Paper CLAGTEE03-B-028 CIS



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Transcrição:

Paper CLAGTEE03-B-028 CIS A COGERAÇÃO COMO INSTRUMENTO AO SERVIÇO DA MELHORIA DA EFICIÊNCIA ENERGÉTICA Jsé Manuel ds Sants Cruz Faculdade de Engenharia, Universidade Lusíada, Edifici da Lapa, 4760-108 Vila Nva de Famalicã, Prtugal santscruz@fam.ulusiada.pt Maria Glória Barrs Mnteir SUCH Serviç de Utilizaçã Cmum ds Hspitais, Av de França 591,4050-279 Prt, Prtugal Maria_Glria@such.pt Perla Reis Pinh Escla Secundária de Mnserrate, Rua de Mnserrate, 4904-860 Viana d Castel, Prtugal ventec@clix.pt Resum: Actualmente, vive-se n paradx seguinte: cmprmiss de dar uma respsta efectiva à questã das alterações climáticas impõe uma transiçã para a diminuiçã da utilizaçã de cmbustíveis tradicinais ( petróle e carvã ) embra as respectivas reservas sejam, ainda, abundantes e a preçs abrdáveis. Ns últims ans têm crrid prfundas alterações n sectr energétic. Na Uniã Eurpeia (EU as grandes alterações crreram cm a liberalizaçã e regulaçã ds mercads, diversificand-se as fntes de energia primária, quer utilizand-se nvas tecnlgias cm prpósit de intrduzir mair eficiência nas diferentes fases d cicl energétic, ie. explraçã, transfrmaçã e utilizaçã, riginu uma baixa de preç da energia final melhrand assim a cmpetitividade da ecnmia e bem-estar ds cidadãs, garantind uma mair segurança d abasteciment energétic e, simultaneamente, melhrarand a qualidade d ambiente. N que respeita à prduçã de electricidade pela frma cnvencinal, u seja, pr via térmica através da utilizaçã de cmbustíveis fósseis - carvã, fuelóle e gás natural - cuja prcura cntinuará a crescer a ritms elevads, sbretud, em ecnmias em desenvlviment, a respectiva eficiência situa-se em puc mais de um terç. Sabe-se, também, que em centrais de cicl cmbinad utilizand gás natural, esse rendiment pde atingir 55%. Assim, para além de cerca de metade da energia primária se perder n prcess de prduçã de electricidade, este é respnsável pr mais de 30% das emissões atmsféricas indutras d chamad efeit de estufa, aspect central d cnceit de desenvlviment sustentável. Neste cntext, desenvlviment da cgeraçã deve ser vista cm um ds instruments dispníveis para ajudar a atingir aqueles bjectivs, estand-lhe assciads alguns benefícis imprtantes, tais cm: melhria da eficiência na cnversã e utilizaçã da energia, melhria d ambiente, reduçã d cust de investiment e explraçã, pssibilidade de mudança para frmas mais descentralizadas de prduçã de energia eléctrica, sbretud, quand na prximidade de redes de gás natural. Face a esta cnstataçã, pretende-se cm esta apresentaçã, necessariamente sintética, dar uma perspectiva da utilizaçã desta tecnlgia em Prtugal n âmbit da respectiva Plítica Energética, ds recentes esfrçs desenvlvids a nível da UE cm vista à sua prmçã, bem cm apresentar s resultads da sua aplicaçã numa instituiçã de elevad cnsum energétic - um hspital - demnstrand, assim, as virtualidades desta tecnlgia. Palavras Chave: Cgeraçã, Prduçã de Energia Eléctrica, Eficiência Energética, Plítica Energética, Desenvlviment Sustentável AIE - Agência Internacinal de Energia CO 2 - Dióxid de carbn CME - Cnselh Mundial da Energia CE - Cmissã Eurpeia DGE - Direcçã Geral de Energia EM - Estad-Membr da Uniã Eurpeia MIE - Mercad Intern de Energia MIBEL Mercad Ibéric de Electricidade MUE Mercad Únic de Energia Nx - Óxid de Azt N 2O - Óxid nitrs OCDE - Organizaçã para Cperaçã e Desenvlviment Ecnómic PIB - Prdut Intern Brut PE - Plítica Energética PNAC - Prgrama Nacinal para as Alterações Climáticas SEN - Serviç Eléctric Nacinal SEP - Sectr Eléctric Públic TREN - Transprtes e Energia tep - tnelada equivalente petróle UE - Uniã Eurpeia 1- Intrduçã Os grandes princípis que rientam as plíticas energéticas ds países desenvlvids reclhem um vast cnsens das instituições e fóruns internacinais (UE, OCDE, AIE, CME) e assentam em três grandes vectres: a segurança d abasteciment energétic, cm eficiência e equidade; a garantia de cndições de qualidade e de preç para suprte da

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS cmpetitividade da ecnmia; e a minimizaçã ds impactes sbre ambiente em tdas as fases e prcesss da cadeia de cnversã energética [1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8]. A aplicaçã destes princípis à situaçã cncreta de cada país reflecte, desde lg, própri estad de desenvlviment ecnómic e scial e grau de dispnibilidade de recurss energétics, já que se pde cnsiderar que as tecnlgias vencem, actualmente, cada vez mais facilmente, as barreiras plíticas. É pis natural, que embra cm pnderações e ritms de execuçã diferentes, sejam identificáveis algumas linhas de estratégia que rientam a intervençã pública ds países industrializads ns dmínis ecnómic e energétic [3, 4, 9,10, 11, 12]. De frma simplificada, pde dividir-se a cmpnente ferta d sistema energétic em [1]: Energia cnvencinal, u de prduçã centralizada - inclui as grandes fileiras energéticas: electricidade, cmbustíveis e gás natural; Energia de prduçã descentralizada - inclui s sistemas de menr dimensã, de prduçã u transfrmaçã de energia, nã ttalmente integrads nas grandes fileiras energéticas, mas relacinand-se cm elas: cgeraçã e fntes de energia renváveis. Segund estimativas recentes, n primeir daqueles grups, as perdas em transprte e distribuiçã de energia eléctrica, a nível mundial, representaram, em 1999, 11,6 % d cnsum final de energia e, pr utr lad, as perdas de energia, incluind as de transprte e de distribuiçã, decrrentes da prduçã centralizada de electricidade, aprximam-se d cnsum mundial de energia n sectr ds transprtes [13]. Na panóplia de sistemas assciads à ferta de energia cnvencinal, nrmalmente cnstituíds pr grandes instalações centralizadas de prduçã de energia, sistema energétic inclui, também, uma grande quantidade e variedade de sistemas descentralizads, que respndem às exigências de cresciment sustentável das sciedades actuais. enquant instruments válids para respnder as cmplexs prblemas clcads pel binómi energiaambiente, seja em matéria de ecnmias de energia, seja em terms de reduçã de emissões de CO 2 [1,12,14, 15]. 2 - A Prduçã Descentralizada de Energia 2.1 - Cntext A prduçã descentralizada de energia é uma prduçã de electricidade cm elevada eficiência (assciada a calr u fri, sempre que pssível) próxima ds pnts de cnsum, independente da dimensã, cmbustível e tecnlgia e cmpreende: A Cgeraçã cm capacidade de mens de 1 kwe até mais de 400 MWe (incluind turbinas a vapr, turbinas de gás, mtres alternativs, pilhas de cmb ustível, micrturbinas, mtres stirling ); Os Sistemas descentralizads de energias renváveis (incluind ftvltaic, turbinas mini-hídricas < 10 MWe, turbinas eólicas); As Tecnlgias de reciclagem de energia residual (recuperaçã da energia de gases quentes resultantes de prcesss industriais u utrs, expansã de gás u vapr). As diversas tecnlgias utilizadas na prduçã descentralizada e respectivas eficiências encntram-se sintetizadas n quadr seguinte: Eficiência Electrica % Eficiência Cgeraçã % Interval de funcimanent Cmbustível Turbina a Gás 28-40 80-97 500 kwe- 300 MWe Gás Natural, cmbustíveis liquids Turbina a Vapr 25-35 80-90 Extensive Gás Natural, cmbustíveis liquids e sólids Mtres reciprcus 25-40 50-70 1 kwe- 15 Mwe+ Gas cmbsutível, gaslina, gasóel Micr turbinas 25-30 50-80 25-500 kwe Gas natural, gasóle, prpan Mtr Stirling 12-20 50-70 1-25 kwe Gás natural e alguns cmbustíveis liquids Células de cmbustível 30-55 70-96 1 kwe- 10 Mwe Gás natural, cmbustíveis fsséis, hidrgéni Sistemas de bimassa 17 60-80 extensiv Gases de bimassa, liquids, e slids Ftvltaics 6-19 N/a 1-100 kwe Luz slar Pequenas hídricas N/a N/a < 10 MWe Água Eólic N/a N/a 5 k We- 5 MWe Vent Tabela 1 - Cmparaçã das Tecnlgias para prduçã descentralizada, [13]

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS Em terms mundiais, a prduçã descentralizada em % da prduçã ttal de electricidade, para uma média de cerca de 8%, mstra que há países ns quais este tip de prduçã apresenta elevadas expressões, cass da Dinamarca, ds Países Baixs, da Finlândia e da Rússia (entre 50% e 30%), cmparativamente, cm países cm a Índia, Brasil e Japã, s quais nã ultrapassam s 2-3 % [1, 13]. Pr utr lad, cnvém reter que sucess da prduçã descentralizada n mercad da electricidade depende, de medidas plíticas, as quais se inserem nrmalmente ns seguintes vectres: Assegurar acess às redes ds prdutres de frma transparente e nã discriminatória [1,13]; Recnhecer de frma inequívca, na valrizaçã da electricidade da prduçã descentralizada, s custs evitads n transprte e distribuiçã [1,13]; Internalizar s custs ambientais das diferentes prduções e prmver mecanisms que tenham em cnta cntribut da prduçã descentralizada na reduçã das emissões (certificads verdes e mercad d carbn) [1,13]; Dispnibilizar cmbustíveis de frma transparente e nã discriminatória e cm preçs cmpetitivs para s pequens cnsumidres [1,13]; Incentivar as empresas a melhrarem a eficiência e reduzir cnsum de cmbustível [1,13]; Estabelecer regras invadras para mercad que encrajem a mair eficiência energética e ambiental [1,13]. 2.2 - A cgeraçã Cgeraçã é, pr definiçã, a prduçã cmbinada de electricidade (u energia mecânica) e energia térmica útil, destinadas a cnsum própri, u, de terceirs. Tradicinalmente, s cnsumidres satisfazem a sua prcura de energia cmprand separadamente a electricidade e s cmbustíveis às cmpanhias distribuidras. A cgeraçã representa uma alternativa, de elevada eficiência energética, para s utilizadres cm necessidades simultâneas de calr (água quente, u, vapr) e electricidade u energia mecânica. Para além da reduçã da factura energética d utilizadr, a cgeraçã apres enta a grande vantagem de reduzir cnsum de energia primária. A cgeraçã permite pupar cerca de 15 a 30% da energia primária necessária para prduzir, separadamente, electricidade e calr. Outra vantagem da cgeraçã é a reduçã ds impactes ambientais causads pela transfrmaçã de energia. A utilizaçã mais eficiente ds cmbustíveis fósseis permitida pela cgeraçã resulta numa diminuiçã significativa das emissões de gases pluentes. A prduzir a electricidade e calr n lcal da sua utilizaçã, este prcess permite ainda reduzir s custs de transprte e distribuiçã da energia eléctrica. As aplicações da cgeraçã abrangem a indústria (instalações de grande dimensã), s serviçs (instalações de média e pequena escala em edifícis) e sectr residencial (instalações de pequena escala e redes de calr). As tecnlgias mais utilizadas englbam turbinas a vapr (cntra-pressã), mtres diesel (fuelóle), mtres a gás e turbinas a gás [1]. Independentemente ds factres genérics de sucess desta tecnlgia já referids cnvém reter que s factres crítics para qualquer prject de cgeraçã sã: Acess às infra-estruturas Eléctrica e de Cmbustíveis [1, 13]; Esclha da Tecnlgia Adequada a Prject [1, 13]; Caracterizaçã Rigrsa d Cnsum Energétic [1, 13]; Qualidade ds cntrats (preçs, manutençã, etc.) [1, 13]. 3 - A Cgeraçã em Prtugal e na Uniã Eurpeia 3.1- Prtugal 3.1.1- A Plítica Energética de Prtugal (PE) Prtugal tem uma dependência externa, em terms de energia primária, bastante superir à média da UE e países cmparáveis. Prtugal imprta cerca de 85% da energia que cnsme e tem um ds pires níveis de eficiência na utilizaçã de energia da EU. Estes aspects traduzem-se numa elevada factura energética e em evidentes reflexs negativs na cmpetitividade da ecnmia. [1, 8, 15, 16, 17, 18, 19]

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS Face à perspectiva de a ptência eléctrica dispnível pder vir a atingir s 15 000 MW, há indicações de que será pssível dispr, em 2010, de cerca de 50% daquela ptência cm rigem nas energias renváveis (inclui a grande hídrica). Cntud, esta perspectiva d lad da ferta energética, u mais crrectamente, d lad da ferta de electricidade, nã esgta prblema da energia em Prtugal já que a electricidade, para além da imprtância intrínseca que detém, nã representa mais d que ¼ da energia final dispnível. Esta cnstataçã remete para uma utra imprtante vertente da prblemática energética que é a da eficiência n seu us, a qual passa pela eficiência ds sistemas energétics, quer da ferta quer da prcura de energia final, mas também, pela valrizaçã ds chamads nã uss através da prmçã da racinalidade da prcura da energia final [1, 5, 7, 8, 22]. De frma sintética, as linhas estratégicas que enfrmam a Plítica Energética Prtuguesa, sã: Prcess de liberalizaçã ds mercads energétics tend em vista melhrar a eficiência das cadeias energéticas aumentand, assim, a cmpetitividade da ecnmia. Tal é bjectiv da realizaçã d MUE a nível da UE e, em particular, d MIBEL; Diversificaçã ds abasteciments, quer em terms de frnecedres, quer em terms de fntes de energia, prcurand-se, simultaneamente, trnar mais eficaz e mens pluente sistema. A intrduçã d gás natural e sua ligaçã à rede eurpeia enquadram-se nesta linha de rientaçã; Fmentar Desenvlviment Sustentável, através da necessidade imperisa de aumentar, significativamente, desempenh ambiental ds sistemas energétics, maximizand a eficiência em tds s els das cadeias energéticas e favreciment d cntribut das frmas de energia renvável n abasteciment energétic. Neste cntext, a eficiência energética e aprveitament de energias renváveis, cnstituem as directrizes de dinamizaçã d sistema energétic prtuguês, enquant instruments de atenuaçã da factura energética externa e da melhria ambiental em terms d ráci unidade energética/pib [1, 8, 15, 16, 17, 18, 19, 20, 21, 22, 24]. Este aspect, é tant mais imprtante, quand cmplementad cm a crescente utilizaçã d gás natural, recentemente intrduzid n país cm bjectiv de diversificar a ferta de energia, aumentand a segurança d abasteciment e cntribuind para a me lhria da qualidade d ambiente [1]. 3.1.2 O Futur da Cgeraçã em Prtugal Em Prtugal, s cerca de 1 090 MW de ptência instalada e s 5 623 GWh de energia eléctrica prduzida em cgeraçã representam, respectivamente, cerca de 11% e 13% da ptência eléctrica instalada e da prduçã de energia eléctrica d SEN. O cust de investiment numa central de cgeraçã rnda s 750 /KW. A energia prduzida nas centrais de cgeraçã é, mairitariamente, destinada a satisfazer as necessidades energéticas da indústria. Apenas se verifica uma pequena penetraçã ds mtres a gás prpan e a gás natural n sectr de serviçs. N cntext eurpeu, Prtugal encntra-se aprximadamente na média eurpeia n que respeita à % de electricidade prduzida em cgeraçã, u seja, cerca de 10%. Em matéria de bjectivs nacinais, e até 2010, estabeleceu-se a meta de 18% d cnsum de energia eléctrica prduzida, cerca de 1 700 MVA. Pr utr lad, a rentabilidade ds sistemas de cgeraçã tem, em geral, vind a diminuir ns últims ans devid, essencialmente, a uma subida d preç ds cmbustíveis e a uma diminuiçã d preç da electricidade. A viabilidade ecnómica ds prjects de cgeraçã depende frtemente da diferença entre preç destas duas energias, da sua estabilidade e também d preç de aquisiçã ds excedentes de prduçã pr parte d SEP. N entant, as últimas alterações legislativas vieram valrizar a remuneraçã pel frneciment à rede eléctrica da energia prduzida pel prcess de cgeraçã, nmeadamente, através da inclusã de uma parcela ambiental e de uma parcela representativa das perdas evitadas nas redes de transprte e distribuiçã de electricidade. Em 2000 verificu-se um preç médi de aquisiçã d SEP as cgeradres de 0,047 /kwh, prevend-se que em 2001 este valr se tenha situad em 0,056 /kwh. Os segments de negóci que se perspectivam cm s de mair atractividade n futur sã as grandes cgerações (>10 MW), as cgerações a gás (>1000 kw), as mini e micrcgerações a gás (<500 kw) e as cgerações em cntra-pressã, utilizand cmbustíveis nã fósseis. O desenvlviment da cgeraçã está cndicinad, entre utrs, pr factres que advêm das plíticas públicas, ds preçs relativs das fntes de energia primária e d desenvlviment tecnlógic. A internalizaçã ds custs

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS ambientais, a implementaçã de plíticas fiscais de api às tecnlgias mais eficientes, a regulaçã crdenada d sectr eléctric e d gás natural, sã exempls de medidas incentivadras da cgeraçã [1, 16,17, 24]. N que se refere a actual enquadrament legal desta actividade, fi recentemente aprvad Decret-Lei n.º 313/2001, de 10 de Dezembr, que estabelece uma revisã d nrmativ aplicável à cgeraçã (Decret-Lei n.º 538/99, de 13 de Dezembr), dad seu efectiv cntribut para a melhria da eficiência energética e ambiental, tend cm aspects salientes: a refrmulaçã das cndições a que devem bedecer as instalações de cgeraçã; a clarificaçã das situações de cexistência de duas u mais instalações de cgeraçã assciadas a uma mesma instalaçã de utilizaçã de energia térmica cgerada; ajustament d âmbit de aplicaçã d mecanism de gestã cnjunta de energia; a diferenciaçã d tarifári aplicável a frneciment para a rede d SEP da energia eléctrica prduzida em instalações de cgeraçã, relativamente à utilizaçã ds váris tips de cmbustíveis. Outrs diplmas imprtantes de enquadrament da actividade de cgeraçã: Prgrama E4- Eficiência Energética e Energias Endógenas; PNAC- Prgrama Nacinal para as Alterações Climáticas; Decret Lei n.º 312/2001- gestã da capacidade de recepçã de energia eléctrica nas redes d SEP; Prtaria n.º 383/2001- MAPE (POE) [8]; Decret-Lei n.º 68/2002-Micrgeraçã; Despach n.º 6841/2002 Manual de Referência para Realizaçã de Auditrias Energéticas às Instalações de Cgeraçã [25]. 3.2- A Uniã Eurpeia 3.2.1- Cntext O Livr Verde da Cmissã Eurpeia sbre a segurança d aprvisinament energétic, publicad em 2000, assinalava a necessidade de limitar a dependência energética da UE e de reduzir as emissões de gases cm efeit de estufa. Prém, as emissões de dióxid de carbn (CO 2 ) da UE estã actualmente a aumentar, que gera dificuldades face as cmprmisss assumids n âmbit d Prtcl de Quit [4, 26, 27]. Cm se referiu anterirmente, a prduçã de electricidade pr cgeraçã representu cerca de 11% da prduçã ttal de electricidade na UE em 1998. Se a parte da cgeraçã na prduçã de electricidade aumentasse até alcançar 18%, as ecnmias de energia pderiam representar uma percentagem da rdem ds 3 a 4% d cnsum brut ttal da UE. A CE cnsidera que a cgeraçã ecnmiza energia e melhra a segurança d aprvisinament e, que s ptenciais de cgeraçã que permanecem inexplrads ns Estads-Membrs sã significativs. Pr utr lad, cnsidera que, a cgeraçã: Diminui as perdas na rede de electricidade, dad que as centrais de cgeraçã se encntram geralmente mais próximas d lcal de cnsum; Aumenta a cncrrência entre s prdutres; Permite criar nvas empresas; Adapta-se bem a znas isladas u ultraperiféricas. O quadr legislativ cmunitári prpst n dmíni da cgeraçã visa fazer face a bstáculs imprtantes tais cm: Cntrl insuficiente de antigs mnpólis; Api inadequad pels pderes reginais e lcais; Liberalizaçã incmpleta; Obstáculs regulamentares desfavráveis; Ausência de nrmas eurpeias para a ligaçã às redes. 3.2.2 A Prpsta da Cmissã Eurpeia O bjectiv da prpsta de Directiva, sbre a qual Cnselh Eurpeu TREN assumiu, recentemente, uma psiçã glbal, sintetizada mais adiante, visava criar um quadr cmum transparente a fim de prmver e facilitar a

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS instalaçã de centrais de cgeraçã em lcais em que existe, u, se encntra prevista, uma prcura de calr útil. Este bjectiv geral divide-se em duas vertentes específicas: a curt praz, a Directiva deveria permitir refrçar as instalações de cgeraçã existentes e prmver nvas centrais; a médi e lng praz, a Directiva deveria criar quadr necessári para permitir que a cgeraçã de elevada eficiência, destinada a reduzir as emissões de CO 2 e de utras substâncias, cntribua para desenvlviment sustentável. Actualmente, já existem, nalguns Estads-Membrs, exempls de prgresss regulamentares, nmeadamente na Bélgica (certificads verdes e qutas de cgeraçã), em Espanha (nv decret relativ à venda da electricidade prduzida pr cgeraçã) u na Alemanha (nva lei relativa à cgeraçã). A aplicaçã prática deste quadr será em larga medida da respnsabilidade ds Estads-Membrs, que serã igualmente instads a: Garantir que a electricidade prduzida pr cgeraçã seja transprtada e distribuída cm base em critéris bjectivs, transparentes e nã discriminatóris; Facilitar acess à rede da electricidade prduzida pr instalações de cgeraçã que utilizam fntes de energia renváveis e pr instalações cm uma capacidade inferir a 1 MWe; Garantir que a electricidade prduzida pr cgeraçã pssa ser entregue, mediante pedid, pr um u váris rganisms cmpetentes; Velar n sentid de que a tarifa d transprte e da distribuiçã nã penalize a electricidade prduzida pr cgeraçã; Alterar a sua legislaçã nacinal a fim de a harmnizar cm as definições cmuns de «electricidade prduzida pr cgeraçã» e «cgeraçã de elevada eficiência»; Publicar, mais tardar dis ans após a entrada em vigr da directiva, um relatóri sbre ptencial nacinal de cgeraçã de elevada eficiência, uma análise ds bstáculs à cgeraçã de elevada eficiência e, pr últim, um relatóri sbre s prgresss registads n sentid de aumentar a parte da cgeraçã de elevada eficiência. N que respeita as prcediments administrativs aplicáveis às instalações de cgeraçã, s Estads-Membrs, u, s rganisms cmpetentes, devem: Reduzir s bstáculs regulamentares e nã regulamentares a desenvlviment da cgeraçã; Racinalizar e acelerar s prcediments a nível administrativ adequad; Apiar financeiramente a cgeraçã a curt e médi praz, enquant s custs externs nã se repercutire m ns preçs da energia; Velar n sentid de que as regras sejam bjectivas, transparentes e nã discriminatórias. A prpsta distinguia três categrias de cgeraçã cm base em diferentes factres: Cgeraçã industrial: Prduçã, num únic prcess, de energia eléctrica e/u mecânica e de energia térmica para us industrial, a temperaturas geralmente iguais u superires a 140 C; Cgeraçã para aqueciment: Prduçã, num únic prcess, de energia eléctrica e/u mecânica e de energia térmica destinada a aqueciment em redes de aqueciment urban u directamente em edifícis, a temperaturas geralmente cmpreendidas entre 40 e 140 C. Cgeraçã agrícla: Prduçã, num únic prcess, de energia eléctrica e/u mecânica e de energia térmica destinada a aqueciment agrícla de estufas, de explrações aquíclas e de instalações semelhantes, a temperaturas geralmente cmpreendidas entre 15 e 40 C. O regime de auxíli públic para a prmçã da cgeraçã deverá incidir na cgeraçã baseada numa prcura de calr útil, a fim de evitar um aument da prcura de calr que se traduziria num cnsum de cmbustível e das emissões de CO 2. A directiva prpõe, efectivamente, que auxíli públic direct incida na electricidade prduzida em pequenas instalações (cuja capacidade seja inferir a 50 MW). As grandes instalações pderã beneficiar igualmente de auxílis, mas smente para a prduçã de electricidade crrespndente as 50 primeirs MW, a fim de evitar que tais instalações recebam subvenções excessivas. Pr últim, a fim de eliminar qualquer ambiguidade resultante das definições actuais e de refrçar a transparência e a cerência d mercad intern da energia (MIE), a prpsta da Cmissã salienta a necessidade de uma definiçã cnjunta de cgeraçã e prevê um métd flexível de determinaçã da cgeraçã de elevada eficiência.

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS Cm se referiu Cnselh Eurpeu TREN,de 14.05.2003, aprvu uma abrdagem cmum sbre a prpsta de Directiva relativa à criaçã de um quadr para a prmçã e desenvlviment da cgeraçã eléctrica de elevada eficiência. Numa próxima sessã d Cnselh, prceder-se-á à aprvaçã de uma psiçã cmum a qual será enviada a Parlament Eurpeu, n cntext d prcess de c-decisã Este cmprmiss incidiu sbre as dispsições sbre as questões ds critéris de eficiência, da garantia de rigem, ds sistemas de api, da rede de abasteciment de electricidade e das tarifas, assim cm sbre a definiçã d ráci electricidade/calr e das unidades de cgeraçã. Esta psiçã é um ele ment básic para a estratégia da U.E. de eficiência e pupança energéticas e para cntribuir para a reduçã de emissões de CO 2, e prcura melhrar, igualmente, a segurança d abasteciment de energia. Prevê um quadr regulamentar para a prmçã e desenvlviment da geraçã simultânea num prcess únic de calr e energia eléctrica e/u mecânica. Em terms de bjectivs pretende-se atingir 10% de pupança de energia primária em relaçã as valres de referência para a prduçã separada de calr e electricidade [28, 29]. A títul de cmplementaridade, e atendend a que a cgeraçã cnstitui um ds váris instruments que pdem cntribuir para a prssecuçã ds bjectivs de Quit, faz-se mençã a dcumentaçã da U.E. relevante [4, 28, 29]: Directiva d IPPC (cntrl integrad da pluiçã); Directiva d Mercad Intern da Electricidade; Directiva d Mercad Intern d Gás; Directiva das Grandes Instalações de Cmbustã; Infrmaçã da Cmissã -Esquemas Públics de Api à Prtecçã d Ambiente; Livr Verde da Cmissã- Para uma Estratégia Eurpeia de Segurança d Aprvisinament Energétic. 4 Um cas estud 4.1 Hspital Pedr Hispan Em resultad d cntrl d funcinament e explraçã de uma central de Cgeraçã, n Hspital Pedr-Hispan, em Matsinhs, Litral Nrte de Prtugal, de acrd cm D.L. 538/99, de 13 de Dezembr, e cm base num Plan Quinquenal de melhria da eficiência energética d sistema fixad em 10% (mensal) atingiram-se s seguintes resultads em terms de ECONOMIAS REGISTADAS PELA COGERAÇÃO [25]. 70.000 Ecnmias Registadas - 2001 60.000 50.000 Eurs 40.000 30.000 20.000 10.000 C/ Cgeraçã S/ Cgeraçã 0 Març Mai Julh Setembr Nvembr Figura 1. Pupanças btidas em 2001 cm a implementaçã da cgeraçã

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS Ecnmias registadas - 2002 80.000 70.000 60.000 50.000 Eurs 40.000 30.000 20.000 10.000 0 c/cgeraçã s/cgeraçã Janeir Març Mai Julh Setembr Nvembr Figura 2. Pupanças btidas em 2002 cm a implementaçã da cgeraçã A implementaçã da cgeraçã n hspital induziu ecnmias ns gasts superires a 10% em tds s meses, tend a média anual de eficiência gerada pel sistema atingid, respectivamente, s 14% em 2001 (an de arranque cm apenas 10 meses de funcinament d sistema) e de cerca de 18,5% em 2002. De realçar que s valres mensais variam em funçã, sbretud, das necessidades de fri u calr mtivadas pr aspects climátics. As razões para a btençã destes resultads, sem se ser exaustiv, sã: Aplicaçã d RGCE (Regulament de Gestã ds Cnsums Energétics) Auditria Plan de Racinalizaçã de Cnsums Energétics Aplicaçã de Legislaçã que permite a venda ds excedentes de energia eléctrica a SEP e beneficiar de tarifa mais atraente Utilizaçã de tecnlgia- cgeraçã- e métds mais eficientes de racinalizaçã ds cnsums energétics; Pr utr lad, nã é negligenciável, fact de n prcess ser utilizad gás natural, respndend-se, assim, a váris bjectivs da Plítica Energética: Diversificaçã energética Diminuiçã da dependência d petróle Diminuiçã ds efeits ambientais Melhria da Factura Energética d Serviç (hspital) e d País 5 - Cnclusã Este dcument pretende cntribuir para a reflexã a implementaçã de acções simples na prduçã energética tend em vista desenvlviment sustentável. Nã se pretende inventar nada, mas smente cnjugar tecnlgias que permitam pupança e defesa d ambiente. É dificil ter uma estratégia cmum, sbretud quand estã em cnfrnt plíticas nacinais e acções cmunitárias, cm n cas da EU, u de frma mais lata, quand se abrda a questã das Alterações Climáticas e a implementaçã d Prtcl de Quit num cntext de desenvlviment das sciedades. Assim, elenca-se um cnjunt de questões, de natureza cmplexa, que estã subjacentes à questã da "Integraçã ds aspects ambientais e d desenvlviment sustentável na Plítica Energética" [8, 23, 26, 27, 30]: Tend em cnta este cenári, pde ser necessári prceder a uma reavaliaçã d equilíbri entre s três bjectivs da plítica energética: segurança d abasteciment, cmpetitividade e prtecçã d ambiente; A implementaçã d princípi da sustentabilidade significa, em terms prátics, tmar em cnsideraçã, paralelamente, aspects ecnómics, eclógics e sciais. Na mesma medida em que a plítica energética integra aspects eclógics, também a plítica d ambiente deverá ter em cnta aspects ecnómics e sciais; Nã parece existir uma receita única n que respeita a refrç da integraçã ds aspects ambientais e da sustentabilidade. N cas da UE, pretende-se frmular pções plíticas a nível cmunitári, respeitand princípi da subsidiariedade e tend devidamente em cnta a realizaçã d mercad intern da energia;

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS Uma cperaçã e uma crdenaçã refrçadas entre Estads-Membrs cnstitui um útil instrument plític n cntext da estratégia de integraçã, em especial n que respeita as cmprmisss d Prtcl de Quit, bem cm as assumids externamente, sbretud, as decrrentes d prcess de alargament da Uniã Eurpeia agendad para 2004; Dad lng períd de rtaçã d capital investid n sectr energétic, a implementaçã da estratégia n que respeita a abasteciment de energia prduzirá s seus efeits a médi u lng praz, pel que as decisões estratégicas assciadas deverã ser assumidas n curt praz; O estabeleciment de priridades é fundamental para a estratégia. A estratégia glbal de integraçã, tend em cnta mercad intern da energia, incluirá s seguintes dmínis priritáris: eficiência energética, energias renváveis, investigaçã e desenvlviment, e ainda a internalizacã ds custs externs e benefícis ambientais; Neste cntext, cnvém nã esquecer, que as plíticas e instruments rientadas para a sustentabilidade (cas de api à prduçã descentralizada tema central deste dcument) pressupõem medidas vluntaristas pr parte ds Gverns, tais cm incentivs ecnómics e fiscais, s quais sã, simultaneamente, geradres de cnflits a diverss níveis da implementaçã da Plítica Energética ; Finalmente, cnvém nã esquecer, papel que a energia nuclear e a tecnlgia assciada à prduçã de hidrgéni irã desempenhar nesta prblemática, já que parece cnsensual que increment real d cntribut da prduçã descentralizada a que se tem assistid nã será suficiente para satisfazer aument da prcura de energia assciada à melhria d bem-estar ds cidadãs, cm principal incidência para s sectres ds transprtes e serviçs. Neste cntext, e nã bstante tais incertezas, as plíticas devem ser avaliadas, quer glbalmente, quer a nível de medidas cncretas. Assim, e cm mdest cntribut para este desiderat, anexa -se exempl de cm a utilizaçã da cgeraçã num hspital, pde induzir ecnmias de energia n prcess de prestaçã de serviçs, cm reflexs psitivs na factura energética e, cncmitantemente, n ambiente. 6. Referências 1 - Energia Prtugal 2001, Ministéri da Ecnmia-DGE, Janeir de 2002. 2 - Examens des Perfrmances Envirnmentales-Prtugal, OCDE 2001. 3 - The Rle f IEA Gvernments in Energy-OECD/IEA, 1996. 4 - Livr Branc "Uma Plítica Energética para a Uniã Eurpeia"- Cmissã Eurpeia-1995. 5 - Energy in Eurpe-1998, Anual Energy Review- December, Eurpean Cmmissin. 6 - Energia 1995-2015-Estratégia para Sectr Energétic-Ministéri da Indústria e Energia, Setembr, 1995. 7 - Relatóri da Cnferência Mundial de Energia-Hustn, Dezembr de 1998. 8 - Energy Plicies f IEA Cuntries - Prtugal 1996 Review- OECD/IEA, 1996. 9 - Mapping the Energy Future-Energy Mdelling and Climate Change Plicy- OECD/IEA, 1998. 10 - Climate Technlgy Initiative-Inventry f Activities- OECD/IEA, 1996. 11 - Cmparing Energy Technlgies- OECD/IEA, 1996. 12 - Energy Technlgies t Reduce CO 2 Emissins in Eurpe: prspects, cmpetitin- SYNERGY, Petten, the Netherlands, 11/12 April 1994- OECD/IEA, 1994. 13 - Wade Wrld Survey f Decentralized Energy 2002-2003 14 - Relatóri d Estad d Ambiente 2000- Direcçã Geral d Ambiente, Julh de 2001. 15 - Energy Plicies f IEA Cuntries-Prtugal 2000 REVIEW, OCDE/IEA, 2000 16 - Infrmaçã Energia, n.º 25-2000 - Direcçã Geral de Energia. 17 - Energia-Estatísticas Rápidas, n.º 11,Mai de 2002, Direcçã-Geral de Energia. 18 - A factura Energética Prtuguesa, nº18,junh 2003, Direcçã Geral de Energia. 19 - Ecnmia e Prspectiva-Energia, Cmpetitividade e Bem-estar-Vlume II, nº 2 JUL/SET 1998-Ministéri da Ecnmia. 20 - Prgrama E4-Eficiência Energética e Energias Renváveis, Ministéri da Ecnmia, Dezembr de 2001. 21 - Eficiência Energética ns Edifícis- DGE, Ministéri da Ecnmia, Fevere ir de 2002. 22 - Prgrama Operacinal da Ecnmia-POE, 2000-2006-Ministéri da Ecnmia. 23 - L'Efficacité Énergétique dans la Cmmunauté Eurppéenne-Vers une stratégie d'utilisatin ratinnelle de l'énergie -Cmmissin Eurppéenne-1988. 24 - Preçs de Energia, nº 41, Marçl de 2003- Direcçã Geral de Energia. 25 - Manual de Referência para a Realizaçã de Auditrias Energéticas às Instalações de Cgeraçã-DGE, Abil de 2002 26 - A Dimensã Energética das Alterações Climáticas-COM(97)196, Bruxelas, 14/5/97. 27 - Prtcl de Quit, Energie Plus nº 199, de 1 de Fevereir de 1998. 28 - COM (2002) 415 final 29 - Cnselh Eurpeu TREN, de 14 d 5 de 2003

Prceedings f the CLAGTEE03, Sã Pedr Sã Paul, Brazil - Paper B-028 CIS 30 - Renfrcer l'intégratin de la Dimensin Envirnnementale dans la Plitique Energétique Eurpéenne- Cmmissin Eurppéenne-1988. 7. Direits de autr Os autres sã s únics respnsáveis pel cnteúd nesta cmunicaçã. Os autres aparecem pr rdem alfabética.