Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina):

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina):"

Transcrição

1 Alguns exercícios amais para vocês (as resoluções dos exercícios anteriores começam na próxima pagina): Seja A um domínio. Mostre que se A[X] é Euclidiano então A é um corpo (considere o ideal (a, X) onde a A {0}). Sejam I, J dois ideais de um anel comutativo unitário A, e defina IJ := { n i k j k k=1 I + J := {i + j : i I, j J} : n N, i 1,..., i n I, j 1,..., j n J}. Mostre que I +J e IJ são ideais de A. Os ideais I e J são ditos coprimos se I + J = A. Mostre que se I, J são coprimos então IJ = I J. Usando o teorema de isomorfismo mostre que se I, J são coprimos então A/IJ = A/I A/J (teorema chinês dos restos). Em Q[X], calcule o inverso de X 6 2 modulo 2X e viceversa. Seja v i : Q[X] C definido por v i (P (X)) := P (i). Mostre que Im(v i ) = 1 Q[i] é um corpo. Dica: escreva a+ib = a ib (a+ib)(a ib). Seja I = {α Z[i] : N(α) é par}, o conjunto dos inteiros gaussianos de norma par (lembre-se que N(a + ib) := a 2 + b 2 e mostrei hoje que Z[i] é Euclidiano com ϕ = N). Mostre que I Z[i] e encontre um gerador de I (que é um ideal principal pois Z[i] é Euclidiano). Mostre que (2) não é um ideal maximal de Z[i] (Dica: 2 = (1 + i)(1 i)). Seja f : A B um homomorfismo de aneis comutativos unitários e suponha que A, B {0}. Mostre que se A é um corpo então f é injetiva. Seja f : C C um homomorfismo de aneis tal que f(r) = r para todo r R. Mostre que tem somente dois casos: f é a identidade ou f(a+ib) = a ib. Dica: calcule f(i) Seja A {0} um anel comutativo unitário tal que A/I é um domínio de integridade para todo ideal I de A diferente de A. Mostre que A é um corpo. Dica: dado a A diferente de zero considere o ideal (a 2 ). 1

2 Resoluções /04/16. Seja G um grupo abeliano aditivo e seja R = End(G) o conjunto dos homomorfismos de grupo G G (os endomorfismos de G). Mostre que R é um anel (em geral não comutativo) com as operações +, definidas por (f + g)(x) := f(x) + g(x) e (f g)(x) := f(g(x)) (soma e composição). A soma é associativa pois ((f + g) + h)(x) = (f + g)(x) + h(x) = (f(x) + g(x)) + h(x) = f(x) + (g(x) + h(x)) = f(x) + (g + h)(x) = (f + (g + h))(x) para todo x G, logo (f + g) + h = f + (g + h). O elemento neutro de + é a função nula, f(x) = 0 para todo x G. O oposto de f é f definido por ( f)(x) := f(x). Se trata de endomorfismos de G. A composição é associativa pois ((f g) h)(x) = (f g)(h(x)) = f(g(h(x))) = f(g h(x)) = (f (g h))(x). O elemento neutro de é a função identidade, f(x) = x para todo x G (é um endomorfismo de G). Propriedades distributivas: (f (g+h))(x) = f((g+h)(x)) = f(g(x)+h(x)) = f(g(x))+f(h(x)) = (f g)(x) + (f h)(x), logo f (g + h) = f g + f h. Observe que usamos o fato que f respeita a operação de G. ((f +g) h)(x) = (f +g)(h(x)) = f(h(x))+g(h(x)) = (f h+g h)(x), logo (f +g) h = f h+g h. Observe que aqui usamos simplesmente a definição de soma em R /04/16. Seja G o grupo aditivo cíclico Z/nZ = {0, 1, 2,..., n 1}. Mostre que End(G) (definido no exercício acima) é um anel comutativo. Sabemos pelo exercício anterior que End(G) é um anel com + e. Se f End(G) e m + nz G então m é uma soma logo (identificando m com a classe m + nz) f(m) = f( ) = f(1) + f(1) f(1) = mf(1), assim f é completamente determinado pela imagem de 1, f(1) (observe que mf(1) é um produto em Z/nZ visto como anel). Se f, g End(G) então f g(m) = f(g(m)) = f(mg(1)) = mg(1)f(1), e g f(m) = g(f(m)) = g(mf(1)) = mf(1)g(1), então como g(1)f(1) = f(1)g(1) (pois Z/nZ, visto como anel, é comutativo) obtemos f g = g f. Isso mostra que End(G) é um anel comutativo. Observe também que End(Z/nZ) (o anel dos endomorfismo do grupo aditivo Z/nZ) é isomorfo a Z/nZ (o anel quociênte Z/nZ) via o isomorfismo ϕ : End(Z/nZ) Z/nZ definido por ϕ(f) := f(1) /04/16. Mostre que Z/nZ com as operações (x + nz) + (y + nz) := (x + y) + nz e (x + nz) (y + nz) := xy + nz é um anel comutativo. É um domínio de integridade? Já vimos em sala de aula que Z/nZ é um anel quociênte comutativo. Observe que se n não é primo então existem a, b inteiros maiores de 1 tais que ab = n, assim no quociênte (a + nz)(b + nz) = n + nz = 0, logo Z/nZ não é um domínio de integridade. Por outro lado se n = p é primo então 2

3 Z/nZ é um domínio de integridade, pois um produto (a + pz)(b + pz) é igual a zero se e somente se ab pz, isto é, p divide ab. Mas como p é primo, e divide ab, p divide um entre a e b, logo uma das classes a + pz e b + pz é zero. Isso mostra que Z/nZ é um domínio de integridade se e somente se n é um número primo (e nesse caso se trata de um corpo pois um domínio de integridade finito é sempre um corpo: veja o próximo exercício) /04/16. Seja A um domínio de integridade de cardinalidade finita. Mostre que A é um corpo. [Dica: dado a A diferente de zero considere a função A A dada pela multiplicação por a.] Dado a A diferente de zero, queremos mostrar que a tem inverso em A, em outras palavras, que existe b A tal que ab = 1. Considere a função f : A A dada por f(x) := ax. Ela é injetiva pois se f(x) = f(y) então ax = ay logo a(x y) = 0 e como a 0 e A é um domínio de integridade, obtemos x y = 0, isto é, x = y. Isso mostra que f é injetiva. Como A é um conjunto finito, o princípio da casa dos pombos mostra que f é sobrejetiva, assim existe b A tal que f(b) = 1, isto é, ab = /04/16. Sejam A, B aneis e seja A B o produto direto de A e B, com as operações (a, b) + (c, d) = (a + c, b + d) e (a, b)(c, d) = (ac, bd), elementos neutros (0, 0) e (1, 1). Mostre que A B é um anel e que não é um domínio de integridade. A verifica que A B é um anel é facil. Não é um domínio pois (1, 0) (0, 0), (0, 1) (0, 0) mas (1, 0)(0, 1) = (0, 0) /04/16. Dado um domínio de integridade A, mostre que f : A K(A), a a 1 é um homomorfismo injetivo de aneis. Temos f(1) = 1/1, f(a + b) = a/1 + b/1 = (a + b)/1 e f(ab) = ab/1 = (a/1)(b/1), logo f é homomorfismo de aneis. É injetivo pois ker(f) = {0}, de fato se f(a) = 0 então a/1 = 0, isto é, a 1 = 1 0 logo a = /04/16. Seja f : A B um homomorfismo de aneis e seja J um ideal de B. Mostre que f 1 (J) = {a A : f(a) J} é um ideal de A. É verdade que se I é um ideal de A então f(i) é um ideal de B? Seja I := f 1 (J). É claro que 0 I pois f(0) = 0 J. Se x, y J então f(x + y) = f(x) + f(y) J pois f(x), f(y) J logo x + y I, e se x I e a A então f(ax) = f(a)f(x) J pois f(a) B, f(x) J e J é um ideal de B, logo ax I. Em particular escolhendo a = 1 obtemos que se x I, x I. Isso mostra que I é um ideal. Se I é um ideal qualquer de A então em geral f(i) não é um ideal de B, por exemplo considere a inclusão f : Z Q, f(z) := z. É claro que Z é ideal de Z mas f(z) = Z não é ideal de Q (pois os únicos ideais de Q são (0) e Q, sendo Q um corpo). 3

4 8. 26/04/16. Seja f : A[X] A a função definida por f(p (X)) := P (0). Mostre que f é um homomorfismo de aneis e que Mostre que A[X]/I = A. I = ker(f) = {XP (X) : P (X) A[X]}. f é homomorfismo de aneis pois f(0) = 0, f(1) = 1 e f(p (X) + Q(X)) = P (0) + Q(0) = f(p (X)) + f(q(x)) e f(p (X)Q(X)) = P (0)Q(0) = f(p (X))f(Q(X)). f é sobrejetivo pois se a A então visto a como polinômio (constante) temos f(a) = a. Vamos mostrar que I = ker(f) = {XP (X) : P (X) A[X]}. A inclusão é facil pois f(xp (X)) = 0P (0) = 0, vamos mostrar a inclusão. Seja F (X) I = ker(f) (isto é, F (0) = 0), escrevemos F (X) = a 0 + a 1 X + a 2 X a n X n, assim F (0) = 0 significa a 0 = 0, logo F (X) = a 1 X+a 2 X a n X n = X(a 1 + a 2 X a n X n 1 ). Logo escolhendo P (X) = a 1 + a 2 X a n X n 1 obtemos que F (X) pertence a {XP (X) : P (X) A[X]}. O fato que A[X]/I = A segue do teorema de isomorfismo /04/16. Sejam A(X) = 6X 4 + X 2 + 1, B(X) = X 2 2 em Z[X]. Faça a divisão com resto de A(X) por B(X). 6X 4 + X X 2 2 6X 4 12X 2 6X X X Obtemos que A(X) = B(X)Q(X)+R(X) onde Q(X) = 6X (quociênte) e R(X) = 27 (resto) /04/16. Sejam A(X) = 2X 5 2X 4 6X 3 X 2 X 3, B(X) = X 2 X 3 em Z[X]. Faça a divisão com resto de A(X) por B(X). 2X 5 2X 4 6X 3 X 2 X 3 X 2 X 3 2X 5 2X 4 6X 3 2X X 2 X 3 X 2 X 3 0 Obtemos que A(X) = B(X)Q(X)+R(X) onde Q(X) = 2X 3 +1 e R(X) = 0. Em outras palavras B(X) divide A(X) /04/16. Seja A um domínio de integridade e sejam P (X), Q(X) A[X]. Mostre que o grau(p (X)Q(X)) = grau(p (X)) + grau(q(x)). Escrevemos P (X) = a n X n + P (X) e Q(X) = b m X m + Q (X) com grau(p ) = n, grau(q) = m assim a n 0, b m 0 e grau(p ) < n, grau(q ) < m. Fazendo o produto P (X)Q(X) obtemos a n b m X n+m + 4

5 R(X) com grau(r(x)) < n + m, e como A é um domínio de integridade e a n 0, b m 0, obtemos a n b m 0 logo grau(p (X)Q(X)) = n + m /04/16. Escreva e demonstre o teorema de isomorfismo para espaços vetoriais sobre R. Se V é um espaço vetorial e W é um subespaço, V/W = {v + W : v V } é um espaço vetorial com a multiplicação por escalar dada por a(v + W ) := av + W (para todo a R, v V ). Consegue calcular dim(v/w )? Um homomorfismo de espaços vetoriais (sobre um corpo k) é uma função linear f : V U entre espaços vetoriais V, U. Seja W = ker(f). V/W = {v +W : v V } é um espaço vetorial com multiplicação por escalar dada por a(v + W ) := av + W (observe que para definir V/W não precisamos de nenhuma condição ulterior em W, basta que W seja um subespaço). Temos que ϕ : V/W U dada por ϕ(v + W ) := f(v) é um isomorfismo de espaços vetoriais: de fato, é um isomorfismo de grupos aditivos pelo teorema de isomorfismo de grupos, e é k-linear pois ϕ(a(v +W )) = ϕ(av + W ) = f(av) = af(v) = aϕ(v + W ). Logo V/W = Im(f). Lembre-se que dim(v ) = dim(ker(f)) + dim(im(f)) e ker(f) = W, logo dim(v/w ) = dim(im(f)) = dim(v ) dim(w ) /04/16. Usando o algoritmo de Euclide encontre um gerador do ideal (360, 12705) de Z (ideal gerado) Os quociêntes são 35, 3, 2. O algoritmo terminou pois o próximo resto seria zero (15 divide 45). Obtemos que ( 247) = 15 = MDC(12705, 360) /04/16. Usando o algoritmo de Euclide encontre um gerador do ideal (X 5 + 2X 3 + X 2 + 1, X 2 + X 2) de Q[X] (ideal gerado). Em outras palavras, encontre o maior divisor comum dos dois geradores. X 5 + 2X 3 + X X 2 + X X 5 + 2X 3 + X X 2 + X 2 1 X 3 + X 2 5X 6X X X X2 5 6 X X 11 6 A(X) B(X) 1935/384 5

6 onde A(X) = ( 9 4 X ) e B(X) = X3 + X 2 5X ( 1 6 X X2 5 6 X + 1)( 9 4 X ). Observe também (mesmo que não seja pedido do exercício) que A(X) é o inverso de X 5 + 2X 3 + X no anel Q[X]/(X 2 + X 2) e B(X) é o inverso de X 2 + X 2 no anel Q[X]/(X 5 + 2X 3 + X 2 + 1). O maior divisor comum entre X 5 + 2X 3 + X e X 2 + X 2 é 1 (observe que o maior divisor comum é definido a menos de multiplicar por um elemento invertível, isto é, uma constante não nula). Eles são polinômios coprimos. Isso implica que (X 5 + 2X 3 + X 2 + 1, X 2 + X 2) = (1) = Q[X] /04/16. Seja A um anel (comutativo unitário) e seja f : A[X] A a função definida por f(p (X)) := P (0), isto é, f(a 0 + a 1 X a n X n ) := a 0. Usando o teorema de isomorfismo, mostre que A[X]/(X) = A (onde (X) é o ideal principal gerado por X). Se trata do exercício 8, pois (X) = {XP (X) : P (X) A[X]}. A única coisa diferente é a notação (X) /04/16. Seja B um anel (comutativo unitário) e seja A um subanel de B. Dado b B considere a função v b : A[X] B definida por v b (P (X)) := P (b): v b (a 0 + a 1 X a n X n ) := a 0 + a 1 b a n b n. Mostre que se trata de um homomorfismo de aneis. Considere agora o caso A = R e B = C, b = i (assim i 2 = 1). Mostre que ker(v i ) é o ideal principal gerado por X (Dica: dado P (X) ker(v i ) faça a divisão com resto de P (X) por X 2 +1). Usando o teorema de isomorfismo, deduza que C = R[X]/(X 2 + 1). Esse exercício foi resolvido em sala de aula (notas de aula do dia 3 de maio) /05/16. Qual é o núcleo de v i : Z[X] C, P (X) P (i)? Aplique o teorema de isomorfismo para escrever Z[i] como quociênte de Z[X]. Vamos mostrar que ker(v i ) = (X 2 + 1). Para fazer isso mostraremos as duas inclusões. Se P (X) (X 2 + 1) então P (X) = (X 2 + 1)A(X) com A(X) Z[X] e v i (P (X)) = v i ((X 2 + 1)A(X)) = (i 2 + 1)A(i) = 0 pois i 2 = 1. Isso mostra. Agora mostraremos a inclusão. Seja P (X) ker(v i ), e fazemos a divisão com resto de P (X) por X (pode ser feita, embora Z[X] não seja um domínio Euclidiano, pois o coeficiente de grau máximo de X 2 +1 é 1, que é invertível em Z!), obtendo P (X) = Q(X)(X 2 + 1) + R(X) com R(X) = 0 ou grau(r(x)) < 2. Se R(X) 0 então grau(r(x)) < 2 logo R(X) = a + bx com a, b Z, assim R(i) = P (i) Q(i)(i 2 + 1) = 0 (pois P (X) ker(v i )) implica que 0 = R(i) = a+bi. Se b = 0 então a+bi = 0 implica a = 0 assim R(X) = 0, 6

7 o que é falso, então b 0 e a + bi = 0 implica i = a/b Q, contradição. Logo R(X) = 0 e P (X) = Q(X)(X 2 + 1) (X 2 + 1). Isso mostra que ker(v i ) = (X 2 + 1), logo pelo teorema de isomorfismo Z[i] = Im(v i ) = Z[X]/(X 2 + 1) /05/16. Calcule o núcleo de v i+1 : Q[X] C, v i+1 (P (X)) := P (i + 1). Seja α := i + 1. Observe que (α 1) 2 = 1, logo α é raiz do polinômio (X 1) 2 +1 = X 2 2X+2. Por outro lado, α não é raiz de um polinômio de grau 1 pois se ax +b Q[X] tem α como raiz, aα+b = 0 implica que α = b/a Q, contradição. Logo X 2 2X +2 é um polinômio de grau mínimo entre os polinômios que têm i+1 como raiz, logo ker(v i+1 ) = (X 2 2X +2) (veja a demonstração do fato que os ideais de um domínio Euclidiano são principais, notas de aula do dia 28 de abril). Pode-se mostrar que ker(v i+1 ) = (X 2 2X + 2) também mostrando as duas inclusões como feito no exercício anterior /05/16. Seja A um domínio de integridade e sejam a, b A. Mostre que (a) = (b) se e somente se existe um elemento invertível u A tal que b = au. Suponha (a) = (b), assim a divide b e b divide a. Escrevemos b = ac e a = bd, assim a = bd = acd logo a(1 cd) = 0. Como A é um domínio de integridade, isso implica que tem dois casos: a = 0 ou 1 cd = 0. No primeiro caso a = 0 assim (a) = (0) = {0} e (a) = (b) implica que b = 0 logo b = a 1 (pois a = b = 0) e podemos escolher u = 1. Suponha agora que a 0, assim estamos no segundo caso, 1 cd = 0, assim cd = 1, logo c é invertível. Como b = ac, podemos escolher u = c. Agora suponha que b = au com u invertível. Para mostrar que (a) = (b) basta mostrar que a divide b e b divide a. Como b = au, é claro que a divide b. Por outro lado como u é invertível a = bu 1 logo b divide a /05/16. Conte os ideais de Z/12Z. Pelo teorema de correspondência, os ideais de Z/12Z = Z/(12) correspondem aos ideais de Z que contêm (12), e como os ideais de Z são principais (sendo Z um domínio Euclidiano), um ideal que contem (12) tem a forma (a) onde a é um divisor de 12, isto é, a {±1, ±2, ±3, ±4, ±6, ±12}. Como 1 e 1 são invertíveis, pelo exercício anterior (a) = ( a) logo as possibilidades para (a) são (1), (2), (3), (4), (6), (12), assim Z/12Z tem 6 ideais. O mesmo argomento mostra que o número de ideais de Z/nZ é igual ao número de divisores positivos de n (isso é razoavel pois no caso de Z/nZ todos os subgrupos aditivos são ideais, e o número de subgrupos de um grupo cíclico C n é o número de divisores positívos de n) /05/16. Mostre que Z/nZ é um corpo se e somente se n é um número primo. Veja o exercício 3 acima. 7

8 22. 03/05/16. Mostre que se n > 1 é um inteiro, (n, X) Z[X] não é um ideal principal. Suponha por contradição que (n, X) seja principal, (n, X) = (P (X)) para algum P (X) Z[X]. Em particular P (X) divide n e X, logo a única possibilidade é P (X) = 1 (como no caso já visto de n = 2), em particular (n, X) = (P (X)) = (1) = Z[X], logo existem A(X), B(X) Z[X] tais que na(x) + XB(X) = 1. Substituindo X = 0 obtemos na(0) = 1, contradição pois n é um inteiro maior doque 1 e A(0) é um inteiro (os únicos inteiros invertíveis são 1 e 1) /05/16. Mostre que (X) é um ideal maximal de Q[X] (considere v 0 ). Usando v 0 (o homomorfismo de substituição v 0 (P (X)) := P (0)), já vimos que Q[X]/(X) = Q (nos exercícios 8 e 15). Logo Q[X]/(X) é um corpo (sendo um anel isomorfo a Q, que é um corpo), então (X) é um ideal maximal de Q[X] (lembre-se que A/I é um corpo se e somente se I é um ideal maximal) /05/16. Mostre que (X 2 1) não é um ideal maximal de Q[X] (quantos ideais tem o quociênte?). Como visto em sala de aula, o quociênte Q[X]/(X 2 1) tem quatro ideais (correspondentes aos divisores 1, X 1, X + 1, X 2 1 de X 2 1), logo não é um corpo (um corpo tem somente dois ideais, os dois ideais triviais (0) e (1)), logo (X 2 1) não é um ideal maximal (lembre-se que A/I é um corpo se e somente se I é um ideal maximal) /05/16. Seja a R. Mostre que R[X]/(X a) = R. Queremos aplicar o teorema de isomorfismo. Para fazer isso, considere v a : R[X] R, o homomorfismo de substituição v a (P (X)) := P (a). Ele é sobrejetivo pois se r R então r é um polinômio constante e v a (r) = r. Para deduzir que R[X]/(X a) = R usando o teorema de isomorfismo falta mostrar que ker(v a ) = (X a). Vamos mostrar isso mostrando as duas inclusões. Se P (X) (X a) então P (X) = Q(X)(X a) para algum Q(X) R[X] logo v a (P (X)) = v a (Q(X)(X a)) = Q(a)(a a) = 0, assim P (X) ker(v a ). Isso mostra que (X a) ker(v a ). Mostraremos agora que ker(v a ) (X a), seja então P (X) ker(v a ). Queremos mostrar que X a divide P (X), e para fazer isso fazemos a divisão com resto de P (X) por X a (no domínio Euclidiano R[X] - lembre-se que se k é um corpo, k[x] é um domínio Euclidiano) esperando que o resto seja 0. Sejam então Q(X), R(X) in R[X] tais que P (X) = (X a)q(x)+r(x) e grau(r(x)) < 1 ou R(X) = 0. Temos então R(X) = P (X) (X a)q(x) logo R(a) = P (a) (a a)q(a) = P (a) = 0 pois P (X) ker(v a ). Mas se R(X) 0 então como grau(r(x)) < 1, R(X) é um polinômio constante não nulo com a como raiz, o que não é possível. Isso mostra que R(X) = 0 assim P (X) = (X a)q(x) pertence ao ideal principal (X a) /05/16. Encontre o inverso de I no anel Z/I, onde I = (1039). 8

9 Aplicando o algoritmo de Euclide temos Os quociêntes são 1, 1, 1, 68, 1, 1. Logo = 1, assim o inverso de I no anel Z/I é 415. De maneira analoga, se J = (691) o inverso de J em Z/J é J /05/16. Encontre o inverso de X I no anel Q[X]/I, onde I = (X 2 + 2). Aplicando o algoritmo de Euclide temos X 5 3 X X X X 3 + 2X 4X 3 (X/4 + 3/16) 1 + (X/4 + 3/16)(X 3 2X) 41/16 Os quociêntes são X 3 2X, X/4 + 3/16. O algoritmo termina aqui pois o próximo resto seria zero, de fato 4X 3 = (4X 3) (observe que u = 41/16 é invertível em Q[X], então ele divide todo polinômio). Logo (X/4 + 3/16)(X 5 3) + (1 + (X/4 + 3/16)(X 3 2X))(X 2 + 2) = 41/16 assim reduzindo modulo X obtemos que (X/4 + 3/16)(X 5 3) 41/16 modulo X Multiplicando pelo inverso de 41/16 obtemos que (X/4 + 3/16)(X5 3) 1 modulo X (na verdade seria modulo (X2 + 2), mas observe que os ideais ( (X2 + 2)) e (X 2 + 2) são iguais pois é invertível - veja o exercício 19 acima). Logo o inverso de X5 3+I no anel Q[X]/I é (X/4 + 3/16) + I. 9

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A.

Definição 1. Um ideal de um anel A é um subgrupo aditivo I de A tal que ax I para todo a A, x I. Se I é um ideal de A escrevemos I A. 1. Ideais, quocientes, teorema de isomorfismo Seja A um anel comutativo unitário. Em particular A é um grupo abeliano com +; seja I um subgrupo aditivo de A. Como visto no primeiro modulo, sabemos fazer

Leia mais

Um polinômio com coeficientes racionais é uma escrita formal

Um polinômio com coeficientes racionais é uma escrita formal Polinômios. Um polinômio com coeficientes racionais é uma escrita formal P (X) = a i X i = a 0 + a 1 X + a 2 X 2 +... + a n X n onde a i Q para todo i {0, 1,..., n}. Isso nos dá uma função f : N Q definida

Leia mais

Resolução dos Exercícios 31/05-09/06.

Resolução dos Exercícios 31/05-09/06. Resolução dos Exercícios 31/05-09/06. 1. Seja A um domínio de integridade. Mostre que todo subgrupo finito de U(A) é cíclico. Seja K o corpo de frações de A. Então A é um subanel de K (identificado com

Leia mais

Anéis quocientes k[x]/i

Anéis quocientes k[x]/i META: Determinar as possíveis estruturas definidas sobre o conjunto das classes residuais do quociente entre o anel de polinômios e seus ideais. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de:

Leia mais

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3.

Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. Lista permanente de exercícios - parte de Grupos. As resoluções se encontram nas notas de aula A1, A2, A3. 1. Seja x um elemento de ordem 24. Calcule a ordem de x 22, x 201, x 402, x 611 e x 1000. 2. Faça

Leia mais

f(xnyn) = f(xyn) = f(xy) = f(x)f(y) = f(xn)f(yn).

f(xnyn) = f(xyn) = f(xy) = f(x)f(y) = f(xn)f(yn). Teoremas de isomorfismo. Teorema (Teorema de Isomorfismo). Seja f : A B um homomorfismo de grupos. Então A/ ker(f) = Im(f). Demonstração. Seja N := ker(f) e seja f : A/N Im(f), f(xn) := f(x). Mostramos

Leia mais

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero.

obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. Lista 1 - Teoria de Anéis - 2013 Professor: Marcelo M.S. Alves Data: 03/09/2013 obs: i) Salvo menção em contrário, anel = anel comutativo com unidade. ii) O conjunto dos naturais inclui o zero. 1. Os conjuntos

Leia mais

Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de

Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de Obs: tem exercícios na página 6. Mais uma aplicação do teorema de isomorfismo. Sejam G um grupo, H um subgrupo de G e N um subgrupo normal de G. Seja HN = {hn : h H, n N}. Então HN G, H N H e H/H N = HN/N.

Leia mais

Lista 1 MAT5734/MAT SEMESTRE DE Seja R um anel com 1 0. Exercício 5. Mostre que ( 1) 2 = 1 em R.

Lista 1 MAT5734/MAT SEMESTRE DE Seja R um anel com 1 0. Exercício 5. Mostre que ( 1) 2 = 1 em R. Lista 1 MAT5734/MAT0501 2 SEMESTRE DE 2017 Seja R um anel com 1 0. Exercício 1. Mostre que ( 1) 2 = 1 em R. Exercício 2. Seja u unidade em R. Mostre que u é unidade também. Exercício 3. Mostre que a interseção

Leia mais

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

ANÉIS. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo ANÉIS DEFINIÇÃO 1 Um sistema matemático (A,, ) constituído de um conjunto não vazio A e duas leis de composição interna sobre A, uma adição: (x, y) x y e uma multiplicação

Leia mais

1. Prove que (a+b) c = a c+b c para todo a, b, c em ZZ /mzz. (Explique cada passo).

1. Prove que (a+b) c = a c+b c para todo a, b, c em ZZ /mzz. (Explique cada passo). 1 a Lista de Exercícios de Álgebra II - MAT 231 1. Prove que (a+b) c = a c+b c para todo a, b, c em ZZ /mzz. (Explique cada passo). 2. Seja A um anel associativo. Dado a A, como você definiria a m, m IN?

Leia mais

Algoritmo da divisão em k[x] 2

Algoritmo da divisão em k[x] 2 AULA Algoritmo da divisão em k[x] 2 META: Introduzir um algoritmo de divisão para anéis de polinômios definidos sobre corpos. OBJETIVOS: Ao fim da aula os alunos deverão ser capazes de: Aplicar o algoritmo

Leia mais

(g) (G, +, ) sendo G = {a + ib a, b Z}, o conjunto dos inteiros de Gauss, + e a adição e a multiplicação usuais de números complexos.

(g) (G, +, ) sendo G = {a + ib a, b Z}, o conjunto dos inteiros de Gauss, + e a adição e a multiplicação usuais de números complexos. Álgebra II Departamento de Matemática da Universidade de Coimbra Ano lectivo 2004/05 1 ō semestre Anéis e corpos 1. Averigúe se os seguintes conjuntos têm estrutura de anel para as operações indicadas.

Leia mais

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial

uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando o conceito de espaço vetorial V Bienal da SBM Sociedade Brasileira de Matemática UFPB - Universidade Federal da Paraíba 18 a 22 de outubro de 2010 uma breve introdução a estruturas algébricas de módulos sobre anéis - generalizando

Leia mais

BOA PROVA! Respostas da Parte II

BOA PROVA! Respostas da Parte II Nome: Identidade (Passaporte: Assinatura: Instruções (i O tempo destinado a esta prova é de 5 horas. (ii 5 porcento da pontuação total é da parte I (Perguntas dissertativas. BOA PROVA! Respostas da Parte

Leia mais

Corpos estendidos no espaço em grupos

Corpos estendidos no espaço em grupos Corpos estendidos no espaço em grupos Carlos Shine Vamos ver como conceitos de teoria dos números (especialmente números mod p) podem ser generalizados com conceitos de Álgebra. 1 Corpos Em termos simples,

Leia mais

1 Funções quadráticas para ajudar nas contas

1 Funções quadráticas para ajudar nas contas Funções quadráticas e polinômios Carlos Shine No que segue na parte teórica, f(x) = ax 2 +bx+c, a 0, a,b,c R. Seja também = b 2 4ac o discriminante de f. 1 Funções quadráticas para ajudar nas contas (Equação

Leia mais

Álgebra linear A Primeira lista de exercícios

Álgebra linear A Primeira lista de exercícios Álgebra linear A Primeira lista de exercícios Prof. Edivaldo L. dos Santos (1) Verifique, em cada um dos itens abaixo, se o conjunto V com as operações indicadas é um espaço vetorial sobre R. {[ ] a b

Leia mais

Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho

Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho Álgebra Linear - 2 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho 1 - Verifique que os conjuntos V abaixo com as operações dadas não são espaços vetoriais explicitando a falha em alguma das propriedades.

Leia mais

Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática. Teorema de Jacobson. Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800)

Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática. Teorema de Jacobson. Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800) Universidade Estadual de Campinas Departamento de Matemática Teorema de Jacobson Adriana Wagner(RA: 144768) Gustavo Terra Bastos(RA: 143800) Campinas - SP 2013 1 Resumo Nesta monografia apresentamos a

Leia mais

Cristina Maria Marques Departamento de Matemática-UFMG 1999 ( com revisão em 2005)

Cristina Maria Marques Departamento de Matemática-UFMG 1999 ( com revisão em 2005) Introdução à Teoria de Anéis Cristina Maria Marques Departamento de Matemática-UFMG 1999 ( com revisão em 2005) 2 Prefácio Esta apostila consta das notas de aula feitas para as disciplinas Álgebra I e

Leia mais

Definimos a soma de seqüências fazendo as operações coordenada-a-coordenada:

Definimos a soma de seqüências fazendo as operações coordenada-a-coordenada: Aula 8 polinômios (Anterior: chinês. ) 8.1 séries formais Fixemos um anel A. Denotaremos por A N o conjunto de todas as funções de N = {, 1, 2,... } a valores em A. Em termos mais concretos, cada elemento

Leia mais

Resolução do 1 o exame

Resolução do 1 o exame 2013-14 Introdução à Álgebra Resolução do 1 o exame 1. Diga, em cada caso, se a afirmação é verdadeira ou falsa, justificando a sua resposta com uma demonstração, ou um contra-exemplo. Nesta questão, G

Leia mais

Elementos de Matemática Finita

Elementos de Matemática Finita Elementos de Matemática Finita Exercícios Resolvidos - Princípio de Indução; Algoritmo de Euclides 1. Seja ( n) k n! k!(n k)! o coeficiente binomial, para n k 0. Por convenção, assumimos que, para outros

Leia mais

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função

Vamos começar relembrando algumas estruturas algébricas Grupos. Um grupo é um conjunto G munido de uma função UMA INTRODUÇÃO A ÁLGEBRAS TIAGO MACEDO Resumo. Neste seminário vamos introduzir uma nova estrutura algébrica, álgebras. Começaremos recapitulando estruturas definidas em seminários anteriores. Em seguida,

Leia mais

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação

(Ciência de Computadores) 2005/ Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação Álgebra (Ciência de Computadores) 2005/2006 Números inteiros 1. Diga quais dos conjuntos seguintes satisfazem o Princípio de Boa Ordenação (a) {inteiros positivos impares}; (b) {inteiros negativos pares};

Leia mais

Polinômios irredutíveis

Polinômios irredutíveis Polinômios irredutíveis Sérgio Tadao Martins 23 de janeiro de 2009 1 Introdução: polinômios em uma variável Um polinômio de grau n em uma variável x é uma expressão da forma p(x) = a 0 + a 1 x + a 2 x

Leia mais

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo

GRUPOS ALGUNS GRUPOS IMPORTANTES. Professora: Elisandra Bär de Figueiredo Professora: Elisandra Bär de Figueiredo GRUPOS DEFINIÇÃO 1 Sejam G um conjunto não vazio e (x, y) x y uma lei de composição interna em G. Dizemos que G é um grupo em relação a essa lei se (a) a operação

Leia mais

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA

INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA INE5403 FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA DISCRETA PARA A COMPUTAÇÃO PROF. DANIEL S. FREITAS UFSC - CTC - INE Prof. Daniel S. Freitas - UFSC/CTC/INE/2007 p.1/42 7 - ESTRUTURAS ALGÉBRICAS 7.1) Operações Binárias

Leia mais

1 Noções preliminares

1 Noções preliminares Álgebras, subálgebras e endomorfirsmos Ana Cristina - MAT/UFMG Durante este texto, vamos considerar F um corpo de característica zero. Iniciaremos com algumas definições da teoria de anéis que serão importantes

Leia mais

2007/2008 Resolução do 1 o exame

2007/2008 Resolução do 1 o exame Introdução à Álgebra 2007/2008 Resolução do 1 o exame 1. Diga, em cada caso, se a afirmação é verdadeira ou falsa, justificando a sua resposta com uma demonstração, ou um contra-exemplo. Nesta questão,

Leia mais

Volume único. Hernando Bedoya Ricardo Camelier. Álgebra II

Volume único. Hernando Bedoya Ricardo Camelier. Álgebra II Volume único Hernando Bedoya Ricardo Camelier Álgebra II Álgebra II Volume único Hernando Bedoya Ricardo Camelier Apoio: Fundação Cecierj / Consórcio Cederj Rua Visconde de Niterói, 1364 Mangueira Rio

Leia mais

Parte 2 N Z Q R C. Não faremos a construção axiomática dos números naturais, usaremos apenas as noções intuitivas.

Parte 2 N Z Q R C. Não faremos a construção axiomática dos números naturais, usaremos apenas as noções intuitivas. Parte 2 Anéis A Matemática faz parte do nosso cotidiano e, em particular, recorremos aos números para descrever diversas situações do dia a dia. Contamos com os números naturais, repartimos um bolo usando

Leia mais

Equação algébrica Equação polinomial ou algébrica é toda equação na forma anxn + an 1 xn 1 + an 2 xn a 2 x 2 + a 1 x + a 0, sendo x

Equação algébrica Equação polinomial ou algébrica é toda equação na forma anxn + an 1 xn 1 + an 2 xn a 2 x 2 + a 1 x + a 0, sendo x EQUAÇÃO POLINOMIAL Equação algébrica Equação polinomial ou algébrica é toda equação na forma a n x n + a n 1 x n 1 + a n 2 x n 2 +... + a 2 x 2 + a 1 x + a 0, sendo x C a incógnita e a n, a n 1,..., a

Leia mais

Teoria de Anéis Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná

Teoria de Anéis Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná Teoria de Anéis 2013 - Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná Prof. Marcelo Muniz Silva Alves digitação: Marcelo Muniz Silva Alves Francieli Triches Milayne Guimarães 1.

Leia mais

Reticulados e Álgebras de Boole

Reticulados e Álgebras de Boole Capítulo 3 Reticulados e Álgebras de Boole 3.1 Reticulados Recorde-se que uma relação de ordem parcial num conjunto X é uma relação reflexiva, anti-simétrica e transitiva em X. Um conjunto parcialmente

Leia mais

QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS

QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS LENIMAR NUNES DE ANDRADE INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA: QUESTÕES COMENTADAS E RESOLVIDAS 1 a edição ISBN 978-85-917238-0-5 João Pessoa Edição do Autor 2014 Prefácio Este texto foi elaborado para a disciplina Introdução

Leia mais

Introdução à Algebra para Criptografia de Curvas Elipticas

Introdução à Algebra para Criptografia de Curvas Elipticas Introdução à Algebra para Criptografia de Curvas Elipticas Pedro Antonio Dourado de Rezende Departamento de Ciência da Computação Universidade de Brasilia Abril 2003 ECC Introdução: Grupos 1 Simbologia:

Leia mais

CRITÉRIO DE EISENSTEIN. Marília Martins Cabral Orientador: Igor Lima

CRITÉRIO DE EISENSTEIN. Marília Martins Cabral Orientador: Igor Lima CRITÉRIO DE EISENSTEIN 1 Marília Martins Cabral Orientador: Igor Lima NOTAÇÕES a b a divide b. a b a não divide b x n a variável x elevado a potência n. a n coeficiente de x n 2 INTRODUÇÃO: POLINÔMIOS

Leia mais

Resolução do 1 o exame

Resolução do 1 o exame Introdução à Álgebra, 2015-16 Resolução do 1 o exame 1. Diga, em cada caso, se a afirmação é verdadeira ou falsa, justificando a sua resposta com uma demonstração, ou um contra-exemplo. Nesta questão,

Leia mais

UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE CORPOS FINITAS E ALGÉBRICAS

UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE CORPOS FINITAS E ALGÉBRICAS UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA CAMPUS VI - POETA PINTO DO MONTEIRO CENTRO DE CIÊNCIAS HUMANAS E EXATAS CURSO DE LICENCIATURA PLENA EM MATEMÁTICA JÚLIO FERNANDES DA SILVA UMA INTRODUÇÃO À EXTENSÕES DE

Leia mais

PROVA EXTRAMUROS-MESTRADO (i) O tempo destinado a esta prova é de 5 horas.

PROVA EXTRAMUROS-MESTRADO (i) O tempo destinado a esta prova é de 5 horas. PROVA EXTRAMUROS-MESTRADO - 2016 NOME: IDENTIDADE (OU PASSAPORTE): ASSINATURA: Instruções (i) O tempo destinado a esta prova é de 5 horas. (ii) A parte I (duas questões dissertativas) corresponde a 25%

Leia mais

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo.

Teorema 1. Seja A um anel comutativo. Então A é um domínio de integridade se e somente se A é isomorfo a um subanel de um corpo. 1. Domínios Um domínio de integridde (ou simplesmente domínio) é um nel comuttivo unitário A tl que se, b A e b = 0 então = 0 ou b = 0. Por exemplo Z e Z[X] são domínios e mis em gerl se A é um domínio

Leia mais

SUMÁRIO. Álgebra I 3 1. Grupos Exercícios Subgrupos Exercícios Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3.

SUMÁRIO. Álgebra I 3 1. Grupos Exercícios Subgrupos Exercícios Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3. SUMÁRIO 3 1. Grupos 4 1.1 Exercícios 20 2. Subgrupos 23 2.1 Exercícios 31 3. Homomorfismo de Grupos e Aplicações 35 3.1 Exercícios 43 ÁLGEBRA I Grupos, Subgrupos e Homomorfismos de Grupos André Luiz Galdino

Leia mais

5. Funções lineares em R n. ALGA (M1002) Ano letivo 2016/17 1 / 39

5. Funções lineares em R n. ALGA (M1002) Ano letivo 2016/17 1 / 39 5. Funções lineares em R n ALGA (M1002) Ano letivo 2016/17 1 / 39 5.1 Definição e propriedades básicas 5.1 Definição e propriedades básicas Definição: uma função f : E F entre espaços vetoriais E e F diz-se

Leia mais

Notas sobre os anéis Z m

Notas sobre os anéis Z m Capítulo 1 Notas sobre os anéis Z m Estas notas complementam o texto principal, no que diz respeito ao estudo que aí se faz dos grupos e anéis Z m. Referem algumas propriedades mais específicas dos subanéis

Leia mais

O grupo G é dito abeliano o comutativo se ab = ba para todo a, b G.

O grupo G é dito abeliano o comutativo se ab = ba para todo a, b G. Conteúdo 1 Grupos 1 1.1 Grupo simétrico........................... 3 1.2 Ordem de um elemento e grupos cíclicos.............. 4 1.3 Subgrupos e teorema de Lagrange................. 6 1.4 Subgrupos normais

Leia mais

Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira. MAT146 - Cálculo I - Integração por Frações Parciais

Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira. MAT146 - Cálculo I - Integração por Frações Parciais MAT146 - Cálculo I - Integração por Frações Parciais Alexandre Miranda Alves Anderson Tiago da Silva Edson José Teixeira Iremos agora desenvolver um método para resolver integrais de funções racionais,

Leia mais

Soluções dos trabalhos de 1 a 7

Soluções dos trabalhos de 1 a 7 Universidade Federal Rural do Semiárido-UFERSA Departamento de Ciências Exatas e Naturais Curso: Bacharelado em Ciência e Tecnologia e Computação Disciplina: Álgebra Linear Aluno(a): Soluções dos trabalhos

Leia mais

Matemática E Extensivo V. 8

Matemática E Extensivo V. 8 Matemática E Extensivo V. 8 Resolva Aula 9 9.) D x + x 7x 6 = x = é raiz. Aula.) x + px + = Se + i é raiz, então i também é. 5 7 6 Soma = b a = p p = + i + i p = p = Q(x) = x + 5x + Resolvendo Q(x) =,

Leia mais

GABARITO. 01) a) c) VERDADEIRA P (x) nunca terá grau zero, pelo fato de possuir um termo independente de valor ( 2).

GABARITO. 01) a) c) VERDADEIRA P (x) nunca terá grau zero, pelo fato de possuir um termo independente de valor ( 2). 01) a) P (1) = 1 + 7 1 17 1 P (1) = 1 + 7 17 P (1) = 11 P (1) é sempre igual a soma dos coeficientes de P (x) b) P (0) = 0 + 7 0 17 0 P (0) = 0 + 0 0 P (0) = P (0) é sempre igual ao termo independente

Leia mais

Aula 12 HOMOMORFISMO DE ANÉIS PRÉ REQUISITOS. As aulas 6, 10 e 11. META. Estabelecer o conceito de Homomorfismo de Anéis.

Aula 12 HOMOMORFISMO DE ANÉIS PRÉ REQUISITOS. As aulas 6, 10 e 11. META. Estabelecer o conceito de Homomorfismo de Anéis. Aula 12 HOMOMORFISMO DE ANÉIS META Estabelecer o conceito de Homomorfismo de Anéis. OBJETIVOS Reconhecer e classificar homomorfismos de anéis. Aplicar as propriedades básicas dos homomorfismos na resolução

Leia mais

1 Subespaços Associados a uma Matriz

1 Subespaços Associados a uma Matriz 1 Subespaços Associados a uma Matriz Seja V = R n e para quaisquer u, v, e w em V e quaisquer escalares r,s em R 1, 1. u + v é um elemento de V sempre que u e v são elementos de V a adição é fechada, 2.

Leia mais

Renato Martins Assunção

Renato Martins Assunção Análise Numérica Renato Martins Assunção DCC - UFMG 2012 Renato Martins Assunção (DCC - UFMG) Análise Numérica 2012 1 / 84 Equação linear Sistemas de equações lineares A equação 2x + 3y = 6 é chamada linear

Leia mais

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano

Módulo de Equações do Segundo Grau. Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano Módulo de Equações do Segundo Grau Equações do Segundo Grau: Resultados Básicos. Nono Ano Equações do o grau: Resultados Básicos. 1 Exercícios Introdutórios Exercício 1. A equação ax + bx + c = 0, com

Leia mais

Produto semidireto. Demonstração. (1, 1) é o elemento neutro pois

Produto semidireto. Demonstração. (1, 1) é o elemento neutro pois Produto semidireto. Produto semidireto interno. Seja G um grupo e sejam N G, H G. Se NH = G e H N = {1} dizemos que G é o produto semidireto interno entre N e H. No grupo G todo elemento pode ser escrito

Leia mais

Recorrendo à nossa imaginação podemos tentar escrever números racionais de modo semelhante: 1 2 = 1 + 3 + 32 +

Recorrendo à nossa imaginação podemos tentar escrever números racionais de modo semelhante: 1 2 = 1 + 3 + 32 + 1 Introdução Comecemos esta discussão fixando um número primo p. Dado um número natural m podemos escrevê-lo, de forma única, na base p. Por exemplo, se m = 15 e p = 3 temos m = 0 + 2 3 + 3 2. Podemos

Leia mais

Criptografia e Segurança de Rede Capítulo 4. Quarta Edição por William Stallings

Criptografia e Segurança de Rede Capítulo 4. Quarta Edição por William Stallings Criptografia e Segurança de Rede Capítulo 4 Quarta Edição por William Stallings Capítulo 4 Corpos Finitos Na manhã seguinte, ao nascer o dia, Star entrou em casa, aparentemente ávida por uma lição. Eu

Leia mais

CARACTERÍSTICA DE UM ANEL

CARACTERÍSTICA DE UM ANEL Professora: Elisandra Bär de Figueiredo CARACTERÍSTICA DE UM ANEL PROPOSIÇÃO 1 Seja A um anel com unidade. Se m, n Z, então (mn)1 A = (m1 A )(n1 A ). Seja A um anel. Considere o seguinte subconjunto de

Leia mais

4 de outubro de MAT140 - Cálculo I - Método de integração: Frações Parciais

4 de outubro de MAT140 - Cálculo I - Método de integração: Frações Parciais MAT140 - Cálculo I - Método de integração: Frações Parciais 4 de outubro de 2015 Iremos agora desenvolver técnicas para resolver integrais de funções racionais, conhecido como método de integração por

Leia mais

Teoria de Anéis - Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná

Teoria de Anéis - Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná Teoria de Anéis - Notas de Aula Departamento de Matemática Universidade Federal do Paraná Prof. Marcelo Muniz Silva Alves digitação: Marcelo Muniz Silva Alves Francieli Triches Milayne Guimarães 1. Números

Leia mais

XIX Semana Olímpica de Matemática. Nível U. Alguns Teoremas Básicos de Grupos e Suas Aplicações. Samuel Feitosa

XIX Semana Olímpica de Matemática. Nível U. Alguns Teoremas Básicos de Grupos e Suas Aplicações. Samuel Feitosa XIX Semana Olímpica de Matemática Nível U Alguns Teoremas Básicos de Grupos e Suas Aplicações Samuel Feitosa O projeto da XIX Semana Olímpica de Matemática foi patrocinado por: Semana Olímpica 2016 Alguns

Leia mais

Álgebra Linear

Álgebra Linear Álgebra Linear - 0191 Lista 3 - Dependência e Independência Linear Bases e Soma Direta 1) Exiba três vetores u v w R 3 com as seguintes propriedades: nenhum deles é múltiplo do outro nenhuma das coordenadas

Leia mais

Seu pé direito nas melhores Faculdades

Seu pé direito nas melhores Faculdades 10 Insper 01/11/009 Seu pé direito nas melhores Faculdades análise quantitativa 40. No campeonato brasileiro de futebol, cada equipe realiza 38 jogos, recebendo, em cada partida, 3 pontos em caso de vitória,

Leia mais

= o A MATRIZ IDENTIDADE. a(i, :) = (aii, ai2,, ai.) i = 1,, m

= o A MATRIZ IDENTIDADE. a(i, :) = (aii, ai2,, ai.) i = 1,, m Matrizes e Sistemas de Equações 9 para toda matriz A n X n. Vamos discutir, também, a existência e o cálculo de inversas multiplicativas. A MATRIZ IDENTIDADE Uma matriz muito importante é a matriz / n

Leia mais

Legenda. Questões. 2ª Lista de Exercícios (ALI0001) Prof. Helder G. G. de Lima 1. Cálculos Conceitos Teoria

Legenda. Questões. 2ª Lista de Exercícios (ALI0001) Prof. Helder G. G. de Lima 1. Cálculos Conceitos Teoria 2ª Lista de Exercícios (ALI0001) Prof. Helder G. G. de Lima 1 Legenda Cálculos Conceitos Teoria Questões 1. Revise todos os axiomas da definição de espaço vetorial V sobre o corpo de escalares R, verificando

Leia mais

Teoria da divisibilidade Em k[x]

Teoria da divisibilidade Em k[x] Teoria da divisibilidade Em k[x] META: Obter a propriedade de fatoração única para anéis de polinômios definidos sobre corpos. OBJETIVOS: Ao final da aula o aluno deverá ser capaz de: Estabelecer os principais

Leia mais

INTRODUÇÃO A TEORIA DE GALOIS

INTRODUÇÃO A TEORIA DE GALOIS Marcio Antonio de Souza INTRODUÇÃO A TEORIA DE GALOIS Rio Grande, Rio Grande do Sul, Brasil Dezembro, 2017 Marcio Antonio de Souza INTRODUÇÃO A TEORIA DE GALOIS Trabalho de Conclusão de Curso submetido

Leia mais

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO

Topologia de Zariski. Jairo Menezes e Souza. 25 de maio de Notas incompletas e não revisadas RASCUNHO Topologia de Zariski Jairo Menezes e Souza 25 de maio de 2013 Notas incompletas e não revisadas 1 Resumo Queremos abordar a Topologia de Zariski para o espectro primo de um anel. Antes vamos definir os

Leia mais

Capítulo 1. f : A B. elementos A com elementos de B ilustradas nos seguintes diagramas.

Capítulo 1. f : A B. elementos A com elementos de B ilustradas nos seguintes diagramas. Capítulo 1 Funções Sejam A e B conjuntos não vazios. Uma função com domínio A e contradomínio B é uma regra f que a cada elemento em A associa um único elemento em B. A notação usual para uma função f

Leia mais

Notas para o Curso de Algebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009

Notas para o Curso de Algebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009 Notas para o Curso de Álgebra Linear Il Dayse Haime Pastore 20 de fevereiro de 2009 2 Sumário 1 Matrizes e Sistemas Lineares 5 11 Matrizes 6 12 Sistemas Lineares 11 121 Eliminação Gaussiana 12 122 Resolução

Leia mais

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ

Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ Anotações sobre equações funcionais Rodrigo Carlos Silva de Lima Universidade Federal Fluminense - UFF-RJ rodrigo.uff.math@gmail.com 1 Sumário 1 Equacões funcionais 3 1.1 f(x + y) = f(x).f(y)..............................

Leia mais

Soluções dos Exercícios do Capítulo 2

Soluções dos Exercícios do Capítulo 2 A MATEMÁTICA DO ENSINO MÉDIO Volume 1 Soluções dos Exercícios do Capítulo 2 2.1. Seja X = {n N; a + n Y }. Como a Y, segue-se que a + 1 Y, portanto 1 X. Além disso n X a + n Y (a + n) + 1 Y n + 1 X. Logo

Leia mais

Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l

Nota: Turma: MA 327 Álgebra Linear. Segunda Prova. Primeiro Semestre de T o t a l Turma: Nota: MA 327 Álgebra Linear Primeiro Semestre de 2006 Segunda Prova Nome: RA: Questões Pontos Questão 1 Questão 2 Questão 3 Questão 4 Questão 5 T o t a l Questão 1. A matriz de mudança da base ordenada

Leia mais

Notas de Aula de Algebra Avan cada ver ao de 2019

Notas de Aula de Algebra Avan cada ver ao de 2019 Notas de Aula de Álgebra Avançada verão de 2019 Sumário 1 Grupos 4 1.1 Definições e exemplos.......................................... 4 1.2 Subgrupos................................................. 5

Leia mais

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais:

Espaços Euclidianos. Espaços R n. O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: Espaços Euclidianos Espaços R n O conjunto R n é definido como o conjunto de todas as n-uplas ordenadas de números reais: R n = {(x 1,..., x n ) : x 1,..., x n R}. R 1 é simplesmente o conjunto R dos números

Leia mais

Primeira Lista de Exercícios

Primeira Lista de Exercícios 1 Espaços vetoriais Primeira Lista de Exercícios {( ) } a b Exercício 1.1. Considere M 2 := : a, b, c, d R, : M c d 2 M 2 M 2 dada por e : R M 2 M 2 dada por ( ) ( ) ( ) a1 b 1 a2 b 2 a1 + a := 2 b 1 +

Leia mais

7. Sejam U, W subespaços vetoriais de um espaço vetorial V sobre um corpo K. Prove que U W é um subespaço vetorial de V se e somente se U W ou W U.

7. Sejam U, W subespaços vetoriais de um espaço vetorial V sobre um corpo K. Prove que U W é um subespaço vetorial de V se e somente se U W ou W U. Lista de Álgebra Linear - Prof. Edson Iwaki 1. Quais dos subconjuntos são R subespaços vetoriais? Ache uma base para os que forem. (a) S = {(x, y, z) R 3 x 0} R 3 (b) S = {(x, y, z) R 3 x = 0} R 3 (c)

Leia mais

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. 1 a Lista de Exercícios - Comentada - Estruturas Algébricas II Professor Márcio Nascimento

UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ. 1 a Lista de Exercícios - Comentada - Estruturas Algébricas II Professor Márcio Nascimento UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ Coordenação de Matemática 1 a Lista de Exercícios - Comentada - Estruturas Algébricas II - 214.1 Professor Márcio Nascimento 1. Sejam a G com o(a) = n 1 e m Z. Se a

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL SOLUCIONÁRIO DE ÁLGEBRA. Realização:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL SOLUCIONÁRIO DE ÁLGEBRA. Realização: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL SOLUCIONÁRIO APOSTILA DE ÁLGEBRA Realização: 2012 1. Matrizes 1.3. Questões 1. A = e B = AB = = = BA = = = 2. A = B, tal

Leia mais

Curso de Álgebra Linear

Curso de Álgebra Linear Curso de Álgebra Linear Fundamentos e Aplicações Terceira Edição 25 de Outubro de 2012 Marco Cabral PhD Indiana University, EUA Paulo Goldfeld PhD Courant Institute, EUA Departamento de Matemática Aplicada

Leia mais

Relações Binárias, Aplicações e Operações

Relações Binárias, Aplicações e Operações Relações Binárias, Aplicações e Operações MAT 131-2018 II Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 Pouya Mehdipour 6 de dezembro de 2018 1 / 24 Referências ALENCAR FILHO, E. Teoria Elementar dos Conjuntos,

Leia mais

Gabarito da primeira prova de Álgebra III - 29/04/2010 Prof. - Juliana Coelho

Gabarito da primeira prova de Álgebra III - 29/04/2010 Prof. - Juliana Coelho Gabarito da primeira prova de Álgebra III - 29/04/2010 Prof. - Juliana Coelho QUESTÃO 1 (2,5 pts) - Seja G um grupo e considere seu centro Z(G) = {a G ab = ba para todo b G}. (a) Seja H um subgrupo de

Leia mais

Funções Polinomiais com Coeficientes Complexos. Dispositivo de Briot-Ruffini. 3 ano E.M. Professores Cleber Assis e Tiago Miranda

Funções Polinomiais com Coeficientes Complexos. Dispositivo de Briot-Ruffini. 3 ano E.M. Professores Cleber Assis e Tiago Miranda Funções Polinomiais com Coeficientes Complexos Dispositivo de Briot-Ruffini 3 ano E.M. Professores Cleber Assis e Tiago Miranda Funções Polinomiais com Coeficientes Complexos Dispositivo de Briot-Ruffini

Leia mais

parciais primeira parte

parciais primeira parte MÓDULO - AULA 3 Aula 3 Técnicas de integração frações parciais primeira parte Objetivo Aprender a técnica de integração conhecida como frações parciais. Introdução A técnica que você aprenderá agora lhe

Leia mais

REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR

REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR REVISÃO DE ÁLGEBRA LINEAR I) INTRODUÇÃO D1. Estabilidade para a operação + : x E, y E, x + y E D2. Definição de grupo comutativo (Abeliano): (E,+) é um grupo comutativo se e somente se: 1) Associatividade:

Leia mais

Troca de chaves Diffie-Hellman Grupos finitos Grupos cíclicos

Troca de chaves Diffie-Hellman Grupos finitos Grupos cíclicos Introdução à Chave Pública Troca de chaves Diffie-Hellman Grupos finitos Grupos cíclicos Troca de Chaves de Diffie-Hellman Parâmetros públicos p, α Alice: 1 Sorteia a = K pra {2, 3,..., p 2} 3 Envia para

Leia mais

Provas de. Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico

Provas de. Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico Provas de Introdução à Álgebra Manuel Ricou Departamento de Matemática Instituto Superior Técnico 19 de Janeiro de 2008 Conteúdo 1 Enunciados de Testes 3 1.1 1 o Teste: 12/4/2000.......................

Leia mais

Denominamos equação polinomial ou equação algébrica de grau n a toda equação da forma:

Denominamos equação polinomial ou equação algébrica de grau n a toda equação da forma: EQUAÇÕES POLINOMIAIS. EQUAÇÃO POLINOMIAL OU ALGÉBRICA Denominamos equação polinomial ou equação algébrica de grau n a toda equação da forma: p(x) = a n x n + a n x n +a n x n +... + a x + a 0 = 0 onde

Leia mais

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas

Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Reticulados, Álgebra Booleana e Formas Quadráticas Abstratas Clotilzio Moreira dos Santos Resumo O objetivo deste trabalho é introduzir formas quadráticas sobre reticulados. Demonstramos que a definição

Leia mais

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS

BANCO DE EXERCÍCIOS - 24 HORAS BANCO DE EXERCÍCIOS - HORAS 9º ANO ESPECIALIZADO/CURSO ESCOLAS TÉCNICAS E MILITARES FOLHA Nº GABARITO COMENTADO ) A função será y,5x +, onde y (preço a ser pago) está em função de x (número de quilômetros

Leia mais

é um grupo abeliano.

é um grupo abeliano. Notas de aulas de Álgebra Moderna Prof a Ana Paula GRUPO Definição 1: Seja G munido de uma operação: x, y x y sobre G A operação sobre G é chamada de grupo se essa operação se sujeita aos seguintes axiomas:

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR

UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR UNIVERSIDADE FEDERAL DO ESPÍRITO SANTO PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL - MATEMÁTICA PROJETO FUNDAMENTOS DE MATEMÁTICA ELEMENTAR Assuntos: Produtos Notáveis; Equações; Inequações; Função; Função Afim; Paridade;

Leia mais

Um Guia de Estudo SUMÁRIO: V Anel, Domínio, Corpo, Polinômio. VII Domínios Euclidianos VIII Irredutibilidade em Polinômios.

Um Guia de Estudo SUMÁRIO: V Anel, Domínio, Corpo, Polinômio. VII Domínios Euclidianos VIII Irredutibilidade em Polinômios. ÁLGEBRA Um Guia de Estudo 4 a Edição Marco Aurélio Palumbo Cabral mcabral@labma.ufrj.br Laboratório de Matemática Aplicada - Dep. 05 Instituto de Matemática - U.F.R.J. Caixa Postal 68530 - CEP 2145 - Rio

Leia mais

Martino Garonzi. Universidade de Brasília. Segundo semestre 2016

Martino Garonzi. Universidade de Brasília. Segundo semestre 2016 INTRODUÇÃO À GEOMETRIA ALGÉBRICA Martino Garonzi Universidade de Brasília Segundo semestre 2016 1 Conteúdo Capítulo 1. Categorias 5 1. Categorias 5 2. Propriedades universais 9 3. Funtorialidade 13 4.

Leia mais

Definição: Uma função de uma variável x é uma função polinomial complexa se pudermos escrevê-la na forma n

Definição: Uma função de uma variável x é uma função polinomial complexa se pudermos escrevê-la na forma n POLINÔMIO I 1. DEFINIÇÃO Polinômios de uma variável são expressões que podem ser escritas como soma finita de monômios do tipo : a t k k onde k, a podem ser números reais ou números complexos. Exemplos:

Leia mais

Capítulo 2: 2. Sim. Munido da operação de adição usual (Q, +) forma uma grupo, e como Q µ R e (R, +) é um grupo temos que Q Æ R.

Capítulo 2: 2. Sim. Munido da operação de adição usual (Q, +) forma uma grupo, e como Q µ R e (R, +) é um grupo temos que Q Æ R. Capítulo 2:. H 2 e H 3 não satisfazem o eorema 2.4. De fato, H 2 não contém o que é o elemento neutro de (Z, +). Quanto a H 3, apesar de œ H 3 temos +=2 /œ H 3. Portanto, ambos H 2 e H 3 não são subgrupos

Leia mais

1234, 1243, 1324, 1342, 1423, 1432, 2134, 2143, 2314, 2341, 2413, 2431,

1234, 1243, 1324, 1342, 1423, 1432, 2134, 2143, 2314, 2341, 2413, 2431, 1. Escreva os elementos de S 4 nas duas notações. Observe que S 4 = 4! = 24. Os elementos de S 4 tem a forma 1 a, 2 b, 3 c, 4 d onde a sequência abcd é uma das seguintes: 1234, 1243, 1324, 1342, 1423,

Leia mais

Números inteiros. Sandro Marcos Guzzo

Números inteiros. Sandro Marcos Guzzo Números inteiros Sandro Marcos Guzzo Cascavel - Pr Agosto de 2013 1 Construção do conjunto dos números inteiros O conjunto dos números inteiros, designado por Z será aqui construído a partir do conjunto

Leia mais