Existência e multiplicidade de soluções para sistemas de equações de Schrödinger semilineares em R n

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Existência e multiplicidade de soluções para sistemas de equações de Schrödinger semilineares em R n"

Transcrição

1 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Matemática Doutorado em Matemática Existência e multiplicidade de soluções para sistemas de equações de Schrödinger semilineares em R n Paulo de Souza Rabelo Tese de Doutorado Recife 30 de outubro de 2008

2

3 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Ciências Exatas e da Natureza Departamento de Matemática Paulo de Souza Rabelo Existência e multiplicidade de soluções para sistemas de equações de Schrödinger semilineares em R n Trabalho apresentado ao Programa de Doutorado em Matemática do Departamento de Matemática da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para obtenção do grau de Doutor em Matemática. Orientador: João Marcos Bezerra do Ó Recife 30 de outubro de 2008

4

5

6

7 Dedico a Izabel Alves de Souza Rabelo (in memorian)

8

9 Agradecimentos É tanta gente, diferente gente! São muitos a agradecer. A cada fio de cabelo caído, uma lembrança, uma gratidão tomou seu lugar. Obrigado Solange Reis, pelo suporte familiar e sentimental. Obrigado João Marcos, pelo suporte intelectual e orientação. Para completar o triplé de estabilidade, agradeço ao Cnpq pelo suporte financeiro. Àqueles que encontrei pelo caminho e aqui estão anônimos, guardo-os todos em meu coração. Vocês são porretas. Obrigado. vii

10

11 E aprendi que se depende sempre de tanta, muita, diferente gente. Toda pessoa sempre é as marcas das lições diárias de outras tantas pessoas. E é tão bonito quando a gente entende que a gente é tanta gente onde quer que a gente vá. E é tão bonito quando a gente sente que nunca está sozinho, por mais que pense estar. GONZAGUINHA (Caminhos do Coração)

12

13 Resumo Neste trabalho, estudamos questões relacionadas à existência e multiplicidade de soluções do tipo estacionária para uma classe de sistemas de equações de Schrödinger com potenciais mudando de sinal e não-linearidades ilimitadas na variável x. Consideraremos diversos tipos de crescimento para o termo não-linear. Na obtenção de nossos resultados usamos métodos variacionais do tipo mini-max e teoria de regularidade de equações elípticas de segunda ordem. Palavras-chave: Sistemas elípticos, métodos variacionais, teorema do passo da montanha, método de iteração de Moser, desigualdade de Trudinger-Moser, índice de Morse. xi

14

15 Abstract In this work, we study questions related to existence and multiplicity of solutions of the type stationary for a class of systems of Schrödinger equations with sign-changing potential and nonlinearities unbounded in the variable x. To obtain our results, we use variational methods of the type minimax and regularity theory of elliptic equations of second order. Keywords: Schrödinger equations, variational methods, mountain-pass theorem, Moser iteration method, Trudinger-Moser inequality, Morse index. xiii

16

17 Sumário 1 Sistemas elípticos superquadráticos e não-quadráticos Introdução A estrutura variacional Prova dos Teoremas e Existência de pontos críticos sob hipóteses do Teorema Existência de pontos críticos sob hipóteses do Teorema Regularidade e comportamento assintótico Multiplicidade de soluções Sistemas elípticos com crescimento supercrítico Introdução Reformulação do problema e resultados preliminares Soluções do problema auxiliar Prova do Teorema Prova do Teorema Sistemas elípticos em dimensão dois Introdução Alguns resultados preliminares A estrutura variacional Prova do Teorema Prova do Teorema Sobre o nível mínimo - Prova do Lema Prova do Teorema Equações de Schrödinger com não-linearidades indefinidas Reformulação do problema Condições geométricas Limitação da sequência de soluções Caso 1: a(x 0 ) > Caso 2: a(x 0 ) = Prova do Teorema Alguns teoremas tipo Liouville não-linear 68 xv

18

19 Lista de Figuras Neste trabalho faremos uso da seguinte simbologia: C, C 0, C 1, C 2,... denotam constantes positivas (possivelmente diferentes); Se Ω R N é um conjunto mensurável, então Ω denota sua medida de Lebesgue em R N ; B R denota a bola aberta centrada na origem e raio R > 0; X é o dual topológico do espaço de Banach X;, denota o par dual entre X e X; Denotemos a convergência fraca em X por e a convergência forte por ; supp( f ) denota o suporte da função f ; u + = max{u,0} e u = max{ u,0}; χ Ω denota a função característica do conjunto Ω; ( u u =, u,, u ) denota o gradiente da função u; x 1 x 2 x N u = L p (Ω) = N 2 u i=1 xi 2 denota o Laplaciano de u; { u : Ω R mensurável : conexo, denota o espaço de Lebesgue com norma dada por Ω } u p dx < com 1 p < e Ω R N um aberto ( ) 1/p u p = u(x) p dx. R n L (Ω) denota o espaço das funções mensuráveis que são limitadas quase sempre em Ω com norma dada por u = inf{c > 0 : u(x) C quase sempre em Ω}; xvii

20 xviii LISTA DE FIGURAS C0 (RN ) denota o espaço das funções infinitamente diferenciáveis com suporte compacto; { } C 0,σ u(x) u(y) (Ω) = u C(Ω) : sup x,y Ω x y σ < com 0 < σ < 1, e C k,σ (Ω) são as funções em C k (Ω) tais que todas as derivadas parciais até a ordem k estão em C 0,σ (Ω); Para 1 p < +, W 1,p (Ω) = com norma dada por { u L p (Ω) : g i L p (Ω); u ϕ dx = g i ϕ dx, Ω x i Ω ϕ C0 (Ω) e i {1,,N}} ( u 1,p = ( u p + u p ) dx Ω ) 1/p e W 1,p 0 (Ω) é o fecho do espaço C0 (Ω) com respeito à norma acima. Quando p = 2, escrevemos W 1,2 (Ω) = H 1 (Ω) e W 1,2 0 (Ω) = H0 1(Ω). Para 1 p < +, p = N p N p é o expoente crítico de Sobolev.

21 CAPÍTULO 1 Sistemas elípticos superquadráticos e não-quadráticos 1.1 Introdução Neste capítulo estudamos a existência de soluções não-triviais para uma classe de sistemas elípticos semilineares da forma u i + a i (x)u i = f i (x,u 1,,u m ) com x R n e i {1,,m}, (P) onde as funções a i : R n R e f i : R n R m R são contínuas com f i (x,0,,0) = 0. Consideramos a situação variacional em que ( f 1,, f m ) = F para alguma função F : R n R m R de classe C 1, cuja notação F é padrão para o gradiente de F nas variáveis U = (u 1,,u m ) R m. Sobre R m usaremos o produto escalar euclideano, com a norma associada =, 1/2. Denotando = diag(,, ) e A(x) = diag(a 1 (x),,a m (x)), podemos reescrever o sistema acima na forma U + A(x)U = F(x,U). Motivados pelo trabalho de Sirakov [49] que, no caso escalar, mostrou a existência de uma solução não-trivial quando os potenciais mudam de sinal e as não-linearidades são ilimitadas em x R n, estendemos esses resultados para sistemas elípticos tipo gradiente. Por outro lado, assumindo sobre a não-linearidade a hipótese de não-quadraticidade no infinito, introduzida por Costa-Magalhães em [20], melhoramos os resultados obtidos por Costa [19], no sentido que ampliamos a classe de potenciais e usamos não-linearidades mais gerais. Isso aumenta o grau de dificuldade no tratamento de tais tipos de sistemas, já complicados pela perda de compacidade devido à não limitação do domínio. Com o objetivo de aplicarmos métodos variacionais, consideramos o seguinte subespaço de H 1 (R n,r m ) { } E = U H 1 (R n,r m ) : A(x)U U dx < +, Rn o qual, sob as hipóteses (A 1 ) e (A 2 ) abaixo, é um espaço de Hilbert quando dotado com o produto escalar U,V E = [ U V + A(x)U V ]dx Rn e norma correspondente U E = U,U 1/2 E. Aqui, como usual, H1 (R n,r m ) denota o espaço de 1

22 2 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS Sobolev modelado em L 2 (R n,r m ) com norma U 2 H 1 (R n,r m ) = m i=1 R n( u i 2 + u i 2 )dx. Suponhamos que o potencial A(x) C(R n,r m ) satisfaz as seguintes hipóteses: (A 1 ) Existe D > 0 tal que a i (x) D para todo x R n e i = 1,,m. Para assegurar o mergulho contínuo de E em H 1 (R n,r m ) assumimos a seguinte condição sobre o primeiro autovalor do operador + A(x): [ R (A 2 ) λ 1 = inf n U 2 + A(x)U U ] dx U E\{0} U 2 dx > 0. R n Usaremos a seguinte notação: Se Ω R n é aberto e 2 s < 2n/(n 2), colocamos ν s (Ω) = inf U H 1 0 (Ω,Rm )\{0} Ω [ U 2 + A(x)U U ] dx ( Ω U s dx) 2/s, e fazemos ν s (/0) = +. Com o objetivo de obtermos um resultado de compacidade, também assumiremos as seguintes hipóteses: (A 3 ) lim R + ν s(r N \B R ) = + ; (A 4 ) Existem uma função K(x) Lloc (RN ), com K(x) 1, e constantes α > 1, c 0, R 0 > 0 tais que ( ) ] 1/α K(x) c 0 [1 + min 1 i m a+ i (x) para todo x R 0. Com relação às não-linearidades, assumimos que as funções f i C(R n R m,r) não precisam ser limitadas em x proposto que seus crescimentos sejam controlados pelo potencial A(x). Mais precisamente, (F 1 ) F(x,U) CK(x)(1 + U p ) para todo (x,u) R n R m, onde C > 0, 1 p < p # (n +2)/(n 2) se n 3 ou 1 p < se n = 1,2 (posteriormente determinaremos o que significa p # ); (F 2 ) F(x,U) /K(x) = o( U ) quando U 0 uniformemente em x R n. Vamos considerar primeiro o caso superquadrático, isto é, (F 3 ) Existe uma constante µ > 2 tal que 0 < µf(x,u) U F(x,U) para todo (x,u) R n (R m \{0}). Estabelecemos então nosso primeiro resultado.

23 1.1 INTRODUÇÃO 3 Teorema Suponhamos que (A 1 ) (A 4 ) e (F 1 ) (F 3 ) são satisfeitas, com s = p+1 em (A 3 ). Então (P) tem uma solução forte U C 1 (R n,r m ) W 1,2 (R n,r m ) que decai no infinito. Se, em adição, F(x,U) é par em U, então (P) tem infinitas soluções. A seguir, consideramos o caso não-quadrático, isto é, quando substituimos a condição (F 3 ) devido a Ambrosetti-Rabinowitz pela hipótese de não-quadraticidade no infinito introduzida por Costa-Magalhães em [20] que é suficiente para obtermos a condição de compacidade de Cerami. Mais precisamente, assumiremos que (F 4 ) Existem θ > 0 e a > 0 tais que U F(x,U) 2F(x,U) a U θ > 0 para todo (x,u) R n (R m \{0}). Neste caso, estabelecemos o segundo resultado sobre a existência de uma solução não-nula para o problema (P). Teorema Sob as hipóteses do Teorema 1.1.1, com (F 3 ) trocado por (F 4 ) e 2θ > nα(p 1)/(α 1) se n 2 ou θ > α(p 1)/(α 1) se n = 1, assumimos, em adição, que F satisfaz as condições de cruzamento (F 5 ) limsup U 0 2F(x,U) U 2 2F(x,U) α < λ k < β liminf U + U 2 uniformemente em x R n ; (F 6 ) F(x,U) 1 2 λ k 1 U 2 para todo (x,u) R n R m. Então valem as mesmas conclusões do Teorema Observação As hipóteses (A 1 )-(A 4 ) foram introduzidas por Sirakov [49] com o objetivo de estudar o problema escalar u +V (x)u = f (x,u) em R n com N Seguindo a mesma idéia em [49], verificamos que uma condição suficiente para a hipótese (A 3 ) é que lim ( m i=1 A i M)\B R ) = 0 para todo M > 0, R + onde A i M = {x Rn : a i (x) M}. Assim, potenciais satisfazendo V (x) 1 e 1/V (x) L 1 (R n ) ou tais que, para cada M > 0, o conjunto {x R n : V (x) < M} tem uma medida de Lebesgue finita, também satisfazem as condições (A 1 ) e (A 3 ). O potencial V (x) = x1 2x2 1...x2 n C, com qualquer contante C > 0 escolhida tal que λ 1 > 0, satisfaz as condições (A 1 ) e (A 3 ) mas não satisfaz as hipóteses acima. 3. Um exemplo de uma não-linearidade f (x,u) satisfazendo a hipótese (F 4 ) mas não (F 3 ) para o problema escalar é F : R n R R dada por F(x,u) = 1 β g(x) u β ln u, se u 0, e F(x,u) = 0, se u = 0, onde g(x) é uma função contínua positiva.

24 4 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS 4. Existe uma relação de dependência entre o potencial A(x) e a não-linearidade F(x,U) tal que o crescimento de F(x,U) também impõe restrições sobre os potenciais. Por exemplo, a função F(x,U) = qω(x)( u 1 q 1 u 1,, u m q 1 u m ), com ω(x) β > 0, satisfaz nossas hipóteses desde que a i (x) [ω(x)] α, para x > R 0 e i {1,,m}. 1.2 A estrutura variacional Nossa escolha do ambiente variacional E assegura que o mergulho em H 1 (R n,r m ) é continuo e que o funcional Φ : E R dado por Φ(U) = 1 2 U 2 E F(x,U)dx R n = 1 2 U 2 E N(U), é bem definido e de classe C 1. Este é o conteúdo dos próximos dois lemas. Lema Suponhamos que as hipóteses (A 1 ) e (A 2 ) são satisfeitas. Então E é um espaço de Hilbert continuamente mergulhado em H 1 (R n,r m ). Demonstração. Afirmamos que existe uma constante ζ > 0 tal que U 2 E ζ U 2 dx para todo U E. (1.1) R n De fato, se assumirmos por contradição que a afirmação é falsa, então obtemos uma sequência (U k ) E tal que U k 2 E 1 k U k 2 dx. R n Fazendo W k = U k 1 2 U k, temos que W k 2 dx = 1 e W k E 1 R n k. Por (A 2 ) segue que λ 1 W k 2 2 W k 2 E 1 k. Desde que λ 1 > 0, concluímos que W k 2 0. Por outro lado, usando (A 1 ), encontramos D W k 2 dx A(x)W R n R n k W k dx = W k 2 E W k 2 dx R n 1 k 1.

25 1.2 A ESTRUTURA VARIACIONAL 5 Isto implica que W k 2 2 1/D > 0 para todo k N. Mas isto é uma contradição. Assim, 2 U 2 E ζ U 2 dx + λ 1 U 2 dx R n R n min{ζ,λ 1 } + U 2 )dx R n( U 2 mostra que o mergulho de E em H 1 (R N,R m ) é contínuo. Agora provaremos que E é completo. Suponhamos que (U k ) é uma sequência de Cauchy em E. Pela continuidade do mergulho de E H 1 (R N,R m ) temos que (U k ) é uma sequência de Cauchy em H 1 (R n,r m ) e daí existe U H 1 (R n,r m ) tal que U k U H 1 (R n,r m ) 0. Logo, existe uma subsequência ( U k j ) de (Uk ) e h L 2 (R n ) tal que U k j (x) U(x) e U k j (x) h(x) quase sempre em R n, para todo j N. Desde que A(x)U U dx A+ (x)u U dx, Rn R n onde A + (x) = (a + 1 (x),,a+ m(x)), podemos assumir que a i (x) 0 para todo x R n e i = 1,,m. Notemos que A 1/2 (U ki U k j ) 2 2 = A(x)(U R n k i U k j ) (U ki U k j )dx U ki U k j 2 E ) implica que (A 1/2 U k j é uma sequência de Cauchy em L 2 (R n,r m ), e então podemos extrair uma subsequência tal que para todo inteiro r 1. Agora, fazendo g k (x) = A 1/2 U r+1 A 1/2 U r r k r=1 temos pela desigualdade de Minkowski que g k 2 A 1/2 (x)(u r+1 (x) U r (x)) k A 1/2 (U r+1 U r ) 2 1. r=1 Assim, usando o Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue, concluímos que g k (x) converge quase sempre em R n para um limite finito g(x) L 2 (R n ). Desde que, para cada l N, temos A 1/2 (x)(u r+l (x) U r (x)) g r+l 1 (x) g r 1 (x),

26 6 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS quase sempre em R n, tomando o limite quando l +, obtemos que quase sempre em R n. Dessa forma, A 1/2 (x)(u(x) U r (x)) g(x) g r 1 (x) g(x) A 1/2 (x)u(x) g(x) A 1/2 (x)u r (x) quase sempre em R n, e consequentemente, A 1/2 U L 2 (R n,r m ). Isto implica que U E. Resta provarmos que U k U em E. Isto segue da convergência de (U k ) em H 1 (R n,r m ) e do fato que R n (U k U) 2 dx 0 A 1/2 (U k U) 2 2 = A(x)(U R n k U) (U k U)dx 0. Lema Assuma que (A 1 )-(A 2 ), (A 4 ) e (F 1 )-(F 2 ) são satisfeitas. Então o funcional Φ é bem definido e de classe C 1 sobre E. Além disso, para todo ε > 0 existe C ε > 0 tal que R n F(x,U) dx ε U 2 E +C ε U p+1 E. (1.2) Demonstração. Por (F 2 ), dado ε > 0 existe δ > 0 tal que F(x,U) εk(x) U sempre que U < δ. Agora, para U δ, segue por (F 1 ) que Assim, F(x,U) c 0 K(x)(1 + U p ) ( ) 1 = c 0 K(x) U p U p + 1 ( ) 1 c 0 K(x) δ p + 1 U p. F(x,U) K(x)(ε U +C ε U p ) (1.3) uniformemente em x R n, para todo U R m. Seja ξ (t) = F(x,tU) com t [0,1]. Então, pelo Teorema do Valor Médio, existe um número θ (0,1) tal que ξ (1) ξ (0) = ξ (θ), isto é, F(x,U) = m i=1 m i=1 F(x,tu 1,,θu i,,tu m ) u i u i f i (x,tu 1,,θu i,,tu m ) u i,

27 1.2 A ESTRUTURA VARIACIONAL 7 que em combinação com (1.3) implica F(x,U) K(x)(ε U +C ε U p ) U =K(x) ( ε U 2 +C ε U p+1). (1.4) Agora, usando (A 4 ) concluímos que K(x) U s dx = K(x) U s dx + K(x) U s dx R n x R 0 x >R 0 [ ( ) ] 1/α max {K(x)} U s dx + c min x R 0 x R 0 x >R 0 1 i m a+ i (x) U s dx { } C U s m s+ a + i (x)1/α u i s dx. x >R 0 i=1 Pela desigualdade de Hölder, obtemos (1.5) [ ] 1/α [ ] (α 1)/α a + i (x)1/α u i s dx x >R 0 a + i (x) u i 2 dx x >R 0 u i (αs 2)/(α 1) dx x >R 0 (1.6) e por (A 1 ) temos a + i (x) u i 2 dx = i(x) u i 2 dx a i (x) u i 2 dx a x >R 0 R n i (x) u i 2 dx x R 0 x >R 0 [ ai (x)u 2 R n i + Du 2 ] i dx. (1.7) Substituindo (1.6), (1.7) em (1.5) e usando (A 3 ), encontramos que { K(x) U s dx C U s R n s + ( U 2 E + D U 2 ) 1/α } (αs 2)/α 2 U (αs 2)/(α 1) { ( C U s s D ) } 1/α U 2/α E λ U (αs 2)/α. (αs 2)/(α 1) 1 Assim, o espaço E pode ser mergulhado no espaço { } LK(x) s (Rn,R m ) := U : R n R m mensurável : K(x) U s dx < + R n proposto que (αs 2)/(α 1) < 2. Em particular, para s = p + 1, temos que (1.8) p < p # = n + 2 n 2 4 α(n 2). (1.9) Portanto, R n K(x) U s dx c U s E

28 8 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS para todo 2 s < p # + 1 e F(x,U) dx ε R n K(x) U 2 dx +C ε R n K(x) U p+1 dx R n ε U 2 E +C ε U p+1 E. Esta expressão mostra que o funcional Φ é bem definido. Nosso próximo objetivo é mostrar que Φ é de classe C 1 sobre E. Notemos que o primeiro termo de Φ é C 1 com derivada de Gáteaux U,V E. Agora, para verificarmos a diferenciabilidade no segundo termo definamos γ : [0,1] R por γ(σ) = F(x,U + tσv ), onde V = (v 1,,v m ) E. Então, pelo Teorema do Valor Médio, existe θ(x) (0,1) tal que γ(1) γ(0) = γ (θ(x)), isto é, Por (1.3) temos que F(x,U +tv ) F(x,U) = m i=1 F(x,U + θ(x)tv ) tv i u i = tv F(x,U + θ(x)tv ). 1 t F(x,U +tv ) F(x,U) K(x) V ( U + V ) + K(x)C V ( U p + V p ) CK(x) [ U 2 + U p+1 + V 2 + V p+1]. Desde que o termo à direita é integrável, podemos aplicar o Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue para concluirmos que N (U),V = lim [N(U +tv ) N(U)] t = V F(x,U)dx. R n t 0 1 Como N (U) é linear e limitada, é suficiente provarmos que a derivada de Gáteaux de N é contínua. Seja U k U em E. Então U k U em L s (B R,R m ) para todo 2 s 2 e R > 0. Consequentemente, a menos de subsequência, existe h(x) L s (R n ) tal que U k (x) h(x) e U k (x) U(x) quase sempre em R n. Dado W E, definimos Então, por (1.3), G k (x) W F(x,U k ) G k (x) = W(x) F(x,U k (x)). K(x)( U k +C 1 U k p ) W [ W 2 K(x) 2 + h(x) 2 ( +C 1 W p+1 + h(x) p+1)] 2 = m(x),

29 1.2 A ESTRUTURA VARIACIONAL 9 com m(x) L 1 (R n ). Pelo Teorema da Convergência Dominada de Lebesgue temos que G k (x) G(x) = W(x) F(x,U(x)) em L 1 (R n ) e daí lim k W F(x,U k)dx = R n W F(x,U)dx. R n Assim, para cada W E com W E = 1, obtemos N (U k ) N (U) E = sup W E =1 = sup W E =1 e a prova do Lema está completa. N (U k ) N (U),W R n W [ F(x,U k) F(x,U)]dx 0, Observação Segue da expressão (1.9) que p # 2 1 quando α +. Assim, nosso resultado estende o principal teorema em Costa [19], onde os potenciais são coercivos e podemos tomar α + e K(x) uma constante positiva. Notemos que pontos críticos de Φ são soluções fracas do sistema (P) porque para todo V E implica que 0 = Φ (U),V = U,V E V F(x,U)dx R n R n [ u i ϕ i + a i (x)u i ϕ i f i (x,u)ϕ i ]dx = 0 para todo ϕ i C c (R n ) e i = 1,,m. Na sequência, estabelecemos a compacidade do mergulho E L s K(x) (Rn,R m ). Proposição Suponhamos que (A 1 )-(A 4 ) e (F 1 )-(F 2 ) valem. Então o mergulho de E em L s K(x) (Rn,R m ) é compacto para todo 2 s < p # + 1. Demonstração. O mergulho contínuo foi estabelecido na prova do Lema Vamos mostrar que (A 3 ) é uma condição suficiente para que o mergulho seja compacto. Suponhamos que U k 0 em E. Considerando os mergulhos E H 1 (R n,r m ) H 1 (B R,R m ) L s (B R,R m ), temos que U k 0 em L s (B R,R m ) para todo 2 s < 2 e R > 0. Seja φ C (R n ) tal que 0 φ 1, φ 0 sobre B R e φ 1 sobre R n \B R+1. Então U k s s = C ( (1 φ)u k s s + φu k s [ s) ] = C (1 φ) s U k s dx + φ s U k s dx. B R+1 R n \B R

30 10 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS O primeiro termo tende a zero quando k + e denotemos ele por β k. Agora, fazendo W k = φu k 1 s φu k, temos que W k H0 1(Rn \B R,R m ) e W k s = 1. Pela definição de ν s (Ω) segue que ν s (R n \B R ) φu k 2 [ s (φuk ) 2 + A(x)(φU k ) (φu k ) ] dx R n \B R e, em consequência, U k s s β k + 1 ν s (R n \B R ) s/2 φu k s E = β k + γ R, onde γ R 0 quando R + por (A 3 ). Logo, U k 0 em L s (R n,r m ) para todo 2 s < 2. Pela expressão (1.8) no Lema temos que ( U s LK(x) s (Rn,R m ) { U C s s D ) } 1/α U 2/α E λ U (αs 2)/α (αs 2)/(α 1) 1 para qualquer U E. Assim, concluímos que U k 0 em L s K(x) (Rn,R m ) com 2 s < 2 4(α(n 2)) 1. As próximas duas proposições mostram que Φ satisfaz uma condição de compacidade do tipo Palais-Smale. Recordemos que (U n ) E é uma sequência de Palais-Smale para Φ se é limitada e Φ (U n ) 0 no espaço dual E. Proposição Suponhamos que (A 1 )-(A 4 ) e (F 1 )-(F 3 ) valem. Então, com s = p + 1 em (A 3 ), o funcional Φ satisfaz a condição de Palais-Smale sobre E. Demonstração. Primeiro provaremos que se U k U em E, então R n(u k U) [ F(x,U k ) F(x,U)] dx 0 quando k +. Com efeito, segue da Proposição que U k U em L p+1 K(x) (Rn,R m ) e assim, pelo Teorema de Lebesgue Inverso, podemos encontrar uma subsequência, ainda denotada por (U k ), e uma função h L p+1 K(x) (Rn ) tal que U k (x) h(x) e U k (x) U(x) quase sempre em R n. Desde que (U k ) é limitada em L 2 K(x) (Rn,R m ), tomando H k (x) = U k (x) U(x) F(x,U k (x)) F(x,U(x)) temos que H k (x) 0 quase sempre em R n. Pela desigualdade de Young e (1.3), obtemos que H k (x) ε[k(x)( U k 2 + U 2 )] +C ε [K(x)( U k p+1 + U p+1 ) + U k p U + U p U k ] C 1 [K(x)( U k 2 + U 2 )] +C 2 K(x) h(x) p+1 = C 1 ω k +C 2 g,

31 1.2 A ESTRUTURA VARIACIONAL 11 onde ω k,g L 1 (R n ) e ω k L 1 (R n ) M. Como g é integrável, para cada δ > 0 existe r 1 > 0 tal que g(x)dx < δ. x >r 1 2C 2 Analogamente, para cada k N, existe R k > 0 tal que ω k (x)dx < δ. x >R k 2C 1 Desde que U k U em L 2 K(x) (Rn,R m ), existe k 0 N tal que U k L 2 K(x) (R n,r m ) U L 2 K(x) (Rn,R m ) + δ 4C 1 para todo k > k 0. Assim, tomando r 2 > 0 tal que segue que x >r 2 K(x) U 2 dx < δ 8C 1, ω k (x)dx K(x) U k 2 dx + K(x) U 2 dx x >r 2 x >r 2 x >r 2 2 K(x) U 2 dx + δ x >r 2 4C 1 δ 2C 1 para todo k > k 0. Escolhendo R = max{r 1,r 2,R 1,...,R k0 } temos que H k (x)dx = C 1 ω k (x)dx +C 2 g(x)dx < δ x >R x >R para todo k N. Agora verificamos que para todo δ > 0 podemos encontrar r > 0 tal que, para qualquer S R n com S < r, temos x >R H k L 1 (S) < δ para todo k N. Isto é, {H k } é uniformemente integrável. De fato, fazendo { } δ δ r = min,, 2MC 1 2C 2 g L 1 (R n ) segue que S H k (x)dx C 1 S ω k (x)dx +C 2 S g(x) dx C 1 M S +C 2 S g L 1 (R n ) < δ.

32 12 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS Logo, podemos aplicar o Teorema de Convergência de Vitali para concluírmos que H k 0 em L 1 (R n ). Agora se (U k ) E é tal que Φ(U k ) K e Φ (U k ) E 0, então ( µ ) U k 2 E Φ(U k ) 1 µ Φ (U k )U k K +C U k E. Assim, (U k ) E é limitada em E e tem uma subsequência fracamente convergente. Desde que 1 2 U k U 2 E = Φ (U k ) Φ (U),U k U + R n(u k U) [ F(x,U k ) F(x,U)] dx, (1.10) concluímos que (U k ) tem uma subsequência convergente. À seguir, recordemos a condição de compacidade de Cerami. Definição Um funcional Φ C 1 (E,R) é dito satisfazer a condição de compacidade de Cerami se qualquer sequência (U k ) E tal que Φ(U k ) c e (1 + U k ) Φ (U k ) 0, possui uma subsequência convergente. Proposição Sob as hipóteses da Proposição 1.2.5, com (F 3 ) trocado por (F 4 ) e 2θ > n(p 1) se n 2 ou θ > p 1 se n = 1, Φ satisfaz a condição de compacidade de Cerami. Demonstração. Provaremos somente o caso n 3, os casos n = 1,2 sendo similares. Seja (U k ) E uma sequência de Cerami com Φ(U k ) K. Afirmamos que (U k ) tem uma subsequência limitada em E. Suponhamos por contradição que U k E + quando k +. Usando (F 4 ) obtemos por um lado que 2Φ(U k ) Φ (U k )U k = [U R n k F(x,U k ) 2F(x,U k )]dx a U θ θ e, por outro lado, Assim, para todo k N, 2Φ(U k ) Φ (U k )U k 2 Φ(U k ) + Φ (U k ) E U k E K 1. U k θ K 2. (1.11) Escrevendo Q k (x) = U k (x) F(x,U k (x)) 2F(x,U k (x)) temos que lim sup Q k(x)dx K 1. (1.12) k + R n Agora, pela expressão (1.4) encontramos que 1 2 U k 2 E Φ(U k ) = F(x,U k(x))dx R n ε K(x) U k 2 dx +C 1 K(x) U k p+1 dx, R n R n

33 1.2 A ESTRUTURA VARIACIONAL 13 e substituindo (1.8) vemos que [ 1 2 U k 2 E Φ(U k ) ε U k (1 + D ] ) 1/α U k 2 E λ [ 1 +C U k p+1 p+1 + (1 + D ] λ )1/α U k 2/α E U k α(p+1) 2 α α(p+1) 2. α 1 (1.13) Sem perda de generalidade, assumimos que θ min{p + 1, α(p+1) 2 α 1 } < 2 (o caso θ > max{p + 1, α(p+1) 2 α 1 } > 2 segue sem outra restrição sobre θ). Assim, pela desigualdade de interpolação ([8], Nota 2, pag. 57), U p+1 U 1 t θ U t 2 e U α(p+1) 2 U 1 s θ U s 2, (1.14) α 1 para todo U L θ (R n,r m ) L 2 (R n,r m ), com 1 p + 1 = 1 t θ + t 2 e α 1 α(p + 1) 2 = 1 s θ + s 2. Assim, usando a continuidade do mergulho E L 2 (R n,r m ), a desigualdade (1.13) torna-se ( 1 2 ε(1 + D ) ) U k 2 E Φ(U k ) ε U k 2 2 +C 2 U k (1 t)(p+1) λ θ U k t(p+1) E 1 e daí, para ε suficientemente pequeno, +C 3 U k U k 2 E K 1 + K 2 U k K 3 U k t(p+1) E α(p+1) 2 (1 s) α θ U k 2 α α(p+1) 2 +s α E, +s α(p+1) 2 α α + K 4 U k 2 E. (1.15) De acordo com as relações 1.14 deduzimos que t(p+1) < 2 e α 2 < 2 proposto que 2θ > nα(p 1)/(α 1). Fazendo W k = U k / U k E e usando o mergulho compacto de E em L 2 (R n,r m ) concluímos que existe W E tal que, a menos de uma subsequência, W k W em E e W k W em L 2 (R n,r m ). Assim, W k (x) W(x) quase sempre em R n. Agora, dividindo (1.15) por U k 2 E e passando o limite, obtemos 1 K 4 W s α(p+1) 2 α Isto fornece W 0 e implica que o conjunto S = {x R n : W(x) 0} tem uma medida positiva. Desde que Q k (x) a U k (x) θ > 0 e U k (x) + para x S, segue pelo Lema de Fatou que lim inf Q k(x)dx liminf Q k (x)dx k + R n k + S aliminf U k (x) θ dx a k + S S lim inf k + U k(x) θ dx +. Isto contradiz (1.12). Portanto, usando a expressão (1.10) obtemos uma subsequência convergente.

34 14 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS O mergulho compacto de E em L 2 K(x) (Rn,R m ) implica o seguinte resultado. Lema O espectro do operador + A(x) sobre E consiste de uma sequência (λ k ) de autovalores tais que λ k + quando k +. Demonstração. Para cada U E definimos o funcional linear S : E R por S(W) = U,W L 2 (R n,r m ). Então pelo Teorema de Representação de Riesz, existe T (U) E tal que T (U),W E = S(W) = U,W L 2 (R n,r m ). Assim, o operador T : E E é linear, limitado, simétrico e definido positivo. Pelo mergulho compacto de E em L 2 (R n,r m ) segue que T é compacto. Escrevendo o problema de autovalores como U + A(x)U = λu U,W E = λ T (U),W E para todo W E, temos que T (U) = λ 1 U e daí λ n + quando k +. A próxima proposição é técnica e será usada na prova do Teorema Proposição Assuma que (A 1 )-(A 4 ), (F 1 )-(F 2 ) e (F 5 ) valem. Então para todo β (λ k,β) temos N(U) β U 2 2 lim inf U E + U 2 0. E Demonstração. Por (F 5 ) existe R > 0 tal que F(x,U) β U 2 para todo x R n e U > R. Tomando Ω R = {x R n : U(x) < R}, temos que N(U) = F(x,U)dx + F(x,U)dx Ω R R n \Ω R F(x,U)dx + β U 2 dx Ω R R n \Ω R [ = F(x,U) ΩR β U 2] dx + β U 2 2. Assim, basta mostrarmos que onde N R (U) = N R (U) lim inf U E + U 2 0, E [F(x,U) β U 2 ]dx. Afirmamos que lim U E + N R(U) Ω U 2 R E = 0. De fato, por contradição, suponhamos que existe δ 0 > 0 e uma sequência (U k ) em E tal que U k E + e N R (U k ) δ 0 U k 2 E para todo k N. Assumimos que N R(U k ) 0 (o caso N R (U k ) < 0 sendo

35 1.3 PROVA DOS TEOREMAS E similar). Seja W k = U k / U k E. Desde que W k E = 1 e o mergulho de E em L 2 K(x) (Rn,R m ) é compacto, existe W E tal que Fazendo W k W em E W k W em L 2 K(x) (Rn,R m ) W k (x) W(x) quase sempre em R n W k (x) h(x) L 2 K(x) (Rn ). Q k (x) = onde χ k é a função característica do conjunto [ ] F(x,Uk (x)) U k (x) 2 β χ k (x) W k (x) 2, Ω(R,k) = {x R n : 0 < U k (x) < R}, temos que Q k(x)dx = R n Ω(R,k) [ ] F(x,Uk (x)) U k (x) 2 β Uk 2 U k 2 dx δ 0 > 0 (1.16) E para todo k N. Por outro lado, como h L 2 K(x) (Rn ) L 2 (R n ), Q k (x) ( F(x,U k(x)) U k (x) 2 β)h 2 (x) (εk(x) +C ε K(x) U k (x) p 1 β)h 2 (x) (εk(x) + R p 1 C ε K(x) β)h 2 (x) deduzimos que Q k L 1 (R n ). Além disso, Q k 0 quase sempre em R n pois sobre o conjunto {x R n : W(x) = 0} temos W k (x) 0, enquanto, se W(x) > 0, então U k (x) = U k E W k (x) +. Logo, χ k (x) = 0 para k suficientemente grande. Portanto, pelo Teorema de Lebesgue, concluímos que R n Q k(x)dx 0, o que contradiz a expressão (1.16). 1.3 Prova dos Teoremas e Agora estamos em posição de provarmos os teoremas anunciados na introdução. A prova é dividida em vários passos Existência de pontos críticos sob hipóteses do Teorema Suponhamos que U 1. Faremos uso da representação em coordenadas polares esféricas U = (ρ,φ) = (ρ,φ 1,,φ m 1 ),

36 16 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS onde ρ 1, π φ 1 π, 0 φ 2,,φ m 1 π e u 1 = ρ sin(φ 1 )sin(φ 2 ) sin(φ m 1 ), u 2 = ρ cos(φ 1 )sin(φ 2 ) sin(φ m 1 ), u 3 = ρ cos(φ 2 ) sin(φ m 1 ),. u m = ρ cos(φ m 1 ). Substituindo na hipótese (F 3 ), obtemos µf(x,u) ρf ρ (x,u) e assim F(x,U) ( ) min F(x,V ) U µ > 0 (1.17) V =1 para todo x R n e U 1. Logo, dado qualquer conjunto limitado S R n, existe C = C(S) > 0 tal que F(x,U) C U µ (1.18) para todo x S e U 1. Dessa forma Φ(U) 1 2 U 2 E C U µ L µ (S). Isto mostra que existem muitos e E tais que Φ(e) < 0. Agora, usando o mergulho de E em L s (R n,r m ) para 2 s < p # + 1 temos que ( ) 1 Φ(U) 2 ε U 2 E C ε U p+1 E e tomando ε = 1/4 e escolhendo r > 0 tal que 1/4 C ε r p 1 > 1/8, obtemos Φ(U) 1 8 U 2 E para todo U E r. Portanto, a geometria do passo da montanha é válida e considerando que o funcional Φ é de classe C 1 e satisfaz a condição de Palais-Smale, podemos usar o Teorema do Passo da Montanha para concluirmos a existência de um ponto crítico U E do funcional Φ com Φ(U) > 0 (ver [6], [42]). Em outras palavras, o problema (P) tem uma solução fraca não-trivial, e a prova de existência do Teorema está completa Existência de pontos críticos sob hipóteses do Teorema Nossa prova inicia-se com uma decomposição conveniente do espaço E. Seja N k 1 = {φ k 1 1,,φ k 1 j k 1 }

37 1.3 PROVA DOS TEOREMAS E base ortonormal do autoespaço correspondendo ao autovalor λ k 1 do operador + A(x) e denotemos por E + λ k 1, E 0 λ k 1 e E λ k 1 os subespaços de E onde I λ k 1 T é definido positivo, zero e definido negativo, respectivamente. O operador T sendo definido no Lema Assim, Notemos que, se i k 1, então E = (E λ k 1 E 0 λ k 1 ) E + λ k 1 = E E +. 0 = φ i j 2 E λ i φ i j 2 2 φ i j 2 E λ k 1 φ i j 2 2, donde φ i j E. Por outro lado, se i > k 1, temos que φ i j E+. Logo, dim(e ) < +. Agora, escolhendo α > 0 e β > 0 tal que lim sup U 0 2F(x,U) U 2 α < α < λ k < β 2F(x,U) < β liminf U U 2, (1.19) temos que existe δ > 0 tal que F(x,U) ( α/2) U 2 sempre que U < δ. Se U δ, então procedendo como na prova da expressão (1.3), verificamos que F(x,U) K(x)C ε U p+1. Assim, F(x,U) α 2 U 2 + K(x)C ε U p+1 para todo x R n e U R m. Usando o mergulho de E em L p+1 K(x) (Rn,R m ) obtemos que Φ(U) 1 ( U 2 2 E α U 2 ) 2 M U p+1 E para todo U E. Observamos que E + α = E+ λ. Com efeito, E + α E+ k 1 λ e se existir U k 1 E + λ \E + α tal que U 2 k 1 E α U então U φ i j para todo i k 1. Pela caracterização do autovalor λ k segue que λ k U 2 E U 2 2 α, o que contradiz (1.19). Assim, podemos tomar m > 0 tal que U 2 E α U 2 2 m U 2 E para todo U E +, pois do contrário, existe uma sequência (U k ) in E + tal que U k 2 E α U k n U k 2 E e daí λ k α. Mas isto contradiz a hipótese que α < λ k. Logo, ( ) Φ(U) m M U p 1 E U 2 E

38 18 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS para todo U E +, e assumindo p > 1 em (F 1 ), obtemos que U E = ρ < ( m/ M) 1/(p 1) implica para todo U E +. Por outro lado, por ( f 6 ) vemos que Φ(U) ω > 0 (1.20) Φ(U) 1 2 ( U 2 E λ k 1 U 2 2) 0 (1.21) para todo U E. Agora, dado ε > 0, segue da proposição anterior que existe R ε > 0 tal que para todo U E com U E R ε. Desde que temos que existe m β > 0 tal que e tomando 0 < ε < m β obtemos que N(U) 1 2 β U 2 2 ε U 2 E U 2 E β U 2 2 < U 2 E λ k 1 U 2 2 0, U 2 E β U 2 2 m β U 2 E, Φ(U) ( ) + ε U m β 2 E < 0 (1.22) para todo U E E 0 λ k, with U E R ε. Portanto, as estimativas (1.20) (1.22) mostram que o funcional Φ exibe a geometria requerida pelo Teorema do Passo da Montanha Generalizado [6, 43] e desde que este teorema continua válido quando trocamos a condição Palais-Smale pela condição de Cerami, podemos concluir que Φ possui um ponto crítico Û E com Φ(Û) > ω > 0, e em particular, Û Regularidade e comportamento assintótico. Usaremos um argumento tipo bootstrap"para mostrarmos que U é uma solução forte do problema (P). Isto é, cada componente de U é duas vezes fracamente diferenciável em R n e satisfaz (P) quase sempre em R n. De fato, seja U W 1,2 (R n,r m ) satisfazendo [ U ϕ + A(x)U ϕ]dx = Rn R n ϕ F(x,U)dx para todo ϕ C c (B 2,R m ), onde B 2 = B(x 0,2R) é uma bola de raio 2R centrada em x 0. Então, U é uma solução fraca da equação U = h(x) em B 2, (1.23)

39 1.3 PROVA DOS TEOREMAS E onde h(x) = F(x,U(x)) A(x)U(x). Fazendo 1 < p 1 = 2 /p < 2, segue de (1.3) e hipóteses (A 1 ) e (A 4 ) que ( h(x) p 1 C U p 1 + U 2 ). Desde que concluímos que h L p 1(B 2,R m ) e W 1,2 (B 2,R m ) L 2 (B 2,R m ) L p 1 (B 2,R m ), h L p 1(B2,R m ) C ( ) U L p 1(B2,R m ) + U p L pp 1(B 2,R m. ) Agora, se w é o potencial Newtoniano de h, segue de [27, Teorema 9.9] que w W 2,p 1(B 2,R m ) e w = h(x) (1.24) quase sempre em B 2. Combinando (1.23) e (1.24) temos que B 2 (U w) ϕ dx = 0, para todo ϕ C c (B 2,R m ). Isto é, U w é uma solução fraca de ϑ = 0 em B 2. Como U w W 1,2 (B 2,R m ), podemos aplicar o Lema de Weyl [31, Corolário 1.2.1] para concluirmos que U w C (B 2,R m ). Logo, U W 2,q 1(B 2,R m ). Desde que 1 < p < (n+2)/(n 2), existe δ > 0 tal que (n+2)/(n 2) = p(1+δ). Assim, p 1 = 2n(1 + δ) (n + 2). Considerando que W 2,p 1(B 2,R m ) L r 1(B 2,R m ) com r 1 = np 1 /(n 2p 1 ), existe p 2 (p 1,r 1 ) tal que U W 2,p 2(B 2,R m ). De fato, fazendo p 2 = r 1 /p temos que r 1 > p 2 e como p 2 (n 2)(1 + δ) = > 1 + δ, p 1 n 2 4δ segue que p 2 > p 1. Usando o argumento anterior, temos que W 2,p 1 (B 2,R m ) L r 1 (B 2,R m ) L p 2 (B 2,R m ) e h(x) p 2 C( U p 2 + U r 1), donde h L p 2(B 2,R m ) com ( ) h L p 2(B2,R m ) C U L p 2(B2,R m ) + U p L pp 2(B 2,R m ) e U W 2,p 2(B 2,R m ). Seguindo deste modo, obtemos uma sequência ilimitada ( ) npk p k+1 = 1 p n 2p k

40 20 CAPÍTULO 1 SISTEMAS ELÍPTICOS SUPERQUADRÁTICOS E NÃO-QUADRÁTICOS tal que p k+1 /p k > 1 + δ e h L p k+1(b2,r m ) C ( ) U L p k+1(b2,r m ) + U p L pp. k+1(b 2,R m ) Assim, U W 2,s loc (Rn,R m ) para todo 2 s < +. Pelo Teorema de Mergulho de Sobolev, U C 1,α (B 2,R m ) com 0 < α < 1 n/s e s > n. Notemos que se as não-linearidades fossem de classe C 1 ou Hölder contínuas, então U seria uma solução clássica do problema (T K ). Pela estimativa elíptica interior [27, Teorema 9.11] temos U W 2,s (B 1,R m ) C ( U L s (B 2,R m ) + h L s (B 2,R m )), onde B 1 = B(x 0,R). Logo, ) U C 1,α (B 1,R m ) ( z C L s (B 2,R m ) + U p L sp (B 2,R m. ) Se s > n, temos pelo mergulho de Sobolev ) U C 1,α (B 1,R m ) ( U C L s (B 2,R m ) + U p L s (B 2,R m. ) Fazendo x 0 +, concluímos que U C 1,α (B 1,R m ) Multiplicidade de soluções. Como visto antes, na aplicação do Teorema do Passo da Montanha, as condições de crescimento (F 1 ) (F 4 ) e hipóteses (A 1 ) (A 4 ) sobre os potenciais implicam que o funcional Φ é de classe C 1, Φ(0) = 0 e Φ satisfaz a condição de Palais-Smale. Além disso, como na prova do Teorema 1.1.1, a condição (F) implica que sobre qualquer subespaço de dimensão finita W E, existe um R = R(W) > 0 tal que Φ(u) u BR (0;W) C 1 R 2 C 2 R µ +C 3 quando R +. Da mesma forma verificamos que existem ρ,α > 0 tais que Φ Bρ > α. Desde que Φ é par, podemos aplicar o Teorema do Passo da Montanha Simétrico para obtermos uma sequência ilimitada de valores críticos de Φ sob as hipóteses do Teorema Para provarmos a existência de múltiplas soluções no Teorema 1.1.2, usamos uma versão do Teorema do Passo da Montanha Simétrico onde a usual condição de compacidade de Palais- Smale é trocada pela condição de compacidade de Cerami. Para este fim, mostramos que o lema de deformação continua válido sob a condição (C) c conforme [32, Teorema 1.3].

41 CAPÍTULO 2 Sistemas elípticos com crescimento supercrítico 2.1 Introdução Neste capítulo consideramos uma classe de sistemas de equações de Schrödinger estacionárias em R n da forma u i + a i (x)u i = f i (x,u i,,u m ) + g i (x) u i p i 1 u i, x R n, (P) onde n 3, p i (n +2)/(n 2) e as funções a i,g i : R n R e f i : R n R m R são contínuas com f i (x,0,,0) = 0 para todo i = 1,,m. Estudaremos a situação variacional na qual ( f i,, f m ) = F para alguma função F : R n R m R de classe C 1, onde F denota o gradiente de F nas variáveis U = (u 1,,u m ) R m. Escreveremos o sistema acima na forma U + A(x)U = F(x,U) + G(x,U), onde = diag(,, ), V (x) = diag(a 1 (x),,a m (x)) e G(x,U) = g 1(x) p u 1 p g m(x) p m + 1 u m p m+1. Nosso principal objetivo neste capítulo é ilustrar como idéias introduzidas em [9, 10, 15, 43, 44, 49, 50, 51] podem ser aplicadas para manipular o problema de existência de "bound states" para sistemas elipticos com não-linearidade crítica ou supercrítica, isto é, soluções U = (u 1,,u m ) satisfazendo (P) e as seguintes condições: u i > 0 em R n, u i (x) 0 quando x +, para todo i = 1,.m. Utilizaremos o mesmo ambiente variacional do capítulo anterior, a saber, { } E = U H 1 (R n,r m ) : A(x)U U dx < + Rn com produto interno U,V E = V +A(x)U V ]dx. Também assumiremos as mesmas Rn[ U hipóteses sobre o potencial A(x) e sobre a não-linearidade F(x,U) no caso superquadrático. Resumidamente, (A 1 ) Existe D > 0 tal que a i (x) D para todo x R n e i = 1,,m; 21

42 22 CAPÍTULO 2 SISTEMAS ELÍPTICOS COM CRESCIMENTO SUPERCRÍTICO (A 2 ) λ 1 = inf U E\{0} [ R n U 2 + A(x)U U ] dx > 0; R n U 2 dx (A 3 ) lim R + ν s(r n \B R ) = +, para 2 s < 2n/(n 2); (A 4 ) Existem uma função K(x) Lloc (Rn ), com K(x) 1, e constantes α > 1, c 0, R 0 > 0 tais que ( ) ] 1/α K(x) c 0 [1 + min 1 i m {a+ i (x)} para todo x R 0 ; (F 1 ) A função F satisfaz a condição de crescimento F(x,U) ck(x)(1 + U q ) para todo (x,u) R n R m, onde c > 0, 1 < q < p # (n + 2)/(n 2) e n 3; (F 2 ) F(x,U) /K(x) = o( U ) quando U 0 uniformemente em x R n ; (F 3 ) Existe uma constante µ > 2 tal que para todo (x,u) R n (R m \{0}). 0 < µf(x,u) U F(x,U) Com respeito às funções g i (x) supomos que são não-negativas e têm crescimentos controlados pelo potencial A(x), isto é, (F 4 ) g i (x) CK(x) para todo x R n e algum C > 0, i = 1,,m. Nosso principal resultado para o problema (P) é o seguinte: Teorema Suponhamos que (A 1 ) (A 4 ) e (F 1 ) (F 4 ) são satisfeitas, com s = q+1 em (A 3 ). Então (P) tem uma solução forte U C 1 (R n,r m ) W 1,2 (R n,r m ) que decai no infinito. Além disso, se (F 5 ) F/ u i (x,u 1,,u m ) 0 para todo u i 0 com i = 1,,m, então (P) possui pelo menos uma solução positiva U = (u 1,,u m ) com u i (x) > 0 para todo x R n e i = 1,,m. Em nosso próximo resultado, verificamos a existência de infinitas soluções para (P) sob a presença de simetria. Mais especificamente, suponhamos (F 6 ) F(x,U) é par com relação à variável U R m, Sob esta condição, somos capazes de provar: Teorema Suponhamos (A 1 ) (A 4 ) válidas. Se F satisfaz (F 1 ) (F 4 ) e (F 6 ), então o problema (P) possui uma sequência ilimitada de valores críticos.

43 2.2 REFORMULAÇÃO DO PROBLEMA E RESULTADOS PRELIMINARES Reformulação do problema e resultados preliminares Nossa escolha do ambiente variacional E assegura o mergulho contínuo em H 1 (R n,r m ) (ver Lema 1.2.1) com U 2 E ζ U 2 2. (2.1) Além disso, E L 2 K(x) (Rn,R m ) compactamente para todo 2 s p # + 1 (ver Lema 1.2.4). Desde que o crescimento da não-linearidade é crítica ou supercrítica, não podemos usar diretamente técnicas variacionais por causa da perda de compacidade do mergulho de Sobolev. Contornamos esta dificuldade construindo um truncamento adequado. Para este fim, introduzimos um problema auxiliar no espírito do argumento desenvolvido para o caso escalar por Chabrowski e Yang [15] quando o domínio é ilimitado e por Rabinowitz [43] no caso de domínio limitado. Assim, consideremos o sistema u i + a i (x)u i = f i (x,u 1,,u m ) + g i (x)h i (u i ), x R n, i = 1,,m, (T K ) onde 0, se t 0, h i (t) = t p i, se 0 t K, K pi q t q, se t K, e a constante K > 0 será determinada posteriormente. Seja H i (s) = h i (t)dt. Observemos que para 0 t K temos (t/k) p i (t/k) q e, consequentemente, e s 0 h i (t) K p i q t q,para todot R (2.2) H i (s) K p i q q + 1 sq+1,para todos R. (2.3) Agora, consideremos o funcional associado ao problema (T K ) dado por I(U) = 1 2 U 2 E R n[f(x,u) + G(x,U)]dx com G(x,U) = g 1 (x)h 1 (u 1 ) + + g m (x)h m (u m ). Lema Assumimos que (A 1 ) (A 2 ), (A 4 ), (F 1 ) (F 2 ) e (F 4 ) são satisfeitas. Então o funcional I é bem definido e de classe C 1 sobre E. Além disso, para todo ε > 0 existe C ε > 0 tal que F(x,U) + G(x,U) dx ε U 2 R n E +C ε U q+1 E. (2.4)

44 24 CAPÍTULO 2 SISTEMAS ELÍPTICOS COM CRESCIMENTO SUPERCRÍTICO Demonstração. Mostramos no Capítulo 1, expressão (1.4), que Agora, segue de (2.3) e (F 4 ) que para todo (x,u) R n R m. Logo, F(x,U) K(x) ( ε U 2 +C ε U q+1). (2.5) G(x,U) CK(x) U q+1 (2.6) F(x,U) + G(x,U) K(x) ( ε U 2 +C ε U q+1) (2.7) e isso revela que o funcional I é bem definido. Uma análise semelhante à realizada para provarmos a regularidade do funcional Φ no Capítulo 1, mostra que I é de classe C 1 sobre E com I (U),W = U,W E W [ F(x,U) + G(x,U)]dx Rn para quaisquer U = (u 1,,u m ),W = (w 1,,w m ) E. Tomando W = (0,,w i,,0) obtemos a formulação fraca de (T K ): [ u i w i + a i (x)u i w i ]dx = [ f i(x,u)w i + g i (x)h i (u i )w i ]dx. R n R n Em outras palavras, pontos críticos de I são soluções fracas de (T K ). A próxima proposição mostra que I satisfaz uma condição de compacidade do tipo Palais- Smale. Proposição Suponhamos que (A 1 ) (A 4 ) e (F 1 ) (F 4 ) valem. Então, com s = q + 1 em (A 3 ), o funcional I satisfaz a condição de Palais-Smale sobre E. Demonstração. Seja (U k ) E tal que I(U k ) C e I (U k ) E 0. Então, usando (F 3 ), vemos que ( ) U k 2 E I(U k ) 1 µ µ I (U k )U k C + ε U k E. Assim, (U k ) E é limitada e, a menos de uma subsequência, converge fracamente para um limite U em E. Vimos na Proposição que R n(u k U) [ F(x,U k ) F(x,U)] dx 0 quando k +. De modo análogo, usando (2.2) e o Teorema de Convergência de Vitali verificamos que [ ] R n(u k U) G(x,U k ) G(x,U) dx 0 quando k +. Desde que 1 2 U k U 2 E = I (U k ) I (U),U k U + R n(u k U) [ F(x,U k ) F(x,U)] dx+ [ ] R n(u k U) G(x,U k ) G(x,U) dx, concluímos que (U k ) tem uma subsequência que converge fortemente para U em E. (2.8)

45 2.3 SOLUÇÕES DO PROBLEMA AUXILIAR Soluções do problema auxiliar Iniciamos por provar a existência de soluções fortes não-triviais do problema truncado (T K ) usando o Teorema do Passo da Montanha. Fazendo uso da representação em coordenadas polares encontramos que ( ) F(x,U) min F(x,W) U µ > 0 (2.9) W =1 para todo x R n e U 1 (ver equação (1.17) e sua prova). Desde que G(x,U) 0 para todo U 1, segue que I(U) 1 2 U 2 E C U µ L µ (S) para todo U E com suporte compacto S e tal que U 1. Isto mostra que existem muitos e E tais que Φ(e) < 0. Agora, usando (2.4) obtemos e assim, escolhendo r > 0 tal que segue que I(U) ( 1 2 ε) U 2 E C ε U q+1 E, ( ) 1 2 ε r C ε r q > 0, I(U) ρ > 0 para todo U E = r. Portanto, o funcional I satisfaz a geometria do passo da montanha e, em consequência, as hipóteses do Teorema do Capítulo 1 são satisfeitas. Logo, existe um ponto crítico U E do funcional I com I(U) > 0. Em outras palavras, o problema (T K ) tem uma solução forte não-nula. Seja c = I(U) o valor crítico de I em U. Assim, por (F 3 ) e (2.3) vemos que c = 1 Rn [ 2 U 2 E 1 2 U 2 E R n ] F(x,U) + G(x,U) dx [ 1 1 F(x,U) U + µ q + 1 G(x,U) U Desde que U é uma solução do sistema (T K ), temos que U 2 E = U [ F(x,U) + G(x,U)]dx RN e assim c ] dx. ( ) U 2 q + 1 E. (2.10)

46 26 CAPÍTULO 2 SISTEMAS ELÍPTICOS COM CRESCIMENTO SUPERCRÍTICO Com o objetivo de mostrarmos que o procedimento do passo da montanha fornece uma solução positiva, trocamos a não-linearidade F(x,U) por F(x,u 1,,u m ), se i, u i 0, F(x,U) = F(x,u 1,,u i 1,0,u i+1,,u m ), se i, u i 0, 0, se i, u i 0, onde i = 1,,m. Assim, F(x,U) satisfaz as mesmas hipóteses que F(x,U) e pelo argumento anterior obtemos uma solução forte não-trivial do problema (T K ). Isto é, [ u F i ξ + a i (x)u i ξ ] dx = (x,u 1,,u m )ξ dx + R n R n u g i(x)h i (u i )ξ dx, i R n para todo ξ Cc (R n ). Tomando ξ = u i nesta expressão, concluímos que u i E 1 = 0. Logo, u i 0 para todo i = 1,,m. Desde que u i satisfaz u i + a + i (x)u i = f i (x,u) + g i (x)h i (u i ) + a i (x)u i 0 e f i (x,u(x)) + g i (x)h i (u i (x)) + a i (x)u i(x) L s (B R ), para todo s 1, porque u i C 1,α (B R ), segue pelo princípio do máximo forte para soluções fortes [27, Teorema 9.6] que u i não pode atingir um mínimo em B R, para todo R > 0, a menos que seja constante. Assim, u i > 0 em R n para todo i = 1,,m. 2.4 Prova do Teorema Nesta seção, usamos a técnica de iteração de Moser para obtermos uma cota apriori para soluções do problema (T K ), isto é, mostramos que U K desde que K (uma constante no truncamento h i ) seja escolhida de forma conveniente. Isto obviamente implica que U resolve o problema (P). A prova é adaptada de [15, Proposição 2]. Proposição Existe uma constante K 0 > 0 tal que, para cada K K 0 a solução do passo da montanha U do problema (T K ) satisfaz U K. Demonstração. Seja U = (u 1,,u m ) E uma solução do problema (T K ). Podemos assumir, sem perda de generalidade, que u i 0 para i {1,,m}. Caso contrário, argüimos com as partes positiva e negativa de u i separadamente. Definamos uma função Ũ L = (ũ 1L,,ũ ml ) E por { ui (x), para u ũ il (x) = i (x) L L, para u i (x) > L, onde L K. Seja Φ = (φ 1,,φ m ) E tal que φ i = u i u 2(β 1) il e β > 1 é uma constante a ser determinada. Tomando φ i como funções teste em cada i-ésima equação do problema (T K ), obtemos Rn [ ] [ U Φ + A(x)U Φ] dx = Φ F(x,U) + G(x,U) dx. Rn

47 2.4 PROVA DO TEOREMA Desde que φ i = u 2(β 1) il segue que m Rn [ u 2(β 1) il i=1 u i + 2(β 1)u i u 2β 3 u il e il R n u iu 2β 3 il u i u il dx = ] u i 2 + a i (x)u 2 i u 2(β 1) il u i L u 2(β 1) i u i 2 dx 0, Rn [ ] dx Φ F(x,U) + G(x,U) dx. Considerando K > 1 suficientemente grande e usando as desigualdades (1.3) e (2.2) obtemos que m Rn [ u 2(β 1) il i=1 ] u i 2 + a + i (x)u2 i u 2(β 1) dx CK p q R n K(x)( U 2 + U q+1) U L 2(β 1) dx + il m i=1 a R n i (x)u2 i u 2(β 1) il onde p = max{p 1,, p m }. Por (A 3 ), temos que a i (x) D para todo x Rn, e como K(x) 1 concluímos que m Rn [ u 2(β 1) il i=1 ] u i 2 + a + i (x)u2 i u 2(β 1) dx CK p q R n K(x)( U 2 + U q+1) U L 2(β 1) dx. il dx (2.11) A seguir façamos Ψ = (ϕ 1,,ϕ m ), onde ϕ i = u i u β 1 il para i = 1,,m. Notamos que Ψ E pois m A(x)Ψ Ψdx L2(β 1) a+ Rn R n i (x)u2 i dx < +. Pela desigualdade de Young temos que R n Ψ 2 dx 2 m i=1 m [ R n ϕ i 2 dx i=1 m Rn [ =2 2 2 i=1 m [ i=1 m β 2 i=1 u 2(β 1) il i=1 u i 2 + (β 1) 2 u 2(β 2) u 2 i u il 2] dx u2(β 1) R n il u i 2 dx + (β 1) 2 u2(β 1) R n il u i 2 dx + (β 1) 2 u2(β 1) R n il u i 2 dx. il u i L ] u 2(β 1) il u i 2 dx u2(β 1) R N il ] u i 2 dx (2.12)

48 28 CAPÍTULO 2 SISTEMAS ELÍPTICOS COM CRESCIMENTO SUPERCRÍTICO Assim, usando a desigualdade (2.1) e substituindo (2.11) (2.12), encontramos que Ψ 2 dx 1 R n ζ Ψ 2 E 1 ( Ψ 2 + A(x)Ψ Ψ ) dx ζ R n Rn ( ) u i 2 + a + i (x)u2 i u 2(β 1) dx 2β 2 m i=1 u 2(β 1) il β 2 CK p q R n K(x)( U 2 + U q+1) U L 2(β 1) dx. il (2.13) Segue da desigualdade de Gagliardo-Nirenberg [8, Teorema IX.9] que Ψ 2 2 C R n Ψ 2 dx β 2 CK p q R n K(x)( U 2 + U q+1) U L 2(β 1) dx. (2.14) Afirmamos que K(x) U s L r (R n ) para 1 r < α próximo a 1 e 2 s < p #. De fato, agindo como na prova do Lema 1.2.2, equação (1.8) fornece { } ) r dx C U rs R n(k(x) U s rs + U 2r/α E U r(αs 2)/α. r(αs 2)/(α r) Notamos que rs > 2 e rs < 2 para r > 1 próximo a 1 desde que s < p #. Por outro lado, r(αs 2)/(α r) > 2 para r (1,α) e r(αs 2)/(α r) < 2 sempre que Isto vale para r > 1 próximo a 1 porque Logo, r < α2 αs α2 αs > α2 α[2 1 4 α(n 2) ] + N 2 4 R n(k(x) U s ) r dx C u rs E para todo 2 s < p # e 1 r < α próximo a 1. Agora, aplicando a desigualdade de Hölder em (2.14) e usando (2.10) para 1 r < α próximo a 1 e 2 s < p #, concluímos que [ ( Ψ 2 2 β 2 CK p q K(x)r U 2r + U (q+1)r) ] 1/r [ ] (r 1)/r dx U L 2(β 1)r/(r 1) dx R n R n > 1. β 2 CK p q ( R n U L 2(β 1)r/(r 1) dx) (r 1)/r. (2.15)

49 2.4 PROVA DO TEOREMA Assim, tomando 2 1 r < β < ( 1 1 ) r e α > 0 tal que βα = 2r(β 1)/(r 1), podemos expressar (2.15) como ) 2 /2 2/2 u 2 i u 2(β 1) il dx β 2 CK p q U 2(β 1) R N ( m i=1 Usando o Lema de Fatou em L no primeiro termo, obtemos βα. U β2 β 1/β (CK p q ) 1/2β U (β 1)/β βα. (2.16) Seja χ = 2 /α, isto é, β χα = β2. Então, para cada m = 0,1,2, definimos χ k+1 α = χ k 2, com χ 0 = χ. Assim χ k = χ k+1. Agora, usamos a técnica de iteração de Moser [38] sobre a estimativa (2.16) para provar que cada solução do problema (T K ) é limitada. Com efeito, usando o argumento anterior para χβ e observando que pois U L ml = M, segue que U L 2r(χβ 1) r 1 M 2r r 1 (χ 1) U L 2rχ(β 1) r 1, U χβ2 (χβ) 1 ( χβ CK p q) 1 2χβ M χ 1 χβ U γ χβα (χβ) 1 ( χβ CK p q) 1 2χβ M χ 1 χβ [β 1 ( β CK p q) ] 1 γ 2β U γ βα χ 1 χβ β 1 χ +γ ( CK p q) 1 2β ( 1χ +γ onde γ = (β 1)/β. Assim, para k = n temos que onde ) M χ 1 χβ U γ2 βα, U χ n+1 βα = U χ n β2 χσ 1 β σ 2 (CK p q ) σ 3 M σ 4 U γn+1 βα, n 1 σ 1 =(1/β) (n i) γi χ n i, σ 3 =(1/2β) i=0 n i=0 γ i χ n i, σ 2 = (1/β) σ 4 = (1/β) n i=0 n 1 i=0 γ i χ n i, χ n i 1 χ n i γ i. Desde que γ < 1 e χ > 1, as séries são convergentes e γ n+1 0 quando n +. Logo, podemos tomar o limite para concluirmos que U L (R N,R m ) com U χ σ 1 β σ 2 (CK p q ) σ 3 M σ 4. Para escolhermos K 0, consideremos a desigualdade χ σ 1 β σ 2 [CK p q ] σ 3 M σ 4 K. (2.17) Desde que tomamos β > 1 próximo a 1, o valor γ = (β 1)/β pode ser feito arbitrariamente pequeno. Consequentemente, σ 3 pode ser feito suficientemente pequeno tal que σ 3 (p q) < 1. Isto implica a existência de um K 0 > 0 tal que para todo K > K 0 temos (2.17) satisfeita.

50 30 CAPÍTULO 2 SISTEMAS ELÍPTICOS COM CRESCIMENTO SUPERCRÍTICO 2.5 Prova do Teorema Com o objetivo de provarmos o resultado de multiplicidade de soluções, estendemosa a função h como uma função impar de [0,+ ) em (,0], isto é, h(u) = h( u) para u 0. Conforme visto antes na aplicação do Teorema do Passo da Montanha, as condições de crescimento (F 1 )- (F 4 ) e hipóteses (A 1 )-(A 4 ) sobre os potenciais implicam que o funcional I é de classe C 1, I(0) = 0, satisfaz a condição de Palais-Smale e seus pontos críticos são soluções fracas de (P). Além disso, o argumento no Teorema que mostrou que I satisfaz a geometria do passo da montanha permanece válido. Aplicando então o Teorema do Passo da Montanha Simétrico, obtemos uma sequência ilimitada de valores críticos de I.

Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática. Teorema de Jacobson. Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800)

Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática. Teorema de Jacobson. Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800) Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática Teorema de Jacobson Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800) Campinas - SP 2013 1 Resumo Nesta monografia apresentamos a

Leia mais

Recorrendo à nossa imaginação podemos tentar escrever números racionais de modo semelhante: 1 2 = 1 + 3 + 32 +

Recorrendo à nossa imaginação podemos tentar escrever números racionais de modo semelhante: 1 2 = 1 + 3 + 32 + 1 Introdução Comecemos esta discussão fixando um número primo p. Dado um número natural m podemos escrevê-lo, de forma única, na base p. Por exemplo, se m = 15 e p = 3 temos m = 0 + 2 3 + 3 2. Podemos

Leia mais

uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado

uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado Seminário Brasileiro de Análise - SBA Instituto de Matemática e Estatatística - USP Edição N 0 68 Novembro 2008 uma classe de sistemas elipticos envolvendo o operador p-laplaciano em dominio nao limitado

Leia mais

4.4 Limite e continuidade

4.4 Limite e continuidade 4.4 Limite e continuidade Noções Topológicas em R : Dados dois pontos quaisquer (x 1, y 1 ) e (x, y ) de R indicaremos a distância entre eles por då(x 1, y 1 ), (x, y )è=(x 1 x ) + (y 1 y ). Definição

Leia mais

UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV

UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV UMA CONDIÇÃO NECESSÁRIA E SUFICIENTE PARA A EXISTÊNCIA DE SOLUÇÃO PARA UM PROBLEMA SEMILINEAR COM EXPOENTE CRÍTICO DE SOBOLEV Alex Jenaro Becker, Mestrando, alexjenaro@gmail.com Bolsista CAPES/FAPERGS

Leia mais

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática

Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Álgebra Linear Professor: André Luiz Galdino Aluno(a): 4 a Lista de Exercícios 1. Podemos entender transformações lineares

Leia mais

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo:

Aula 5. Uma partícula evolui na reta. A trajetória é uma função que dá a sua posição em função do tempo: Aula 5 5. Funções O conceito de função será o principal assunto tratado neste curso. Neste capítulo daremos algumas definições elementares, e consideraremos algumas das funções mais usadas na prática,

Leia mais

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano Módulo de Equações do Segundo Grau Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano Equações do o grau: Resultados Básicos. 1 Exercícios Introdutórios Exercício 1. A equação ax + bx + c = 0, com

Leia mais

Figura 4.1: Diagrama de representação de uma função de 2 variáveis

Figura 4.1: Diagrama de representação de uma função de 2 variáveis 1 4.1 Funções de 2 Variáveis Em Cálculo I trabalhamos com funções de uma variável y = f(x). Agora trabalharemos com funções de várias variáveis. Estas funções aparecem naturalmente na natureza, na economia

Leia mais

1 Introdução. Existência e multiplicidade de soluções para um problema de Neumann.

1 Introdução. Existência e multiplicidade de soluções para um problema de Neumann. Existência e multiplicidade de soluções para um problema de Neumann. Alfredo de Oliveira Assis; Edcarlos Domingos da Silva Instituto de Matemática e Estatística, Universidade Federal de Goiás, Campus II-

Leia mais

Seu pé direito nas melhores Faculdades

Seu pé direito nas melhores Faculdades 10 Insper 01/11/009 Seu pé direito nas melhores Faculdades análise quantitativa 40. No campeonato brasileiro de futebol, cada equipe realiza 38 jogos, recebendo, em cada partida, 3 pontos em caso de vitória,

Leia mais

1. Verifique se são operadores lineares no espaço P n (R): (a) F: P n (R) P n (R) tal que F(f(t)) = tf (t), f(t) P n (R).

1. Verifique se são operadores lineares no espaço P n (R): (a) F: P n (R) P n (R) tal que F(f(t)) = tf (t), f(t) P n (R). UNIVERSIDADE ESTADUAL DE SANTA CRUZ - UESC DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS - DCET ÁLGEBRA LINEAR ASSUNTO: TRANSFORMAÇÕES LINEARES EXERCÍCIOS RESOLVIDOS 1. Verifique se são operadores lineares

Leia mais

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc.

PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR. Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. PESQUISA OPERACIONAL -PROGRAMAÇÃO LINEAR Prof. Angelo Augusto Frozza, M.Sc. ROTEIRO Esta aula tem por base o Capítulo 2 do livro de Taha (2008): Introdução O modelo de PL de duas variáveis Propriedades

Leia mais

Física Experimental III

Física Experimental III Física Experimental III Unidade 4: Circuitos simples em corrente alternada: Generalidades e circuitos resistivos http://www.if.ufrj.br/~fisexp3 agosto/26 Na Unidade anterior estudamos o comportamento de

Leia mais

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1

Erros de Estado Estacionário. Carlos Alexandre Mello. Carlos Alexandre Mello cabm@cin.ufpe.br 1 Erros de Estado Estacionário Carlos Alexandre Mello 1 Introdução Projeto e análise de sistemas de controle: Resposta de Transiente Estabilidade Erros de Estado Estacionário (ou Permanente) Diferença entre

Leia mais

Aplicação do Método de Galerkin para Equações e Sistemas Elípticos

Aplicação do Método de Galerkin para Equações e Sistemas Elípticos Resumo Neste trabalho estudamos a eficiência do Método de Galerkin na resolução de problemas e sistemas Elípticos lineares, não-lineares, variacionias e não-variacionais. Abstract In this work we study

Leia mais

1234, 1243, 1324, 1342, 1423, 1432, 2134, 2143, 2314, 2341, 2413, 2431,

1234, 1243, 1324, 1342, 1423, 1432, 2134, 2143, 2314, 2341, 2413, 2431, 1. Escreva os elementos de S 4 nas duas notações. Observe que S 4 = 4! = 24. Os elementos de S 4 tem a forma 1 a, 2 b, 3 c, 4 d onde a sequência abcd é uma das seguintes: 1234, 1243, 1324, 1342, 1423,

Leia mais

O Cálculo λ sem Tipos

O Cálculo λ sem Tipos Capítulo 2 O Cálculo λ sem Tipos 21 Síntaxe e Redução Por volta de 1930 o cálculo lambda sem tipos foi introduzido como uma fundação para a lógica e a matemática Embora este objectivo não tenha sido cumprido

Leia mais

Exercícios e questões de Álgebra Linear

Exercícios e questões de Álgebra Linear CEFET/MG Exercícios e questões de Álgebra Linear Versão 1.2 Prof. J. G. Peixoto de Faria Departamento de Física e Matemática 25 de outubro de 2012 Digitado em L A TEX (estilo RevTEX). 2 I. À GUISA DE NOTAÇÃO

Leia mais

Entropia, Entropia Relativa

Entropia, Entropia Relativa Entropia, Entropia Relativa e Informação Mútua Miguel Barão (mjsb@di.uevora.pt) Departamento de Informática Universidade de Évora 13 de Março de 2003 1 Introdução Suponhamos que uma fonte gera símbolos

Leia mais

Existência de Soluções Simétricas e Não-Simétricas para uma Classe de Equações de Schrödinger Semilineares

Existência de Soluções Simétricas e Não-Simétricas para uma Classe de Equações de Schrödinger Semilineares Universidade Federal da Paraíba Centro de Ciências Exatas e da Natureza Programa de Pós-Graduação em Matemática Curso de Mestrado em Matemática Existência de Soluções Simétricas e Não-Simétricas para uma

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Assuntos: Produtos Notáveis; Equações; Inequações; Função; Função Afim; Paridade;

Leia mais

EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA (sistemas de equações lineares e outros exercícios)

EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA (sistemas de equações lineares e outros exercícios) UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA EXERCÍCIOS DE ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA (sistemas de equações lineares e outros eercícios) ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA CIVIL Eercícios

Leia mais

Os eixo x e y dividem a circunferência em quatro partes congruentes chamadas quadrantes, numeradas de 1 a 4 conforme figura abaixo:

Os eixo x e y dividem a circunferência em quatro partes congruentes chamadas quadrantes, numeradas de 1 a 4 conforme figura abaixo: Circunferência Trigonométrica É uma circunferência de raio unitário orientada de tal forma que o sentido positivo é o sentido anti-horário. Associamos a circunferência (ou ciclo) trigonométrico um sistema

Leia mais

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ)

ÁLGEBRA VETORIAL E GEOMETRIA ANALÍTICA (UFCG- CUITÉ) P L A N O S PARALELOS AOS EIXOS E AOS PLANOS COORDENADOS Casos Particulares A equação ax + by + cz = d na qual a, b e c não são nulos, é a equação de um plano π, sendo v = ( a, b, c) um vetor normal a

Leia mais

Função. Adição e subtração de arcos Duplicação de arcos

Função. Adição e subtração de arcos Duplicação de arcos Função Trigonométrica II Adição e subtração de arcos Duplicação de arcos Resumo das Principais Relações I sen cos II tg sen cos III cotg tg IV sec cos V csc sen VI sec tg VII csc cotg cos sen Arcos e subtração

Leia mais

Unidade 3 Função Afim

Unidade 3 Função Afim Unidade 3 Função Afim Definição Gráfico da Função Afim Tipos Especiais de Função Afim Valor e zero da Função Afim Gráfico definidos por uma ou mais sentenças Definição C ( x) = 10. x + Custo fixo 200 Custo

Leia mais

Ondas EM no Espaço Livre (Vácuo)

Ondas EM no Espaço Livre (Vácuo) Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica Instituto Federal de Santa Catarina Campus São José Área de Telecomunicações ELM20704 Eletromagnetismo Professor: Bruno Fontana da Silva 2014-1 Ondas EM

Leia mais

1.10 Sistemas de coordenadas cartesianas

1.10 Sistemas de coordenadas cartesianas 7 0 Sistemas de coordenadas cartesianas Definição : Um sistema de coordenadas cartesianas no espaço é um v v conjunto formado por um ponto e uma base { } v3 Indicamos um sistema de coordenadas cartesianas

Leia mais

Exercícios de Aprofundamento Mat Polinômios e Matrizes

Exercícios de Aprofundamento Mat Polinômios e Matrizes . (Unicamp 05) Considere a matriz A A e A é invertível, então a) a e b. b) a e b 0. c) a 0 e b 0. d) a 0 e b. a 0 A, b onde a e b são números reais. Se. (Espcex (Aman) 05) O polinômio q(x) x x deixa resto

Leia mais

Planos e Retas. Equações do Plano e da Reta. Anliy Natsuyo Nashimoto Sargeant José Antônio Araújo Andrade Solange Gomes Faria Martins

Planos e Retas. Equações do Plano e da Reta. Anliy Natsuyo Nashimoto Sargeant José Antônio Araújo Andrade Solange Gomes Faria Martins Planos e Retas Uma abordagem exploratória das Equações do Plano e da Reta Anliy Natsuyo Nashimoto Sargeant José Antônio Araújo Andrade Solange Gomes Faria Martins Na geometria, um plano é determinado se

Leia mais

Geometria Diferencial de Curvas Espaciais

Geometria Diferencial de Curvas Espaciais Geometria Diferencial de Curvas Espaciais 1 Aceleração tangencial e centrípeta Fernando Deeke Sasse Departamento de Matemática CCT UDESC Mostremos que a aceleração de uma partícula viajando ao longo de

Leia mais

Sistemas de Vírgula Flutuante

Sistemas de Vírgula Flutuante Luiz C. G. Lopes Departamento de Matemática e Engenharias Universidade da Madeira MAT 2 05 2007/08 Definição. Diz-se que um número real x R\{0} é um número de vírgula flutuante normalizado se forem verificadas

Leia mais

Uso de escalas logaritmicas e linearização

Uso de escalas logaritmicas e linearização Uso de escalas logaritmicas e linearização Notas: Rodrigo Ramos 1 o. sem. 2015 Versão 1.0 Obs: Esse é um texto de matemática, você deve acompanhá-lo com atenção, com lápis e papel, e ir fazendo as coisas

Leia mais

Optimização e Algoritmos (2004/2005)

Optimização e Algoritmos (2004/2005) Optimização e Algoritmos (2004/2005) Instituto Superior Técnico Engenharia Electrotécnica e de Computadores Série de Problemas 3 Regras de Armijo e Wolfe, Introdução às funções convexas Problema 1.[Regras

Leia mais

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina.

Matrizes e Sistemas Lineares. Professor: Juliano de Bem Francisco. Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina. e Aula Zero - Álgebra Linear Professor: Juliano de Bem Francisco Departamento de Matemática Universidade Federal de Santa Catarina agosto de 2011 Outline e e Part I - Definição: e Consideremos o conjunto

Leia mais

Exp e Log. Roberto Imbuzeiro Oliveira. 21 de Fevereiro de 2014. 1 O que vamos ver 1. 2 Fatos preliminares sobre espaços métricos 2

Exp e Log. Roberto Imbuzeiro Oliveira. 21 de Fevereiro de 2014. 1 O que vamos ver 1. 2 Fatos preliminares sobre espaços métricos 2 Funções contínuas, equações diferenciais ordinárias, Exp e Log Roberto Imbuzeiro Oliveira 21 de Fevereiro de 214 Conteúdo 1 O que vamos ver 1 2 Fatos preliminares sobre espaços métricos 2 3 Existência

Leia mais

M =C J, fórmula do montante

M =C J, fórmula do montante 1 Ciências Contábeis 8ª. Fase Profa. Dra. Cristiane Fernandes Matemática Financeira 1º Sem/2009 Unidade I Fundamentos A Matemática Financeira visa estudar o valor do dinheiro no tempo, nas aplicações e

Leia mais

Lei de Gauss. 2.1 Fluxo Elétrico. O fluxo Φ E de um campo vetorial E constante perpendicular Φ E = EA (2.1)

Lei de Gauss. 2.1 Fluxo Elétrico. O fluxo Φ E de um campo vetorial E constante perpendicular Φ E = EA (2.1) Capítulo 2 Lei de Gauss 2.1 Fluxo Elétrico O fluxo Φ E de um campo vetorial E constante perpendicular a uma superfície é definido como Φ E = E (2.1) Fluxo mede o quanto o campo atravessa a superfície.

Leia mais

LABORATÓRIO DE CONTROLE I SINTONIA DE CONTROLADOR PID

LABORATÓRIO DE CONTROLE I SINTONIA DE CONTROLADOR PID UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA LABORATÓRIO DE CONTROLE I Experimento 6: SINTONIA DE CONTROLADOR PID COLEGIADO DE ENGENHARIA ELÉTRICA DISCENTES: Lucas Pires

Leia mais

Disciplina: Álgebra Linear - Engenharias ], C = Basta adicionar elemento a elemento de A e B que ocupam a mesma posição na matriz.

Disciplina: Álgebra Linear - Engenharias ], C = Basta adicionar elemento a elemento de A e B que ocupam a mesma posição na matriz. Universidade Federal de Goiás Campus Catalão Departamento de Matemática Disciplina: Álgebra Linear - Engenharias Professor: André Luiz Galdino Gabarito da 1 a Lista de Exercícios 1. Sejam Encontre: [ 1

Leia mais

Álgebra Linear I - Aula 20

Álgebra Linear I - Aula 20 Álgebra Linear I - Aula 0 1 Matriz de Mudança de Base Bases Ortonormais 3 Matrizes Ortogonais 1 Matriz de Mudança de Base Os próximos problemas que estudaremos são os seguintes (na verdade são o mesmo

Leia mais

O Teorema da Função Inversa e da Função Implícita

O Teorema da Função Inversa e da Função Implícita Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência c Publicação eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit O Teorema da Função Inversa

Leia mais

(1, 6) é também uma solução da equação, pois 3 1 + 2 6 = 15, isto é, 15 = 15. ( 23,

(1, 6) é também uma solução da equação, pois 3 1 + 2 6 = 15, isto é, 15 = 15. ( 23, Sistemas de equações lineares generalidades e notação matricial Definição Designa-se por equação linear sobre R a uma expressão do tipo com a 1, a 2,... a n, b R. a 1 x 1 + a 2 x 2 +... + a n x n = b (1)

Leia mais

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.

Álgebra Linear AL. Luiza Amalia Pinto Cantão. Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp. Álgebra Linear AL Luiza Amalia Pinto Cantão Depto. de Engenharia Ambiental Universidade Estadual Paulista UNESP luiza@sorocaba.unesp.br Autovalores e Autovetores Definição e Exemplos 2 Polinômio Característico

Leia mais

Programação Linear - Parte 4

Programação Linear - Parte 4 Mestrado em Modelagem e Otimização - CAC/UFG Programação Linear - Parte 4 Profs. Thiago Alves de Queiroz Muris Lage Júnior 1/2014 Thiago Queiroz (DM) Parte 4 1/2014 1 / 18 Solução Inicial O método simplex

Leia mais

Comecemos por relembrar as propriedades das potências: = a x c) a x a y = a x+y

Comecemos por relembrar as propriedades das potências: = a x c) a x a y = a x+y . Cálculo Diferencial em IR.1. Função Exponencial e Função Logarítmica.1.1. Função Exponencial Comecemos por relembrar as propriedades das potências: Propriedades das Potências: Sejam a e b números positivos:

Leia mais

Séries Numéricas. S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo. S Designam-se por somas parciais da série. S Chama-se a soma parcial de ordem n a

Séries Numéricas. S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo. S Designam-se por somas parciais da série. S Chama-se a soma parcial de ordem n a Séries Numéricas Definições básicas S Chama-se série numérica a uma expressão do tipo representada em geral por u 1 u 2 C u n C u n, nu1 onde Ÿu n é uma sucessão de reais u 1, u 2, C v termos da série

Leia mais

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES

OPERAÇÕES COM FRAÇÕES OPERAÇÕES COM FRAÇÕES Adição A soma ou adição de frações requer que todas as frações envolvidas possuam o mesmo denominador. Se inicialmente todas as frações já possuírem um denominador comum, basta que

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA ESCOLA POLITÉCNICA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA QUÍMICA ENG 008 Fenômenos de Transporte I A Profª Fátima Lopes Equações básicas Uma análise de qualquer problema em Mecânica dos Fluidos, necessariamente se inicia, quer diretamente ou indiretamente, com a definição das leis básicas que governam o movimento do fluido.

Leia mais

2 Conceitos Básicos. onde essa matriz expressa a aproximação linear local do campo. Definição 2.2 O campo vetorial v gera um fluxo φ : U R 2 R

2 Conceitos Básicos. onde essa matriz expressa a aproximação linear local do campo. Definição 2.2 O campo vetorial v gera um fluxo φ : U R 2 R 2 Conceitos Básicos Neste capítulo são apresentados alguns conceitos importantes e necessários para o desenvolvimento do trabalho. São apresentadas as definições de campo vetorial, fluxo e linhas de fluxo.

Leia mais

Primeira Lista de Exercícios de Métodos Numéricos II Primeiro semestre de 2015

Primeira Lista de Exercícios de Métodos Numéricos II Primeiro semestre de 2015 Primeira Lista de Exercícios de Métodos Numéricos II Primeiro semestre de 015 Introdução Antes de apresentar a lista, introduzirei alguns problemas já vistos em sala de aula para orientar e facilitar a

Leia mais

FÍSICA EXPERIMENTAL 3001

FÍSICA EXPERIMENTAL 3001 FÍSICA EXPERIMENTAL 3001 EXPERIÊNCIA 1 CIRCUITO RLC EM CORRENTE ALTERNADA 1. OBJETIOS 1.1. Objetivo Geral Apresentar aos acadêmicos um circuito elétrico ressonante, o qual apresenta um máximo de corrente

Leia mais

UNESP - Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá 1

UNESP - Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá 1 ANÁLISE GRÁFICA UNESP - Faculdade de Engenharia de Guaratinguetá 0.. Introdução Neste capítulo abordaremos princípios de gráficos lineares e logarítmicos e seu uso em análise de dados. Esta análise possibilitará

Leia mais

DISTRIBUIÇÕES ESPECIAIS DE PROBABILIDADE DISCRETAS

DISTRIBUIÇÕES ESPECIAIS DE PROBABILIDADE DISCRETAS VARIÁVEIS ALEATÓRIAS E DISTRIBUIÇÕES DE PROBABILIDADES 1 1. VARIÁVEIS ALEATÓRIAS Muitas situações cotidianas podem ser usadas como experimento que dão resultados correspondentes a algum valor, e tais situações

Leia mais

Resolução da Lista de Exercício 6

Resolução da Lista de Exercício 6 Teoria da Organização e Contratos - TOC / MFEE Professor: Jefferson Bertolai Fundação Getulio Vargas / EPGE Monitor: William Michon Jr 10 de novembro de 01 Exercícios referentes à aula 7 e 8. Resolução

Leia mais

Sucessões. Definição: Sucessão de números reais é qualquer aplicação do conjunto dos naturais, N, no conjunto dos reais, R. ou Ÿu n.

Sucessões. Definição: Sucessão de números reais é qualquer aplicação do conjunto dos naturais, N, no conjunto dos reais, R. ou Ÿu n. Sucessões Definição: Sucessão de números reais é qualquer aplicação do conjunto dos naturais, N, no conjunto dos reais, R. Notações: Ÿu n nn, Ÿu n n ou Ÿu n. u n v termo geral da sucessão Exemplos importantes:

Leia mais

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá.

Se inicialmente, o tanque estava com 100 litros, pode-se afirmar que ao final do dia o mesmo conterá. ANÁLISE GRÁFICA QUANDO y. CORRESPONDE A ÁREA DA FIGURA Resposta: Sempre quando o eio y corresponde a uma taa de variação, então a área compreendida entre a curva e o eio do será o produto y. Isto é y =

Leia mais

Expressões de sequencias

Expressões de sequencias Expressões de sequencias Semana Olímpica/01 Prof. Armando 01 de fevereiro de 01 1 Introdução Um assunto que cai com frequência em olimpíada são as sequências. Sequências são listas ordenadas de números

Leia mais

SOLUÇÕES N2 2015. item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2.

SOLUÇÕES N2 2015. item a) O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2. Solução da prova da 1 a fase OBMEP 2015 Nível 1 1 SOLUÇÕES N2 2015 N2Q1 Solução O maior dos quatro retângulos tem lados de medida 30 4 = 26 cm e 20 7 = 13 cm. Logo, sua área é 26 x 13= 338 cm 2. Com um

Leia mais

Aplicações de integração. Cálculo 2 Prof. Aline Paliga

Aplicações de integração. Cálculo 2 Prof. Aline Paliga Aplicações de integração Cálculo Prof. Aline Paliga Áreas entre curvas Nós já definimos e calculamos áreas de regiões que estão sob os gráficos de funções. Aqui nós estamos usando integrais para encontrar

Leia mais

Uma Ferramenta para otimização em Engenharia Mecânica e aplicações na Fundição Eletromagnética de Metais

Uma Ferramenta para otimização em Engenharia Mecânica e aplicações na Fundição Eletromagnética de Metais Uma Ferramenta para otimização em Engenharia Mecânica e aplicações na Fundição Eletromagnética de Metais Departamento de Engenharia Mecânica COPPE UFRJ STIC-AMSUD, Novembro de 2009 Conteúdo Preliminares

Leia mais

CDI-II. Derivadas de Ordem Superior. Extremos. ; k = 1,2,...,n.

CDI-II. Derivadas de Ordem Superior. Extremos. ; k = 1,2,...,n. Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Pro. Gabriel Pires CDI-II Derivadas de Ordem Superior. Extremos 1 Derivadas de Ordem Superior Seja : D R n R, deinida num

Leia mais

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO

UM JOGO BINOMIAL 1. INTRODUÇÃO 1. INTRODUÇÃO UM JOGO BINOMIAL São muitos os casos de aplicação, no cotidiano de cada um de nós, dos conceitos de probabilidade. Afinal, o mundo é probabilístico, não determinístico; a natureza acontece

Leia mais

Aplicações Diferentes Para Números Complexos

Aplicações Diferentes Para Números Complexos Material by: Caio Guimarães (Equipe Rumoaoita.com) Aplicações Diferentes Para Números Complexos Capítulo II Aplicação 2: Complexos na Geometria Na rápida revisão do capítulo I desse artigo mencionamos

Leia mais

Otimização Linear Aplicada a Problemas de Planejamento de Produção

Otimização Linear Aplicada a Problemas de Planejamento de Produção Otimização Linear Aplicada a Problemas de Planejamento de Produção Rafaela Schuindt Santos¹, Daniela Renata Cantane² ¹Escola Estadual Luiz Campacci Laranjal Paulista SP - Brasil ²Universidade Estadual

Leia mais

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU

ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU INSTITUTO POLITÉCNICO DE VISEU ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA DE VISEU Departamento Matemática Disciplina Matemática I Curso Gestão de Empresas Ano 1 o Ano Lectivo 2007/2008 Semestre 1 o Apontamentos Teóricos:

Leia mais

Projecto Delfos: Escola de Matemática Para Jovens 1 TEORIA DOS NÚMEROS

Projecto Delfos: Escola de Matemática Para Jovens 1 TEORIA DOS NÚMEROS Projecto Delfos: Escola de Matemática Para Jovens 1 A Teoria dos Números tem como objecto de estudo o conjunto Z dos números inteiros (a letra Z vem da palavra alemã Zahl que significa número). 1. DIVISIBILIDADE

Leia mais

Cinemática Bidimensional

Cinemática Bidimensional Cinemática Bidimensional INTRODUÇÃO Após estudar cinemática unidimensional, vamos dar uma perspectiva mais vetorial a tudo isso que a gente viu, abrangendo mais de uma dimensão. Vamos ver algumas aplicações

Leia mais

Inteligência Artificial

Inteligência Artificial Inteligência Artificial Aula 7 Programação Genética M.e Guylerme Velasco Programação Genética De que modo computadores podem resolver problemas, sem que tenham que ser explicitamente programados para isso?

Leia mais

Corrente elétrica, potência, resistores e leis de Ohm

Corrente elétrica, potência, resistores e leis de Ohm Corrente elétrica, potência, resistores e leis de Ohm Corrente elétrica Num condutor metálico em equilíbrio eletrostático, o movimento dos elétrons livres é desordenado. Em destaque, a representação de

Leia mais

Matemática Discreta - 08

Matemática Discreta - 08 Universidade Federal do Vale do São Francisco urso de Engenharia da omputação Matemática Discreta - 08 Prof. Jorge avalcanti jorge.cavalcanti@univasf.edu.br www.univasf.edu.br/~jorge.cavalcanti www.twitter.com/jorgecav

Leia mais

GEOMETRIA DO TAXISTA. (a -b )² + (a -b )²

GEOMETRIA DO TAXISTA. (a -b )² + (a -b )² GEOMETRI O TXIST Geometria do Taxista é uma geometria não-euclidiana, no sentido em que a noção de distância não é a mesma e acordo com o desenho abaixo, suponhamos um motorista de táxi que apanha um cliente

Leia mais

Prática. Exercícios didáticos ( I)

Prática. Exercícios didáticos ( I) 1 Prática Exercício para início de conversa Localize na reta numérica abaixo os pontos P correspondentes aos segmentos de reta OP cujas medidas são os números reais representados por: Exercícios didáticos

Leia mais

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução:

Título do Case: Categoria: Temática: Resumo: Introdução: Título do Case: Diagnóstico Empresarial - Vendendo e Satisfazendo Mais Categoria: Prática Interna. Temática: Mercado Resumo: Na busca por uma ferramenta capaz de auxiliar na venda de mais consultorias

Leia mais

Matemática Básica Intervalos

Matemática Básica Intervalos Matemática Básica Intervalos 03 1. Intervalos Intervalos são conjuntos infinitos de números reais. Geometricamente correspondem a segmentos de reta sobre um eixo coordenado. Por exemplo, dados dois números

Leia mais

PUC-Rio Desafio em Matemática 15 de novembro de 2008

PUC-Rio Desafio em Matemática 15 de novembro de 2008 PUC-Rio Desafio em Matemática 5 de novembro de 2008 Nome: Assinatura: Inscrição: Identidade: Questão Valor Nota Revisão.0 2.0 3.0 4.0 5a.0 5b.0 6a.0 6b.0 7 2.0 Nota final 0.0 Instruções Mantenha seu celular

Leia mais

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios

Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios Comandos de Eletropneumática Exercícios Comentados para Elaboração, Montagem e Ensaios O Método Intuitivo de elaboração de circuitos: As técnicas de elaboração de circuitos eletropneumáticos fazem parte

Leia mais

Nome: N.º: endereço: data: telefone: E-mail: PARA QUEM CURSA A 1 ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2012. Disciplina: matemática

Nome: N.º: endereço: data: telefone: E-mail: PARA QUEM CURSA A 1 ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 2012. Disciplina: matemática Nome: N.º: endereço: data: telefone: E-mail: Colégio PARA QUEM CURSA A 1 ạ SÉRIE DO ENSINO MÉDIO EM 01 Disciplina: matemática Prova: desafio nota: QUESTÃO 16 (UNESP) O gráfico a seguir apresenta dados

Leia mais

ÁLGEBRA LINEAR. Transformações Lineares. Prof. Susie C. Keller

ÁLGEBRA LINEAR. Transformações Lineares. Prof. Susie C. Keller ÁLGEBRA LINEAR Transformações Lineares Prof. Susie C. Keller É um tipo especial de função (aplicação), onde o domínio e o contradomínio são espaços vetoriais. Tanto a variável independente quanto a variável

Leia mais

1 Teoria de conjuntos e lógica

1 Teoria de conjuntos e lógica 1 Teoria de conjuntos e lógica Estes breves apontamentos dizem respeito à parte do programa dedicada à teoria de conjuntos e à lógica matemática. Embora concebidos sem grandes formalismos e com poucas

Leia mais

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6

a) 2 b) 3 c) 4 d) 5 e) 6 Recordando operações básicas 01. Calcule as expressões abaixo: a) 2254 + 1258 = b) 300+590 = c) 210+460= d) 104+23 = e) 239 54 = f) 655-340 = g) 216-56= h) 35 x 15 = i) 50 x 210 = j) 366 x 23 = k) 355

Leia mais

AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade

AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade 1 AULA 07 Distribuições Discretas de Probabilidade Ernesto F. L. Amaral 31 de agosto de 2010 Metodologia de Pesquisa (DCP 854B) Fonte: Triola, Mario F. 2008. Introdução à estatística. 10 ª ed. Rio de Janeiro:

Leia mais

Equações paramétricas da Reta

Equações paramétricas da Reta 39 6.Retas e Planos Equações de Retas e Planos Equações da Reta Vamos supor que uma reta r é paralela a um vetor V = a, b, c) não nulo e que passa por um ponto P = x, y, z ). Um ponto P = x, pertence a

Leia mais

Notas de aula de Lógica para Ciência da Computação. Aula 11, 2012/2

Notas de aula de Lógica para Ciência da Computação. Aula 11, 2012/2 Notas de aula de Lógica para Ciência da Computação Aula 11, 2012/2 Renata de Freitas e Petrucio Viana Departamento de Análise, IME UFF 21 de fevereiro de 2013 Sumário 1 Ineficiência das tabelas de verdade

Leia mais

INDUÇÃO MATEMÁTICA. Primeiro Princípio de Indução Matemática

INDUÇÃO MATEMÁTICA. Primeiro Princípio de Indução Matemática INDUÇÃO MATEMÁTICA Indução Matemática é um método de prova matemática tipicamente usado para estabelecer que um dado enunciado é verdadeiro para todos os números naturais, ou então que é verdadeiro para

Leia mais

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS

FUNÇÃO DO 2º GRAU PROF. LUIZ CARLOS MOREIRA SANTOS Questão 01) FUNÇÃO DO º GRAU A função definida por L(x) = x + 800x 35 000, em que x indica a quantidade comercializada, é um modelo matemático para determinar o lucro mensal que uma pequena indústria obtém

Leia mais

Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina):

Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina): Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina): Seja A um domínio. Mostre que se A[X] é Euclidiano então A é um corpo (considere o ideal (a, X) onde

Leia mais

Aula 8 Variações da Eliminação de Gauss/Fatoração LU.

Aula 8 Variações da Eliminação de Gauss/Fatoração LU. Aula 8 Variações da Eliminação de Gauss/Fatoração LU. MS211 - Cálculo Numérico Marcos Eduardo Valle Departamento de Matemática Aplicada Instituto de Matemática, Estatística e Computação Científica Universidade

Leia mais

O exemplo mais simples do uso do método das imagens 1

O exemplo mais simples do uso do método das imagens 1 arxiv:1405.2903v1 [physics.class-ph] 11 May 2014 O exemplo mais simples do uso do método das imagens 1 The simplest example of the use of the method of images Antonio S. de Castro 2 Departamento de Física

Leia mais

é 4. Portanto, o desvio padrão é 2. Neste caso 100% dos valores da população estão a um desvio padrão da média.

é 4. Portanto, o desvio padrão é 2. Neste caso 100% dos valores da população estão a um desvio padrão da média. Desvio Padrão From Wikipedia, the free encyclopedia probabilidade e estatística, o desvio padrão de uma distribuição de probabilidade, de uma variável aleatória, ou população é uma medida do espalhamento

Leia mais

Aula 9. Superfícies de Revolução. Seja C uma curva e r uma reta contidas num plano π.

Aula 9. Superfícies de Revolução. Seja C uma curva e r uma reta contidas num plano π. Aula 9 Superfícies de Revolução Seja C uma curva e r uma reta contidas num plano π. Fig. 1: Superfície de revolução S, geratriz C e eixo r contidos no plano π A superfície de revolução S de geratriz C

Leia mais

RESUMO ABSTRACT. Vamos supor que uma caixa-preta, representada por uma relação de entrada e saída. f :!! 7!

RESUMO ABSTRACT. Vamos supor que uma caixa-preta, representada por uma relação de entrada e saída. f :!! 7! REALIZAÇÃO CANÔNICA DA SEQÜÊNCIA DE FIBONACCI Paulo Franca Bandel (IC) 1 & Marcos Antonio Botelho Labmat Laboratório de Matemática Experimental Departamento de Matemática Instituto Tecnológico de Aeronáutica

Leia mais

Proposta de resolução da Prova de Matemática A (código 635) 2ª fase. 19 de Julho de 2010

Proposta de resolução da Prova de Matemática A (código 635) 2ª fase. 19 de Julho de 2010 Proposta de resolução da Prova de Matemática A (código 65) ª fase 9 de Julho de 00 Grupo I. Como só existem bolas de dois tipos na caixa e a probabilidade de sair bola azul é, existem tantas bolas roxas

Leia mais

Questão 1. Questão 3. Questão 2. Resposta. Resposta. Resposta. a) calcule a área do triângulo OAB. b) determine OC e CD.

Questão 1. Questão 3. Questão 2. Resposta. Resposta. Resposta. a) calcule a área do triângulo OAB. b) determine OC e CD. Questão Se Amélia der R$,00 a Lúcia, então ambas ficarão com a mesma quantia. Se Maria der um terço do que tem a Lúcia, então esta ficará com R$ 6,00 a mais do que Amélia. Se Amélia perder a metade do

Leia mais

3.1. TRANSFORMAÇÕES LINEARES 79

3.1. TRANSFORMAÇÕES LINEARES 79 31 TRANSFORMAÇÕES LINEARES 79 Exemplo 317 Mostre que existe uma função T : R R satisfazendo à condição aditiva T (x + y) =T (x)+t (y), x, y R, mas não é uma transformação linear, isto é, T (x) 6= ax, paraalgumx

Leia mais

GEOMETRIA DESCRITIVA... o que é e para que serve!

GEOMETRIA DESCRITIVA... o que é e para que serve! GEOMETRIA DESCRITIVA... o que é e para que serve! Desde sempre, o homem, na sua necessidade de comunicação, procurou encontrar um meio de representar as formas dos objectos que o rodeavam. Assim, Gaspar

Leia mais

2.0 O PROJETO DE LAJES PROTENDIDAS - SÍNTESE

2.0 O PROJETO DE LAJES PROTENDIDAS - SÍNTESE LAJES PLANAS PROTENDIDAS: DETERMINAÇÃO DA FORÇA DE PROTENSÃO E PRÉ-DIMENSIONAMENTO DOS CABOS UM PROCESSO PRÁTICO 1.0 - INTRODUÇÃO Nos projetos de lajes protendidas, as armaduras a serem determinadas resultam

Leia mais

ÁLGEBRA. Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora

ÁLGEBRA. Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega. Maria Auxiliadora 1 ÁLGEBRA Aula 5 _ Função Polinomial do 1º Grau Professor Luciano Nóbrega Maria Auxiliadora 2 FUNÇÃO POLINOMIAL DO 1º GRAU Uma função polinomial do 1º grau (ou simplesmente, função do 1º grau) é uma relação

Leia mais

Relatório do Experimento 1 Sistema Massa - Mola. Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa

Relatório do Experimento 1 Sistema Massa - Mola. Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa FEP0111 - Física I Relatório do Experimento 1 Sistema Massa - Mola Fernando Henrique Ferraz Pereira da Rosa 4 de novembro de 2005 Sumário 1 Introdução 2 2 Objetivos 2 3 Procedimento experimental 2 3.1

Leia mais