Doenças do Sistema Digestório. Prof. Marcio Nunes Correa Dra. Beatriz Riet Correa Mestranda Tatiele Mumbach
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1 Doenças do Sistema Digestório Prof. Marcio Nunes Correa Dra. Beatriz Riet Correa Mestranda Tatiele Mumbach
2 Localização Rúmen Rúmen (150L) 7ª costela até entrada do coxal FR = 5/3min ou 7-10/5min Retículo - sobre o apêndice xifóide, 5º - 7º EIC.
3 Anatomia Rúmen-retículo Parede muscular com motilidade complexa e coordenada Separações anatômicas por compartimentos Pregas que se projetam para a luz do órgão
4 Fisiologia contrações ruminorreticulares Contrações primárias Contrações secundárias
5 Fisiologia Contrações primárias O retículo se contrai ficando com a metade do tamanho normal Ocorre a contrações dos sacos dorsal e ventral Função: misturar as ingestas e ajudar na separação de partículas grandes e pequenas
6 Fisiologia Contrações secundárias O retículo quase oblitera sua luz Ocorre uma onda de movimento no sentido cranial que começa no saco cego caudal dorsal e se estende por toda a sua extensão Função: forçar o gás na direção da porção cranial do rúmen ERUTAÇÃO
7 Estratificação
8 Características do Sistema Produção Saliva Motilidade Ruminorreticular Equilíbrio Microorganismos 80% Bactérias 20% Protozoários Alimento Fungos?
9 Características do Sistema Microorganismos GRAM - Ambiente líquido anaeróbico Temperatura constante Presença de nutrientes ph ruminal Uma boa fermentação Flora Ruminal Motilidade RR Degradação alimentos AGV, Proteínas, Amido, Lipídios e Vitaminas Acidez = menor 5,8 Alcalinidade = maior 7,2 Morte dos microorganismos. benéficos
10 Dietas Ricas em Fibra Fermentação da celulose Mastigação excessiva Grande volume nos pré-estômagos Conteúdo de textura grosseira nos pré-estômagos Baixas Taxas Ac: 70% Prop: 15% But: 10% ph Neutro Ativação de mecanorreceptor es bucais Salivação Ativação de receptor de tensão Motilidade aumentada nos pré-estômagos Ativação de receptor epitelial Ruminação Álcalis Bactéria celulítica Regurgitação Ruminação
11 DIETAS RICAS EM CONCENTRADO Fermentação do amido Pouca mastigação Diminui volume nos pré-estômagos Conteúdo de textura macia nos pré-estômagos Altas Taxas Ac: 55% Prop: 25% But: 10% Lático ph Ácido - Ativação de mecanorreceptor es bucais - Salivação - Ativação de receptor de tensão Motilidade reduzida nos préestômagos Ativação de receptor epitelial Ruminação - Álcalis Bactéria amilolítica Propionobactéria Regurgitação Ruminando
12 Deslocamento do Abomaso
13 Deslocamento do abomaso Deslocamento ou Ectopia Ectopia origem grega significa "fora de lugar" ABOMASO fora de lugar DESLOCAMENTOS VÔLVULOS
14 Localização lado direito
15 Abomaso - lado esquerdo
16 Abomaso vista ventral Esquerdo Direito
17 Deslocamento do abomaso Etiologia Multifatorial atonia abomasal pré-requisito Fatores pré-disponentes Alimentação rica em concentrado Hipomotilidade Distensão gasosa
18 Deslocamento do abomaso Epidemiologia ocorrência Vacas de grande porte Alta produção de leite Período pós parto - 90% até seis semanas após o parto Doenças que cursem com anorexia/hiporexia Cetose e Hipocalcemia
19 Deslocamento do abomaso 7; 21% 2; 6% 3; 9% Vazia Pré-parto 10 dias pós-parto 6; 18% 16; 46% 11 a 20 dias pós-parto Mais de 21 dias Ziguer et al., 2005 Estudo da ocorrência de deslocamento de abomaso em rebanhos leiteiros na região centro-sul do Paraná 36 vacas
20 Deslocamento de Abomaso a esquerda Deslocamento de abomaso a esquerda DAE 85% até 95,8% das ocorrências omaso rúmen abomaso
21 Vaca de Alta Produção Alimentação concentrados silagem de milho pouca fibra [ ] elevada AGV s Produção de Gás Abomaso Distenção e Deslocamento Fermentação dos alimentos Hipocalcemia Cetose
22 Vaca de Alta Produção Alimentação concentrados silagem de milho pouca fibra Abomaso Fermentação dos alimentos Mastite Metrite Bacteremia Absorção de endotoxinas para o sangue Liberação de endorfinas Diminui atividade contrátil do TG
23 Patogenia Lado direito Lado esquerdo Rúmen útero Rúmen Gestação - abomaso cranialmente deslocado para esquerda
24 Deslocamento de Abomaso a esquerda Leve moderado grave
25 Deslocamento de Abomaso a direita Similar DAE Dilatação e torção de abomaso Fatores predisponentes Similar ao DAE Estenose do piloro
26 Exame Clínico Anamnese diminuição da produção leiteira emagrecimento animal recém parido perturbação do apetite Funções Vitais Temperatura Movimentos Respiratórios Batimento Cardíaco Movimento Ruminal normais diminuído
27 Exame clínico INSPEÇÃO Animal magro e apático Apetite Ruminação irregular e reduzida Sinais de leve dor abdominal Aspecto das fezes reduzida untuosa - pastosa mal digerida enegrecida PALPAÇÃO Ligeiro aumento de tensão abdominal Exploração retal
28 Exame Clínico AUSCULTAÇÃO Vazio do Flanco E - ruído de crepitação diminuído Sobre últimas costelas - ausência do ruído de crepitação - ruído de timbre metálico - tilintar
29 Metodologia para o diagnóstico do deslocamento de abomaso a esquerda Percussão-Auscultatória Percussão Auscultatória SOM DE TIMBRE METÁLICO Palpação-Aucusltatória Segundo Robertson (1966)
30 Percussão-Auscultatória Ping (som metálico)
31 Tratamento Omentopexia Abomasopexiaxia
32 Tratamento Abomasopexiaxia
33 Tratamento Laparotomia (flanco direito) Esvaziar gás do abomaso (cânula e agulha) Fixação pelo omento na parede abdominal (omentopexia) Fixação direta do abomaso (abomasopexia) Suporte: antibioticoterapia; hidratação; cálcio Rolamento:??? Tratar doenças secundárias: ex: cetose
34 Controle Dieta
35 Indigestão Vagal *Conjunto de sinais secundários a uma lesão primária ao longo do curso do nervo vago
36 Indigestão vagal Síndrome caracterizado por dificuldades do trânsito de alimentos entre retículo-omaso e na saída do abomaso; Provocado por paralisia ou paresia de um ou vários ramos do nervo vago Sinonímia SÍNDROME DE HOFLUND SÍNDROME DE PARESIA VAGAL ESTENOSE FUNCIONAL Ramo Dorsal do Nervo Vago Ramo Ventral do Nervo Vago
37 Nervo Vago Nervo vago 2 troncos dorsal nervo do rúmen ventral nervo do retículo, omaso e abomaso (fígado e diafragma) Tronco ventral mais importante no estabelecimento do síndrome
38 Indigestão vagal Etiologia Traumatismo faringeano, esofágico Neoplasias Sobrecarga e/ou impactação ruminal Deslocamentos do abomaso Reticuloperitonite traumática Lesão e disfunção do nervo vago (ramos ventrais) Aderências do retículo
39 Indigestão Vagal - Patogenia Lesão do nervo Vago Paralisia dos estômagos Paralisia dos estômagos Estenose Pilórica Passagem do orifício retículo omasal Diminui velocidade de passagem Distenção e acúmulo do conteúdo Hiper ou hipomotilidade Anorexia Fezes pastosas/redu zidas
40 Indigestão Vagal TRÊS SÍNDROMES Distensão ruminal com hipermotilidade Distenção ruminal com hipotonia ou atonia Obstrução do piloro e impactação abomasal TÍPICO = Distensão Ruminal com hipermotilidade
41 Indigestão Vagal *Sinais clínicos Inspeção abdômen por trás dilatação e sobrecarga ruminal; timpanismo moderado contorno característico (D pêra + E maçã)
42 Indigestão Vagal Sinais clínicos
43 Timpanismo espumoso Timpanismo gasoso Indigestão vagal
44 Manifestações clínicas Anamnese: Longa evolução Hiporexia progressiva Enfraquecimento progressivo volume do abdômen com timpanismo recidivante Fezes em quantidade e consistência alterada
45 Manifestações clínicas Exame dos diferentes sistemas orgânicos Estado geral apatia Funções vitais: T o C Normal ou levemente diminuída Freq. resp aumentanda, normal ou diminuída Fer. Cardíaca bradicardia ; Freq. ruminal normal, aumentada (hipermotilidade) Hipermotilidade com contrações superficiais
46 Manifestações clínicas PALPAÇÃO RETAL: Saco dorsal grande e tenso Saco ventral dilatado e distendido à direita (com líquidos ou substancia pastosas) Rúmen na forma de L Suspender o abdomên com uma madeira Forma um sulco entre saco dorsal e ventral Perda da estratificação
47 Diagnóstico Láparo-ruminotomia último recurso do clínico (muito utilizado como método diagnóstico) Achados: Palpação direta da dilatação e sobrecarga retículo-ruminal, Presença de C.E.; aderências; abscesso e outras alterações Conteúdo ruminal pastoso / espumoso, sem estratificação, volume (homogêneo)
48 Indigestão vagal Tratamento Terapia sintomática para causa primária Reposição eletrolítica
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