P.º R.P. 84/2009 SJC-CT

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1 P.º R.P. 84/2009 SJC-CT -Registo predial online Erro na indicação do número da descrição do prédio. Documento particular autenticado Suporte e requisitos. PARECER 1. Através do sítio foi requerido o registo de aquisição de dois prédios descritos, identificados no pedido com o número e , da freguesia de, concelho de, juntando-se para o efeito documento particular autenticado em 23/1/2009 e depositado electronicamente em 25/1/2009, acompanhado de documento elaborado nos termos do artigo 7.º/2 da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro, dando conta das dificuldades de carácter técnico respeitantes ao funcionamento da plataforma electrónica para depósito dos documentos particulares autenticados que titulam actos sujeitos a registo predial nos termos do artigo 24.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. 2. O pedido de registo, anotado no diário sob a ap. 1 de 2009/ /, foi distribuído à Conservatória do Registo Predial de., que, dando conta de que não existiam quaisquer descrições, em livro ou em ficha, com os números indicados no pedido, recusou o registo mas optou, ainda assim, por lançar a anotação da recusa nas fichas dos prédios com os números 8 e 1, mencionados no título (documento particular autenticado), embora sem referência a qualquer apresentação ou sequer à data em que o pedido recusado deu entrada no serviço. 3. Da recusa, sumariamente fundada na falta de objecto de registo, decorrente da omissão da identificação dos prédios no pedido, e nos artigos 68.º e 69.º do Código do Registo Predial (CRP), foi interposto recurso hierárquico, no qual se constata que a plataforma electrónica não consente a indicação de um número de descrição com mais de 10 dígitos e se aduz que, perante a correcta identificação dos prédios no documento apresentado, não poderiam subsistir quaisquer dúvidas acerca do objecto mediato dos pedidos de registo, como, aliás, comprova o facto de a Conservatória ter procedido à anotação das recusas nas fichas correctas. 4. No despacho a que alude o artigo 142.º-A/1 do CRP, apenas se declara a sustentação do despacho de recusa, com os fundamentos alinhados no despacho de qualificação e «em cumprimento de todas as disposições constantes do D.L. n.º 116/2008 de 4 de Julho (Código do Registo Predial)». Questões prévias 1. Compulsados os elementos juntos aos autos, verifica-se que a notificação do despacho de qualificação foi efectuada em 9/2/2009 (primeiro dia útil seguinte ao terceiro dia 1

2 domingo - posterior ao registo postal da carta de notificação enviada em 5/2/2009) e que o recurso hierárquico foi interposto em 23/3/ Logo, considerando a posição firmada no processo RP 164/2008 SJC-CT 1, homologado por despacho do Presidente do IRN, I.P., de 2008/12/19, no sentido de que: «[ ] a notificação continua a presumir-se feita no terceiro dia posterior ao do registo, ou no primeiro dia útil seguinte a esse, quando o não seja, segundo a regra do n.º 3 do art. 254.º do CPC, porquanto a notificação da decisão registal se insere ainda no âmbito do processo de registo, e, neste processo, que é marcadamente distinto do processo de impugnação, não tem lugar a aplicação subsidiária do Código do Procedimento Administrativo»; «[ ] o prazo do recurso, em resultado da aplicação conjugada do n.º 2 do art. 168.º do CPA e do art. 141.º/1 do CRP é de trinta dias a contar da notificação»; e que: [ ] quer por aplicação directa do art. 144.º do CPC, quer por aplicação deste artigo por força da remissão do n.º 3 do art. 58.º do CPTA, o prazo para interpor recurso hierárquico está sujeito à regra da continuidade fixada no art. 144.º/1 do CPC, donde decorre que no seu cômputo se incluem os dias não úteis, não se suspendendo durante as férias judiciais, e que o termo do prazo que caia em dia em que o serviço de registo esteja encerrado se transfere para o primeiro dia útil seguinte»; 1.2. Temos de concluir que o presente recurso hierárquico é intempestivo, posto ter sido interposto para além daquele prazo de 30 dias, devendo, por isso, ser rejeitado, nos termos do disposto no artigo 173.º/d) do CPA, ex vi do artigo 147.º-B do CRP, na redacção dada pelo Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho. 2. Quanto ao requerimento complementar enviado ao IRN por telecópia de 17/4/2009, relatando o tratamento que foi dado noutra conservatória a uma deficiência do mesmo tipo (indicação dos algarismos correspondentes à data da abertura da descrição, em vez do número da descrição), interessa ressaltar que, apesar da simplicidade do procedimento de recurso hierárquico, as fases da marcha do processo e o tempo e os limites da intervenção de cada uma das «partes» constituirão sempre um mínimo de formalismo a respeitar por todos os intervenientes: recorrentes, recorridos e decisores. Donde, não estando legalmente prevista uma fase de renovação do pedido ou de densificação dos seus fundamentos, afastada fica, quanto a nós, a pertinência do mencionado requerimento 2. 1 Propondo a interpretação que, para o registo comercial e perante disposições legais de conteúdo semelhante, havia sido acolhida no processo R CO 32/2006 DSJ-CT. 2 Sem embargo, parece avisado salientar que o princípio da legalidade ínsito no artigo 68.º do Código do Registo Predial demanda que a apreciação da viabilidade do pedido de registo seja feita em face das disposições legais aplicáveis, dos documentos apresentados e dos registos anteriores, e não à imagem da interpretação dos factos e do direito que, perante um caso do mesmo tipo, possa ter sido efectuada noutro 2

3 Apreciação do mérito 3 1. A questão objecto do presente recurso não é privativa do processo de registo promovido pela Internet, embora a via escolhida possa suscitar novas e diversas feições do problema. Trata-se de saber que valia pode ter o pedido que não contenha a indicação exacta do número do prédio descrito que constitui o objecto material do facto trazido a registo No caso em apreço, o pedido de registo foi formulado através do sítio a que se refere o artigo 2.º da Portaria n.º 1535/2008, de 30 de Dezembro, e nele ficou a constar apenas a data em que foram abertas as descrições dos prédios, mas não o número de ordem privativo de cada um deles dentro da freguesia a que pertencem Daí que no diário tivesse ficado a constar, sob a apresentação 103 de 2009/01/31, um registo requerido com referência a dois prédios, um com o número e outro com o número , mas nenhum registo tivesse surgido na lista de trabalho, quer por faltarem ficha informáticas com estes números, quer por inexistir, em livro ou em fichas em suporte papel, descrições que os pudessem comportar Sabendo-se que, dentro de cada freguesia, os prédios são ordenados segundo uma sequência numérica e que os algarismos que se seguem àquele número de ordem privativo correspondem à data de abertura da descrição em ficha (artigo 82.º/1/a) do CRP), a indicação dos prédios descritos no pedido de registo (artigo 42.º/1 do CRP) háde respeitar sempre ao número da descrição, freguesia e concelho (artigo 5.º/2 da Portaria n.º 621/2008, de 18 de Julho), porquanto é este número que, depois, há-de ser recolhido (artigo 61.º/2 do CRP) e anotado no diário (artigo 61.º/1/d) do CRP) e há-de comandar todo o processo de registo e toda a informação registal disponibilizada Sendo que a importância do acerto da referência ao prédio, tanto no pedido de registo como no diário, reside precisamente na função que esta desempenha ao nível do serviço. Tal não significa que, no interesse dos cidadãos e das empresas, não se deva favorecer a uniformidade de decisões, mas este desiderato obtém-se, normalmente, com base em orientações interpretativas ou despachos superiores, e não a partir da actuação desenvolvida numa dada conservatória, a propósito de um concreto pedido de registo, e cujo eventual desacerto, ao invés de benefício, poderá até traduzir-se em desvalor do acto de registo efectuado, atento o disposto no artigos 16.º a 18.º do CRP. 3 Atenta a rejeição do recurso atrás proposta, a apreciação da questão de fundo não pretende ter quaisquer reflexos ao nível da qualificação do registo e apenas tem por finalidade fornecer uma perspectiva de resolução do caso concreto, para os efeitos tidos por convenientes. 3

4 princípio da prioridade consagrado no artigo 6.º do CRP, que é o principal garante da eficácia do sistema de registo, pois nele se determina que «o direito inscrito em primeiro lugar prevalece sobre os que se lhe seguirem relativamente aos mesmos bens, por ordem da data dos registos e, dentro da mesma data, pela ordem temporal das apresentações correspondentes», assim se conferindo o critério que, em princípio, há-de servir na determinação do melhor direito, em caso de incompatibilidade, ou daquele que há-de ser satisfeito à frente do outro, quando os direitos se encontrem na fase de graduação E é o diário o suporte adequado para reflectir, em primeiro lugar, a situação jurídica do prédio a revelar pelo registo, sendo que é a partir das indicações nele contidas que se prossegue e desenvolve o processo de registo 4, se presta informação a terceiros e se potencia a certeza jurídica e a segurança do comércio jurídico imobiliário que mobilizam e dão razão de ser «à actuação intencionalmente dirigida a dar a conhecer a terceiros uma certa situação jurídica» materializada pelo registo predial Donde, sob pena de falência da eficácia do sistema do registo predial, não se pode admitir que o processo de registo valha com referência a descrições que não tenham sido referenciadas no pedido de registo e, por consequência, no diário, e cuja situação tabular, entre o momento do pedido e a data da sua qualificação, não se encontre portanto sinalizada como pendente de alteração 6. Doutra forma, considerar os números de descrição contidos no título mas não reflectidos no pedido e no diário, seria comprometer a confiança ou a fé pública visada com a publicidade registral e imputar na esfera dos terceiros, que entretanto tenham entrado em contacto com o registo, quer no 4 Embora, já o dissemos antes, a anotação no diário não possa autonomizar-se do pedido de registo, fazendo vingar um pedido que não tem correspondência com a pretensão expressamente formulada pelo interessado, ou fixando uma prioridade ou uma pendência registral sobre uma descrição que não se «localiza» no pedido de registo (cfr. o processo C.P. 57/2008 SJC-CT). Acontece que, no pedido electrónico, os elementos anotados no diário são recolhidos do pedido de forma automática e, portanto, «a anotação é aqui, pode dizer-se, da própria autoria do requisitante [pois] o processo completo de submissão do pedido culmina na produção duma anotação que vem a ser exacta imagem do modo como os dados para tanto relevantes foram por ele disponibilizados» (processo RP 64/2009 SJC-CT). 5 Carvalho Fernandes, Lições de Direitos Reais, 4.ª edição, p Como defendemos no processo C.P. 100/2008 SJC-CT, reiterando o entendimento firmado nos processos R.P. 317/2002 DSJ-CT e R.P. 357/2003 DSJ-CT, o registo predial tem de estar preparado, em cada momento, para responder categoricamente à pergunta sobre se determinado registo provisório está ou não caducado, ou à pergunta sobre se está ou não caducado o direito de impugnar determinado despacho de recusa de registo, assim como deve estar preparado para responder, sem hesitações, à questão de saber quais os pedidos de registo que se acham pendentes sobre determinado prédio e a ordem respectiva. 4

5 âmbito da instância de registo quer através da obtenção dos seus meios de prova, os lapsos de quem, antes, exerceu a instância e os riscos inerentes a uma deficiente utilização das tecnologias Cremos, por isso, que a especialidade do caso em apreço, e que se analisa no facto de terem sido indicados números de descrição que não têm expressão em nenhum dos suportes de registo (livro, ficha em papel e ficha informática), acaba por justificar a decisão de espelhar desde logo nas fichas dos prédios que deveriam ter sido indicados no pedido, e não foram, a possibilidade de sobre elas vir a recair o registo Mas garantir a prioridade do pedido em relação aos bens que inequivocamente participaram na formação da vontade actuada no pedido de registo, mas que neste foram erradamente representados, como se procurou fazer no caso em apreço, só pode, a nosso ver, ser lido como forma de acautelar uma ponderação diferente do lapso e das suas causas em sede de impugnação 8, ainda que, transitoriamente, com sacrifício da verdade que literalmente resulta do pedido e da sua anotação no diário, e não como «desconsideração» ou «contradição» com os fundamentos da qualificação minguante. 2. Confirmamos, por isso, o motivo de recusa invocado em sede de qualificação, mas não deixamos de notar que, a ter sido correctamente formulada a instância (indicando-se o número das descrições que efectivamente correspondem aos prédios objecto do negócio jurídico trazido a registo), sobraria ainda razão para a recusa, mas agora por causa do documento apresentado É que, na verdade, o documento que baseia o pedido de registo, pretendendo ser um documento particular autenticado que titula a aquisição, apresenta-se, afinal, como um documento particular ao qual se anexou um print do registo em sistema informático efectuado nos termos previstos na Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho, tendo sido este o conjunto documental depositado electronicamente dois dias após a realização do 7 O que nos parece de todo desadequado é fazer incidir a anotação da recusa na descrição do prédio (e mais desadequado é fazê-lo sem qualquer referência à apresentação em causa), já que por via da funcionalidade «Extractar/Converter» conjugada com a funcionalidade «Apresentações Oficiosas», seria possível fazer constar da Lista de Trabalho de Apresentações o registo de aquisição (com a apresentação 103 de 2009/1/31 introduzida a partir da funcionalidade «Extractar/Converter») e a anotação da recusa (com a apresentação introduzida a partir da funcionalidade «Apresentações Oficiosas»), sendo que a selecção daquela apresentação de aquisição no ecrã «Selecção de Inscrição, Averbamento ou Anotação a Anotar», no momento da elaboração da anotação da recusa, seria suficiente para que a lista de trabalho ficasse actualizada, deixando a mesma apresentação de figurar como registo pendente. 8 Cfr. o processo RP 64/2009 SJC-CT. 5

6 negócio jurídico (hiato justificado com as dificuldades de carácter técnico admitidas no artigo 7.º da Portaria n.º 1535/2008) Ora, não é a prova dos dizeres do registo no sistema informático, aliás desnecessário face ao disposto no artigo 6.º/2 da Portaria n.º 1535/2008, o que realmente pode consubstanciar o termo de autenticação previsto no artigo 22.º do Decreto-Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho 9, pois este, apresentando-se como formalidade que concorre com a escritura pública na exteriorização dos actos sujeitos a registo predial elencados neste preceito legal, há-de corresponder ao documento, elaborado no próprio documento particular ou em folha anexa (artigo 36.º/4 do CN), que, além de satisfazer, na parte aplicável e com as devidas adaptações, o disposto nas alíneas a) a n) do n.º 1 do artigo 46.º do CN, deve conter as menções previstas nas alíneas a) e b) do n.º 1 do artigo 151.º e, se for o caso, os requisitos especiais mencionados no artigo 152.º do mesmo Código Sendo que, em termos de conteúdo, por se tratar de um termo de autenticação de documento particular relativo a acto que, até 1 de Janeiro do corrente ano, merecia a solenidade e a cautela formal da escritura pública, recebe exigências legais acrescidas, dado que no artigo 23.º/3 do Decreto-Lei n.º 116/2008 se impõe às entidades tituladoras a observância de toda a actividade de fiscalização ou de controlo de legalidade que sobre o mesmo tipo de acto recai quando lavrado por escritura pública, e no artigo 24.º/1 do mesmo diploma legal expressamente se ressalvam todos os requisitos legais a que estão sujeitos os negócios jurídicos sobre imóveis, demandando-se que subsidiariamente se aplique o Código do Notariado Com efeito, apesar de a letra do artigo 38.º/3 do Decreto-Lei n.º 76-A/2006 consentir o sentido de que o acto termo de autenticação é praticado (validamente) mediante registo em sistema informático e de que, portanto, seria este a formalidade única que consubstanciaria o próprio acto, o certo é que todo o teor da Portaria n.º 657-B/2006, que veio regulamentar o dito registo informático, é esclarecedor do verdadeiro sentido e alcance daquela disposição legal, porquanto resultam claramente a dissociação entre os dois momentos que, em conjunto, completam o leque das formalidades atinentes à autenticação efectuada por advogado, solicitador ou câmara de comércio e indústria: a autenticação do acto nos termos previstos na lei notarial e o subsequente registo informático. 10 Na nossa opinião, o preceituado nos artigos 22.º a 25.º do Decreto-Lei n.º 116/2008 não deixa de pôr a claro que, neste âmbito, não se procurou a simplificação do conteúdo dos actos negociais ou o abandono dos requisitos e pressuposições legais a que os mesmos se acham injuntivamente subordinados, antes se permitiu aos interessados prescindir da formalidade mais solene da escritura pública mediante a estipulação de forma legal preenchida pela autenticação do documento particular perante o notário ou uma das entidades previstas no artigo 38.º do Decreto-Lei n.º 76-A/2006. Só que esta autenticação, para ser válida, tem de ser reduzida a termo que contenha os requisitos privativos da espécie de documento em causa e os requisitos especiais 6

7 2.4. Vale, por isso, dizer que um acto com os efeitos previstos no artigo 22.º do Decretolei n.º 116/2008 lavrado por escritura pública se distingue daquele que é formalizado por documento particular autenticado desde logo pelo facto de ser o notário, e não as partes, a redigir o documento, depois de indagar interpretar e adequar ao ordenamento jurídico a vontade negocial em causa, todavia, os pressupostos e os requisitos legais especiais demandados pelo tipo negocial e pela natureza dos bens envolvidos têm, num caso e noutro, de ser observados e de ser fiscalizados pela entidade tituladora: o notário, no caso da escritura pública, ou qualquer entidade que autentique o documento particular A esta entidade tituladora competirá fiscalizar a legalidade do acto (artigos 173.º/1 e 174.º do CN) e verificar, comunicar e participar com o mesmo grau de dever imposto ao notário, quando o acto seja praticado por escritura pública, residindo o benefício desta fiscalização nas mesmas razões que a determinam quando o acto é lavrado na forma mais solene, ou seja, uma razão de ordem de pública, traduzida na necessidade de assegurar o prestígio da lei, e também uma razão de ordem particular, tendo aqui em vista evitar às partes a desvantagem de praticarem actos que mais tarde não podem produzir os efeitos por elas pretendidos No caso dos autos, para além de se tratar de um documento que não tem a aparência externa de um termo de autenticação e que, não fora o facto de nele terem sido apostas as assinaturas autógrafas do rogado da vendedora 13, dos compradores e da advogada, faria supor apenas a falta de depósito electrónico do documento (termo de autenticação elaborado pela entidade tituladora em folha anexa ao documento particular) a que respeitaria aquele registo informático, em nenhum passo do mesmo se detecta a intervenção fiscalizadora atrás referida, dado que nenhuma menção relativa à legitimação dos direitos da transmitente, e à exibição da prova referida no artigo 54.º/4 do CN, à prova dos artigos matriciais (artigo 57.º/2 do CN), à situação do prédio urbano para efeitos do disposto no Decreto-Lei n.º 281/99, de 26 de Julho, aos documentos inerentes ao tipo negocial documentado, e tem de ser validamente depositada na plataforma electrónica criada para o efeito (artigo 24.º/2 do Decreto-Lei n.º 116/2008). 11 Cfr., neste sentido, o processo C.P. 81/2009 SJC-CT. 12 Carvalho Fernandes, Teoria Geral do Direito Civil II, 3.ª edição, p Outra perplexidade deste processo radica no facto de, em vez da menção prevista na alínea m) do n.º 1 do artigo 46.º, da impressão digital prevista no artigo 51.º e dos requisitos especiais previstos no artigo 152.º do CN, se ter feito constar a assinatura do rogado e o reconhecimento desta assinatura no print do registo informático (que se assumiu ser o próprio termo de autenticação), como se o conteúdo do reconhecimento pudesse dizer ou valer mais do que as menções apostas num termo de autenticação, e a certificação, feita pela entidade tituladora, da presença e das declarações da outorgante que não pode ou não sabe assinar acompanhada da impressão digital não bastassem para comprovar a sua intervenção no acto. 7

8 arquivados (artigo 46.º/1/f) do CN) ou às advertências previstas no artigo 50.º do Decreto-Lei n.º 211/2004, de 20 de Agosto, se detecta no conteúdo do print depositado electronicamente com o documento particular Entendemos, por isso, que a actuação desenvolvida pela entidade tituladora não consubstancia o acto de autenticação a que aludem os artigos 22.º e seguintes do Decreto-Lei n.º 116/2008 e que, portanto, o documento particular não chegou a adquirir a natureza de documento particular autenticado. Também aqui, «terão, então, as partes, querendo aproveitar o documento particular, que confirmar novamente perante entidade autenticadora (a mesma ou outra) o seu conteúdo [ ], seguida de (novo) depósito electrónico nos termos legalmente fixados» Pelo exposto, propomos a rejeição do recurso e, em conformidade, firmamos aos seguintes CONCLUSÕES I - O registo deve ser recusado, nos termos do artigo 69.º/1/b) do Código do Registo Predial, quando, no pedido, os prédios descritos tenham sido indicados pelos algarismos correspondentes à data da abertura das descrições respectivas e não pelo número de ordem privativo dentro da freguesia a que pertencem (artigos 6.º, 42.º/1, 61.º/1/d) e 2, e 77.º/1 do Código do Registo Predial, e artigos 3.º e 5.º da Portaria n.º 621/2008, de 18 de Julho). II - A autenticação dos documentos particulares que titulem actos sujeitos a registo predial, nos termos previstos nos artigos 22.º e seguintes do Decreto- Lei n.º 116/2008, de 4 de Julho, deve ser feita mediante termo de autenticação, elaborado nos termos do Código do Notariado, e depósito electrónico realizado de acordo com o preceituado na Portaria 1535/2008, de 30 de Dezembro, ficando a entidade tituladora, que seja advogado, solicitador ou câmara de 14 Apesar de estas menções constarem, todas, do documento particular, certo é que caberia à entidade tituladora certificá-las no termo de autenticação, pois a prova a que as mesmas se referem não tem de ser feita inter partes, senão perante aquela entidade tituladora. 15 Cfr. o processo R.P. 67/2009 SJC-CT. 8

9 comércio e indústria, dispensada de proceder ao registo em sistema informático previsto na Portaria n.º 657-B/2006, de 29 de Junho. III - Assim, nem a execução do registo em sistema informático previsto na Portaria n.º 657-B/2006 pode consubstanciar a prática do acto de autenticação dos documentos particulares que titulem actos sujeitos a registo predial, nem o print extraído daquele sistema informático electronicamente depositado, com o documento particular, constitui documento bastante para a prova legal do facto (artigo 43.º/1 do Código do Registo Predial). Parecer aprovado em sessão do Conselho Técnico de 17 de Dezembro de Maria Madalena Rodrigues Teixeira, relatora, Luís Manuel Nunes Martins, Isabel Ferreira Quelhas Geraldes, António Manuel Fernandes Lopes, João Guimarães Gomes Bastos, José Ascenso Nunes da Maia. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Presidente em

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