Produtividade e Eficiência. Pedro Cavalcanti Ferreira Fundação Getulio Vargas
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- Fernanda Viveiros Penha
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1 Produtividade e Eficiência Pedro Cavalcanti Ferreira Fundação Getulio Vargas
2 Introdução Países são pobres não só porque possuem relativamente menos (e piores) fatores de produção, mas porque organizam de forma muito ruim estes insumos. No Brasil: Mais de cinquenta por cento de nossa diferença de produto por trabalhador em relação aos Estados Unidos é explicado por este componente de ineficiência No período de crescimento rápido no pós-guerra ( ) a melhoria da eficiência produtiva foi tão ou mais importante que a acumulação de capital
3 Introdução Baixa produtividade requer mudanças institucionais e redução de distorções: Reforma tributária Maior abertura comercial Micro-reformas institucionais e melhor ambiente de negócios Melhor regulação e menos burocracia Mais e melhor infra-estrutura Educação e pesquisa
4 GDP per worker (US$ PPP) Milagre e Desastre de Crescimento (Brasil, Produto por trabalhador) : 2,5% a.a : -0,7% a.a : 4,5% a.a
5 Renda per capita e produto por trabalhador no Brasil ( , EUA = 1) 0,5 0,45 0,4 0,35 0,3 0,25 0,2 0,15 0,1 0,05 renda per capita relativa aos EUA produto por trabalhador relativo aos EUA
6 Produto Por Trabalhador ( ) , , , , ,00 Brasil Chile China Coréia do Sul México India ,00 0,
7 TFP (1960=100) Milagre e Desastre de Eficiência (PTF, )
8 Comparando com outros países
9 O Milagre de PTF Chinês
10 PTF é Fundamental para o Crescimento de Longo Prazo (Brasil) Decomposição do Crescimento Contribuição para o Crescimento y k h PTF ,4% 1,9% 0,5% 1,9% 44,1% 12,2% 43,7% ,5% 0,1% 1,3% -1,8% -13,7% -242,5% 356,1% ,0% 1,0% 0,9% 0,1% 51,6% 45,0% 3,4% : 73% de um crescimento de 2,1% a.a. é explicado pela PTF
11 Contabilidade do Crescimento, China Contribuição para Crescimento y k h PTF (56.6%) (50.0%) (-6.5%) (39.3%) (10.0%) (50.8%) (41.9%) (16.3%) (41.8%)
12 PTF é Fundamental para o Crescimento de Longo Prazo Fontes de Crescimento no Brasil, h k/y y PTF
13 PTF é Fundamental para o Crescimento de Longo Prazo Decomposição de Desenvolvimento: Brasil X EUA PTF h k ,2% 58,0% -9,2% ,4% 37,1% -6,5% ,4% 27,1% 8,5%
14 Eficiência e Performance de Crescimento O Milagre dos anos 70 e a aceleração do crescimento recente podem ser parcialmente explicados por aumentos de eficiência produtiva (TFP) Ambos os episódios foram precedidos de políticas de estabilização e reformas institucionais (PAEG e FHC/LULA, respectivamente) O colapso PTF no passado parece estar associada com um aumento da participação do setor estatal na produção, especialmente bens de capital e intermediários, e de barreiras ao comércio neste e vários setores. No entanto, muitas outras distorções podem ter contribuído para a baixa eficiência da economia brasileira hoje.
15 Eficiência e Performance de Crescimento
16 Perda Recente de Eficiência TFP aumentou na década passada mas desde de finais de 2010 está estagnada e/ou caindo. Isto afeta crescimento.
17 Desaceleração recente brasileira não é fenômeno geral na América Latina Crescimento médio do PIB (% a.a.) Brasil Chile Colômbia México Peru América Latina
18 O que diferencia o Brasil destes países? Brasil tem maior carga tributária Brasil tem economia mais fechada Brasil tem inflação mais alta Brasil investe menos em infraestrutura Brasil tem pior ambiente de negócios Brasil tem taxa de investimento mais baixa Só o Brasil tem um BNDES Vários destes fatores afetam negativamente a eficiência da economia brasileira
19 Carga Tributária (% of PIB ) Aumento carga tributária pode ter reduzido crescimento do PIB em 1,5% ao ano * Fonte: Ferreira e Nascimento, 2006.
20 Brasil tem maior carga tributária ( % PIB)
21 Tax burden % of GDP Carga Tributária no Brasil Acima da Norma Internacional 50% 45% Israel Itália França Suécia Austria Dinamarca 40% Hungria Holanda Canadá 35% Brasil Polônia Portugal Espanha Reino Unido Alemanha 30% África do Sul Austrália EUA 25% Bolívia Chile Argentina Japão 20% 15% México Coréia do Sul Singapura Venezuela 10% Per Capita GDP (US$)
22 Brasil tem economia mais fechada
23 Liberalização Comercial => crescimento da produtividade
24 Liberalização Comercial => crescimento da PTF
25 Investimento em Infraestrutura: mais baixo no Brasil Taxa de investimento em Infraestrutura (% PIB) Brasil 2.0 Chile 6.5 Colômbia 5.8 China 13.4 Índia 4.8
26 Infraestrutura no Brasil: Investimento Investimentos em infraestrutura no Brasil (% do PIB) Período 1971/ / / /2010 Total (% PIB) 5,42 3,62 2,29 2,32 Eletricidade 2,13 1,47 0,76 0,67 Telecomunicações 0,80 0,43 0,73 0,65 Transportes 2,03 1,48 0,63 0,71 Água e Saneamento 0,46 0,24 0,15 0,29 Fonte: Frischtak (2012). 2011: 2,05% do PIB 2012: 1,96% do PIB
27 Infraestrutura no Brasil: Qualidade
28 Inflação: mais alta no Brasil
29 Brasil tem pior ambiente de negócios Brasil Chile Colômbia México Peru Geral Starting a Business Dealing with Construction Permits Getting Electricity Registering Property Getting Credit Protecting Investors Paying Taxes Enforcing Contracts Resolving Insolvency
30 Taxa de investimento: mais baixa no Brasil Taxa de investimento ( , % PIB) Brasil 18.7 Chile 22.5 Colômbia 22.7 México 25.2 Peru 22.8
31 1995 T T T T T T T T T T T T T4 Taxa de investimento e BNDES 30% 25% 20% Taxa de investimento e desembolsos BNDES (MM 12 meses, % PIB) Rate of Investment BNDES/GDP BNDES / Investment 15% 10% 5% 0%
32 Pela primeira vez no Brasil: Baixas taxas de juros Câmbio desvalorizado Inflação (ainda) sob controle Mas: baixo crescimento? Políticas atuais não estão alavancando investimento, podem estar afetando PTF e prejudicando crescimento.
33 2002 T T T T T T T T T T T T T T T T T T2 2011T T2 2012T4 2013T2 2013T4 PIB Potencial: Diversas Metodologias (IBRE-FGV) 4,5 4,0 3,5 3,0 2,5 2,0 PIB HP PIB CD 1/3 PIB CES 1/3 0,7 PIB CES 1/3 0,5 PIB CD 0,4 PIB CES 0,4 0,7 PIB CES 0,4 0,5 PIB CD 0,5 PIB CES 0,5 0,7 1,5
34 Cidades: Benefício Para Todos?
35 Favelas e não-favelas (Rio de Janeiro, 2011) Mercado de Trabalho Indicadores Região Metropolitana* Total Favela Não favela Responsável pelo domicílio Taxa de desemprego (%) 4,8 3,9 4,8 Jornada de trabalho (hora/ semana) 42,2 44,2 42,0 Renda do trabalho principal (R$) 1.098,2 612, ,5 Renda do trabalho (R$) 1.114,8 617, ,3
36 Favelas e não-favelas (Rio de Janeiro, 2011) Educação Escolaridade Região Metropolitana* Total Favela Não favela Distribuição da escolaridade da população de 25 anos e mais (%) De 0 a 3 anos de estudo 14,4 32,4 12,9 De 4 a 7 anos de estudo 22,1 28,8 21,6 De 8 a 10 anos de estudo 16,2 20,2 15,9 11 anos de estudo 27,4 15,4 28,4 De 12 a 14 anos de estudo 5,0 0,6 5,4 15 anos ou mais de estudo 14,9 2,6 15,9 Escolaridade média da população de 25 anos e mais (em anos de estudo) Taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais (%) 8,6 5,7 8,9 3,2 8,0 2,8
37 Mobilidade educacional em áreas rurais muito menor que em áreas urbanas. Mobilidade em regiões pobres (NE) menor que em regiões ricas (SE). Provavelmente mobilidade educacional na favela é menor que fora da favela. Amenidades e serviços muito piores nas favelas que fora delas. Logo: vantagens das cidades para moradores das favelas são (muito) menores. Como reverter isto? E mais: maior densidade no Brasil em geral associada a maior favelização.
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