Sinopse. a situação dos países em desenvolvimento. Nos últimos meses, a Rússia e o Brasil

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1 Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Public Disclosure Authorized Sinopse A crise financeira iniciada há quase dois anos na Ásia tornou mais difícil e incerta a situação dos países em desenvolvimento. Nos últimos meses, a Rússia e o Brasil enfrentaram graves dificuldades financeiras e os fluxos dos mercados internacionais de capital para os países em desenvolvimento foram cortados pela metade em relação ao período anterior à crise. Ao mesmo tempo, cortes nas taxas de juros dos principais países industrializados desde outubro passado, a adoção de grandes programas de estímulo fiscal e reestruturação financeira no Japão e os sinais de que os países em crise na Ásia começaram a se estabilizar têm contribuído para uma melhora da confiança nos mercados financeiros internacionais. Este ano, o relatório Global Development Finance (Financiamento do Desenvolvimento Global) faz uma atualização das perspectivas para os países em desenvolvimento (capítulo 1); analisa a evolução dos fluxos de capital privado em 1998 (capítulos 2 e 3); examina as tendências da assistência pública (capítulo 4); bem como a experiência com a reestruturação da dívida e com os pacotes internacionais de salvamento destinados a ajudar os países em crise (capítulo 5). As principais conclusões do relatório são as seguintes: Embora o risco de uma recessão global profunda tenha diminuído nos últimos meses, a crise nos mercados emergentes provavelmente será mais ampla e prolongada do que as avaliações anteriores tinham levado a crer. As previsões publicadas no início de dezembro do ano passado 1 sobre as perspectivas de crescimento nos países em desenvolvimento em 1999 foram revistas e reduzidas em 1 por cento, descendo para 1,5 por cento a menor taxa desde É improvável que o conjunto dos países em 1 Global Economic Prospects 1998/99.

2 desenvolvimento volte às taxas tradicionais de crescimento (entre 4,5 e 5,0 por cento) antes de Essa correção para baixo nas projeções resulta de mudanças nas suposições referentes tanto aos fatores externos quanto internos. No âmbito externo, as perspectivas das receitas de exportação dos países em desenvolvimento pioraram em virtude das previsões de desaceleração do crescimento do comércio internacional e dos cortes nos preços das matérias-primas em Na situação atual, não é provável que o conseqüente aumento na procura de financiamento externo seja atendido, visto que o fornecimento de fundos para os mercados emergentes foi reduzido e o custo dos empréstimos aumentou. As medidas de política adotadas por vários países a fim de restringir o crescimento econômico e, dessa forma, limitar os requisitos de financiamento, contribuem de forma importante para moderar as previsões referentes ao produto interno bruto (PIB) dos países em desenvolvimento. No âmbito interno, a crise concentrou as atenções nas dificuldades em enfrentar déficits fiscais crônicos (no Brasil, Índia, Rússia e Turquia, por exemplo) e na reestruturação financeira e empresarial (nos países asiáticos em crise). Além disso, a proliferação ou intensificação de conflitos civis e internacionais afetou adversamente as perspectivas em algumas regiões. Não obstante, não estamos diante de um quadro em que a deterioração é uniforme. O comércio mundial deverá voltar a se ampliar na segunda metade de 1999, graças à continuação do crescimento nos Estados Unidos e nas economias européias e à estabilização e recuperação dos fluxos de capital privado em diversos países asiáticos em crise. Os fluxos financeiros líquidos a longo prazo para os países em desenvolvimento, tanto privados quanto públicos, caíram de US$338 bilhões em 1997 para US$275 2

3 bilhões em A significativa passagem dos países asiáticos em crise para uma posição de superávit da conta corrente (equivalente a quase 13 por cento do PIB de 1997 para 1998) foi induzida principalmente pela saída maciça de capitais e pela suspensão das linhas de crédito de curto prazo e não por uma queda nos fluxos financeiros a longo prazo. A redução nos fluxos financeiros a longo prazo para os países em desenvolvimento concentrou-se nos fluxos dos mercados internacionais de capital, que caíram de US$136 bilhões em 1997 para US$72 bilhões em Todos os empréstimos dos bancos comerciais, os títulos da dívida e as carteiras de ações foram afetados. No primeiro semestre de 1998, a queda nos fluxos dos mercados de capital limitou-se principalmente ao Leste da Ásia. Apesar disso, depois da erupção da crise na Rússia, a queda generalizou-se, atingindo a América Latina. Com a situação ainda fluida no Brasil, continuam incertas as perspectivas a curto prazo para os fluxos de capital. Supondo uma resolução favorável para a crise, nos próximos meses os fluxos dos mercados internacionais de capital poderão recuperar-se em relação aos níveis muito baixos registrados no fim do ano. Apesar disso, parece provável que esses fluxos registrem uma queda ainda maior este ano em relação a Em parte, isso resulta da deterioração das classificações de crédito dos mercados emergentes, apenas 15 dos quais estão acima do nível de investimento, quando eram 21 antes da crise. Também é importante ressaltar que os elementos básicos que impeliram as ondas de capital privado no início e em meados da década de 1990 continuam a predominar, como as políticas públicas mais prudentes e mudanças nas dotações financeiras. A médio prazo, esses elementos deverão levar os fluxos para os níveis anteriores à crise. 3

4 Os fluxos de investimentos estrangeiros diretos (IED) demonstraram bastante persistência, caindo apenas levemente de US$163 bilhões em 1997 para US$155 bilhões em Em diversos países asiáticos em crise, os IED aumentaram, na medida em que investidores aproveitaram-se da queda abrupta dos preços dos ativos, da crescente concorrência internacional e das oportunidades para fusão de empresas, motivadas pela necessidade de conseguir acesso a financiamento, bem como de reestruturar e reduzir os custos. Essas motivações parecem ter contrabalançado os efeitos inibidores da recessão e da contração dos mercados, quando expressos em divisas estrangeiras. Os fluxos de IED para os países em desenvolvimento deverão desacelerar-se por um ou dois anos, como conseqüência do arrefecimento do comércio e da produção mundiais e dos seus efeitos sobre os lucros das empresas nos países de origem. Na medida em que se acelerar a reestruturação das empresas, deverá haver uma retomada dos fluxos de IED para alguns países asiáticos em crise mas, apesar disso, é provável que os IED continuem a ser a maior fonte de financiamento para os países em desenvolvimento no futuro previsível. A baixa nos financiamentos em termos concessionais registrada desde o início da década continuou, com os fluxos de assistência sofrendo uma redução de US$33,4 bilhões em 1997 para US$32,7 bilhões em Atualmente, em termos reais, os fluxos de ajuda externa estão um terço abaixo dos níveis de 1990 e parece haver uma tendência de estagnação desses níveis ou de continuação da queda. Ironicamente, essa queda coincide com importantes avanços no sentido de reformas das políticas públicas no Sul da Ásia e na África Subsaariana. Levantamentos recentes demonstraram que a ajuda externa é mais eficaz para reduzir a pobreza em países com administração econômica prudente. Uma redistribuição da ajuda externa para países 4

5 que adotam políticas prudentes e com grande número de pobres poderia reduzir substancialmente a pobreza. Graças aos grandes pacotes de salvamento, o financiamento líquido não-concessional subiu de US$6 bilhões em 1997 para US$12 bilhões em 1998 esta cifra exclui empréstimos líquidos do FMI, que aumentaram de US$15 bilhões em 1997 para US$21 bilhões em 1998, muito acima do montante de US$1 bilhão estendido em De agosto de 1997 a dezembro de 1998, a comunidade internacional comprometeu-se a emprestar US$190 bilhões para Brasil, Indonésia, República da Coréia e Tailândia, dos quais US$63 bilhões já foram desembolsados. O apoio público aos países em crise ajudou a aliviar os riscos para o sistema financeiro internacional e reduzir os custos do ajustamento nos países afetados. Os países asiáticos em crise continuaram a pagar as respectivas dívidas governamentais, com a exceção da Indonésia, onde a reestruturação avança regularmente. Nos últimos meses, as taxas de juros nos países em crise do Leste Asiático voltaram aos seus níveis normais e as taxas de juros caíram. Mas a situação na Rússia continua difícil. Houve avanços consideráveis no refinanciamento da dívida externa dos sistemas bancários nacionais da Ásia mas a reestruturação da dívida das empresas tem sido lenta. O desembolso dos fundos de salvamento tem variado, de acordo com o avanço das reformas acordadas. Mas os credores privados dos sistemas bancários dos países asiáticos não têm compartilhado o ônus do refinanciamento; isso cria preocupações porque não se sabe se foi alcançado o equilíbrio correto entre as medidas para evitar a disseminação da crise e a criação de consciência quanto a todas as implicações do fornecimento de financiamento. 5

6 A comunidade internacional participou ativamente do debate sobre as causas da crise nos mercados emergentes e sobre as medidas necessárias para evitar a sua repetição. Esse debate é saudável e já levou a um melhor entendimento das condições necessárias para sustentar os fluxos. Os formuladores de política estão começando a fortalecer os sistemas financeiros internos, a melhorar a transparência nos mercados internacionais de capital, a adotar políticas macroeconômicas mais prudentes e coerentes e a fortalecer a rede de segurança social. Será necessário muito tempo para que essas reformas produzam resultados. Mas elas já estão criando as condições para a recuperação dos fluxos de capital para os países em desenvolvimento, consoantes com as atividades econômicas globais no período abrangido por estas previsões. 6

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