Posição CELPA Associação da Indústria Papeleira
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- Fábio Pacheco Vilalobos
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1 R. Marquês Sá da Bandeira, 74, 2º Lisba, Prtugal Tel Fax Psiçã CELPA Assciaçã da Indústria Papeleira Para: De: Estatut: Presidente d Grup de Trabalh PNALE CELPA / Luís Csta Leal Dcument Públic Data: 15 de Junh de 2006 Assunt: Cmentáris à Prpsta de PNALE Versã para Cnsulta Pública de 1 de Junh de 2006 Sbre Prcess A CELPA lamenta atras cm que fi dispnibilizad draft de PNALE Este é um assunt de enrme seriedade e de imprtância capital na vida e desenvlviment das empresas prtuguesas e merecia, prtant, um mair períd de interacçã entre gvern prtuguês e as partes interessadas, particularmente cm as instalações cbertas pel CELE. A CELPA regista cm precupaçã curt espaç de temp de cnsulta pública dispnibilizad (8 dias úteis), claramente insuficiente para analisar cm detalhe e prfundidade tdas as implicações que um dcument desta natureza naturalmente suscita. Esta precupaçã é refrçada pela deficiente infrmaçã dispnibilizada juntamente cm draft: Ausência de PNAC 2006 O PNAC 2006 é dcument que supstamente fundamenta esfrç de reduçã impst a CELE. N entant, seu cnteúd é ainda descnhecid d públic e que se cnhece d dcument é um cnjunt de grandes númers, cm um nível de agregaçã que nã permite qualquer análise crítica ds mesms. A CELPA criticu n passad muits ds pressupsts d PNAC cm puc cincidentes cm as nssas próprias expectativas de desenvlviment, pel que sms agra frçads a aceitar cm crrects s fundaments d PNAC 2006.
2 Agregaçã pr sectres ns anexs cnfusa e prjecções erradas Os quadrs d anex 1 têm um detalhe manifestamente insuficiente e, sem cnheciment detalhad d PNAC 2006, incriticáveis e, pr cnseguinte, nã trabalháveis. O quadr de nvas cgerações é particularmente cnfus e deve ser clarificad e/u crrigid. Estã previstas várias nvas cgerações n sectr pasta e papel, de que fi dad cnheciment a grup de trabalh PNALE. Nenhuma delas figura neste quadr, nem cm sectr electrprdutr, nem cm sectr pasta e papel. Ausência de prpstas de atribuiçã empresa a empresa Embra a metdlgia descrita n draft seja de aplicaçã clara e tenha sid dispnibilizad entretant a prpsta de FMEC aplicável, ainda nã sã cnhecidas as prpstas de atribuiçã, instalaçã a instalaçã. Metdlgia de nvs entrantes ainda descnhecida A metdlgia geral remete, nalguns cass excepcinais, para a metdlgia aplicável as nvs entrantes. Acntece que, tal cm cm PNAC 2006, essa metdlgia ainda nã é cnhecida de um md que permita realizar qualquer tip de análise séria d seu impact. Em resum, a CELPA cnsidera que este prcess cmeçu muit atrasad e está agra a ser cnduzid cm demasiada pressa. A infrmaçã agra dispnibilizada é manifestamente insuficiente e nã permite, prtant, uma análise séria d que se exige às empresas em terms de reduçã de emissões de gases cm efeit de estufa. A CELPA reclama, prtant, de frma veemente cntra a falta de transparência relativamente as mntantes e esfrç de reduçã a exigir à indústria e cntra a falta de infrmaçã de base (PNAC 2006) que permita uma análise séria d esfrç exigid. Pg. 2 de 5 Psiçã CELPA
3 Sbre Tect PNALE Existe uma incngruência sbre tect atribuíd a CELE n draft d PNALE entre estipulad na página 6, 1º Parágraf (33,93 MtnCO2/an INCLUINDO reserva) e na página 9, últim parágraf (33,93 MtnCO2/an APENAS para as instalações existentes) Assumind cm crrect valr da página 6, tect fixad para PNALE reduz-se em 4,23 MtnCO2/an, u seja, reduz aprximadamente 11% relativamente a tect d PNALE (38,16 MtnCO2/an). O valr de reduçã a que supstamente PNAC 2006 faz referência apnta para um esfrç às empresas d CELE de 1,87 MtnCO2/an. O esfrç real exigid é, na verdade, 2,3 vezes superir. Cm a redefiniçã d nv âmbit da directiva, decrrente da harmnizaçã entre Estads-membr d cnceit de instalaçã de cmbustã (que intrduz n sistema nvas instalações, principalmente ds sectres químic e alimentar) e da interpretaçã de capacidade instalada n cas d sectr cerâmic (que retira instalações actualmente existentes d sistema) deverá crrer uma entrada líquida de nvas instalações num valr de 0,74 MtnCO2/an. As emissões atribuídas em 2005 às instalações cbertas pel sistema fram de 36,90 MtnCO2 que smad as 0,74 d alargament de âmbit resulta num valr de 37,64 MtnCO2/an. Se a nv tect retirarms 10% para a reserva de nvs entrantes (valr nã ficial, mas que tem sid avançad infrmalmente) resulta um valr de 30,54 MtnCO2/an dispníveis para as instalações existentes. Em cnclusã nv PNALE resulta, para as empresas existentes, num esfrç de reduçã médi que se aprximará ds 19%, muit lnge ds 9% u 1,87 MtnCO2/an valr avançad pel gvern e amplamente difundid pela imprensa. Assim, na piniã da CELPA deverá ser feita uma crrecçã d valr a atribuir para 36,29 MtnCO2/an (tect d anterir PNALE mens esfrç anunciad para CELE = 38,16-1,87). Cnsidera também ser estranha a referência a 33,93 MtnCO2/an cm tect a atribuir n CELE para duas realidades distintas, nã send admissível que para um assunt desta natureza e dads s reduzids prazs para cnsulta, existam este tip de incrrecções n dcument. Adicinalmente, a CELPA reclama de frma veemente cntra esta desinfrmaçã intencinal da piniã pública, em que gvern faz crer que está a pedir às empresas d CELE um esfrç de apenas 9%, quand na verdade exige, em média, dbr. Psiçã CELPA Pg. 3 de 5
4 Sbre a Metdlgia de Atribuiçã As simulações realizadas, cm base na metdlgia expsta n draft e n FMEC dispnibilizad pela DGGE, cnduzem, nas assciadas da CELPA, a reduções muit mais substanciais d que que fi avançad nas reuniões preparatórias. O sectr nã aceita um esfrç de reduçã de 30%, face a PNALE , muit superir a ds utrs sectres CELE. Este esfrç de reduçã é inaceitável para um sectr que cntribui cm cerca de 1% d PIB Nacinal, 4,5% d PIB Industrial, 3% d VAB Nacinal e cm 4,6% d valr das exprtações nacinais de mercadrias. Este esfrç de reduçã é inaceitável também pr razões cncrrenciais, vist este ser um sectr extremamente abert à cncrrência externa e rientad para a exprtaçã de mercadrias. Muits ds actuais clientes das exprtações papeleiras prtuguesas pderã vir a encntrar prduts substituts prvenientes da América Latina, se a situaçã cncrrencial nacinal se degradar, entre utrs, devid a mercad de CO2. Este esfrç de reduçã é extremamente injust e decrre em larga medida da grande dinâmica de investiments deste sectr, na utilizaçã de bimassa para energia, e na cnversã para gás natural. Estes desenvlviments, a tds s níveis ntáveis, mereciam uma descriminaçã psitiva pr parte d Gvern. O sectr pasta e papel vê, pel cntrári, serem recmpensads pr esta metdlgia as instalações que puc u nada fizeram pela eficiência energética e pela utilizaçã de cmbustíveis adequads, enquant que sectr cm menr factr de emissã CELE se vê brigad a uma reduçã abslutamente desprprcinal! Este esfrç de reduçã é também injust prque existe uma impssibilidade técnica e/u ecnómica de utilizaçã u recnversã, pr alguns equipaments, de cmbustíveis cm factr de emissã igual u inferir a FMEC sectrial. Estã nesta situaçã, pr exempl, s frns de cal nas instalações que prduzam pasta para papel pel métd a sulfat. Finalmente, este esfrç de reduçã é injust prque algumas instalações têm uma impssibilidade de acess a cmbustíveis cm factr de emissã igual u inferir a FMEC sectrial (Gás Natural, pr ex.). Os factres de emissã, muit baixs, atingids pel sectr papeleir devem-se fundamentalmente à utilizaçã de bimassa em cgeraçã. As empresas que já se encntram há mais temp nessa situaçã receberã, cm esta metdlgia, uma quantidade de licenças de emissã muit reduzida. Pg. 4 de 5 Psiçã CELPA
5 A CELPA chama a atençã para fact de que mercad de bimassa em Prtugal ser extremamente incipiente e de dimensã ainda largamente descnhecida 1. Pr utr lad, a prcura de bimassa para energia irá, num futur próxim, ser largamente aumentada, quer pels prjects energétics lançads recentemente pel gvern, quer pela prcura de sectres industriais nã tradicinais, mas de grande dimensã ptencial (ciments, pr ex.). O cruzament de mercad incipiente cm um aument brutal de prcura deixa as empresas já hje muit dependentes de bimassa numa situaçã de alt risc face a uma ruptura ptencial de abasteciment. Nessa situaçã, a necessária substituiçã de bimassa pr um qualquer cmbustível fóssil, traduzir-se-á numa necessidade líquida de cmpra de licenças de emissã, que penalizará essencialmente as instalações que, já hje, cntribuem de frma mais psitiva para desiderat de Quit. Para mitigar esta situaçã a CELPA prpõe duas metdlgias cmplementares da metdlgia geral: 1. Aplicaçã de um Factr de Risc de Abasteciment Bimassa Aplicável a tds s utilizadres de bimassa. = Substituiçã de 15% de bimassa (nã licr negr), express em energia, pr um cmbustível fóssil. As emissões crrespndentes a esse cmbustível seriam atribuídas à instalaçã. Funcinaria cm um segur/prémi para tdas as instalações utilizadras de bimassa, tant mair quant mair a quantidade/risc de bimassa assciada. 2. Criaçã de um FmEC Factr Mínim de Emissões de Cmbustã = 15% d FMEC (8,37 kg/gj). Aplicável quand factr de emissã de uma dada instalaçã se situe abaix desse valr. Funcinaria cm um segur/prémi para instalações cm excepcinal cntribuiçã psitiva para Prtcl de Quit e cm diminutas pssibilidades futuras de reduçã. 1 As quantidades de bimassa dispníveis para energia em Prtugal sã ainda altamente disputads, devid a lacunas de cnheciment e de dads recentes inventári flrestal. Estas quantidades sã também influenciadas pel desenvlviment, n futur, de fenómens nã cntrláveis na ttalidade, cm s fgs flrestais. Psiçã CELPA Pg. 5 de 5
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