PANORAMA ECONÔMICO MUNDIAL FMI ATUALIZAÇÃO - JAN./14. A maré está subindo?

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1 A atividade global ganhou força durante a segunda metade de 2013, conforme previsto no Panorama Econômico Mundial divulgado em Outubro de É esperada uma melhora ainda maior na atividade em , em grande parte, por conta da recuperação das economias avançadas. A atualização da projeção de crescimento global para 2014 incorporou ligeira melhora (3,7%), enquanto para 2015 continua rondando os 3,9%, mantendo, em termos gerais, as projeções do WEO Out./13. Porém, revisões para baixo nas projeções de crescimento de algumas economias continuam a destacar fragilidades e a manter os riscos de deterioração. De uma forma geral, nas economias avançadas, o hiato do produto continua elevado e, considerados os riscos, uma postura acomodatícia da política monetária seria aconselhável, enquanto a consolidação fiscal continuar. Em muitos mercados emergentes e economias em desenvolvimento o crescimento será impulsionado pela melhora da demanda externa, proveniente das economias avançadas, apesar dos cenários domésticos continuarem a preocupar. Algumas economias podem apresentar margem para o apoio da política monetária. Em muitas outras, a produção próxima do potencial, sugere que as diminuições no crescimento, decorrem, em parte, de fatores estruturais ou de arrefecimentos cíclicos, assim, a prioridade política consiste no avanço das reformas estruturais. Em algumas economias, há a necessidade de gerenciar vulnerabilidades associadas ao enfraquecimento da qualidade do crédito e às grandes saídas de capital. A atividade global e o comércio mundial retomaram na segunda metade de Os dados recentes sugerem, inclusive, que o crescimento global durante o período foi um pouco mais forte do que o previsto no WEO Out./13. Em linhas gerais, a demanda final nas economias avançadas expandiu conforme o esperado e muito da surpresa positiva no crescimento ocorreu devido a recomposição dos estoques. Nas economias emergentes, a recuperação das exportações foi o principal motor da melhora na atividade, enquanto a demanda doméstica, de uma forma geral, permaneceu moderada, com exceção da China. As condições financeiras nas economias avançadas têm melhorado, desde a divulgação do WEO Out./13, com pequenas modificações a partir do anúncio feito pelo Federal Reserve em 18 de dezembro, sobre o início da retirada gradual das medidas quantitativas para este mês. Isto inclui novas quedas nos prêmios de risco das dívidas públicas das economias da zona do euro atingidas pela crise. No entanto, as condições financeiras permanecem apertadas nas economias emergentes, depois da surpresa do anúncio de retirada do estímulo monetário nos EUA, em maio 2013, não obstante a resiliência dos fluxos de capital. Os preços das ações ainda não se recuperaram totalmente, os rendimentos de muitos títulos soberanos estão em alta e algumas moedas sob pressão. Passando para as projeções, é esperado um crescimento para os Estados Unidos de 2,8% em 2014, superior aos 1,9% de Em linha com as surpresas positivas nos estoques do Panorama Econômico Mundial Página 01

2 segundo semestre de 2013, a retomada em 2014 será apoiada pela demanda doméstica final, sustentada, em parte, pela redução da pressão fiscal decorrente do orçamento recémacordado. Porém, isto também implica no aperto da política fiscal para 2015 (ao manter a maioria dos cortes automáticos para 2015, ao invés de revertê-los, conforme considerado no WEO Out./13), com estimativa de crescimento revisada para 3% (ante os 3,4% anteriores). A zona do euro está passando da recessão para a recuperação. É esperado um fortalecimento dos crescimentos para 2014 e 2015 (1,0% e 1,4%, respectivamente), entretanto, esta recuperação será desigual. No geral, a retomada será mais modesta nas economias sob estresse, apesar de algumas revisões para cima, como no caso da Espanha. O alto endividamento tanto público como privado e a fragmentação financeira conterão a demanda doméstica, enquanto as exportações contribuirão mais para o crescimento. No resto da Europa, a atividade no Reino Unido tem sido estimulada pelas melhores condições de crédito e pelo aumento da confiança, sendo esperado um crescimento médio de 2,25% para , com a manutenção da capacidade ociosa elevada. Panorama Econômico Mundial Página 02

3 No Japão, a projeção de desaceleração do crescimento passou a ser mais gradual do que a projetada no WEO Out./13. Os estímulos fiscais temporários devem compensar parcialmente, o efeito da elevação dos impostos sobre o consumo no início de Como resultado, o crescimento anual projetado permanece inalterado em 1,7% para 2014, considerado o efeito do carryover, antes de moderar para 1,0% em No geral, é esperado um aumento no crescimento das economias emergentes e em desenvolvimento de 5,1% em 2014 e 5,4% em O crescimento na China recuperou fortemente no segundo semestre de 2013, em grande parte, devido a aceleração do investimento. Este movimento deverá ser temporário, em parte, devido às políticas destinadas a arrefecer o crescimento do crédito e elevar o custo do capital. É esperada uma ligeira moderação no crescimento para cerca de 7,5% em Na Índia, a retomada do crescimento ocorreu após uma temporada favorável das monções e do maior crescimento das exportações, sendo esperado que continue firme, baseado nas sólidas políticas estruturais de apoio ao investimento. Muitas outras economias emergentes e em desenvolvimento começaram a se beneficiar da forte demanda externa, proveniente das economias avançadas e da China. Em muitas, no entanto, a demanda interna se mantém mais fraca do que a esperada, refletindo, em maior ou menor grau, o recrudescimento das condições financeiras e as orientações das políticas desde meados de 2013, além de incertezas em torno das políticas e das situações políticas, e dos pontos de estrangulamento que afetam particularmente o investimento. Como resultado, os crescimentos em 2013 ou 2014 foram revisados para baixo quando comparados ao WEO Out./13, a exemplo do Brasil e da Rússia. As taxas de crescimento do Oriente Médio e do Norte da África também foram revisadas, para baixo em 2014 e para cima em 2015, principalmente, ao incorporarem as expectativas de recuperação mais lenta da produção de petróleo na Líbia, após as interrupções em Em suma, o crescimento global deverá aumentar dos 3,0% em 2013 para 3,7% em 2014 e 3,9% em Panorama Econômico Mundial Página 03

4 Ainda não fora de perigo Passando aos riscos das projeções, além dos riscos de baixa mencionados no WEO Out./13, novos riscos foram considerados. Dentre estes, está o associado a uma inflação muito baixa nas economias avançadas, especialmente na zona do euro. Com a provável inflação abaixo da meta por algum tempo, as expectativas de longo-prazo podem diminuir. Isto eleva o risco de que a inflação seja menor do que a esperada, aumentando os encargos reais das dívidas, e possibilitando aumentos prematuros na taxa de juros real, considerada a limitação da política monetária na redução da taxa de juros nominal. Além de também, aumentar a probabilidade de deflação nos casos de choques adversos na atividade. Os riscos de deterioração para a estabilidade financeira persistem. A alavancagem das empresas tem aumentado, acompanhada em muitas economias emergentes pelo aumento dos passivos em moeda estrangeira. Numa série de mercados, incluindo vários emergentes, a precificação dos ativos poderia ser pressionada, no caso das taxas de juros subirem mais do que o esperado, afetando negativamente o sentimento dos investidores. Panorama Econômico Mundial Página 04

5 Nas economias emergentes, o aumento da volatilidade nos mercados financeiros e nos fluxos de capitais continua sendo motivo de preocupação, uma vez que o Fed começará a retirada gradual das medidas quantitativas no início de As reações relacionadas ao anúncio de dezembro têm sido relativamente calmas na maioria das economias, possivelmente graças à forma de comunicação e a recalibração das políticas do Fed (incluindo as revisões da política de sinalização da trajetória futura dos juros). Não obstante, reajustes nas carteiras e algumas saídas de capital são prováveis durante o processo, porém, quando combinadas com fraquezas domésticas, podem resultar em saídas mais pronunciadas e ajustes cambiais. Voltando às políticas, a despeito da melhora esperada na atividade, assegurar um crescimento robusto e administrar as vulnerabilidades continuam sendo prioridades globais. Nas economias avançadas, as prioridades políticas continuam de uma forma geral, conforme as discutidas no WEO Out./13. Entretanto, com as melhoras nas perspectivas será fundamental evitar uma retirada prematura da política monetária acomodativa, inclusive nos Estados Unidos, enquanto os hiatos do produto continuarem elevados, a inflação for baixa e a consolidação fiscal estiver em curso. Um crescimento mais forte é necessário para concluir o processo de restauração patrimonial do pós-crise e diminuir os riscos de sequelas. Na área do euro, o Banco Central Europeu (BCE) terá de considerar medidas adicionais para este propósito. Medidas para garantir a liquidez de longo-prazo, incluindo os empréstimos direcionados, devem fortalecer a demanda e reduzir a fragmentação financeira do mercado. Sanear os balanços dos bancos, através do programa de avaliação, recapitalizar aqueles com dificuldades, e concluir a União Bancária, unificando a supervisão e os regimes de resolução da crise, serão necessários para melhorar a confiança, reavivar o crédito e desvincular os riscos soberanos dos riscos dos bancos. Mais reformas estruturais serão necessárias para ampliar os investimentos e as perspectivas. Nos mercados emergentes e em desenvolvimento, os recentes acontecimentos destacam a necessidade de administrar os riscos potenciais de mudanças repentinas nos fluxos de capital. Dentre as economias mais expostas, particularmente, estão aquelas com fraquezas internas relacionadas, em parte, a déficits em conta corrente. As taxas de câmbio devem permitir depreciações, em resposta as deteriorações nas condições de financiamento externo. Quando existirem restrições nos ajustes das taxas de câmbio seja pela incompatibilidade nos balanços e outras fragilidades financeiras, ou por grandes passthrough da inflação, em função da falta de transparência e consistência na implementação da política monetária os formuladores de política poderão precisar considerar uma combinação de políticas macroeconômicas restritivas com maior regulamentação e supervisão. Na China, a recente recuperação destaca que o investimento continua sendo a chave para a dinâmica do crescimento. Mais progresso será necessário para reequilibrar a Panorama Econômico Mundial Página 05

6 demanda interna do investimento ao consumo, afim de conter efetivamente os riscos para o crescimento e para a estabilidade financeira, oriundos do sobreinvestimento. Panorama Econômico Mundial Página 06

7 Nota da tabela de projeções: Taxas de câmbio reais e efetivas constantes (11 de Nov. à 09 Dez. de 2013). Quando as economias não estão listadas em ordem alfabética, elas são ordenadas com base no peso econômico. As informações trimestrais estão dessazonalizadas. 1/As informações trimestrais e as projeções consideram 90% do PIB mundial (PPP) e aproximadamente 80% dos emergentes e economias em desenvolvimento. 2/Para a Índia, as informações e as projeções são apresentadas com base no ano fiscal e o crescimento do PIB é calculado a preços de mercado. As projeções de crescimento para o PIB a custo de fatores 4,4, 5,4 e 6,4 percentuais para 2013, 2014 e 2015, respectivamente. 3/Indonésia, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. 4/Média simples dos preços Brent, Dubai Fateh e WTI. A média do preço em dólares americanos por barril foi $ 104,11 em O preço assumido para o mercado futuro foi $ 103,84 em 2014 e $ 98,47 em /Média baseada no peso das commodities nas exportações mundiais. Assessoria Econômica Av. Paulista, 949 6º andar Cerqueira César CEP: São Paulo SP Telefone: (5511) Fax: (5511) assessoriaeconomica@abbc.org.br Panorama Econômico Mundial Página 07

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