AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA

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1 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA BEATRIZ ASSIS JUNQUEIRA (1) ; VIVIANI SILVA LIRIO (2) ; MARÍLIA MACIEL GOMES (3). 1.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 2.UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIçOSA, VIÇOSA, MG, BRASIL; 3.UNIVERSIDADE FEDERAL DE SãO JOãO DEL REI, VIÇOSA, MG, BRASIL. assisjunqueira@yahoo.com.br POSTER COMÉRCIO INTERNACIONAL AVALIAÇÃO DOS EFEITOS DE BARREIRAS NÃO TARIFÁRIAS SOBRE AS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS DE CARNE BOVINA Grupo de Pesquisa: Comércio Inernacional Resumo O objeivo da pesquisa consisiu na idenificação e avaliação do impaco resulane da imposição de Barreiras Não-Tarifárias (BNT) sobre as exporações brasileiras de carne bovina. O modelo analíico envolveu abordagem qualiaiva e quaniaiva. A primeira consisiu na idenificação das BNT e a segunda envolveu análise de séries emporais. Denre os evenos idenificados como relevanes pelos exporadores, cinco foram significaivos em ermos de impacos sobre as exporações, sendo quaro relaivos à febre afosa e um de suspeia da presença do Mal da Vaca Louca. As reduções da quanidade imporada foram relevanes, com impaco no curo prazo, e conseqüene perda para o seor, mosrando que melhor compreensão sobre o perfil das BNT e o dimensionameno de seus efeios pode colaborar para a consrução de ações que venham a minimizar as perdas decorrenes de sua imposição. Palavras-chaves: carne bovina, exporações, barreiras não-arifárias, análise de séries emporais. Absrac - The objecives of his rial consised on he idenificaion and evaluaion of he impacs resuled from he imposiion of non-ariff barriers (NTB) o Brazilian bovine mea exporaions. The analyical model includes quaniaive and qualiaive approach. The firs one consised in he idenificaion of he NTB imposed and he second was based on ime series analysis. Among he evens idenified as significan by he exporers companies, five presen significance in erm of exporaions impac. Four of hem occurred because of he expor impedimen coming from he occurrence of Foo and Mouh Disease or he suspec of Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 1

2 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Bovine Spongiform Encephalopahy. The reducion of he quaniy expored was relevan, wih impac in he shor run and consequen loss o he beef cale indusry, which represen ha a beer comprehension from he NTB profile and he measuremen of heir impacs may collaborae o he elaboraion of plans which could minimize he damage originaing from hose imposiions. Key Words: Bovine mea, exporaion, non-ariff barriers, ime series analysis. INTRODUÇÃO O mercado inernacional em vivenciado ransformações e apresenado crescimeno conínuo nas úlimas décadas, o qual pode ser aribuído, ao menos parcialmene, aos acordos para liberalização do comércio, que propiciaram a redução de arifas aplicadas pelos países. Todavia, os agenes do mercado, em subsiuição aos mecanismos radicionais, vêm gerando um complexo sisema de ransações aravés da criação de novas formas de proeção, uma vez que ao mesmo empo em que desejam ampliar o comércio, ambém almejam a esabilidade da economia inerna. As barreiras ao comércio inernacional podem ser classificadas, segundo sua naureza, em arifárias e não-arifárias. As barreiras arifárias consisem na cobrança de um imposo quando um bem é imporado, mas a imporância desas arifas diminuiu ao longo das úlimas décadas e grande pare da proeção aual provém da uilização das barreiras não-arifárias (BNT). Denre esas, as barreiras saniárias, no caso da agroindúsria, apresenam grande relevância, como um dos principais insrumenos de conrole do acesso aos mercados. No enano, a legiimidade das barreiras imposas é quesionável. Por um lado exise a real proeção à saúde humana e demais aspecos ligados à sanidade, mas por ouro se enconram as ações oporunisas, configuradas em proecionismo. Embora os efeios da aplicação desses insrumenos sejam amplos, alguns seores são mais aingidos - como é o caso da bovinoculura de core brasileira e êm vivenciado diversos enraves comerciais devido a faores de ordem saniária, principalmene aqueles relacionados com o aparecimeno de focos da febre afosa. No que ange o seor de bovinoculura de core, diversos faores êm conribuído para o desenvolvimeno da produção e exporação de carne bovina brasileira. A desvalorização cambial e a elevação das axas de juros, que ocorreram na década de 9, favorecem o seor e as exporações alcançaram melhor desempenho. Mais recenemene, durane o período de 2 a 25, as exporações apresenaram vuloso crescimeno, principalmene em razão da desvalorização do real, do aparecimeno do Mal da Vaca Louca em países exporadores, do conrole da afosa e do crescimeno da demanda mundial. Adicionalmene, o fao da maior pare do gado brasileiro ser alimenado a paso em sido um faor de valorização da carne no mercado inernacional. O principal mercado para as vendas exernas da carne bovina brasileira é a União Européia, ano in naura quano indusrializada. No que ange às imporações mundiais de carne bovina indusrializada, os Esados Unidos desacam-se como o maior comprador. Em conraparida, um fao imporane é que os Esados Unidos, Japão, Coréia do Sul, Canadá, Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 2

3 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" China e Jordânia, imporanes imporadores mundiais de carne bovina in naura, apresenam resrições à carne brasileira. O Brasil vivencia, desde ouubro de 25, o problema saniário devido o aparecimeno de focos da febre afosa no esado Mao Grosso do Sul e Paraná. A febre afosa é um desafio para a cadeia produiva, uma vez que resrições comerciais impedem as exporações e o acesso a novos mercados, além dos prejuízos causados pela perda de produção e sacrifício de animais. No caso da carne bovina, a febre afosa represena a doença que eve o maior peso como barreira saniária, consiuindo um obsáculo às exporações de carne in naura. Nesse conexo, a imposição de barreiras ao comércio inernacional implica na redução da compeiividade e lucraividade da cadeia produiva nacional, a qual já enfrena problemas de infra-esruura, baixo invesimeno governamenal em conrole saniário e concorrência com países proecionisas. Assim, o esudo relaivo às resrições imposas, na forma de barreiras não - arifárias, sobre a carne bovina para exporação é de exrema relevância, dado o poencial de crescimeno do consumo mundial e a imporância assumida pelo país no mercado exerno nos úlimos anos. Em razão dessa imporância, o presene esudo objeivou idenificar as principais BNT incidenes sobre as exporações brasileiras de carne bovina para os mercados dos Esados Unidos, Japão, Rússia e União Européia e avaliar os impacos decorrenes da imposição das mesmas. METODOLOGIA Modelo eórico Com relação aos insrumenos de políica comercial, as barreiras arifárias são caracerizadas pelo pagameno de um imposo quando um bem é imporado. As arifas podem ser classificadas em específicas ou ad valorem. As arifas específicas são fixas e cobradas por unidade do bem imporado; por sua vez, as arifas ad valorem são uma fração do valor dos bens imporados (KRUGMAN; OBSTFELD, 25). A remoção dessas barreiras sobre os fluxos comerciais permiiu, aliada a ouros faores, o crescimeno do volume de comércio mundial, elevando o grau de aberura da maior pare das economias. Enreano, a imposição de uma arifa sobre um bem imporado é apenas um dos insrumenos uilizados. Além dese, podem-se ciar ouros, classificados como Barreiras Não-Tarifárias (BNT), que consisem em resrições quaniaivas e políicas que afeam o comércio, como: subsídios, quoas, medidas de ordem écnica/saniária ec. As quesões de ordem écnica e cienífica êm apresenado imporância significaiva nas relações comerciais. Esse fao pode ser exemplificado por emas saniários, écnicos e ambienais, os quais, além de seus efeios sobre o comércio inernacional em ermos econômicos, ambém afeam o esabelecimeno de políicas. O seor exporador de carnes ilusra bem esse enendimeno, basando mencionar as quesões envolvendo a febre afosa e o Mal da Vaca Louca (MIRANDA e al., 23). Alguns aconecimenos relacionados às quesões saniárias receberam especial aenção a parir da década de 198. Nesse senido, episódios como influenza aviária, Mal da Vaca Louca, presença de hormônios em carnes, enre ouros evenos ocorridos nos mais diversos países, fazem pare desse cenário e conribuíram para a busca por regulamenações e normas de proeção à saúde. A parir desses aconecimenos, enrou em vigor a parir de 1995, o Acordo para aplicação de Medidas Saniárias e Fiossaniárias (SPS), o qual dispõe sobre odas as medidas saniárias e fiossaniárias que se propõem a proeger a saúde humana, animal e vegeal. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 3

4 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" No presene rabalho, preendeu-se, além da idenificação das principais BNT incidenes sobre as exporações brasileiras de carne, avaliar as perdas decorrenes desses evenos. A modelagem consiui-se do levanameno primário de dados nas principais empresas exporadoras do país, o qual represena uma abordagem qualiaiva de idenificação prévia das BNT, mais especificamene barreiras saniárias. Esse procedimeno é combinado com a consrução de um modelo economérico capaz de capurar os efeios desejados sobre os preços e quanidade das exporações brasileiras de carne bovina. Para isso, como referência, uiliza-se a modelagem uilizada por Faria (24) em seu esudo sobre os efeios da imposição de barreiras não-arifárias sobre as exporações brasileiras de mamão, adapada do esudo sobre carne bovina de Miranda (21). Modelo Analíico De acordo com Yin (21), os méodos de pesquisa podem ser classificados, de acordo com a forma de obenção dos dados, em esudo de caso, experimenal, surveys, hisórico ou análise de informações de arquivos. O esudo de caso é o mais indicado quando se deseja fazer uma invesigação com os objeivos de preservar as caracerísicas holísicas e significaivas dos evenos da vida real e analisar os processos organizacionais e adminisraivos, bem como as mudanças ocorridas nas relações inernacionais ec. No caso desa pesquisa, que invesiga as BNT, as quais geram efeios sobre as exporações brasileiras de carne bovina, foi uilizada uma meodologia que consisiu numa abordagem conjuna, quaniaiva e qualiaiva. A abordagem qualiaiva envolveu um esudo múliplo de caso, realizado in loco, com o objeivo de conexualizar o problema no que diz respeio à idenificação das BNT imposas ao seor exporador de carne bovina. As barreiras idenificadas foram enão uilizadas na abordagem quaniaiva. A abordagem qualiaiva envolveu a colea das noificações, conidas no sie da Organização Mundial do Comércio (OMC). Essas noificações foram analisadas e incorporadas em enrevisas semi-esruuradas e quesionários, em um esudo múliplo de caso, juno aos órgãos públicos e às principais empresas exporadoras de carne do país. Finalmene, as barreiras classificadas como imporanes foram uilizadas na abordagem quaniaiva que envolveu o exame de séries emporais. O quesionário foi elaborado a parir de uma adapação da esruura sugerida por Miranda (21). Com relação à abordagem quaniaiva, a uilização de séries emporais em servido de base para quanificação dos efeios da imposição de BNT em alguns rabalhos realizados recenemene. Evenos cujos efeios são não-quanificáveis direamene, como a imposição de uma barreira saniária, podem ser inseridos em modelos economéricos na forma de variáveis dummies. A descrição da modelagem economérica será feia a seguir, sendo composa por modelos ARIMA, eses de raiz uniária e análise de inervenção. Nesse senido, os dados para esudos economéricos, os quais são denominados séries emporais, são caracerizados por possuírem seus valores ordenados seqüencialmene no empo. Segundo Vasconcellos e Alves (2), há uma abordagem que encara as séries de empo como sendo inegralmene geradas por um processo esocásico, ou seja, exise uma família de valores que a série pode assumir, aos quais esão associadas probabilidades. A arefa consise em descobrir qual é o processo gerador da série em esudo, ou seja, qual o modelo que raduz o modelo de geração da série. A mais difundida forma de raar esa quesão foi proposa por Box e Jenkins. Esses modelos apresenam uma resrição ao seu uso, a Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 4

5 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" qual consise na esacionariedade da série. Assim, um processo esocásico é considerado fracamene esacionário se as condições a seguir forem saisfeias: Média: E[ y( )] = µ ; 2 2 V[ y( )] = E[ y µ ] = σ Variância: e E[( y )( )] = ( ), = 1,2,... Covariância: µ y h µ f k k. As relações supraciadas demonsram que a média e a variância são consanes ao longo do empo, enquano a covariância enre dois períodos de empo depende apenas da disância ou defasagem enre os dois períodos, e não do empo efeivo em que a covariância é calculada. Desse modo, os modelos ARIMA resulam da combinação de rês componenes, quais sejam: o componene Auo Regressivo (AR), o filro de Inegração (I) e o componene de Médias Móveis (MA). Esses filros resulam em uma série de combinações para a formação dos mais diversos modelos. Os modelos Auo Regressivos [AR(p)] são descrios por seus valores passados e pelo ermo de erro, endo como exemplo um processo AR (1), represenado por: Y = φ Y 1 + ε. Um modelo de médias móveis [MA(q)] é resulado da combinação linear dos choques aleaórios, sendo um MA (1) represenado por: Y = ε θε 1. Um modelo Auo Regressivo de médias móveis, por sua vez, é uma combinação dos dois aneriores, sendo uma ARMA (1,1) represenado por: Y = φ Y 1 + ε θε 1. Da mesma forma, a meodologia de Box-Jenkins aplica-se a um caso específico de séries não-esacionárias, mas que se ornam esacionárias aravés de processos de diferenciação. Assim, se y necessiar de d diferenciações, o processo será represenado por ARIMA (p, d, q), sendo p o número de ermos de y e q o número de choques aleaórios do ermo ε. Segundo Gujarai (21), a modelagem ARIMA procura explicar o comporameno de uma variável y, por meio de seus próprios valores passados e de ermos de erro esocásicos. Por essa razão, esses modelos são chamados de aeóricos, pois não podem ser derivados de nenhuma eoria econômica. De forma complemenar, Bacchi (1994) cia os modelos univariados para séries sazonais. Os modelos ARIMA exploram a correlação de valores de y em insanes de empo consecuivos, porém, em séries sazonais, ouro ipo de correlação serial passa a er imporância: a correlação enre os insanes de empo disanes enre si por s ou múliplos de s (s = 12 para dados mensais e s = 4 para dados rimesrais). Os modelos para séries sazonais podem ser descrios por um modelo SARIMA (p, d q) x (P, D, Q), sendo: P, a ordem do processo auo-regressivo sazonal; D equivale ao número de diferenças sazonais; e Q é a ordem do processo de média móvel sazonal. A meodologia de Box-Jenkins para os modelos ARIMA e SARIMA apresena quaro eapas: idenificação, esimação, verificação e previsão. A idenificação consise na descobera dos padrões p, d e q, aravés da uilização de funções de auo-correlação (FAC) e auocorrelação parcial (FACP). Em seguida, esimam-se os parâmeros do modelo. A verificação avalia o ajuse pela análise de resíduos e erros de previsão e, finalmene, a previsão consise na uilização dos modelos para previsões na série y, para períodos poseriores. Considerando a equação: y = ρ 1 + ε. y Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 5

6 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Se de fao for verificado que ρ = 1, diz-se, enão, que a variável esocásica y em uma raiz uniária. Em economeria, uma série emporal que enha uma raiz uniária é conhecida como uma série emporal de caminho aleaório ou não-esacionária. O modelo de inervenção incorpora medidas e evenos excepcionais na rajeória da série de empo, a qual pode ser modificada por esses aconecimenos. Assim, a inclusão de variáveis dummies nos modelos ARIMA, a parir de ocorrências de daa conhecida, gera os modelos de análise de inervenção. Enreano, nem sempre o exao momeno da ocorrência de faores exógenos pode ser esabelecido a priori. Esse fao em como resulado modelos esruurais desbalanceados, pois esses evenos podem ampliar as respecivas variâncias desses modelos. O surgimeno de observações discrepanes no inerior de séries emporais é denominado ouliers. Denre os vários efeios provocados por ouliers sobre séries emporais, desacam-se as mudanças no seu nível, que podem ser abrupa ou suave, e aé mesmo alerações na rajeória de sua endência. Para realização desa pesquisa foram uilizados dados de origem primária e secundária. Os dados primários envolveram a aplicação de quesionários e enrevisas semi-esruuradas aos órgãos públicos e às empresas exporadoras de carne no país. Assim, a Associação Brasileira das Indúsrias Exporadoras de Carnes Indusrializadas (ABIEC), a qual, enre os anos de 199 e 1998, foi responsável por no mínimo 9% das exporações brasileiras de carne bovina, em ermos de quanidade, fez pare da presene pesquisa, pois esas abrangem diversos mercados em nível mundial e se deparam com uma série de resrições ao comércio. Para conrapor as críicas à abordagem qualiaiva no que se refere à inerpreação pessoal e parcial da realidade das empresas, foram enrevisadas (in loco) pessoas-chave de órgãos públicos. Por sua vez, os dados secundários, caracerizados pelas séries de quanidade e quanidades de exporação, foram coleados no sie do Minisério de Desenvolvimeno Indúsria e Comércio Exerior (MDIC), pelo sisema ALICEWEB. Além desses, foram uilizadas as noificações relaivas à carne bovina, conidas no sie da OMC, para idenificação das barreiras imposas ao comércio, incorporação aos quesionários e inclusão nos modelos economéricos, no caso daquelas que demonsraram relevância. RESULTADOS E DISCUSSÃO Análise das séries emporais Nesa seção são descrios os resulados obidos pela aplicação dos modelos economéricos para quanificação das perdas decorrenes da imposição das BNT previamene idenificadas. Os modelos uilizados foram composos das séries de dados de exporação, em ermos de valores e quanidades. Os países/bloco analisados foram: Esados Unidos, União Européia, Japão e Rússia. Em razão da inexisência de exporações de carne in naura para os mercados noreamericano e do Japão, as séries analisadas para esas localidades consisiram apenas naquelas referenes à carne indusrializada. Desa forma, a análise foi realizada com a modelagem de 12 1 séries de dados compreendendo o período de janeiro de 1994 a junho de 26. Exceções ocorreram para as séries relaivas às exporações de carne in naura e indusrializada para a Rússia. Ese país não apresenava valores posiivos de exporação para o período compleo, desse modo, para carne 1 Séries mensais de valor e quanidade exporados de carne indusrializada para os Esados Unidos e Japão, oalizando 4 séries. Além dessas, em-se um oal de 8 séries de valor e quanidade exporados de carne indusrializada e in naura para a Rússia e União Européia. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 6

7 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" in naura foi considerado o inervalo de julho de 21 a junho de 26, e as exporações de carne indusrializada foram de maio de 22 a junho de 26. Os procedimenos desenvolvidos nesa seção foram: eses de esacionariedade, verificação de sazonalidade, idenificação, esimação e verificação do processo ARIMA, e, por fim, a análise de inervenção. O sofware empregado no rabalho de pesquisa para o processameno dos dados foi o ECONOMETRIC VIEWS (EVIEWS 4) e, de modo geral, foi adoado o nível de significância α = 5% para os eses. a) Análise de endência e sazonalidade A avaliação da presença de endências nas séries foi realizada considerando-se dois ipos, deerminísica e esocásica (probabilísica). Essas endências esão associadas a uma mudança no nível médio da série no longo prazo, ou seja, reflee o declínio, a elevação ou a esabilidade do mesmo. A endência deerminísica consise numa variação previsível no nível médio da série emporal, ao passo que, a esocásica ocorre de forma aleaória. Do mesmo modo, na avaliação da presença de sazonalidade, consideraram-se os ipos deerminísica e esocásica. Nesse caso, a sazonalidade esá relacionada a movimenos para cima e para baixo em orno de um valor médio da série, repeindo-se numa base periódica regular inferior a 12 meses. A remoção da endência foi feia anes da análise de sazonalidade em razão da possibilidade do padrão do comporameno esar se modificando por uma relação muliplicaiva enre os componenes sazonal e de endência. Assim, inicialmene, para a deerminação do componene de endência, foi feia a análise gráfica. Essa disposição, apesar de reduzido rigor cienífico, consiui num procedimeno básico para a visualização do comporameno da série. A apresenação seqüenciada das figuras em como objeivo permiir a visualização do comporameno das séries, sem que seja necessária análise comparaiva, uma vez que o inuio é o de apenas permiir a idenificação (ou não) de padrões de endência. Assim sendo, os picos e vales não devem ser enendidos como padrões correlaos à marcação dos evenos (BNT), e sim como variações de fluxos comerciais decorrenes de um amplo conjuno de faores, de esruuras proecionisas a acordos de parceria enre empresas jan/94 jul/94 Fone: ALICEWEB MDIC. jan/95 jul/95 jan/96 jul/96 jan/97 jul/97 jan/98 jul/98 jan/99 Valor (US$) jul/99 jan/ jul/ jan/1 Peso Líquido (KG) jul/1 jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 jul/5 jan/6 Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 7

8 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Figura 1 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para os Esados Unidos janeiro/1994 a junho/ jan/94 jul/94 jan/95 jul/95 jan/96 jul/96 jan/97 jul/97 jan/98 jul/98 jan/99 Valor (US$) jul/99 jan/ jul/ jan/1 Peso Líquido (KG) jul/1 jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 jul/5 jan/6 Fone: ALICEWEB MDIC Figura 2 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para a União Européia janeiro/1994 a junho/ jan/94 jul/94 jan/95 jul/95 jan/96 jul/96 jan/97 jul/97 jan/98 jul/98 jan/99 Valor (US$) jul/99 jan/ jul/ jan/1 Peso Líquido (KG) jul/1 jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 jul/5 jan/6 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 3 Quanidade e valor exporado de carne bovina in naura para a União Européia janeiro/1994 a junho/26. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 8

9 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" jan/94 jul/94 jan/95 jul/95 jan/96 jul/96 jan/97 jul/97 jan/98 jul/98 jan/99 jul/99 jan/ Valor (US$) jul/ jan/1 jul/1 jan/2 jul/2 jan/3 jul/3 jan/4 jul/4 jan/5 Peso Líquido (KG) jul/5 jan/6 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 4 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para o Japão janeiro/1994 a junho/ mai/2 jul/2 se/2 nov/2 jan/3 mar/3 mai/3 jul/3 se/3 nov/3 jan/4 Valor (US$) mar/4 mai/4 jul/4 se/4 Peso Líquido (KG) nov/4 jan/5 mar/5 mai/5 jul/5 se/5 nov/5 jan/6 mar/6 mai/6 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 5 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para a Rússia maio/22 a junho/26. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 9

10 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" jul/1 ou/1 jan/2 abr/2 jul/2 ou/2 jan/3 abr/3 jul/3 ou/3 jan/4 abr/4 jul/4 ou/4 jan/5 abr/5 jul/5 ou/5 jan/6 abr/6 Valor (US$) Peso Líquido (KG) Fone: ALICEWEB MDIC Figura 6 Quanidade e valor exporado de carne bovina in naura para a Rússia julho/21 a junho/26. Nas Figuras, que represenam o comporameno das quanidades e valores de exporação de carne bovina, pode-se observar que, quano ao componene de endência, há uma indicação da elevação dos valores no período analisado. Sendo que, para o Japão e a Rússia, esse comporameno ocorreu, de forma mais acenuada, no final da série. Tem-se, assim, uma indicação de não-esacionariedade para a maioria delas, ou seja, observam-se variações em função do empo. Enreano, a análise gráfica é indicaiva, apenas, de possíveis padrões sisemáicos e repeiivos. De forma mais precisa, foram realizados os exames de esacionariedade dos dados, pelo ese de Dickey-Fuller Expandido (ADF) e os modelos selecionados foram esimados para deerminação da presença de endências e do nível de inegração (Tabela 1). O modelo geral do ese de Dickey-Fuller Expandido (ADF) apresena a forma: Y = α + α + ρy + β Y + ε m i i = 1 i Y, sendo que o ermo assume as formas EXP VALOR para as séries de quanidade e valor exporado, respecivamene. Na implemenação do ese foram consideradas rês equações e a diferença enre elas consise na presença de elemenos deerminísicos (consane e endência). A significância esaísica dos ermos α 1 e α 2 indica presença de consane e/ou endência deerminísica, ao passo que a significância do ρ revela a esacionariedade. e Tabela 1 - Resulados do ese de raiz uniária Mercado Tipo Série Esaísica do ese* Valor críico (5%) Tendência Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 1

11 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Esados Unidos indusrializada EXPeua Deerminísica VALO Reua Deerminísica Japão indusrializada EXPjap Deerminísica VALORjap Deerminísica Rússia indusrializada EX Pr us Deerminísica VALORrus Deerminísica in naura EX Pr u sin Deerminísica União Européia indusrializada in naura VALORru sin Deerminísica EXPue -,25-1,94 Esocásica VALORue Esocásica EXPuein 2,56-1,94 Esocásica VALORuein Esocásica Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. *em nível. O procedimeno realizado para reirada da endência deerminísica consisiu na regressão das séries em função de um ermo de endência 2 e o resíduo gerado foi uilizado para as análises subseqüenes (Tabela 2). 2 Foram esadas rês formas: linear, polinomial e exponencial. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 11

12 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Tabela 2 Regressões para reirada da endência deerminísica Mercado Tipo Regressão Esados Unidos indusrializada EXPeua = α + α 1 VALO Re ua = α + α1 + α 2 Japão indusrializada EXPjap = α + α 1 VALORjap = α + α 1 Rússia indusrializada Pr us = α + α in naura Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. EX 1 VALORrus = α + 1 α EX Pr u sin = α + α1 VALORru sin = α + α1 Apenas as séries referenes às quanidades e valores exporados para a União Européia, de carne in naura e indusrializada, apresenaram endência esocásica. Os resulados apresenados na Tabela 3 revelam que foi necessária uma diferenciação para ornar essas séries esacionárias e, porano, elas são classificadas como I(1) ou inegradas de primeira ordem. Tabela 3 - Resulados do ese de raiz uniária Mercado Tipo Série Lags Esaísica do ese* União Européia indusrializada in naura EXPue 1-11,86 VALORue EXPuein 11-5,18 VALORuein Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. *em primeira diferença. ** valor críico ao nível de 5% equivale à - 3,44. A capação de sazonalidade deerminísica consisiu no cálculo de uma regressão, esimada por MQO, endo como variável dependene as séries de quanidade e valor EXP exporado ( e VALOR ) de cada mercado, além de 12 dummies (referenes aos meses do ano) como variáveis independenes. A significância esaísica dos coeficienes esimados na equação foi esada com a uilização do ese-f e pela análise dos valores de probabilidade de cada coeficiene, ao nível de 5%. Houve ausência de sazonalidade deerminísica nas séries, pois os coeficienes da equação calculados não foram, em conjuno, esaisicamene significaivos (Tabela 4). 2 Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 12

13 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Tabela 4 - Resulados dos eses de sazonalidade deerminísica Período Esaísica - F EXPeua.92 VALO Reua.952 EXPjap.299 VALORjap.459 EX Pr us.91 VALORrus.145 EX Pr u sin.135 VALORru sin.175 EXPue.88 VALORue.97 VALORuein,592 EXPuein.67 Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. Por ouro lado, a sazonalidade do ipo esocásica foi avaliada aravés da análise das Funções de Auocorrelação - FAC e Auocorrelação Parcial - FACP. No caso de presença do componene sazonal, os ponos amosrais apresenaram algum grau de correlação com os dados correspondenes e se manifesaram pela presença de picos significaivos para os valores ˆρ esimados de k em que k = 12, 24, 36, e assim por diane. Os componenes das séries emporais esão descrios na próxima seção, junamene com os componenes de sazonalidade esocásica idenificados. b) Modelos ARIMA e análise de inervenção A idenificação dos componenes AR e MA - consisiu na descobera dos padrões p e q. Ese procedimeno foi realizado aravés da uilização dos correlogramas represenaivos dos processos ou, mais especificamene aravés das Funções de Auo-Correlação (FAC) e Auo- Correlação Parcial (FACP). Após a idenificação foi efeuada a esimação dos parâmeros do modelo e em seguida a verificação do ajuse aravés da análise dos resíduos. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 13

14 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Tabela 5 Idenificação dos componenes das séries emporais Mercado Tipo Série Modelo* Esados Unidos indusrializada EXPeua AR (1) VALO Re ua AR (1) Japão indusrializada EXPjap SARMA (14,13)x(12,12) VALORjap SARMA (14,13)x(12,12) Rússia indusrializada EX Pr us ARMA (6,6) VALORrus ARMA (6,8) in naura EX Pr u sin ARMA (1,5) VALORru sin ARMA (1,5) União Européia indusrializada EXPue ARIMA (7, 1,7) VALORue ARIMA (6, 1,6) in naura EXPuein ARIMA (12, 1, 14) VALORuein ARIMA (12, 1, 16) Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. *criérios de Akaike e de Schwarz foram uilizados para a escolha dos modelos. Como exemplo, considerando os coeficienes enconrados para os parâmeros da série de quanidade exporada para a Rússia, o ermo AR (1) foi equivalene a,666. Ese resulado demonsra que, 66,6% das exporações no período são influenciadas pelas exporações do período -1. Da mesma forma, o ermo MA (1) indica que a cada mês ocorre um ajuse de erros no nível de EX Pr u sin, em orno de 1,8%, relaivamene ao mês anerior. Por fim, para o parâmero MA(5) a inerpreação é análoga, ou seja, em média haverá um ajuse de erros no nível de EX Pr u sin de 84,1% em relação aos cinco meses aneriores. A seguir em-se a eapa da análise de inervenção em que, os evenos selecionados como mais relevanes para o seor de bovinoculura de core, foram esados e esão discriminados na Tabela 6. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 14

15 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Tabela 6 Evenos uilizados nos modelos de inervenção Código Daa Eveno INT5/98 Mai/1998 Declaração do RS e SC como esados livres de febre afosa com vacinação. INT12/98 Dez/1998 Ocorrência de febre afosa em Naviraí (MS). INT5/ Mai/2 Declaração da Argenina, RS e SC como área livre de febre afosa sem vacinação, e do circuio Cenro-Oese como livre com vacinação. INT8/ Ago/2 Aparecimeno de foco de febre afosa em Jóia (RS). INT5/1 Mai/21 Suspensão das imporações de carne bovina brasileira pela Inglaerra, Chile, Israel. INT2/1 Fev/21 Araso dos dados que comprovavam que o Brasil não apresenava BSE com a conseqüene proibição de exporação para Canadá, EUA e México. INT5/1 Mai/21 Desvalorização cambial. INT5/1/2 Mai/21 Ocorrência de foco de febre afosa no RS. INT8/4 Ago/24 Aparecimeno de foco de febre afosa no PA e AM. INT9/4 Se/24 Fechameno do mercado russo à carne bovina devido ao foco de febre afosa ciado aneriormene. INT9/4 Nov/24 Reaberura do mercado para SC. INT3/5 Mar/25 Reaberura do mercado para SP, MG, GO, PR e RS. INT1/5 Ou/25 Aparecimeno de focos de febre afosa no MS, com suspensão do saus de área livre de febre afosa com vacinação nos esados de SP, MG, DF, MS, TO, MG, RJ, ES, BA e SE. Embargo de mais de 5 países. Fone: Dados de pesquisa. Com exceção dos evenos INT5/1, INT2/1, INT9/4, INT9/4 e INT3/5, os quais foram esados para os mercados especificados na Tabela 6; os demais foram analisados em odas as localidades consideradas nesa pesquisa (Esados Unidos, União Européia, Japão e Rússia). Em relação às formas assumidas pelas inervenções ( pulso ou degrau ), foi possível consaar, aravés dos quesionários, que os efeios desses evenos são caracerizados como abrupos e emporários. Assim, a variável pulso foi mais adequada para quanificação dos impacos, uma vez que, a inervenção em grande influência sobre as exporações no momeno de sua ocorrência, a qual reduz com o passar do empo. Ese fao é de simples percepção, uma vez que, como os focos de febre afosa foram aponados como aqueles evenos de maior relevância para o seor, seus efeios são imediaos e caracerizados pelos embargos dos compradores da carne bovina brasileira. De forma geral, as inervenções (Dummies) podem ser represenadas como se segue: D i =1: para o mês especificado em cada eveno esado. D i =: para os ouros meses. Dessa forma, as inervenções e a significância dos parâmeros calculados esão descrios na Tabela 7. Tabela 7 Resulados da análise de inervenção Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 15

16 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Mercado Série Inervenções Coeficienes* Esados Unidos EXPeua INT2/ INT5/ VALO Re ua INT2/ INT5/ Japão EXPjap - Não significaivo VALORjap - Não significaivo Rússia EX Pr us INT1/ VALORrus - Não significaivo EX Pr u sin - Não significaivo VALORru sin - Não significaivo União Européia EXPue INT8/ VALORue INT8/ EXPuein INT1/ VALORuein INT1/ Fone: Elaborado pela auora com base nos eses economéricos. * significância de 5%. Para os Esados Unidos, dois evenos foram significaivos, e como mosrado na Tabela 7, um apresenou efeio posiivo e o ouro negaivo. Os resulados indicam que a barreira idenificada em fevereiro de 21, correspondene ao embargo feio pelos Esados Unidos, Canadá e México, em razão do não-reconhecimeno do Brasil como área livre do Mal da Vaca Louca, acarreou redução das exporações. A quanidade exporada nesse período represena a magniude desse efeio e pode ser visualizada na Figura VALORUSA EXPUSA 2.. jan/1 fev/1 mar/1 abr/1 mai/1 jun/1 jul/1 ago/1 se/1 ou/1 nov/1 dez/1 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 7 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para os Esados Unidos janeiro/21 a dezembro/21. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 16

17 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" As exporações de janeiro 21 foram equivalenes a mil quilos, ao passo que em fevereiro as exporações represenaram apenas 38% dese valor. Em março, as exporações elevaram-se para mil quilos. Ese fao demonsra a imporância das BNT em ermos de impacos de curo prazo no seor, causando perdas imediaas. Por sua vez, em maio de 21 houve uma ampliação das exporações, aribuída, segundo os frigoríficos, à desvalorização cambial. Com relação à Rússia, foi capado um eveno significaivo, para o caso da carne bovina indusrializada, em ermos de quanidade exporada. Esse eveno foi relaivo ao foco de febre afosa ocorrido em ouubro de 25, causando efeio negaivo sobre a quanidade exporada, que passou de um volume de aproximadamene 113 mil quilos em seembro de 25 para 44 mil quilos em ouubro do mesmo ano (Figura 8) VALORRUS EXPRUS jan/5 fev/5 mar/5 abr/5 mai/5 jun/5 jul/5 ago/5 se/5 ou/5 nov/5 dez/5 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 8 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para a Rússia janeiro/25 a dezembro/25. Desaca-se que havia a expecaiva de que o modelo indicasse os efeios da BNT considerada sobre as exporações de carne in naura, usualmene mais sensíveis a resrições com esse perfil. A não idenificação pode er origem principal no amanho da série obida das vendas para a Rússia, inferior à desejável e na ausência de um padrão regular o suficiene para reduzir a capacidade de resposa do modelo. Para a União Européia, houve significância em relação a rês evenos. No caso da carne indusrializada, foram deecados dois deles: um em ermos de quanidade e ouro em ermos de valor exporado. Primeiramene foi consaado um impaco relaivo ao aparecimeno de foco de febre afosa no Rio Grande do Sul em agoso de 2. Houve redução da quanidade exporada de para mil quilos de carne bovina indusrializada para esse mercado (Figura 9). A segunda barreira relaciona-se ao foco de febre afosa ocorrida no Pará e no Amazonas em agoso de 24, havendo uma redução do valor exporado de US$ por onelada para US$ (Figura 1). Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 17

18 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" VALORUE EXPUE jan/ fev/ mar/ abr/ mai/ jun/ jul/ ago/ se/ ou/ nov/ dez/ Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 9 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para a União Européia janeiro/2 a dezembro/ VALORUE EXPUE 5.. jan/4 fev/4 mar/4 abr/4 mai/4 jun/4 jul/4 ago/4 se/4 ou/4 nov/4 dez/4 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 1 Quanidade e valor exporado de carne bovina indusrializada para a União Européia janeiro/24 a dezembro/24. Em relação ao resulado obido para o segundo eveno significaivo (Figura 1), é imporane desacar que o modelo, embora evidencie significância, não permie a visualização de modificações no padrão das exporações. De fao, é possível que enha ocorrido uma aleração na esruura (composição) das vendas em ermos de ipos de cores bovinos, com efeios sobre os preços. Em decorrência, o resulado não permie afirmar que a variação em ermos de valor deve-se, exclusivamene, à incidência da BNT. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 18

19 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Efeio significaivo ambém foi enconrado em relação aos focos de febre afosa de ouubro de 25 no Mao Grosso do Sul e Paraná, porém no que ange às exporações de carne in naura para a União Européia. Enre os meses de seembro e ouubro de 25 houve uma diferença de apenas 4% na quanidade exporada, ao passo que em novembro houve uma redução de 5% sobre quanidade exporada no mês anerior (Figura 11). De fao, o bloco da União Européia promoveu o embargo das exporações de carne bovina in naura proveniene dos esados do Mao Grosso do Sul, Paraná e São Paulo. A auenicidade desa medida pode ser quesionada apenas em relação ao esado de São Paulo, que represena um dos maiores esados exporadores de carne bovina do país e não apresenava focos da doença VALORUEIN EXPUEIN jan/5 fev/5 mar/5 abr/5 mai/5 jun/5 jul/5 ago/5 se/5 ou/5 nov/5 dez/5 Fone: ALICEWEB MDIC. Figura 11 Quanidade e valor exporado de carne bovina in naura para a União Européia janeiro/25 a dezembro/25. Esse quesionameno em ermos da legiimidade da imposição da barreira, possível para o úlimo eveno considerado, não pode, odavia, ser esendido às ouras idenificações, relaivas aos focos de febre afosa. Isso porque não houve acesso a informações conclusivas sobre o ema, para os anos aneriores a 25, impedindo que se pudessem realizar inferências mais definiivas sobre a validade da argumenação de erceiros países. Em sínese, os resulados puderam confirmar que as BNT vigenes para as exporações de carne bovina (in naura e indusrializada) efeivamene conribuem para a reração da compeiividade. A idenificação do Brasil como um país que, embora o primeiro exporador mundial, ainda não aende às exigências em ermos de sanidade, é um enrave significaivo para o seor, que se vê impedido de acessar mercados mais renáveis. CONCLUSÕES O seor nacional de carne bovina experimena um processo de crescimeno e modernização, principalmene quano à ampliação das suas exporações. Conudo, as políicas proecionisas imposas ao comércio, por pare dos imporadores preferenciais, vêm reduzindo esa compeência, principalmene aquelas de caráer écnico e saniário. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 19

20 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" Jusificam-se, porano, nesse conexo, esudos relaivos às conseqüências das resrições imposas, dado o poencial de crescimeno do consumo mundial e a imporância que o referido seor assumiu, em ermos de inserção no mercado mundial. Os resulados obidos demonsraram que as principais barreiras não-arifárias imposas sobre as exporações brasileiras de carne bovina são aquelas de ordem écnica e saniária. Em ermos dos impacos sobre as exporações, foram validados cinco evenos, disribuídos enre União Européia, Esados Unidos e Rússia. No caso nore-americano, como não são realizadas vendas de carne in naura, não se visualizou resulado significaivo para os úlimos evenos envolvendo o surgimeno dos focos de febre afosa no Mao Grosso. Já para a União Européia e a Rússia, dois mercados compradores de carne in naura, esses episódios foram significaivos. Nesse senido, é imporane considerar que sob a perspeciva de manuenção das exigibilidades hoje exisenes, principalmene em ermos saniários, ganha ainda maior desaque a necessidade de ações coordenadas que melhorem a imagem da carne bovina brasileira no exerior. De fao, a reração das BNT envolvem, sobreudo, faores ligados à confiança nos processos de produção e processameno da carne bovina, ano em ermos empresariais quano insiucionais. É nesse senido que a auação mais definiiva dos órgãos responsáveis poderia criar espaço para a expansão do comércio seorial juno a mercados mais exigenes. O que se observa é que a ação isolada dos empresários não é capaz de modificar o cenário aual, uma vez que exise a dependência de ações mais amplas, cujo escopo deve ser o da melhor qualificação da produção nacional. Os episódios recenes de febre afosa, que refleiram a reração nos recursos desinados à Defesa Saniária no país, mosram que sem uma ação encadeada e consane, perdem-se esforços consruídos ao longo de muios anos, cujos resulados ainda não puderam ser plenamene percebidos. Nese rabalho, mesmo sob resrições de caráer écnico (aspecos conceiuais sobre BNT, esraificação e série de dados, limiações do modelo e acesso a evenos significaivos) consaou-se a relevância das BNT como ferramenas proecionisas. Sem preender quesionar plenamene sua legiimidade, o fao é que a perpeuação das auais condições de apoio aos exporadores brasileiros não é suficiene para garanir a expansão das vendas nacionais, ao menos em ermos de novos mercados. Nauralmene, parcela imporane das ações de melhoria da qualidade do produo cabe aos agenes exporadores, odavia, apenas essas modificações não aendem aos requerimenos de grandes ransformações esruurais, que deverão envolver odos os agenes da cadeia produiva e consruir uma nova forma de pensar sobre o fuuro do seor em ermos inernacionais. Aliás, embora o ema cenral dese rabalho envolva as exporações de carne bovina, essa nova reflexão deve esender-se para odos os demais seores agroindusriais inseridos no mercado inernacional. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ALICEWEB/MDIC. Esaísicas. Disponível em: <hp:// Acesso em: 22 ago. 26. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 2

21 "Conhecimenos para Agriculura do Fuuro" ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INDÚSTRIAS EXPORTADORAS DE CARNE - ABIEC. Esaísicas. Disponível em: <hp:// Acesso em: 19 ago. 26. BACCHI, M.R.P. Previsão de preços de bovino, suíno e frango com modelos de séries emporais. 172 f. Tese (Douorado) Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo, Piracicaba, BRASIL. Minisério da Agriculura, Pecuária e Abasecimeno (MAPA). Informes de Produos Carne Bovina. Brasília, DF: p. BRASIL. Minisério da Agriculura, Pecuária e Abasecimeno (MAPA). Dados esaísicos. Disponível em: < hp:// Acesso em 12 jul. 26. FERRAZ FILHO, G. Barreiras Técnicas ao Comércio Inernacional. Revisa Brasileira de Comércio Exerior, Rio de Janeiro, n. 52. p jul./se GUJARATI, D. N. Economeria Básica.3 ed.são Paulo: Makron Books, p. KRUGMAN, P. R & OBSTFELD, M. Economia Inernacional: Economia e Políica. São Paulo: Pearson Addison Wesley, p. LAMPREIA, L. F. P. Resulados da Rodada Uruguai: uma enaiva de sínese. Esudos Avançados, São Paulo, v. 9, n. 23, p , MALHOTRA, N.K. Pesquisa de markeing: uma orienação aplicada. 3.ed. Poro Alegre: Bookman, p. MIRANDA, S. H. G. Quanificação dos Efeios das Barreiras Não-Tarifárias sobre as Exporações Brasileiras de Carne Bovina. 233 f. Tese (Douorado em Economia Aplicada) - Escola Superior de Agriculura Luiz de Queiroz, Piracicaba, 21. MIRANDA, S. H. G., GALLI, F., ALMEIDA JUNIOR, C. F. G., BURNQUIST, H. L. As Quesões Saniárias e o Comércio Inernacional. CEPEA, 23. Disponível em: <hp:// Acesso em: 28 se. 26. VASCONCELLOS, M. A. S; ALVES, D. Manual de Economeria. São Paulo: Alas, p. YIN, R.K. Esudo de caso: planejameno e méodos. 2 ed. Poro Alegre: Bookman, p. WORLD TRADE ORGANIZATION WTO. Documens Online. Disponível em <hp:// Acesso em: 23 mai. 26. Sociedade Brasileira de Economia, Adminisração e Sociologia Rural 21

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