APONTAMENTOS DE ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA



Documentos relacionados
Universidade Federal de Pelotas Vetores e Álgebra Linear Prof a : Msc. Merhy Heli Rodrigues Determinantes

Professores Edu Vicente e Marcos José Colégio Pedro II Departamento de Matemática Potências e Radicais

MATRIZES, DETERMINANTES E SISTEMAS LINEARES PROF. JORGE WILSON

DETERMINANTES. Notação: det A = a 11. Exemplos: 1) Sendo A =, então det A = DETERMINANTE DE MATRIZES DE ORDEM 2

Simbolicamente, para. e 1. a tem-se

Matrizes. Matemática para Economistas LES 201. Aulas 5 e 6 Matrizes Chiang Capítulos 4 e 5. Márcia A.F. Dias de Moraes. Matrizes Conceitos Básicos

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES DETERMINANTES

POLINÔMIOS. Definição: Um polinômio de grau n é uma função que pode ser escrita na forma. n em que cada a i é um número complexo (ou

Definição 1 O determinante de uma matriz quadrada A de ordem 2 é por definição a aplicação. det

Exercícios. setor Aula 25

UNITAU APOSTILA DETERMINANTES PROF. CARLINHOS NOME DO ALUNO: Nº TURMA: Bibliografia: Curso de Matemática Volume Único

Semelhança e áreas 1,5

Aula 6: Determinantes

Linhas 1 2 Colunas 1 2. (*) Linhas 1 2 (**) Colunas 2 1.

Conceito Representação Propriedades Desenvolvimento de Laplace Matriz Adjunta e Matriz Inversa

TÓPICOS. Determinantes de 1ª e 2ª ordem. Submatriz. Menor. Cofactor. Expansão em cofactores. Determinante de ordem n. Propriedades dos determinantes.

Matemática para Economistas LES 201. Aulas 5 e 6 Matrizes Chiang Capítulos 4 e 5. Luiz Fernando Satolo

MATEMÁTICA PARA REFLETIR! EXERCÍCIOS EXERCÍCIOS COMPLEMENTARES OPERAÇÕES COM MATRIZES PARA REFLETIR!...437

EQUAÇÃO DO 2 GRAU. Seu primeiro passo para a resolução de uma equação do 2 grau é saber identificar os valores de a,b e c.

Definição: uma permutação do conjunto de inteiros {1, 2,..., n} é um rearranjo destes inteiros em alguma ordem sem omissões ou repetições.

Material envolvendo estudo de matrizes e determinantes

ALGEBRA LINEAR AUTOVALORES E AUTOVETORES. Prof. Ademilson

Cálculo Numérico Faculdade de Engenharia, Arquiteturas e Urbanismo FEAU

6. ÁLGEBRA LINEAR MATRIZES

Resolução Numérica de Sistemas Lineares Parte I

Rresumos das aulas teóricas Cap Capítulo 4. Matrizes e Sistemas de Equações Lineares

Formas Quadráticas. FUNÇÕES QUADRÁTICAS: denominação de uma função especial, definida genericamente por: 1 2 n ij i j i,j 1.

Prof. Ms. Aldo Vieira Aluno:

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL Ministério da Educação

Vestibular UFRGS 2013 Resolução da Prova de Matemática

Transporte de solvente através de membranas: estado estacionário

1 Fórmulas de Newton-Cotes

Então, det(a) = 1x3 1x2 = 3 2 = 1. Determinante de uma matriz 3 x 3 Regra de Sarrus (Pierre Frédéric Sarrus) Definimos det(a) =

Um disco rígido de 300Gb foi dividido em quatro partições. O conselho directivo ficou. 24, os alunos ficaram com 3 8

Resolução Numérica de Sistemas Lineares Parte I

TÓPICOS. Equação linear. Sistema de equações lineares. Equação matricial. Soluções do sistema. Método de Gauss-Jordan. Sistemas homogéneos.

Aula 10 Estabilidade

Análise de Variância com Dois Factores

LISTA GERAL DE MATRIZES OPERAÇÕES E DETERMINANTES - GABARITO. b =

Sistems Lineres Form Gerl onde: ij ij coeficientes n n nn n n n n n n b... b... b...

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 12) y x 2 + y, 2. x x 2 + y 2), F 1 y = F 2

Programação Linear Introdução

Módulo 02. Sistemas Lineares. [Poole 58 a 85]

UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA DEPARTAMENTO DE MATEMÁTICA MAT ALGEBRA LINEAR I-A PROF.: GLÓRIA MÁRCIA

Sebenta de Álgebra Linear e Geometria Analítica

Aula 09 Equações de Estado (parte II)

Cálculo Numérico Módulo III Resolução Numérica de Sistemas Lineares Parte I

1 As grandezas A, B e C são tais que A é diretamente proporcional a B e inversamente proporcional a C.

ÁLGEBRA LINEAR Equações Lineares na Álgebra Linear EQUAÇÃO LINEAR SISTEMA LINEAR GEOMETRIA DA ESQUAÇÕES LINEARES RESOLUÇÃO DOS SISTEMAS

MATRIZES E DETERMINANTES

RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA DA FASE 1 DO VESTIBULAR DA UFBA/UFRB-2007 POR PROFA. MARIA ANTÔNIA CONCEIÇÃO GOUVEIA

1º semestre de Engenharia Civil/Mecânica Cálculo 1 Profa Olga (1º sem de 2015) Função Exponencial

Integral. (1) Queremos calcular o valor médio da temperatura ao longo do dia. O valor. a i

1 ÁLGEBRA MATRICIAL 1.1 TIPOS ESPECIAIS DE MATRIZES. Teorema. Sejam A uma matriz k x m e B uma matriz m x n. Então (AB) T = B T A T

CONJUNTOS NUMÉRICOS Símbolos Matemáticos

étodos uméricos SISTEMAS DE EQUAÇÕES LINEARES Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA ELÉTRICA

Tópicos Especiais de Álgebra Linear Tema # 2. Resolução de problema que conduzem a s.e.l. com única solução. Introdução à Resolução de Problemas

Geometria Analítica e Álgebra Linear

Matemática. Resolução das atividades complementares. M24 Equações Polinomiais. 1 (PUC-SP) No universo C, a equação

Resolução A primeira frase pode ser equacionada como: QUESTÃO 3. Resolução QUESTÃO 2 QUESTÃO 4. Resolução

Introdução ao estudo de equações diferenciais

Bhaskara e sua turma Cícero Thiago B. Magalh~aes

UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO. Resumo. Nesta aula, utilizaremos o Teorema Fundamental do Cálculo (TFC) para o cálculo da área entre duas curvas.

1. VARIÁVEL ALEATÓRIA 2. DISTRIBUIÇÃO DE PROBABILIDADE

3. Cálculo integral em IR 3.1. Integral Indefinido Definição, Propriedades e Exemplos

TRIGONOMETRIA. A trigonometria é uma parte importante da Matemática. Começaremos lembrando as relações trigonométricas num triângulo retângulo.

MTDI I /08 - Integral de nido 55. Integral de nido

Comprimento de arco. Universidade de Brasília Departamento de Matemática

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES SISTEMAS LINEARES

FUNÇÕES. Mottola. 1) Se f(x) = 6 2x. é igual a (a) 1 (b) 2 (c) 3 (d) 4 (e) 5. 2) (UNIFOR) O gráfico abaixo. 0 x

Matemática. Resolução das atividades complementares. M13 Determinantes. 1 (Unifor-CE) Sejam os determinantes A 5. 2 (UFRJ) Dada a matriz A 5 (a ij

FUNC ~ OES REAIS DE VARI AVEL REAL

COLÉGIO NAVAL 2016 (1º dia)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO ESCOLA POLITÉCNICA

Operadores momento e energia e o Princípio da Incerteza

, então ela é integrável em [ a, b] Interpretação geométrica: seja contínua e positiva em um intervalo [ a, b]

Estatística e Matrizes

Marcone Jamilson Freitas Souza. Departamento de Computação. Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação

LISTA DE EXERCÍCIOS Questões de Vestibulares. e B = 2

1 Assinale a alternativa verdadeira: a) < <

FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO E NEGÓCIOS DE SERGIPE CURSO: ADMINISTRAÇÃO/CIÊNCIAS CONTÁBEI /LOGISTICA ASSUNTO: INTRODUÇÃO AO ESTUDO DE FUNÇÕES

Incertezas e Propagação de Incertezas. Biologia Marinha

Recordando produtos notáveis

Diogo Pinheiro Fernandes Pedrosa

Resolução 2 o Teste 26 de Junho de 2006

Aula 8: Gramáticas Livres de Contexto

NOTA DE AULA. Tópicos em Matemática

VETORES. Com as noções apresentadas, é possível, de maneira simplificada, conceituar-se o

Função Modular. x, se x < 0. x, se x 0

Os números racionais. Capítulo 3

Universidade Federal do Rio Grande FURG. Instituto de Matemática, Estatística e Física IMEF Edital 15 - CAPES MATRIZES

RACIOCÍNIO LÓGICO Simplificado

1 INTRODUÇÃO À ÁLGEBRA EM CAMPOS DE GALOIS GF(2 m )

Material Teórico - Módulo de Razões e Proporções. Proporções e Conceitos Relacionados. Sétimo Ano do Ensino Fundamental

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

INTEGRAIS DEFINIDAS. Como determinar a área da região S que está sob a curva y = f(x) e limitada pelas retas verticais x = a, x = b e pelo eixo x?

Problemas e Algoritmos

Resolução: a) o menor valor possível para a razão r ; b) o valor do décimo oitavo termo da PA, para a condição do item a.

FUNÇÃO DO 2º GRAU OU QUADRÁTICA

Diagrama de Blocos. Estruturas de Sistemas Discretos. Grafo de Fluxo. Sistemas IIR Forma Directa I

Transcrição:

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA APONTAMENTOS DE ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA (II Determinntes) ÁREA DEPARTAMENTAL DE ENGENHARIA CIVIL

Determinntes Índice 2 Determinntes 2 Introdução Permutções de subconjuntos de 23 Pridde de um permutção 2 24 Termos de um mtriz qudrd 3 25 Pridde de um termo 3 26 Determinnte de um mtriz 4 27 Teorem de Lplce 0 28 Mtriz djunt e mtriz invers 4

Determinntes 2 Determinntes 2 Introdução Estmos todos fmilirizdos com funções do tipo f ( x) = cos x ou f ( x) 2 = x Ests ssocim um número rel d vriável x um número rel y = f ( x), por isso são denominds funções reis de vriável rel (frvr), f : D f Neste cpítulo, estud-se função determinnte, que é um função rel de vriável mtricil no sentido que ssoci um mtriz qudrd um número rel y = f ( X ) O estudo dos determinntes tem plicções importntes, em prticulr, nos sistems de equções lineres e n inversão de mtrizes Permutções de subconjuntos de Um dos objectivos deste cpítulo é obtenção de fórmuls ou métodos pr o cálculo de determinntes, pr isso é necessário fzer referênci o conceito de permutção Definição: Chm-se permutção de um conjunto de números inteiros A = {, 2,, n} qulquer conjunto que se pode construir com os n elementos, diferindo uns dos outros pel ordem dos seus elementos Repre-se que cd permutção de um conjunto de números inteiros A = {, 2,, n} é um plicção bijectiv de A em A Obs: Um vez que o número de elementos do conjunto A = {, 2,, n} é # A = n, o número de permutções de A é ddo por n! = n ( n ) 2 Exemplo: Represente s permutções do conjunto A = {, 2,3} Resolução: Existem váris mneirs de se representr um permutção 2 3 domínio 3 2, {,3,2}, (,3, 2), contrdomínio Vmos doptr últim Neste exemplo, como # A = 3 temos 3! = 3 2 = 6 permutções distints no conjunto A, (, 2,3), (,3, 2), (2,,3), (2,3,), (3,, 2) e (3,2,) /5

Determinntes Um método conveniente pr sistemticmente listr s permutções de um ddo conjunto é trvés de um árvore de permutções, por exemplo pr A = {, 2,3} : 2 3 3 2 2 3 3 3 2 2 23 Pridde de um permutção À permutção em que os elementos se dispõem n ordem nturl, dá-se o nome de permutção principl Se num permutção dois elementos não estão dispostos n ordem nturl, diz-se que constituem um inversão (por exemplo, n permutção (,3, 2) os elementos 3 e 2 constituem um inversão) O número totl de inversões pode ser clculdo d seguinte mneir: i) Fixr primeiro elemento d permutção e contr quntos elementos são mis pequenos que este; ii) Fixr o segundo elemento d permutção e contr quntos elementos à direit são mis pequenos que este; iii) Continur té o penúltimo elemento A som destes números será o número de inversões n permutção Um permutção será pr ou ímpr consonte for pr ou ímpr som ds sus inversões, reltivmente à sequênci nturl (té se obter sequênci nturl) Obs2: Com n elementos obtém-se n! permutções, sendo n! n! pres e 2 2 ímpres Teorem (teorem de Bézout): Trocndo entre si dois quisquer elementos de um permutção, mesm mud de pridde Exemplo2: Determine do número de inversões n permutção (6,,3,4,5,2) Resolução: O número de inversões é 5 + 0 + + + = 8 A permutção (6,,3,4,5,2) é pr Exemplo3: Represente s priddes ds permutções do conjunto A = {, 2,3} Resolução: Como já vimos temos 6 permutções pr este conjunto: 2/5

Determinntes (, 2,3) 0 inversões permutção pr (permutção principl); (,3, 2) inversões permutção ímpr; (2,,3) inversões permutção ímpr; (2,3,) 2 inversões permutção pr; (3,, 2) 2 inversões permutção pr; (3,2,) 3 inversões permutção ímpr 24 Termo de um mtriz qudrd Termo de um mtriz qudrd de ordem n é qulquer produto de n elementos d mtriz, onde estej envolvido pens um e um só elemento de cd linh e de cd colun Assim, por exemplo, num mtriz qudrd de ordem 3, podemos definir os seguintes termos: A= 2 3 2 3 23 33 33 termo principl 2 23 3 23 2 2 33 2 3 Num mtriz qudrd de ordem 2, pens podemos definir os seguintes termos e 2 2 Estes dois exemplos, ressltm o fcto de num mtriz de ordem n ter n! termos São todos os produtos d form 2, onde ( j, j2,, j ) é um permutção do conjunto A = {,2,, n} j j2 nj n n 25 Pridde de um termo Um termo, de um mtriz qudrd, será pr ou ímpr consonte for pr ou ímpr som ds inversões efectuds os índices ds linhs e os índices ds coluns Se tivermos o cuiddo de formr os termos de modo que os índices ds linhs fiquem ordendos, pens temos que nos preocupr com s inversões efectuds os índices ds coluns Como no cso d mtriz A nterior Por exemplo o termo: 23 inversões ds linhs = 0 inversões ds coluns = Totl = termo ímpr Se o termo for pr vem fectdo do sinl +, se for ímpr do sinl de Portnto, como 23 é ímpr, escreve-se 23 3/5

Exemplo4: Clcule os termos de cd um ds mtrizes: ) Resolução: ) b) 2 2 e b) Termos Permutção Pridde Pridde do termo ssocid (, 2) Pr + 2 (2,) Ímpr 2 2 2 Termos Permutção Pridde Pridde do termo ssocid (, 2, 3) Pr 33 33 23 (, 3, 2) Ímpr 23 2 2 (2,, 3) Ímpr 33 2 233 2 23 (2,3,) Pr 3 2 23 3 (3,, 2) Pr 2 (3, 2,) Ímpr 3 23 2 3 2 Determinntes 3 23 33 26 Determinnte de um mtriz Estmos gor em posição de definir função determinnte, que é denotd por det Definição2: O número det A = A é chmdo determinnte d mtriz qudrd A e define-se como sendo som de todos os termos de A, fectdos do sinl (+) ou (-) consonte se trte de um termo pr ou de um termo ímpr Obs3: Pelo que foi dito, tod mtriz qudrd tem um determinnte ssocido Contudo, enqunto mtriz A pode ser representd por A = [ ij ]( n n) (não está implícito um cálculo) o determinnte é representdo por A = det( A) det([ ij ]) (n su representção está implícito um cálculo) e, se A for um mtriz rel, represent um nº rel Neste sentido, função determinnte, é um função rel de vriável mtricil um vez que ssoci um mtriz qudrd um número rel y = det( A) Obs4: Se mtriz A não for qudrd não se pode clculr det clculr determinntes de submtrizes qudrds de A A = A, qunto muito, podemos 4/5

Determinntes Portnto, consonte dimensão d mtriz, podemos ter: Mtrizes ( ); [ ] A = det A = A = ; Mtrizes (2 2); A 2 = 2 det A = A = ; 2 2 2 3 Mtrizes (3 3); A = 2 23 3 33 termos pres termos ímpres det A = A = + + ( + + ) 33 2 23 3 3 2 23 2 2 33 3 3 Pr mtrizes (3 3) podemos usr um ds regrs prátics: ) Adicionr à direit s dus primeirs coluns ou inferiormente s dus primeirs linhs e formr os termos pres e ímpres de cordo com inclinção ds digonis A = 2 3 2 3 23 33 2 3 2 ou 2 3 A = 2 23 3 33 2 2 3 23 ( ) ( + ) Os termos positivos são o produto dos elementos d digonl principl e ds dus prlels est e os termos negtivos são o produto dos elementos d digonl secundári e ds dus prlels est b) Regr de Srrus Os termos positivos são o produto dos elementos d digonl principl e os produtos dos elementos que formm os triângulos de bses prlels à digonl principl Os termos negtivos são o produto dos elementos d digonl secundári e os produtos dos elementos que formm os triângulos de bses prlels à digonl principl 5/5

Determinntes Pr mtrizes de ordem superior à terceir não é viável usr definição de determinnte (por exemplo, no cso ( 4 4 ) temos 4! = 24 termos, 2 pres e 2 ímpres), e, tmbém não existem regrs prátics como s presentds pr determinntes de mtrizes de 3ª ordem Nestes csos, obtêm-se métodos mis eficientes como consequênci de lgums proprieddes que vmos estbelecer Proprieddes dos determinntes Vmos presentr, sem demonstrção, lgums proprieddes dos determinntes: O determinnte de um mtriz, qundo existe, é único; 2 O determinnte d mtriz identidde é um (det( I ) = ); 3 O vlor dos determinntes de um mtriz e d su trnspost são iguis, det( A) = det( A T ) ; 4 Se num mtriz s fils (linh ou colun) forem linermente dependentes então o seu determinnte é nulo Em prticulr, qundo mtriz tiver: um fil de zeros (todos os seus termos são nulos); dus fils iguis; dus fils proporcionis; um fil combinção liner de outrs fils; crcterístic inferior à su ordem ( r( A) < n det( A) = 0, A singulr); 5 Um mtriz A dmite invers se e só se o seu determinnte for diferente de zero Consequentemente: A regulr det( A) 0 ; A regulr r( A) = n ; r( A) = n det( A) 0 ; 6 Se mtriz A é regulr, então o seu determinnte é o inverso do determinnte d su invers Ou sej: det( A) A = det( ), A regulr; det( A ) =, det( A) A regulr; 7 Se multiplicrmos um fil de um mtriz por um número o seu determinnte vem multiplicdo por esse número (todos os termos do determinnte são multiplicdos por esse fctor) Est propriedde, diz que: 6/5

Determinntes Multiplic-se um determinnte por um fctor, multiplicndo esse número pelos elementos de um fil E ind que, se dividirmos um fil de um mtriz por um número diferente de zero o seu determinnte vem dividido por esse número; Se todos os elementos de um mtriz qudrd A forem multiplicdos por um n constnte k, então verific-se relção det( ka) = k det( A) ; 8 Um determinnte mud de sinl sempre que se trocm entre si dus fils prlels (o trocr dus fils prlels todos os termos mudm de pridde); 9 Se os elementos de um fil são soms lgébrics de n prcels, o determinnte decompõese n som dos n determinntes que se obtém substituindo os elementos dess fil sucessivmente pel primeir, segund,, prcels e deixndo s restntes fils inlterds Por exemplo, se cd elemento de um fil é som de dus prcels, então o determinnte é igul à som dos determinntes que dele se obtêm substituindo os elementos dess fil, num cso pels primeirs prcels e noutro pels segunds prcels; 0 Não de lter o vlor de um determinnte qundo: os elementos de um fil se dicion os elementos correspondentes de outr ou outrs fils prlel, multiplicd por constntes; se junt um fil um combinção liner de outrs fils prlels; O determinnte de um mtriz tringulr (superior, inferior ou digonl) é ddo pelo seu termo principl ( det( A) = nn ), visto que todos os outros termos são nulos 2 A crcterístic de um mtriz (não nul) pode ser indicdo pel mis lt ordem dos determinntes não nulos ds sus submtrizes qudrds; 3 O determinnte de um produto de mtrizes qudrds d mesm ordem é igul o produto dos determinntes ds mtrizes, det( A B) = det( A) det( B) ; 4 O determinnte d som de mtrizes qudrds d mesm ordem, de um mneir gerl, não é igul à som dos determinntes ds mtrizes, det( A + B) det( A) + det( B) Como foi referido, é inviável clculr, por definição, determinntes de ordem superior à terceir ( n > 3 ) Portnto, plicção ds proprieddes dos determinntes é, n prátic, fundmentl pr o cálculo de determinntes de ordem elevd Tl fcto, permite obter o vlor de um determinnte por um método nálogo o que seguimos pr obter crcterístic de um mtriz (condensção) Pr 7/5

Determinntes isso, por exemplo, combinm-se s proprieddes 7), 8), e 0) visndo obtenção de determinnte tringulr cujo vlor é ddo pel propriedde ) Obs5: Como se fl em condensção, é preciso ter em cont que nem tod operção elementr ds mtrizes deix inlterdo o vlor do determinnte De fcto, como se pode observr, s operções ds proprieddes 7) e 8) (que são elementres pr s mtrizes) lterm o vlor do determinnte Apens s operções referids n propriedde 0) deixm inlterdo o vlor do mesmo Pelo que foi dito, devemos ter em cont que, pesr ds operções elementres ds mtrizes não lterrem crcterístic desss (s mtrizes são equivlentes), dus mtrizes equivlentes não têm que ter o mesmo determinnte Quer dizer, condensr um mtriz e depois clculr o seu determinnte pode levr vlores errdos do mesmo Contudo, qundo condensmos um determinnte ficmos sber crcterístic d mtriz originl correspondente Exercício: Dê exemplos simples pr cd um ds proprieddes presentds em cim Exemplo5: Clcule o determinnte d mtriz qudrd 3 4 5 6 2 0 0 3 5 A = 0 2 4 4 4 3 6 2 0 0 3 0 Resolução: Vmos plicr lgums ds proprieddes em cim enuncids e trnsformr o determinnte em tringulr 3 4 7 6 3 6 7 4 2 0 0 3 5 2 0 5 3 0 A = 0 2 7 = 0 2 7, 4 4 3 5 2 4 4 2 5 3 0 0 0 0 0 0 0 0 Por exemplo, como n 5ª linh figurvm 3 zeros, começmos por reduzir o elemento 54 = 3 zero (somámos 3ª colun à 4ª multiplicd por 3), no último psso, trocámos 3ª colun pel 5ª, o determinnte trocou de sinl Vmos, gor por em evidênci o vlor ( ) d 5ª linh, 3 6 7 4 3 6 7 4 2 0 5 3 0 2 0 5 3 0 A = ( ) 0 2 7 = 0 2 7, 4 4 2 5 3 4 4 2 5 3 0 0 0 0 0 0 0 0 8/5

Determinntes não multiplicámos os elementos d 5ª colun por ( ) porque est operção foi feit em termos d 5ª linh onde o resto dos elementos são nulos (como exercício, fecte 5ª colun do sinl negtivo e clcule o determinnte) Vmos, gor, nulr todos os elementos bixo de =, comecemos por reduzir zero 2 = 2, (sommos ª linh à 2ª multiplicd por 2 ), e ssim sucessivmente, result 3 6 7 4 3 6 7 4 3 6 7 4 2 0 5 3 0 0 6 7 3 8 0 6 7 3 8 A = 0 2 7 = 0 2 7 = 0 2 7 4 4 2 5 3 4 4 2 5 3 0 8 53 3 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 Como o nosso objectivo é trnsformr o determinnte em tringulr, vmos nulr os elementos bixo de = 6, troquemos 2ª linh pel 3ª, ficndo = 2 3 6 7 4 3 6 7 4 3 6 7 4 0 2 7 0 2 7 0 2 7 A = 0 6 7 3 8 = 0 0 0 0 5 = 0 0 0 0 5 0 8 49 3 0 8 49 3 0 0 26 25 9 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 0 multiplicámos 2ª linh por 3 e 4 respectivmente e somámos est linh às 3ª e 4ª linhs respectivmente Visndo nulr o elemento 43 = 26, vmos por em evidênci o 5 n 3 linh,, 3 6 7 4 0 2 7 A = 5 0 0 2 2 0 0 26 25 9 0 0 0 0 Finlmente, multiplicndo 3ª linh por 3 e somndo à 4ª, obtemos 3 6 7 4 0 2 7 A = 5 0 0 2 2 = 5( 2 2 ) = 20 0 0 0 4 0 0 0 0 Neste exemplo, à semelhnç do que se fz com s mtrizes, condensámos o determinnte utilizndo s proprieddes 7), 8) e 0) às linhs (experimente fzer às coluns!), e depois, de obter o determinnte tringulr, plicámos propriedde ) A mtriz A tem crcterístic 5 (porquê?) 9/5

Determinntes Exemplo6: Sej A um mtriz regulr de ordem n Averigúe, com bse n teori dos determinntes, o sinl do determinnte d mtriz T A A Esse determinnte pode ser nulo? Resolução: Aplicndo s proprieddes dos determinntes, tem-se A A = A A = A A = A T T 2 0 pp3) pp 3) T T Ou sej, A A 0, como mtriz A é regulr A 0, e portnto A A 0 Em conclusão T A A > 0 27 Teorem de Lplce Pr plicr o teorem de Lplce é necessário compreender noção de complemento lgébrico Definição3: O menor de um determinnte é o determinnte que se obtém de um determinnte ddo suprimindo o mesmo número de linhs e de coluns Se um determinnte é de ordem n, suprimindo p linhs e p coluns, obtém-se um determinnte de ordem ( n p ) que é um menor do determinnte ddo Definição4: Dois menores dizem-se complementres sempre que em cd um deles estejm representds s linhs e coluns, do determinnte ddo, que não figurem no outro Obs6: Dois menores complementres têm sempre mesm pridde Definição5: Um menor de um determinnte, diz-se principl se su digonl principl é constituíd pens por elementos principis do determinnte ddo E representm-se por i =,, n é ordem do menor Obs7: Um menor principl é sempre pr Definição6: Chm-se menor complementr de um elemento i, de um determinnte, o determinnte que se obtém, suprimindo linh e colun que pertence esse elemento (se um determinnte é de ordem n, o menor complementr é de ordem ( n )) Vmos represent-se o menor complementr de por M Definição7: Chm-se complemento lgébrico de um elemento de um determinnte o determinnte que se obtém suprimindo linh i e colun k que pertence o elemento, fectdo do sinl (+) ou ( ) consonte som dos índices (i + k ) é pr ou ímpr 0/5

Determinntes Obs8 Se representrmos o complemento lgébrico de por C, então, C ( ) i + k = M, em que M é o menor complementr do elemento Ou sej, o complemento lgébrico de um elemento de um determinnte é igul o menor complementr ou o seu simétrico consonte som dos índices do elemento é pr ou ímpr Obs9: Os complementos lgébricos de elementos consecutivos, dispostos quer em linh, quer em colun, são lterndmente positivos e negtivos Por exemplo, consideremos mtriz A (3 3), os sinis dos elementos do determinnte ssocido são + + 2 3 + A = 2 23 + + 3 33 Exemplo7: Ddo o determinnte elementos d segund linh A = 3 2 4 5 0 2, clcule o complemento lgébrico dos 3 4 5 6 2 4 6 3 Resolução: Genericmente, os elementos d segund linh são: 2,, 23 e 24 C 2 3 2 2+ ( ) 4 5 6, 2+ 2 C = 2 = ( ) 3 5 6 ; 2+ 3 C23 = 3 2 ( ) 3 4 6 3 = ( ) 3 4 5 ; 2+ 4 C24 4 6 3 2 6 3 2 4 3 2 4 6 Teorem2 (teorem de Lplce): O vlor de um determinnte A é igul à som dos produtos que se obtêm multiplicndo os elementos de um fil (linh ou colun) pelos respectivos complementos lgébricos Consideremos um determinnte de ordem 3, obtemos o vlor do determinnte A = 2 3 2 3 23 33 Aplicndo regr de Srrus ou sej, A = 33 + 2 233 + 23 2 233 23 =, = ( ) ( ) + ( ) 33 23 2 2 33 23 3 3 2 3 /5

Determinntes A = + = C C + C 23 2 23 2 2 3 2 2 3 3 33 3 33 3 Obs0: Qulquer que fosse ordem do determinnte e qulquer que fosse linh ou colun proceder-se-i de igul modo Portnto, pelo teorem de Lplce, considerndo j-ésim colun n A = C considerndo i-ésim linh, ou j= ij ij A n = ij i= C ij Obs: A plicção do teorem de Lplce bix ordem do determinnte A plicção sucessiv do teorem de Lplce permite-nos determinr o vlor de um determinnte de qulquer ordem Trt-se porém de um processo bstnte moroso, bst tender que de um determinnte de 5ª ordem se obtém 5 determinntes de 4ª ordem e consequentemente 20 determinntes de 3ª ordem Este teorem é, contudo, muito útil qundo o determinnte contém um linh ou um colun com vários zeros, pois podemos minimizr o número de complementos lgébricos clculr, escolhendo convenientemente linh ou colun prtir d pel qul clculmos o determinnte Assim, ntes de plicr o teorem de Lplce um determinnte de ordem n, um hipótese é reduzir zero ( n ) elementos de um fil, de cordo com s proprieddes dos determinntes Exemplo8: Clcule do vlor do determinnte d mtriz 3 4 5 6 2 0 0 3 5 A = 0 2 4 4 4 3 6 2 0 0 3 0 Resolução: Aplicndo o teorem de Lplce, como n 5ª linh já figurm 3 zeros, comecemos por reduzir o elemento 54 = 3 zero (sommos 3ª colun à 4ª multiplicd por 3), 3 4 7 6 2 0 0 3 5 A 0 2 7 ( )( ) 3 7 6 3 7 6 2 0 3 5 2 0 3 5 0 2 7 0 2 7 5+ 3 = = = 4 4 3 5 2 0 0 0 0 4 4 5 2 4 4 5 2 Vmos, por exemplo, reduzir zero os elementos d ª colun bixo de = Fixemos ª linh e sommos à 2ª ª multiplicd por ( 2 ) e à 4ª ª multiplicd por ( 4 ), o que pels proprieddes dos determinntes não lter o seu vlor, 2/5

Determinntes 3 7 6 3 7 6 2 0 3 5 0 6 3 7 6 3 7 + A = = = ( ) 2 7 0 2 7 0 2 7 4 4 5 2 0 8 53 8 53 Fixemos, gor 2 linh e vmos reduzir zero os restntes elementos d ª colun Sommos à ª linh 2ª multiplicd por 3, e à 3ª linh 2ª multiplicd por 4, 0 0 0 0 0 A = = = = 25 26 0 25 26 2+ 2 7 ( ) 2 2(260 250) 20 Exercício2: Considere mtriz: 2 3 A = 0 2 ) O teorem de Lplce 3 3 5 2 3 b) As proprieddes dos determinntes 2 2 Clcule o seu determinnte utilizndo: 0 3 Corolário (do teorem de Lplce): Se num determinnte multiplicrmos os elementos de um fil pelos correspondentes complementos lgébricos de outr fil prlel, som obtid é nul Teorem3 (teorem de Lplce generlizdo): Todo determinnte é igul à som lgébric dos produtos que se obtêm multiplicndo todos os menores de ordem p, contidos em p fils prlels, pelos correspondentes complementos lgébricos Exercício3: Clcule o determinnte do exemplo7 utilizndo este resultdo Exemplo9: Sej mtriz 2 3 5 0 2 3 A = 4 2 2 3 4 ) O produto 232 3 44 é um termo d mtriz A? Justifique Qul o seu sinl? b) Clcule A utilizndo o desenvolvimento de Lplce o longo d 2ª linh c) Sej B (4 4), com B = 2 Clcule justificndo, o determinnte d mtriz ( AB ) T 3/5

Determinntes Resolução: ) O produto 232 3 44 é um termo d mtriz A porque é o produto de 4 elementos de A, com um e um só fctor em cd linh e em cd colun Como num termo é irrelevnte ordem dos fctores, vmos ordenr os fctores por linhs 232 344 = 2 23344 O sinl do termo de um mtriz é ddo por ( ) α, onde α é o número de inversões dos índices ds coluns (como os índices ds linhs coincidem com permutção principl, o número de inversões dos índices ds linhs é α zero) No termo ddo α = e portnto ( ) = O termo é negtivo b) Aplicndo o teorem de Lplce o longo d 2ª linh, obtém-se 2 3 5 2 5 2 3 A = + 4 2 2 4 + 3 4 2 = 60 2 4 2 3 4 2 3 c) O determinnte d mtriz ( AB ) T é ddo por T AB = AB = A B = A B Como A = 60 (d líne nterior) e B = 2 (por hipótese), obtém-se AB = A B 60 = 5 2 T 28 Mtriz Adjunt e mtriz invers Apresent-se nest secção um fórmul que permite clculr invers de um mtriz regulr Definição8: Chm-se mtriz djunt, de um mtriz qudrd A, à trnspost que del se obtém substituindo cd elemento pelo respectivo complemento lgébrico e represent-se por dj( A) = Aˆ C C2 C n C Simbolicmente, A [ ]( ) dj( ) [ ] T 2 C C 2n = ij n n A = Cij ( n n) =, Cn Cn2 Cnn onde C ( ) i + = k M, sendo M o menor complementr do elemento T Vmos gor deduzir um fórmul que permite clculr invers de um mtriz trvés d su djunt Prov-se que A dj( A) = det( A) I, donde 4/5

Determinntes dj( ) = det( ) dj( ) = det( ) dj( ) = det( ) A A A A A I A A A A A A e consequentemente, invers de um mtriz regulr A é dd por: A = dj( A) det( A) Apesr d utilizção d mtriz djunt ser rzoável pr inverter mtrizes té ordem 3, o método d mtriz mplid é mis eficiente pr mtrizes de mior dimensão Contudo, este último é pens um procedimento, enqunto o método d mtriz djunt é um fórmul pr clculr invers de um mtriz Est fórmul é útil pr obtenção de lgums proprieddes d mtriz invers, tis como: i) Um mtriz tringulr dmite invers se e só se su digonl principl não incluir elementos nulos; ii) A invers de um mtriz regulr tringulr superior (inferior) é um mtriz tringulr superior (inferior) Exemplo0: Clcule invers d mtriz 3 2 A = 6 3 2 4 0 Resolução: Vmos utilizr mtriz djunt pr clculr A Primeiro convém verificr se mtriz dmite invers, det( A) = 64 0 A é regulr Vmos, então, clculr djunt de A, Portnto, dj( A) = [ C ] T ij ( n n) T 2 6 6 2 4 2 = 4 2 6 = 6 2 0 2 0 6 6 6 6 A 2 4 2 3 3 6 6 6 3 5 = dj( A) = 6 2 0 = det( A) 64 6 6 6 4 4 4 6 6 6 Exercício4: Determine, cso exist, invers d mtriz ) Pelo método d mtriz djunt b) Pelo método d mtriz mplid 2 3 A = 4 3 2 0 3 7 5/5

Determinntes Índice 2 Determinntes 2 Introdução Permutções de subconjuntos de 23 Pridde de um permutção 2 24 Termos de um mtriz qudrd 3 25 Pridde de um termo 3 26 Determinnte de um mtriz 4 27 Teorem de Lplce 0 28 Mtriz djunt e mtriz invers 4