestral 8º ano

Revisão para a Bimestral 8º ano Revisão para a Bimestral 8º ano 1- Quadrado da soma de dois termos Observe: (a + b)² = ( a + b). (a + b) = a² + ab+ ab + b² = a² + 2ab + b² Conclusão: (primeiro termo)² + 2.(primeiro termo). (segundo termo)

Leia mais

Åaxwell Mariano de Barros

Åaxwell Mariano de Barros ÍÒ Ú Ö Ö Ð ÓÅ Ö Ò Ó Ô ÖØ Ñ ÒØÓ Å Ø Ñ Ø ÒØÖÓ Ò Ü Ø Ì ÒÓÐÓ ÆÓØ ÙÐ ¹¼ ÐÙÐÓÎ ØÓÖ Ð ÓÑ ØÖ Ò Ð Ø Åaxwell Mariano de Barros ¾¼½½ ËÓÄÙ ¹ÅA ËÙÑ Ö Ó 1 Vetores no Espaço 2 1.1 Bases.........................................

Leia mais

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Departamento de Matemática - UEL - 2010. Ulysses Sodré. http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010. Matemática Essencial Extremos de funções reais Departamento de Matemática - UEL - 2010 Conteúdo Ulysses Sodré http://www.mat.uel.br/matessencial/ Arquivo: minimaxi.tex - Londrina-PR, 29 de Junho de 2010.

Leia mais

Explorações de alunos

Explorações de alunos A partir dos exemplos sugeridos e explorados pelos alunos pretende-se que possam conjecturar que, dadas duas funções reais de variável real f e g, o domínio da função quociente pode ser dado por: f f g

Leia mais

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas?

x0 = 1 x n = 3x n 1 x k x k 1 Quantas são as sequências com n letras, cada uma igual a a, b ou c, de modo que não há duas letras a seguidas? Recorrências Muitas vezes não é possível resolver problemas de contagem diretamente combinando os princípios aditivo e multiplicativo. Para resolver esses problemas recorremos a outros recursos: as recursões

Leia mais

Números Complexos. Capítulo 1. 1.1 Unidade Imaginária. 1.2 Números complexos. 1.3 O Plano Complexo

Números Complexos. Capítulo 1. 1.1 Unidade Imaginária. 1.2 Números complexos. 1.3 O Plano Complexo Capítulo 1 Números Complexos 11 Unidade Imaginária O fato da equação x 2 + 1 = 0 (11) não ser satisfeita por nenhum número real levou à denição dos números complexos Para solucionar (11) denimos a unidade

Leia mais

Tópicos Matriciais Pedro Henrique O. Pantoja Natal / RN

Tópicos Matriciais Pedro Henrique O. Pantoja Natal / RN 1. Traço de Matrizes. Definição 1.1: O traço de uma matriz quadrada A a de ordem n é a soma dos elementos da diagonal principal. Em símbolos, TrA a a a a. Daqui em diante, A denotará uma matriz quadrada

Leia mais

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Vectorial

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Vectorial Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise ercícios Resolvidos Integral de inha de um ampo Vectorial ercício onsidere o campo vectorial F,, z =,, z. alcule o integral

Leia mais

94 (8,97%) 69 (6,58%) 104 (9,92%) 101 (9,64%) 22 (2,10%) 36 (3,44%) 115 (10,97%) 77 (7,35%) 39 (3,72%) 78 (7,44%) 103 (9,83%)

94 (8,97%) 69 (6,58%) 104 (9,92%) 101 (9,64%) 22 (2,10%) 36 (3,44%) 115 (10,97%) 77 (7,35%) 39 (3,72%) 78 (7,44%) 103 (9,83%) Distribuição das 1.048 Questões do I T A 94 (8,97%) 104 (9,92%) 69 (6,58%) Equações Irracionais 09 (0,86%) Equações Exponenciais 23 (2, 101 (9,64%) Geo. Espacial Geo. Analítica Funções Conjuntos 31 (2,96%)

Leia mais

1 Módulo ou norma de um vetor

1 Módulo ou norma de um vetor Álgebra Linear I - Aula 3-2005.2 Roteiro 1 Módulo ou norma de um vetor A norma ou módulo do vetor ū = (u 1, u 2, u 3 ) de R 3 é ū = u 2 1 + u2 2 + u2 3. Geometricamente a fórmula significa que o módulo

Leia mais