Taxas de Juros Elevadas e Semi-Estagnação
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- Júlio César Bergmann Pinhal
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1 Taxas de Juros Elevadas e Semi-Estagnação Yoshiaki Nakano Escola de Economia de São Paulo Fundação Getulio Vargas
2 Taxa de Juros Elevada e a Tragédia Brasileira (% média móvel 10 anos) Source: IBGE
3 Até 1980 Até 1980, a economia brasileira apresentou um notável desempenho impulsionado pelo processo de industrialização baseado no modelo de Substituição de Importações. Construimos uma estrutura produtiva complexa e verticalmente integrada pouco dependente do exterior.
4 A Década Perdida O crescimento elevado se esgota em 1980 quando a possibilidade de avançar substituindo importações fica cada vez mais difícil. Modelo semi-autárquico em que se buscava a auto-suficiência, revela insuficiência dinâmica. Choque do preço de petróleo e a crise da dívida externa resulta na década perdida.
5 1981 a 1994 Foi o período em que a economia brasileira tinha que promover a dupla transferência de renda acabou desencadeando a Hiperinflação e semi-estagnação da economia. Com o Plano Collor e abertura da economia, criam-se as condições para a estabilização da inflação.
6 Estabilização da Hiperinflação O Plano Real Primeira fase: estabilização dos preços com a desindexação/urv + ajuste fiscal moderado e taxa de juros elevada (= apreciação cambial) - Julho a Setembro Segunda Fase: Âncora Cambial, liberalização das importações e mudança no regime de fixação de preços e salários Setembro de Terceira Fase: Crise Cambial e Ajuste Fiscal 1988/89. Quarta Fase: Meta de Inflação, Superávit Primário e Câmbio Flutuante. Política monetária restritiva e fiscal expansionista.
7 Novo Modelo para Economia Brasileira O fato novo: abertura da conta de capitais e hegemonia do setor financeiro. Desde o início dos anos 90, particularmente depois de 94, implanta-se um novo projeto liberal, encerrando o projeto de industrialização através da substituição de importações. Novo modelo de crescimento dependente e associado com liberalização da conta de capitais e não através da integração comercial.
8 Novo Modelo para Economia Brasileira Novo modelo de crescimento dependente e associado: Estratégia de integração financeira: atrair fluxo de capitais com taxa de juros mais elevada que no exterior. Mercado financeiro eficiente: canalizaria recursos para investimento produtivo resultando em crescimento econômico. Política monetária com juros elevado e câmbio apreciado estabiliza a economia, assim politica fiscal poderia ser expansionista e atender demandas politicas e câmbio apreciado poderia manter salários elevados. Resultado: ciclos boom de entrada de capitais com paradas súbitas, isto é, ciclos de recuperação e crise
9 Novo Modelo para Economia Brasileira Interregno de crescimento de 2004 a 2011 em função do extraordinário crescimento da China e choque de preços de commodities. Crescimento baseado na expansão do consumo e do setor de serviços.
10 Esgotamento do Modelo de Taxa de Juros Elevada Drenagem sucessiva de renda para o setor financeiro, limita a taxa de investimento e de crescimento chegando ao seu esgotamento em Pagamento de juros está em torno de 40% PIB. O modelo de política fiscal frouxa cria uma dinâmica de crescimento das despesas, com vinculações e indexações. A partir de 2014, profunda crise de confiança, o crescimento explosivo do déficit e da dívida pública. Só reformas estruturais poderão trazer o ajuste fiscal necessário.
11 "Dead End" Para fazermos as reformas necessárias precisamos de uma liderança política forte com novo projeto para o Brasil e uma ordem politica que a suporte. Não temos nem projeto, nem liderança política, nem ordem política forte. E o presidencialismo de coalisão" está em seria crise.
12 NÓ GÓRDIO Guerra Cambial Aversão Risco Influxo de Capitais do Exterior Elevado Diferencial Tx de Juros do banco Central Aprisiona a Poupança Nacional no Overnight Inviabiliza Financiament o de Longo Prazo Regulação e Controle do Fluxo de Capitais e Administração do Câmbio Apreciação Taxa de Câmbio Baixa Taxa de Investimento Privado Elevada Taxa de Juros Eleva Custo da Dívida Publica e das Reservas Elevação do Custo Unitário do Trabalho Elevada Carga Tributária Pressao Inflacionária Baixa Taxa de Crescimento Reduzido Investimento Publico Setor Serviços Reduzido Aumento de Produtividade
13 NÓ GÓRDIO DESATADO Neutralizar Guerra Cambial Aversão Risco Equilíbrio do Fluxo de Capitais Taxa de Juros BCB igual FED, BCE e BCJ Desenvolve Mercado de Capitais e de Credito de Longo Prazo Instrumento de Política Monetária e Cambial Taxa de Câmbio Competitiva Estavel e Sustentavel ElevadaTaxa de Investimento Privado Redução da Taxa de Juros de Longo Prazo Redução Custo da Dívida Pública e das Reservas Inflação Controlada Redução da Carga Tributária Elevação do Salário Real Cresc. Rápido Manufatura Taxa de Crescimento Elevada Elevação da Taxa de Investimento Publico Exportações Aumento de Produtividade
14 Estrutura da Taxa de Juros no Brasil Taxa de Juros Titulos Privados SELIC 14,25 LFT Titulos Públicos 3,0 0 Overnight Mercado de Moeda Mercado de Títulos de Longo Prazo (Mercado de Poupança)
15 Fonte: Bradesco Suécia Suiça Canadá Dinamarca China Chile Japão Taiwan Austráia Tailândia Russia Holanda Estados Unidos Peru Nova Zelândia Indonésia Polônia Austria Alemanha Argentina Franca Mexico Malasia Africa do Sul Colombia India Reino Unido Espanha Turquia Chipre Venezuela Irlanda Grécia Hungria Italia Portugal Israel Brasil (ex-swap) Brasil 0 Despesas com Juros do Setor Público (%PIB)
16 Austráia Japão Suiça Chile Nova Zelândia Tailândia Taiwan Suécia Dinamarca Russia Canadá Estados Unidos Argentina Peru Holanda Indonésia Malasia Espanha Irlanda Mexico Austria Reino Unido Polônia Franca Alemanha Venezuela Chipre Portugal Colombia Africa do Sul India Turquia Hungria Grécia Italia Israel Brasil Fonte: Bradesco Despesas com Juros do Setor Público (%PIB) - Média Média dos Desenvolvidos: 1,9% Média Emergentes: 2,6% Média Emergentes (ex-brasil):2,4% Brasil: 6,1%
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