Econométrica do Exercício de Poder de Mercado no Varejo Alimentar Brasileiro

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1 ANÁLISE ECONOMÉTRICA DO EXERCÍCIO DE PODER DE MERCADO NO VAREJO ALIMENTAR BRASILEIRO APRESENTACAO ORAL-Comercalzação, Mercados e Preços DANILO ROLIM DIAS DE AGUIAR; ADELSON MARTINS FIGUEIREDO. UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS, SOROCABA - SP - BRASIL.Análse Economérca do Exercíco de Poder de Mercado no Varejo Almenar Braslero 1. Inrodução Esmavas de ndcadores esruuras do mercado varejsa braslero, realzadas por Aguar (009), permem denfcar dos períodos com padrões basane dsnos: período I (de 1994 a 1999), caracerzado por um expressvo aumeno da concenração do mercado (com o CR5 angndo aproxmadamene 40%) e pela lderança do Carrefour; e período II (de 000 a 008), onde se observa cera esabldade na concenração das cnco maores frmas (com o CR5 manendo-se ao redor de 40%) e aumeno da parcpação das rês maores, noando-se anda elevado nível de urnover no grupo das cnco maores empresas. Nese segundo período, predomnou a lderança por pare da CBD, seguda pelo Carrefour, mas após 004 verfca-se uma lderança rpla (ropólo) dvdda enre CBD, Carrefour e Wal-Mar, com os líderes rocando de posção ano após ano. Assm, a esruura do mercado varejsa em fcado mas concenrada, o que favorece o uso de poder de mercado, mas há ambém snas de aumeno da rvaldade enre as frmas, o que pode lmar o uso do poder de mercado por receo de perda de parcela de mercado. Város esudos nernaconas êm sdo desenvolvdos para esar o que é conhecdo como o rade-off enre poder de mercado e efcênca econômca na ndúsra e no varejo almenar 1, os quas não êm apresenado resulados conclusvos. Esudos recenemene desenvolvdos nos Esados Undos, por Sharkey & Seger (006) e por Arnade e al. (007), enconraram supore para a hpóese de ganho de poder de mercado no seor varejsa, enquano que Cleary & Lopez (007) verfcaram que a enrada do Wal-Mar em mercados locas, ambém nos Esados Undos, reduzu o poder de mercado cooperavo dos supermercados esabelecdos naquele mercado e promoveu uma endênca de preços decrescenes. No Brasl, os poucos esudos realzados no níco dese século não chegaram a resulados conclusvos. Por exemplo, enquano Farna & Nunes (00) não enconraram evdêncas de manfesação de poder de mercado no seor varejsa almenar braslero, Aguar & Slva (00) e Cunha & Machado (003) enconraram supore para a hpóese de exercíco de poder de mercado. Noa-se, porém, que eses esudos dferem quano ao grau de agregação dos dados ulzados, pos Farna & Nunes analsaram város índces agregados 1 Ver, por exemplo, Lopez e al. (00) e Lopez & Lrón-España (003).

2 para o Brasl e para São Paulo, ao passo que Aguar & Slva analsaram um únco produo e Cunha & Machado analsaram separadamene supermercados grandes e pequenos em um mesmo mercado local. Os dferenes resulados enconrados por esses auores permem levanar a hpóese de que é mas provável a denfcação de poder de mercado ulzando-se dados mas desagregados, pos nem odas as frmas conseguram exercer poder de mercado, assm como o poder de mercado não sera exercdo para odos os produos. Evdêncas nese sendo foram enconradas por Aguar (009), uma vez que ese auor não enconrou relação enre índces de concenração e índces de desempenho agregados, mas verfcou que hava relação enre eses ndcadores para alguns produos agrícolas específcos. Consderando os resulados dvergenes enconrados na leraura, o presene rabalho preende razer maores evdêncas sobre o mpaco da concenração de mercado no exercíco de poder de mercado de produos agrícolas específcos, por meo de análse de séres emporas dos preços em níves de produor, aacado e varejo.. Referencal Teórco A consaação de que o máxmo de bem-esar socal sera alcançado num mercado perfeamene compevo, enquano o monopólo resrngra o nível de bem-esar da socedade levou Mason (1939) a delnear um modelo para explcar o relaconameno enre esruura de mercado, condua empresaral e desempenho econômco. A proposção do modelo esruura-condua-desempenho (ECD) é de que a esruura de mercado deermnara a condua das empresas, e esa deermnara o desempenho do mercado. Embora ese sendo de causaldade seja o predomnane, as conduas das empresas e o desempenho do mercado ambém podem afear a esruura de mercado, por meo de conduas esraégcas e por meo da lucravdade do seor, respecvamene. Dessa forma, o modelo ECD adme um nervalo conínuo enre as esruuras de compeção perfea e monopólo, de manera que, quano mas a esruura de um mercado se aproxmasse do monopólo, por sera seu desempenho, ocorrendo o nverso caso a esruura do mercado se aproxmasse da compeção perfea. As relações de causa e efeo defndas no modelo ECD êm sdo fones de grandes debaes enre os esudosos de organzação ndusral. Havendo essa relação causal da esruura para a condua, e desa para o desempenho, a melhor manera de se ober um desempenho sasfaóro por pare de um mercado sera por meo de nervenções do governo em sua esruura. Conrapondo-se aos economsas segudores da lnha eórca ECD, os economsas da lnha eórca conhecda como Escola de Chcago defendem que ganhos de efcênca advram de esruuras mas concenradas, uma vez que empresas maores se benefcaram de economas de escala e escopo. Conseqüenemene, a Escola de Chcago defende não haver relação enre esruura, condua e desempenho: a esruura de mercado sera conseqüênca da ecnologa, que deermnara o amanho mas efcene para uma frma, e da demanda, que deermnara quanas frmas de amanho ómo caberam no mercado, e o desempenho sera sempre ómo (mesmo que houvesse poucas frmas), pos se houvesse qualquer nefcênca, concorrenes sera araídos para o mercado. Para chegar a al resulado, a Escola de Chcago assume ausênca de barreras à enrada, as quas só seram cradas, na vsão desa lnha de pensameno, por meo de polícas públcas reguladoras (concessões Marn (1993) dscue dealhadamene os argumenos da Escola de Chcago e os conrapõem ao modelo ECD.

3 públcas). Conseqüenemene, a Escola de Chcago defende que nenhum po de nervenção governamenal seja feo. Qual das duas lnhas eórcas melhor represena a realdade? Deve-se reconhecer que embora na presença de barreras à enrada as esruuras concenradas de mercado possam esar assocadas a abuso de poder de mercado por pare das grandes frmas, como enfaza o modelo ECD, ganhos de efcênca por pare de frmas maores, em presença de economas de escala, ambém podem ocorrer, como ressalam os adepos da Escola de Chcago. Porano, os processos de concenração de mercados cosumam ser caracerzados por um rade-off enre os ganhos de efcênca que se era em ermos de economas de escala ou escopo e a perda de bem-esar decorrene do maor poder de mercado angarado pelas frmas maores. Porano, é necessáro examnar emprcamene cada caso para se chegar a uma conclusão sobre os mpacos da concenração de mercado no bem-esar socal. 3. Meodologa 3.1. Procedmenos economércos Tese de raz unára A análse de regressão e a maora dos méodos de esmação convenconas parem da pressuposção de que as séres são esaconáras, ou seja, de que suas propredades esocáscas são nvaranes com respeo ao empo (Pndyck & Rubnfeld, 1991). No presene rabalho ulza-se o procedmeno de Phllps-Perron (PP) para se esar a esaconardade da sére. Phllps & Perron (1988) propuseram um ese não-paramérco para esar a exsênca de uma raz unára conrolando a correlação seral. O méodo esma a equação nãoexpandda do ese DF e modfca a razão do coefceneα de al forma que a correlação seral não afea a dsrbução assnóca do ese Tese de auocorrelação enre os resíduos Oura suação que pode esar presene nas análses economércas e que afea parcularmene a confabldade dos eses de hpóeses é a auocorrelação enre os resíduos. O procedmeno ulzado para denfcar a presença de auocorrelação nese rabalho é o sugerdo por Gujara (000), que afrma ser possível deecar a presença de auocorrelação por meo do modelo auo-regressvo de heeroscedascdade condconal (ARCH). Ese modelo pressupõe que a varânca do erro aleaóro µ depende do amanho do ermo de erro passado, elevado ao quadrado. O processo ARCH(p) pode ser escro da segune forma: Var µ (1) ( ) = α = α 0 + α µ 1 + α µ α p µ p 3 As esmavas e eses de hpóeses dese rabalho ulzam o sofware Evews.

4 Se não houver auocorrelação na varânca do erro, em-se H 0 = α 1 = α =... = α p = 0; mplcando que a var( µ ) = α 0 é homoscedásca. A hpóese H 0 pode ser esada por meo do ese F de uma regressão esmada com µ (erro esmado obdo da equação esmada) ou pelo coefcene n.r que segue dsrbução qu-quadrado (χ ), em que n é o número de observações e R é o coefcene de deermnação obdo a parr da expressão (1) Tese de causaldade A defnção do sendo de causaldade enre os preços é fea por meo de eses de exogenedade, aplcando-se o procedmeno desenvolvdo por Granger (1969). Segundo Granger (1969), uma varável x causa uma varável y, quando valores correnes e passados de x ajudam a melhorar a prevsão de y. Consderando a equação: y p p = γ jy j jx + + θ j ε, () j= 1 j= 1 O ese para se verfcar se y é causada por x consse em esar se os coefcenes de x são nulos; ou seja, se θ 1 =... = θ p = 0. Essa verfcação pode ser fea pelo radconal ese F. Analogamene, esma-se uma equação de x em função de y para se verfcar se esa não esá causando aquela. Na realzação dos eses de causaldade, a prmera quesão que se apresena é a defnção do número de defasagens a serem ncluídas no modelo. Nese esudo, opou-se por esar esascamene o número de defasagens a serem ncluídas nas equações de ransmssão de preços. Cnco créros de se esar o número de defasagens foram analsados: LR (lkelhood rao = razão de verossmlhança); FPE (fnal predcon error); AIC (Akake nformaon creron); SC (Schwarz nformaon creron); e HQ (Hannan-Qunn nformaon creron). A parr desses créros, a escolha do número de defasagens se baseou na conssênca enre os mesmos, ou seja, escolheu-se o número de defasagens que é aponado pela maora dos eses. É mporane noar que o conceo de causaldade de Granger não mplca relação de causa-efeo, sendo baseada apenas em "prevsbldade" (Grffhs e al., 1993). Por esse movo, o ese de causaldade em sdo olhado com basane reserva por pare dos esudosos. De qualquer forma, o ese pode razer ndcações mporanes sobre as relações de lderança enre os város níves de comercalzação Tese de assmera O ese de assmera mplemenado nese rabalho fo desenvolvdo por Wolfram (1971) e aperfeçoado por Houck (1977). Ese ese em como função denfcar se acréscmos ou decréscmos de preços são ransmdos com a mesma nensdade. Houck (1977) consdera um modelo em que a varável dependene, por exemplo, Pv é função apenas de uma varável ndependene, Pa. Maemacamene, a relação pode ser expressa da segune manera: Pv Sendo que: ac dc = α + α Pa + α Pa + ε para 1,, K (3) 0 1 =

5 Pv = Pv Pv 1 Pa ac = Pa Pa 1 se Pa Pa 1 e, Pa ac = 0 se Pa Pa 1 Pa dc = Pa 1 Pa se Pa Pa 1 e, Pa dc = 0 se Pa Pa 1 Em que Pv 0 é o valor ncal de PV; Pa 0 é o valor ncal de Pa. O valor de Pv em que um pono qualquer será: Pv = Pvo + Pv T = 1 para = 1,,3K, KT (4) em que T é o número oal de observações, além do valor ncal. A dferença enre os valores correne e ncal de Pv é a soma, de período a período, das mudanças que em ocorrdo. Assm, Pv Pv0 = (5) Pv = 1 T subsundo a equação (3) na equação (5) e smplfcando-a, em-se Pv ac dc ( Σ Pa ) + ( Σ Pa ) Pv0 = 0 + α1 α α (6) * * Consderando-se * ac dc Y, Z e W guas a ( Pv Pv0 ), ( Σ Pa ) e ( Σ Pa ), respecvamene, e nclundo o ermo esocásco ε, chega-se à equação a ser esmada: Y * = α + α Z + α W + ε 0 1 * * Sendo Z a soma de odos os acréscmos, período a período, desde o valor ncal aé o período, e W é o smlar para decréscmos. A varável Z é sempre posva, ao passo que W é sempre negava. Se α 0 não for zero, ese pode ser consderado como um coefcene endênca na equação (6). Se alguma oura varável afeasse Pv na equação (), esa ambém podera ser consderada na equação (3), como desvos de seus valores ncas. O ese de assmera é feo esando-se a hpóese de que α 1 é gual a α. Caso se rejee essa hpóese, há assmera. Se α 1 > α, os acréscmos de preços são ransmdos mas nensamene que os decréscmos. Se α 1 < α, os decréscmos de preços são ransmdos mas nensamene. Vale ressalar que no caso de os preços esarem na forma de logarmos nauras, as elascdades de ransmssão serão os própros coefcenes da equação esmada (α 1 e α ). (7)

6 3..5. Tese de normaldade de Jarque-Bera Traa-se de um ese para verfcar se a sére em dsrbução normal. O ese mede a dferença enre a assmera (skewness) e a curose da sére com as meddas da dsrbução normal. A esaísca é calculada segundo a segune expressão: N K Jarque Bera = S 6 + ( K 3) 4 Em que S é a assmera, K é a curose e N represena o número de coefcenes esmados usados para crar a sére. Sob a hpóese nula de dsrbução normal dos erros, a esaísca de Jarque-Bera em dsrbução χ com graus de lberdade. A probabldade reporada no Evews é a probabldade de que a esaísca de Jarque-Bera seja maor (em valor absoluo) que o valor observado sob a hpóese nula um pequeno valor de probabldade leva à rejeção da hpóese nula de dsrbução normal. (8) 3.. Dados Foram ulzados preços médos mensas, em nível de produor, aacado/ndúsra e varejo no esado de São Paulo, sendo sua capal o cenro varejsa analsado. A fone de dados de preços é o Insuo de Economa Agrícola (IEA, 009), cuja base de dados enconrase, aualmene, dsponível para acesso on lne. Todos os preços foram converdos em reas correnes e deflaconados por meo do Índce Geral de Preços Dsponbldade Inerna da Fundação Geúlo Vargas. O período da análse dos preços nca-se em 1989 para a maora dos produos, ncando-se em abrl de 1993 para fejão, e prossegue aé novembro de 008. Os produos esudados, defndos por sua mporânca em ermos de consumo 4 e pela dsponbldade de dados para os rês níves de mercado, são: arroz, fejão, carne bovna, carne suína, carne de frango, ovos, quejo Mnas e óleo de soja. 4. Resulados e Dscussão A análse do mecansmo de ransmssão de preços segue os passos mosrados no em 3.1. Incando com o ese de raz unára de Phllps-Perron, seus resulados mosram que odas as séres são esaconáras em nível, com exceção das séres de logarmos dos preços e das séres de acréscmos e decréscmos de preços de rês produos: óleo de soja, ovos e quejo. Esas séres, porém, se mosraram esaconáras em prmeras dferenças. Para esas séres I(1) foram realzados eses de conegração que mosraram, com base no ese do raço, ao nível de sgnfcânca de 5%, a exsênca de rês veores de conegração. Como odas as seres são esaconáras ou conegradas com rank compleo (odas com rês veores de negração), seguu-se a sugesão de Seddgh e al. (000) e Lükepohl & Kräzg (004) para ldar com 4 Ver dados da Pesqusa de Orçameno Famlares de 1996 (IBGE, 00).

7 as suações, de forma que as equações de ransmssão de preços puderam ser esmadas em nível Teses de causaldade de Granger Os eses de causaldade de Granger apresenam algumas ndcações do sendo de causaldade enre as séres. Embora quando de seu lançameno város esudos ulzassem eses eses como deermnanes da causaldade enre varáves, há algum empo as opnões dos especalsas êm convergdo para a nerpreação de que as eses não são conclusvos, mas apenas ndcavos das relações de causa e efeo enre as varáves. Mesmo admndo al lmação dos eses de causaldade, ese rabalho os ulzou vsando ober mas ndícos sobre o mecansmo de formação e ransmssão de preços enre produor, aacado e varejo. Na realzação dos eses de causaldade, a defnção das defasagens sgnfcavas se deu pelo procedmeno descro no em Dos cnco créros usados para se esar o número de defasagens, dos deles apresenaram sempre os mesmos números de defasagens sgnfcavas: FTP (fnal predcon error) e AIC (Akake nformaon creron). Por sso, opou-se por ulzar as defasagens aponadas por eses dos úlmos créros. As defasagens ulzadas foram: arroz = 5; fejão = ; carne bovna = 10; carne de frango = 9; ovos = 3; quejo = 8; óleo de soja = ; carne suína = 10. Os resulados dos eses de causaldade podem ser melhor observados por meo da Fgura 1. Noa-se fore parcpação do aacado na formação de preços, sendo que apenas nos mercados de fejão, carne suína e carne de frango não havera causaldade do preço no aacado para o preço ao produor. A mporânca do preço ao produor nos mercados de frango e suínos pode ser uma decorrênca das relações conrauas que ocorrem nesas cadeas produvas, enquano que no caso do fejão os freqüenes choques de ofera a que ese produo esá sujeo poderam jusfcar a mporânca do preço ao produor. Mesmo assm, algumas ncoerêncas lusram a necessdade de se er cudado na aceação dos resulados dos eses de causaldade. Um exemplo de as ncoerêncas ocorre no mercado de carne suína, em que as varações no preço ao produor anecederam as varações no preço ao aacado, as quas anecederam as varações no preço ao varejo, mas as relações enre os preços ao varejo e ao produor seram b-causas. 5 Suação semelhane fo enconrada por Lass (005), que adoou o mesmo procedmeno adoado no presene rabalho.

8 Arroz Produor Fejão Produor Aacado Varejo Aacado Varejo Carne bovna Produor Carne suína Produor Aacado Varejo Aacado Varejo Carne de frango Produor Ovos Produor Aacado Varejo Aacado Varejo Óleo de soja Produor Quejo Produor Aacado Varejo Aacado Varejo Fgura 1 Sendos de causaldade na ransmssão de preços agrícolas. Dada a nconclusvdade ípca de eses de assmera e a mporânca do aacado na formação de preços, consaada ano nese como em ouros números rabalhos, a análse da assmera na ransmssão de preços verfcará os efeos de acréscmos e decréscmos no preço ao aacado sobre os preços ao varejo e ao produor. O fao de o aacado normalmene ncar as varações de preços decorre de suas caraceríscas esruuras. Geralmene, poucos agenes operam nese nível de mercado e o grau de especalzação é o maor denre odos os níves de mercado, sendo basane comum enconrarem-se aacadsas operando com apenas um po de produo. Em função dsso, os aacadsas deêm mas nformações do que os empresáros que auam nos demas níves de mercado. Nese nível, além do aacadsa ípco, que aua comprando e revendendo as mercadoras, enconram-se frmas de processameno de produos agrícolas, armazenadores, exporadores ec. Segundo Ecksen & Fromm (1968), o fao de a formação do preço ocorrer em nível de aacado se deve, além do maor acesso às nformações, às segunes condções enconradas nese nível de mercado: () o cuso de mudança de preço é desprezível, por serem as vendas cenralzadas em local e empo defndos; e () as ransações são basane freqüenes de forma que os vendedores e os compradores se maneram em comuncação e poderam se enender mas ou menos connuamene acerca de alerações de preços. No caso da comercalzação de produos perecíves, poder-se-a acrescenar mas uma condção para que o aacado ncasse as mudanças de preços: as perdas por deeroração físca do produo seram muo grandes caso se dexasse de efeuar uma ransação, dados os volumes elevados de produo envolvdos nas rocas, o que esmulara os aacadsas a enconrarem, rapdamene, um preço que vablzasse a negocação. 4.. Análse da assmera na ransmssão de preços Assmera na ransmssão de preços no período compleo

9 As equações para os eses de assmera foram esmadas com os preços em logarmos neperanos, de al forma que os resulados já represenam elascdades de ransmssão de preços. Todas as equações foram esmadas pelo méodo de máxma verossmlhança, o que fez com que os resíduos assumssem dsrbução normal, conforme se pôde verfcar por meo do ese de Jarque-Bera. Tano nese quano no próxmo em, os efeos referdos como de curo-prazo são os efeos ocorrdos no mês correne (sem defasagem), enquano que os efeos de longo-prazo correspondem às somas dos efeos de odos os meses consderados aé o número máxmo de defasagens sgnfcavas de cada produo. Nese em são apresenados os resulados das esmações das equações de ransmssão de preços e eses de assmera na ransmssão de preços para as séres compleas, de janero de 1989 a dezembro de 008 (lembrando que no caso do fejão a sére começa em janero de 1993). No em subseqüene haverá a segmenação dese período em dos subperíodos. () Transmssão enre aacado e varejo O Quadro 1 apresena um resumo dos resulados referenes à análse da assmera na ransmssão de preços no curo e no longo prazo. Noa-se a presença de assmera na ransmssão de preços de odos os produos, seja só no curo prazo, seja só no longo prazo, seja em ambos os casos. Noa-se anda que em odos os eses que veram a hpóese de smera rejeada, os acréscmos dos preços no aacado foram ransmdos pelos varejsas mas nensamene do que os decréscmos. Quadro 1 Elascdades de acréscmo e de decréscmo de preços enre aacado e varejo, de curo prazo e de longo prazo, e os eses de smera dos produos analsados no período compleo Produo Efeo de Curo Prazo Efeo de Longo Prazo Acréscmo Decréscmo Tese Acréscmo Decréscmo Tese Arroz 0,6610* 0,3364* 4,99* 0,7883* 0,8044* 0,08 Fejão 0,378* 0,0896** 17,48* 0,6813* 0,3171 (a) 19,91* Carne Bovna 0,5574* 0,44* 9,10* 0,6561* 0,573* 13,97* Carne de frango 0,5075* 0,358* 3,3*** 0,6175 (b) 0,6031* 0,05 Ovos 0,557* 0,093* 3,9* 0,4464* 0,445* 0,00 Óleo de Soja 0,44* 0,359* 19,1* 0,6176* 0,4881* 6,14** Quejo 0,840* 0,673* 0,05 0,5419* 0,41* 71,78* Carne suína 0,3444* 0,357*, 0,4887* 0,403*,71*** * Sgnfcavo a 1%; ** Sgnfcavo a 5% *** Sgnfcavo a 10%

10 Ese resulado é conssene com o enconrado por Aguar & Sanana (00) e é um ndíco de uso de poder de mercado por pare do seor varejsa. Enreano, é de se noar que para rês produos (arroz, ovos e carne de frango) a assmera verfcada no curo prazo é compensada no mês segune, ou seja, há assmera no curo prazo e smera no longo prazo, o que sugere que para eses produos a dferença esá na rapdez da resposa do seor varejsa a acréscmos de preços. Havendo aumeno de preços ao aacado, os varejsas rapdamene ransmem al aumeno aos consumdores, mas no caso de queda no preço ao aacado, esa queda é ransmda mas lenamene pelos varejsas. Já no caso do quejo e da carne suína, ocorre o conráro, havendo smera no curo-prazo e assmera no longo-prazo, ndcando que os varejsas ransmram mas nensamene os acréscmos de preços deses produos, mas o faram ao longo do empo. Ouro aspeco que merece aenção é que odas as elascdades de ransmssão de preços são menores que a undade, ou seja, a varejo aenua as varações dos preços ocorrdas em nível de aacado. Tal resulado, compaível com os resulados de números ouros rabalhos sobre a ransmssão de preços agrícolas 6, não represena, como podera parecer à prmera vsa, ndíco de que os varejsas não esaram usando seu poder de mercado. O que jusfca a exsênca de elascdades de ransmssão de preços menores do que a undade é o fao de o produo fnal comercalzado no varejo ser uma combnação do produo adqurdo no aacado com um conjuno de nsumos de comercalzação (servços de ranspore, armazenameno, elercdade, mão de obra ec.), cujos preços varam menos do que o preço da mercadora agrícola 7. Com sso, er-se-am, nauralmene, elascdades de ransmssão de preços menores do que a undade. () Transmssão enre aacado e produor Um resumo dos resulados referenes à análse da smera na ransmssão de preços enre aacado e produor é apresenado no Quadro. Noam-se dversas dferenças em relação à ransmssão fea pelos varejsas analsada no em aneror. No caso da ransmssão para o preço do produor, há város casos de ransmssão mas nensa dos decréscmos do que dos acréscmos do preço no aacado, fao que não ocorra com os varejsas. Esa suação esá presene nos mercados de arroz, carne bovna, quejo e carne suína, seja no curo prazo, seja no longo prazo, ou em ambos. Apenas nos mercados de ovos e óleo de soja houve ransmssão mas nensa dos acréscmos de preços, sendo que no mercado de carne de frango houve ransmssão smérca de preços. 6 Ver Aguar (1993) para uma sínese deses resulados. 7 Ver Barros (1987).

11 Quadro Elascdades de acréscmo e de decréscmo de preços enre aacado e produor, de curo prazo e de longo prazo, e os eses de smera dos produos analsados no período compleo Produo Efeo de Curo Prazo Efeo de Longo Prazo Acréscmo Decréscmo Tese Acréscmo Decréscmo Tese Arroz 0,509* 0,7789* 114,41* 0,9069* 1,0363* 59,04* Fejão 0,769* 0,6188* 64,36* 1,0371* 0,9796* 11,45 Carne Bovna 0,603* 1,1030* 14,48* 0,849* 0,8560* 1,53 Carne de frango 0,691* 0,809 1,09 0,691* 0,809 1,09 Ovos 0,845* 0,6137* 8,99* 0,845* 0,7161 (a) 4,69** Óleo de Soja 0,5004* 0,4365* 0,1 0,5004* 0,737 (a) 3,44*** Quejo 0,0194 0,1117*** 1,00 0,135** 0,39 (b) 3,99** Carne suína 0,4470* 0,858* 9,9* 0,765* 0,883 (a) 385,74* * Sgnfcavo a 1%; ** Sgnfcavo a 5% *** Sgnfcavo a 10% (a) a elascdade defasada de um mês fo sgnfcava a 10%. (b) a elascdade correne fo sgnfcava a 10% e a defasada de um mês fo sgnfcava a 5%. Ouro aspeco noável é que o valor das elascdades é normalmene maor na ransmssão aacado-produor do que na ransmssão aacado-varejo, sendo que em um dos casos não se rejea a hpóese de que a elascdade seja maor do que a undade: no mercado de arroz, não se rejea que a elascdade de decréscmo de preços de longo prazo seja maor que a undade ao nível de sgnfcânca de 5% (ese Wald = 4,15); e no mercado de fejão, não se rejea que a elascdade de acréscmo de preços de longo prazo seja maor que a undade ambém ao nível de sgnfcânca de 5% (ese Wald = 5,6). A jusfcava para esa consaação é análoga à dada no em aneror: o preço do produo agrícola em nível de produor endera a varar mas do que o preço ao aacado porque o produo comercalzado no aacado já envolve dversos nsumos de comercalzação, os quas êm preços mas esáves do que o preço da commody agrícola. A consaação de que predomna ransmssão mas nensa dos acréscmos de preços, por pare dos varejsas, e ransmssão mas nensa de decréscmos, enre aacado e produor, reforça a hpóese de uso de poder de mercado por pare dos varejsas. Tpcamene, o seor de produção agrícola não apresena poder de mercado, por se aproxmar esruuralmene do mercado perfeamene compevo. Por sso, os produores agrícolas são normalmene referdos como omadores de preços. Já o mercado varejsa, por sua esruura concenrada, era condções de nerferr na formação do preço, ornando-se os varejsas aqulo que se podera defnr como fazedores de preços. Já os aacadsas, por suas caraceríscas esruuras, eram maor poder de mercado em suas relações com os agrculores do que com os varejsas.

12 4... Assmera na ransmssão de preços: dferenças enre e Na seqüênca da análse as séres são segmenadas em dos períodos, o período 1 que va de 1989 a 1999 e o período que va de 000 a 008, para se verfcar se houve mudança no mecansmo de ransmssão de preços enre esses dos períodos, uma vez que aé 1999 ocorreu grande pare do processo de concenração de mercado. Nesa pare da análse, apenas as relações enre aacado e varejo são analsadas, uma vez que a segmenação da análse em dos períodos se jusfcou pelas mudanças ocorrdas na esruura do mercado varejsa. Observando ncalmene o Quadro 3, que raa das análses de curo prazo, noa-se que a ransmssão mas nensa dos acréscmos de preços predomna no prmero período. O Tese 1 mosra que apenas os mercados de carne bovna e quejo apresenaram ransmssão smérca de preços no período 1, sendo que odos os demas produos veram ransmssão mas nensa de acréscmos de preços nese período. No período, apenas o mercado de óleo de soja apresenou ransmssão mas nensa de acréscmos de preços (ao nível de sgnfcânca de 10%), não se rejeando a hpóese de smera para os demas produos (Tese ). O Tese 3 mosra anda que as elascdades de ransmssão de acréscmos de preços no período 1 foram maores do que as elascdades de ransmssão de decréscmos de preços no período para ses dos oo produos, não sendo sgnfcavo o ese para óleo de soja e quejo. Ou seja, os varejsas rasmam mas nensamene os acréscmos de preços anes do ano 000 do que no período poseror. Em relação à ransmssão de decréscmos de preços, o Tese 4 mosra que não houve dferenças enre os dos períodos para cnco produos, sendo que os valores das elascdades de ransmssão de decréscmos de preços foram maores no segundo período para carne bovna e óleo de soja. Apenas no mercado de carne suína era ocorrdo uma redução na elascdade de ransmssão de decréscmos de preços no segundo período em relação ao prmero, mas o valor negavo enconrado é oposo ao esperado. Porano, os resulados sugerem que os varejsas veram maor poder de mercado no prmero período. A elmnação, durane o segundo período, da assmera na ransmssão nsanânea de preços, que hava sdo denfcada no período 1 para a maora dos produos, ocorreu em razão da redução na elascdade de ransmssão de acréscmos de preços e não em decorrênca de alerações na elascdade de ransmssão de decréscmos de preços. Ou seja, a aleração verfcada enre os dos períodos sugere que os varejsas passaram a er maor dfculdade para ransmr nsananeamene os acréscmos de preços no período, suação que não ocorra no período 1. Uma possível explcação para esa mudança resde no aumeno da rvaldade enre as empresas varejsas no período, conforme se pôde denfcar por meo da análse de urnover.

13 Quadro 3 Elascdades de acréscmo e de decréscmo de preços de curo-prazo esmadas nos períodos 1 ( ) e ( ) e eses de hpóese dversos dos produos analsados Esmavas Arroz Fejão Carne Bovna Mercados Frango Ovos Óleo de Soja Quejo Carne Suína Eac-P1 1,0148 0,3788 0,7378 0,8058 0,6176 0,6417 0,3139 0,5395 Edc-P1 0,3707 0,16 0,5510 0,4150 0,918 0,351 0,994 0,3116 Eac-P 0,386 0,106 0,196 0,64 0,1663 0,6417 0,3139 0,06 Edc-P 0,3007 0,0338 0,1584 0,4150 0,1361 0,710 0,994-0,1535 Tese 1 40,8* 7,54* 1,65 11,67* 6,4** 5,51** 0,01 3,81** Tese 0,13,66 (a) 0,0 0,34 0,03,85*** 0,01 0,63 Tese 3 45,61* 4,51** 17,4* 4,51* 0,06*,59 NS 5,76** Tese 4 0,3,07 5,65* 0,66 1,01 8,09* NS 1,14* Varáves: Eac-P1 = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período 1 ( ); Edc-P1 = elascdade de ransmssão de decréscmos de preços no período 1 ( ); Eac-P = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período ( ); Edc-P = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período ( ); Tese 1 smera no período 1; Tese smera no período ; Tese 3 Eac-P1 = Eac-P; Tese 4 Edc-P1 = Edc-P; * sgnfcavo a 1%; ** sgnfcavo a 5%; *** sgnfcavo a 10%. (a) nível de sgnfcânca de 10,6%. No caso das elascdades de ransmssão de preços no longo prazo (Quadro 4), não se denfcam alerações enre os períodos, uma vez que cnco produos veram ransmssão assmérca ano no período 1 quano no período, enquano que os ouros rês produos veram smera em ambos os períodos. Enre os cnco produos que apresenaram ransmssões assmércas, quaro manveram o mesmo comporameno nos dos períodos (maor ransmssão de acréscmos de preços), enquano que um (ovos) eve uma nversão no mecansmo de ransmssão de preços, pos ransma mas nensamene os decréscmos de preços no período 1 e passou a ransmr mas os acréscmos a parr do ano 000.

14 Quadro 4 Elascdades de acréscmo e de decréscmo de preços nos períodos 1 ( ) e ( ), de longo prazo, e eses de hpóese dversos dos produos analsados Esmavas Arroz Fejão Carne Bovna Mercados Frango Ovos Óleo de Soja Quejo Carne Suína Eac-P1 1,0148 0,69 0,7378 0,6615 0,4304 0,8101 0,67 0,5395 Edc-P1 1,0989 0,4189 0,5510 0,7160 0,4906 0,7196 0,534 0,5610 Eac-P 0,7396 0,4547 0,6836 0,6148 0,3838 1,1481 0,67 0,06 Edc-P 1,0989 0,904 0,5049 0,7160 0,3349 0,86 0,534 0,3749 Tese 1 1,18 7,9* 5,9** 1,33 7,66* 31,5* 63,68* 0,11 Tese,14 5,43** 4,91** 1,98 14,31* 36,31* 63,68* 0,11 Tese 3 13,65*,96*** 0,39 0,3,64(a) 6,18** NS 5,76** Tese 4 16,0*,5 0,35 0,17 1,10 5,4** NS 1,49* Varáves: Eac-P1 = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período 1 ( ); Edc-P1 = elascdade de ransmssão de decréscmos de preços no período 1 ( ); Eac-P = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período ( ); Edc-P = elascdade de ransmssão de acréscmos de preços no período ( ); Tese 1 smera no período 1; Tese smera no período ; Tese 3 Eac-P1 = Eac-P; Tese 4 Edc-P1 = Edc-P; * sgnfcavo a 1%; ** sgnfcavo a 5%; *** sgnfcavo a 10%. (a) 10,4% Também na comparação enre as elascdades, não se denfca um padrão ão defndo na ransmssão de longo prazo como hava sdo consaado na ransmssão de curo prazo. Conforme o Tese 3, dos quaro produos que veram dferenças na elascdade de ransmssão de acréscmos de preços, dos veram aumeno (arroz e óleo de soja) e dos veram dmnução da elascdade (fejão e carne suína). Dos rês produos que apresenaram dferenças na ransmssão de decréscmos de preços, um eve aumeno na elascdade de ransmssão de decréscmos de preços (óleo de soja) e dos veram redução nesa elascdade (arroz e carne suína). Dessa forma, as evdêncas sugerem que os mpacos mas evdenes que ndcam uso de poder de mercado, caso se consdere a ransmssão mas nensa dos acréscmos de preços como um ndcador do exercíco do poder de mercado, ocorrem nsananeamene, dlundo-se à medda que os mercados se ajusam e a rvaldade dfcula a exploração de poder de mercado. Mas ese efeo, mesmo que de curo prazo, era mas evdene no período 1.

15 5. Conclusões Dane do processo de mudança esruural pelo qual vem passando o mercado varejsa braslero, em que o processo de concenração se fez acompanhar de um aumeno da rvaldade enre as empresas maores, a análse economérca do mercansmo de ransmssão de preços realzado no presene esudo rouxe uma sére de ndcações da forma como o poder de mercado possa esar sendo exercdo no seor. As prncpas conclusões e mplcações dos resulados aqu obdos podem ser lsadas como se segue: Deve-se evar a realzação de esudos muo agregados sobre o uso de poder de mercado de um seor mulproduo como o varejsa, já que eses esudos podem esconder o uso de poder em mercados específcos. No caso de produos almenares, o varejo parece aparenemene desfruar de maor poder nos mercados dos produos de maor preferênca por pare dos consumdores. Dessa forma, os mercados de produos com demandas mas neláscas a preço (arroz e fejão) ou com maor elascdade-renda (carne bovna), aparenemene se mosram mas sujeos ao exercíco de poder de mercado do que ouros produos. São sobre eses produos que os órgãos de defesa de concorrênca deveram se preocupar mas em suas análses. A rvaldade enre as empresas pode esar dfculando o exercíco de poder de mercado das empresas. Por sso, o exercíco de poder de mercado dos varejsas sobre os consumdores aparenemene se reduzu na presene década. Mas o exercíco de poder de mercado va preço pode volar a aumenar, caso haja uma redução da rvaldade que caracerza o seor aualmene. O exercíco de poder de mercado va preço em ambém um componene emporal. Em geral, as ransmssões mas nensas dos acréscmos de preços se dão nsananeamene, enquano que as ransmssões de decréscmos de preços endem a ser mas reardadas. Apesar das lmações que exsem em ermos de bases de dados para a maora dos esados da federação, sera desejável que esudos smlares a ese fossem feos para ouros esados para se denfcar o poder de generalzação dos resulados aqu enconrados. Sera desejável ambém que ouros esudos examnassem uma gama maor de produos, o que não fo feo nese esudo pela lmação da base de dados usada. Havendo dsponbldade, mas desejável anda sera a ulzação de dados em nível de empresa. Apesar de odas as lmações com as séres de dados, a análse da assmera na ransmssão de preços mosrou-se um nsrumeno poderoso para denfcar o uso de poder de mercado va preço. Como boa pare do uso de poder de mercado pode esar se dando va ransferênca de cusos dos varejsas a seus fornecedores e não por precfcação dos produos, fuuros esudos vsando denfcar o poder de mercado no seor varejsa braslero poderam ambém enar esmar os cusos ndreos ransferdos pelos varejsas a seus fornecedores.

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