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Transcrição:

PN 1526.05-5; Ap.: Tc. Castro Daire ( ); Ap.e1: Ap.os2: Em Conferência, no tribunal da Relação do Porto 1. INTRODUÇÃO: (a) A recorrente discordou da procedência dos embargos de terceiro deduzidos pelos Ap.os, visando execução intentada por contra, Lda. (b) Da sentença recorrida: (1) Importa, em face da matéria que resultou provada, lisar se da mesma poderá concluir-se pela titularidade nos embargantes do direito que se arrogam sobre o bem penhorado; (2) Ora, o prédio encontra-se inscrito desde 99.01.08 na Conservatória de registo Predial a favor da embargante mulher, (3) E tendo o registo do prédio a seu favor, prima facie, gozariam os embargantes da presunção de que o direito existe e lhes pertence, nos precisos termos constantes do registo, art. 7 Cód.Reg.P.; 1 Adv.: Dr. 2 Adv. Dr. 1

(4) Deste modo, os embargantes não teriam de fazer a prova dos factos registados; pelo contrário, passaria a haver uma inversão do ónus da prova e teriam de ser os embargados a alegar e provar que, não obstante o prédio estar registado a favor da embargante, tal registo não corresponde à verdade, ou seja, à titularidade efectiva do direito3; (5) Sucede que, neste caso, a inscrição no Registo a favor da embargante ocorreu em momento posterior à data da penhora do prédio em causa, 95.03.30: não pode ser considerada, pois, como proprietária naquela data crucial; (6) Como assim, não beneficia ela embargante da presunção derivada do registo; (7) E do mesmo modo se terá de concluir quanto à aquisição do direito de propriedade por contrato, porquanto a data da celebração da escritura, 95.05.04, é posterior também à data da penhora; (8) Contudo, resta estimar se os embargantes não teriam já adquirido o direito por usucapião; (9) No caso sub judice, verifica-se que a situação fáctica que ficou provada é susceptível de consubstanciar a existência de posse dos embargantes, conducente ao usucapião, ou seja, a posse em sentido próprio, porquanto sobre o prédio vêm exercendo os poderes de facto com o animus de exercerem o direito real correspondente, quer dizer, a propriedade; (10) E depois, a posse dos embargantes é, sem dúvida, pública e pacífica de há mais de 15 ou 20 anos; (11) Posto isto, afigura-se-nos que os embargantes são proprietários do prédio que foi objecto da penhora no âmbito d a execução a que estes embargos se encontram apensos; (12) No entanto, resultou também provado, que a executada tinha instalado no prédio em causa a sua fábrica, utilizando plenamente o logradouro, tudo isto há mais de 30 anos até 1994, à vista de toda a gente, com continuidade, sem oposição, no íntimo convencimento de estar a ser exercido sobre o prédio um direito de propriedade titulado; 3 Citou Ac. RP, 87.04.02, CJ (1987), II/226; Ac. RC, 94.04.26, CJ (1994), II/35. 2

(13) Em primeiro plano, diríamos que tais factos provados e, de u m ponto de vista isolado, conduzem à aquisição do direito de propriedade por usucapião por parte da executada; (14) Sucede porém que os actos de posse praticados por esta se seguiram actos da mesma natureza agora levados a cabo pelos embargantes; (15) Deste modo, os actos da executada não podem ser autonomizados com vista a poder ser considerada proprietária [actual], posto que nos termos do art. 1288 CC, invocada a usucapião [como foi neste caso pelos embargantes], os seus efeitos se retrotraem à data do início da posse; (16) Acresce, mais além, que no âmbito destes embargos, também se não poderia reconhecer a embargada como proprietária, não obstante ter sido formulado p edido reconvencional nesse sentido, desde logo, porque é inadmissível e, depois, porque ela própria o não solicitou; (17) Enfim, a prova não é de molde a abalar a pretensão dos embargantes: procedem os embargos. I. MATÉRIA ASSENTE: (1) Nos autos de execução sumária 49/94A, TJC Castro Daire, em que são exequentes et als., e ex ecutada da, Lda, em 95.03.30, foi apreendido o prédio urbano composto de barracão em pedra destinado a com dep endência anex a e logr adouro, no sítio do Pinheiro, desc. C.Reg.P. nº 42058 fls. 166v. LB-103 e insc. mat. urb. art. 2531, vl. pat.: Pte 12 788$00; (2) Este prédio, em 84.02.23, estava inscrito na C.Reg.P. C astro Daire a favor de de, cc, por compra a dos ; (3) Em 95.05.04, C.Not. Lamego, por escritura pública,, mandatário de de e vendeu-o a ; 3

(4) Este prédio a partir de 98.01.08 ficou na C.Reg.P. Castro Daire inscrito a favor de, por compra a de e mulher; (5) Os embargantes por si ou intermédio de outrem, por sua conta, entram e saem neste prédio, abrem e fecham portas, nele permanecem, procedem à sua reparação e limpeza, guardam-no, pagam as contribuições e impostos devidos pelo mesmo, e desde há mais de 15 e 20 anos, continuamente, à vista de todos, sem oposição de ninguém, na convicção de exercerem um direito que lhes pertence; (6) Os embargantes não conhecem os exequentes, nem nunca lhe pediram qualquer quantia emprestada ou celebraram com eles negócio algum; (7) A executada tinha instalada no prédio a sua fábrica e depositava no logradouro os rolos de madeira que adquiria; (8) Na fábrica dita, há mais de 30 anos, tinha implan tado máquinas, com as quais transformava a madeira, serrando-a, que depois era depositada no logradouro até ser comercializada; (9) Estes factos sempr e foram praticadas pela executada até 1994, à vista de toda a gente, continuados, sem oposição de ninguém, na convicção de exercer ela sobre o prédio um direito seu; (10) A fábrica deix ou de labor ar há cerca de 10/12 anos. II. CLS./ALEGAÇÕES: (a) da foi adquirida pelos seus anteriores e únicos sócios, de e, a dos, compreendendo no seu património incindível o imóvel em causa; (b) da laborou nesse referido prédio, de sua pertença, durante mais de 30 anos, pelo menos até 1994, tendo nele instalada a sua maquinaria de transformação de madeiras e depositando no logradouro a matéria-prima e o produto acabado, para posterior comercialização; (c) Esta actividade industrial aconteceu à vista de toda a gente, contínua, sem oposição de ninguém, na convicção de ser exercido sobre o prédio identificado um direito que lhe pertencia; 4

(d) e transmitiram a sociedade, e com ela o prédio em causa, a dos e mulher,, por volta de 1988; (e) Sobre a referida sociedade incidiu uma execução movida pelos embargados e consequente penhora sobre aquele seu prédio; (f) Entretanto, a presunção legal decorrente do registo desta penhora não foi elidida, conforme diamantinamente resulta dos autos; (g) Em 95.05.04, foi lavrada uma escritura de compra e venda em que está incluído o prédio do litígio e em que são interven ientes e na qualidade de vendedores, compradores os embargantes; (h) A penhora a favor dos embargados foi, contudo, efectuada e registada em momento anterior à realização desta escritura; (i) E da prova produzida em julgamento resultou, por outro lado, que a intervenção de e mulher na escritura sobredita teve como objectivo livrar os então sócios da Sociedade da ( dos e mulher ) dos ónus que impendiam sobre a sua desastrada gestão, designadamente dos créditos dos embargados, e Sociedade aquela que, repita-se, tinha no seu património o prédio penhorado; (j) Por isso se diz com toda a prop riedade que foram estes que acordaram com os embargantes a aquisição pelos últimos do prédio penhorado, pois eram os detentores dele e da sociedade, ap arecendo co mo meras testas de ferro e mulher. (k) Se assim é, o prédio do litígio deve permanecer como garante do património dos créditos que os embargados recorrentes detêm sobre Sociedade da, pois assim é de facto e de direito; (l) Portanto, a sentença recorrida violou o normativo nela própria citado e demais legislação aplicável. (m) Deve ser revo gado para serem julgados improcedentes os embar gos. III. CONTRA-ALEGAÇÕES: não houve. IV. RECURSO, julgado, nos termos do art. 705 CPC: 5

(a) Ao fim e ao cabo, os recorrentes insistem na base de um convencimento que têm sobre a propriedade do prédio penhorado, mas que não demonstram e por isso mesmo não podem contrapor à aquisição originária por usucapião provada pelos embargantes. (b) Ter-lhes-ia comp etido, na verdade, fazer contraprova dos factos usucapiativos invocados pela parte contrária, mas não lograram êxito. (c) Por conseg uinte, não se vê como aceitar a crítica da sentença recorrida, ainda que esta não seja clara quando afasta a propriedade da Sociedade da, Lda, coeva da penhora. (d) Contudo, o modelo de que parte parece consistente: prefere uma posse usucapiativa que vem até a actualidade, e que comprime necessariamente a mais antiga, até ao momento inaugural de retroacção ex lege dos efeitos da propriedade adquirida (por conseguinte, exclusiva e excludente), no fim de contas, também esse o momento da inversão do título paralelo4. (e) Então, vistos os arts. 1287 ss, 1305 e 1311 CC, foi confirmada inteiramente a sentença recorrida. V. RECLAMAÇÃO: nos termos do artº 700/3 CPC, sem motivos adicionais. VI. RESPOSTA: não houve. VII: SEQUÊNCIA: (a) Concordam com o despacho reclamado, pesando os argumentos que governaram a decisão. (b) Por conseguinte, tomam-no como acórd ão, inteiramente mantido. VIII. ACLARAÇÃO REVOGATÓRIA, artº 669/2ª.b. CPC : 4 Vd. art. 1265 CC. 6

(a) Os reco rrentes, como credores da ex ecutada, indicaram à penhora o edifício onde esta tinha instalada a sua de mad eiras e o respectivo estaleiro: um único prédio. (b) O titular inscrito, de, foi devidamente citado, nos termos do artº 119/1 Cód. Reg. P. (c) BPA, porque também detinha uma hipoteca sobre o mesmo prédio, foi citado em circunstâncias idênticas: nada disse, ao contrário de de, em peças, contido, subscritas sem poderes: era o anterior sócio da executada, que vendeu a cota aos actuais sócios. (d) Entretanto, os requerimentos apresentados em nome de, não tendo sido suprida a falta de procuração, nem rectificado o respectivo processado, ficaram sem efeito, nos termos do artº 40 [CPC]5. (e) E a inscrição do prédio penhorado a favor dos embargantes é posterior ao registo da penhora da parte dos recorrentes. (f) Ora, nada tendo dito de, titular inscrito, após ter sido citado da penhora, já não podem os embargantes, a quem transmitiu o prédio, libertá-lo: quando o adquiriram, já a inscrição da dita penhora estava realizada e, por isso, dela tiveram cabal conhecimento. (g) Assim, como a penhora é anterior, e já foi decidido com trânsito intra-p rocessual que a reacção do titular inscrito não foi eficaz, aquele registo subsiste com prioridade. IX. RESPOSTA: não houve. X. CUMPRE APRECIAR: (a) Aos tópicos trazidos a esta reclamação já foi dada resposta cabal e concorde pela sentença de 1ª instância, a qual versa, expressiva, sobre o assunto da prioridade do registo da penhora sobre a inscrição em nome dos embargantes fundada na compra e venda. 5 Ac. RP 97.11.10, junto aos autos e transitado em julgado. 7

(b) Acontece é que se trata de embargos de terceiro, neste caso, invocada, naturalmente, ofensa da posse baseada na propriedade mas originariamente adquirida por usucapião. (c) Nesta circunstâncias, testada e aceite a tese, é vã a repetição argumentativa: não foram erradamente valorados os factos e as normas convocadas p ara a solução, enquanto o problema de o proprietário inscrito não ter deduzido oposição se demonstra de todo, lateral em face do novo ponto de vista trazido ao debate da defesa da posse de terceiros, como se disse. (d) Por conseguinte, não acolhem a reclamação que improcede. CUSTAS: pelo requerente, que sucumbiu. 8