//FUTURO DA ESTRATÉGIA DE LISBOA-ESTRATÉGIA UE2020 Contributo de Portugal Janeiro de 2010
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- Mirela Casado da Rocha
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1 //FUTURO DA ESTRATÉGIA DE LISBOA-ESTRATÉGIA UE2020 Cntribut de Prtugal Janeir de 2010 A Estratégia UE 2020 deve desempenhar um papel estruturante na cnslidaçã d prject eurpeu, agregand uma estratégia de curt praz de saída da crise cm uma estratégia de desenvlviment ecnómic sustentável n lng praz, preservand e prmvend a matriz scial humanista da Eurpa. Deve ser uma Estratégia ambicisa e realista, n cntext de uma ecnmia glbal cada vez mais interligada e interdependente, e de prfunds desafis sciais e ambientais, fcand a sua ambiçã de liderança ecnómica em alguns dmínis estruturantes para mdel de desenvlviment, apstand de frma clara n cnheciment, na invaçã criativa e n desenvlviment de uma cultura de cidadania activa, de empreendedrism e de respnsabilidade scial, para a cnstruçã de sluções sustentáveis que integrem harmnisamente as dimensões ecnómica, scial e ambiental. A Estratégia pós-2010 deve cnstituir uma respsta plítica, assumida a mais alt nível pelas instituições eurpeias e nacinais, mas também pelas cmunidades reginais e lcais, cm cmprmisss frtes e escrutináveis, ns diverss patamares. N quadr cmpetitiv glbal, a Estratégia pós-2010 deve igualmente integrar uma dimensã externa, fundamental para garantir que a Uniã Eurpeia tem capacidade real de influência na definiçã de quadrs regulamentares e de nrmas cncrrenciais sustentáveis e favráveis as padrões e as valres em que assenta prject eurpeu. A Estratégia deve ter s meis a nível da Uniã Eurpeia (incluind s meis financeirs) necessáris a prduzir s resultads a que as respectivas plíticas e instruments se prpõem. Será desejável uma mair cmplementaridade e cerência da Estratégia pós 2010 cm a Estratégia de Desenvlviment Sustentável e também cm Pact de Estabilidade e Cresciment. Cnsiderams dcument da Cmissã uma ba base de partida, sbretud n que respeita às três grandes linhas de acçã prpstas e entendems que estas devem ser cncretizadas em bjectivs quantificáveis que permitam uma frte aprpriaçã pels cidadãs eurpeus. 1
2 //Pressupsts de base Imprta definir cm clareza âmbit da Estratégia UE D nss pnt de vista, ela deve articular, sem hierarquias, as dimensões ecnómica, scial e ambiental, numa lógica de desenvlviment integrad e sustentável. Sublinha-se a imprtância de prmver uma mair cerência entre as várias Estratégias e Plíticas Eurpeias, quer na fase de cncepçã, quer a lng da respectiva implementaçã, que exige uma mair cperaçã intra e interinstitucinal incluind refrç da articulaçã entre as diversas frmações d Cnselh, entre s serviçs da Cmissã Eurpeia e entre Estads-membrs. Deve ser feita uma avaliaçã da implementaçã da Estratégia de Lisba, devend ser preservads s elements que representaram uma mais-valia, nmeadamente: (i) ser um instrument invadr de cerência, crdenaçã e articulaçã de plíticas cm natureza diversa, quer a nível ds Estads-membrs, quer da Uniã Eurpeia n seu cnjunt; (ii) integrar uma perspectiva ambicisa, mderna e cnsistente para desenvlviment da Uniã n médi e n lng praz; (iii) demnstrar capacidade de adaptaçã e respsta eficaz a alterações imprtantes d cntext internacinal. A qualidade da despesa pública deve ser uma cmpnente determinante para desenh da Estratégia, tend em cnta, em particular, seu impact na prdutividade ds factres, de frma a garantir a sustentabilidade duma abrdagem cm sensibilidade scial num quadr de envelheciment demgráfic. A avaliaçã ds impacts das respstas dadas face à crise demnstra que a chave nã é pes quantitativ d Estad mas a sua capacidade de actuar practivamente na regulaçã e garantia da sustentabilidade ds sistemas ecnómics, financeirs e sciais. Cnsidera-se assim imprtante garantir um mair equilíbri entre a vertente ecnómica, scial e ambiental da Estratégia, assegurand, na linha ds princípis fundamentais d Tratad de Lisba, que s instruments subrdinads à Estratégia permitem efectivamente cncretizar valres cm s da cesã e da slidariedade aí cnsagrads. A futura Estratégia deverá também dar mair relevância às dimensões territrial e scial. A prmçã, em td territóri, da cesã ecnómica, scial e territrial, bem cm da slidariedade entre s Estads-membrs, sã missões da Uniã Eurpeia inscritas n Tratad, qual estabelece em particular a necessidade de reduzir a disparidade entre s níveis de desenvlviment das diversas regiões. Os desafis que a UE enfrenta a nível da cesã e, nmeadamente da cesã territrial, nã devem ser descurads, devend-se recnhecer seu cntribut essencial para cresciment ecnómic. Assume neste âmbit particular imprtância uma referência à necessidade das futuras medidas terem igualmente em cnta a situaçã das Regiões Ultraperiféricas. É fundamental definir cm clareza as priridades e bjectivs da Estratégia UE 2020, a nível cmum e de cada Estad-membr tend em cnta a sua especificidade, e garantir que as plíticas, s instruments e s recurss financeirs a serviç da Estratégia sã desenhads e articulads de frma cerente. 2
3 A Estratégia deverá rientar-se para médi/lng praz sem, n entant, descurar a necessidade de prmver resultads visíveis num praz imediat. A metdlgia de mnitrizaçã deverá permitir a identificaçã de resultads visíveis nestes dis prazs. A gvernaçã da futura Estratégia UE 2020 e s respectivs mecanisms de implementaçã devem ser frtalecids, vinculand as instituições eurpeias e s Estadsmembrs. //Âmbit A Estratégia UE 2020 deve ter a ambiçã de cnstruçã de uma ecnmia baseada n cnheciment, interligada, mais verde e mais inclusiva, cm cresciment rápid e sustentável e que gere elevads níveis de empreg e prgress scial, cm afirmad n dcument em apreç, devend para tal ser um referencial de cnvergência para as Estratégias sectriais n quadr da UE. É imprtante cnceber uma Estratégia que esteja a serviç ds cidadãs e das empresas eurpeias e que seu alcance e resultads sejam pr estes cmpreendids e aprpriads. A afirmaçã glbal da Uniã Eurpeia nã deve pressupr uma liderança glbal, mas a liderança em sectres estratégics para a Eurpa e de frnteira tecnlógica, tend em cnta a identidade eurpeia e as suas ptencialidades específicas. Em particular, dmínis em que a Eurpa enfrenta uma ameaça cmpetitiva cm a energia, envelheciment ppulacinal u a qualidade ambiental, devem ser transfrmads em áreas de prtunidade e liderança, designadamente as energias renváveis, s nvs mdels de prduçã eficiente, as nvas respstas na área da saúde e as redes de nva geraçã. Dmínis em que a Eurpa apresenta ptenciais vantagens relativas, cm a sua cultura, seu mdel scial u a sua própria diversidade, devem ser ptenciads. As priridades identificadas n dcument da Cmissã (criar valr baseand cresciment n cnheciment; capacitar as pessas em sciedades inclusivas; criar uma ecnmia inclusiva, interligada e mais verde) seguem muit de pert as priridades da Estratégia de Lisba, rerganizand-as e sublinhand as prtunidades criadas pela ecnmia ec-eficiente. Pensams que esta cntinuidade cm renvaçã é psitiva e indispensável à btençã de resultads, tant mais quant se trata de medidas de natureza estrutural. N entant, cnsidera-se imprtante intrduzir mais invaçã nmeadamente na cncepçã e implementaçã de acções e medidas que cncretizem aqueles grandes bjectivs. Na medida em que s grandes desafis que a UE enfrenta têm impactes assimétrics ns territóris da Uniã é fundamental que territóri seja parte integrante desta Estratégia. Tal implica que a Estratégia deve assumir a explraçã d ptencial de cmpetitividade de tds s territóris da UE cm um bjectiv central, cntribuind para a prssecuçã d desenvlviment harmnis da UE e para maximizar cresciment da Uniã. 3
4 A Estratégia nã deve estar unicamente rientada para as áreas de pnta da UE, ainda que as empresas mais invadras u tecnlgicamente mais avançadas, u s trabalhadres altamente qualificads, mereçam um espaç própri n sei da Estratégia. É necessári que se dirija à base prdutiva da UE n seu cnjunt, tirand partid d Mercad Únic e máxim aprveitament da crdenaçã das plíticas públicas ds Estads-membrs. Tal trna-se ainda mais relevante numa cnjuntura de desempreg crescente e em que as empresas emergentes tendem a ser mens intensivas em mã-de-bra d que as que actualmente peram. O tecid prdutiv da UE é mairitariamente cnstituíd pr pequenas e médias empresas (PME), muitas das quais sã micrempresas, cm grande ptencial em terms de invaçã. A Estratégia deve rientar-se para a prmçã de melhres cndições de funcinament das PME, desblqueand as cndições necessárias para que estas empresas pssam ganhar dimensã, prdutividade e cmpetitividade externa e refrçar seu ptencial de empregabilidade. A cnstituiçã de póls de cmpetitividade e clusters reginais pde desempenhar um papel mtr na dinâmica de cresciment. É crucial que se refrce a articulaçã das esclhas assumidas n âmbit da plítica cmercial da UE cm as esclhas tmadas n âmbit da plítica industrial (em sentid lat) da Uniã. Tal exige uma articulaçã sem precedentes entre diferentes frmações d Cnselh e também n sei da Cmissã. Acções cm a Iniciativa para as matériasprimas mstram cm a Uniã nã pde subestimar a imprtância estratégica de prmver pré-cndições para a cmpetitividade das empresas eurpeias em terms cncrets, e é sbretud um excelente exempl de cm diferentes plíticas devem ser rientadas para um mesm fim. Deve-se verificar se nutrs dmínis chave para a cmpetitividade da UE é pertinente desenvlver iniciativas semelhantes. A futura Estratégia UE2020 na perspectiva d desenvlviment sustentável, para além da dimensã ecnómica, deverá dar relevância às dimensões scial e ambiental, enquant respsta a nvs e cmplexs desafis, resultantes nmeadamente das alterações climáticas, das transfrmações n mund d trabalh, da evluçã demgráfica, mas também de nvas prtunidades ecnómicas e de nvs empregs. Assim, a Estratégia UE 2020 que vier a ser aprvada e aplicada pels Estads-membrs deve: Prmver a cidadania e a igualdade de prtunidades; Enfrentar s desafis e explrar as prtunidades de criar e disseminar cnheciment científic e tecnlógic; Prmver sistemas nã segmentares de empreg de qualidade, a equidade scial entre gerações e entre s diferentes actres d mund d trabalh; Transfrmar s prblemas ambientais em prtunidades de criaçã de empreg, de equidade e de riqueza; Prmver a cmpetitividade das empresas eurpeias pela criaçã duma nva articulaçã virtusa e sustentável entre scial, ambiental e ecnómic; Garantir aument generalizad d nível de qualificações e cmpetências. É fundamental uma mair valrizaçã da dimensã externa, cm bjectiv de afirmaçã da Uniã Eurpeia cm actr glbal e parceir activ da gvernaçã mundial. O refrç da dimensã externa permitirá dar prjecçã às plíticas da Uniã e, em articulaçã cm a dimensã interna, aumentar ptencial de explraçã cmpetitiva das especificidades de 4
5 cada territóri. A Eurpa deve manter-se aberta as seus parceirs cmerciais, refrçand em simultâne a cperaçã e a cnvergência n dmíni regulamentar, e a intrduçã de nrmas internacinais em matéria ecnómica, scial e ambiental, tend em vista bter benefícis recíprcs. //Priridades É imprtante definir as priridades cm clareza e garantir que s instruments e as plíticas a serviç da Estratégia cnduzem à cncretizaçã ds bjectivs fixads. A Estratégia deve ser centrada n cresciment e n empreg e cntinuar a ter cm principais desafis a implementaçã das refrmas estruturais, incluind as que explram as sinergias entre as plíticas ecnómicas, sciais e ambientais. A ambiçã glbal da Estratégia de Lisba tem que ser apiada n refrç das redes internas, aplicand uma gestã territrial inteligente baseada em platafrmas de cmunicaçã e de integraçã de valr que aprveitem ptencial d Mercad Intern para gerar dimensã cmpetitiva e capacidade de liderança ns mercads internacinais. Prtugal cnsidera que deve ser clcada ênfase em áreas priritárias cm: ptencial human, pela educaçã de base, pela excelência d ensin superir e atracçã de quadrs altamente qualificads e pel refrç da mbilidade; cndições de I&D, invaçã e empreendedrism, incluind a invaçã scial; funcinament mais eficiente d mercad intern; cndições-quadr para aumentar a cmpetitividade e a criaçã e/u manutençã d empreg, explrand ptencial de cmpetitividade de tds s territóris da UE e recnhecend papel crucial das PME; ec-eficiência e plítica energética; mdernizaçã d sistema scial, facilitand a transiçã d mdel ecnómic cm prtecçã scial e cm factr de inclusã scial; afirmaçã externa da Uniã Eurpeia. Cnsiderand cm base s três grandes bjectivs temátics prpsts pela Cmissã Eurpeia, eles merecem-ns s seguintes cmentáris/desenvlviments: I. Criar valr baseand cresciment n cnheciment Clcar ênfase na educaçã básica generalizada de alta qualidade e na imprtância, em cmplementaridade, de tds s níveis de ensin e aprendizagem, incluind s sistemas de frmaçã prfissinal e a aprendizagem a lng da vida, atendend a seu papel para cresciment ecnómic, para desenvlviment ds indivídus, para a prmçã da cesã scial e para exercíci ds direits de cidadania. Nesta perspectiva, imprta refrçar a transiçã entre a frmaçã de base ds jvens e a frmaçã em cntinuidade ds adults e assegurar nvas prtunidades a adults. Tirar partid das prtunidades de acess à infrmaçã e a cnheciment, através d us das tecnlgias de infrmaçã e cmunicaçã cm instruments de aprendizagem e de difusã d ensin à distância. 5
6 Mdernizar e melhrar s prcesss de ensin e aprendizagem e alargar a nvs públics ensin universitári e plitécnic para que desempenhem cm mair eficiência papel central de cntribuiçã para a melhria ecnómica e scial, em ecnmias baseadas n cnheciment. Investir na educaçã ds cnsumidres para a alteraçã de padrões de cnsum designadamente n sentid da esclha de prduts e serviçs verdes u n sentid de s preparar para a designada ecnmia digital. Integrar as precupações de criatividade, invaçã e empreendedrism desde ensin básic. Refrçar s factres iniciativa e invaçã na Uniã, devend ser prmvida a integraçã da investigaçã cm a educaçã para empreendedrism, a assunçã de riscs e a criatividade. Desenvlver a capacidade de atracçã de talents e de frmaçã avançada. Refrçar as instituições científicas, sbretud na frma de redes e cnsórcis internacinais assciads a instituições de ensin superir, a tecid prdutiv e às empresas. Estimular prgramas mbilizadres de criaçã de cnheciment em áreas emergentes, tais cm, ecnmia de redes de grande escala, tecnlgias da Internet d Futur, Indústrias criativas e culturais, sistemas e tecnlgias de api à qualidade de vida e à extensã da vida activa de idss, e sbre prcesss bilógics assciads a envelheciment e sistemas cmplexs envlvend as bases matemáticas de sistemas de grande escala e cm frte interactividade e a interacçã entre as ciências bilógicas e humanas e a engenharia, cm bjectiv de assegurar a liderança eurpeia em âmbit mundial. Aumentar investiment em I&D e prmver a excelência científica, estimuland a investigaçã fundamental e aplicada, de frma a atingir, num cnjunt mais alargad de regiões eurpeias, s padrões de criaçã de cnheciment e desenvlviment tecnlógic bservads nas regiões mais avançadas. Tirar partid das ptencialidades, talents e capacidades subaprveitadas existentes em tdas as regiões da UE, desenvlvend capacidades cmpetitivas em áreas aprpriadas, cm element essencial a uma cmpetitividade glbal da Eurpa. Afirmar a nível internacinal, as plíticas eurpeias de ciência, tecnlgia e invaçã através da cperaçã efectiva cm países de utras regiões, em particular da Ásia, América d Sul e África. Prmver a cultura científica e tecnlógica, cm acções de âmbit internacinal e centradas n estímul a ensin experimental da ciência e tecnlgia. 6
7 II. Capacitar as pessas em sciedades inclusivas Refrçar a dimensã scial, nmeadamente pr via da preservaçã e mdernizaçã d Mdel Scial Eurpeu e da respsta as desafis da evluçã demgráfica, cnsiderand questões fundamentais cm a inclusã das pessas na sciedade (e nã só n mercad de trabalh), a luta cntra a pbreza e a exclusã scial, a prtecçã scial e a inclusã activa, a precariedade labral e as plíticas de incentiv à natalidade, de migrações e de envelheciment activ. Delinear rientações estratégicas mais ambicisas e invadras para empreg, capazes de respnder a fenómen d desempreg, em particular n cntext da evluçã ecnómica recente. A criaçã de empreg de qualidade, nmeadamente em sectres/ actividades emergentes deve ser um aspect imprtante a privilegiar n períd até 2020, nmeadamente, a criaçã e/u transfrmaçã de empreg ns sectres ligads a ambiente green jbs e s empregs relacinads cm s serviçs pessais e sciais white jbs. Cmbater e garantir uma ba gestã das situações de desempreg. O acmpanhament das situações de despediment e ds candidats a empreg deve ser precce e rientad, devend ser refrçada a capacidade e a eficiência ds Serviçs Públics de Empreg. O enfque na cmpetitividade nã deve prejudicar a vertente scial da Estratégia: refrç da participaçã efectiva n mercad de trabalh é essencial para a prdutividade e a invaçã, prmvend a inclusã e cmbate às desigualdades sciais. Cmbater desempreg que decrre das alterações estruturais das ecnmias eurpeias, através de uma apsta de médi e lng praz na criaçã de uma mã-debra qualificada e flexível, que, numa perspectiva integrada, deve passar pr prjects de requalificaçã, recnversã e reciclagem ds trabalhadres, send necessária uma mair interacçã entre as instituições de educaçã e frmaçã prfissinal e as necessidades d mercad de trabalh. Refrçar as cmplementaridades entre as plíticas activas d mercad de trabalh e as plíticas de api a rendiment e acmpanhar e avaliar sistematicamente s resultads das plíticas activas d mercad de trabalh. Fazer evluir gradualmente as plíticas de empreg de medidas anti-crise a curt praz para refrmas estruturais d mercad de trabalh, destinadas a estimular ptencial de cresciment e cmpetitividade, fmentand a ferta de mã de bra e melhrand funcinament d mercad de trabalh, incluind a gestã da imigraçã labral. Fmentar empreg de qualidade e a cntínua melhria da qualidade d trabalh, desenvlvend a melhria das cndições de vida n trabalh e a cnciliaçã entre a vida familiar e prfissinal pela mair assunçã da respnsabilidade scial das empresas. Neste cntext, é ainda imprtante a transfrmaçã d trabalh nã 7
8 declarad em trabalh regular, melhr enquadrament d trabalh independente e a exigência de níveis de prtecçã da segurança e da saúde n trabalh adequads. Assegurar a gestã das transições entre s diverss cicls de vida ds indivídus escla / frmaçã / empreg / desempreg / empreg / refrma, pel que s mecanisms de flexigurança deverã ser devidamente enquadrads, prmvend a articulaçã entre s diverss sistemas de prmçã d empreg e de prtecçã scial. Prmver a articulaçã entre s sistemas de prmçã d empreg e de prtecçã scial. Garantir que s sistemas de prtecçã scial nã funcinem cm barreiras invisíveis à livre circulaçã ds trabalhadres e antes cm incentiv à sua mbilidade, assegurand a prtabilidade ds direits sciais adquirids. Apiar a inserçã ds jvens n mercad d trabalh, prevenind e cmbatend desempreg juvenil e s vínculs labrais precáris nã apenas pel api a desenvlviment de uma actividade própria ( que cnstitui uma entre muitas utras sluções), mas através de uma mair prtecçã scial ns primeirs ans das suas vidas prfissinais; da remçã ds bstáculs à mbilidade prfissinal n espaç eurpeu; da aprximaçã das fertas frmativas às necessidades d mercad de trabalh às escalas nacinal e eurpeia. Criaçã de uma mã-de-bra qualificada e flexível, capaz de se psicinar na estrutura das actividades ecnómicas de acrd cm a sua evluçã. Neste sentid, deverá haver uma apsta séria, financeiramente apiada e sustentada, em instruments de planeament e prspectiva e na requalificaçã ds segments de trabalhadres cujs psts de trabalh estejam mais em risc. Prevenir e cmbater a pbreza e a exclusã scial, adptand, sempre que pssível, uma linha de rientaçã dirigida à empregabilidade ds indivídus e apstand na sua educaçã/frmaçã e empwerment, prcurand rmper cm s cicls intergeracinais de transmissã de pbreza. Apsta n diálg scial e n papel ds parceirs sciais a tds s níveis. Os Parceirs Sciais pderã ter um papel significativ na aprpriaçã da estratégia a nível de cada Estad-membr, na definiçã e antecipaçã das necessidades de cmpetências, na gestã antecipada e psitiva ds prcesss de reestruturaçã, entre utrs. A este respeit, nã pderá ser mensprezada a adequaçã ds funds cmunitáris a cumpriment ds bjectivs da Estratégia. III. Criar uma ecnmia cmpetitiva, interligada e mais verde Assegurar uma base industrial cmpetitiva, frte, mderna, diversificada e sustentável. Nã é pssível fundar uma estratégia de cresciment e criaçã de empregs sustentada para 27 Estads-membrs baseada num númer limitad de regiões e/u sectres de actividade cm estreitament da base prdutiva eurpeia. A criaçã de valr, baseand cresciment n cnheciment e na ec eficiência, deve ser bject de plíticas públicas integradas e cnsistentes e mecanisms de prmçã 8
9 de transferência d cnheciment cm ênfase nã só na capacidade de ec-invaçã cm de capacitaçã tecnlógica da actividade ecnómica em geral. Melhrar as cndições-quadr para a cmpetitividade, cresciment sustentável e empreg, através de: Um mercad intern mais peracinal. De realçar que s investiments em infra-estruturas permitem que tds participem n mercad únic, independentemente da sua lcalizaçã gegráfica, refrçand ptencial de cmpetitividade d cnjunt da UE. Estã em questã, as redes internas (energéticas, tecnlógicas e digitais) e também as infra-estruturas físicas ditas clássicas. Uma plítica de prtecçã ds cnsumidres abrangente, tal cm decrre d Tratad de Lisba, em especial em sede d desenvlviment da ecnmia digital ; Uma melhr regulamentaçã cm recurs as instruments dispníveis, nmeadamente as avaliações de impact e a análise cust-benefíci, a reduçã ds encargs administrativs e a simplificaçã da legislaçã; Uma aplicaçã efectiva das regras de cncrrência nmeadamente n que respeita as Auxílis de Estad; Uma intensificaçã ds esfrçs da UE n dmíni da Invaçã de salientar a necessidade de reduzir fss de invaçã e cmpetitividade entre Estadsmembrs, entrand em linha de cnta cm as diferentes realidades nacinais; Desenvlviment de póls de cmpetitividade e clusters reginais, cm frma de refrçar sinergias e ganhar dimensã e capacidade cmpetitiva; Uma cnslidaçã de um Espaç Eurpeu de Investigaçã eficiente, eficaz e dtad de recurss adequads; Uma gestã sustentável das matérias-primas e ds recurss bem cm respectiv acess fra da UE. Apiar desenvlviment das invações na agricultura, cm ênfase na sustentabilidade, diversidade, saúde ds ecssistemas e prdutividade, visand simultaneamente a independência alimentar e a erradicaçã da fme n mund, a diminuiçã da desflrestaçã e da emissã de gases cm efeit de estufa, aument da sustentabilidade ds sistemas prdutivs primáris assciads a us d sl (prduçã de aliments, prduções energéticas, prduçã de madeira, extracçã de recurss naturais, etc.) e da qualidade de vida das ppulações; Relevar as questões energéticas, enquant principal pnte entre as vertentes ecnómica e ambiental da Estratégia. Para alcançar s bjectivs de sustentabilidade ambiental, segurança d aprvisinament e cmpetitividade ds mercads, devem merecer relevância medidas que visem refrçar s eixs centrais desta plítica: a criaçã de um verdadeir mercad intern da energia; a passagem acelerada para energias cm baixa prduçã de carbn; a prmçã das energias renváveis; a definiçã de medidas de eficiência energética e refrç da vertente externa. Deverã merecer destaque questões cm a segurança, a qualidade e a estabilidade d abasteciment de energia à UE, papel mtr das energias renváveis, incluind s bicmbustíveis, e a invaçã tecnlógica na transiçã para uma ecnmia de baix carbn. Imprtará também sublinhar que a participaçã de tds s Estads-membrs n desenvlviment das redes energéticas, na diversificaçã das fntes de energia e na segurança n abasteciment energétic de tdas 9
10 as regiões da UE (incluind as mais periféricas) deve estar n centr das precupações da Estratégia para 2020 e deve ser habilitada cm s instruments e acções aprpriads. O desenvlviment de infra-estruturas de transprtes e energia inteligentes e mdernas, deverá ser devidamente enquadrad numa plítica de desenvlviment sustentável mais abrangente, u seja, n âmbit d desenvlviment de territóris mais inteligentes e mderns. Será, assim, imprtante fcar a necessidade de fmentar a criaçã e implementaçã de plíticas de gestã sustentável ds territóris, que se querem mais verdes. Valrizar ptencial d espaç marítim eurpeu nas suas diversas vertentes (pr exempl, este espaç nã é mencinad aquand da identificaçã de prgramas de gestã de tráfeg, n dmíni ds transprtes). Desblquear ptencial de iniciativa empresarial, em particular cm características invadras, para aumentar cntribut das PME para a ecnmia eurpeia, nmeadamente em terms de criaçã de psts de trabalh e de cresciment a lng praz. // Metdlgia e Gvernaçã A gvernaçã deverá assentar numa aprpriaçã a mais alt nível, pels Chefes de Estad e de Gvern a nível de Cnselh Eurpeu, que identificarã s grandes bjectivs cmuns, s quais deverã ser assumids pels Estads-membrs em funçã das suas características e níveis de desenvlviment, recnhecend a diversidade de situações nacinais e s diferentes pnts de partida. Salientams, neste quadr, papel d Cnselh Assunts Gerais enquant sede de preparaçã ds Cnselhs Eurpeus e crdenadr ds Cnselhs sectriais. A Cmissã Eurpeia deverá cntinuar a ter um papel central em tda a Estratégia, dinamizand a sua implementaçã e, n seu direit de iniciativa, apresentand as prpstas que se revelarem adequadas. Imprta pis refrçar a aprpriaçã plítica da nva Estratégia a mais elevad nível plític e envlver s Parlaments Eurpeu e Nacinais, e s parceirs sciais, bem cm prmver uma mair aprpriaçã pelas cmunidades reginais e lcais e pels cidadãs. Imprta neste cntext capitalizar a experiência d funcinament da rede de Crdenadres Nacinais para a Estratégia de Lisba, send de manter a figura d pnt de cntact únic a nível nacinal para a implementaçã da Estratégia e sua mnitrizaçã, em clara prximidade cm s Chefes de Estad u de Gvern. É fundamental que exista um númer limitad de bjectivs cmuns que permitam a existência de metas bem definidas, cm indicadres que prprcinem a avaliaçã sistemática ds resultads alcançads. Dand relevância a indicadres quantitativs, deve igualmente ser levada em cnta a análise qualitativa da implementaçã da Estratégia. A esclha de indicadres deve ser limitada e muit cuidadsa, devend ser dada priridade 10
11 as que pdem dar uma perspectiva dinâmica e relativa ds resultads, e a mnitrizaçã da execuçã da Estratégia deve ser cnsequente e prprcinal. Este mdel pressupõe um prcess plític de cnsensualizaçã de bjectivs. A Estratégia deverá explrar a máxim s instruments mais adequads à prssecuçã ds seus bjectivs, incluind a definiçã de rientações cmuns de plítica ecnómica e para empreg, a preparaçã e mnitrizaçã d prgrama cmunitári e ds plans nacinais de refrma, a aplicaçã d métd abert de crdenaçã e a trca de bas práticas. Será imprtante assegurar que as iniciativas a nível da UE subrdinadas as bjectivs da Estratégia sejam claramente apresentadas e avaliadas, em mldes que pderã tmar cm pnt de partida Prgrama Cmunitári de Lisba, e cm base numa aprpriaçã refrçada pelas várias Instituições. A aplicaçã da Estratégia a nível nacinal terá que ser adequada as cicls plítics e avaliada em terms de prgress relativ e grau de cncretizaçã de bjectivs assumids pr cada Estad-membr n quadr da Uniã. A crdenaçã baseada apenas na adpçã de directrizes é insuficiente face à dimensã ds desafis que a UE enfrenta. A cnslidaçã de lideranças n quadr da Estratégia UE 2020 deve privilegiar mdel inclusiv subjacente a Métd Abert de Crdenaçã, mas nã pde afastar utras frmas de crdenaçã para bjectivs que nã pssam ser prsseguids sem esse refrç de cmprmiss. As regras que serã intrduzidas cm a adpçã d Tratad de Lisba permitirã ir mais além na transversalidade e na crdenaçã intersectrial da Gvernaçã da Estratégia, quer n Plan Eurpeu quer n Plan Nacinal. Os mecanisms de implementaçã - rientações definidas pel CE, avaliações n âmbit nacinal e cmunitári, recmendações as EM - deverã ser recentrads e frtalecids, trnand-se instrument de resultads. Neste âmbit, Prtugal mstra-se dispnível para cnsiderar a intrduçã de elements cm carácter mais vinculativ. Cnsidera-se imprtante salvaguardar uma ba articulaçã entre Estratégias e Plíticas que as cncretizam, clarificand fcalizações e bjectivs e evitand sbrepsições e duplicaçã de trabalh de cncepçã e mnitrizaçã. 11
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