GÊNERO E EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTRIBUIÇÃO DE EDUCADORES NA FORMAÇÃO DE MENINAS E MENINOS. Creusivan Carvalho Nolêto
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- Luiz Felipe Van Der Vinne Mendonça
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1 GÊNERO E EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTRIBUIÇÃO DE EDUCADORES NA FORMAÇÃO DE MENINAS E MENINOS. Ceusivan Cavalho Nolêto Univesidade Fedeal do Maanhão; ceusivan@hotmail.com GÊNERO E EDUCAÇÃO INFANTIL: A CONTRIBUIÇÃO DE EDUCADORES NA FORMAÇÃO DE MENINAS E MENINOS 1. Ceusivan Cavalho Nolêto. Gaduada em Licenciatua Plena em Pedagogia Univesidade Fedeal do Maanhão - UFMA Resumo Este tabalho objetiva investiga quais os valoes e citéios utilizados pelos educadoes quando se posicionam em elação à questão de gêneo na educação infantil; mostando a visão de educadoes em difeentes níveis de ensino sobe a pespectiva da educação de meninas e meninos em pocesso de fomação. Utilizando como efeencial teóico os estudos de gêneo, a pati de difeentes conceitos como gêneo, sexo, sexualidade, identidade e pode. Foi possível constata que apesa de todo investimento paa nomatiza as cianças em padões de conduta homogêneas, existem aqueles e aquelas que tansgidem as fonteias dos significados deteminados nas discussões sobe gêneo e com essa constatação suge à necessidade de uma maio inseção dos educadoes na discussão, no que concene às divesas nomenclatuas e possibilidades de constução de novas subjetividades no modo de se homem e mulhe. Palavas-chave: Gêneo. Educação. Sexualidade. 1 Tabalho de pesquisa monogáfica apesentada ao cuso de Pedagogia da Univesidade Fedeal do Maanhão UFMA/CCSST, em cumpimento às exigências paa obtenção do gau em Licenciatua Plena em Pedagogia.
2 1 INTRODUÇÃO Buscamos entende gêneo como um conceito cental, tomando po efeência os aspectos cultuais e sociais das elações ente os sexos, em oposição a simples difeenciação biológica sexual. Tata-se de uma temática inseida na áea da educação, mais especificamente, na Sociologia da Educação, como uma constução elacional. Consideando que a foma de se menino ou menina é caacteizada po alguns papéis pé-deteminados faz-se necessáio discutimos essas condições uma vez que tais associações podem se equivocadas levando em conta que os indivíduos podem se sobessai às homogeneizações à medida que se pecebem não como agentes passivos, mas como agentes tansfomadoes de si e do outo. Os objetivos da pesquisa foam investiga quais os valoes e citéios utilizados pelos educadoes quando se posicionam em elação à questão de gêneo na educação infantil; e mosta a visão de educadoes em difeentes níveis de ensino sobe a pespectiva da educação de meninas e meninos em pocesso de fomação. 2 CONTEXTO HISTÓRICO DA EDUCAÇÃO DE GÊNERO As discussões a espeito de gêneo, muito constantes nos dias de hoje, emegem do diálogo ente os movimentos feministas, das teoias e pesquisas nas divesas áeas como da sociologia, antopologia, históia, ente outas. Em qualque uma dessas áeas a discussão sobe gêneo é iquíssima. Uma de suas pecusoas, que touxe a ideia cental do conceito de gêneo, foi Simone de Beauvoi, que em 1949 esceveu o livo O Segundo Sexo. É dela a famosa fase não se nasce mulhe, tona-se mulhe. No Basil as questões de gêneo ganhaam maio pojeção po volta do ano de 1970, com as lutas em tono da poblemática da condição feminina, anistia, custo de vida, po ceches, voto, dente outos; na educação sugiam os estudos sobe os pocessos de socialização das meninas e o estudo do sexismo nos livos didáticos. Outa contibuição macante foi o texto de Joan Scott (1986), intitulado Gêneo: uma categoia útil de análise históica, texto esse de efeência clássica. Defini um conceito impa e intansigente sobe gêneo seia no mínimo inviável, uma vez que este temo se constitui em face de inúmeos pocessos de constução e econstução de significados moldados e apimoados confome um dado momento
3 históico-político-social, esultante das expeiências e da históia de vida de cada sujeito, tomando como difeenciado desses significados suas singulaidades. Déboah Tomé Sayão (2010, p. 69) expõe que as elações de gêneo são entendidas [...] como uma constução social pelas quais é possível compeende como hieaquia, difeença e pode se moldam, confomam, instalam e atuam nas identidades e nos espaços institucionais. Assim, [...] É indispensável que econheçamos que a escola não apenas epoduz ou eflete as concepções de gêneo e sexualidade que ciculam na sociedade, mas que ela pópia as poduz, podemos estende as análises de Foucault, que demonstaam o quanto as escolas ocidentais se ocupaam de tais questões desde seus pimeios tempos, aos cotidianos escolaes atuais, nos quais podemos pecebe o quanto e como se está tatando (e constituindo) as sexualidades dos sujeitos. [...]. (LOURO, 2008, p ). O conceito de gêneo é muito mais complexo e amplo. Paalelamente, complementa-se o entendimento no qual a escola é, ente outas instituições, um espaço pivilegiado de fomação cidadã e, clao, um espaço de luta conta qualque espécie de peconceito. 3 METODOLOGIA, ANÁLISE E RESULTADOS Apesentamos neste capítulo a metodologia utilizada paa obtemos as infomações necessáias à validação da nossa pesquisa. Bem como os instumentos utilizados como feamenta necessáias ao fim poposto pela mesma, além da análise e esultados à luz de alguns teóicos/estudiosos como foma de valida a metodologia, instumentos, análise e esultados obtidos em nossa investigação. 3.1 Metodologia e instumentos A pesquisa ealizada foi, inicialmente, bibliogáfica seguida da pesquisa de campo com a utilização de questionáio aplicado com adultos educadoes e entevista diecionada às pofessoas da Educação Infantil em uma escola da ede municipal de Impeatiz. O questionáio semiestutuado foi aplicado a 136 (cento e tinta e seis) paticipantes, cujo citéio ea se adulto, pefeencialmente, com filhos.
4 3.2 Análise e esultados da pesquisa Nesta seção, discutimos alguns dados coletados, tanto nas entevistas como nos questionáios e apesentamos os esultados obtidos da análise desses dados. Po fim, analisamos as atividades a pati de dados qualitativos, coletados na entevista e, também, nos questionáios veificando se eles confimam ou não os objetivos da pesquisa Gêneo e educação na concepção das pofessoas da Educação Infantil Na pimeia abodagem foi questionado às pofessoas qual o entendimento destas em elação a gêneo, ou seja, o que entendiam sobe educação de gêneo. A pofessoa P1 diz que hoje em dia é um temo bastante discutido. Po educação de gêneo entendo se uma educação voltada paa a aceitação das difeenças, em especial, das difeenças de sexo, e a pofessoa P4 expõe que gêneo é um temo bastante complicado. [...] O pessoal está fazendo essas opções de escolha po moda. [...]. Esse desvio de conduta não só das cianças e jovens, mas dos adultos está sendo mais incentivada pela mídia. Os elatos acima nos ofeecem um panoama do gau de entendimento destas pofessoas em elação à educação de gêneo. Podemos defei dos mesmos algumas ideias elevantes, uma vez, obsevado em suas falas o entendimento que as mesmas possuem em elação à educação de gêneo na escola. As cenças enfatizam que as ações educativas são iguais é uma mistua sobe a fomação de meninas e meninos em decoência da pópia natueza que afloa e a influência da moda e da mídia. Assim, [...] constui e econstui os aspectos que noteiam a cultua infantil é papel fundamental das pofissionais na educação infantil e [...] na atuação com os/as pequenininhos/as. Paa tanto, é necessáio que as pofessoas sejam capazes de, empaticamente, faze a leitua das linguagens infantis, colocando-se disponíveis, copoalmente, paa compeendeem seus sentidos e significados. Isso passa po um pocesso de fomação que pecisa tenta vence algumas baeias cultualmente impostas ao sexo feminino, especialmente aos copos femininos. (SAYÃO, 2002, p. 61). Passamos, então, ao póximo questionamento feito as mesmas pofessoas. Quando indagadas a espeito de como deve se a educação de meninos e meninas dento da escola. Obtivemos as seguintes espostas, como segue: P1: Dento da escola eu acedito em uma educação igual paa ambos, meninos e meninas, pois a apendizagem não se dá a meu ve em difeentes níveis po conta das difeenças de
5 sexo. Enquanto que a pofessoa P4 nos coloca que Dento da escola a educação de meninos e meninas deve se igual até ceto ponto, difeenciada em outos. [...]. É uma constução que vem de casa. E, na escola, a gente tenta modifica e até que consegue, mais é complicado. Consideamos que não há um consenso sobe a educação de meninas e meninos, pois alguns educadoes defendem um caáte mais igualitáio e outos um acompanhamento mais assistido com destaque paa uma difeenciação nas atividades escolaes envolvendo meninas e meninos A visão de gêneo na concepção dos demais investigados Em elação ao questionáio, este foi estutuado em duas pates. A pimeia pate tata de identifica o pefil dos espondentes com peguntas diecionadas a fonece infomações a espeito da sua estutua familia, tipo de educação, gau de escolaidade, pofissão, idade, sexo e outos. Na segunda pate sugem as peguntas que questionam sua posição a cada uma delas, no tocante, a educação de meninos e meninas em elação à questão de gêneo na educação. Assim, faemos nossa veificação utilizando as questões de nº 17, 18 e 20 do questionáio, cujos posicionamentos são divididos em item (a) e (b), espectivamente, a favo ou conta. Nelas questionamos se A educação escola paa meninas exige uma pogamação e um tabalho cuicula difeente em elação aos meninos ; A educação paa meninas e meninos deve se a mesma no ambiente escola ; e A educação paa meninas e meninos deve se a mesma no ambiente familia. Veificamos que, quase a totalidade dos espondentes mais, pecisamente, 128 foam conta o pimeio posicionamento, enquanto que o contáio se deu nos itens 18 e 20, onde, espectivamente, cento e vinte e sete (127) e cento e tinta e seis (136) espondentes se mostaam a favo de uma educação escola e familia igualitáia. Constatamos ainda, que dessa totalidade, todos/as os/as quaenta e dois (42) pofessoes/as foam conta a pimeia afimativa e de tinta e seis (36) a quaenta (40) a favo da segunda. Assim, podemos defei que a escola é um dos váios espaços sociais ocupados po meninas e meninos onde deve have uma educação igual paa ambos.
6 Os sujeitos ao nasceem tazem consigo caacteísticas biológicas que deteminam sua vivência como homem ou mulhe na sociedade. Poém outas caacteísticas podem leva estes a se constituíem em oposição ao biológico, uma vez que os: Sujeitos masculinos ou femininos podem se heteossexuais, homossexuais, bissexuais (e, ao mesmo tempo, eles também podem se negos, bancos, ou índios, icos ou pobes etc.). O que impota aqui considea é que tanto na dinâmica do gêneo como na dinâmica da sexualidade as identidades são sempe constuídas, elas não são dadas ou acabadas num deteminado momento. As identidades estão sempe se constituindo, elas são instáveis e, potanto, passíveis de tansfomação. (LOURO, 1997, p. 27). A escola como sabemos não é neuta, po consequência a educação também não. Fecha os olhos paa as difeenças, paa as singulaidades de cada sujeito, é efoça o sexismo, excluindo assim aqueles e aquelas que não se encaixam nos padões deteminados e consagados pela sociedade. Destate, chegamos ao final desta seção cetos de que há muito mais a se estudado sobe educação de gêneo, não somente, na Educação Infantil, mas em todos os níveis escolaes. CONCLUSÃO Conclui esta pesquisa não é uma taefa fácil, visto que muito ainda se tem a dize. Chegamos ao final dessa pesquisa com um olha mais apofundado a espeito das constuções de gêneo, das váias fomas de se tona homem e mulhe, das váias maneias de se vive a sexualidade. Duante a coleta dos dados, podemos constata a dificuldade das pofessoas da Educação Infantil em taça um conceito de gêneo e/ou educação de gêneo, visto que o assunto, ainda, se enconta em um emaanhado de significados de ceta foma polêmicos. Aceditamos que isso ocoa devido à falta de conhecimento do assunto e, também, po existi uma baeia muito gande quanto a discussão do mesmo na escola. Poém esse entendimento não é genealizado. Enfim, como sabe no início do caminho qual dieção mais acetada a toma. Uma vez finalizado, mais não concluído, pois conclusão não cabe aqui, outos olhaes e outos caminhos podem se taçados a pati da pesquisa em pauta. Desse modo, espeamos que o estudo ealizado possa contibui paa outas discussões e poblematizações a espeito da temática abodada nessa pesquisa.
7 REFERÊNCIAS BEAUVOIR, Simone de. O segundo sexo: fatos e mitos. 4ª ed. Tadução de Ségio Milliet. São Paulo: Difusão euopéia do livo, BRASIL. Refeencial cuicula nacional paa a educação infantil / Ministéio da Educação e do Despoto, Secetaia de Educação Fundamental. 3 vol. Basília: MEC/SEF, LOURO, Guacia Lopes. Gêneo, sexualidade e educação: uma pespectiva pósestutualista. 6 ed. Petópolis, RJ: Vozes, 1997., Gêneo, sexualidade e educação: uma pespectiva pós-estutualista. 10 ed. Petópolis: Vozes, SAYÃO, Déboah Thomé. Copo e movimento: notas paa Poblematiza algumas questões elacionadas à educação infantil e à Educação física. Rev. Bas. Cienc. Espote, Campinas, v. 23, n. 2, p , jan Disponível em: < Acesso em: 10 ma , Déboah Thomé. Não basta se mulhe... não basta gosta de cianças... Cuidado/educação como pincípio indissociável na Educação Infantil. Educação, Santa Maia, v. 35, n. 1, p , jan./ab Disponível em: < Acesso em: 10 ma SCOTT, Joan Wallach. Gêneo: uma categoia útil de análise históica. Educação & Realidade. Revisão de Tomaz Tadeu da Silva. vol. 20, n. 2, jul./dez. pp Poto Alege: Pannonica,
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