PERSPECTIVAS PARA O DÓLAR EM 2015
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- Osvaldo Andrade Caetano
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1 PERSPECTIVAS PARA O DÓLAR EM de março de 2015 Lígia Pedrozo Heise Inteligência de Mercado
2 Aviso Legal A negociação de derivativos, tais como futuros, opções e swaps pode não ser adequada para todos os investidores. A negociação de derivativos envolve riscos substanciais de perda, e você deve compreender completamente esses riscos antes de negociar. Resultados financeiros passados não são necessariamente indicativos de desempenho futuro. Todas as referências à negociação de futuros/opções são feitas exclusivamente em nome da INTL FCStone. Todas as referências à execução de swaps e swaps bilaterais são feitas exclusivamente em nome da INTL FCStone. A INTL FCStone realizará o clearing de swaps quando for aplicável. Swaps estão disponíveis somente para contrapartes elegíveis. Este material não deve ser interpretado como uma solicitação de estratégias de negociação e/ou serviços de negociação prestados pela INTL FCStone observados nesta apresentação. A INTL FCStone não é responsável por qualquer redistribuição deste material por terceiros, ou quaisquer decisões comerciais tomadas por pessoas às quais este material não se destina. As informações contidas neste documento foram obtidas de fontes que acreditados ser de confiança, mas não há garantias quanto à sua exatidão. Entre em contato com o pessoal designado da INTL FCStone para consultoria específica em negociações que atendam às suas preferências comerciais. Estes materiais representam as opiniões e pontos de vista do autor, e não necessariamente refletem os pontos de vista e estratégias de negociação empregadas pela INTL FCStone. Todas as declarações de previsões feitas dentro desse material representam as opiniões do autor, salvo indicação do contrário. Informações factuais tomadas como confiáveis foram usadas para formular estas declarações de opinião, e nós não podemos garantir a exatidão e integridade das informações que estão sendo invocadas. Dessa forma, estas declarações não refletem necessariamente os pontos de vista e estratégias de negociação empregadas pela INTL FCStone. Todas as previsões de condições de mercado são inerentemente subjetivas e especulativas, e resultados reais e previsões subsequentes podem variar significativamente em relação a essas previsões. Nenhuma garantia é feita de que essas previsões serão alcançadas. Todos os exemplos são fornecidos apenas para fins ilustrativos, e não significam que nenhuma pessoa poderá ou terá probabilidade de conseguir lucros ou perdas similares àqueles dos exemplos. A reprodução ou o uso em qualquer formato sem autorização são proibidos. Todos os direitos reservados. 2
3 Panorama Geral
4 Moedas Evolução das principais moedas 30 dias (%) Evolução das principais moedas 12 meses (%) Real Libra Noruega Dinamarca Euro África do Sul Suécia Suiça Singapura Canadá Austrália Japão México Coreia do Sul Nova Zelândia Taiwan -10,27-4,25-3,81-3,53-3,51-3,43-2,25-1,32-1,28-0,66-0,63-0,59-0,33-0,17 0,56 0, Real -27,68 Suécia Noruega Dinamarca Euro Austrália Japão México Nova Zelândia Canadá Libra África do Sul Suiça Singapura Taiwan Coreia do Sul -24,62-23,16-20,76-20,71-14,51-14,47-12,46-11,42-10,81-10,06-9,46-8,15-7,49-2,21-1, Real Dinamarca Euro Suécia Canadá Noruega Libra Austrália Singapura Nova Zelândia África do Sul México Coreia do Sul Japão Taiwan Franco Suiço Evolução das principais moedas 2015 (%) -16,86-9,66-9,39-8,07-7, ,56-4,15-3,3-2,59-2,42-1,53-0,91 0,18 1,25 3, Fonte: Bloombeg A comparação entre moedas deixa claro que a valorização do dólar é um fenômeno global. Entre as principais moedas, o real lidera lista das que mais perderam. 4
5 Moedas Fonte: Thomson Reuters 5
6 Mercado acionário Observa-se clara tendência de valorização do mercado acionário da Europa e dos EUA nos últimos meses, enquanto o Ibovespa anda de lado após forte queda no semestre passado. Fonte: Thomson Reuters 6
7 Queda do petróleo pressiona commodities Fonte: Thomson Reuters 7
8 Cenário externo
9 EUA: Economia em recuperação Fonte: Departamento do Comércio dos EUA & Departamento do Trabalho dos EUA A melhora do mercado de trabalho dos EUA reforça a percepção de que a alta da taxa de juros dos títulos do Fed não deverá demorar para ocorrer. 9
10 EUA: Economia em recuperação Inflação EUA (Core PCE) 2,50 Inflação Meta 2,00 2,00 1,50 1,31 1,00 0,50 0,00 set-08 jan-09 Fonte: BEA mai-09 set-09 jan-10 mai-10 set-10 jan-11 mai-11 O principal fator que tem segurado alta ainda mais expressiva do dólar com relação a outras moedas é a queda dos índices de inflação no país, puxada pela redução nos preços da energia. set-11 jan-12 mai-12 set-12 jan-13 mai-13 set-13 jan-14 mai-14 set-14 jan-15 10
11 Zona do Euro: sinais de leve melhora PIB crescimento anual (YoY %) Inflação ao consumidor da Zona do Euro (% ao ano) Fonte: Eurostat No dia 9 de março teve início o programa de estímulos monetários do BCE, que colocará 60 bilhões no mercado todos os meses, através da recompra de títulos. O anúncio do programa, em janeiro, já trouxe reflexo positivo ao bloco, contribuindo, por exemplo, para reduzir a deflação em fevereiro. Fonte: Eurostat 11
12 China: Desaceleração impacta Brasil Fonte: NAS A desaceleração chinesa tem influenciado negativamente a economia brasileira. O país deverá continuar desaquecendo em O governo chinês inclusive reduziu sua meta para o crescimento do PIB para 7%, ante meta de 7,5% em 2014 (o valor final ficou em 7,3%). Fonte: NAS 12
13 Cenário doméstico
14 Variaçao anual (%) Brasil: Situação preocupante 8,00 7,00 6,00 5,00 4,00 3,00 2,00 1,00 0,00-1,00-2,00 Crescimento anual do PIB 7,53 6,09 5,71 5,17 4,31 3,96 3,16 2,66 2,73 2,28 1,31 1,15 1,03 1,20 0,14-0,33-0,83 Fonte: IBGE & Boletim Focus/Bacen Obs: Os valores de 2014 e 2015 referem-se a projeções Após um ano com a economia estagnada, 2015 não promete ser diferente. Pelo contrário, aumenta a probabilidade de uma retração do PIB neste ano de ajuste das contas públicas. Fatores como a desaceleração internacional, o ajuste fiscal e a ameaça do suprimento de água e energia elétrica agravam as perspectivas para a economia. A expectativa é que com o ajuste, o PIB volte a crescer em
15 Brasil: situação preocupante Evolução das projeções do mercado para o crescimento do PIB Evolução das projeções do mercado para o IPCA Projeções do mercado (20/mar) O mercado projeta retração de 0,83% do PIB em 2015, enquanto há um ano a expectativa era de avanço de 2%. Destaca-se também a recente piora das projeções para a inflação e para a dívida pública. Fonte: Boletim Focus/Bacen 15
16 Brasil: situação preocupante Situação dos reservatórios energia armazenada SE/CO (% do valor máximo) 100, ,00 80,00 70,00 60,00 50,00 40,00 30,00 20,00 10,00 0,00 Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Fonte: ONS 16
17 Brasil: situação preocupante Risco país (pontos) Fonte: IPEA 17
18 Brasil: situação preocupante Reservas internacionais (US$ milhões) Fonte: Bacen 18
19 jan-10 abr-10 jul-10 out-10 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 Brasil: situação preocupante Balança comercial acum. 12 meses (US$ bi) 300 Saldo comercial (eixo dir.) Exportação Importação 50 Transações correntes (% PIB) Fonte: Secex Fluxo cambial mensal Fonte: Bacen Observa-se piora da balança comercial brasileira, a despeito dó dólar mais forte. Como resultado, o Brasil tem registrado aumento em seu déficit em transações correntes, que o torna mais dependente da entrada de capitais pela conta Capital e Financeira. Fonte: Bacen 19
20 jan/11 mar/11 mai/11 jul/11 set/11 nov/11 jan/12 mar/12 mai/12 jul/12 set/12 nov/12 jan/13 mar/13 mai/13 jul/13 set/13 nov/13 jan/14 mar/14 mai/14 jul/14 set/14 nov/14 jan/15 jan-11 abr-11 jul-11 out-11 jan-12 abr-12 jul-12 out-12 jan-13 abr-13 jul-13 out-13 jan-14 abr-14 jul-14 out-14 jan-15 jan-11 mar-11 mai-11 jul-11 set-11 nov-11 jan-12 mar-12 mai-12 jul-12 set-12 nov-12 jan-13 mar-13 mai-13 jul-13 set-13 nov-13 jan-14 mar-14 mai-14 jul-14 set-14 nov-14 jan-15 mar-15 % ao mês % ao ano Brasil: situação preocupante IPCA mensal e acumulado 12 meses Taxa SELIC 1,4 IPCA Acumulado 12 meses Centro da Meta Teto da Meta 8,0 14 1,2 1 7,5 7,0 6, ,75 0,8 0,6 0,4 0,2 6,0 5,5 5,0 4,5 4,0 3,5 % ao ano ,0 7 IPCA acumulado 12 meses preços administrados e livres Monitorados Livres Total 12,00% 10,00% 8,00% 6,00% 4,00% A inflação ao consumidor iniciou 2015 com forte aceleração. O IPCA de fevereiro totalizou 1,22%, levando o índice acumulado em 12 meses a 7,7%. Para combater a alta dos preços, o Bacen tem promovido sucessivas elevações da taxa básica de juros da economia, a SELIC, que já está em 12,75% a.a. 2,00% 0,00% Fonte: IBGE & Bacen 20
21 jan/11 abr/11 jul/11 out/11 jan/12 abr/12 jul/12 out/12 jan/13 abr/13 jul/13 out/13 jan/14 abr/14 jul/14 out/14 jan/15 jan/07 jul/07 jan/08 jul/08 jan/09 jul/09 jan/10 jul/10 jan/11 jul/11 jan/12 jul/12 jan/13 jul/13 jan/14 jul/14 jan/15 % PIB Brasil: situação preocupante Resultado primário setor público consolidado (R$ bi) Dívida bruta do governo geral (% PIB) 200 Mensal Acum. 12 meses , (50) 50 Fonte: Bacen Fonte: Bacen Um dos mais graves problemas enfrentados pelo governo é o ajuste das contas públicas. O cumprimento da meta do superávit primário para este ano (1,2% do PIB) torna-se mais difícil em meio à herança do déficit do ano passado, à piora nas expectativas para o PIB (que poderão se deteriorar ainda mais se confirmado o racionamento ou racionalização do consumo de energia) e à crise de governabilidade do segundo governo Dilma. 21
22 Balanço para o dólar Fatores baixistas Inflação EUA Atuações do Bacen Elevada taxa SELIC no Brasil Fatores altistas Recuperação econômica EUA: sinais de alta dos juros Desaceleração global (Europa, China e Japão) Instabilidade política na Zona do Euro Risco de abastecimento de água e energia no Brasil Crise de governabilidade Queda dos investimentos e dos royalties da Petrobras e de grandes grupos Possibilidade de retração do PIB dificulta ajuste fiscal Risco de rebaixamento da nota de crédito brasileira 22
23 OBRIGADA! Lígia Heise Coordenadora de Inteligência de Mercado Inteligência de Mercado /março/2015
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