Cenários sobre Gestão de Conhecimento nas Organizações
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- Linda Klettenberg Campos
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1 Cenários sobre Gestão de Conhecimento nas Organizações 12º Congresso FEBRABAN de Recursos Humanos São Paulo, Palestrante: Paulo Yazigi Sabbag 1
2 Paulo Yazigi Sabbag Dirige a Sabbag Consultoria desde 1993: Doutor em Administração pela Fundação Getulio Vargas São Paulo Engenheiro e Mestre pela Escola Politécnica da USP Professor: FGV-EAESP desde 1988, co-coordena cursos: Gerenciamento de Projetos desde 1988 e Gestão do Conhecimento desde 1999 no GVpec Educação Continuada, onde de 1995 a 1999 foi coordenador de cursos in-company Qualificado: coordenador de grupos (SBDG); MBTI (Felipelli); inventários 360 graus (Tangram) Diretor-representante do Núcleo-SP da SBDG Sociedade Brasileira de Dinâmica dos Grupos Autor dos livros: Gerenciamento de Projetos e Empreendedorismo, pela Ed. Saraiva, 2009 Espirais de Conhecimentos, pela Ed. Saraiva em 2007(entre os 10 finalistas em sua categoria para o Prêmio Jabuti 2008, com reimpressão de exemplares) Aprender Convivendo, Trabalhando e Estudando, em publicação 2
3 Agenda Contexto mundial de crise e transformação Pessoas e Organizações Resilientes Contribuição da Gestão do Conhecimento 3
4 Contexto Mundial de Crise e Transformação 4
5 Contexto Mundial isso pode nos afetar? CRISE MUNDIAL: Brasil (superaquecido), India e China, em forma de V EUA, em forma de U Europa, em forma de W AMBIENTE: Alterações climáticas afetam a produção e comércio agrícola Catástrofes provocadas pelo humano abalam economias Emergência da geoengenharia escala planetária GEOPOLÍTICA: Declínio dos EUA e do mundo unipolar Estagnação da Europa e Japão Emergência dos BRIC na economia e política mundial CONHECIMENTO: Cessa a atração de talentos a países ricos Tecnologia emergente (genômica, bio e nanotecnologia, TI e energias renováveis) reduzem consumo recursos naturais 5
6 Consolidação da Sociedade do Conhecimento Aumento da população, da pobreza e da desigualdade social: Exclusão e desemprego estrutural Explosão das cidades com vida urbana mais precária Desagregação social em todas as classes Mais violência, de variadas formas Aumento da Produção e Consumo: Incorporação ao mercado de 1 bilhão de consumidores Exploração ainda desenfreada de recursos naturais Mais resíduos e mais tóxico o lixo gerado Maior controle social sobre a poluição e desastres ambientais Maior conectividade: Poder de Governos é erodido e causa crises políticas e institucionais Prosperam organizações do terceiro setor e micromovimentos sociais Reduzida proteção ao conhecimento pulveriza a riqueza Ansiedade por informação restringe a expansão da sabedoria Transformação cultural: Aceleração da migração promove choque cultural Envelhecimento da população põe em cheque valores ligados à juventude Novas manifestações de arte se impõem simbólico amplia a ciência 6
7 Organizações na Sociedade do Conhecimento Estratégias organizacionais: Inovação permanente Competências centrais renovadas Conectividade sem limites Recursos: Capital Intelectual é ativo mais importante Gestão cosmopolita (dirigentes) Equipes auto-gerenciadas Personalização da Gestão de Recursos Humanos Estrutura e Controle: Alianças: coalizões, joint-ventures, parcerias Estruturas enxutas e menores Desverticalização Declínio da hierarquia e burocracia Orgânica, com equipes ad hoc de projetos (adhocracias) Decisões colegiadas e descentralizadas Gestor troca comando-e-controle por apoio e coaching Flexibilização do trabalho e da força de trabalho Crescimento do teletrabalho 7
8 CRISE dois conceitos No Chinês, wei (alerta, perigo) + ji (ponto crucial, oportunidade) formam o ideograma kanji para crise (pronúncia Kikí): o medo de enfrentar a virada despreza oportunidades Em Grego, krisis significa situação instável, transformação O sufixo kri é usado: Cri ança: ser em transformação Cri ação: novidade Na Cabala, todo obstáculo/adversidade na vida traz a semente da evolução resolvendo problemas, abrimos espaço para conquistas 8
9 Organizações Resilientes
10 Resiliência Resiliência deriva do latim resilientia, derivado do verbo resilio (re + salio), significa saltar para trás, recuperar-se, voltar ao normal Na Física, resiliência é propriedade de corpos elásticos: absorvem energia e se deformam após aplicação de força, que, quando cessa, retornam à forma original. Quando a força é excessiva, a deformação é permanente, o corpo deixa de ser elástico, torna-se plástico. Na Engenharia, o estudo da resiliência é associado à resistência dos materiais Há 30 anos foi adotado na Psicologia: habilidade de recuperação após eventos estressantes, traumas potenciais ou crises danosas. A associação metafórica com estresse, flexibilidade, resistência (endurance) e colapso (burnout) é utilizada 10
11 RESILIÊNCIA Definições: Capacidade de recuperação diante de graves adversidades Capacidade de enfrentar situações de estresse, trauma potencial e crise (elevado impacto emocional) Capacidade de recuperar-se de perdas significativas Manifestações de Baixa Resiliência em indivíduos: É reativo, considera-se azarado, fica chocando, remoendo os azares Apresenta baixa auto-estima ou insegurança vacila e demora a reagir Mostra dependência das iniciativas de outrem (figuras de autoridade) Durante crises têm emoções infladas, oscilantes com eventual perda de controle Insiste em curso de ação decidido, mesmo que ele se mostre ineficaz Fica exaurido (energia psíquica) enquanto enfrenta a situação Não procura ajuda externa, perde a esperança Nunca volta ao normal, leva uma década ou mais para isso Vive doenças crônicas, perde ambições e vontade de realizar
12 RESILIÊNCIA em Indivíduos Enfrentamento (coping) Prosperar Obter crescimento pessoal Rejeitar Resistir Apoio externo Indivíduo Proteger Reduzir vulnerabilidade Ampliar capacidade de adaptação Eventos estressantes Perdas significativas Traumas em potencial Catástrofes Reações retardadas Estresse pós-traumático Disfunções crônicas Recuperar-se Manter saúde Manter equilíbrio Preservar bem-estar
13 Atributos de Resilientes 1. Autoeficácia 2. Autoconfiança 3. Controle de emoções 4. Otimismo 5. Proatividade 6. Flexibilidade 7. Empatia 8. Tenacidade 13
14 Dicas para ampliar a Resiliência (APA) 1. Manter boas relações com família, amigos íntimos e colegas 2. Evitar assumir crises e eventos estressantes como problemas que não podem ser enfrentados 3. Aceitar circunstâncias que não podem ser modificadas 4. Desenvolver metas realistas e tomar iniciativas nessa direção 5. Agir proativamente em situações adversas 6. Procurar oportunidades de auto-descoberta após perdas 7. Desenvolver auto-confiança 8. Manter perspectiva de longo prazo e considerar eventos estressantes em um contexto mais amplo de vida 9. Preservar uma perspectiva de esperança, esperando coisas boas e visualizando o desejado 10. Cuidar do corpo e mente, dar atenção a sentimentos e necessidades e engajar-se em atividades prazerosas. Aprender com a experiência e manter flexibilidade e vida balanceada 14
15 Gestores Resilientes Gestores Resilientes são competentes em: Toleram situações que para outros causam estresse Enfrentam resistência a mudanças Gerenciam crises Preservam seu bem-estar e equilíbrio Obtém crescimento pessoal No Japão, bambu (take) é cultuado: Reverência Leveza Flexibilidade + Força Pensamento Sólido + Flexível Crescimento com Força Habilidade de superar adversidades 15
16 RESILIÊNCIA em Organizações Definições: Capacidade de recuperação diante de adversidades Capacidade do sistema absorver, utilizar e se beneficiar de perturbações e mudanças, persistindo sem mudanças qualitativas em sua estrutura Flexibilidade de resposta ao estresse e capacidade de aprender, adaptar-se e se autoorganizar Organizações Resilientes: Rápido retorno a condições normais de operação Maior tolerância a estresse e a mudanças Governança corporativa é preservada Retorno à normalidade em termos de rotatividade de pessoal, atração de talentos e condições gerais de saúde Recuperação da reputação da organização torna-se possível
17 Organizações Resilientes Maior em crises internas do que externas Maior onde há coesão interna e valores esposados Maior onde a liderança é referência, é admirada ou inspiradora Maior onde talentosos e clientes mantêm vínculos duradouros Maior nas organizações com sólida proximidade com a sociedade Maior onde há transparência; onde a ética dirige comportamentos de todos Maior onde há capacidade de auto-organização (reorganização espontânea de energia com objetivos coletivos), porque evita o caos Maior onde há capacidade de recuperação: estrutura, sistemas e recursos adequados
18 Contribuição da Gestão do Conhecimento 18
19 Gestão do Conhecimento promove Resiliência nas Organizações Gestão do Conhecimento nas organizações não envolve apenas atividades educacionais e de atração/retenção de talentos; nem é apenas plataforma tecnológica; é um sistema COESÃO: prática de compartilhar e aprender junto desenvolve cooperação RETENÇÃO TALENTOS: auto-realização e reconhecimento como parte dos processos VÍNCULOS SOCIAIS: relações de proximidade, empatia e lealdade são exigidas ÉTICA: valores pautam convivência AUTO-ORGANIZAÇÃO: requer esforço extraordinário, soluções incomuns e risco exigem boa gestão de conhecimentos CAPACIDADE RECUPERAÇÃO: gestão do conhecimento é a parte do modelo empresarial responsável 19
20 Espiral do Conhecimento Introversão Extroversão 20
21 Dificuldades Organizacionais para a Espiral do Conhecimento CRIAR: Entrave cultural: organizações brasileiras pouco inovam Entraves no Estado: dificuldade de obter patentes e financiar pesquisa ESQUEMATIZAR: Entrave institucional: reduzida informação disponível pelo Estado Reduzido mapeamento interno e externo Multiplicação de bases de dados, carência de bases de conhecimentos VALIDAR: Distância hierárquica elevada no Brasil Reduzida disciplina de leitura, de documentação e de mentoria APRENDER: Elevada rotatividade de funções, de cargos, de empregos Hierarquia e burocracia limitam: autonomia, experimentação, pesquisa Rotas de carreira oferecem pouco estímulo ao estudo 21
22 Habilidades requeridas para a Espiral do Conhecimento CRIAR: Atitude aprendiz motivação para aprender Capacidade de enfrentar o desconhecido e a ambiguidade Criatividade e imaginação Investigação e pesquisa ESQUEMATIZAR: Codificação com uso de linguagem (conceituar) Codificação por meio de imagens e esquemas VALIDAR: Habilidade de expressão oral (externar ideias) Capacidade de diálogo Capacidade de produzir narrativas (com uso de simbolismos e metáforas) Capacidade de expressar por meio do corpo e dos movimentos Capacidade de atuar coletivamente APRENDER: Capacidade de aprender Capacidades: assimilação e acomodação Maturidade psíquica: inteligências pessoal, emocional e social Autenticidade e originalidade 22
Resiliência. Ana Paula Alcantara Maio de 2013. 4º CAFÉ DA GESTÃO Seplag/TJCE
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