INOVAÇÃO E COMPETIÇÃO: UM ESTUDO DE CASO DO ARRANJO PRODUTIVO DE CONFECÇÃO DO AGRESTE PERNAMBUCANO

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1 INOVAÇÃO COMPTIÇÃO: UM STUDO D CASO DO ARRANJO PRODUTIVO D CONFCÇÃO DO AGRST PRNAMBUCANO Roberta de Moraes Rocha Doutorado em conoma pela PIMS/UFP, Professora do Programa de Pós-Graduação em conoma da UFP-CAA (PPGCON). -mal: roberta_rocha_pe@yahoo.com.br Luz Honorato da Slva Júnor Doutorado em conoma pela PIMS/UFP, Professor do Curso de conoma de Brasíla. -mal: lula_honorato@hotmal.com Júlo de Albuquerque Barros Vana Graduação em conoma pela UFP CAA. -mal: julocabvana@bol.com.br Resumo O objetvo prncpal desta pesqusa é fazer uma caracterzação do Arranjo Produtvo de Confecção do Agreste pernambucano e levantar evdêncas do perfl das empresas que nvestem em controle de qualdade e que produzem com algum nível de dferencação dos produtos comercalzados no mercado local. O trabalho utlzou como fonte prncpal de dados uma pesqusa de campo realzada no Agreste do stado de Pernambucano, nos muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama, a qual abrangeu 945 empresas. Os resultados sugerem que as empresas menos propensas a nvestr em controle de qualdade têm o segunte perfl: ) não possuem marca própra; ) estão localzadas no muncípo de Santa Cruz do Capbarbe; ) toda a sua produção é comercalzada em feras; v) não comercalzam em loja própra; v) não atuam no segmento de moda jovem; e v) todos os funconáros são pessoas da famíla do propretáro da empresa. Por outro lado, se a empresa está localzada no muncípo de Caruaru, tem marca própra, vende toda a sua produção em lojas própras, atua no segmento da moda jovem, e a empresa não é famlar, tem 100% de chances de nvestr em controle de qualdade. Palavras-Chaves: Arranjos Produtos Locas. Polo Industral. Inovação e Competção. Indústra de Confecção. Abstract The major objectve of the research s to characterze the cluster of textle ndustry of Agreste Pernambucano and obtan evdences of the profle of frms that nvest n qualty control and producng wth some level of dfferentaton of products marketed n the local market. The research used as a prncpal source of data a research realzed n Agreste Pernambucano, n the ctes of Caruaru, Santa Cruz Capbarbe and Tortama, whch 945 companes. In summary, the results suggest that frm least wllngness to nvest n qualty control have the followng profle: ) t has not ts own brand, ) t s located n Santa Cruz do Capbarbe, ) all producton of the frm s marketed n popular fars, v) the frm has not own store tself; v) the frm does not act n the market segment drecton to young people, and v) all employees of the frm are people of the famly of the owner. Furthermore, f the frm s located n Caruaru, f t has hs own brand, f t sells all ts producton n own shops, f t act n the market segment to young people and f t s not famlar, the frm has almost 100% of the chances to nvest n qualty control. Keywords: Cluster. Industry Polo. Competton and Innovaton. Apparel and Textle Industry. 50

2 1 INTRODUÇÃO A ndústra têxtl e de confecções, ao se nter-relaconar com outras atvdades produtvas em toda a sua cadea produtva a qual engloba desde a fabrcação de máqunas e equpamentos para a ndústra e o fornecmento de nsumos para a fabrcação de tecdos, como também, o setor de comérco, deve representar um mportante papel para o setor produtvo de um país. Para o Brasl, especfcamente, a ndústra de transformação têxtl e de confecção é um dos plares da economa do país. ssas ndústras, no ano de 2006, responderam por aproxmadamente 4% do valor bruto da produção ndustral, geraram em torno de 829 ml empregos dretos e, em uma década, de 1996 a 2006, o pessoal ocupado nessas ndústras cresceu cerca de 25% 1. Contudo, sabe-se que essas nformações podem estar subestmando a verdadera mportânca da ndústra para o país, ao não captar os efetos de encadeamento para trás (através do desenvolvmento de uma ndústra fornecedora de nsumos) e para frente (como, por exemplo, com a consoldação de um Polo Comercal e de Moda) que podem ser gerados pela ndústra têxtl e de confecção. Fazendo um recorte geográfco para o Nordeste Braslero, especalmente para o stado de Pernambuco, a ndústra de transformação têxtl e de confecções também tem uma expressva relevânca para a economa do stado. Buscando corroborar essa afrmação, os dados da Pesqusa Industral Anual (PIA) ndcam que a ndústra têxtl e de confecções, no ano de 2006, respondeu por 11,4% do pessoal ocupado na ndústra de transformação do stado de Pernambuco e por 4% do valor bruto da produção ndustral gerado por toda a ndústra de transformação do stado. 2 Quanto às característcas da ndústra têxtl e de confecção do stado de Pernambuco, cabe ressaltar, observando-se os números dos estabelecmentos e do emprego formal gerado pelo setor, que essa atvdade produtva encontra-se concentrada em dos prncpas Polos Têxtl/Confecção 3 no stado, os quas estão nterlgados: um está localzado na Regão Metropoltana do Recfe e o outro, no Agreste pernambucano. O prmero abrange, em especal, três muncípos Recfe, Olnda e Paulsta e respondeu, no ano de 2006, por 27% dos estabelecmentos formas e por 35% dos empregos formas gerados pela ndústra têxtl e de confecção no stado. O outro está stuado no Agreste pernambucano, regão essa que concentra em torno de 59% do pessoal ocupado e 68% dos estabelecmentos formas da ndústra têxtl e de confecção do stado de Pernambuco. Destaca-se, anda, que mas da metade dos estabelecmentos da ndústra têxtl e de confecção do Agreste pernambucano, aproxmadamente 84%, está sedada em apenas três muncípos: Caruaru, Tortama e Santa Cruz do Capbarbe. 4 Dessa forma, é possível dentfcar no stado dos Polos Têxtl/Confecção, ou, utlzando-se a termnologa da RDSIST, potencas Arranjos Produtvos 1 Com base na Pesqusa Anual Industral do IBG nos anos de 1996 e Informações referentes ao ano de 2006, as quas têm como fonte a Pesqusa Anual Industral do IBG. 3 Os dos Polos ndustras têxtl/confecção também são dentfcados por uma pesqusa realzada pela FAD/SBRA (2003). 4 Com base nos dados da Relação Anual de Informações Socas no ano de (RAIS-Mte) 51

3 Têxtl/Confecções 5, que podem ser defndos como aglomerações terrtoras de agentes econômcos, polítcos e socas, com foco em um conjunto específco de atvdades econômcas, as quas apresentam vínculos e nterdependênca entre s (RDSIST, 2002). Nesse contexto, é precso reconhecer que esforços têm sdo fetos por centstas regonas para dentfcar tas aglomerados de agentes produtvos e explcar por que e como a concentração de empresas especalzadas em uma determnada atvdade se estabelecem em uma regão (VRNABLS, 1996; KRUGMAN, 2001; FUJITA; KRUGMAN; FUJITA; THISS, 2002). A questão é que, conforme Marshall (1985) dentfca, empresas nserdas em Polos ndustras podem se benefcar das economas de aglomeração geradas: pelo potencal de mercado, decorrente da concentração geográfca de frmas e consumdores; pela dsponbldade de nfraestrutura e servços especalzados; e pelo aprovetamento dos spllovers tecnológcos. Ou seja, as evdêncas têm snalzado que tas aglomerações geográfcas apresentam um mecansmo de atração dos agentes produtvos: os consumdores tendem a preferr comprar um determnado produto em localdades que apresentem uma concentração de empresas que o ofertem, e as escolhas localzaconas das frmas também devem ser condconadas pela exstênca de um mercado consumdor em potencal na regão 6. Como consequênca, é possível que as empresas e, especalmente as mcro e pequenas empresas nserdas em Arranjos Produtvos Locas (APL s), tenham mas chances de subsstr que deve depender do grau de nteração entre elas e do aprovetamento das economas de aglomeração pelas mesmas. Por essa razão, ncentvos ao desenvolvmento de Arranjos Produtvos Locas (APL s) têm sdo objeto de polítcas públcas, as quas procuram contrbur para a mnmzação dos desequlíbros regonas. 7 Dante da mportânca que representa a ndústra têxtl e de confecções para a economa do stado de Pernambuco e para o Agreste de Pernambuco, pretendese, com este trabalho, em uma prmera etapa de nvestgação, fazer uma caracterzação do Arranjo Produtvo Têxtl/Confecções do Agreste pernambucano, com destaque nas três prncpas questões de pesqusa: ) a orgem e formação do APL; ) a trajetóra de crescmento e a estrutura setoral; e ) a nfraestrutura educaconal e tecnológca e nsttuções de coordenação do APL. Complementarmente, empreende-se uma análse comparatva do grau de desenvolvmento do setor de confecção dos três muncípos Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama com base em dados prmáros coletados pela 5 Apenas por questão de unformzação com outros estudos realzados para o Brasl, por vezes o conceto de Arranjo Produtvo Local é utlzado na presente pesqusa com o mesmo sentdo de polo ndustral. 6 ssa dea está mplícta nos modelos da Nova Geografa conômca (Krugman, 1991; Fujta et. al. 2002). 7 Ctam-se, por exemplo, 30 estudos realzados para dferentes APL dstrbuídos em todo o País, os quas estão nserdos no Programa de Fnancamento vnculado às Pequenas e Mcro mpresas em Arranjos Produtvos Locas no Brasl SBRA/UFSC/NITC/FPS/2004. Do ponto de vsta das polítcas públcas de fomento, ressalte-se que em agosto de 2004 fo nstalado o Grupo de Trabalho Permanente para Arranjos Produtvos Locas - GTP APL, por Portara Intermnsteral n. 200, de 03/08/2004, envolvendo 23 nsttuções, com o apoo de uma Secretara Técnca, lotada na estrutura organzaconal do MDIC, com o objetvo de adotar uma metodologa de apoo ntegrado a arranjos produtvos locas, com base na artculação de ações governamentas. Na ocasão, o APL em análse não fo contemplado como um dos plotos ( 52

4 FAD/SBRA junto às empresas de confecções dos referdos muncípos. Assm, aplca-se um método de escolha bnára, o logt, para nvestgar os fatores que levam as referdas empresas a nvestrem em tecnologa, em controle de qualdade e no desenvolvmento de novos produtos. Além dsso, por meo do modelo logt dentfcase o perfl das empresas que são potencalmente novadoras e a possível exstênca de dferenças, quanto a esse perfl, entre as empresas localzadas nos muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. Complementarmente, como pode haver dferenças entre o grau ou na ntensdade dessas atvdades novatvas adotadas pelas empresas, também é estmado um logt ordenado. A seção a segur apresenta uma caracterzação geral do setor têxtl/confecção do Agreste pernambucano, destacando-se a sua localzação geográfca, orgem e formação, trajetóra de crescmento/ estrutura setoral e o suporte dado às empresas pelas nsttuções locas. A seção subsequente, a tercera, é destnada à descrção do modelo empírco. As referêncas à base de dados são realzadas na quarta seção. Na qunta seção, é feta a análse dos resultados., por fm, na últma seção, são apresentadas as consderações fnas. 2 RVISÃO D LITRATURA 2.1 UMA CARACTRIZAÇÃO GRAL DO APL D CONFCÇÕS DO AGRST PRNAMBUCANO Localzação geográfca, orgem e desenvolvmento do APL Pode-se dzer que o Arranjo Produtvo Têxtl/Confecção do Agreste pernambucano abrange, em especal, três prncpas muncípos: Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. O muncípo de Caruaru está localzado a 138 km da captal do stado de Pernambuco; Tortama, a 173 km de Recfe; e Santa Cruz do Capbarbe, a 196 km. Os três muncípos Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama, embora apresentem característcas geográfcas e clmátcas semelhantes, dferencam-se tanto no que dz respeto a fatores demográfcos quanto a econômcos. O muncípo de Caruaru é o mas mportante economcamente dos três, pos, no ano de 2006, gerou um Produto Interno Bruto (PIB) de quase dos blhões de reas, e, de acordo com os regstros do IBG-Cdades, no ano de 2007, o muncípo sedou empresas da ndústra de transformação, mas do que o dobro dos muncípos de Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. Consderando-se o PIB per capta, o muncípo de Caruaru também é o que possu o maor, em torno de R$ reas, quase duas vezes mas que o PIB per capta regstrado em Santa Cruz do Capbarbe (R$ 3.926) e para Tortama (R$ 3.977). Consequentemente, como é de esperar-se, no muncípo de Caruaru está concentrado o maor percentual da população resdente no Agreste de Pernambuco, quase 290 ml habtantes (ver Tabela 1). 53

5 Tabela 1 Indcadores Demográfcos e conômcos 2006 e 2007 Indcadores Demográfcos e conômcos Caruaru Santa Cruz Tortama PIB 2006 (em Ml Reas) PIB Per Capta 2006 (em Reas) Contagem População 2007 (habtantes) Área Terrtoral (km²) Densdade Demográfca 2000 (habtantes/km) 272,1 160,5 638,2 Indústra Transformação 2007 (undades) Fonte: IBG-CIDADS Quanto à orgem e formação do Polo Têxtl/Confecção do Agreste Pernambucano, cabe fazer ncalmente um relato dos condconantes do desenvolvmento do setor têxtl no Brasl. Desse modo, pode-se dzer, conforme a análse de Vana (2005), que, até a década de 1980, o país, e também a ndústra têxtl e de confecções, possuía um mercado nterno anda em expansão e estava condconado ao padrão de compettvdade estabelecdo pelas empresas naconas, devdo ao fato de a economa estar fechada. Como resultado, o setor têxtl no Brasl se desenvolveu, nesse período, a partr do aumento da demanda nterna e sem a relatva nfluênca da compettvdade das empresas estrangeras, pos não era possível mportar nsumos, equpamentos e produtos acabados. Portanto, não hava estímulos, nesse período, por parte dos empresáros, para realzar nvestmentos no setor, como estava ocorrendo em outros países no mesmo período (VIANA, 2005). A partr da década de 1990, a abertura da economa proporconou ao setor têxtl braslero modfcações na sua estrutura produtva e no comportamento do mercado nterno, favorecendo um novo modelo de competção entre as empresas do setor, que passaram a concorrer dretamente com produtos provenentes de outros países. Como consequênca, a ndústra braslera sofreu por um processo de reestruturação, em que as empresas passaram a adotar novas tecnologas para a redução dos custos, de forma a atenderem as necessdades dos países mportadores (VIANA, 2005). Alado a esse fato, segundo Vana (2005) apud IMI (2003), o fnal da década de 1990 e o níco da década de 2000, foram marcados por um crescmento lento do setor têxtl braslero, fato decorrente da nstabldade econômca e fnancera do país, por causa da crse energétca e da recessão nternaconal, o que crou um ambente de ncerteza para novos nvestmentos em dversas ndústras. Além dsso, na década de 1990, houve uma mgração da produção ndustral têxtl de outras regões para a Regão Nordeste, devdo aos ncentvos fscas oferecdos pelo governo de alguns stados do Nordeste e pela dsponbldade de mão-de-obra barata na referda regão (VIANA, 2005). Com relação ao Nordeste braslero, a reestruturação da ndústra têxtl na regão, que fo projetada pela SUDN em meados da década de 1950, teve um mportante papel para o desenvolvmento do setor na regão, em décadas posterores (VIANA, 2005). Buscando-se adconar nformações às evdêncas acma apontadas, por meo da análse de alguns dados da base da Relação Anual de Informações Socas do Mnstéro do Trabalho (RAIS-Mte) 8 do ano 1985, ano a partr do qual esses 8 A base de dados da RAIS-Mte é a prncpal base de dados secundára utlzada na pesqusa por ser a únca que dsponblza nformações do pessoal ocupado e de estabelecmentos, desagregada em nível dos muncípos e por classe de atvdade, segundo a classfcação da CNA. Contudo, reconhece-se a lmtação mposta pela referda base de dados ao não captar as nformações das empresas nformas. 54

6 dados se tornaram dsponíves, é possível perceber que, durante essa época, dos prncpas stados concentravam uma parcela sgnfcatva dos estabelecmentos da ndústra têxtl e de confecção do Nordeste: o stado do Ceará, com uma partcpação de 38%, e o stado de Pernambuco, com 23%. m números absolutos, o stado do Ceará concentrava em torno de 550 empresas formas, e o stado de Pernambuco, 334 empresas 9. Além dsso, observando-se o porte dos estabelecmentos do setor, percebe-se que grande parte das empresas da ndústra têxtl e de confecção do stado do Ceará e do stado de Pernambuco eram mcro ou pequena, havendo o regstro de apenas ses grandes empresas no Ceará e de três grandes empresas em Pernambuco 10. Com relação à orgem da formação do Polo Têxtl/Confecção do Agreste de Pernambuco 11 há relatos de que a ndústra de calçados, caracterzada pelo trabalho artesanal e pelo uso do couro como prncpal matéra-prma, teve um mportante papel para a consoldação, depos de décadas, do Polo Têxtl e de Confecção na regão 12. A fabrcação de calçados começou a se desenvolver no Agreste pernambucano por volta da década de sse desenvolvmento ocorreu prncpalmente em dos muncípos do Agreste Pernambucano: Caruaru e Tortama 13. Desse modo, pode-se dzer que, a partr das atvdades produtvas lgadas à fabrcação de calçados e de artgos em couro, foram estabelecdas paralelamente na regão as bases para a nstalação da ndústra têxtl e de confecção especalzada na produção de produtos populares, de baxo valor agregado e de baxo custo, em que o prncpal canal de comercalzação eram as feras populares do Agreste Pernambucano. Por volta da década 1970, os muncípos da regão já eram conhecdos pela fabrcação e comercalzação de produtos têxtes e, em especal, o muncípo de Santa Cruz do Capbarbe, se tornou conhecdo por conta da produção especalzada de artgos têxtes em malhas (SBRA, 2006). De acordo com os dados da RAIS-Mte do ano de 1985, durante essa época, as empresas localzadas no Polo Têxtl do Agreste Pernambucano estavam começando a produzr em escala. O muncípo de Caruaru já detnha uma maor partcpação no total das empresas formas no segmento da ndústra têxtl do stado de Pernambuco (16%), com relação aos seus vznhos, Santa Cruz do Capbarbe (5%) e Tortama (0%) 14. No entanto, a captal do stado, Recfe, era a cdade que 9 Cabe ressaltar que, especalmente para o stado de Pernambuco, esses ndcadores subestmam o verdadero tamanho do setor, já que o setor no stado é marcado por uma sgnfcatva parcela de empresas nformas. 10 Segundo a classfcação do SBRA, são mcro e pequenas empresas aquelas com até 20 funconáros, as pequenas empresas possuem entre 21 e 100 funconáros, as médas empresas empregam entre 101 até 500 funconáros, e as grandes empresas possuem mas de 500 funconáros. 11 Como referênca, utlzaram-se nessa seção alguns estudos realzados para o setor têxtl e de confecção para o Brasl e para o Agreste Pernambuco, e também algumas nformações obtdas a partr de conversas com pesqusadores do SBRA-Undade do Agreste. 12 Segundo Lma Júnor (1963) desde a segunda metade do século 19 a regão regstrava mportante monta de produção e exportação de couro e seus dervados para outras regões possbltando alavancagem de outras atvdades ndustras e mercants. 13 SBRA (2003) dentfca que, por volta desse período, a ndústra de calçados já tnha uma mportânca sgnfcatva para a economa do muncípo de Tortama. 14 Os dados da RAIS-Mte do ano de 1985 ndcam que a cdade de Tortama não possuía nenhum estabelecmento formal da ndústra têxtl e apenas um estabelecmento formal da ndústra de calçados. 55

7 detnha a maor partcpação: aproxmadamente 47% das empresas formas da ndústra têxtl do stado de Pernambuco. Caruaru, que é conhecda como a captal do Agreste, tem grande mportânca hstórco-econômco-cultural para o stado de Pernambuco e para o país, destacando-se pela tradconal fera de Caruaru onde se dz na canção popular que...de tudo que há no mundo, nela tem pra vendê, consderada pelo IPHAN (Insttuto do Patrmôno Hstórco e Artístco Naconal) como patrmôno materal do Brasl. No muncípo de Tortama o desenvolvmento do setor têxtl e de confecção é mas recente e por sso há mas nformações dsponíves, segundo um estudo do SBRA (2006), a ndústra de calçados se manteve em desenvolvmento até meados da década de 1980, e a ndústra têxtl começou a se nstalar na década de O muncípo se especalzou no segmento de Jeans e mas tarde passou a sedar uma das prncpas ndústras de confecções em Jeans do Nordeste braslero. Santa Cruz do Capbarbe é a tercera maor cdade da Agreste Pernambucano em população, atrás apenas de Caruaru e Garanhuns. O muncípo possue o maor parque de confecções da Amérca Latna em sua categora, o Moda Center Santa Cruz. É também conhecda como a Captal da Sulanca ou Captal das Confecções. Santa Cruz do Capbarbe é o prncpal ponto de escoação e vendas de confecções de Pernambuco, que juntamente com Tortama e Caruaru formam o Arranjo Produtvo de confecçao do Agreste Pernambucano Trajetóra de crescmento e estrutura setoral As evdêncas ndcam que o setor têxtl no Brasl se desenvolveu ncalmente nas Regões Sudeste e Sul do país, onde estavam sedadas as prncpas grandes empresas têxtes do Brasl. No entanto, após a abertura comercal do país e a ntrodução de ncentvos fscas para a regão Nordeste, teve níco um processo de descentralzação da ndústra têxtl das regões mas desenvolvdas para as regões anda com desenvolvmento ncpente do país, que apresentavam a vantagem da dsponbldade de mão-de-obra barata (VIANA, 2005). Contudo, anda assm, o Sudeste manteve sua mportânca relatva como prncpal produtor de artgos têxtes e de confecção, em comparação com as demas regões do Brasl. No Agreste do stado de Pernambuco, as bases para a nstalação da ndústra têxtl e de confecção foram estabelecdas antes da década 1990, mas a ndsponbldade de dados relatvos a esse período lmta uma análse mas aprofundada do assunto. sses dados só se tornaram dsponíves posterormente, e, portanto, apenas a partr de um período mas recente, é possível fazer uma análse da trajetóra de crescmento e da estrutura setoral da ndústra têxtl e de confecção do stado de Pernambuco e do Agreste do stado, objeto prncpal de análse da presente pesqusa. Dessa forma, a análse a segur é realzada com base em duas fontes: a Pesqusa Industral Anual (PIA) do Insttuto Braslero de Geografa e statístca (IBG) e a Relação Anual de Informações Socas (RAIS) do Mnstéro do Trabalho e mprego (MT). Da prmera fonte, foram obtdas nformações sobre o número de estabelecmentos e o valor bruto da produção ndustral das grandes regões e para 56

8 duas ndústras de transformação, a têxtl e a de confecção. 15 Buscando-se agregar nformações relatvas a um maor nível de desagregação, tanto geográfco quanto setoral, também fo utlzada a base da RAIS-Mte, a qual dsponblza dados referentes ao pessoal ocupado e ao número de estabelecmentos desagregados dos muncípos e para o menor nível setoral que exste, segundo a Classfcação Naconal de Atvdades conômcas (CNA), as classes de atvdades (desagregados por quatro dígtos). 16 Fazendo-se ncalmente uma análse para as grandes regões, entre 1996 e 2006, observa-se, conforme os dados apresentados na Tabela 2, que essa década fo marcada por um baxo crescmento da ndústra têxtl na regão Sudeste, regão que apresentou a menor taxa de crescmento do número de estabelecmentos formas da ndústra têxtl (0,03%), e a segunda menor taxa de crescmento do Valor Bruto da Produção Industral Têxtl (95,77%), fcando apenas na frente da regão Norte. ntre as regões que apresentaram as maores tendêncas de crescmento da ndústra têxtl, estão a regão Sul, a regão Nordeste e a regão Centro-Oeste. Tabela 2 Número de stabelecmentos e Valor Bruto da Produção da Indústra da Transformação Têxtl 1996 e 2006 N. stabelecmento Valor Bruto da Produção Industral Regão Absoluto Absoluto Taxa Cresc. Absoluto Absoluto (ml reas) (ml reas) Taxa Cresc Sudeste ,03% ,77% Sul ,57% ,22% Norte ,10% ,92% Nordeste ,42% ,47% Centro oeste ,78% ,80% Pernambuco ,55% ,31% Brasl ,28% ,08% Fonte: laboração própra a partr dos dados da Pesqusa Anual da Indústra /IBG 1996 e Observando-se agora, os dados relatvos ao stado de Pernambuco, podese constatar que a taxa de crescmento do número de estabelecmentos da ndústra têxtl no stado (126,55%) manteve-se acma da méda naconal (23,28%) e também da méda referente a regão Nordeste (80,42%). Quanto ao Valor Bruto da produção gerado pala ndústra têxtl nstalada no stado de Pernambuco, verfca-se que houve um crescmento em torno de 128,31%, um pouco acma da taxa naconal (122,08%) e um pouco abaxo da taxa apresentada pela regão Nordeste (143,47%). De modo geral, o setor têxtl, de acordo com o padrão de produção do Brasl, dvde-se em duas fases produtvas: a de transformação têxtl, em que o processo 15 Segundo a Comssão Naconal de Classfcação (CONCLA), a dvsão de atvdades Fabrcação de Produtos Têxtes da Indústra de Transformação compreende as atvdades de preparação das fbras têxtes, a fação e a tecelagem. a dvsão de Confecção de Artgos do Vestuáro e Acessóros compreende a confecção, por costura, de roupas para adultos e cranças, de qualquer materal (tecdos planos e de malha, couros, etc.) e para qualquer uso (roupas íntmas, socas, profssonas e etc.). 16 Quanto às duas bases de dados, cabe ressaltar que as nformações obtdas a partr da PIA e da RAIS não são dretamente comparáves, pos, além de serem coletadas de formas dferentes, a prmera utlza como amostra apenas as empresas com 5 ou mas pessoal ocupadas, enquanto essa restrção não vale para a base da RAIS-Mte. Além dsso, as atvdades das empresas da PIA estão classfcadas de acordo com a CNA 1.0, enquanto que as da RAIS é a CNA

9 produtvo nclu a fação têxtl; e a de confecção, com o benefcamento da fbra têxtl ncluído na fabrcação dos produtos têxtes (Vana 2005). Nessa últma ndústra, o processo produtvo tende a exgr menos nvestmentos em tecnologa por parte dos produtores e, portanto, a barrera à entrada de novas empresas deve ser menor que a barrera mposta pela ndústra têxtl. Buscando-se corroborar essa suposção, os dados da tabela 2 e da tabela 3, relatvos ao ano de 2006, ndcam que a ndústra de transformação têxtl no Brasl apresentou uma relação do Valor Bruto da Produção Industral por Número de stabelecmentos em torno de R$ ml reas, razão essa bem acma da relação apresentada pela Indústra da Transformação de Confecção, a qual fcou em aproxmadamente R$ 805 ml reas. Dessa forma, recomenda-se que comparações entre o crescmento das duas ndústras devem ser realzadas com cautela (ver tabelas 2 e 3). De acordo com os dados da tabela 3, a qual apresenta dados do número de estabelecmentos e do Valor Bruto da Produção referentes à ndústra de transformação de confecção, há ndcações de que o Sudeste também é a regão com a menor tendênca de crescmento dessa ndústra no período de 1996 a 2006, pos o número de estabelecmentos cresceu em torno de 18,47%, e o Valor Bruto da Produção Industral, cerca de 97,69%. A méda naconal relatva a esses ndcadores fcou no patamar de 230,41% e 33,84%, referentes ao número de estabelecmentos e ao Valor Bruto da Produção Industral, respectvamente. Um fato a observar, quanto aos dados da tabela 3, é que, embora o stado de Pernambuco tenha apresentado uma taxa de crescmento de 230,41% do número de estabelecmentos da ndústra de confecção, o Valor Bruto da Produção Industral dessa ndústra cresceu a uma taxa sgnfcatvamente menor, em torno de 34%. Tabela 3 Número de stabelecmentos e Valor Bruto da Produção Industral da Indústra de Transformação de Confecção 1996 e 2006 N. stabelecmento Valor Bruto da Produção Industral Regão Absoluto Absoluto Taxa Cresc. Absoluto Absoluto Taxa Cresc Sudeste ,47% ,69% Sul ,39% ,70% Norte ,68% ,60% Nordeste ,92% ,87% Centro oeste ,16% ,93% Pernambuco ,41% ,84% Brasl ,65% ,97% Fonte: laboração própra a partr dos dados da Pesqusa Anual da Indústra /IBG 1996 e stendendo-se a análse para o stado de Pernambuco, em especal para o Agreste pernambucano, observa-se, de acordo com os dados da RAIS-Mte do ano de 1996 a , que nesse período houve um crescmento sgnfcatvo da partcpação do Agreste pernambucano na produção têxtl do stado. Conforme mostra a fgura 1, essa regão, no ano de 1996, concentrava apenas 24,6% dos estabelecmentos da ndústra têxtl e de confecção de Pernambuco, e passou no ano de 2006, para 67,6%. A Fgura 1 mostra a evolução da partcpação do Agreste 17 Como os dados dsponíves pela RAIS-Mte tveram como referênca a classfcação da CNA 95 e os dados dsponíves para o ano de 2006 utlzaram-se a CNA 2.0, para efeto de comparação dos dos anos, fo feta uma compatblzação entre as duas classfcações, adotando-se como referênca a CNA

10 de Pernambuco no número de estabelecmentos da ndústra têxtl e de confecção do nstaladas no stado, com destaque para os três muncípos com as maores partcpações: Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. Agreste 24,58% 67,57% Tortama 8,34% 1,40% 2006 Santa Cruz 3,93% 15,34% 1996 Caruaru 11,66% 33,41% Fgura 1 Partcpação no Total do Número de stabelecmentos da Indústra Têxtl e de Confecção do stado de Pernambuco 1996 e 2006 Fonte: laboração própra com base na RAIS-MTe (1996 e 2006) Desagregando-se os dados do número de estabelecmentos e do pessoal ocupado para os grupos de atvdades da ndústra de transformação têxtl e de confecção, referentes ao muncípo de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama, percebe-se que, durante uma década, de 1996 a 2006, tas ndcadores cresceram consderavelmente nos três muncípos. As maores taxas de crescmento do número de estabelecmentos foram da ndústra de confecção, sendo Tortama o muncípo que apresentou a maor taxa (em torno de 1638%), segudo de Santa Cruz do Capbarbe (com uma taxa de 1095%) e Caruaru (com 619%). O pessoal ocupado na ndústra têxtl e de confecção acompanhou esse crescmento, com exceção da ndústra têxtl em Caruaru, muncípo em que, segundo os regstros da RAIS-Mte, no ano de 1996, hava 457 trabalhadores empregados em empresas formas na ndústra têxtl e que passou para 412 no ano de 2006 (ver Tabela 4). Tabela 4 Número de stabelecmentos e do Pessoal Ocupado nas Indústras de Transformação Têxtl 1996 e 2006 Caruaru Santa Cruz Tortama N. de st. P. Ocup. N. de st. P. Ocup. N. de st. P. Ocup. Indústra Transformação Têxtl (1) Confecção (2) Total (1) + (2) Total Indústra Fonte: laboração própra a partr dos dados da RAIS-Mte 1996 e 2006 Quanto ao grau de mportânca relatva e ao nível de especalzação da ndústra têxtl e de confecção dos muncípos, a tabela 5 nforma sobre um ndcador, o Quocente Locaconal (QL) 18, que pode ser utlzado para nferr sobre esses fatores. Desse modo, os muncípos que apresentarem o QL acma de 1 ndcam que 18 Aqu o QL compara a partcpação de uma undade geográfca em análse, por exemplo, o muncípo j, no emprego de determnada ndústra, com a partcpação do muncípo j no emprego total gerado por toda a ndústra de transformação no stado. 59

11 a partcpação relatva do muncípo no pessoal ocupado gerado pela ndústra é mas mportante do que quando comparada com o agregado de todos os muncípos pertencente ao estado. Ou, quando o objetvo é analsar a estrutura produtva de um determnado setor, um QL acma de 1 sgnfca especalzação produtva do muncípo no setor em estudo. Assm, os Quocentes Locaconas calculados com base no pessoal ocupado na ndústra de transformação têxtl, dspostos na tabela 6, ndcam que, nos dos períodos em análse, o QL da ndústra têxtl e de confecção de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama se manteve no patamar acma de um (exceto o QL do ano de 1996 calculado para Tortama), ndcando a mportânca relatva de tas muncípos para a ndústra têxtl e de confecção do stado. Por outro lado, tas ndcadores sugerem que houve mudanças, no período em análse, da estrutura produtva da ctada ndústra dos muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. ntre os anos de 1996 e 2006, houve um decréscmo do Quocente Locaconal da ndústra têxtl de dos muncípos Caruaru e Santa Cruz do Capbarbe, ndcando que a partcpação relatva dos muncípos no pessoal ocupado na ndústra têxtl cau em relação à partcpação relatva do stado de Pernambuco, sendo essa redução sgnfcatvamente maor no muncípo de Santa Cruz do Capbarbe (o QL passou de 7,18 para 2,05). Com relação ao muncípo de Tortama, destaca-se que o elevado Quocente Locaconal da ndústra de confecção, tanto do ano de 1996 quanto do ano de 2006, ambos acma de 10, evdenca a mportânca relatva da ndústra de confecção para a economa do muncípo, onde aproxmadamente 93% do pessoal ocupado na ndústra da transformação pertencem à ndústra de confecção (ver Tabela 5). Tabela 5 Quocente Locaconal calculado com base no Pessoal Ocupado da Indústra de Transformação 1996 e 2006 Indústra de Caruaru Santa Cruz Tortama Transformação Têxtl 2,76 1,36 7,18 2,05 0,40 1,13 Confecção 3,27 6,40 7,88 10,72 10,36 11,01 Fonte: laboração própra a partr dos dados da RAIS Mte de 1996 e Nota: O Quocente Locaconal fo calculado pela dvsão entre a partcpação do muncípo no pessoal ocupado na ndústra j do stado de Pernambuco, e a partcpação do muncípo no emprego total da ndústra de transformação do stado. Analsando-se os dados da RAIS-Mte, desagregados por grupo de atvdades, conforme estão dspostos na tabela 6 e na tabela 7, e no apêndce no fnal do artgo, adconam-se mas nformações sobre o nível de especalzação das ndústras têxtl e de confecção que estão localzadas nos muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama. Fazendo-se a análse, prmeramente, dos grupos de atvdades da ndústra têxtl e comparando-se a partcpação do pessoal ocupado entre os grupos, nos anos de 1996 e 2006, mas uma vez, obtêm-se ndcações de que houve modfcações, nesse período, na estrutura produtva da ndústra têxtl dos três muncípos. No muncípo de Caruaru, os dados sugerem que a ndústra têxtl tem uma maor especalzação, entre os grupos de atvdades que compõem a ndústra, no grupo de atvdades de Preparação e Fação de Fbras Têxtes (códgo 131), grupo de atvdade esse com a maor partcpação no pessoal ocupado, tanto no ano de 1996, quanto no ano de Tal grupo de atvdade (códgo 131), no ano de

12 representava aproxmadamente 90% do pessoal ocupado na ndústra têxtl localzado no muncípo, mas no de 2006, essa partcpação, que cau em mas de 50%, passou a ser 42%. Além dsso, consderando-se o Quocente Locaconal calculado para os grupos de atvdades da ndústra têxtl do muncípo de Caruaru, constata-se que, no ano de 1996, o grupo de atvdade 131 também fo o que apresentou o maor QL, em torno de 2,54, enquanto que no de 2006, fo o grupo de atvdades de Acabamentos em Fos, Tecdos e Artefatos Têxtes (códgo 134) que apresentou maor QL, de 3,08. Dferencando-se do muncípo de Caruaru, os dados sugerem que a ndústra têxtl do muncípo de Santa Cruz do Capbarbe, no ano de 1996, era especalzada no grupo de atvdade de Fabrcação de Tecdos de Malha (códgo 133), atvdade que detnha a maor partcpação no pessoal ocupado na ndústra de transformação têxtl do muncípo, em torno de 85%. Contudo, no ano de 2006, a partcpação desse grupo de atvdades no pessoal ocupado na ndústra passou a ser nsgnfcante, cau para aproxmadamente 1%. O grupo de atvdade de Fabrcação de Artefatos Têxtes (códgo 135) passou a ser o mas representatvo, responsável pela metade do emprego gerado pela ndústra têxtl no muncípo. Dada a elevada partcpação do grupo de atvdade 133 no pessoal ocupado na ndústra têxtl, no ano de 1996, também fo esse grupo de atvdades que apresentou o maor QL nesse ano (QL de 11,76), mas, no ano de 2006, passou a ser o grupo de atvdades Acabamentos em Fos, Tecdos e Artefatos Têxtes (códgo 134) com o maor QL, em torno de 5,16 (ver Tabela 6). A estrutura produtva da ndústra têxtl nstalada no muncípo de Tortama também apresenta sngulardades que merecem ser destacadas. Observa-se, por exemplo, que apenas dos grupos de atvdades no ano de 1996 o de Preparação e Fação de fbras Têxtes (códgo 131) e o de Tecelagem (códgo 132) concentravam todo o pessoal ocupado na ndústra têxtl localzada no muncípo. Contudo, no ano de 2006, o grupo de atvdades de Acabamentos em Fos, Tecdos e Artefatos Têxtes (códgo 134) tornou-se a atvdade com a maor partcpação, em torno de 76%. Também, fo esse grupo de atvdades que apresentou o maor QL nesse ano: de aproxmadamente

13 Atvdade conômca Preparação e Fação de fbras Têxtes (131) Tecelagem, exceto malha (132) Fabrcação de tecdos de malha (133) Acabamentos em fos, tecdos e artefatos têxtes (134) Fabrcação de artefatos têxtes, exceto vestuáro (135) Tabela 6 Quocente Locaconal para a Indústra Têxtl 1996 e 2006 Pessoal Caruaru Santa Cruz Tortama Agreste Ocupado / 0,8919 0,4248 0,0741 0,1634 0,5000 0,0000 0,6542 0,2952 j / 0,3510 0,3932 0,3510 0,3932 0,3510 0,3932 0,3510 0,3932 QL 2,54 1,08 0,21 0,42 1,42 0,00 2,54 1,08 / 0,0148 0,0631 0,0000 0,0327 0,5000 0,0000 0,0796 0,0279 j / 0,5147 0,1886 0,5147 0,1886 0,5147 0,1886 0,5147 0,1886 QL 0,03 0,33 0,00 0,17 0,97 0,00 0,03 0,33 / 0,0000 0,0024 0,8519 0,0131 0,0000 0,0370 0,0970 0,0672 j / 0,0724 0,0566 0,0724 0,0566 0,0724 0,0566 0,0724 0,0566 QL 0,00 0,04 11,76 0,23 0,00 0,65 0,00 0,04 / 0,0000 0,1675 0,0741 0,2810 0,0000 0,7593 0,0410 0,1528 j / 0,0097 0,0545 0,0097 0,0545 0,0097 0,0545 0,0097 0,0545 QL 0,00 3,08 7,65 5,16 0,00 13,94 0,00 3,08 / 0,0614 0,3422 0,0741 0,5098 0,0000 0,2037 0,1281 0,4568 j / 0,0522 0,3072 0,0522 0,3072 0,0522 0,3072 0,0522 0,3072 QL 1,18 1,11 1,42 1,66 0,00 0,66 1,18 1,11 Fonte: laboração própra a partr dos dados da RAIS Mte dos anos de 1996 e Nota: = partcpação do muncípo j no grupo de atvdade dvddo pelo total do pessoal j ocupado na ndústra têxtl do muncípo j e = total do pessoal ocupado no grupo de atvdades no stado de Pernambuco/ total do pessoal ocupado na ndústra têxtl do stado de Pernambuco Quanto à ndústra de transformação de confecção, observando os dados da Tabela 7, tem-se que tal ndústra, tanto no ano de 1996 quanto no ano de 2006, nos três muncípos consderados na análse, se apresentou sgnfcatvamente especalzada no grupo de atvdades de Confecção de Artgos e Vestuáros e Acessóros (Códgo 141), tendênca essa também observada para todo o Agreste do stado de Pernambuco (ver os QLs em torno de 1 ). Tabela 7 Quocente Locaconal para a Indústra de Confecção 1996 e 2006 Pessoal Caruaru Santa Cruz Tortama Agreste Atvdade conômca Ocupado Confecção de artgos do vestuáro e acessóros (141) Fabrcação de artgos de malhara e trcotagens (142) / 1,0000 0,9928 0,9367 1,0000 1,0000 1,0000 0,9914 0,9962 j / 0,9972 0,9896 0,9972 0,9896 0,9972 0,9896 0,9972 0,9896 QL 1,00 1,00 0,94 1,01 1,00 1,01 1,00 1,00 / 0,0000 0,0072 0,0633 0,0000 0,0000 0,0000 0,0086 0,0038 j / 0,0028 0,0104 0,0028 0,0104 0,0028 0,0104 0,0028 0,0104 QL 0,00 0,70 22,53 0,00 0,00 0,00 0,00 0,70 Fonte: laboração própra a partr da Ras-Mte 1996 e Nota: = partcpação do muncípo j no grupo de atvdade dvddo pelo total do pessoal j ocupado na ndústra de confecção do muncípo j e = total do pessoal ocupado no grupo de atvdades no stado de Pernambuco/ total do pessoal ocupado na ndústra confecção do stado de Pernambuco. 62

14 2.1.3 Característcas dos estabelecmentos, mercado de trabalho, nsttuções locas A ndústra de confecção do stado de Pernambuco, especfcamente do Agreste do stado, é caracterzada pela nformaldade. Segundo estmatvas da FAD/SBRA (2003), as empresas de confecção nformas chegam a representar 84% das empresas do muncípo de Caruaru, 95% das empresas do muncípo de Santa Cruz do Capbarbe e 86% das empresas de Tortama. É de esperar, portanto, que as relações de trabalho estabelecdas nas empresas de confecção nos referdos muncípos também sejam caracterzadas pela nformaldade. Com relação ao nível de escolardade do pessoal ocupado na ndústra têxtl e de confecção do Agreste pernambucano, de acordo com a base da RAIS-Mte, apenas 18% têm o ensno médo completo, o que pode ser consderado um baxo nível de escolardade, quando comparado com o pessoal ocupado nas ctadas ndústras no stado de Pernambuco (30% têm o nível médo completo). Quanto aos muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama, nota-se que Caruaru, entre o três, é o muncípo com os melhores ndcadores de escolardade, pos 26% do pessoal ocupado na ndústra têxtl e de confecção possuem o ensno médo completo (ver Tabela 8). Devdo às ndcações do baxo nível de qualfcação da mão-de-obra empregada na ndústra têxtl e de confecção no Agreste pernambucano, esses trabalhadores também recebem um baxo saláro, em torno de R$ 410 reas, dferença maor do que 100 reas abaxo da méda observada em todo o stado de Pernambuco (R$ 521 reas). ntre os muncípos de Caruaru, Santa Cruz do Capbarbe e Tortama, também é no muncípo de Caruaru que se paga o maor saláro, em méda R$ 413 reas mensas. Adcona-se, anda, que o pessoal ocupado na ndústra têxtl e de confecção no Agreste de Pernambuco apresentou uma dade méda de 29 anos, e os trabalhadores empregados nessas ndústras têm uma jornada méda de trabalho semanal de 44 horas (ver Tabela 8). Tabela 8 Informações sobre o Pessoal Ocupado na Indústra Têxtl e de Confecção 2006 Undade Geográfca Remuneração Horas nsno Médo Idade Méda Contratuas Completo Méda (Dezembro) por Semana Caruaru 26% 413, Santa Cruz do Capbarbe 14% 401, Tortama 14% 400, Agreste Pernambucano 18% 410, Pernambuco 30% 521, Fonte: laboração própra a partr dos dados da RAIS-Mte (2006). A respeto do nível de nteração das empresas de confecção com as nsttuções locas, levando-se em consderação que uma parte sgnfcatva das empresas da ndústra têxtl e de confecção sedadas no Agreste pernambucano é composta por mcro e pequenas empresas (em 2006 representaram 99,5% das empresas), essas nsttuções, e as de crédto especalmente, devem atuar como mportantes nsttuções de coordenação com as empresas locas. Assm, entre as prncpas nsttuções locas que dão suporte às empresas do setor têxtl e de confecção do Agreste pernambucano, destacam-se: o Sndcato das Indústras do Vestuáro do estado de Pernambuco (SINDIVST); Servço 63

15 Braslero de Apoo a Mcro e Pequenas mpresas (SBRA); Servço Naconal de Aprendzagem Industral (SNAI); Insttuto de Tecnologa de Pernambuco (ITP); e Assocação dos Confecconstas de Santa Cruz do Capbarbe (ASCAP). De acordo com uma pesqusa realzada pela FAD/SBRA (2003), entre 945 empresáros entrevstados, uma parcela sgnfcatva, 81% e 76%, afrmou que conhece, respectvamente, o SBRA e o SNAI, o que sugere que tas nsttuções devem ter algum grau de nteração com as empresas locas. Por outro lado, apenas 13% dos empresáros afrmaram que conhecem o ITP, 33% sabem da exstênca do SINDIVST e 37%, da ASCAP. ntretanto, constata-se que uma parte sgnfcatva desses 945 empresáros, em torno de 83%, não tveram acesso a crédto, em forma de empréstmos, durante dos anos, em 2000 e Dos demas 17% restantes, 11,3% foram empréstmos conceddos por bancos. Aladas a esse fato, a falta de ncentvos do governo, a precára nfraestrutura da regão e a falta de dvulgação dos produtos locas foram apontadas pelos empresáros entrevstados, como os prncpas obstáculos para o crescmento do setor no Agreste pernambucano. Questonados sobre os prncpas fatores que explcam o crescmento/desenvolvmento do Polo de Confecção do Agreste, os empresáros apontaram para: o bom preço das mercadoras; a realzação das feras da Sulanca; e a qualdade/varedade dos produtos. Destaca-se, anda, a nstalação do Centro Acadêmco do Agreste da Unversdade Federal de Pernambuco, desde o ano de 2006, que vem ofertando, ncalmente os cursos de Admnstração, conoma, ngenhara Cvl e Desgn, além de pedagoga. Como consequênca, espera-se que, a médo e longo prazo, quer seja pela formação de trabalhadores qualfcados que podem ser empregados na regão, quer pelos spllovers de conhecmento gerados por nsttuções como essas, a Unversdade venha a benefcar as empresas locas e, também, toda a Regão do Agreste. Ressalta-se, porém, que a nternalzação dessas externaldades, por parte das empresas, dependerão do nível de nteração estabelecdo entre as empresas e a Unversdade. 3 PROCDIMNTOS MTODOLÓGICOS 3.1 MÉTODOS D STIMAÇÃO O modelo logt é estmado com o objetvo de dentfcar o perfl das empresas potencalmente novadoras, aquelas que nvestem em controle de qualdade de seus produtos e/ou que confecconam produtos com algum grau de dferencação dos já exstentes no mercado local. Dessa forma, através dos resultados estmados a partr do modelo logt, é possível obter a probabldade de a empresa nvestr em controle de qualdade dos produtos confecconados, condconal as suas característcas observadas e consderadas no modelo empírco. Como pode haver dferenças entre o grau ou na ntensdade dessas atvdades novatvas adotadas pelas empresas, este trabalho também se utlza de modelos probt e logt ordenado. De acordo com Greene (2003), os modelos probt e logt ordenados têm sdo amplamente utlzados para analsar problemas onde se precsa dar ordenamento a varável dependente. Tas métodos são ferramentas efcentes para se modelar fenômenos cuja varável dependente seja dscreta e qualtatva. Ao contráro da maor parte dos trabalhos empírcos recentes em 64

16 economa, que utlzam modelos econométrcos bnomas, os modelos probt e logt ordenado são modelos multnomas, e sua varável dependente assume valores que estabelecem um ordenamento das varáves, não de forma lnear, mas de forma a ponderar cada categora da varável dependente. O probt e o logt ordenado é uma extensão do modelo unvarado. Ou seja, a varável latente F assocará números às respostas ndvduas. A estrutura formal do modelo se nca com 19 : * F ' X * onde F não é observado. O que se observa efetvamente é: F 0 se F* 0 F 1 F 2... se se 0 F* 1 F* 1 2 F J se J-1 F * Os μs são parâmetros não conhecdos a serem estmados com β. Assm, a varável dependente tem a sua própra ntensdade, que dependerá da medda de x e da medda não observada de ε. Como no modelo bnáro, assume-se que ε é normalmente dstrbuído entre as observações. Pela mesma razão do modelo probt bnomal, normalza-se a méda e a varânca de ε a zero e um. Os modelos Probt e Logt ordenado têm sdo utlzados como estrutura de análse para dados que seguem a natureza descrta acma. O trabalho de Corb e Menezes Flho (2004), por exemplo, verfca os determnantes empírcos da felcdade utlzando um modelo probt ordenado. Conforme dto, a partr da regressão latente, da mesma manera que o modelo probt bnomal tradconal. A partr da função F * = α + β X + ε, não se tem condções de observar F. Consegue-se observar, entretanto: 1, se F* 0 2, se 0 < F* μ 1 F= 3, se μ < F* μ 1 2 4, se μ F* 2 Os μs são parâmetros desconhecdos a serem estmados com β. 3.2 MODLOS MPÍRICOS BAS D DADOS Assm, ncalmente, dos modelos são estmados aplcando-se o método logt. O modelo 1 estmado tem como varável dependente a varável cont _ qual, a qual assume valor gual a 1 se a empresa adota algum controle de qualdade dos produtos confecconados, e 0 na stuação contrára: Modelo 1: cont _ qual marca _ pr tor mod a _ jov famlar u sat 3 % feras 4 % loja _ pr 5 19 Modelo descrto com base em Greene (2003). 65

17 Onde: a varável explcatva marca _ pr assume valor gual a 1 se os produtos fabrcados pela empresa têm marca própra (0 caso contráro). Se a empresa está localzada no muncípo de Tortama, a varável tor é gual a 1 (0 caso contráro) e, se a empresa está localzada no muncípo de Santa Cruz do Capbarbe, a varável sat é gual a 1 (0 caso contráro), a categora de comparação é o muncípo de Caruaru. A varável % feras ndca o percentual da produção que é venddo nas feras dos muncípos de Caruaru, Tortama e/ou Santa Cruz do Capbarbe. A varável % loja _ pr quantfca o percentual da produção que é vendda em lojas própras. Se a empresa atua no segmento de moda jovem, a varável mod a _ jov assume valor gual a 1 (0 caso contráro). Se na empresa trabalham apenas pessoas da famíla do propretáro, é atrbuído valor gual a 1 à varável famlar (0 caso contráro). Quanto às varáves explcatvas consderadas no modelo empírco, as varáves dummys para a localzação geográfca da empresa têm o objetvo de captar se a localzação geográfca da empresa, nos muncípos de Tortama, Santa Cruz ou Caruaru, nfluenca na probabldade de elas fabrcarem produtos com um maor nível de qualdade. Desse modo, como a categora para comparação fo o muncípo de Caruaru, mantendo-se as demas varáves constantes, se os coefcentes das varáves tor e sat apresentarem snas negatvos, ndcam que, se a empresa estver localzada em Tortama ou em Santa Cruz, respectvamente, ela terá uma menor probabldade de nvestr em controle de qualdade em comparação com as sedadas no muncípo de Caruaru. As varáves explcatvas, se a empresa tem marca própra ( marca_ pr ) e se todas as pessoas que trabalham da empresa são da mesma famíla do dono ( famlar ), pretendem captar a nfluênca da formaldade da empresa na probabldade de ela adotar algum controle de qualdade dos produtos confecconados. Portanto, há a expectatva de que, se a empresa possu marca própra, venha a ter uma maor propensão a nvestr em controle de qualdade dos seus produtos. Quanto à varável famlar, se essa varável apresentar o snal negatvo, sso ndca que as empresas famlares têm uma menor probabldade de nvestr em controle de qualdade, quando comparadas com as demas. Além dsso, ntutvamente, espera-se que os produtos comercalzados nas feras populares venham a ter uma qualdade nferor aos comercalzados nas lojas. O argumento refere-se à menor barrera à entrada de novas empresas nas feras, quando se compara com o mercado lojsta. Ou, de outra forma, pode-se consderar que há dferenças do perfl entre os consumdores que preferem comprar nas feras e os que preferem comprar nas lojas. spera-se que os prmeros, tendam a ter preferêncas por produtos de baxo valor agregado e valorzem o fator preço baxo, em comparação com os consumdores que têm preferêncas por produtos de maor valor agregado. Desse modo, quanto maor for o percentual da produção comercalzada nas feras, menor deve ser a probabldade de a empresa nvestr em tecnologa (controle de qualdade). Por outro lado, quanto maor for o percentual da produção comercalzado em lojas própras, maor deverá ser a probabldade de o empresáro adotar algum controle de qualdade das peças confecconadas. Por fm, a varável mod a _ jov fo ncluída no modelo com o objetvo de verfca-se o segmento de atuação da empresa nfluenca na probabldade de ela nvestr em controle de qualdade. 66

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