Introdução às Equações Diferenciais

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Introdução às Equações Diferenciais"

Transcrição

1 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais Descrição do capítulo 1.1 Definições e terminologia 1.2 Problemas de valor inicial 1.3 Equações diferenciais como modelos matemáticos Eercícios de revisão O objetivo deste curto capítulo é duplo: introduzir a terminologia básica das equações diferenciais e investigar superficialmente como as equações diferenciais surgem como uma tentativa de descrever ou modelar fenômenos físicos em termos matemáticos.

2 18 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais 1.1 Definições e terminologia Introdução As palavras diferencial e equação certamente sugerem a solução de algum tipo de equação que contenha derivadas. Porém, antes que comecemos a resolver qualquer coisa, precisamos aprender algumas das definições e terminologias básicas deste assunto. Uma definição A derivada d/d de uma função f() é por si própria uma outra função f () determinada por uma regra apropriada. Por eemplo, a função e 0,12 é diferenciável no intervalo ( q, q), sendo sua derivada dada por d/d 0,2e 0,12. Se substituirmos e 0,12 pelo símbolo, obtemos Imagine agora que um amigo seu simplesmente tenha entregue a você a equação diferencial indicada em (1), e que você não tenha idéia de como ela foi construída. Seu amigo pergunta: qual é a função representada pelo símbolo? Você está agora em frente a um dos problemas básicos de um curso de equações diferenciais: como resolver tal equação para a função incógnita f()? O problema é de certo modo equivalente ao problema inverso do cálculo diferencial: dada uma derivada, determine uma anti-derivada. Antes de prosseguirmos mais além, vamos apresentar uma definição mais precisa do conceito de uma equação diferencial. (1) DEFINIÇÃO 1.1 Equação diferencial Uma equação que contenha as derivadas de uma ou mais variáveis dependentes, em relação a uma ou mais variáveis independentes, é dita ser uma equação diferencial (ED). A fim de estudarmos essas equações, elas serão classificadas por tipo, ordem e linearidade. Classificação por tipo Se uma equação contiver apenas derivadas ordinárias de uma ou mais variáveis dependentes em relação a uma única variável independente, trata-se de uma equação diferencial ordinária (EDO). Por eemplo, são equações diferenciais ordinárias. Uma equação envolvendo derivadas parciais de uma ou mais variáveis dependentes de duas ou mais variáveis independentes é denominada uma equação diferencial parcial (EDP). Por eemplo, (2) (3) são equações diferenciais parciais. Notação Ao longo deste teto, derivadas ordinárias serão escritas utilizando-se a notação de Leibniz d/d, d 2 /d 2, d 3 /d 3,..., ou a notação prima,,,... Utilizando-se a última notação, as duas primeiras equações diferenciais em (2) podem ser escritas de forma um pouco mais compacta como e e 6 0. Na verdade, a notação prima é utilizada para indicar apenas as primeiras três derivadas; a quarta derivada é escrita (4) em vez de apple. Em geral, a derivada de ordem n é d n /d n ou (n). Apesar de ser menos conveniente de escrever e digitar, a notação de Leibniz é mais vantajosa em relação à notação prima pelo fato de apresentar de modo mais claro tanto as variáveis dependentes como as variáveis independentes. Por eemplo,

3 1.1 Definições e Terminologia 19 na equação diferencial d 2 /dt , percebe-se imediatamente que o símbolo agora representa uma variável dependente, enquanto a variável independente é t. Deve-se estar consciente que em física e engenharia a notação em ponto de Newton (destacada de modo pejorativo por alguns como a notação ecremento de mosca ) é algumas vezes utilizada para indicar derivadas em relação ao tempo t. Assim, a equação diferencial d 2 s/dt 2 9,81 se escreve 9,81. Derivadas parciais são freqüentemente apresentadas por uma notação de subscrito indicando as variáveis independentes. Por eemplo, a primeira e a segunda equações em (3) podem ser escritas, respectivamente, como u u 0 e u u tt 2u t. Classificação por ordem A ordem de uma equação diferencial (EDO ou EDP) corresponde à ordem da mais alta derivada na equação. Por eemplo, é uma equação diferencial ordinária de segunda ordem. Equações diferenciais ordinárias de primeira ordem são ocasionalmente escritas na forma diferencial M(, )d N(, ) d 0. Por eemplo, se considerarmos que representa a variável dependente em ( )d 4d 0, então d/d, e dividindo-se pelo elemento diferencial d obtemos a forma alternativa 4. Veja as Observações ao final desta seção. Em símbolos, podemos epressar uma equação diferencial ordinária de ordem n com uma variável dependente pela forma geral (4) onde F é uma função de valores reais com n 2 variáveis:,,,..., (n). Por razões práticas e teóricas, também adotaremos daqui por diante a hipótese de que é possível resolver uma equação diferencial ordinária da forma (4) unicamente para a derivada mais elevada (n) em termos das n 1 variáveis restantes. A equação diferencial onde f é uma função contínua de valor real, é referida como a forma padrão de (4). Portanto, quando for conveniente para os nossos propósitos, utilizaremos as formas normais () para representar equações diferenciais ordinárias gerais de primeira e segunda ordem. Por eemplo, a forma padrão da equação de primeira ordem 4 é ( )/4. Veja as Observações. Classificação por linearidade Uma equação diferencial ordinária de ordem n (4) é linear se F for linear em,,..., (n). Isto significa que uma EDO de ordem n é linear quando (4) for a n () (n) a n 1 () (n 1)... a 1 () a 0 () g() 0 ou Dois casos especiais e importantes de (6) se referem às EDs de primeira ordem linear (n 1) e de segunda ordem linear (n 2): Com a combinação aditiva no lado esquerdo de (6), temos que as duas propriedades características de uma EDO linear são: (6) (7)

4 20 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais Lembre-se destas duas características de uma EDO linear. A variável dependente e todas as suas derivadas,,..., (n) são de primeiro grau, isto é, a potência de cada termo envolvendo é 1. Os coeficientes a 0, a 1,..., a n de,,..., (n) dependem no máimo da variável independente. As equações são equações diferenciais ordinárias de primeira, segunda e terceira ordens, respectivamente. Acabamos de demonstrar que a primeira equação é linear na variável escrevendo-a na forma alternativa 4. Uma equação diferencial ordinária não-linear é simplesmente uma equação que não seja linear. Funções não-lineares da variável dependente ou suas derivadas, como sen ou e, não podem eistir em uma equação linear. Portanto, são eemplos de equações diferenciais ordinárias não-lineares de primeira, segunda e quarta ordem, respectivamente. Solução Conforme declarado anteriormente, um dos nossos objetivos nesse curso é resolver ou determinar soluções de equações diferenciais. A seguir, definimos o conceito de solução de uma equação diferencial ordinária. DEFINIÇÃO 1.2 Solução de uma EDO Qualquer função f, definida em um intervalo I e possuindo ao menos n derivadas contínuas em I, que quando substituídas em uma equação diferencial ordinária de ordem n reduz a equação a uma identidade, é dita ser uma solução da equação no intervalo. Em outras palavras, uma solução de uma equação diferencial ordinária de ordem n (4) é uma função f que tem ao menos n derivadas e Dizemos que f satisfaz a equação diferencial em I. Para os nossos propósitos, consideraremos também que uma solução f é uma função com valores reais. Em nossa discussão inicial, já tínhamos visto que e 0,12 é uma solução de d/d 0,2 no intervalo ( q,q). Ocasionalmente, será conveniente indicar uma solução pelo símbolo alternativo (). Intervalo de definição Não se pode considerar uma solução de uma equação diferencial ordinária sem pensar simultaneamente em um intervalo. O intervalo I na Definição 1.2 é denominado de diversas maneiras, como o intervalo de definição, o intervalo de eistência, o intervalo de validade, ou o domínio da solução, podendo ser um intervalo aberto (a, b), um intervalo fechado [a, b], um intervalo infinito (a, q), e assim por diante. Eemplo 1 Verificação de uma solução Verifique que a função indicada é uma solução da equação diferencial dada no intervalo ( q,q). (a) d/d 1/2 ; 4 /16 (b) 2 0; e

5 1.1 Definições e Terminologia 21 Solução Uma forma de verificar que a função dada é uma solução é notar, após a substituição, se cada lado da equação é o mesmo para todo no intervalo. (a) A partir do vemos que cada membro da equação é igual para todo número real. Observe que 1/2 2 /4 é, por definição, a raiz quadrada não-negativa de 4 /16. (b) A partir das derivadas e e e e 2e temos, para todo número real, Observe também que, no Eemplo 1, cada equação diferencial possui a solução constante 0, q q. Uma solução de uma equação diferencial que seja identicamente zero em um intervalo I é dita ser uma solução trivial. Curva solução O gráfico de uma solução f de uma EDO é denominado curva solução. Como f é uma função diferenciável, ela é contínua no seu intervalo de definição I. Assim, pode eistir uma diferença entre o gráfico de uma função f e o gráfico de uma solução f. Escrito de outra forma, o domínio da função f não precisa ser igual ao intervalo I de definição (ou domínio) da solução f. O Eemplo 2 ilustra a diferença. Eemplo 2 Função versus solução Considerado simplesmente como uma função, o domínio de 1/ é o conjunto de todos os números reais eceto 0. Quando geramos o gráfico 1/, traçamos pontos no plano que correspondem a uma amostragem ponderada de números tomados a partir desse domínio. A função racional 1/ é descontínua em 0, e seu gráfico, na região próima da origem, é apresentado na Figura 1.1(a). A função 1/ não é diferenciável em 0, pois o eio (cuja equação é 0) é uma assíntota vertical do gráfico. Agora, 1/ também é uma solução da equação diferencial de primeira ordem linear 0 (verifique). Porém, quando dizemos que 1/ é uma solução desta ED, significa que ela é uma função definida em um intervalo I no qual ela é diferenciável e satisfaz a equação. Em outras palavras, 1/ é uma solução da ED em qualquer intervalo que não contenha 0, tal como ( 3, 1), (, 10), ( q, 0) ou (0, q). Como as curvas solução definidas por 1/ nos intervalos 3 1 e 10 são simplesmente segmentos ou partes das curvas solução definidas por 1/ em q 0 e 0 q, respectivamente, faz sentido adotar o intervalo I tão etenso quanto possível. Assim, tomaríamos I como sendo ( q, 0) ou (0, q). A curva solução em (0, q) é mostrada na Figura 1.1(b). Soluções eplícitas e implícitas Você já deve estar familiarizado com os termos funções eplícitas e implícitas do curso de cálculo. Uma solução na qual a variável dependente é epressa somente em termos da variável independente e constantes é dita ser uma solução eplícita. Para os nossos propósitos, vamos imaginar a solução eplícita como uma fórmula eplícita f() que podemos manipular, calcular e diferenciar aplicando as regras padrões. Vimos nos últimos dois eemplos que 4 /16, e e 1/ são, respectivamente, soluções eplícitas de d/d 1/2, 2 0 e 0. Além disso, a solução trivial 0 é uma solução eplícita de todas as três equações. Veremos que quando formos de fato resolver algumas equações diferenciais ordinárias tais métodos de solução nem sempre resultarão em uma solução eplícita f(). Isto é particularmente válido quando se tenta resolver equações diferenciais de primeira ordem não-lineares. Muitas vezes temos que nos contentar com uma relação ou epressão G(, ) 0 que define uma solução f implicitamente. 1 1 (a) Função 1/, (b) Solução 1/, (0, q) Figura 1.1 A função 1/ não é igual à solução 1/.

6 22 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais DEFINIÇÃO 1.3 Solução implícita de uma EDO Uma relação G(, ) 0 é dita ser uma solução implícita de uma equação diferencial ordinária (4) em um intervalo I desde que eista pelo menos uma função f que satisfaça tanto a relação como a equação diferencial em I. Está além do escopo deste teto investigar as condições sob as quais uma relação G(, ) 0 define uma função diferenciável f. Assim, consideraremos que se a implementação formal de um método de solução resulta em uma relação G(, ) 0, eiste ao menos uma função f que satisfaz tanto a relação (isto é, G(, f()) 0) como a equação diferencial em um intervalo I. Se a solução implícita G(, ) 0 for razoavelmente simples, podemos ser capazes de resolver em termos de e obter uma ou mais soluções eplícitas. Veja as Observações. (a) Solução implícita Eemplo 3 Verificação de uma solução implícita A relação é uma solução implícita da equação diferencial (8) (b) Solução eplícita 1 = 2 2, (c) Solução eplícita 2 = 2 2, Figura 1.2 Uma solução implícita e duas soluções eplícitas de (8). no intervalo. Por diferenciação implícita, obtemos Resolvendo a última equação para o símbolo d/d, obtemos (8). Além disso, resolver para em termos de resulta em. As duas funções e satisfazem a relação (isto é, 2 f e 2 f 2 2 2) e são soluções eplícitas definidas no intervalo. As curvas solução indicadas na Figura 1.2(b) e 1.2(c) são partes do gráfico da solução implícita na Figura 1.2(a). Qualquer relação da forma 2 2 c 0 satisfaz formalmente (8) para qualquer constante c. Entretanto, sabe-se que a relação deve sempre fazer sentido para os sistema de números reais; assim, por eemplo, não podemos dizer que é uma solução implícita da equação. Por que não? Como a distinção entre uma solução eplícita e uma solução implícita deve estar intuitivamente clara, nós não insistiremos nessa questão dizendo sempre Aqui está uma solução eplícita (implícita). Família de soluções O estudo das equações diferenciais é similar àquele do cálculo integral. Em alguns tetos, uma solução f é algumas vezes referida como uma integral da equação, e seu gráfico é denominado uma curva integral. Quando se calcula uma antiderivada ou uma integral indefinida no cálculo, utilizamos uma única constante c de integração. De maneira análoga, quando resolvemos uma equação diferencial de primeira ordem F(,, ) 0, usualmente obtemos uma solução contendo uma constante arbitrária ou um parâmetro c. Uma solução contendo uma constante arbitrária representa um conjunto G(,, c) 0 de soluções denominadas família de soluções de um parâmetro. Quando resolvemos uma equação diferencial de ordem n F(,,,..., (n) ) 0, buscamos uma família de soluções de n parâmetros G(,, c 1, c 2,..., c n ) 0. Isto significa que uma única equação diferencial pode possuir um número infinito de soluções correspondentes ao número ilimitado de escolhas para o(s) parâmetro(s). Uma solução de uma equação diferencial que seja livre de parâmetros arbitrários é designada como solução particular. Por eemplo, a família de um parâmetro c cos é uma solução eplícita da equação de primeira ordem linear 2 sen no intervalo ( q,q) (verifique). A Figura 1.3, obtida por meio de um programa gráfico, mostra os gráficos de algumas das soluções dessa

7 1.1 Definições e Terminologia 23 família. A solução cos, a curva colorida na figura, é uma solução particular que corresponde a c 0. De modo similar, no intervalo ( q, q), c 1 e c 2 e é uma família de soluções de dois parâmetros (verifique) da equação de segunda ordem linear 2 0 no Eemplo 1. Algumas soluções particulares da equação são a solução trivial 0 (c 1 c 2 0), e (c 1 0, c 2 1), e 2e (c 1, c 2 2), e assim por diante. Em todos os eemplos anteriores, utilizamos e para denotar as variáveis independente e dependente, respectivamente. Porém, devemos nos acostumar a ver e trabalhar com outros símbolos para epressar estas variáveis. Por eemplo, poderíamos escrever a variável independente como t e a variável dependente como. Eemplo 4 Utilizando símbolos diferentes As funções c 1 cos 4t e c 2 sen 4t, onde c 1 e c 2 são constantes ou parâmetros arbitrários, são ambas soluções da equação diferencial linear Sistemas de equações diferenciais Até este ponto, viemos discutindo equações diferenciais únicas contendo uma função incógnita. Entretanto, muitas vezes na teoria, assim como em muitas aplicações, teremos que trabalhar com sistemas de equa c 0 c 0 c 0 Figura 1.3 Algumas soluções de 2 sen Para c 1 cos 4t, as primeiras duas derivadas em relação a t são 4c 1 sen 4t e 16c 1 cos 4t. Substituindo e, temos 16 16c 1 cos 4t 16(c 1 cos 4t) 0. De modo similar, para c 2 sen 4t, temos 16c 2 sen 4t, e portanto 16 16c 2 sen 4t 16(c 2 sen 4t) 0. Finalmente, é simples verificar que a combinação linear das soluções para a família de dois parâmetros c 1 cos 4t c 2 sen 4t é também uma solução da equação diferencial. O próimo eemplo mostra que uma solução de uma equação diferencial pode ser uma função definida por partes. Eemplo Solução definida por partes Verifique que a família de um parâmetro c 4 consiste em uma família de um parâmetro de soluções da equação diferencial 4 0 no intervalo ( q,q). Veja a Figura 1.4(a). A função diferenciável definida por partes c 1 c 1 é uma solução particular da equação. Porém, ela não pode ser obtida a partir da família c 4 por uma única escolha de c; a solução é construída a partir da família adotando-se c 1 para 0 e c 1 para 0. Veja a Figura 1.4(b). Solução singular Em alguns casos, a equação diferencial possui uma solução que não é um membro da família de soluções da equação, ou seja, a solução não pode ser obtida especificando-se qualquer dos parâmetros na família de soluções. Tal solução etra é denominada uma solução singular. Por eemplo, vimos que e 0 são soluções da equação diferencial d/d 1/2 em ( q,q). Na Seção 2.2, demonstraremos, resolvendo-a de fato, que a equação diferencial d/d 1/2 possui a família de um parâmetro de soluções. Quando c 0, a solução particular resultante é. Observe, porém, que a solução trivial 0 é uma solução singular, pois ela não é um membro da família ; não há como determinar um valor para a constante c de modo que se obtenha 0. c 1, 0 (a) (b) c 1, 0 Figura 1.4 Algumas soluções de 4 0.

8 24 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais ções diferenciais. Um sistema de equações diferenciais ordinárias é constituído por duas ou mais equações que envolvem as derivadas de duas ou mais funções incógnitas de uma única variável independente. Por eemplo, se e denotam variáveis dependentes e t é a variável independente, então um sistema com duas equações diferenciais de primeira ordem é dado por (9) Uma solução de um sistema definido como (9) é um par de funções diferenciáveis f 1 (t), f 2 (t) definido em um intervalo comum I que satisfaz cada equação do sistema neste intervalo. Veja os Problemas 33 e 34 nos Eercícios 1.1. Observações (i) Algumas poucas palavras adicionais a respeito de soluções implícitas de equações diferenciais são apresentadas. No Eemplo 3, fomos capazes de resolver a relação para em termos de, obtendo duas soluções eplícitas, e, da equação diferencial (8). Porém, não se atenha muito a esse eemplo. A não ser que seja fácil, óbvio ou importante, ou que você seja instruído a fazê-lo, usualmente não há necessidade de se tentar resolver uma solução implícita G(, ) 0 para eplicitamente em termos de. Também, não interprete de modo incorreto a segunda sentença que se segue à Definição 1.3. Uma solução implícita G(, ) 0 pode definir uma função f satisfatoriamente diferenciável que seja uma solução de uma ED, porém podemos não ser capazes de resolver G(, ) 0 utilizando métodos analíticos como a álgebra. A curva solução de f pode ser uma parte do gráfico de G(, ) 0. Veja os Problemas 41 e 42 nos Eercícios 1.1. Além disso, leia a discussão que se segue ao Eemplo 4 na Seção 2.2. (ii) Apesar do conceito de solução ter sido enfatizado nesta seção, deve-se ter consciência que uma ED não necessariamente tem que possuir uma solução. Veja o Problema 3 nos Eercícios 1.1. A questão a respeito da eistência da solução será discutida na próima seção. (iii) Pode não ser claro se uma EDO de primeira ordem escrita na forma diferencial M(, )d N(,) d 0 é linear ou não-linear, pois não eiste nada nesta forma que nos indique qual símbolo se refere à variável dependente. Veja os Problemas 9 e 10 nos Eercícios 1.1. (iv) Pode não parecer grande problema assumir que F(,,,..., (n) ) 0 pode ser resolvida para (n), porém deve-se ter um pouco de cuidado nesse ponto. Eistem eceções e certamente eistem alguns problemas associados a esta consideração. Veja os Problemas 48 e 49 nos Eercícios 1.1. (v) Se toda solução de uma EDO de ordem n F(,,,..., (n) ) 0 em um intervalo I pode ser obtida a partir de uma família de n parâmetros G(,, c 1, c 2,..., c n ) 0 por escolhas apropriadas dos parâmetros c i, i 1, 2,..., n, dizemos então que a família é a solução geral da ED. Na resolução das EDO lineares, imporemos restrições relativamente simples aos coeficientes da equação; com essas restrições, pode-se assegurar que não apenas uma solução eiste no intervalo, como também que a família de soluções permite todas as soluções possíveis. Equações não-lineares, com a eceção de algumas EDs de primeira ordem, são usualmente difíceis ou mesmo impossíveis de serem resolvidas em termos de funções elementares familiares: combinações finitas de potências inteiras de, raízes, eponenciais e funções logarítmicas, funções trigonométricas e trigonométricas inversas. Além disso, se obtivermos uma família de soluções para uma equação não-linear, não será claro se esta família conterá todas as soluções. Em um nível prático, então, a designação solução geral é aplicada apenas para ED lineares. Não se preocupe a respeito deste conceito agora, mas guarde as palavras solução geral em sua mente retornaremos a esta notação na Seção 2.3 e novamente no Capítulo 3.

9 Introdução às Equações Diferenciais 2 EXERCÍCIOS 1.1 As respostas de problemas ímpares selecionados estão na página 319. Nos Problemas 1-8, indique a ordem da equação diferencial ordinária dada. Determine se a equação é linear ou não-linear comparando-a com (6). 1. (1 ) 4 cos t (4) t (sen u) (cos u) d ( 2 ) d 0; Nos Problemas 21-24, verifique que a família de funções indicadas é uma solução da equação diferencial dada. Assuma um intervalo de definição I apropriado para solução Nos Problemas 9 e 10, determine se a equação diferencial de primeira ordem apresentada é linear na variável dependente indicada comparando-a com a primeira equação diferencial dada em (7). 9. ( 2 1) d d 0; em ; em 10. udv (v uv ue u ) du 0; em v; em u Nos Problemas 11-14, verifique que a função indicada é uma solução eplícita da equação diferencial dada. Assuma um intervalo aproimado I de definição para cada solução ; e / ; e 3 cos tg ; (cos ) ln(sec tg ) Nos Problemas 1-18, verifique que a função indicada f() é uma solução eplícita da equação diferencial de primeira ordem dada. Procedendo como no Eemplo 2, considerando f simplesmente como uma função, dê o seu domínio. Então, considerando f como uma solução da equação diferencial, defina ao menos um intervalo I de definição ; tg ; 1/(4 2 ) cos ; (1 sen ) 1/2 Nos Problemas 19 e 20, verifique que a epressão indicada é uma solução implícita da equação diferencial de primeira ordem dada. Determine pelo menos uma solução eplícita f() em cada caso. Utilize um programa gráfico para obter o gráfico de uma solução eplícita. Defina um intervalo I de definição para cada solução f. 2. Verifique que a função definida por partes é uma solução da equação diferencial 2 0 em ( q,q). 26. No Eemplo 3, vimos que f 1 () e f 2 () são soluções de d/d / no intervalo (,). Eplique por que a função definida por partes não é uma solução da equação diferencial no intervalo (,). 27. Determine valores de m para os quais a função e m é uma solução da equação diferencial dada. Eplique seu raciocínio. (a) 2 0 (b) Determine valores de m para os quais a função m é uma solução da equação diferencial dada. Eplique seu raciocínio. (a) 2 0 (b) Nos Problemas 29-32, utilize o conceito que c, q q, é uma função constante se e somente se 0 para determinar se a equação diferencial dada possui soluções constantes ( 1)

10 26 Matemática Avançada para Engenharia Nos Problemas 33 e 34, verifique que o par indicado de funções é uma solução do sistema dado de equações diferenciais no intervalo ( q,q) Figura 1. Gráfico para o Problema Problemas para discussão 3. Crie uma equação diferencial que não tenha nenhuma solução real. 36. Crie uma equação diferencial que tenha somente a solução trivial 0. Eplique o seu raciocínio. 37. Qual é função do cálculo cuja primeira derivada é ela própria? E cuja primeira derivada é um múltiplo constante k dela mesma? Escreva cada resposta na forma de uma equação diferencial de primeira ordem com uma solução. 38. Qual função (ou funções) você conhece do cálculo cuja segunda derivada é ela própria? E cuja segunda derivada é o negativo dela mesma? Escreva cada resposta na forma de uma equação diferencial de segunda ordem com uma solução. 39. Dado que sen é uma solução eplícita da equação diferencial de primeira ordem, determine um intervalo I de definição. [Dica: I não é o intervalo q q]. 40. Discuta por que é intuitivo considerar que a equação diferencial linear 2 4 sen t tenha uma solução da forma A sen t Bcos t, onde A e B são constantes. A seguir, especifique constantes A e B de modo que Asen t Bcos t seja uma solução particular da ED. Nos Problemas 41 e 42, a figura indicada representa o gráfico de uma solução implícita G(, ) 0 de uma equação diferencial d/d f(, ). Em cada caso, a relação G(, ) 0 define implicitamente diversas soluções da ED. Reproduza cuidadosamente cada figura em um pedaço de papel. Use cores diferentes para marcar segmentos ou partes de cada gráfico que correspondam a gráficos de soluções. Tenha em mente que uma solução f precisa ser uma função diferenciável. Utilize a curva solução para estimar o intervalo I de definição de cada solução f. Figura 1.6 Gráfico para o Problema Os gráficos dos membros da família de um parâmetro 3 3 3c são denominados círculo de Descartes. Verifique que esta família é uma solução implícita da equação diferencial de primeira ordem 44. O gráfico da Figura 1.6 é membro da família do círculo do Problema 43 que corresponde a c 1. Discuta: como a ED no Problema 43 pode auiliar na determinação de pontos no gráfico onde a reta tangente é vertical? Como o conhecimento do local no qual a reta tangente é vertical pode auiliar na determinação de um intervalo I de definição de uma solução f da ED? Apresente suas idéias e compare com as suas estimativas dos intervalos no Problema No Eemplo 3, o maior intervalo I sobre o qual as soluções f 1 () e f 2 () são definidas corresponde ao intervalo aberto (, ). Por que o intervalo de definição I não pode ser o intervalo fechado [, ]? 46. No Problema 21, uma família de soluções de um parâmetro da ED P P(1 P) é apresentada. Alguma curva solução passa pelo ponto (0,3)? E pelo ponto (0,1)? 47. Discuta e ilustre com eemplos como resolver equações diferenciais da forma d/d f() e d 2 /d 2 f(). 48. A equação diferencial ( ) tem a forma indicada em (4). Determine se a equação pode ser colocada na forma normal d/d f(, ).

11 1.2 Problemas de Valor Inicial A forma normal () de uma equação diferencial de ordem n é equivalente a (4) não importando se ambas as formas têm eatamente a mesma solução. Crie uma equação diferencial de primeira ordem para a qual F(,, ) 0 não é equivalente à forma normal d/d f(,). 0. Determine uma equação diferencial de segunda ordem linear F(,,, ) 0 na qual c 1 c 2 2 é uma família de soluções de dois parâmetros. Tenha certeza que a sua equação seja livre dos parâmetros arbitrários c 1 e c 2. Informações qualitativas a respeito de uma solução f() de uma equação diferencial podem muitas vezes ser obtidas a partir da própria equação. Antes de trabalhar com os Problemas 1-4, recorde o significado geométrico das derivadas d/d e d 2 /d Considere a equação diferencial d/d e 2. (a) Eplique por que uma solução da ED tem que ser uma função crescente em qualquer intervalo do eio. (b) O que são e? O que isso sugere a respeito de uma curva solução quando q? (c) Determine um intervalo sobre o qual uma curva solução é côncava para baio e um intervalo sobre o qual a curva é côncava para cima. (d) Esboce o gráfico de uma solução f() da equação diferencial cujo formato é sugerido pelos itens (a)-(c). 2. Considere a equação diferencial d/d. (a) Por inspeção ou pelo método sugerido nos Problemas 29-32, calcule uma solução constante da ED. (b) Utilizando apenas a equação diferencial, determine intervalos no eio nos quais uma solução não-constante f() é crescente. Determine intervalos no eio nos quais f() é decrescente. 3. Considere a equação diferencial d/d (a b), onde a e b são constantes positivas. (a) Por inspeção ou pelo método sugerido nos Problemas 29-32, determine uma solução constante da ED. (b) Utilizando apenas a equação diferencial, determine intervalos no eio nos quais uma solução não-constante f() é crescente. O mesmo considerando que f() seja decrescente. (c) Utilizando apenas a equação diferencial, eplique por que a/2b é a coordenada de um ponto de infleão do gráfico de uma solução não-constante f(). (d) Nos mesmos eios coordenados, esboce os gráficos das duas soluções constantes calculadas no item (a). Estas soluções constantes dividem o plano em três regiões. Em cada região, esboce o gráfico de uma solução nãoconstante f() cujo formato é sugerido pelos resultados dos itens (b) e (c). 4. Considere a equação diferencial 2 4. (a) Eplique por que não eistem soluções constantes da ED. (b) Descreva o gráfico de uma solução f(). Por eemplo, uma curva solução pode ter algum etremo relativo? (c) Eplique porque 0 é a coordenada de um ponto de infleão de uma curva solução. (d) Esboce o gráfico de uma solução f() da equação diferencial cujo formato é sugerido pelos itens (a)-(c). Tarefas computacionais Nos Problemas e 6, utilize um SAC (sistema de álgebra computacional) para calcular todas as derivadas e realizar as simplificações necessárias de modo a verificar que a função indicada é uma solução particular da equação diferencial dada.. (4) ; e cos Problemas de valor inicial Introdução Freqüentemente estamos interessados em problemas nos quais buscamos uma solução () de uma equação diferencial de modo que () satisfaça condições pré-definidas isto é, condições que são impostas sobre a incógnita () ou sobre suas derivadas. Nesta seção, eaminaremos um problema assim denominado problema de valor inicial. Problema de valor inicial Em um determinado intervalo I contendo 0, o problema (1)

12 28 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais onde 0, 1,..., n 1 são constantes reais especificadas arbitrariamente, é denominado um problema de valor inicial (PVI). Os valores de () e de suas primeiras n 1 derivadas em um ponto 0 : ( 0 ) 0, ( 0 ) 1,..., (n 1) ( 0 ) n 1, são designados condições iniciais. PVI de primeira e segunda ordem O problema indicado em (1) é também denominado um problema de valor inicial de ordem n. Por eemplo, solução da ED (2) ( 0, 0 ) e I (3) Figura 1.7 PVI de primeira ordem. soluções da ED m 1 ( 0, 0 ) I Figura 1.8 PVI de segunda ordem. são problemas de valor inicial de primeira e segunda ordem, respectivamente. Estes dois problemas são fáceis de ser interpretados em termos geométricos. Em (2) estamos buscando uma solução da equação diferencial em um intervalo I contendo 0, de modo que uma curva solução passe pelo ponto prescrito ( 0, 0 ). Veja a Figura 1.7. Em (3), queremos determinar uma solução da equação diferencial cujo gráfico não apenas passe por ( 0, 0 ), mas que também neste ponto a curva tenha um coeficiente angular (ou inclinação) igual a 1. Veja a Figura 1.8. O termo condição inicial vem de sistemas físicos onde a variável independente é o tempo e onde (t 0 ) 0 e (t 0 ) 1 representam, respectivamente, a posição e a velocidade de um objeto em algum tempo inicial t 0. Resolver um problema de valor inicial de ordem n muitas vezes eige o uso de uma família de soluções de n parâmetros da equação diferencial dada para determinar n constantes especificadas de modo que a solução particular resultante da equação também se ajuste, isto é, satisfaça, as n condições iniciais. (0, 3) (1, 2) Figura 1.9 Soluções de PVI. Eemplo 1 PVI de primeira ordem Verifica-se facilmente que ce é uma família de soluções de um parâmetro da equação de primeira ordem no intervalo ( q,q). Se especificarmos uma condição inicial, por eemplo, (0) 3, então substituir 0, 3 na família determina a constante 3 ce 0 c. Assim, a função 3e é uma solução do problema de valor inicial, (0) 3. Mas, se eigirmos que uma solução da equação diferencial passe pelo ponto (1, 2) ao invés de (0, 3), teremos (1) 2 resultando em 2 ce ou c 2e 1. A função 2e 1 é uma solução do problema de valor inicial, (1) 2. Os gráficos dessas duas funções estão indicados em colorido na Figura 1.9. O próimo eemplo ilustra outro problema de valor inicial de primeira ordem. Neste eemplo, observe como o intervalo I de definição da solução () depende da condição inicial ( 0 ) 0. Eemplo 2 Intervalo I de definição de uma solução No Problema 6 dos Eercícios 2.2, você terá que mostrar que a família de soluções de um parâmetro da equação diferencial de primeira ordem é 1/( 2 c). Se impusermos a condição inicial (0) 1, e então substituirmos 0 e 1 na família de soluções, teremos como resultado 1 1/c ou c 1. Assim, 1/( 2 1). Enfatizaremos agora as três seguintes distinções.

13 1.2 Problemas de Valor Inicial 29 Considerado como uma função, o domínio de 1/( 2 1) é o conjunto de números reais no qual () é definido; este é o conjunto de todos os números reais eceto 1 e 1. Veja a Figura 1.10(a). Considerado como uma solução da equação diferencial 2 2 0, o intervalo I de definição de 1/( 2 1) poderia ser definido como sendo qualquer intervalo sobre o qual () é definido e diferenciável. Como pode ser visto na Figura 1.10(a), os maiores intervalos nos quais 1/( 2 1) é uma solução são q 1, 1 1, e 1 q. Considerado como uma solução do problema de valor inicial 2 2 0, (0) 1, o intervalo I de definição de 1/( 2 1) poderia ser definido como sendo qualquer intervalo sobre o qual () é definido, diferenciável e contenha o ponto inicial 0; o maior intervalo para o qual isto é válido é 1 1. Veja a Figura 1.10(b). Veja os Problemas 3-6 nos Eercícios 1.2 para uma continuação do Eemplo (a) função definida para todo eceto 1 Eemplo 3 PVI de segunda ordem No Eemplo 4 da Seção 1.1, vimos que c 1 cos 4t c 2 sen 4t é uma família de soluções de dois parâmetros de Determine uma solução do problema de valor inicial. 1 1 (0, 1) Solução Aplicamos primeiro ( /2) 2 à família de soluções indicada: c 1 cos2 c 2 sen 2 2. Como cos2 1 e sen2 0, obtemos c 1 2. A seguir, aplicamos ( /2) 1 à família de um parâmetro (t) 2 cos 4t c 2 sen 4t. Diferenciando e definindo t /2 e 1, temos 8 sen 2 4c 2 cos 2 1, de onde resulta c 2. Logo, (4) (b) solução definida no intervalo contendo 0 Figura 1.10 Gráficos de função e solução de PVI no Eemplo 2. é uma solução de (4). Eistência e unicidade Duas questões fundamentais surgem quando se considera um problema de valor inicial: Eiste solução para o problema? Se eiste uma solução, ela é única? Para um problema de valor inicial como (2), perguntamos: Eistência Unicidade A equação diferencial d/d f(, ) tem soluções? Qualquer curva solução passa pelo ponto ( 0, 0 )? Podemos ter certeza de que eiste precisamente uma curva solução passando pelo ponto ( 0, 0 )? Note que nos Eemplos 1 e 3 a frase uma solução é utilizada ao invés de a solução do problema. O artigo indefinido uma é aplicado deliberadamente para sugerir a possibilidade de que outras soluções possam eistir. Até este ponto, não foi demonstrado que eista uma única solução de cada problema. O próimo eemplo ilustra um problema de valor inicial com duas soluções. Eemplo 4 Um PVI pode ter diversas soluções Cada uma das funções 0 e 4 /16 satisfaz a equação diferencial d/d 1/2 e a condição inicial (0) 0. Assim, o problema de valor inicial d/d 1/2, (0) 0, tem pelo menos duas soluções. Conforme ilustrado na Figura 1.11, os gráficos de ambas funções passam pelo mesmo ponto (0,0). Dentro das fronteiras seguras de um curso formal em equações diferenciais, pode-se estar bastante certo que a maioria das equações diferenciais terá soluções /16 (0, 0) Figura 1.11 Duas soluções do mesmo PVI.

14 30 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais e que as soluções dos problemas de valor inicial provavelmente serão únicas. A vida real, entretanto, não é tão simples. Deseja-se saber, antes de se tentar resolver um problema de valor inicial, se ele possui solução e, caso eista, se ela é a única solução do problema. Como iremos considerar equações diferenciais de primeira ordem nos próimos dois capítulos, determinaremos aqui, sem prova, um teorema claro que fornece condições que são suficientes para garantir a eistência e a unicidade de uma solução de um problema de valor inicial de primeira ordem na forma dada em (2). Esperaremos até o Capítulo 3 para abordar a questão de eistência e unicidade de um problema de valor inicial de segunda ordem. d R ( 0, 0 ) TEOREMA 1.1 Eistência de uma única solução Seja R uma região retangular no plano definida por a b, c d, que contenha o ponto ( 0, 0 ) no seu interior. Se f(, ) e f/ são contínuas em R, então eiste algum intervalo I 0 : 0 h 0 h, h 0, contido em a b, e uma função única () definida em I 0 que é uma solução do problema de valor inicial (2). c a I 0 b Figura 1.12 Região retangular R. O resultado anterior é um dos teoremas mais populares de eistência e unicidade para as equações diferenciais de primeira ordem, pois os critérios de continuidade de f(,) e f/ são relativamente fáceis de serem checados. A geometria do Teorema 1.1 é ilustrada na Figura Eemplo Eemplo 3 revisitado Vimos no Eemplo 3 que a equação diferencial d/d 1/2 tem ao menos duas soluções cujos gráficos passam por (0,0). A inspeção dessas funções mostra que elas são contínuas no plano metade superior definido por 0. Assim, o Teorema 1.1 nos permite concluir que através de qualquer ponto ( 0, 0 ), 0 0, no plano metade superior, eiste algum intervalo centrado em 0 no qual a equação diferencial dada tem uma solução única. Dessa forma, por eemplo, mesmo sem resolvêlo, sabemos que eiste algum intervalo centrado em 2 no qual o problema de valor inicial d/d 1/2, (2) 1, possui uma única solução. No Eemplo 1, o Teorema 1.1 garante que não eistem outras soluções dos problemas de valor inicial, (0) 3 e, (1) 2, que não sejam 3e e 2e 1, respectivamente. Isto é em decorrência do fato de que f(, ) e f/ 1 são contínuas por todo o plano. Pode-se mostrar que o intervalo I, no qual cada solução é definida, é ( q,q). Intervalo de eistência/unicidade Suponha que () represente uma solução do problema de valor inicial (2). Os seguintes três conjuntos no eio real não podem ser iguais: o domínio da função (), o intervalo I sobre o qual a solução () é definida ou eiste, e o intervalo I 0 de eistência e unicidade. No Eemplo 2 da Seção 1.1, apresentamos a diferença entre o domínio de uma função e o intervalo I de definição. Considere agora que ( 0, 0 ) seja um ponto no interior da região retangular R do Teorema 1.1. Sabe-se que a continuidade da função f(,) em R por si mesma é suficiente para garantir a eistência de ao menos uma solução de d/d f(,), ( 0 ) 0, definida em algum intervalo I. O intervalo I de definição para este problema de valor inicial é usualmente tomado como sendo o maior intervalo que contém 0 sobre o qual a solução () é definida e diferenciável. O intervalo I depende de f(, ) e da condição inicial ( 0 ) 0. Veja os Problemas nos Eercícios 1.2. A condição etra da continuidade da primeira derivada parcial f/ em R nos permite dizer que não apenas uma solução eiste em algum intervalo I 0 contendo 0, porém também é a única solução satisfazendo

15 1.2 Problemas de Valor Inicial 31 ( 0 ) 0. Entretanto, o Teorema 1.1 não dá nenhuma indicação dos tamanhos dos intervalos I e I 0 ; o intervalo I de definição não necessita ser tão amplo como a região R, e o intervalo I 0 de eistência e unicidade pode não ser tão grande quanto I. O número h 0 que define o intervalo I 0, 0 h 0 h, pode ser muito pequeno. Assim, é melhor imaginar que a solução () é única em um sentido local, isto é, uma solução definida próima do ponto ( 0, 0 ). Veja o Problema 44 nos Eercícios 1.2. Observações (i) As condições no Teorema 1.1 são suficientes, mas não necessárias. Quando f(, ) e f/ forem contínuas em uma região retangular R, sempre eistirá uma solução de (2) e ela será única sempre que ( 0, 0 ) for um ponto interior a R. Entretanto, se as condições definidas na hipótese do Teorema 1.1 não se aplicarem, então qualquer coisa poderá acontecer: o Problema (2) pode ainda ter uma solução e esta solução pode ser única, ou (2) pode ter diversas soluções, ou pode não ter solução alguma. Uma releitura do Eemplo 4 revela que a hipótese do Teorema 1.1 não se aplica à reta 0 para a equação diferencial d/d 1/2. Portanto, não é surpresa, como vimos no Eemplo 3 desta seção, que eistam duas soluções definidas em um intervalo comum h h satisfazendo (0) 0. Por outro lado, a hipótese do Teorema 1.1 não se aplica à reta 1 para a equação diferencial d/d 1. No entanto, pode-se provar que a solução do problema de valor inicial d/d 1, (0) 1, é única. Você pode advinhar essa solução? (ii) Você é encorajado a ler, pensar a respeito, trabalhar e então manter em mente o Problema 43 dos Eercícios 1.2. EXERCÍCIOS 1.2 As respostas de problemas ímpares selecionados estão na página 319. Nos Problemas 1 e 2, 1/(1 c 1 e ) é uma família de soluções de um parâmetro da ED de primeira ordem 2. Determine uma solução do PVI de primeira ordem constituído por essa equação diferencial e as condições iniciais dadas ( 1) 2 Nos Problemas 3-6, 1/( 2 c) é uma família de soluções de um parâmetro da ED de primeira ordem Determine uma solução do PVI de primeira ordem constituído por essa equação diferencial e as condições iniciais dadas. Defina o maior intervalo I sobre o qual a solução seja definida (0) 1 6. Nos Problemas 7-10, c 1 cos t c 2 sen t é uma família de soluções de dois parâmetros da ED de segunda ordem 0. Determine uma solução do PVI de segunda ordem constituído por essa equação diferencial e as condições iniciais dadas. 7. (0) 1, (0) 8 8. (p/2) 0, (p/2) Nos Problemas 11-14, c 1 e c 2 e é uma família de soluções de dois parâmetros da ED de segunda ordem 0. Determine uma solução do PVI de segunda ordem constituído por essa equação diferencial e as condições iniciais dadas. 11. (0) 1, (0) (1) 0, (1) e 13. ( 1), ( 1) 14. (0) 0, (0) 0 Nos Problemas 1 e 16, determine por inspeção ao menos duas soluções do PVI de primeira ordem dado /3, (0) , (0) 0 Nos Problemas 17-24, determine uma região do plano na qual a equação diferencial indicada teria uma solução única cujo gráfico passa por um ponto ( 0, 0 ) na região

16 32 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais (4 2 ) (1 3 ) ( 2 2 ) ( ) Nos Problemas 2-28, determine se o Teorema 1.1 garante que a equação diferencial tenha uma solução única através do ponto indicado. 2. (1,4) 26. (,3) 27. (2, 3) 28. ( 1,1) 29. (a) Por inspeção, determine uma família de soluções de um parâmetro da equação diferencial. Verifique que cada membro da família é uma solução do problema de valor inicial, (0) 0. (b) Eplique o item (a) determinando uma região R no plano na qual a equação diferencial teria uma solução única através de um ponto ( 0, 0 ) em R. (c) Verifique que a função definida por partes satisfaz a condição (0) 0. Determine se esta função é também uma solução do problema de valor inicial do item (a). 30. (a) Verifique que tg( c) é uma família de soluções de um parâmetro da equação diferencial 1 2. (b) Como f(,) 1 2 e f/ 2 são contínuas em toda parte, a região R no Teorema 1.1 pode ser tomada como sendo o plano inteiro. Utilize a família de soluções do item (a) para calcular uma solução eplícita do problema de valor inicial de primeira ordem 1 2, (0) 0. Apesar de 0 0 estar no intervalo 2 2, eplique por que a solução não é definida nesse intervalo. (c) Determine o maior intervalo I de definição para a solução do problema de valor inicial no item (b). 31. (a) Verifique que 1/( c) é uma família de soluções de um parâmetro da equação diferencial 2. (b) Como f(,) 2 e f/ 2 são contínuas em toda parte, a região R no Teorema 1.1 pode ser tomada como sendo o plano inteiro. Determine uma solução a partir da família do item (a) que satisfaça (0) 1. Determine uma solução a partir da família do item (a) que satisfaça (0) 1. Determine o maior intervalo I de definição para a solução de cada problema de valor inicial. 32. (a) Determine uma solução a partir da família do item (a) do Problema 31 que satisfaça 2, (0) 0, onde 0 0. Eplique por que o maior intervalo I de definição para esta solução é q 1/ 0 ou 1/ 0 q. (b) Determine o maior intervalo I de definição para a solução do problema de valor inicial de primeira ordem 2, (0) (a) Verifique que c é uma família de soluções de um parâmetro da equação diferencial d/d 3. (b) À mão, esboce o gráfico da solução implícita Calcule todas as soluções eplícitas f() da ED no item (a) definidas por esta relação. Dê o intervalo I de definição de cada solução eplícita. (c) O ponto ( 2,3) está no gráfico de , porém qual das soluções eplícitas do item (b) satisfaz ( 2) 3? 34. (a) Utilize a família de soluções do item (a) do Problema 33 para determinar uma solução implícita do problema de valor inicial d/d 3, (2) 4. A seguir, à mão, esboce o gráfico da solução eplícita deste problema e dê o seu intervalo I de definição. (b) Eistem soluções eplícitas de d/d 3 que passam pela origem? Nos Problemas 3-38, o gráfico de um membro da família de soluções da equação diferencial de segunda ordem d 2 /d 2 f(,, ) é indicado. Case a curva solução com pelo menos um par das seguintes condições iniciais. (a) (1) 1, (1) 2 (b) ( 1) 0, ( 1) 4 (c) (1) 1, (1) 2 (d) (0) 1, (0) 2 (e) (0) 1, (0) 0 (f) (0) 4, (0) Figura 1.13 Gráfico para o Problema 3. Figura 1.14 Gráfico para o Problema 36.

17 1.2 Problemas de Valor Inicial Suponha que a equação diferencial de primeira ordem d/ d f(, ) possua uma família de soluções de um parâmetro e que f(, ) satisfaça as hipóteses do Teorema 1.1 em alguma região retangular R do plano. Eplique por que duas curvas solução diferentes não podem interceptar ou ser tangentes uma em relação a outra em um ponto ( 0, 0 ) em R. 44. As funções Figura 1.1 Gráfico para o Problema têm o mesmo domínio mas são claramente diferentes. Veja as Figuras 1.18(a) e 1.18(b), respectivamente. Mostre que ambas as funções são soluções do problema de valor inicial d/d 1/2, (2) 1 no intervalo ( q,q). Solucione a aparente contradição entre este fato e a última sentença do Eemplo. 1 (2, 1) 1 (2, 1) Figura 1.16 Gráfico para o Problema 38. Problemas para discussão Nos Problemas 39 e 40, utilize o Problema 47 dos Eercícios 1.1 e (2) e (3) desta seção. 39. Determine uma função f() cujo gráfico em cada ponto (,) tem o coeficiente angular dado por 8e 2 6 e tem o ponto de interceptação do eio (0,9). 40. Determine uma função f() cuja derivada segunda é 12 2 em cada ponto (, ) em seu gráfico e em que é tangente ao gráfico no ponto correspondente a Considere o problema de valor inicial 2, (0). Determine qual das duas curvas mostradas na Figura 1.17 é a única curva solução plausível. Eplique o seu raciocínio. 1 (a) (b) Figura 1.18 Duas soluções do PVI no Problema 44. Modelo matemático 4. Crescimento populacional No início da próima seção, veremos que as equações diferenciais podem ser utilizadas para descrever ou modelar muitos sistemas físicos diferentes. Neste problema, considere que um modelo de crescimento populacional de uma pequena comunidade seja dado pelo problema de valor inicial onde P é o número de indivíduos na comunidade e o tempo t é medido em anos. Quão rápido, isto é, qual é a taa de crescimento populacional em t 0? Quão rápido é o crescimento populacional quando a população é de 00? (0, ) Figura 1.17 Gráfico para o Problema Determine um valor plausível de 0 para o qual o gráfico da solução do problema de valor inicial 2 3 6, ( 0 ) 0 é tangente ao eio em ( 0, 0). Eplique o seu raciocínio.

18 34 CAPÍTULO 1 Introdução às Equações Diferenciais 1.3 Equações diferenciais como modelos matemáticos Introdução Nesta seção, introduziremos a noção de um modelo matemático. Grosso modo, um modelo matemático é uma descrição matemática de alguma coisa. Esta descrição pode ser tão simples como uma função. Por eemplo, estudando a queda de gotas de água e as marcas que eles faziam em um papel absorvente, Leonardo da Vinci compreendeu que a velocidade de um corpo em queda é dada por v gt. Apesar de eistirem muitos tipos de modelos matemáticos, nesta seção nos concentraremos apenas nas equações diferenciais e discutiremos alguns modelos de equações diferenciais específicos para a biologia, física e química. Uma vez estudado alguns métodos para solucionar EDs, retornaremos a esse assunto nos Capítulos 2 e 3 e resolveremos alguns desses modelos. Modelos matemáticos Muitas vezes, deseja-se descrever o comportamento de algum sistema ou fenômeno da vida real, seja físico, sociológico ou mesmo econômico, em termos matemáticos. A descrição matemática de um sistema ou um fenômeno é denominada como modelo matemático, sendo construída com certos objetivos em mente. Por eemplo, podemos desejar compreender os mecanismos de um certo ecossistema estudando o crescimento das populações de animais naquele sistema, ou podemos querer datar fósseis pela análise do decaimento de uma substância radioativa no fóssil ou no estrato no qual ele foi descoberto. A construção de um modelo matemático de um sistema se inicia com a identificação das variáveis que são responsáveis por alterar o sistema. Podemos decidir, de início, não incorporar todas essas variáveis no modelo. Neste primeiro passo, estamos especificando o nível de resolução do modelo. A seguir, adotamos um conjunto de considerações razoáveis ou hipóteses a respeito do sistema que estamos tentando descrever. Estas considerações também incluirão alguma lei empírica que possa ser aplicada ao sistema. Para alguns propósitos, pode ser perfeitamente razoável se contentar com modelos de pequena resolução. Por eemplo, você pode já estar consciente de que na modelagem da queda de corpos próimos da superfície do solo, a força de retardo do atrito do ar é algumas vezes ignorada em cursos iniciais de física; porém, se você é um cientista cujo trabalho é prever eatamente o caminho de vôo de um projétil de longo alcance, a resistência do ar e outros fatores como a curvatura do terreno têm que ser levados em consideração. Como as hipóteses feitas a respeito de um sistema envolvem freqüentemente uma taa de variação de uma ou mais variáveis, a descrição matemática de todas essas suposições pode ser uma ou mais equações envolvendo derivadas. Em outras palavras, o modelo matemático pode ser uma equação diferencial ou um sistema de equações diferenciais. Uma vez que tenhamos formulado um modelo matemático que é uma equação diferencial ou um sistema de equações diferenciais, estaremos frente a frente com o problema nada insignificante de tentar resolvê-lo. Se formos capazes de resolvê-lo, então consideraremos o modelo como sendo razoável caso sua solução seja consistente com dados eperimentais ou fatos conhecidos a respeito do comportamento do sistema. Porém, se as predições produzidas pela solução forem pobres, podemos aumentar o nível de resolução do modelo ou adotar considerações alternativas a respeito dos mecanismos para modificação do sistema. Os passos do processo de modelagem são então repetidos como indicado no diagrama a seguir. Considerações Epressar as considerações em termos de equações diferenciais Formulação matemática Se necessário, alterar as considerações ou aumentar a resolução do modelo Resolução das Eds Conferir as predições do modelo com fatos conhecidos Apresentar as predições do modelo, por eemplo, graficamente Obtenção das soluções

Cálculo Diferencial e Integral C. Me. Aline Brum Seibel

Cálculo Diferencial e Integral C. Me. Aline Brum Seibel Cálculo Diferencial e Integral C Me. Aline Brum Seibel Em ciências, engenharia, economia e até mesmo em psicologia, frequentemente desejamos descrever ou modelar o comportamento de algum sistema ou fenômeno

Leia mais

Exemplo 1. Consideremos a equação diferencial. y = x 2 + y 2. (1)

Exemplo 1. Consideremos a equação diferencial. y = x 2 + y 2. (1) Seção : Interpretação Geométrica Campo de Direções Definição. Dizemos que uma EDO de a ordem está em forma normal se y está isolado, ou seja, se a equação for da forma y = F(, y), onde F(, y) é uma função

Leia mais

Cálculo - James Stewart - 7 Edição - Volume 1

Cálculo - James Stewart - 7 Edição - Volume 1 Cálculo - James Stewart - 7 Edição - Volume. Eercícios. Eplique com suas palavras o significado da equação É possível que a equação anterior seja verdadeira, mas que f? Eplique.. Eplique o que significa

Leia mais

Geometria Analítica. Números Reais. Faremos, neste capítulo, uma rápida apresentação dos números reais e suas propriedades, mas no sentido

Geometria Analítica. Números Reais. Faremos, neste capítulo, uma rápida apresentação dos números reais e suas propriedades, mas no sentido Módulo 2 Geometria Analítica Números Reais Conjuntos Numéricos Números naturais O conjunto 1,2,3,... é denominado conjunto dos números naturais. Números inteiros O conjunto...,3,2,1,0,1, 2,3,... é denominado

Leia mais

Unidade 5 Diferenciação Incremento e taxa média de variação

Unidade 5 Diferenciação Incremento e taxa média de variação Unidade 5 Diferenciação Incremento e taa média de variação Consideremos uma função f dada por y f ( ) Quando varia de um valor inicial de para um valor final de, temos o incremento em O símbolo matemático

Leia mais

A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função

A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função Suponhamos que a função y = f() possua derivada em um segmento [a, b] do eio-. Os valores da derivada f () também dependem de, ou seja, a derivada

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização:

UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO. Realização: UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL APOSTILA DE CÁLCULO Realização: Fortaleza, Fevereiro/2010 1. LIMITES 1.1. Definição Geral Se os valores de f(x) puderem

Leia mais

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas

Resolução dos Exercícios sobre Derivadas Resolução dos Eercícios sobre Derivadas Eercício Utilizando a idéia do eemplo anterior, encontre a reta tangente à curva = 0 e = y = nos pontos onde Vamos determinar a reta tangente à curva y = nos pontos

Leia mais

UFRJ - Instituto de Matemática

UFRJ - Instituto de Matemática UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática www.pg.im.ufrj.br/pemat Mestrado em Ensino de Matemática Seleção 9 Etapa Questão. Determine se as afirmações abaio são verdadeiras

Leia mais

DERIVADA. A Reta Tangente

DERIVADA. A Reta Tangente DERIVADA A Reta Tangente Seja f uma função definida numa vizinança de a. Para definir a reta tangente de uma curva = f() num ponto P(a, f(a)), consideramos um ponto vizino Q(,), em que a e traçamos a S,

Leia mais

LTDA APES PROF. RANILDO LOPES SITE:

LTDA APES PROF. RANILDO LOPES SITE: Matemática Aplicada - https://ranildolopes.wordpress.com/ - Prof. Ranildo Lopes - FACET 1 Faculdade de Ciências e Tecnologia de Teresina Associação Piauiense de Ensino Superior LTDA APES PROF. RANILDO

Leia mais

O objeto fundamental deste curso são as funções de uma variável real. As funções surgem quando uma quantidade depende de outra.

O objeto fundamental deste curso são as funções de uma variável real. As funções surgem quando uma quantidade depende de outra. Universidade Federal Fluminense Departamento de Análise GAN0045 Matemática para Economia Professora Ana Maria Luz 00. Unidade Revisão de função de uma variável real O objeto fundamental deste curso são

Leia mais

A Prática. Perfeição. Cálculo. William D. Clark, Ph.D e Sandra Luna McCune, Ph.D

A Prática. Perfeição. Cálculo. William D. Clark, Ph.D e Sandra Luna McCune, Ph.D A Prática Leva à Perfeição Cálculo William D. Clark, P.D e Sandra Luna McCune, P.D Rio de Janeiro, 01 Para Sirley e Donice. Vocês estão sempre em nossos corações. Sumário Prefácio i I Limites 1 1 O conceito

Leia mais

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I 1 MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I GEOMETRIA ANALÍTICA Coordenadas de pontos no plano cartesiano Distâncias entre pontos Sejam e dois pontos no plano cartesiano A distância entre e é dada pela expressão

Leia mais

13 Fórmula de Taylor

13 Fórmula de Taylor 13 Quando estudamos a diferencial vimos que poderíamos calcular o valor aproimado de uma função usando a sua reta tangente. Isto pode ser feito encontrandose a equação da reta tangente a uma função y =

Leia mais

Derivadas e suas Aplicações

Derivadas e suas Aplicações Capítulo 4 Derivadas e suas Aplicações Ao final deste capítulo você deverá: Compreender taa média de variação; Enunciar a definição de derivada de uma função interpretar seu significado geométrico; Calcular

Leia mais

CÁLCULO I. Apresentar e aplicar a Regra de L'Hospital.

CÁLCULO I. Apresentar e aplicar a Regra de L'Hospital. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o : Limites Innitos e no Innito. Assíntotas. Regra de L'Hospital Objetivos da Aula Denir ite no innito e ites innitos; Apresentar alguns tipos

Leia mais

7. Diferenciação Implícita

7. Diferenciação Implícita 7. Diferenciação Implícita ` Sempre que temos uma função escrita na forma = f(), dizemos que é uma função eplícita de, pois podemos isolar a variável dependente de um lado e a epressão da função do outro.

Leia mais

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t.

CURVAS PLANAS. A orientação de uma curva parametrizada é a direção definida pelos valores crescentes de t. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ SETOR DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE EXPRESSÃO GRÁFICA DISCIPLINA: TÓPICOS EM MATEMÁTICA APLICADOS À EXPRESSÃO GRÁFICA II PROFESSORA: BÁRBARA DE

Leia mais

7 Derivadas e Diferenciabilidade.

7 Derivadas e Diferenciabilidade. Eercícios de Cálculo p. Informática, 006-07 1 7 Derivadas e Diferenciabilidade. E 7-1 Para cada uma das funções apresentadas determine a sua derivada formando o quociente f( + h) f() h e tomando o ite

Leia mais

Limites, derivadas e máximos e mínimos

Limites, derivadas e máximos e mínimos Limites, derivadas e máimos e mínimos Psicologia eperimental Definição lim a f ( ) b Eemplo: Seja f()=5-3. Mostre que o limite de f() quando tende a 1 é igual a 2. Propriedades dos Limites Se L, M, a,

Leia mais

Curso de Férias de IFVV (Etapa 3) INTEGRAIS DUPLAS

Curso de Férias de IFVV (Etapa 3) INTEGRAIS DUPLAS Curso de Férias de IFVV (Etapa ) INTEGAIS UPLAS VOLUMES E INTEGAIS UPLAS Objetivando resolver o problema de determinar áreas, chegamos à definição de integral definida. A idéia é aplicar procedimento semelhante

Leia mais

Material Teórico - Módulo Cônicas. Elipses. Terceiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Módulo Cônicas. Elipses. Terceiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Módulo Cônicas Elipses Terceiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Introdução Conforme mencionamos na primeira aula

Leia mais

LISTA DE PRÉ-CÁLCULO

LISTA DE PRÉ-CÁLCULO LISTA DE PRÉ-CÁLCULO Instituto de Matemática - UFRJ Prof. Nei Rocha Rio de Janeiro 2018-2 Eercício 1 Resolva: (a) 1 = + 1 (b) 6 3 1 = 3 (1 + 2 2 ) (c) 8 < 3 4 (d) 2 2 + 10 12 < 0 (e) 1 2 + 2 3 4 (f) +

Leia mais

Limites: Noção intuitiva e geométrica

Limites: Noção intuitiva e geométrica Eemplo : f : R {} R, f sen a Gráfico de f b Ampliação do gráfico de f perto da origem Limites: Noção intuitiva e geométrica f Apesar de f não estar definida em, faz sentido questionar o que acontece com

Leia mais

Laboratório de Física III

Laboratório de Física III 1APÊNDICE Neste apêndice apresentamos um resumo da discussão contida na apostila de Lab. de Física I. Trata-se apenas de um formulário para uso rápido durante a prática. Sugerimos ao leitor consultar o

Leia mais

y ds, onde ds é uma quantidade infinitesimal (muito pequena) da curva C. A curva C é chamada o

y ds, onde ds é uma quantidade infinitesimal (muito pequena) da curva C. A curva C é chamada o Integral de Linha As integrais de linha podem ser encontradas em inúmeras aplicações nas iências Eatas, como por eemplo, no cálculo do trabalho realizado por uma força variável sobre uma partícula, movendo-a

Leia mais

1. Calcule a derivada da função dada usando a definição. (c) f(x) = 2x + 1. (a) f(x) = 2. (b) f(x) = 5x. (d) f(x) = 2x 2 + x 1

1. Calcule a derivada da função dada usando a definição. (c) f(x) = 2x + 1. (a) f(x) = 2. (b) f(x) = 5x. (d) f(x) = 2x 2 + x 1 Lista de Eercícios de Cálculo I para os cursos de Engenharia - Derivadas 1. Calcule a derivada da função dada usando a definição. (a) f() = (b) f() = 5 (c) f() = + 1 (d) f() = + 1. O limite abaio representa

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Assíntotas Oblíquas. Objetivos da Aula. Aula n o 19: Grácos.

CÁLCULO I. 1 Assíntotas Oblíquas. Objetivos da Aula. Aula n o 19: Grácos. CÁLCULO I Prof. Marcos Diniz Prof. André Almeida Prof. Edilson Neri Júnior Aula n o 9: Grácos. Objetivos da Aula Denir e determinar as assíntotas oblíquas ao gráco de uma função, Utilizar o Cálculo Diferencial

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL 5-1 Para cada uma das funções apresentadas determine a sua derivada formando

CÁLCULO DIFERENCIAL 5-1 Para cada uma das funções apresentadas determine a sua derivada formando 5 a Ficha de eercícios de Cálculo para Informática CÁLCULO DIFERENCIAL 5-1 Para cada uma das funções apresentadas determine a sua derivada formando o quociente f( + h) f() h e tomando o ite quando h tende

Leia mais

Curso de linguagem matemática Professor Renato Tião. Relações X Funções Considere a equação x + y = 5.

Curso de linguagem matemática Professor Renato Tião. Relações X Funções Considere a equação x + y = 5. Relações X Funções Considere a equação + =. Embora esta equação tenha duas variáveis, ela possui um número finito de soluções naturais. O conjunto solução desta equação, no universo dos números naturais,

Leia mais

Cálculo diferencial. Motivação - exemplos de aplicações à física

Cálculo diferencial. Motivação - exemplos de aplicações à física Cálculo diferencial Motivação - eemplos de aplicações à física Considere-se um ponto móvel sobre um eio orientado, cuja posição em relação à origem é dada, em função do tempo, pela função s. st posição

Leia mais

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Sistemas de inequações. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Sistemas de inequações. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau Sistemas de inequações Primeiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 5

Leia mais

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I A Derivada e a Inclinação

Leia mais

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA

Universidade Federal de Pelotas. Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino. Módulo de Limites. Aula 01. Projeto GAMA Universidade Federal de Pelotas Instituto de Física e Matemática Pró-reitoria de Ensino Atividades de Reforço em Cálculo Módulo de Limites Aula 0 208/ Projeto GAMA Grupo de Apoio em Matemática Ideia Intuitiva

Leia mais

12. Diferenciação Logarítmica

12. Diferenciação Logarítmica 2. Diferenciação Logarítmica A diferenciação logarítmica é uma técnica útil para diferenciar funções compostas de potências, produtos e quocientes de funções. Esta técnica consiste em executar os seguintes

Leia mais

CONTINUIDADE DE FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL

CONTINUIDADE DE FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL BÁRBARA DENICOL DO AMARAL RODRIGUEZ CINTHYA MARIA SCHNEIDER MENEGHETTI CRISTIANA ANDRADE POFFAL CONTINUIDADE DE FUNÇÕES REAIS DE UMA VARIÁVEL a Edição Rio Grande Editora da FURG 206 Universidade Federal

Leia mais

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADAS PARCIAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II DERIVADAS PARCIAIS. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques 7 DERIVADAS PARCIAIS TÓPICO Gil da Costa Marques Fundamentos da Matemática II 7.1 Introdução 7. Taas de Variação: Funções de uma Variável 7.3 Taas de variação: Funções de duas Variáveis 7.4 Taas de Variação:

Leia mais

Exercício 1. Exercício 2. Exercício 3. Considere a função f que para valores de x é de nida pela relação f(x) = x(sin /x).

Exercício 1. Exercício 2. Exercício 3. Considere a função f que para valores de x é de nida pela relação f(x) = x(sin /x). E Eercício 1 Considere a função f que para valores de é denida pela relação f() = (sin /). 1.1 Mostre que a função f é contínua em R\{}. 1.2 Sabendo que f é contínua no ponto = determine o valor de f().

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Primitivas. Objetivos da Aula. Aula n o 18: Primitivas. Denir primitiva de uma função; Calcular as primitivas elementares.

CÁLCULO I. 1 Primitivas. Objetivos da Aula. Aula n o 18: Primitivas. Denir primitiva de uma função; Calcular as primitivas elementares. CÁLCULO I Prof. Edilson Neri Júnior Prof. André Almeida Aula n o 8: Primitivas. Objetivos da Aula Denir primitiva de uma função; Calcular as primitivas elementares. Primitivas Em alguns problemas, é necessário

Leia mais

1. FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL

1. FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL 1 1 FUNÇÕES REAIS DE VARIÁVEL REAL 11 Funções trigonométricas inversas 111 As funções arco-seno e arco-cosseno Como as funções seno e cosseno não são injectivas em IR, só poderemos definir as suas funções

Leia mais

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica

Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia. Cálculo III. Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia Cálculo III Prof. Dr. Jorge Teófilo de Barros Lopes Campus de Belém Curso de Engenharia Mecânica Universidade Federal do Pará Instituto de Tecnologia

Leia mais

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico. A Derivada e a Inclinação de um Gráfico

A Derivada e a Inclinação de um Gráfico. A Derivada e a Inclinação de um Gráfico UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I A Derivada e a Inclinação

Leia mais

Antiderivadas e Integrais Indefinidas. Antiderivadas e Integrais Indefinidas

Antiderivadas e Integrais Indefinidas. Antiderivadas e Integrais Indefinidas UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Antiderivadas e Integrais

Leia mais

LIMITE. Para uma melhor compreensão de limite, vamos considerar a função f dada por =

LIMITE. Para uma melhor compreensão de limite, vamos considerar a função f dada por = LIMITE Aparentemente, a idéia de se aproimar o máimo possível de um ponto ou valor, sem nunca alcançá-lo, é algo estranho. Mas, conceitos do tipo ite são usados com bastante freqüência. A produtividade

Leia mais

Universidade Federal Fluminense. Matemática I. Professora Maria Emilia Neves Cardoso

Universidade Federal Fluminense. Matemática I. Professora Maria Emilia Neves Cardoso Universidade Federal Fluminense Matemática I Professora Maria Emilia Neves Cardoso Notas de Aula / º semestre de Capítulo : Limite de uma função real O conceito de ite é o ponto de partida para definir

Leia mais

Exercícios de Cálculo p. Informática, Ex 1-1 Nas alíneas seguintes use os termos inteiro, racional, irracional, para classificar

Exercícios de Cálculo p. Informática, Ex 1-1 Nas alíneas seguintes use os termos inteiro, racional, irracional, para classificar Eercícios de Cálculo p. Informática, 2006-07 Números Reais. E - Nas alíneas seguintes use os termos inteiro, racional, irracional, para classificar o número dado: 7 a) b) 6 7 c) 2.(3) = 2.33 d) 2 3 e)

Leia mais

Método de Newton. 1.Introdução 2.Exemplos

Método de Newton. 1.Introdução 2.Exemplos UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Método de Newton Prof.:

Leia mais

Volume de um gás em um pistão

Volume de um gás em um pistão Universidade de Brasília Departamento de Matemática Cálculo Volume de um gás em um pistão Suponha que um gás é mantido a uma temperatura constante em um pistão. À medida que o pistão é comprimido, o volume

Leia mais

( ) ( ) 60 ( ) ( ) ( ) ( ) R i. Método de Newton. Método de Newton = Substituindo i por x, teremos: 1.Introdução 2.

( ) ( ) 60 ( ) ( ) ( ) ( ) R i. Método de Newton. Método de Newton = Substituindo i por x, teremos: 1.Introdução 2. UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I R A = + i ( i ) n

Leia mais

Fundamentos de Matemática II DERIVADAS PARCIAIS7. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

Fundamentos de Matemática II DERIVADAS PARCIAIS7. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques DERIVADAS PARCIAIS7 Gil da Costa Marques 7.1 Introdução 7. Taas de Variação: Funções de uma Variável 7.3 Taas de variação: Funções de duas Variáveis 7.4 Taas de Variação: Funções de mais do que duas Variáveis

Leia mais

1 Definição de Derivada

1 Definição de Derivada Departamento de Computação é Matemática Cálculo I USP- FFCLRP Prof. Rafael A. Rosales 5 de março de 2014 Lista 5 Derivada 1 Definição de Derivada Eercício 1. O que é f (a)? Eplique com suas palavras o

Leia mais

MAT-2453 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I - BCC Prof. Juan Carlos Gutiérrez Fernández

MAT-2453 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I - BCC Prof. Juan Carlos Gutiérrez Fernández MAT-2453 CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I - BCC Prof. Juan Carlos Gutiérrez Fernández Lista 3: Introdução à Derivada, Limites e continuidade. Ano 207. Determine a função derivada e seu domínio para a função

Leia mais

Capítulo Diferenciabilidade de uma função

Capítulo Diferenciabilidade de uma função Cálculo - Capítulo.6 - Diferenciabilidade de uma função 1 Capítulo.6 - Diferenciabilidade de uma função.6.1 - Introdução.6.4 - Diferenciabilidade e continuidade.6. - Diferenciabilidade.6.5 - Generalização

Leia mais

Técnicas de. Integração

Técnicas de. Integração Técnicas de Capítulo 7 Integração TÉCNICAS DE INTEGRAÇÃO f ( xdx ) a Na definição de integral definida, trabalhamos com uma função f definida em um intervalo limitado [a, b] e supomos que f não tem uma

Leia mais

Material Teórico - Círculo Trigonométrico. Secante, cossecante e cotangente. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Círculo Trigonométrico. Secante, cossecante e cotangente. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Círculo Trigonométrico Secante, cossecante e cotangente Primeiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 5 de dezembro de

Leia mais

Integrais indefinidas

Integrais indefinidas Integrais indefinidas que: Sendo f() e F() definidas em um intervalo I R, para todo I, dizemos F é uma antiderivada ou uma primitiva de f, em I, se F () = f() F() = é uma antiderivada (primitiv de f()

Leia mais

Sessão 1: Generalidades

Sessão 1: Generalidades Sessão 1: Generalidades Uma equação diferencial é uma equação envolvendo derivadas. Fala-se em derivada de uma função. Portanto o que se procura em uma equação diferencial é uma função. Em lugar de começar

Leia mais

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental

Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau. Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes. Nono Ano do Ensino Funcamental Material Teórico - Módulo Equações do Segundo Grau Equações de Segundo Grau: outros resultados importantes Nono Ano do Ensino Funcamental Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio

Leia mais

lim f ( x) Limites Limites

lim f ( x) Limites Limites UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I 1. O ite de uma função

Leia mais

Notas de Aulas 2 - Retas e Circunferências Prof Carlos A S Soares

Notas de Aulas 2 - Retas e Circunferências Prof Carlos A S Soares Notas de Aulas - Retas e Circunferências Prof Carlos A S Soares Preliminares O Plano Cartesiano e o Ponto Você certamente está familiarizado com o plano cartesiano desde o término do seu ensino fundamental

Leia mais

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Inequações Quociente. Primeiro Ano do Ensino Médio

Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau. Inequações Quociente. Primeiro Ano do Ensino Médio Material Teórico - Inequações Produto e Quociente de Primeiro Grau Inequações Quociente Primeiro Ano do Ensino Médio Autor: Prof. Fabrício Siqueira Benevides Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 27 de

Leia mais

4 Cálculo Diferencial

4 Cálculo Diferencial 4 Cálculo Diferencial 1 (Eercício IV1 de [1]) Calcule as derivadas das funções: a) tg, b) +cos 1 sen, c) e arctg, d) e log, e) sen cos tg, f) (1 + log ), g) cos(arcsen ) h) (log ), i) sen Derive: a) arctg

Leia mais

Fundação Universidade Federal de Pelotas Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina de Análise II - Prof. Dr. Maurício Zahn Lista 01 de Exercícios

Fundação Universidade Federal de Pelotas Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina de Análise II - Prof. Dr. Maurício Zahn Lista 01 de Exercícios Fundação Universidade Federal de Pelotas Curso de Licenciatura em Matemática Disciplina de Análise II - Prof Dr Maurício Zahn Lista 01 de Eercícios 1 Use a definição de derivada para calcular a derivada

Leia mais

Cálculo Diferencial e Integral I - LEIC

Cálculo Diferencial e Integral I - LEIC INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Departamento de Matemática de Janeiro de Cálculo Diferencial e Integral I - LEIC ō Teste - Versão - Resolução. Indique uma primitiva para a função definida em ], e [ pela epressão

Leia mais

, logo, x tg t é solução da equação dada. na equação dx tx. / 2 e daí dy xy, ou seja, y e

, logo, x tg t é solução da equação dada. na equação dx tx. / 2 e daí dy xy, ou seja, y e CAPÍTULO 0 Eercícios 0.. a) Substituindo tg t e sec t na equação, obtemos ù sec t tg t para todo t no intervalo, é, logo, tg t é solução da equação ûú dada. c) Substituindo t ()4 e 0 na equação t ( ),

Leia mais

Área e Teorema Fundamental do Cálculo

Área e Teorema Fundamental do Cálculo UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Área e Teorema Fundamental

Leia mais

MATEMÁTICA A - 12o Ano Funções - 2 a Derivada (concavidades e pontos de inflexão) Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 12o Ano Funções - 2 a Derivada (concavidades e pontos de inflexão) Propostas de resolução MATEMÁTICA A - 1o Ano Funções - a Derivada concavidades e pontos de infleão) Propostas de resolução Eercícios de eames e testes intermédios 1. Por observação do gráfico de f, podemos observar o sentido

Leia mais

Taxas de Variação: Velocidade e Funções Marginais. Taxas de Variação: Velocidade e Funções Marginais

Taxas de Variação: Velocidade e Funções Marginais. Taxas de Variação: Velocidade e Funções Marginais UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Taas de Variação:

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano Época especial

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano Época especial Prova Escrita de MATEMÁTIA A - o Ano 006 - Época especial Proposta de resolução GRUPO I. Estudando a variação de sinal de f e relacionando com o sentido das concavidades do gráfico de f, vem: 6 ) + + +

Leia mais

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS

CAP. 2 ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS 5 CAP. ZEROS REAIS DE FUNÇÕES REAIS OBJETIVO: Estudo de métodos iterativos para resolução de equações não lineares. DEFINIÇÃO : Um nº real é um zero da função f() ou raiz da equação f() = 0 se f( )=0.

Leia mais

Notas de Aulas 4 - Funções Elementares - Parte I Prof Carlos A S Soares

Notas de Aulas 4 - Funções Elementares - Parte I Prof Carlos A S Soares Notas de Aulas 4 - Funções Elementares - Parte I Prof Carlos A S Soares Neste momento do curso de Elementos de Cálculo, estamos interessados em rever algumas funções já estudadas no Ensino Médio de forma

Leia mais

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I NOTAS DE AULAS Prof. Dr. Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática UNESP/Bauru

CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I NOTAS DE AULAS Prof. Dr. Luiz Francisco da Cruz Departamento de Matemática UNESP/Bauru REGRA DE LHÔPITAL Teorema: Suponhamos que f (a) g(a) e que f (a) e g (a) eistam com g(a). Então: lim a f() g() f(a) g(a). in det er min ação. Forma mais avançada do Teorema de L Hospital: Suponhamos que

Leia mais

y (n) (x) = dn y dx n(x) y (0) (x) = y(x).

y (n) (x) = dn y dx n(x) y (0) (x) = y(x). Capítulo 1 Introdução 1.1 Definições Denotaremos por I R um intervalo aberto ou uma reunião de intervalos abertos e y : I R uma função que possua todas as suas derivadas, a menos que seja indicado o contrário.

Leia mais

Conceitos: Função. Domínio, contradomínio e imagem de uma função. Funções potência, exponencial e

Conceitos: Função. Domínio, contradomínio e imagem de uma função. Funções potência, exponencial e Matemática II 05/6 Curso: Gestão Departamento de Matemática ESTG-IPBragança Ficha Prática : Revisões: Funções, Derivadas. Primitivas -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

Leia mais

Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Primavera 2004/2005. Cálculo I. Caderno de Exercícios 4

Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Primavera 2004/2005. Cálculo I. Caderno de Exercícios 4 Faculdade de Economia Universidade Nova de Lisboa Primavera 2004/2005 Cálculo I Caderno de Eercícios 4 Limites, continuidade e diferenciabilidade de funções; fórmulas de Taylor e MacLaurin; estudo de funções.

Leia mais

Aula 26 A regra de L Hôpital.

Aula 26 A regra de L Hôpital. MÓDULO - AULA 6 Aula 6 A regra de L Hôpital Objetivo Usar a derivada para determinar certos ites onde as propriedades básicas de ites, vistas nas aulas 3, 4, e 5, não se aplicam Referência: Aulas 3, 4,

Leia mais

4 Cálculo Diferencial

4 Cálculo Diferencial 4 Cálculo Diferencial 1. (Eercício IV.1 de [1]) Calcule as derivadas das funções: a) tg, b) +cos 1 sen, c) e arctg, d) e log2, e) sen cos tg, f) 2 (1 + log ), g) cos(arcsen ) h) (log ), i) sen 2. 2. Derive:

Leia mais

AULA 13 Aproximações Lineares e Diferenciais (página 226)

AULA 13 Aproximações Lineares e Diferenciais (página 226) Belém, de maio de 05 Caro aluno, Nesta nota de aula você aprenderá que pode calcular imagem de qualquer unção dierenciável num ponto próimo de a usando epressão mais simples que a epressão original da.

Leia mais

Limites envolvendo infinito primeira parte

Limites envolvendo infinito primeira parte Limites envolvendo infinito primeira parte Ao infinito... e além! Buzz Lightyear, Toy Story Meta da aula Estender o conceito de ites de funções aos casos que envolvem o símbolo. Objetivos Ao final desta

Leia mais

Acadêmico(a) Turma: Capítulo 7: Limites

Acadêmico(a) Turma: Capítulo 7: Limites Acadêmico(a) Turma: Capítulo 7: Limites 7.1. Noção Intuitiva de ite Considere a função f(), em que f() = 2 + 1. Para valores de que se aproima de 1, por valores maiores que 1 (Direita) e por valores menores

Leia mais

MATEMÁTICA I FUNÇÕES. Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari

MATEMÁTICA I FUNÇÕES. Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari MATEMÁTICA I FUNÇÕES Profa. Dra. Amanda L. P. M. Perticarrari amanda.perticarrari@unesp.br Conteúdo Função Variáveis Traçando Gráficos Domínio e Imagem Família de Funções Funções Polinomiais Funções Exponenciais

Leia mais

1 Distância entre dois pontos do plano

1 Distância entre dois pontos do plano Noções Topológicas do Plano Americo Cunha André Zaccur Débora Mondaini Ricardo Sá Earp Departamento de Matemática Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro 1 Distância entre dois pontos do plano

Leia mais

Polinômios e Funções Racionais

Polinômios e Funções Racionais Capítulo 7 Polinômios e Funções Racionais 7. Polinômios Ao iniciarmos nosso estudo sobre funções, consideramos o problema de construir uma caia sem tampa a partir de um pedaço quadrado de plástico maleável

Leia mais

Estratégias de Integração. Estratégias de Integração

Estratégias de Integração. Estratégias de Integração UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MATO GROSSO CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SINOP FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E TECNOLÓGICAS CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DISCIPLINA: CÁLCULO DIFERENCIAL E INTEGRAL I Estratégias de Integração

Leia mais

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7

1 A Equação Fundamental Áreas Primeiras definições Uma questão importante... 7 Conteúdo 1 4 1.1- Áreas............................. 4 1.2 Primeiras definições...................... 6 1.3 - Uma questão importante.................. 7 1 EDA Aula 1 Objetivos Apresentar as equações diferenciais

Leia mais

Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I Politécnica e Engenharia Química

Instituto de Matemática - IM/UFRJ Gabarito da Primeira Prova Unificada de Cálculo I Politécnica e Engenharia Química Página de 5 Questão : (3.5 pontos) Calcule: + Instituto de Matemática - IM/UFRJ Politécnica e Engenharia Química 3 2 + (a) 3 + 2 + + ; + (b) ; + (c) 0 +(sen )sen ; (d) f (), onde f() = e sen(3 + +). (a)

Leia mais

TÉCNICAS DE DIFERENCIAÇÃO13

TÉCNICAS DE DIFERENCIAÇÃO13 TÉCNICAS DE DIFERENCIAÇÃO3 Gil da Costa Marques 3. Introdução 3. Derivada da soma ou da diferença de funções 3.3 Derivada do produto de funções 3.4 Derivada de uma função composta: a Regra da Cadeia 3.5

Leia mais

UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática Mestrado em Ensino de Matemática

UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática  Mestrado em Ensino de Matemática UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática www.pg.im.ufrj.br/pemat Mestrado em Ensino de Matemática Seleção 0 Etapa Questão. Considere f : [, ] R a função cujo gráfico

Leia mais

CÁLCULO I. 1 Aproximações Lineares. Objetivos da Aula. Aula n o 16: Aproximações Lineares e Diferenciais. Regra de L'Hôspital.

CÁLCULO I. 1 Aproximações Lineares. Objetivos da Aula. Aula n o 16: Aproximações Lineares e Diferenciais. Regra de L'Hôspital. CÁLCULO I Prof Marcos Diniz Prof André Almeida Prof Edilson Neri Júnior Prof Emerson Veiga Prof Tiago Coelho Aula n o 6: Aproimações Lineares e Diferenciais Regra de L'Hôspital Objetivos da Aula Denir

Leia mais

Descrevendo Regiões no Plano Cartesiano e no Espaço Euclidiano

Descrevendo Regiões no Plano Cartesiano e no Espaço Euclidiano Descrevendo Regiões no Plano Cartesiano e no Espaço Euclidiano Americo Cunha Débora Mondaini Ricardo Sá Earp Departamento de Matemática Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Regiões no Plano

Leia mais

Para ilustrar o conceito de limite, vamos supor que estejamos interessados em saber o que acontece à

Para ilustrar o conceito de limite, vamos supor que estejamos interessados em saber o que acontece à Limite I) Noção intuitiva de Limite Os limites aparecem em um grande número de situações da vida real: - O zero absoluto, por eemplo, a temperatura T C na qual toda a agitação molecular cessa, é a temperatura

Leia mais

Cálculo I IM UFRJ Lista 1: Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão Para o Aluno. Tópicos do Pré-Cálculo

Cálculo I IM UFRJ Lista 1: Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão Para o Aluno. Tópicos do Pré-Cálculo Cálculo I IM UFRJ Lista : Pré-Cálculo Prof. Marco Cabral Versão 7.03.05 Para o Aluno O sucesso (ou insucesso) no Cálculo depende do conhecimento de tópicos do ensino médio que chamaremos de pré-cálculo.

Leia mais

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano.

CÁLCULO NUMÉRICO. Profa. Dra. Yara de Souza Tadano. CÁLCULO NUMÉRICO Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br Aula 4 09/2014 Zeros reais de funções Parte 1 Objetivo Determinar valores aproimados para as soluções (raízes) de equações da forma:

Leia mais

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS

TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS TEMA 2 PROPRIEDADES DE ORDEM NO CONJUNTO DOS NÚMEROS REAIS O conjunto dos números reais,, que possui as seguintes propriedades:, possui uma relação menor ou igual, denotada por O1: Propriedade Reflexiva:

Leia mais

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados à Notas de aula: Gestão Ambiental

Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados à Notas de aula: Gestão Ambiental Notas de aula: Cálculo e Matemática Aplicados à Notas de aula: Gestão Ambiental 3 Limites Considere a função f definida por: Qual o domínio dessa função? Se 1, então f () é dada por: (2 + 3)( 1). 1 2 +

Leia mais

Teoremas e Propriedades Operatórias

Teoremas e Propriedades Operatórias Capítulo 10 Teoremas e Propriedades Operatórias Como vimos no capítulo anterior, mesmo que nossa habilidade no cálculo de ites seja bastante boa, utilizar diretamente a definição para calcular derivadas

Leia mais