Relatório Anual 5. l 05

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1 Relatório Anual 05 l 5

2 Em 2005, o Santander obteve o maior resultado de sua história: 6,22 bilhões de euros, um aumento de 72,5% em relação ao registrado no ano anterior. O dividendo total chega a 0,4165 euros por ação, representando um acréscimo de 25% face ao ano anterior. As ações do Santander valorizaram 22,12% em Emilio Botín Presidente

3 Relatório Anual 2005 Dados Relevantes Balanço e Resultados Milhões de euros Var. (%) Total fundos geridos ,31 Créditos ao cliente (líquido) ,00 Recursos de clientes geridos ,36 Margem de exploração ,38 Lucro atribuído ao Grupo (corrente)* ,54 Lucro atribuído ao Grupo ,50 Índices % Eficiência 52,55 52,00 ROA 0,78 1,01 ROE (corrente)* 16,64 19,74 ROE 19,86 19,74 Índice BIS 12,94 13,01 Taxa de inadimplência 0,89 1,00 Cobertura de inadimplência 182,02 165,59 As ações Var. (%) Número de ações (milhões) Cotação (euros) 11,15 9,13 22,12 Capitalização em bolsa (milhões) ,12 Lucro líquido operacional (corrente) por ação (euros)* 0,8351 0, ,66 Lucro líquido operacional por ação (euros) 0,9967 0, ,84 Dividendo por ação (euros) 0,4165 0, ,00 PER (cotação / lucro líquido operacional por ação) 13,35 12,53 Outros Dados Número de acionistas Número de funcionários Europa Continental Reino Unido América Latina Gestão Financeira e Participações Número de agências Europa Continental Reino Unido América Latina * Não inclui o valor líquido das mais-valias extraordinárias e saneamentos extraordinários

4 Relatório Anual 2005 Dados Relevantes Lucro Líquido Operacional do Grupo Milhões de euros Lucro por Ação Euros 0, * 0,7284 0,8351* * Resultado ordinário (não inclui extraordinários) Total Fundos Geridos Bilhões de euros * Resultado ordinário (não inclui extraordinários) Índice BIS % 13,01 12, Eficiência % 52,0 52,5 50,0* ROE % 19,7 19,9 16,6* * Sem Abbey * Sobre resultado ordinário (não inclui extraordinários) Taxa de Inadimplência % Taxa de Cobertura % 1,00 0,

5 Índice Carta do Presidente Carta do Administrador Delegado O Grupo Santander em 2005 O modelo Santander Os nossos negócios Zona do euro Zona da libra esterlina Zona do dólar Negócios Globais Gestão de Ativos e Seguros Mercado de Grandes Clientes Global Mercado Privado e Formas de Pagamento Visão e Modelo Global As ações do Santander Os nossos Clientes Os nossos Funcionários Cidade Grupo Santander Governança Corporativa Responsabilidade Social Corporativa Santander em 2005 Relatório de Governança Corporativa Governança Corporativa no Grupo Santander Estrutura de propriedade Estrutura de administração Operações vinculadas, operações intragrupo e conflitos de interesse A Assembléia Geral Informação e transparência, relação com o auditor Página web e outras informações Informação econômico-financeira Relatório financeiro consolidado Informação por segmentos Gestão do Risco Introdução Organização da função de riscos Análise do perfil global de risco Risco de crédito Risco de mercado Risco operacional Risco de reputação Atividades formativas de Riscos Relatório de Auditoria e Contas Anuais Relatório de Auditoria Contas Anuais Relatório de gestão Balanço e conta de resultados Anexos A função de compliance Prevenção contra a lavagem de dinheiro Séries históricas Informação geral

6 Em 2005, o dividendo total aumentou 25% em relação ao ano anterior Emilio Botín, Presidente do Grupo Santander

7 Carta do Presidente O Santander alcançou, em 2005, o maior resultado de sua história, 6,22 bilhões de euros, um aumento de 72,5% em relação ao registrado no ano anterior. O dividendo total proposto pelo Conselho à Assembléia Geral chega a 0,4165 euros por ação, 25% superior ao do ano anterior O ano de 2005 foi excelente. A ação Santander valorizou-se em 22,12% e, desde que foi anunciada a compra do Abbey - em 26 de julho de até o final de 2005, a valorização chegou a 43%. O Santander é o primeiro Banco da zona euro por capitalização em bolsa. Os mercados começam a reconhecer a trajetória do Grupo, que alcançou o maior resultado de sua história, 6,22 bilhões de euros, com um aumento de 72,5% em relação ao registrado no ano anterior. Os extraordinários resultados obtidos com a venda das participações financeiras e industriais destinaram-se às dotações para as aposentadorias antecipadas, a um plano especial de reestruturação do Abbey e ao fortalecimento do balanço. Excluindo as mais-valias extraordinárias, o lucro atribuído do Grupo atingiu 5,21 bilhões de euros, 44,5% mais do que em Os resultados tiveram a sua origem em uma base sólida de negócio comercial corrente e diversificado, o que é uma garantia de futuro. O dividendo total proposto pelo Conselho à Assembléia Geral chega a 0,4165 euros por ação, representando um acréscimo de 25% face ao ano anterior. Isto implica que, considerando as ações emitidas na aquisição do Abbey, o valor total destinado a dividendos registre um aumento de 41,8%. Principais ações no exercício Em 2005, o Grupo Santander atingiu plenamente os seus objetivos. Isto é: o progresso de sua atividade de banco comercial na Europa; um rápido avanço na reestruturação do Abbey; a melhoria da participação de mercado e a implantação integral do modelo de gestão comercial na América Latina e o desinvestimento oportuno de posições não estratégicas. O Grupo Santander reforçou a sua posição competitiva na Europa, melhorando significativamente sua eficiência e aumentando os resultados em suas redes comerciais da Espanha - Santander e Banesto - e de Portugal. No Abbey, fomos além dos planos previstos. Os objetivos de redução de custos foram amplamente ultrapassados, as receitas foram estabilizadas e deu-se 3

8 No Abbey, fomos além dos planos previstos. Os objetivos de redução de custos foram amplamente ultrapassados e as receitas, estabilizadas um impulso considerável à atividade comercial. O plano trienal, apresentado no mês de outubro, é uma demonstração da nossa confiança na transformação do Abbey, de um banco essencialmente hipotecário para uma plataforma de distribuição eficiente de todos os produtos e serviços de que necessitam os cliente no Reino Unido. O nosso mercado bancário de consumo na Europa prosseguiu a sua expansão, tanto orgânica como por meio de aquisições seletivas, atingindo um desenvolvimento internacional do negócio que já representa, atualmente, 9% do resultado atribuído do Grupo. Na América Latina, o negócio do mercado bancário varejista deu um salto qualitativo, com um claro progresso em quotas de mercado e uma melhoria da gestão comercial que assenta as bases para um aumento futuro sustentável. Os 2,20 bilhões de dólares de lucro na região, em grande parte provenientes do mercado comercial, proporcionam ao Grupo, além do seu valor quantitativo, um grande potencial de crescimento e de diversificação. O investimento financeiro no banco norte-americano Sovereign direciona recursos financeiros do Grupo para o negócio do mercado bancário comercial, diversificando as nossas receitas em um mercado, o norte-americano, que conhecemos e no qual, no passado, já tivemos experiências muito positivas. O investimento no Sovereign terá, desde o início, um impacto favorável no lucro por ação. Em suma, 2005 permitiu que o Grupo Santander construísse uma posição única no sistema bancário internacional, que combina um sólido modelo de negócio corrente na Espanha, Portugal e no mercado de consumo na Europa, com opções de reestruturação (Abbey) e de forte crescimento (América Latina). Visão e modelo global O Santander consolidou como um de seus principais pontos fortes uma profunda implantação local nos países em que está estabelecido. Isso não impede que sejamos cada vez mais um banco integrado, que aproveita as melhores experiências e vantagens competitivas a nível internacional. Avançamos para plataformas tecnológicas comuns, uma política comum de riscos e um modelo de gestão global dos negócios. A forte posição do Grupo Santander nos mercados mais dinâmicos da Europa e da América Latina permitiu desenvolver capacidades 4

9 Carta do Presidente Desde que foi anunciada a compra do Abbey até o final de 2005, a ação valorizou-se 43% globais em áreas como o mercado bancário privado, a gestão de ativos ou o mercado de grandes clientes. Estes negócios mantêm elevadas taxas de crescimento e uma contribuição crescente para as receitas totais do Grupo. A integração do negócio de fundos de investimento, de pensões e seguros na Santander Asset Management and Insurance, reforça as economias de escala e as capacidades de gestão e de inovação nestas áreas. A gestão integrada do negócio do Banco de Grandes Clientes também registra excelentes resultados. O modelo de relação global com os clientes corporativos e institucionais do Grupo vem obtendo um elevado crescimento de receitas, potencializando, assim, os negócios de maior valor agregado. O desenvolvimento de produtos globais contribui, da mesma forma, para o objetivo de aumentar o valor da nossa posição internacional. Para isso, criamos uma Unidade Corporativa de Cartões, que servirá a todas as redes comerciais do Grupo. Lançamos, igualmente, produtos inovadores na tesouraria de clientes, como o Santander Global Connect, que está se expandindo na Europa e na América Latina. Governança Corporativa Contamos com os melhores padrões internacionais em matéria de Governança Corporativa. O nosso modelo baseia-se na plena igualdade de direitos dos acionistas e em uma máxima transparência em nossa atuação. Colocamos uma ênfase especial na proteção dos direitos dos acionistas minoritários, superando as exigências regulatórias e cumprindo minunciosamente com o princípio de uma ação, um voto. Fomos também uma das primeiras empresas espanholas a eliminar, totalmente, as medidas estatutárias de blindagem. Este ano você encontrará, junto a este Relatório Anual, um relatório do Conselho de Administração sobre Responsabilidade Social Corporativa e outro documento, que inclui os relatórios das Comissões de Nomeações e Remunerações e de Auditoria e Compliance. O Conselho de Administração é o núcleo da nossa governança corporativa. Contamos com um Conselho excepcional, com um bom equilíbrio entre administradores externos e executivos, todos eles com importante experiência internacional, prestígio e êxito profissional. 5

10 Neste ano, passaram pelo Centro Corporativo de Treinamento pessoas de todos os países em que o Santander está presente Neste ano, Luis Ángel Roho Duque foi incorporado ao nosso Conselho. Suas extraordinárias qualidades profissionais e pessoais são um grande ativo para o Grupo. Durante o ano, deixou de fazer parte do Conselho Emilio Botín O'Shea, que colaborou de forma destacada desde o seu ingresso no Banco, em Por último, tivemos que lamentar o falecimento de Elías Masaveu, que durante anos contribuiu valiosamente com o Conselho. Responsabilidade Social Corporativa Em 2005, o Grupo continuou reforçando o seu compromisso com os acionistas, os clientes, os funcionários, a sociedade em seu conjunto e o meio ambiente. No ano, investimos 92 milhões de euros em RSC, investimentos que são realizados com os mesmos requisitos de eficiência e eficácia que são exigidos a para qualquer outro tipo de investimento. Mantemos o foco no ensino superior, que para nós é a melhor forma de contribuir para o progresso social e econômico dos países em que estamos presentes. Temos acordos integrais de apoio ao ensino e à pesquisa com 507 universidades em 11 países. Além disso, o Portal Universia já conta com a participação de 985 universidades. Cidade Grupo Santander A nova sede operacional do Banco em Boadilla del Monte (Madri), a Cidade Grupo Santander, já está em pleno funcionamento e é um ponto de encontro para diretores e profissionais do Grupo que reforça a nossa globalidade. Neste ano, passaram pelo Centro Corporativo de Treinamento pessoas de todos os países em que o Santander está presente, o que fomenta a integração, o intercâmbio de experiências e a difusão dos valores e da cultura corporativa. Futuro A indústria bancária está atravessando uma conjuntura muito favorável. Este, porém, não deve ser um momento para complacência, mas sim para reforçar o balanço, melhorar a eficiência e preparar o nosso Grupo para enfrentar, com êxito, qualquer mudança que a situação internacional possa registrar. A nossa obrigação e compromisso são trabalhar para o futuro do Grupo, e temos uma grande confiança neste futuro, fundamentada no seguinte: 6

11 Carta do Presidente 2006 também será um bom ano para o Grupo Santander O caráter corrente do nosso núcleo de receitas, baseado em um modelo de sistema bancário comercial comprovado e de êxito. A diversificação das nossas atividades, que se desenvolvem em diversos países. Uma vasta base de clientes 66 milhões. Posição em mercados e segmentos de negócio com elevado potencial de crescimento. Capacidade demonstrada de extrair em produtos, serviços e plataformas tecnológicas, todas as vantagens de um grande grupo internacional. Tendo por base a tendência muito favorável dos nossos negócios na Europa e América Latina, 2006 também será um bom ano para o Grupo Santander. Nos últimos 20 anos, a nossa capitalização em bolsa multiplicou-se por 68 e o nosso lucro corrente por 50. Vamos continuar esta trajetória, consolidando o Santander entre os primeiros e melhores bancos do mundo. Para isso, contamos com uma excelente equipe de profissionais, altamente preparados e motivados, com carreiras profissionais de êxito e acesso aos melhores programas de treinamento contínuo. Agradeço a cada uma das pessoas que trabalham no Grupo por sua dedicação e esforço. Esperamos continuar contando com a confiança e o apoio de V. Exas., senhoras e senhores acionistas. Emilio Botín Presidente 7

12 O Grupo Santander obteve um crescimento saudável, geograficamente equilibrado e sustentável Alfredo Sáenz Vice-Presidente e Administrador Delegado

13 Carta do Administrador Delegado Em 2005, o Grupo Santander deu novos passos no processo que nos consolida entre os líderes do mercado bancário comercial no mundo. Os bons resultados do Grupo estão baseados no notável crescimento das receitas mais correntes, no controle rígido de custos e na excelente qualidade de crédito Em 2005, as ações do Santander proporcionaram aos acionistas uma rentabilidade total, incluindo a valorização das ações e o dividendo, de 26%, superior aos 21% do mercado espanhol. Em comparação com os bancos globais, o nosso comportamento só é ultrapassado por bancos com forte participação no mercado de investimento, em que a volatilidade é muito maior. Isto é, no ano geramos mais de 14,8 bilhões de euros de lucro para os acionistas. O lucro atribuído do Grupo atingiu os 6,22 bilhões de euros (+72,5%). Se excluirmos as mais-valias extraordinárias líquidas, o resultado atribuído foi de 5,212 bilhões de euros (+44,5%). Este último valor reflete a forte capacidade de resultado habitual do Santander e inclui, pela primeira vez, o Abbey, cuja contribuição foi de 811 milhões de euros. Excluindo esta incorporação, o resultado aumenta 22% face a 2004, atingindo 4,401 bilhões. Todos estes valores são os maiores da história do Grupo. O lucro por ação aumentou 15%, chegando aos 0,8351 euros (incluindo as mais-valias, o aumento é de 37%). Este crescimento é inferior ao total do resultado habitual devido ao efeito inicial de diluição da compra do Abbey. Porém, o nosso plano para extrair lucro do Abbey está superando as nossas próprias expectativas e esperamos que o impacto da compra comece a ser positivo em , um bom exercício Em 2005, o Grupo Santander deu novos passos no processo que nos consolida entre os líderes do sistema bancário comercial no mundo. A expansão do negócio e o crescimento dos resultados ordinários, a integração do Abbey e as iniciativas estratégicas direcionadas para o reforço do nosso crescimento futuro constituem os aspectos mais importantes do exercício. Foram três as chaves da evolução dos resultados ordinários. A primeira, um notável crescimento das receitas mais correntes, com base na expansão do negócio de clientes em todos os países. Trata-se de um crescimento saudável, equilibrado por regiões e, sobretudo, sustentável, baseado na força de nossas redes comerciais e na nossa capacidade de inovação. A segunda chave é o rígido controle de custos, que nos levou a melhorar a eficiência das principais unidades do Grupo. Esta melhoria nos permite continuar investindo no desenvolvimento da nossa capacidade comercial. A terceira foi a excelente qualidade de crédito do Grupo. Tivemos necessidade de dotar menos provisões do que em 2004 e, da mesma forma, continuamos melhorando os nossos coeficientes de inadimplência e cobertura. 9

14 10 Em conjunto com estas realizações, desenvolvemos ações estratégicas destinadas a obter melhorias adicionais de eficiência e produtividade comercial, assim como a abrir novas fontes de crescimento para o futuro. Entre as primeiras sobressai a implantação da plataforma tecnológica Partenón na Rede Santander na Espanha. Este processo implicou um importante investimento e nosso objetivo agora é aproveitar ao máximo o potencial de melhoria que esta plataforma nos oferece em termos de custo e eficiência comercial. Entre as segundas, destacase a criação de unidades globais especializadas de produto e o aprofundamento no enfoque global do Banco de Grandes Clientes. Paralelamente, e no âmbito de nossa política de melhoria do uso do capital, realizamos desinvestimentos em participações não estratégicas para investir em negócios estratégicos, como o financiamento ao consumo e o mercado varejista. Por último, no final do ano chegamos a um acordo para assumir uma participação financeira no banco norte-americano Sovereign. Europa Continental: crescimento de receitas com custos planos O resultado atribuído na Europa Continental chega a 2,984 bilhões de euros, 38% acima do obtido em Na Europa, o Grupo continua mostrando a eficiência do nosso modelo de gestão em economias desenvolvidas: aumento de receitas com melhoria contínua da eficiência. Conseguimos um crescimento conjunto da margem de exploração de 20%, de grande valor devido à sua consistência e diversificação, porque todas as grandes unidades apresentam aumentos claramente superiores a 15% na margem de exploração. Na Espanha, os maiores resultados do Santander e do Banesto apóiam-se em um equilíbrio adequado entre o aumento da atividade comercial e a gestão eficaz da rentabilidade. A evolução da atividade foi muito favorável em hipotecas e no segmento de empresas, especialmente microempresas e PMEs. O Santander Consumer Finance já ocupa uma posição muito destacada na Europa, em um mercado estruturalmente atraente. A produção aumenta 24% e o lucro atribuído avança 46%. Para esta evolução contribui a sua estratégia dupla de crescimento - orgânico e por meio de aquisições seletivas. Nossos negócios em Portugal evoluíram também de forma positiva em 2005, apesar da fraca conjuntura econômica em que a sua atividade se desenvolve. A margem de exploração aumenta 16%, apoiado na melhoria das receitas e no controle de custos. O lucro atribuído avança 36%. Dos demais negócios aqui incluídos destaca-se a evolução do Banif, que aumenta sua margem de exploração em 47% e o seu lucro atribuído em 20%. Abbey: a construção de um banco universal a partir de um banco hipotecário Quando compramos o Abbey, colocamos como meta voltar a posicionar a instituição no lugar que, devido à sua dimensão e potencial, lhe corresponde no mercado bancário britânico. Para conseguí-lo, estabelecemos três objetivos fundamentais para 2005: estabilizar as receitas correntes, melhorar a produtividade comercial e reduzir a sua pesada estrutura de custos. E em todos eles ultrapassamos as nossas previsões iniciais. Um reflexo desta evolução positiva foi um aporte para o Grupo, neste primeiro ano, de 1,408 bilhão de euros na margem de exploração e de 811 milhões no resultado atribuído. Temos objetivos ambiciosos para o futuro e concebemos um plano trienal para atingí-los, que visa tornar o Abbey o melhor banco comercial do Reino Unido. Para isso, contamos com um novo modelo comercial, estamos aumentando a nossa capacidade de vendas e trabalhamos em uma nova plataforma tecnológica, comum ao Grupo, que nos permitirá maiores economias a partir de Pretendemos aumentar a concessão comercial do Abbey para construir um banco universal, ingressando com mais força nos negócios de cartões, consumo e empresas. Este crescimento deve ser conciliado com as melhorias notáveis da eficiência e do lucro, que colocarão, conforme previsto no plano, a rentabilidade sobre o capital perto de 20%. Estamos otimistas com respeito à obtenção de uma rentabilidade sobre o investimento superior ao nosso custo de capital em 2007.

15 Carta do Administrador Delegado O rígido controle de custos levou-nos a melhorar a eficácia das principais unidades do Grupo, o que nos permite continuar investindo no desenvolvimento de nossa capacidade comercial América Latina: o impulso do negócio comercial com clientes O ano de 2005 confirmou a tendência positiva dos últimos exercícios das economias latino-americanas que, em conjunto, apresentam um crescimento do PIB de 4%. A melhoria da situação macroeconômica da região baseou-se na aplicação, nos últimos anos, de políticas fiscais e monetárias ortodoxas, que permitiram um importante saneamento das suas finanças. O nosso posicionamento, único na região, permite-nos alcançar uma grande expansão do negócio com clientes e um forte aumento das receitas mais correntes. A margem de exploração aumenta 32% em dólares, moeda de gestão da área, e o lucro atribuído atinge os 2,208 bilhões de dólares, 21% acima do registrado em Nos três mercados mais importantes para o Grupo concentramo-nos, durante o ano, no fortalecimento do negócio corrente de clientes, registrando importantes crescimentos de volumes, assim como melhorias na vinculação e aumentos na base de clientes. No Brasil, foram alcançadas taxas de crescimento de 42% em créditos e de 24% em recursos de clientes, o que levou a um aumento da margem de exploração de 43% e situou o lucro atribuído em 734 milhões de dólares. No México, a margem de exploração aumentou 24% e, no Chile, 30%. Neste último país, o ganho de quota de mercado é significativo, partindo de níveis superiores a 20%. Os demais países em que estamos presentes também demonstraram, em geral, fortes aumentos de volumes e de resultados. Destacam-se a Colômbia e a Venezuela, assim como a recuperação progressiva da Argentina. Áreas Globais: aproveitamento de sinergias não exploradas Estamos aprofundando a integração global dos negócios do mercado de grandes clientes que temos em cada país. O Banco de Grandes Clientes é um negócio de natureza global que deve ser gerido como tal. Temos uma grande oportunidade de gerar mais negócios nesta área, já que ainda não estamos extraindo toda a vantagem de sermos um banco internacional. Em 2005 as receitas aumentam 9%, graças sobretudo à melhoria da cobertura dos nossos clientes corporativos, por meio do Modelo de Relação Global e do maior peso das receitas de clientes na área de mercados. Da mesma forma, aprofundamos o enfoque global da Gestão de Ativos e Seguros. Iniciativas como a unificação comercial das gestoras, a criação de uma Unidade Global de Seguros ou a ampliação da atividade da Optimal, nossa especialista em gestão alternativa, alinham-se a este objetivo. Em 2005, as receitas totais geradas em fundos de investimento, de pensões e seguros, atingiram os 3,696 bilhões de euros, 63% acima do total obtido em São receitas muito importantes por seu volume e qualidade, visto que possuem elevada recorrência, alto nível de retorno e reduzida volatilidade. 11

16 12 Por fim, a Unidade Global de Cartões está estendendo o seu modelo de mono-produto de gestão do negócio, implantado com êxito no México, a outros países da América Latina e da Europa, especialmente à Espanha e ao Reino Unido, onde a nossa posição nos oferece grandes oportunidades de crescimento. Oportunidades de melhoria Inevitavelmente, e apesar de 2005 ter sido muito bom, qualquer exercício tem pontos que podem ser melhorados. Na minha opinião, em 2006 devemos aprofundar os seguintes aspectos: Acelerar a integração global do Banco em um mundo plano, sem fronteiras. De outro modo, não seremos capazes de aproveitar todas as oportunidades que nos oferecem alguns mercados cada vez mais globais, pelo lado das receitas, e com economias de escala, pelo lado dos custos. A gestão global, que é óbvia no mercado de grandes clientes, na gestão de ativos e no mercado de consumo, por exemplo, está sendo estendida a outros negócios (cartões, seguros etc.) e a diferentes áreas de apoio, como tecnologia ou operações, criando fábricas corporativas especialistas de produto. Ser mais eficiente. Nos últimos anos, melhoramos a eficiência do Grupo. Todavia, ainda temos uma grande margem de melhoria nas áreas do Grupo em que, até o momento, investimos em capacidade comercial e que, a partir de agora, deveriam começar a melhorar em termos de custos. Melhorar a qualidade de serviço ao cliente, sobretudo nos mercados maduros. Em uma conjuntura cada vez mais competitiva, é necessário colocar o cliente no centro da organização. Alavancas de crescimento A economia mundial registrou uma grande expansão no ano passado. Começamos o ano de 2006 com as economias mundiais sincronizadas em forte crescimento ou em tendência de melhoria. O cenário para o sistema bancário é positivo. Entretanto, não devemos esquecer que a economia mundial conta com mais de 10 anos de forte crescimento quase ininterrupto, com baixas estruturais das taxas de juros que facilitaram uma forte expansão do crédito e dos negócios bancários, tanto varejista como de grandes clientes. Também existem riscos potenciais resultantes dos desequilíbrios na economia mundial. Os ciclos são parte consubstancial da economia e, por isso, devemos estar preparados para cenários macroeconômicos divergentes. Preparamo-nos para aumentar o negócio de forma estrutural e não em razão do crescimento cíclico do mercado. Penso que o Santander é um excelente investimento para o futuro porque contamos com sete alavancas que nos darão oportunidades de crescimento estrutural nos próximos cinco anos: 1) Nos mercados maduros, onde esperamos um aumento constante da concorrência, só os bancos mais eficientes serão capazes de crescer de forma sustentada. A nossa política de crescimento de receitas com custos planos, apoiada em nossa vantagem tecnológica, deve dar-nos economias de escala e melhorias de eficiência. 2) A globalização proporciona uma grande oportunidade aos mercados emergentes. Nesses mercados o Grupo Santander mantém uma grande presença, por meio de nossa sólida posição na América Latina, o que deve proporcionar um crescimento estrutural ao Grupo. 3) O Abbey é outra oportunidade única de crescimento. Podemos aumentar os resultados melhorando de forma drástica a eficiência comercial e de custos, implantando a mesma plataforma tecnológica existente na Espanha. Com isso, ampliaremos o período de melhorias de eficiência a médio prazo. 4) A americanização do consumidor global é estrutural. As baixas taxas de juros fizeram com que este negócio esteja em sólida expansão. O Santander Consumer Finance é líder do segmento na Europa e continuaremos a potencializar esta área. 5) Desenvolvimento de um Banco para Grandes Clientes Globais, integrado a partir de bancos corporativos predominantemente locais. Isto nos permitirá economias de escala em know-how de produtos e custos, e uma relação mais eficaz com grandes clientes corporativos. 6) Oportunidade de obter sinergias globais. A maior integração das áreas de apoio permitirá sinergias corporativas de custos. Paralelamente, devemos avançar na integração e visão global dos diferentes modelos de negócio para melhorar em produtividade e eficiência. 7) Redistribuição do capital de áreas não estratégicas para áreas chaves do Banco, como os mercados de consumo e comercial, de forma orgânica e inorgânica, com uma forte disciplina de capital.

17 Carta do Administrador Delegado Em 2006, centraremos a atenção na aceleração da integração global e na melhoria da qualidade do serviço e da eficiência Estas sete premissas são caminhos de crescimento estrutural do resultado do Grupo, pouco sujeitas às oscilações do ciclo econômico. Por isso, pensamos que constituem a nossa vantagem em relação a outros bancos e serão refletidas em um crescimento do lucro por ação corrente e sustentado a médio prazo. Perspectivas e prioridades para 2006 Em 2006, a gestão do Grupo será centrada na capitalização e ampliação de nossas opções de gerar receitas correntes e melhorar a eficiência operacional. Para conseguí-lo, continuaremos investindo em tecnologia, na melhoria e expansão das nossas redes, mantendo sempre o controle de custos, a qualidade de crédito e o foco no cliente como prioridades básicas de gestão. Na Europa, apostamos no aumento da produtividade comercial. Para isso, contribuirá a plena disponibilidade da Partenón na Espanha, plataforma que está em processo de implantação em Portugal, Reino Unido e no Santander Consumer Finance. A Rede Santander se concentrará na captação e na vinculação de clientes particulares, apoiada no lançamento do Plano Queremos ser o seu Banco. No Abbey, a transformação empreendida no negócio será traduzida em melhorias na atividade e receitas e se juntará a novas economias de custos. Na América Latina, capitalizaremos o investimento realizado nos últimos anos na expansão do negócio comercial. O nosso negócio de consumo continuará crescendo a elevadas taxas devido à maior inserção e opiniões favoráveis obtidas em certos países, após as últimas aquisições. Finalmente, apostamos em um maior desenvolvimento do negócio seletivo de grandes clientes nos mercados onde estamos presentes. Com vista a reforçar e potencializar todos os negócios, o Grupo revê anualmente o seu plano de negócio, atualmente o Plano I06-I08. Pretendemos garantir o crescimento futuro, examinando os objetivos e as oportunidades de cada negócio e mercado. Isto envolve, na prática, uma revisão contínua de projetos e atividades em busca de novas opções de negócio e de melhorias de produtividade. Para alcançar estes objetivos ambiciosos, o Santander conta com uma excelente equipe de profissionais com grande capacidade e motivação, além de estar passando por um processo contínuo de melhoria e renovação. Diante do exposto, estamos confiantes que 2006 será novamente um ano excelente para o Santander, que nos permitirá continuar aumentando o lucro para os nossos acionistas. Para isso, todos os que fazem parte deste Grupo dedicarão os seus esforços. Alfredo Sáenz Vice-Presidente e Administrador Delegado 13

18 O Modelo Santander permite a transformação de um banco multi-local em um banco integrado e globalizado O modelo Santander QUALIDADE DO SERVIÇO EFICIÊNCIA QUALIDADE DO CRÉDITO DISCIPLINA DE CAPITAL VISÃO GLOBAL ORIENTAÇÃO PARA O CLIENTE REESTRUTURAÇÃO CONTÍNUA RISCO BAIXO E PREVISÍVEL CAPACIDADE DE CRESCIMENTO DIVERSIFICAÇÃO Aumento da satisfação, vinculação e retenção de clientes Foco na eficiência comercial Gestão rígida do risco Elevados quocientes de capital Grupo internacional especializado no sistema bancário comercial Métricas comuns em todas as unidades do Grupo Melhoria tecnológica Partenón Altair Projeto Alhambra Gestão integrada de compras Gestão partilhada Desenvolvimento de modelos internos Elevada geração corrente de capital Negócios globais alavancados em negócios locais Balanço em três moedas

19 O modelo Santander O Santander combina a liderança no sistema bancário comercial nos mercados locais com fortes capacidades globais A gestão direcionada ao cliente permite uma maior vinculação e retenção por meio de uma maior qualidade de de serviço, nossa prioridade estratégica. Agência do Santander em Madri, Espanha O Modelo Santander deu magníficos resultados, tal como demonstram, no último ano, a total incorporação do Abbey no seio da estrutura do Grupo, o importante crescimento em todos os negócios desenvolvidos na Europa Continental e o fortalecimento da sua posição nos mercados latino-americanos. Este modelo pretende desenvolver áreas globais, fomentadas pela proximidade aos clientes proporcionadas por seus potentes bancos comerciais locais. Áreas geridas globalmente e que prestam um serviço global, que surge do aproveitamento das sinergias e das melhores experiências e vantagens competitivas no âmbito internacional. O Modelo Santander sustenta-se em cinco pilares básicos: a gestão orientada para o cliente, que permite uma maior vinculação e retenção por meio de uma melhor qualidade do serviço, nossa prioridade estratégica. a eficiência, que se obtém com uma exigente disciplina de custos, mas também através por uma tecnologia global de primeiro nível. a qualidade do crédito a partir dos seus próprios modelos internos de riscos, fundados na gestão de ferramentas globais. a disciplina de capital que, como recurso limitado, deve ser atribuída aos negócios que gerem maior rentabilidade potencial. a visão global: capacidades globais e políticas corporativas comuns combinadas com uma gestão local. Este Modelo dá ao Banco um grande potencial de crescimento nos nossos principais negócios: Banco Comercial Europa Continental Banco Comercial Abbey Banco Comercial América Latina Gestão de Ativos e Seguros Banco de Grandes Clientes Global. Além disso, em nível internacional, o Modelo Santander proporciona: sinergias globais, que permitem a transformação de um banco multi-local em um banco integrado e globalizado. redistribuir o capital, desinvestindo na carteira industrial e investindo no negócio bancário. Tudo isto com o apoio de uma equipe de profissionais em todos os países em que estamos presentes. 15

20 Nenhum banco desenvolve melhor a atividade de banco comercial do que o Santander Euromoney, julho de 2005 Negócios globais alavancados em negócios locais Gestão de Ativos e Seguros Banco de Grandes Clientes Seguros Cartões Banco Comercial Espanha Banco Comercial Portugal Banco Comercial Reino Unido Santander Consumer Finance Banco Comercial América Latina Distribuição do lucro atribuído por segmentos geográficos Europa Continental 54 % Reino Unido (Abbey) 14 % América Latina 32 % Distribuição do resultado por segmentos de negócio sem inclusão de impostos Banco Comercial 78 % Banco de Grandes Clientes Global 13 % Gestão de Ativos e Seguros 9 %

21 Os nossos negócios O Melhor Banco Global do Mundo (de acordo com a Euromoney) ultrapassa os seus objetivos para 2005 e obtém 6,22 bilhões de euros de resultado Em junho de 2005, a revista Euromoney elegeu o Santander como o Melhor Banco Global do ano. É a primeira vez que um banco espanhol ganha este importante prêmio, com o qual se reconhece o importante crescimento do Grupo nos últimos 20 anos e o acerto da sua estratégia, que no ano passado levou à compra do Abbey. Matías Rodríguez Inciarte 3º Vice-Presidente O reconhecimento pela revista líder em informação sobre o sistema bancário e finanças internacionais, ocorre no ano em que o Santander atingiu um lucro atribuído de 6,22 bilhões de euros, resultando em um acréscimo de 72,5% em relação ao exercício anterior. O Santander desenvolveu a sua atividade em um exercício em que a economia mundial manteve sua expansão, com um crescimento aproximado de 4%, embora com maiores incertezas nos últimos meses, em conseqüência do aumento do preço do petróleo. Nesta conjuntura, o Santander manteve a sua estratégia de crescimento orgânico em seus mercados tradicionais, nos quais melhorou substancialmente a eficiência comercial e operacional como conseqüência de sua tecnologia, de seu modelo de gestão de clientes e das capacidades globais cada vez maiores, que permitem extrair sinergias entre distintos países e oferecem oportunidades de crescimento diferenciais para o Grupo. Os excelentes resultados de 2005 estão relacionados com todos os negócios do Grupo, que cresceram de forma sustentada, embora o enfoque continue a ser o mercado bancário comercial, que contribui com 84% do total de receitas das áreas operacionais e 78% do resultado, sem a inclusão de impostos. A elevada qualidade de crédito reflete-se em uma baixa taxa de inadimplência (0,89%). Os quocientes de eficiência e de capital também melhoraram sensivelmente. O nosso lucro ordinário, excluindo os ganhos resultantes da venda de participações não estratégicas, aumentou 45%, graças ao forte crescimento de nossas receitas correntes na Europa Continental, ao dinamismo do banco de clientes na América Latina e à contribuição do Abbey que, em seu primeiro ano como parte do Grupo, obteve um lucro atribuído de 811 milhões de euros. 17

22 Zona do euro O Santander consolida-se como o primeiro banco comercial na zona euro O Santander ocupa uma posição clara de liderança na Espanha, é o segundo banco privado de Portugal com base no lucro e é a concessão líder no mercado bancário varejista na Europa, com elevadas participações na Espanha, Portugal, Alemanha, Polônia e Noruega. Na Europa Continental, o Santander desenvolve negócios do mercado bancário comercial, assim como no mercado bancário varejista, em onze países, dos quais se destacam a Espanha, Portugal, Alemanha, Polônia e a Noruega. Também incluem-se os negócios globais (Gestão de Ativos e Seguros e Banco de Grandes Clientes Global). Em 2005, a atividade desenvolvida na Europa Continental, que aporta 54% do lucro atribuído das áreas operacionais do Grupo, registrou um notável aumento das receitas face à evolução positiva da margem de intermediação, com custos quase planos e menores necessidades de provisões devido ao efeito da elevada qualidade do risco e da aplicação das NIIF (Normas Internacionais de Informação Financeira). Tudo isso faz com que o lucro atribuído da zona se eleve para os 2,984 bilhões de euros, 38,2% acima do registrado em Este resultado apóia-se em todas as unidades de mercado bancário comercial, como de gestão de ativos e banco de grandes clientes. Espanha Rede Santander Na Espanha, a Rede Santander teve um ano extraordinário, com produtos novos e inovadores, como a Hipoteca Super Revolução ou a campanha de domiciliação das folhas de pagamentos com vantagens sobre as despesas de telefone, gás e eletricidade. Destaca-se, em especial, o aumento de novas hipotecas pelo valor de 11,5 bilhões de euros, conseqüência do êxito da Hipoteca Super Revolução. Este produto, concebido para facilitar aos jovens o acesso à moradia, carateriza-se por seu longo prazo de amortização e por seu período de taxa fixa, com carência durante os primeiros cinco anos. Paralelamente, concluiu-se a implantação da Partenón em todas as agências do Santander na Espanha, o que permitirá melhorar a eficiência e a qualidade do serviço e, conseqüentemente, a fidelização e a captação de clientes. Banesto O Banesto conseguiu ultrapassar todos os seus objetivos de eficiência, rentabilidade e quota de mercado um ano antes do que o previsto no Plano Mais uma vez, destacaram-se os seus produtos de alto valor agregado para empresas e particulares, como o Banesto Selección, um novo serviço de gestão de carteiras e fatura eletrônica. Tanto o Banesto como o Santander estão se preparando para uma eventual desaceleração no mercado hipotecário espanhol, através de uma diversificação para outros segmentos de negócio com muito potencial de crescimento, como o crédito ao consumo, as PMEs e os cartões. Banif O Banif desenvolve o mercado bancário privado de máxima qualidade, com atendimento e produtos cada vez mais personalizados. Em 2005, conseguiu registrar importantes crescimentos na atividade e nos resultados. Para o ano de 2006, o Banif tem previsto um ambicioso plano de abertura de novas agências, em linha com a sua estratégia de aproximação ao cliente, que passará a ser como o seu assessor financeiro. Portugal Em Portugal, o Santander Totta conseguiu duplicar seu resultado em quatro anos, até situar-se como o segundo banco privado do país, por meio de um importante crescimento em negócios de destaque, como hipotecas, seguros e cartões. O excelente comportamento do Banco merece maior destaque por ter sido obtido em uma conjuntura de baixo crescimento econômico. Os produtos Crédito Habitação Super Tranqüilo, Crédito Automóvel Super Tranqüilo e o Cartão Premium Travel tiveram uma grande aceitação Santander Consumer Finance A atividade de financiamento ao consumo na Europa está agrupada sob a marca Santander Consumer Finance, presente em 11 países: Espanha, Portugal, Alemanha, Itália, Áustria, República Checa, Polônia, Hungria, Noruega, Holanda e Suécia. 18

23 Os nossos negócios Enrique García Candelas Diretor-Geral, Divisão Mercado Bancário Comercial Ana P. Botín Presidente, Banesto Juan Rodríguez Inciarte Diretor-Geral, Divisão Europa e Consumo Antonio Horta Osorio Presidente, Santander Totta Javier Marín Administrador Delegado do Banif Rede Santander Banesto Santander Santander Banif Milhões de euros Consumer Totta Finance Clientes (milhões) 7,6 2,3 7,7 1,8 0,1 Agências (número) Investimento de crédito* Recursos de clientes geridos *** Margem de exploração Lucro atribuído Eficiência** 44,0% 42,6% 33,9% 49,4% 54,6% (*) Deduzido o efeito das titularizações (**) Incluindo amortizações (***) Engloba a totalidade de ativos sob gestão, incluindo os valores depositados A Espanha, a Alemanha e a Itália gerem 90% dos ativos que, no total, somam 31,849 bilhões de euros. Em 2005, o Santander Consumer Finance reforçou sua presença na Europa com um forte crescimento orgânico e com a aquisição de 100% do Bankia Bank, na Noruega, e a aquisição de 50,001% do banco português Interbanco, por 118 milhões de euros. Com a aquisição do Interbanco, o Santander Consumer Finance será líder no financiamento de automóveis em Portugal, com uma quota de mercado de aproximadamente 13% em veículos novos. Desde agosto de 2005, o Santander Consumer Finance também está presente no Reino Unido, por meio de uma nova unidade, a Santander Consumer Finance UK. Inicialmente, esta instituição se dedicará exclusivamente ao financiamento de automóveis e espera transformar-se, nos próximos cinco anos, em uma das três primeiras empresas do mercado britânico, o maior da Europa por volume de créditos ao consumo. Em 2005, destaca-se a campanha de captação de depósitos realizada na Itália e o relançamento comercial do banco direto na Espanha, Openbank. O Openbank conta com uma gama completa de produtos, clientes e 5,4 bilhões de euros de recursos sob gestão. 19

24 Zona da libra esterlina O Abbey contribui com um resultado de 555 milhões de euros para o Grupo Apenas um ano após sua aquisição, o Abbey adiantou as previsões relacionadas à redução de custos, à estabilização de receitas e a seu relançamento comercial. Com base na plataforma tecnológica Partenón e no modelo de negócio do Santander, o Abbey encontrase preparado para converter-se no melhor banco comercial do Reino Unido. Em 2005, registrou-se o início da da primeira ofensiva do Abbey em seu posicionamento comercial. A produção de hipotecas, o seu ponto tradicional mais forte, cresceu 10% face ao ano anterior, ficando acima dos seus principais concorrentes. No ano, foram lançados produtos potentes como o Flexible Plus Mortgage Deal for Life, que oferece flexibilidade em quotas, permitindo aumentar, reduzir ou adiar os pagamentos; e o No Fee Mortgage, que permite ao cliente mudar a sua hipoteca para o Abbey sem pagar despesas nem comissões de entrada. Ambos os produtos são comercializados tanto pelas agências do banco como pelo Cahoot, o banco por Internet do Abbey. Nos novos segmentos comerciais em que o Abbey procura ser mais competitivo, foi lançado em outubro um produto revolucionário no mercado britânico: o depósito remunerado, com uma taxa de juros TAE de 6% durante doze meses e livre de comissões. Estas iniciativas comerciais, em conjunto com a melhoria da eficiência, permitiram obter um lucro de 555 milhões de libras milhões de euros. O plano para três anos, apresentado no mês de outubro, contempla a manutenção da quota de mercado nos produtos em que há uma posição relevante, como as hipotecas, e o aumento da sua presença em outros segmentos do mercado, até se converter em um banco universal com uma vasta gama de produtos e serviços. O objetivo é transformar o Abbey no melhor banco comercial do Reino Unido: o melhor para os clientes e para os funcionários e o mais eficiente e rentável. Os pilares básicos para alcançar este objetivo são: a qualidade de serviço a venda cruzada a retenção de clientes a eficiência A implantação da plataforma tecnológica Partenón permitirá melhorias permanentes nos custos. Diminuirá o tamanho do back e do middle office, melhorará a produtividade das agências e reduzirá as despesas em tecnologias da informação. A Partenón se transformará em uma vantagem competitiva estrutural em relação aos bancos concorrentes no Reino Unido, melhorando a sua eficiência comercial e o conhecimento dos clientes. A melhoria da capacidade de vendas está refletida nos crescimentos da produção bruta de hipotecas, da captação de poupança e dos empréstimos pessoais ao longo de

25 Os nossos negócios Da esquerda para a direita: Jorge Morán, Lorde Burns e Francisco Gómez Roldán, COO, Presidente e CEO do Abbey, respectivamente Francisco Gómez Roldán Administrador Delegado, Abbey 2004 Quando anunciamos a compra, comprometemo-nos a: Reduzir os custos em 300 milhões de libras em três anos Estabilizar as receitas em 2005 e aumentá-las em 150 milhões de libras entre os anos de 2006 e 2007 Relançar comercialmente o banco 2005 Este ano conseguimos: Reduzir os custos em 224 milhões de libras (75% do objetivo para três anos) Aumentar as receitas correntes em 4% Relançar o banco: nova identidade corporativa, excelente equipe executiva, enfoque comercial Plano trienal: Transformar o Abbey de um banco hipotecário em um banco comercial universal Aumentar as receitas entre 5% e 10% ao ano, cumulativos em 3 anos Melhorar o quociente de eficiência até atingir 45% Colocar o ROE em 18% Cobrir o custo de capital em 2007 Abbey em números Milhões de libras Clientes (milhões) 18,3 Agências (número) 712 Investimento de crédito Recursos de clientes geridos Margem de exploração 963 Lucro atribuído 555 Eficiência* 63,2% (*) Incluindo amortizações 21

26 Zona do dólar Na América Latina, o Santander obtém um forte crescimento do negócio com clientes O Santander, a maior concessão financeira da América Latina, obteve excelentes resultados na região em conseqüência do forte impulso da atividade comercial e da concentração da atividade do Grupo nos negócios e nos países definidos como prioritários. Na América Latina a conjuntura foi favorável em 2005, com um crescimento econômico de 4%. Os principais países mantiveram políticas macroeconômicas direcionadas ao controle da inflação e ao desenvolvimento sustentável. O modelo do Grupo na América Latina está claramente orientado para o cliente e apoiado na tecnologia. Os resultados refletem fortes aumentos do negócio comercial. A carteira de créditos e os recursos de clientes apresentam um crescimento médio superior a 20% no Brasil, no México e no Chile. O Santander é a instituição financeira melhor preparada para gerar valor em uma região com elevado potencial de desenvolvimento, sustentado em um mercado de 450 milhões de pessoas com baixos níveis de bancarização. Para isso, temos oito alavancas de gestão: 1. Crescimento orgânico: fomento da bancarização da região 2. Cultura de crescimento e vendas: enfoque em clientes de varejo, produtos globais (formas de pagamento, comércio exterior, mercado bancário transacional, fundos e seguros), altamente segmentados em função dos países e clientes aos quais se destinam 3. Eficácia e produtividade comercial: estabelecimento de objetivos para a melhoria de receitas 4. Gestão de riscos previsíveis: utilização de novas tecnologias e ferramentas avançadas de gestão de risco 5. Eficiência tecnológica e disciplina de custos: concluir a implantação no Novo Plano Tecnológico (Altair) e novos investimentos em tecnologia 6. Capital humano: potencialização do treinamento em todos os níveis 7. Marca Santander: marca única a partir de Força de capital e disciplina financeira: quocientes de capital BIS acima dos mínimos exigidos Brasil O impulso comercial e o enfoque na atividade de clientes têm permitido ao Santander Banespa obter aumentos muito significativos no negócio. O crédito cresceu 42% no ano, enquanto o agregado dos depósitos de clientes e fundos de investimento avançou 24%. A margem ordinária aumentou 33% e o lucro atribuído alcançou 734 milhões de dólares. O Crédito Prestamista e o Cartão Platinum foram os produtos que registraram o maior êxito no ano. 22

27 Os nossos negócios Francisco Luzón Administrador Diretor-Geral, Divisão América Gabriel Jaramillo Presidente, Santander Banespa Marcos Martínez Administrador Delegado, Santander Serfin Mauricio Larraín Presidente, Santander Santiago milhões de dólares Santander Banespa Santander Serfin Santander Santiago Clientes (milhões)* 7,1 9,4 2,9 Agências (número) Investimento de crédito Recursos de clientes geridos Margem de exploração Lucro atribuído Eficiência** 52,5% 54,1% 45,4% (*) Clientes do banco comercial e participantes em planos de pensões (**) Incluindo amortizações A implantação da nova tecnologia que modernizará processos, estruturas e capacidade comercial e o amadurecimento dos projetos de crescimento iniciados em 2004 e 2005 (formas de pagamento, mercado bancário de seguros, consumo etc.) gerarão valor em um país em fase de expansão. México A dinâmica comercial foi refletida no forte crescimento da poupança bancária, que aumentou 21% devido ao grande incremento registrado em fundos de investimento e em depósitos de particulares. Por sua vez, a nova atividade creditícia cresceu 35%. As receitas aumentaram 23%, com destaque para a contribuição do Produto Vencimento. O lucro atribuído cresceu 16%, totalizando 468 milhões de dólares. Chile No Chile, o Santander registrou um crescimento importante no sistema financeiro, com aumentos do resultado superiores a 45%, graças à boa evolução das receitas e custos. É o banco líder do país e tem grandes oportunidades para continuar crescendo em uma conjuntura de forte dinamismo econômico e empresarial. A poupança bancária (depósitos + fundos de investimento) cresceu 16%. Em créditos, o crescimento foi de 19%, apoiado na expansão dos segmentos de PMEs (33%), cartões e consumo (42%) e hipotecas (15%). A margem ordinária aumentou 22%, enquanto o lucro atribuído cresceu 45%, alcançando 420 milhões de dólares. Os cartões Titânio e Superexpress foram os produtos de maior destaque no Chile durante o exercício. Grupo Santander na América Latina *Milhões de dólares Países 10 Número de agências 4,100 Número de funcionários 62,746 Clientes do banco comercial 20,3 Participantes de planos de pensões 8,0 Investimento de crédito* 59,884 Recursos de clientes geridos* 145,446 Margem de exploração* 3,886 Lucro atribuído* 2,208 Lucro atribuído por unidades Milhões de dólares R. atribuido % Var. Brasil 734 4,10 Mexico ,25 Chile ,48 Venezuela ,67 Argentina ,62 Porto Rico 60 2,71 Outros países ,60 Santander Private Banking ,79 Total (bilhões) 2,208 21,02 23

28 Em 2005, o Santander atingiu plenamente os seus objetivos na Europa Continental, no Reino Unido e na América Latina Marcial Portela Diretor-Geral, Divisão América Enrique Cristofani Gerente Geral, Banco Río Jesús M. Zabalza Diretor-Geral, Divisão América Marta Elorza Subdiretora-Geral, Divisão de Auditoria Interna David Arce Diretor-Geral, Divisão de Auditoria Interna José Tejón Diretor-Geral Divisão de Intervenção Geral e Controle de Gestão José María Fuster Responsável Global de Tecnologia (CIO) Michel J. Goguikian Presidente, Banco da Venezuela Javier Peralta Diretor-Geral, Divisão de Riscos

29 Negócios Globais Gestão de Ativos e Seguros Em 2005, a gestão de ativos e seguros do Santander avançou para a sua consolidação como negócio global As gestoras de todos os países e mercados em que o Santander opera foram unidas sob a marca Santander Asset Management. Joan David Grimà Diretor-Geral, Divisão de Gestão de Ativos e Seguros A Gestão de Ativos e Seguros obteve um resultado, sem inclusão de impostos, de 688 milhões de euros, representando um acréscimo de 86% face ao exercício anterior (+37% sem considerar o Abbey). Santander Asset Management A Santander Asset Management avançou em sua consolidação como negócio global, conciliando o conhecimento dos mercados e das necessidades locais às capacidades globais do Grupo na gestão e desenvolvimento de novas alternativas de investimento. A atividade centrou-se no lançamento de produtos de valor agregado e na oferta de uma assessoria personalizada aos clientes, de acordo com o seu perfil de risco. Os ativos geridos já ultrapassam os 138 bilhões de euros, com presença em 14 países. Destaca-se a atividade na Espanha, com 84 bilhões de euros geridos, onde se consolida a nossa posição de liderança em fundos de investimento e planos de pensões individuais. Em gestão de fundos de investimento imobiliário, obtém-se um patrimônio gerido de 3,3 bilhões de euros e uma quota de mercado de 51%, sendo líderes na Espanha. Em gestão alternativa, através da Optimal, nossa entidade especializada, o patrimônio gerido é de 4,2 bilhões de euros, com um acréscimo de 48% face a Na América Latina, o Santander posiciona-se como o primeiro grupo financeiro internacional por ativos geridos em fundos de investimento. Durante 2005, a Santander Private Equity criou o Fundo de Investimento Santander Infra-estruturas FCR, pelo valor de 184 milhões de euros, primeiro fundo especializado na Espanha para o investimento em infra-estruturas e a colaboração entre instituições públicas e iniciativas privadas. Santander Insurance A Santander Insurance distribui seguros aos seus clientes por meio das redes comerciais, utilizando, nos países em que o volume de negócio o justifique, seguradoras próprias para gerar produtos com rentabilidade garantida. O total de receitas gerado pelo negócio segurador no Grupo chega a 1,74 bilhão de euros, 153,8% acima do registrado em 2004 (+30,4% sem o Abbey). 25

30 Negócios Globais Banco de Grandes Clientes Global A Divisão do Banco de Grandes Clientes Global soma novos mercados e se consolida como uma unidade de negócio integrada Considerando a dimensão do Grupo e a crescente globalidade tanto de clientes como de mercados e produtos, o Santander decidiu, em 2005, acentuar o enfoque global do seu Banco de Grandes Clientes, incluindo as operações da América Latina e Portugal, visando fortalecer a sua posição competitiva. Adolfo Lagos Diretor Geral, Divisão Mercado Bancário de Grandes Clientes Global O Banco para Grandes Clientes Global realiza atividades do Mercado Bancário Corporativo, Mercado de Investimentos e Mercados. Está presente em 21 países e conta com profissionais. O Banco de Grandes Clientes alcançou um resultado, sem inclusão de impostos, de 1,069 bilhão de euros, o que traduz um crescimento de 22% face a 2004, sustentado na crescente contribuição dos negócios de valor agregado com clientes. O negócio está estruturado sobre três eixos: Clientes: corporativos e institucionais. Os principais clientes operam no âmbito do Modelo de Relação Global, concebido para lhes oferecer um serviço integrado de todos os produtos em todas as áreas geográficas. Produtos: serviços transnacionais globais, banco de investimento e mercados. Áreas geográficas: Espanha, Portugal e América Latina, especialmente Brasil, México e Chile. Os dois principais objetivos do Banco para Grandes Clientes Global são consolidar a sua presença em Portugal e na América Latina, assim como expandir progressivamente o negócio para a Europa de forma seletiva. Estas duas linhas de crescimento são concretizadas em diferentes projetos, em cada uma das áreas de negócio. No Mercado de Investimento, destaca-se o lançamento dos Projetos Triana e Pinar, que se destinam a satisfazer as necessidades de produtos de Corporate Finance e Structured Finance de clientes da rede comercial, e o Projeto Atlântico, que envolve a expansão do negócio de Project Finance para a Europa e os Estados Unidos. Na área de mercados, o Grupo conta com os Projetos Santander Global Connect (SGC), que proporciona soluções de gestão de risco a clientes da rede comercial na Espanha e Portugal, e o Santander Global Markets (SGM), direcionado a clientes institucionais e corporativos. Ambos os projetos registraram uma evolução favorável com crescimentos de vendas de derivados superiores a 100% no caso do SGC e de 30% no SGM. O Santander está aprofundando a integração global dos negócios do mercado de grandes clientes que mantém em cada país. Isso permitirá economias de escala e uma relação mais eficaz com os clientes. 26

31 O Santander Private Banking gera 24 bilhões de dólares de ativos O Santander está no Top 25 do Mercado Bancário Privado Global no mundo por ativos geridos José Manuel Maceda Diretor-Geral do Santander Private Banking Negócios Globais Mercado Bancário Privado O Santander Private Banking é a unidade do banco privado internacional do Grupo dedicada à assessoria financeira de pessoas e grupos familiares de alto patrimônio. A unidade gere 24 bilhões de euros de ativos em seus centros localizados em Miami (EUA), Genebra (Suíça) e Nassau (Bahamas). Em 2005, a evolução do negócio foi muito positiva, com um crescimento de 12% em volumes, de 15% da margem ordinária e de aproximadamente 25% do lucro atribuído. Negócios Globais Meios de Pagamento O quociente de eficiência, por sua vez, recuou de 46% para 43%. Estes resultados foram reconhecidos pela revista Euromoney, que nomeou o Santander Private Banking o Terceiro Melhor Banco Privado da América Latina. Incluindo o negócio do Mercado Bancário Privado dos diversos Bancos do Grupo, o Santander está no Top 25 do Banco Privado Global no mundo por ativos geridos. Em 2005, foi criada a Unidade Global de Cartões, Santander Cards Em 2005, a Santander Cards alcançou um volume de faturamento de 88,4 bilhões de euros, com um total de 49 milhões de cartões de crédito e débito emitidos. Ramón Tellaeche Diretor da Santander Cards Em 2005, foi criada a Unidade Global de Cartões, designada por Santander Cards. Esta Unidade Global de Cartões, dependendo diretamente do Administrador Delegado, gere com as unidades locais o desenvolvimento de produtos, gestão de informações, marketing relacional e gestão de riscos e canais. Todas estas medidas visam desenvolver e transferir as melhores experiências e aproveitar sinergias e economias de escala no nível do Grupo. Os resultados são excelentes. Foi ultrapassado o 1,266 milhão de euros na margem ordinária, com um crescimento de 26,3%. O investimento de crédito mantém um ritmo de crescimento superior a 50%, com um volume de mais de 5 bilhões de euros. O número de cartões cresceu de forma contínua, alcançando um total de 49 milhões de cartões de crédito e débito. 27

32 Visão e Modelo Global A presença do Santander em dois continentes e três zonas monetárias - euro, libra esterlina e dólar - proporciona uma vasta diversificação geográfica e de negócios. O Grupo combina uma sólida presença local com fortes capacidades globais, partilhadas por todas as unidades de negócio. Tecnologia Com a implantação da Partenón na Rede Santander em 2005 e no Abbey, Santander Totta e Santander Consumer Finance até o final de 2008, avança-se para uma plataforma tecnológica única. A Partenón permite oferecer uma visão integrada do cliente e, ao mesmo tempo, reduzir os custos. Na América Latina, a plataforma Altair continuou a sua implantação com a consolidação de sistemas e a eliminação de plataformas não estratégicas. O projeto Alhambra permitirá a convergência tecnológica entre a arquitetura Altair e a Partenón, e será a base da futura estratégia tecnológica do Santander. A Unidade Corporativa de Operações será a responsável pelo apoio à implantação da Partenón e à convergência tecnológica nos diferentes bancos do Grupo. Gestão do Risco O Santander tem um modelo comum de gestão do risco que se adapta às caraterísticas dos mercados locais. A função de riscos tem um alcance global que afeta os diferentes tipos de riscos e garante um tratamento único do cliente. A Comissão Delegada de Riscos estabelece as políticas de riscos e supervisiona os níveis de risco assumidos no Grupo. Desenvolveram-se ferramentas que permitem quantificar o perfil global do risco em termos de capital econômico, assim como a rentabilidade ajustada ao risco. Imagem e Marca A marca Santander, para a qual convergirão as unidades do Grupo em 2007, sintetiza a identidade, a essência e o posicionamento do Grupo, transmitindo uma realidade global independentemente da estratégia de cada mercado, canal ou produto. Ao longo de 2005, o Grupo continuou avançando na homogeneização da arquitetura de marcas, sendo um exemplo claro disso a nova marca do Abbey, que inclui a chama e a cor vermelha. Em 2006, a marca Santander Banespa será implantada no Brasil. No México, passaremos de Santander Serfin para Santander ao longo do ano. O Banesto, como exceção à marca única, manterá sua marca diferenciada. Qualidade de Serviço Em 2005, foi criada a Unidade Corporativa de Clientes, que desenvolve um novo modelo homogêneo em todos os países, baseado em métricas de clientes e de serviço. A orientação para o cliente é uma das chaves do modelo Santander. O nosso desafio é conseguir os níveis mais elevados de satisfação entre os nossos clientes como base para uma relação estável e duradoura. A orientação para o cliente está fundamentada em três grandes exigências: - Máxima qualidade de serviço e alto grau de conhecimento do cliente - Produtos e serviços inovadores, adaptados às necessidades do cliente - A melhor arquitetura tecnológica para facilitar respostas ágeis e eficazes aos clientes. 28

33 Gestão de Diretores Em 2005, foi estabelecido o Modelo de Gestão de Diretores, que define as bases do desenvolvimento do capital humano do Grupo. O modelo inclui a fixação formal de objetivos em todos os níveis, a avaliação anual do desempenho formal e individualizada e a remuneração diferenciada coerente com esta avaliação. Foi implantada uma estrutura de Diretores da qual uma parte, de caráter corporativo, é gerida por uma unidade especializada. O Centro Corporativo de Treinamento e Desenvolvimento é peça fundamental para o desenvolvimento dos Diretores do Grupo. Auditoria interna A Divisão de Auditoria Interna supervisiona o cumprimento e a eficácia dos sistemas de controle interno, assim como a confiabilidade e a qualidade da informação contabilística. Trabalha com uma metodologia global - auditada e referendada pela AENOR - em relação a todas as unidades e países. Compliance e Prevenção contra a Lavagem de Dinheiro O Grupo possui políticas, procedimentos, códigos de conduta e controles internos para a defesa de sua integridade e reputação e para o cumprimento rígido da legislação e dos padrões éticos aplicáveis. A estrutura de organização para a sua aplicação é homogênea em todo o Grupo: - Código Geral de Conduta, Código de Conduta nos Mercados de Valores e códigos específicos para atividades concretas, como análises de Bolsa, gestão de Instituições de Investimento Coletivo, etc. - Políticas e procedimentos para a prevenção da lavagem de dinheiro. - Procedimento de aprovação de novos produtos. Intervenção Geral e Controle de Gestão A Intervenção elabora a informação contábil consolidada do Grupo de acordo com as melhores práticas internacionais. Gere a relação com o supervisor bancário e estabelece as regras de implantação e aplicação das normas que regulam o sistema financeiro. O Controle de Gestão coordena a elaboração dos orçamentos das unidades e determina a contribuição de cada uma delas para o negócio global do Grupo, assim como grau de cumprimento dos seus objetivos. Gestão Financeira e do Capital Econômico A Gestão Financeira realiza uma administração global dos riscos estruturais de taxa de juro, taxa de câmbio, crédito e liquidez. A área define de forma centralizada as políticas e estratégias, mas delega sua execução às unidades de negócio local. Paralelamente, analisa e gere o capital econômico do Grupo, com o objetivo de distribuí-lo de forma eficiente entre as unidades de negócio em função de sua capacidade de criação de valor. Gestão de Compras O Modelo Global de Compras permite aproveitar as vantagens da escala e a diversidade do Grupo nos processos de negociação, contribuindo para a redução de custos. Em 2005, o Modelo Global foi totalmente implantado em sete países do Grupo, com um perímetro de compras de 1,9 bilhão de euros. A Área global de compras está estruturada em cinco categorias: Tecnologia e Telecomunicações, Publicidade e Marketing promocional, Serviços Externos, Fornecimentos e Infra-estruturas. Nos próximos três anos, o objetivo é gerar uma economia de 300 milhões de euros para o Grupo. 29

34 A rentabilidade anual acumulada das ações do Santander durante os últimos dez anos é de 17,44%, uma das mais altas do mercado 10 euros investidos em ações do Santander em 1995 representam 49,92 euros em 31 de dezembro de O dividendo cresce 25% face ao ano anterior, o maior aumento nos últimos dezessete anos. Do momento em que foi anunciada a compra, a ação passou a valer 43% mais.

35 As ações As ações do Santander valorizam-se 22,12% e o dividendo cresce 25% em relação a 2004 Em 31 de dezembro de 2005, o valor em Bolsa atinge os 69,735 bilhões de euros, colocando o Santander como a décima instituição financeira do mundo por capitalização em bolsa. José Antonio Álvarez Diretor-Geral, Divisão Gestão Financeira e Relações com Investidores As ações do Santander encerraram o exercício cotadas a 11,15 euros por título, o que revela um aumento de 22,12% face ao fim de 2004, acima dos índices das Bolsas de referência: o Ibex-35 espanhol, que valorizou 18,20%, o Dow Jones Euro Stoxx 50 (+21,27%) e o FTSE Euro Top 100 (+21,56%), que reúnem os 50 e 100 valores de maior capitalização na Europa, respectivamente. O valor do banco na bolsa, em 31 de dezembro de 2005, atinge os 69,735 bilhões de euros, o que o coloca como a décima instituição financeira do mundo por capitalização em bolsa, a quarta da Europa e a primeira da zona euro. O volume total de contratação de ações do Santander em 2005 totalizou 16,2264 bilhões de títulos, o que o transforma em um dos valores mais líquidos do Ibex espanhol, do FTSE Eurotop 100 e do Dow Jones EuroStoxx SAN Ibex-35 Euro Stoxx 50 Base 100: 26 de Julho de 2004 jul-04 ago-04 set-04 out-04 nov-04 dez-04 jan-05 fev-05 mar-05 abr-05 mai-05 jun-05 jul-05 ago-05 set-05 out-05 nov-05 dez-05 Quadro de pagamentos de dividendos por ação Euros Primeiro dividendo ,09296 Segundo dividendo ,09296 Terceiro dividendo ,09296 Quarto dividendo ,

36 Durante o ano de 2005, a cotação das as ações do Santander foi admitida em dois novos mercados: Londres, desde julho, e México, desde outubro. As ações do Santander estão cotadas nas quatro bolsas espanholas e nas de Londres, Nova Iorque, Milão, Lisboa, México e Buenos Aires. Rentabilidade das ações A remuneração direta ao acionista, na forma de dividendos com débito ao exercício de 2005, chegará a 0,4165 euros por ação, 25% acima do registrado no exercício de o maior aumento de dividendos nos últimos dezessete anos - distribuídos, como é habitual, em quatro pagamentos trimestrais, os três primeiros já realizados (agosto e novembro de 2005 e fevereiro de 2006), com um valor bruto de 0,09296 euros por ação cada um, e o quarto, que ocorrerá em maio de 2006, por um valor bruto de 0,13762 euros por título. A rentabilidade das ações do Santander na hipótese de reinvestimento de dividendos e aumentos de capital, caso ocorra é uma das mais elevadas do mercado nos últimos 10 anos. Como se depreende do seguinte quadro, 10 euros investidos em 1995 equivalem a 49,92 euros em 31 de dezembro de 2005, o que mostra uma rentabilidade acumulada de 399,20% (17,44% anual acumulada). O nosso objetivo a médio prazo é estar entre os primeiros Bancos do mundo em crescimento do lucro por ação e em rentabilidade total para o acionista. Planos de Poupança para acionistas Mais de acionistas se beneficiaram de produtos financeiros relacionados às ações do Santander em condições vantajosas, como o Plano de Reinvestimento do Dividendos, o Plano Jovem Acionista e a Conta Acionista, na Espanha; a Santander Shareholder Account, no Reino Unido; e Conta Acionista, em Portugal. O Plano de Reinvestimento do Dividendo, na Espanha, e a Santander Shareholder Account, no Reino Unido, oferecem aos acionistas a opção de reinvestir os dividendos que recebem em ações do próprio Banco. As caraterísticas especiais destes planos permitem que o investimento dos acionistas em ações do Santander cresça de uma forma automática e vantajosa. Na Espanha, existe também o Plano Jovem Acionista, com as mesmas caraterísticas, mas dirigido a um segmento mais jovem. Base acionista Ao final do exercício, a base acionista do Banco chega a acionistas, dos quais 99%, que detêm 31,26% do capital, são acionistas individuais, com um investimento médio de 811 ações, sendo os demais investidores institucionais. Não existe um acionista que, individualmente, tenha uma participação superior a 5%. O Conselho de Administração possui uma participação de 4,65%. Quadro de rentabilidade acumulada das ações do Santander % Ano de retirada Ano de entrada SAN 41,28 165,41 207,98 315,66 330,81 266,62 166,14 293,95 296,21 399,20 Ibex-35 45,22 109,30 189,36 247,76 177,25 160,66 92,36 151,89 203,08 267, SAN 87,86 117,99 194,21 204,93 159,50 88,38 178,84 180,44 253,34 Ibex-35 44,12 99,25 139,47 90,91 79,49 32,46 73,45 108,70 152, SAN 16,04 56,61 62,32 38,14 0,28 48,43 49,29 88,09 Ibex-35 38,25 66,16 32,47 24,54 (8,09) 20,35 44,81 75, SAN 34,96 39,88 19,04 (13,59) 27,91 28,65 62,09 Ibex-35 20,18 (4,19) (9,92) (33,52) (12,95) 4,74 26, SAN 3,65 (11,80) (35,97) (5,22) (4,68) 20,10 Ibex-35 (20,28) (25,05) (44,69) (27,57) (12,85) 5, SAN (14,90) (38,22) (8,56) (8,03) 15,87 Ibex-35 (5,98) (30,62) (9,15) 9,32 32, SAN (27,41) 7,45 8,07 36,16 Ibex-35 (26,20) (3,37) 16,28 40, SAN 48,03 48,88 87,57 Ibex-35 30,95 57,56 90, SAN 0,57 26,72 Ibex-35 20,33 45, SAN 25,99 Ibex-35 21,15 Fonte: Bloomberg Inclui valorização da ação + reinvestimento anual do dividendo bruto 32

37 As ações Gonzalo Milans del Bosch Diretor de Investimentos e Participações Eduardo Suárez Diretor de Estratégia e Relações com Investidores Vicente Iglesias Diretor da Área de Acionistas Distribuição do capital social por partes de ações Acionistas Ações % C.S , , , , ,83 Más de ,16 Total ,00 Distribuição geográfica do capital social % Europa América Outros Total Institucionais 58,83 9,67 0,24 68,74 Individuais 30,93 0,29 0,04 31,26 Total 89,76 9,96 0,28 100,00 Distribuição do capital social por tipo de acionistas % Conselho de Administração 4,65 Institucionais 64,59 Individuais 30,76 Total 100,00 33

38 Em 2005, o Santander desenvolveu um novo modelo de relação com os clientes e de qualidade Clientes Mercado Bancário Comercial Europa Continental Reino Unido América Latina Consumo Santander Consumer Finance Outros Gestores de Pensões Mercado Bancário Privado Banco de Grandes Clientes Global Total clientes MODELO BASEADO EM MÉTRICAS DE CLIENTES E QUALIDADE Métricas de Clientes: - crescimento de clientes vinculados - porcentagem de desistência de clientes Métricas de Qualidade - porcentagem de clientes satisfeitos - avaliação do tratamento e assessoria - avaliação dos tempos de espera - reclamações recebidas

39 Os nossos Clientes O novo Modelo de Clientes e Qualidade aumenta a satisfação e a vinculação A qualidade do serviço prestado aos 66 milhões de clientes que o Santander tem em todo o mundo é um dos pilares básicos da nossa estratégia. Clientes Clientes que abrangem todo o segmento do negócio financeiro particulares varejistas ou de banco privado, empresas e grandes corporações, entre outros e que exigem serviços de todo os tipos, desde os mais simples aos mais sofisticados e complexos. Para isso, contamos com diferentes canais de serviço: a agência mais de dez mil em todo o mundo, o internet banking e o banco pelo telefone. Em 2005, foi colocado em andamento o Modelo de Clientes e Qualidade, para promover novas formas de atuação, novos procedimentos e novas práticas e dar um salto qualitativo no atendimento ao cliente. Espanha A Rede Santander na Espanha concluiu, ao final de 2005, o seu Projeto Meta 100, que concentrará todas as ações destinadas a melhorar os níveis atuais de satisfação dos clientes. O Meta 100 é constituído por três grandes pilares: um indicador de orientação para o cliente que, considerando elementos que podem ser avaliados no campo da satisfação, crescimento de clientes vinculados e redução de reclamações, será um elemento chave na fixação de incentivos; uma metodologia de melhoria contínua das agências e uma ação permanente de comunicação e treinamento. No Banesto, seu modelo Q-10 o transformou na primeira instituição na Espanha a obter a marca AENOR de Qualidade de Serviço e Gestão da Satisfação de Clientes. O envolvimento das equipes comerciais é o fator chave do êxito do Q-10 como programa de melhoria contínua. Em Portugal, o Santander Totta implementou o seu modelo denominado Barômetro das Redes, que permitirá medir os crescimentos, a fidelidade e a satisfação dos clientes, assim como incentivar as agências com base nesses resultados. Reino Unido O Abbey implantou um sistema que tem como objetivo e incentiva a busca pela qualidade do serviço. Foi implementado um sistema de acompanhamento trimestral da satisfação dos clientes com os serviços prestados a partir das mais de 700 agências do banco no Reino Unido e que se estenderá ao meio telefônico e de intermediários financeiros. América Latina A Divisão América implantou um programa de qualidade homogêneo nos diferentes países do Grupo. No Brasil, o Programa A+, do Santander Banespa, vem tendo um impacto muito positivo no posicionamento competitivo do Banco, graças a ferramentas como o Painel de Clientes, dedicadas a melhorar o atendimento nas agências. No Chile, o Santander Santiago gere a qualidade do serviço por meio do Quadro de Comando de Sucursais, que combina variáveis como a taxa de desistência aos níveis de satisfação declarados pelos próprios clientes. 35

40 Os diretores convertem-se em exemplo e porta-vozes de valores e condutas corporativas Pedro Mateache Diretor-Geral, Divisão de Meios e Custos Jorge Maortua Diretor-Geral, Tesouraria Juan Guitard Diretor-Geral, Vice-Secretário Geral e do Conselho Joaquín Alzamora Diretor da Unidade Corporativa de Clientes Ana Bolado Diretora de Gestão de Recursos Diretivos José Luis Gómez Alciturri Diretor-Geral Adjunto, Área de Recursos Humanos Fermín Colomés Diretor-Geral Adjunto, Unidade Corporativa de Operações Juan Manuel Cendoya Diretor-Geral, Divisão de Comunicação e Estudos

41 Funcionários O Santander desenvolveu um modelo de treinamento global para todos os seus profissionais O Santander tem como objetivo o desenvolvimento de uma gestão de pessoal e equipes de conforme com sua posição competitiva e com suas aspirações em nível global. Desta forma, implementou um sistema de gestão de recursos executivos com dimensão corporativa e está desenvolvendo um modelo que assegure o equilíbrio entre a agilidade da gestão local e a coerência e integração da gestão corporativa. Centro de Desenvolvimento de Diretores Escolas Corporativas Funcionais Riscos Auditoria Banco de Grandes Clientes Global Asset Management... Centro de Integração 75 milhões de euros investidos em treinamento No exercício de 2005 foram implantadas novas Políticas Corporativas de Fixação de Objetivos em nível individual, e de Avaliação e Remuneração e Gestão Corporativa do Conjunto de Diretores do nível mais alto do Grupo. A peça chave nas políticas corporativas de Recursos Humanos é o Centro Corporativo de Treinamento El Solaruco, localizado na Cidade do Santander e inaugurado em abril de El Solaruco O Centro, denominado El Solaruco em homenagem ao tradicional centro de treinamento localizado em Santander, tem como missão melhorar e transformar as capacidades e competências dos diretores e profissionais do Grupo e, com isso, potencializar as prioridades de negócio e as vantagens competitivas do Santander. Os diretores do Santander começaram a ser, em 2005, e serão ainda mais no futuro, os agentes ativos do Centro Corporativo de Treinamento. Os programas para os membros do Top- 200 e de integração de novos profissionais contam com a participação dos diretores da hierarquia de topo do Grupo, que contribuem tanto com a sua experiência como com a sua capacidade de transmitir uma visão global do Grupo e dos seus desafios estratégicos. Com isso, os diretores se convertem em exemplo e porta-vozes de valores e condutas corporativas. Ponto de Encontro A partir do El Solaruco, pretende-se promover uma visão integrada do treinamento do Grupo, na qual se trocam experiências e se promove a cultura e os valores do Santander. Durante 2005, e desde a sua inauguração, passaram pelo Centro Corporativo de Treinamento profissionais de todos os países em que o Banco está presente, participando de programas de treinamento e outras atividades. Para cumprir com sua missão, o Centro Corporativo de Treinamento está estruturado em três centros fundamentais: O Centro de Desenvolvimento de Direção, que tem como objetivo o treinamento de apoio estratégico para níveis executivos do Grupo e o desenvolvimento dos profissionais ao longo da sua carreira. Em 2005, 80% dos diretores Top-200 realizaram treinamento no El Solaruco, e os 20% restantes o realizarão ao longo de As Escolas Corporativas funcionais, cuja missão é dar apoio aos processos de construção de negócios e atividades de suporte globais. O Centro de Integração, que facilita os processos de acolhimento de profissionais no nível global, coordenando procedimentos e conteúdos corporativos. Em 2005, mais de 500 pessoas participaram de programas de integração no El Solaruco. 37

42 A Cidade Grupo Santander conta com os últimos avanços tecnológicos

43 Cidade Grupo Santander A Cidade Grupo Santander obtém a certificação ambiental ISO A obtenção, em 2005, do ISO para a Cidade Grupo Santander, significa o ápice dos esforços realizados nos últimos anos para tornar a sede central do Grupo um local emblemático, a partir do qual se pretende promover o modelo de gestão, de responsabilidade social e de compromisso ambiental do Santander. Serafín Méndez Diretor-Geral, Imóveis e Segurança Uma Cidade adequada para trabalhar Possui os espaços adequados para acolher mais de profissionais, fomentando a comunicação interpessoal e o aumento da eficiência. Uma Cidade para fazer a vida mais fácil Conta com os melhores equipamentos para satisfazer as necessidades diárias dos funcionários, contribuindo para conciliar sua vida pessoal à profissional. Os melhores exemplos são a Creche com capacidade para 400 crianças e o Centro Esportivo El Sardinero, onde os profissionais do Grupo têm à sua disposição as mais modernas instalações esportivas. Uma Cidade tecnológica Uma Cidade tecnológica com os últimos avanços tecnológicos em postos de trabalho e rede de comunicações. Paralelamente, conta com dois centros de processamento de dados que garantem a máxima segurança às operações. Uma Cidade para o Treinamento O Centro de Treinamento El Solaruco é o ponto de encontro dos profissionais do Grupo e conta, além disso, com um Hotel residência com 160 lugares. Uma Cidade dotada de serviços médicos de primeiro nível O Centro Médico, que se encontra entre os mais avançados da Europa, tem os métodos e os aparelhos de diagnóstico mais inovadores. Além dos serviços de medicina ocupacional, oferece serviços de prevenção de riscos laborais e, inclusive, dos relacionados à alimentação. Uma Cidade ecológica e eficiente Os jardins da Cidade contam com uma grande diversidade de espécies. O bosque de oliveiras milenares, localizado na entrada principal, faz parte de um sistema ecológico de mais de arbustos e árvores, azinheiras, carvalhos, álamos, choupos-pretos e freixos. As medidas de eficiência e economia energética otimizam a despesa em energia e água por meio de sistemas inovadores, como coberturas vegetais, que isolam termicamente os edifícios. A reciclagem de papel e a eliminação de resíduos também contribuem para a proteção ambiental. Uma Cidade para a Arte No edifício Pereda, encontra-se a Sala de Arte, dedicada à conservação e à difusão do patrimônio artístico do Santander. A Sala de Arte ocupa m2 e oferece ótimas condições para a conservação de mais de mil obras catalogadas de pintura espanhola e européia, feitas entre o fim da Idade Média e os dias de hoje. A Cidade conta também com uma importante coleção de esculturas urbanas. 39

44 Os direitos dos acionistas e a transparência são os dois pilares da política de Governança Corporativa do Santander Alfredo Sáenz 2º Vice-Presidente e Administrador Delegado Emilio Botín Presidente Ignacio Benjumea Secretário-Geral Fernando de Asúa 1º Vice-Presidente Presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações Manuel Soto 4º Vice-Presidente Presidente da Comissão de Auditoria e Cumprimento Antonio Basagoiti Administrador Antonio Escámez Administrador

45 Governança Corporativa O Conselho promove o progresso do Santander no âmbito da Governança Corporativa O Santander considera uma prioridade estratégica antecipar-se às exigências do mercado e à legislação aplicável, o que exige um esforço constante de adaptação. Edifício Pereda Cidade Grupo Santander Primeira Assembléia com possibilidade de participação online: 18 de junho de 2005 A política de governança corporativa do Santander, promovida pelo Conselho de Administração, fundamenta-se sobre dois pilares: os direitos dos acionistas e a transparência, em torno dos quais se orienta a ação do Conselho de Administração na tomada de decisões e quanto à utilização da informação. Direito dos acionistas e igualdade de tratamento Temos 2,4 milhões de acionistas, um valor atingido por poucas empresas no mundo. Este universo acionista tão vasto é, ao mesmo tempo, um ponto forte e uma grande responsabilidade. Por isso, o Santander sempre considerou prioritário conceder um tratamento eqüitativo a todos os seus acionistas, eliminando, na Assembléia Geral, celebrada em junho de 2003, todas as medidas estatutárias de blindagem e tornando efetivo o princípio de uma ação, um voto, um dividendo. Além disso, o Santander insistiu, especialmente, em favorecer a participação dos acionistas na tomada de decisões e no reforço do controle destes sobre determinadas decisões de especial relevância. Transparência O Santander entende a transparência em uma dupla vertente: por um lado, trata-se de proporcionar aos mercados informação pontual sobre qualquer acontecimento que possa ter repercussão sobre a cotação dos valores emitidos pelo Grupo Santander; por outro, é preciso garantir que os acionistas disponham de todos os dados necessários para poderem tomar as suas decisões de forma consciente. Tudo para gerar confiança e segurança no mercado. Em 2005, o Banco Santander divulgou aos mercados 53 fatos relevantes. Paralelamente, manteve-se na liderança das boas práticas no que se refere à apresentação individualizada e detalhada pelas diversas rubricas da informação sobre remunerações dos Administradores. Por fim, a publicação de um relatório separado da Comissão de Auditoria e Compliance e da Comissão de Nomeações e Remunerações é complementada pela intervenção na Assembléia dos Presidentes de ambas as Comissões. Atuação do Conselho e suas Comissões Com sua atuação, o Conselho promove o progresso do Santander no âmbito da governança corporativa. A adequada composição do Conselho e suas Comissões, a sua atuação unitária, a manutenção de uma participação importante no capital do Grupo e a existência de um Regulamento do Conselho são fatores que asseguram o alinhamento de seus interesses aos dos outros acionistas. Além do exercício de auto-avaliação anual, com a assessoria de um perito externo, em 2005 foi colocado em andamento um programa de treinamento de Administradores com quatro módulos: (i) Mercados Financeiros; (ii) Governança Corporativa; (iii) Supervisão e Regulação e (iv) Informação Financeira. 41

46 A transparência gera confiança nos mercados O Santander esforçou-se, especialmente, para facilitar a participação dos acionistas e reforçar o seu controle sobre certas decisões de relevância especial Para favorecer a sua participação: Eliminação de todas as medidas estatutárias de blindagem Máximo respeito pelo princípio uma ação, um dividendo, um voto Uma única ação permite a participação na Assembléia Possibilidade de assistência remota à Assembléia por meios telemáticos Acionistas Possibilidade de delegar e votar à distância, por correio ou Internet Para reforçar o seu controle sobre determinadas decisões: Sujeição à Assembléia Geral da aprovação dos sistemas remuneratórios relacionados com a evolução da ação, independentemente do beneficiário Votação, de forma individualizada, das nomeações ou reeleições de Administradores Redução, de cinco para três anos, do prazo de validade da delegação de um Administrador para aumentar o capital 42

47 Reunião da Comissão Executiva 9 de fevereiro de 2006 Cidade Grupo Santander Boadilla del Monte Madri Transparência Publicação de relatórios independentes da Comissão de Auditoria e Compliance e da Comissão de Nomeações e Remunerações Apresentação individualizada e detalhada, pelos diferentes tópicos, da informação sobre remunerações dos Administradores Informação financeira periódica (Relatório Anual, Relatórios Trimestrais, Relatórios de Acionistas) Relatório Anual de Governança Corporativa Disponibilidade de toda a informação empresarial e financeira na página web do Grupo Reuniões informativas com acionistas institucionais e individuais Comunicação fluida por meio das áreas de Acionistas e de Relações com Investidores e Analistas Conselho de Administração Composição equilibrada do Conselho: 18 membros: sendo 5 executivos e 13 externos, dos quais 6 são independentes Comissões com capacidade de decisão: Comissão Executiva e Comissão Delegada de Riscos Comissões consultivas: Auditoria e Compliance, Nomeações e Remunerações, Tecnologia, Produtividade e Qualidade, e Internacional Programa avançado de treinamento dos administradores Deminor Rating* 8/10 Publicação, em 2005, de 53 acontecimentos relevantes Auto-avaliação anual com a assessoria de um perito externo * Deminor Rating é uma agência independente especializada no rating de sociedades cotadas no âmbito da Governança Corporativa. 43

48 Para o Santander, a Responsabilidade Social Corporativa é um elemento estratégico de gestão Escola Infantil Altamira Cidade Grupo Santander Limpeza de praias Porto Rico Sala de navegação Universia Jornadas de esqui adaptado Espanha Tire um peso de cima de si México Plano do Colégio ao Emprego Argentina

49 Responsabilidade Social Corporativa Universidades O ensino superior, pilar fundamental do nosso compromisso social Para o Santander, a obtenção de excelentes resultados econômicos está estreitamente ligada aos compromissos que mantém com seus grupos de interesse. Entrega de bolsas de estudos na Universidade de Salamanca 8 de março de 2005 Para o Santander, a Responsabilidade Social Corporativa é um elemento estratégico de gestão. O esforço de maior destaque do Banco, em termos de Responsabilidade Social Corporativa, centra-se no ensino superior, convencidos de que é a melhor forma de contribuir para o desenvolvimento social dos países em que estamos presentes. A este investimento são exigidos os mesmos requisitos de eficiência e eficácia de qualquer outro investimento do Banco. Santander Universidades O Santander desenvolve há nove anos o Santander Universidades, um programa de colaboração com as universidades na Espanha, Portugal e América Latina. As atividades do Santander Universidades são estruturadas em dois grandes eixos de ação acordos bilaterais de apoio ao ensino e pesquisa Universia Santander Universidades em números Acordos bilaterais O Santander mantém acordos de colaboração com 507 universidades e centros de pesquisas. Por meio destes acordos, subsidia programas docentes, de pesquisa e transferência de conhecimento, e de renovação tecnológica. Esta colaboração refletese em várias grandezas globais: Mais de estudantes e pesquisadores receberam bolsas e ajudas ao estudo 42 cátedras para desenvolvimento de pesquisa e docência 3 milhões de euros para o Unifondo I+D, um fundo de capital de risco que gere um consórcio de 16 universidades espanholas Contribuições para 7 parques científicos promovidos por universidades espanholas Mais de 2 milhões de carteiras universitárias do Santander 175 salas universitárias para navegação na Internet e a concessão de 16 prêmios a jovens empreendedores e à inovação empresarial na América Latina Universia O Universia é uma rede de cooperação e colaboração de 985 universidades da Espanha, Portugal e América Latina, a serviço do espaço latino-americano do conhecimento e da modernização da docência e da pesquisa. As 70 milhões de páginas visitadas por mês e os 3,5 milhões de utilizadores registrados transformam a página web do Universia no site acadêmico mais consultado da Internet. Entre os serviços de maior valor agregado que oferece, destacam-se o Portal de Emprego, a Biblioteca de Recursos de Aprendizagem e o OpenCourseWare, criado com o Massachusetts Institute of Technology (MIT). Por outro lado, o Santander colaborou com o desenvolvimento da Biblioteca Virtual Miguel de Cervantes, o maior canal de difusão da cultura hispanoamericana, ao disponibilizar mais de arquivos bibliográficos de forma gratuita na Rede. Em 2005, disponibilizou 88 milhões de documentos, sendo os dedicados a Cervantes e ao ano de Quixote os mais procurados. 45

50 Santander em foi um excelente ano para o Santander, que se consolidou como o primeiro banco da zona euro. Janeiro O Grupo Santander ingressa na família de índices europeus Dow Jones itraxx, atual referência do mercado de crédito na Europa. Venda da totalidade da participação acionária de 2,57% que o Grupo Santander detinha no Royal Bank of Scotland, com ganhos de 717 milhões de euros. O investimento envolveu, para o Santander, uma rentabilidade anual acumulada em 16 anos de 23,6% Fevereiro O Santander paga o terceiro dividendo referente aos resultados do exercício de 2004, no valor bruto de 0,083 euros por ação, 7,1% acima do seu equivalente no exercício anterior. O Grupo anuncia que obteve um resultado atribuído, em 2004, de 3,136 bilhões de euros (segundo os critérios NIIF, 3,606 bilhões de euros), com um aumento de 20% face a Março A Santander Consumer Finance adquire 100% do banco norueguês Bankia Bank ASA, por 54 milhões de euros. Criação do Comitê de Empresa Europeu do Grupo Santander. Abril Assina com os sindicatos na Espanha um acordo sobre conciliação entre vida familiar e profissional, para melhorar os direitos mínimos legais em aspectos como a flexibilidade horária, a redução da jornada de trabalho, as licenças maternidade ou para cuidar de familiares. Nomeação de Luis Ángel Rojo como membro do Conselho de Administração. Maio Pagamento do quarto dividendo referente aos resultados do exercício de 2004, no valor bruto de 0,0842 euros por título, 20% acima do seu equivalente no ano anterior. Assim, o dividendo total, com débito aos resultados de 2004, atinge 0,332 euros por ação, 10% acima da remuneração do exercício de Publicação dos resultados do primeiro trimestre do exercício, que chegam a 1,185 bilhão de euros de lucro atribuído, ultrapassando em 38,5% os números do mesmo período de Junho Em 18 de junho, realiza-se em Santander a Assembléia Geral Ordinária de Acionistas. Pela primeira vez, os acionistas tiveram a possibilidade de participar de forma remota, exercendo os seus direitos por meios telemáticos. Julho O Santander começa a ser cotado na Bolsa de Londres. A Endesa, o Santander e a Unión Fenosa obtêm um acordo com a Orange, filial da France Telecom, para a venda do negócio de telefonia móvel da Auna, Amena. Anúncio dos resultados do primeiro semestre, com um lucro atribuído de 2,551 bilhões de euros, superando em 35,2% os valores do primeiro semestre de Aquisição de 50,001 % do banco português Interbanco por 118 milhões de euros, no âmbito da aliança com a Soluções Automóvel Globais (SAG) para o desenvolvimento de negócios de financiamento de vendas de automóveis e renting em Portugal. 46

51 Agosto O Santander, a Endesa e a Unión Fenosa obtêm um acordo para a venda do negócio da Auna TLC à ONO. Pagamento do primeiro dividendo referente aos resultados de 2005, por um valor bruto de 0,09296 euros por ação, o que corresponde a um aumento de 12% face ao pago em agosto de Início de atividades do Santander Consumer UK no Reino Unido. Setembro O Santander acorda a venda à ACS da participação da Unión Fenosa, equivalente a 22,07% do seu capital, obtendo ganhos brutos de 1,157 bilhão de euros. O Santander converte-se, pela primeira vez, na empresa espanhola com maior valor em Bolsa. A ação Santander renova a sua cotação nos índices de investimento socialmente responsável Dow Jones Sustainability Index (DJSI) e FTSE4 Good. Outubro Acordo com o banco norte-americano Sovereign Bank Corp para a aquisição de 19,8% de seu capital. O investimento total aproximado do Santander no Sovereign é de 2,4 bilhões de dólares. Com esta aportação de capital, o Sovereign adquirirá o Independence Community Bancorp de Nova York. O Santander começa a ser cotado na Bolsa do México. Publicação dos resultados do Grupo até setembro, com um resultado atribuído de 3,878 bilhões de euros, superior em 36,8% ao lucro atribuído ordinário do mesmo período de Reunião do Conselho de Administração em Londres e anúncio do Plano trienal do Abbey. Novembro O Santander paga um dividendo, referente aos resultados de 2005, em um valor bruto de 0,09296 euros por ação, o que representa um aumento de 12% face ao período de novembro de Dezembro Obtenção do Certificado ISO para a Cidade Grupo Santander, em Boadilla del Monte (Madri). Principais Prêmios e Reconhecimentos em 2005 O Santander é nomeado pela revista Euromoney como Melhor Banco Global do Mundo, sendo a primeira instituição espanhola a obter tal reconhecimento. Também obtém o prêmio de melhor banco na Espanha, Portugal, Chile e Argentina. A revista The Banker nomeia o Santander como "Banco do Ano na Europa Ocidental". Também lhe foram conferidos os prêmios de Banco do Ano em Espanha, Argentina e Porto Rico. A revista Global Finance nomeia o Santander como Melhor Banco, Melhor Banco de investimento, Melhor Banco em Trade Finance e Melhor Banco de Subcustódia, na Espanha. Primeiro lugar no ranking das melhores companhias em relações com investidores, de acordo com a Institutional Investor, pelo segundo ano consecutivo. Banif, premiado como Melhor Banco Privado na Espanha pelo segundo ano consecutivo, segundo a revista Euromoney. Santander Asset Management, é eleita a segunda gestora mais rentável da Europa em 2004, segundo a Morgan Stanley. A Revista América Economia atribui ao Santander Santiago o prêmio de Melhor Banco da América Latina. 47

52 Relatório de Governança Corporativa I. A Governança Corporativa no Grupo Santander 49 II. Estrutura de propriedade 50 III. Estrutura de administração 53 IV. Operações conectadas, operações intragrupo e conflitos de interesse 64 V. A Assembléia Geral 66 VI. Informação e transparência, relação com o auditor Página web e outras informações 69 Este capítulo constitui a exposição dos elementos básicos de governança corporativa do Banco Santander Central Hispano, S.A. e a compilação dos dados fundamentais sobre esta matéria referentes ao ano de Embora esta seção contenha grande parte da informação e dos dados abordados no Relatório Anual de Governança Corporativa (que será elaborado em conformidade com a lei e estará à disposição dos Acionistas), o seu conteúdo não é idêntico, pelo que se chama a atenção para a existência do referido Relatório Anual de Governo Corporativo, para o direito dos Acionistas de dispor do mesmo na forma legalmente prevista, assim como para a conveniência da sua leitura. O referido relatório pode ser consultado na seção do menu principal Informação aos Acionistas e Investidores" da página web corporativa do Grupo Santander (

53 Governança Corporativa Temos uma excelente governança corporativa, baseada na transparência e rigor contábeis, bem como um Conselho de Administração excepcional, que é a garantia de uma boa administração e da capacidade de decisão e de liderança. Emilio Botín, Presidente Assembléia Geral de Acionistas, 18 de junho de 2005 I. A Governança Corporativa no Grupo Santander 1. O princípio essencial: Uma ação, um voto, um dividendo No Santander, articulamos a nossa governança corporativa com base num princípio que, para nós, é fundamental: Uma ação, um voto, um dividendo. Como resultado prático deste princípio, existe uma única categoria de ações (ordinárias), que confere a todos os seus titulares direitos idênticos, concorrendo, além disso, as seguintes circunstâncias: (i) ausência de ações sem voto ou de ações com voto plural; (ii) inexistência de privilégios na distribuição do dividendo; (iii) possibilidade de comparecer às Assembléias e votar, sendo titular de uma única ação; e (iv) exclusão de limitações ao número de votos que um mesmo acionista pode proferir. 2. Mecanismos básicos na governança corporativa do Grupo Santander - O conjunto de normas que regulam a participação dos acionistas no Banco, sendo de especial relevância as referentes ao exercício dos seus direitos e à promoção da sua participação por ocasião das Assembléias Gerais. Basicamente, constam dos Estatutos e do Regulamento da Assembléia Geral. - O regulamento do Conselho de Administração e suas Comissões, tanto nos seus aspectos funcionais como na fixação dos deveres e obrigações dos Administradores. Esta matéria está contida, essencialmente, nos Estatutos e no Regulamento do Conselho, que inclui também o regulamento das suas Comissões. - As normas internas que contêm uma série de princípios e regras concretas de atuação relativos ao funcionamento relacionado com os mercados de valores (do Banco como emissor de valores e sociedade cotizada, bem como das unidades que prestam serviços neste mercado). Estão contidos no Código de Conduta nos Mercados de Valores. - Finalmente, são igualmente uma parte essencial destes mecanismos os instrumentos utilizados para melhorar informação prestada aos acionistas e investidores (as contas anuais, o Relatório Anual, a informação pública periódica, o Relatório Anual de Governança Corporativa e a página web do Grupo) e os processos destinados a fazer com que essa informação seja precisa, completa e disponibilizada em tempo útil e de maneira uniforme a todos os acionistas. A adequação dos processos para a elaboração da informação do Banco inclui também tudo o que está vinculado à relação com o Auditor de Contas. 3. Evolução recente O Grupo Santander pretende estar sempre na vanguarda em termos de governança corporativa na Espanha. Nenhuma outra empresa do nosso país adotou um conjunto de medidas tão completo. Entre as adotadas, destacam-se as seguintes: 49

54 - A máxima transparência na informação sobre remunerações, por meio da apresentação, desde 2002, do detalhamento individualizado sobre a remuneração dos Administradores, incluindo os executivos, a todos os títulos. Além disso, desde 2004 o Relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações inclui uma síntese dos termos e condições dos contratos existentes com os Administradores executivos. - A eliminação total das intituladas medidas de blindagem nos Estatutos, bem como a supressão do número mínimo (100) de ações para comparecer à Assembléia Geral. Estas medidas foram aprovadas nas Assembléias Gerais ordinárias de 2003 e 2004, respectivamente. - A presenca remota e o voto telemático nas Assembléias Gerais. Por ocasião da realização da Assembléia Geral ordinária de 2005, os acionistas do Banco tiveram, pela primeira vez, a possibilidade de participar da mesma de forma remota, exercendo os seus direitos por meios telemáticos. Esta medida soma-se às que já haviam sido implementadas em Assembléias anteriores, como a disponibilização aos acionistas, nas Assembléias realizadas em 2004, da possibilidade de voto telemático à distância e da delegação telemática, medidas que, no seu conjunto, enquadram-se no desenvolvimento de um esforço permanente para facilitar e promover a participação informada dos acionistas na Assembléia. - A intervenção, nas últimas Assembléias Gerais ordinárias do Presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações, além da do Presidente da Comissão de Auditoria e Compliance, à semelhança do que se fez pela primeira vez na Assembléia Geral de O voto independente para cada proposta de ratificação de Administradores nomeados por cooptação e para cada proposta de reeleição de Administradores, realizado pela primeira vez na Assembléia Geral ordinária de Na convocatória da referida Assembléia, os perfis profissionais dos candidatos propostos para nomeação foram divulgados na página web do Grupo desde a data de publicação da convocatória. - A implementação, em 2005, de um programa avançado de treinamento para Administradores cujo objetivo é atualizar os seus conhecimentos sobre as novas tendências dos mercados financeiros, conhecer as melhores práticas em governança corporativa das grandes corporações de caráter global e rever os mecanismos internos de controle, em linha com os novos esquemas de supervisão e regulamentação aplicáveis ao Grupo. - A auto-avaliação do Conselho que, dirigida por consultores externos, teve início em 2005 e que, em 2006, incluirá a avaliação individualizada do Presidente, do Administrador Delegado e demais Administradores. A exemplo dos anos anteriores, a instituição independente Deminor avaliou as práticas de governança corporativa do Grupo. O índice atribuído foi de 8/10. Na página 71 deste Relatório Anual é apresentada informação mais detalhada sobre o índice atribuído. II. Estrutura de propriedade 4. Número de ações. Distribuição e participações relevantes - Número e distribuição Em 31 de dezembro de 2005, o capital social do Banco era representado por ações. No exercício de 2005 não se realizou qualquer operação que tenha afetado o número de ações ou o capital social. Na página 33 do presente Relatório Anual são apresentados diversos quadros que refletem a distribuição do capital social de acordo com distintos critérios. - Participações relevantes Em 31 de dezembro de 2005, nenhum acionista detinha participações significativas, entendidas como tais as superiores a 5% do capital social ou as que permitem uma influência importante sobre o Banco (*). A participação da Chase Nominees Limited, da EC Nominees Limited e do State Street Bank, de 7,47%, 6,36% e 5,48% respectivamente, as únicas superiores a 5%, eram-no em razão de seus respectivos clientes, sem que o Banco tenha conhecimento de que algum deles detenha individualmente uma participação igual ou superior a 5%. Tendo em conta o número atual de membros do Conselho de Administração (18), a porcentagem de capital necessário para ter direito a nomear um Administrador seria - nos termos do previsto no artigo 137 da Lei das Sociedades Anônimas - 5,56%, valor que nenhum acionista atinge. 5. Acordos parassociais e outros acordos relevantes Em fevereiro de 2006, foi comunicado ao Banco a celebração de um acordo parassocial entre vários acionistas. A celebração do acordo foi também comunicada à Comissão Nacional do Mercado de Valores, tendo sido depositado o documento em que consta o referido acordo, tanto no Registro do referido organismo regulador como na Junta Comercial da Cantábria. O acordo foi subscrito pelo Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, Sra. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, Sr. Francisco Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, Simancas, S.A., Puente San Miguel, S.A. (*) Informação recolhida, para efeitos do Relatório Anual de Governança Corporativa, na Portaria Ministerial ECO/3722/

55 Governança Corporativa Puentepumar, S.L., Latimer Inversiones, S.L. e Cronje, S.L. Unipersonal, e contempla o agrupamento de ações do Banco das que os signatários são titulares ou sobre as que têm o direito de voto outorgado. Mediante o acordo de agrupamento e o estabelecimento de restrições à livre transmissão das ações e da regulação do exercício do direito de voto inerente às mesmas, pretende-se que a representação e a intervenção dos membros do Grupo, na qualidade de acionistas do Banco, sejam realizadas sempre de forma acordada, com o objetivo de desenvolver uma política comum duradoura e estável, assim como uma presença e representação efetivas e unitárias nos órgãos sociais do Banco. O agrupamento compreende um total de ações do Banco (0,710% do seu capital). Além disso, e conforme o estabelecido na Disposição 1ª do acordo de agrupamento, esta abrangerá, exclusivamente no que se refere ao exercício dos direitos de voto, a outras ações do Banco que, futuramente, encontrem-se sob a titularidade direta ou indireta dos signatários, ou relativamente às quais estes tenham atribuídos os direitos de voto, de maneira que, na presente data, estão igualmente abrangidas pelo Grupo outras ações (0,038 % do capital social do Banco). A presidência do Grupo compete à pessoa que exercer o mesmo cargo na Fundação Marcelino Botín e que, no presente momento, é o Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos. Os membros do Grupo estão obrigados a associar e agrupar os direitos de voto e demais direitos políticos inerentes das ações reunidas, de modo que o exercício dos referidos direitos e, em geral, a atuação dos membros do Grupo face ao Banco se realize de forma acordada e em cumprimento das instruções e indicações e dos critérios e sentido de voto, necessariamente unitário, que emanarem do Associado, sendo, para esse fim, a representação das referidas ações atribuída ao Presidente do Grupo como representante comum dos membros do Grupo. Salvo no que concerne às transmissões realizadas a favor de outros membros do Grupo ou a favor da Fundação Marcelino Botín, a autorização prévia da Assembléia do Grupo, que poderá autorizar ou rejeitar livremente a transmissão proposta, será obrigatória. 6. Auto-carteira - Dados fundamentais Em 31 de dezembro de 2005, as ações em auto-carteira chagavam a , representativas de 0,077% do capital social, enquanto em 31 de dezembro de 2004 totalizavam , o que representava, na referida data, 0,247% do capital social. O quadro seguinte apresenta a média mensal das porcentagens de auto-carteira em 2005 e a sua comparação com Média mensal de auto-carteira Mês Variação 2005/2004 Janeiro 0,702% 0,442% 58,74% Fevereiro 0,294% 0,697% -57,84% Março 0,161% 0,630% -74,41% Abril 0,147% 0,722% -79,67% Maio 0,143% 0,717% -80,08% Junho 0,057% 0,466% -87,82% Julho 0,069% 0,796% -91,31% Agosto 0,261% 1,395% -81,28% Setembro 0,307% 1,211% -74,62% Outubro 0,123% 0,462% -73,30% Novembro 0,121% 0,381% -68,33% Dezembro 0,075% 0,577% -87,00% Nota: na página 287 do presente Relatório Anual, inclui-se mais informação sobre este tema. - Habilitação A habilitação vigente para a realização de operações de auto-carteira resulta da 5.ª deliberação aprovada pela Assembléia Geral realizada no último dia 18 de junho de 2005, cuja alínea II) determina o seguinte: Conceder autorização expressa para que Banco e as Sociedades filiais que integram o Grupo possam adquirir ações representativas do capital social do Banco por meio de qualquer título oneroso admitido em Direito, dentro dos limites e dos requisitos legais, até atingir um máximo somadas às que já se detêm de ações ou, se for o caso, do número de ações equivalente a 5% do capital social existente em cada momento, integralmente quitadas, a um preço por ação mínimo do nominal e máximo de até 3% acima da cotação no Mercado Contínuo das Bolsas espanholas (incluindo o mercado de blocos) na data de aquisição. Esta autorização só poderá ser exercida no prazo de 18 meses a contar da data da realização da Assembléia. A autorização inclui a aquisição de ações que, caso seja necessário, tenham que ser entregues diretamente aos trabalhadores e administradores da Sociedade, bem como em conseqüência do exercício de direitos de opção de que aqueles forem titulares. - Política de auto-carteira O Conselho de Administração, na sua reunião de 18 de junho de 2005, aprovou uma nova deliberação sobre o regulamento formal da política de auto-carteira, com o seguinte teor: 51

56 1. As operações de compra e venda de ações próprias, pela Sociedade ou pelas sociedades por ela indicadas, obedecerão, em primeiro lugar, ao previsto na legislação vigente e às deliberações da Assembléia Geral de acionistas sobre o assunto. 2. A operação sobre ações próprias visará o seguinte: - Disponibilizar no mercado de ações do Banco liquidez ou fornecimento de valores, conforme for adequado. - Aproveitar, em benefício do conjunto de acionistas, as situações de fraqueza no preço das ações relativamente às perspectivas de evolução a médio prazo. 3. As operações de auto-carteira serão realizadas pelo Departamento de Investimentos e Participações, isolado como área separada e protegido pelas barreiras correspondentes, para que não disponha de nenhuma informação privilegiada ou relevante. Para conhecer a situação do mercado de ações do Banco, o referido Departamento poderá recolher dados dos membros do mercado que considerar oportuno, embora as operações normais no mercado contínuo devam ser executadas por meio de um único mercado. Nenhuma outra unidade do Grupo realizará operações sobre ações próprias, com a única exceção indicada no ponto 7 seguinte. 4. As ordens de compra deverão ser realizadas a um preço igual ou inferior ao da última transação realizada no mercado por pessoas independentes. As ordens de venda deverão ser realizadas a um preço igual ou superior ao da última transação realizada no mercado por pessoas independentes. 6. As regras contidas nos pontos 4 e 5 anteriores não serão aplicáveis às operações de auto-carteira realizadas fora de hora ou no mercado de grandes volumes de negociação. 7. As regras contidas nos pontos 2 a 5 anteriores não serão aplicáveis às eventuais aquisições de ações próprias efetuadas pelo Banco ou sociedades do seu Grupo no desenvolvimento de atividades de cobertura de carteiras, intermediação ou cobertura para clientes. 8. A Comissão Executiva receberá informação periódica sobre a atividade de auto-carteira. Além disso, quando se considere a realização de operações que, devido ao seu volume ou outras características, o aconselhem e, em qualquer caso, for afetado mais de 0,5% do capital social, o responsável pelo referido Departamento deverá consultar o Presidente ou o Administrador- Delegado antes da sua execução. 7. Deliberações em vigor relativas à eventual emissão de novas ações ou de obrigações convertíveis em ações As deliberações 6.ª e 7.ª, aprovadas na Assembléia Geral de acionistas de 18 de junho de 2005 e a deliberação 10.ª aprovada na Assembléia Geral de acionistas de 21 de julho de 2003, contêm as decisões de emissão ou autorização ao Conselho de Administração para emitir ações ou obrigações convertíveis em ações do Banco. As referidas deliberações podem ser consultadas na página web do Grupo ( sob o título "Assembléia Geral" na seção "Informação a Acionistas e Investidores" e na página web da Comissão Nacional do Mercado de Valores, como Fatos Relevantes números e Não poderão ser realizadas no mercado ordens simultâneas de compra e venda. Genericamente, a operação de auto-carteira não ultrapassará 25% do volume negociado de ações do Banco no mercado contínuo. Em circunstâncias excepcionais, este limite poderá ser ultrapassado, caso em que o Departamento de Investimentos e Participações deverá informar tal situação na sessão seguinte da Comissão Executiva. 52

57 Governança Corporativa III. Estrutura de administração 8. Informação Geral Na página seguinte, apresenta-se um quadro com informação sobre a composição, cargos e estrutura do Conselho e suas Comissões, assim como sobre as participações dos Administradores no capital social do Banco. 9. O Conselho de Administração - Função O Conselho de Administração determina como núcleo da sua missão a função de supervisão do Grupo, delegando a gestão corrente do mesmo aos correspondentes órgãos executivos e nas diversas equipes de direção. Este princípio está expressamente previsto no Regulamento do Conselho (artigo 3.º). Não obstante, o Regulamento reserva ao Conselho, sem possibilidade de delegação, a aprovação de estratégicas gerais, a identificação dos principais riscos, a implantação e o acompanhamento dos sistemas de controle interno e de informação, a aprovação da política no âmbito da autocarteira, a determinação das políticas de informação e comunicação com o mercado, a aquisição e alienação dos ativos mais importantes, a nomeação e, caso se aplique, a destituição dos Administradores executivos e demais componentes da Alta Direção, assim como a fixação da remuneração correspondente às suas respectivas funções. O Conselho tem um conhecimento contínuo e completo da evolução das diversas áreas de negócio do Grupo por meio dos relatórios que em todas as reuniões do mesmo o Administrador Delegado apresenta, bem como em função da lista de assuntos a serem abordados deliberada pelo próprio Conselho para cada ano, os apresentados por Administradores executivos e demais responsáveis por áreas de negócio que não são administradores, incluindo os das unidades do Grupo no exterior. - Número de Conselheiros Os Estatutos Sociais (artigo 30.º) determinam que o número máximo de Administradores seja de 30 e o mínimo, de 14. O Conselho da Sociedade é atualmente constituído por 18 Administradores, número que a instituição considera adequado para garantir a devida representatividade e o eficaz funcionamento do seu Conselho, cumprindo assim o previsto no Regulamento do Conselho de Administração. Está prevista a apresentação para aprovação da próxima Assembléia Geral, a alteração do artigo 30.º dos Estatutos, com vista a reduzir para 22 o número máximo de 30 Administradores que consta atualmente daquele, mantendo-se o número mínimo em Composição e cargos. Experiência A unidade do Conselho é fundamental no momento de determinar a sua composição. Todos os Administradores devem agir no interesse da Sociedade e dos seus acionistas e têm a mesma responsabilidade pelas decisões do Conselho. O critério que orienta a atuação do Conselho é o de maximizar o valor da empresa a longo prazo, respeitando sempre a normativa vigente e em conformidade com os critérios, os valores e os modelos de conduta de aceitação geral. O Conselho entende que a independência deve ser, por regra, aplicada a todos os Administradores e estar fundada na solvência, integridade e profissionalismo de cada um deles. Consequentemente, a distinção é estabelecida entre Administradores executivos (de acordo com o artigo 5.º do Regulamento do Conselho são executivos o Sr. Emilio Botín- Sanz de Sautuola y García de los Rios, o Sr. Alfredo Sáenz Abad, Matías Rodríguez Inciarte, a Sr. Ana Patricia Botín - Sanz de Sautuola y O Shea e o Sr. Francisco Luzón López) e Administradores externos sendo que, dentro de estes últimos, entre não-independentes e independentes. Porém, em linha com os critérios dos Relatórios de Olivença e Aldama, a Sociedade adota o conceito de Administrador independente, definindo-o no referido artigo 5.º do Regulamento do Conselho. São considerados independentes os Administradores externos ou não-executivos que: (i) não sejam nem representem acionistas capazes de influenciar no controle da Sociedade; (ii) não tenham desempenhado nos últimos três anos cargos executivos na mesma; (iii) não estejam ligados por razões familiares ou profissionais a Administradores executivos; ou (iv) não tenham ou tenham tido relações com a Sociedade ou o Grupo que possam afetar a sua independência. O Conselho, apreciando as circunstâncias de cada caso, mediante relatório prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações, considera que os seguintes Administradores são externos independentes: Sr. Fernando de Asúa Alvarez, Sr. Manuel Soto Serrano, Sr. Guillermo de la Dehesa Romero, Sr. Abel Matutes Juan, Sr. Luis Angel Rojo Duque e Sr. Luis Alberto Salazar-Simpson Bos. Desde 2002, que o critério seguido pela Comissão de Nomeações e Remunerações e o Conselho de Administração como condição necessária, mas não suficiente, para designar ou considerar um Administrador como externo não independente, é que detenha, pelo menos, 1% do capital do Banco. Com base nestes critérios, os seguintes Administradores são externos não-independentes: Assicurazioni Generali, S.p.A., Sr. Javier Botín Sanz de Sautuola y O'Shea e Mutua Madrileña Automovilista. 53

58 O Sr. Rodrigo Echenique Gordillo e o Sr. Antonio Escámez Torres são Administradores externos sem estatuto de nãoindependentes que, pelo fato de prestarem serviços remunerados ao Banco, diferentes dos de direção e supervisão colegiadas próprios do seu estatuto de simples Administradores, segundo o parecer do Conselho de Administração, mediante relatório prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações, não são independentes. Na mesma situação se encontra Lorde Burns, que, na qualidade de Presidente não-executivo do Abbey National recebe uma remuneração à margem da que a que tem direito como simples Administrador do Banco Santander, e o Sr. Antonio Basagoiti García-Tuñon, pelo fato de ter recebido do Banco Santander uma remuneração pelo trabalho desenvolvido no Conselho da Unión Fenosa no tempo em que pertenceu ao mesmo por proposta do Banco (ver a página 200, nota 5). De fato, dos 18 Administradores que constituem atualmente o Conselho de Administração, 5 são executivos e 13 externos. Dos 13 Administradores externos, 6 são independentes, 3 não-independentes e 4 não têm o estatuto, segundo o Conselho, de não-independentes nem de independentes. A trajetória profissional dos Administradores, resumida nesta seção, é ampla e comprovada em atividades financeiras e Composição e estrutura do Conselho de Administração Conselho de Administração Presidente 1º Vice-Presidente 2º Vice-Presidente 3º Vice-Presidente 4º Vice-Presidente Vogais Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos Fernando de Asúa Álvarez Alfredo Sáenz Abad Matías Rodríguez Inciarte Manuel Soto Serrano Assicurazioni Generali S.p.A., representada por M. Antoine Bernheim Antonio Basagoiti García-Tuñón Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Lorde Burns (Terence) Guillermo de la Dehesa Romero Rodrigo Echenique Gordillo Antonio Escámez Torres Francisco Luzón López Abel Matutes Juan Mutua Madrileña Automovilista, representada por D. Luis Rodríguez Durón Luis Ángel Rojo Duque Luis Alberto Salazar-Simpson Bos Total Secretário-Geral e do Conselho Vice-Secretário Geral e do Conselho Ignacio Benjumea Cabeza de Vaca Juan Guitard Marín D: Não-independente,, I: Independente, V: Vice-Presidente da Comissão, P: Presidente da Comissão. 54

59 Governança Corporativa bancárias. Ressaltando-se que seis Administradores são ou foram presidentes de grandes bancos espanhóis ou estrangeiros. O Conselho de Administração da Sociedade entende ser de grande importância para o seu trabalho que conte com uma representação de 4,650% do capital social da Instituição no fim do exercício de 2005, uma porcentagem que deve ser considerada à luz da sua capitalização em bolsa que, em 31 de dezembro de 2005, chegava a bilhões de euros. O Presidente do Banco é executivo porque, nos termos dos Estatutos e do Regulamento do Conselho (artigos 34 e 7.1, respectivamente), é o superior hierárquico da Sociedade e lhe foram delegados todos os poderes delegáveis em conformidade com a Lei, os Estatutos e o Regulamento do Conselho. O Conselho de Administração conta com quatro Vice-Presidentes: um 1.º Vice-Presidente, que é externo independente, preside à Comissão de Nomeações e Remunerações, e funciona como coordenador dos Administradores desta categoria; dois Vice-Presidentes executivos: um 2.º Vice-Presidente, que é o Administrador- Delegado, e um 3.º Vice-Presidente, que preside à Comissão Delegada de Riscos; e um 4.º Vice-Presidente, que é externo independente e preside à Comissão de Auditoria e Compliance. Executivo Externo 1.Comissão executiva 2.Comissão Delegada de Riscos Comissões 3.Comissão de Auditoria e Compliance 4.Comissão de Nomeações e Remunerações 5.Comissão Internacional 6.Comissão de Tecnologia, Produtividade e Qualidade Direta Participação no Capital Social Indireta Ações representadas Total % do Capital Social I I D D I I D I I P P P ,162* V P , ,026 P ,011 P , , , ,000* ,000** , , , , , , , , , ,650 (*) Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos tem atribuído o direito de voto na Assembléia Geral de ações de propriedade da Fundação Marcelino Botín (1,30% do capital), de ações cuja titularidade corresponde ao Sr. Jaime Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, de ações cuja titularidade corresponde à Sra. Paloma O Shea Artiraño, de ações cuja titularidade corresponde ao Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, de ações cuja titularidade corresponde à Sra. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea e de ações cuja titularidade corresponde ao Sr. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea. Portanto, neste quadro faz-se referência à participação direta e indireta de cada um destes três últimos que são Administradores da Instituição, embora na coluna relativa à porcentagem sobre capital social, as referidas participações sejam computadas em conjunto com as que pertencem ou são igualmente representadas pelo Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos. (**) Sr. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea tem o estatuto de Administrador não-independente pelo fato de representar no Conselho de Administração 2,162% do capital social correspondente à participação da Fundação Marcelino Botín, o Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, a Sra. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, o Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea, o Sr. Jaime Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos, a Sra. Paloma O Shea Artiñano e a sua própria. 55

60 A seguir, apresenta-se um quadro em que se resume a idade, antiguidade e currículo dos Administradores: Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola y García de los Ríos Presidente Administrador executivo 1934 Ingressou no Conselho em 1960 Graduado em Ciências Econômicas e Direito Outros cargos relevantes: Administrador não-executivo do Shinsei Bank Limited. Sr. Alfredo Sáenz Abad 2.º Vice-Presidente e Administrador-Delegado Administrador executivo 1942 Ingressou no Conselho em 1994 Graduado em Ciências Econômicas e Direito Outros cargos relevantes: foi Administrador-Delegado e 1º Vice- Presidente do Banco Bilbao Vizcaya e Presidente de Banesto Atualmente, é Vice-Presidente não-executivo da Compañía Española de Petróleos (CEPSA) e Administrador não-executivo da San Paolo IMI S.p.A. Paralelamente, é Administrador da France Telecom Operadores de Telecomunicaciones Sr. Fernando de Asúa Álvarez 1.º Vice-Presidente e Presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações Administrador externo (independente) 1932 Ingressou no Conselho em 1999 Bacharel em Ciências Econômicas e Informática, Graduado em Business Administration e Matemáticas Outros cargos relevantes: foi Presidente da IBM España da qual é presentemente Presidente Honorário. É Administrador nãoexecutivo da Compañía Española de Petróleos (CEPSA). Sr. Matías Rodríguez Inciarte 3.º Vice-Presidente e Presidente da Comissão Delegada de Riscos Administrador executivo 1948 Ingressou no Conselho em 1988 Graduado em Ciências Econômicas e Técnico Comercial e Economista do Estado Outros cargos relevantes: foi Ministro da Presidência ( ). É Administrador externo do Banco Español de Crédito (Banesto) e Administrador não-executivo de Financiera Ponferrada Sr. Manuel Soto Serrano 4.º Vice-Presidente e Presidente da Comissão de Auditoria e Compliance Administrador externo (independente) 1940 Ingressou no Conselho em 1999 Graduado em Ciências Econômicas e Empresariais Outros cargos relevantes: é Vice-Presidente não-executivo da Indra Sistemas e Administrador não-executivo da Corporación Financiera Alba. Foi Presidente do Conselho Mundial da Arthur Andersen e Diretor para EMEA e Índia da mesma sociedade Sr. Antonio Basagoiti García-Tuñón Administrador externo 1942 Ingressou no Conselho em 1999 Bacharel em Direito Outros cargos relevantes: é Vice-Presidente da Faes Farma e Administrador não-executivo da Pescanova Foi Presidente da Unión Fenosa Assicurazioni Generali S.p.A. Administrador externo (não-independente) Ingressou no Conselho em 1999 Para o exercício das funções próprias do cargo está representada pelo Sr. Antoine Bernheim Sr. Antoine Bernheim 1924 Graduado em Ciências e Ciências. Pós-graduação em Direito Privado e Público. Outros cargos relevantes: ingressou no Conselho da Assicurazioni Generali em 1973, sendo nomeado Vice-Presidente em 1990 e Presidente de 1995 a A partir de 2002, assumiu um novo mandato de Presidente da Assicurazioni Generali. Foi Vice-Presidente e Administrador da Mediobanca (de 1988 a 2001) e Senior Partner da Lazard Frères & Cie (de 1967 a 2000). Desde 2000 que é sócio da Lazard LLC. O Sr. Antoine Bernheim é detentor dos seguintes títulos: Grand Officier de la Legion d'honneur de França, Grand'Ufficiale da Ordem do Presidente da República Italiana e Comendador da Ordem do Cruzeiro do Sul do Brasil. Sr. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Administrador externo (não-independente) 1973 Ingressou no Conselho em 2004 Bacharel em Direito Outros cargos relevantes: é Administrador Sócio-Diretor da M&B Capital Advisers, Sociedad de Valores, S.A. Sra. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Administradora executiva 1960 Ingressou no Conselho em 1989 Graduada em Ciências Econômicas Outros cargos relevantes: é Presidente do Banesto, Vice- Presidente da Inmobiliaria Urbis, S.A. e Administradora nãoexecutiva da Assicurazioni Generali S.p.A. 56

61 Governança Corporativa Sr. Guillermo de la Dehesa Romero Administrador externo (independente) 1941 Ingressou no Conselho em 2002 Técnico Comercial e Economista do Estado Outros cargos relevantes, foi: Secretário de Estado de Economia, Secretário-Geral de Comércio, Administrador-Delegado do Banco Pastor e, atualmente é Administrador não-executivo da Campofrío Alimentación, Unión Fenosa e Telepizza, Presidente do CEPR (Centre for Economic Policy Research) de Londres, membro do Group of Thirty, de Washington, e Presidente do Conselho Reitor do Instituto da Empresa Sr. Antonio Escámez Torres Administrador externo 1951 Ingressou no Conselho em 1999 Bacharel em Direito Outros cargos relevantes: Presidente do Santander Consumer Finance e Presidente do Open Bank Santander Consumer Lorde Burns (Terence) Administrador externo 1944 Ingressou no Conselho em 2004 Graduado em Ciências Econômicas Outros cargos relevantes: é Presidente do Abbey National plc, Presidente da Glas Cymru Ltd (Welsh Water) e Administrador nãoexecutivo da Pearson Group plc e da British Land plc. e Vice- Presidente da Marks and Spencer plc. Foi: Secretário Permanente do Tesouro britânico, Presidente da comissão parlamentar britânica "Financial Services and Markets Bill Joint Committee" e Administrador externo da British Land plc e Legal & General Group plc. Sr. Rodrigo Echenique Gordillo Administrador externo 1946 Ingressou no Conselho em 1988 Bacharel em Direito e Advogado do Estado Outros cargos relevantes: foi Administrador-Delegado do Banco Santander ( ) e é Presidente do Conselho Econômico Social da Universidade Carlos III de Madri Sr. Francisco Luzón López Sr. Abel Matutes Juan Administrador externo (independente) 1941 Ingressou no Conselho em 2002 Bacharel em Direito e Ciências Econômicas Outros cargos relevantes: foi Ministro dos Negócios Externos e Comissário da União Européia nas pastas de Crédito e Investimento, Engenharia Financeira e Política para a Pequena e Média Empresa (1989); das Relações Norte-Sul, Política Mediterrânica e Relações com a América Latina e Ásia (1989) e de Transportes e Energia, e Agência de Abastecimento de Euroatom (1993) Sr. Luis Ángel Rojo Duque Administrador externo (independente) 1934 Ingressou no Conselho em 2005 Bacharel em Direito, Doutor em Ciências Econômicas e Técnico Comercial do Estado. Além disso, é Doutor Honoris Causa pelas Universidades de Alcalá e de Alicante Outros cargos relevantes: no Banco da Espanha foi; Diretor-Geral de Estudos, Vice-Governador e Governador. Foi membro do Conselho de Governo do Banco Central Europeu, Vice-Presidente do Instituto Monetário Europeu, membro do Comitê de Planejamento do Desenvolvimento das Nações Unidas e Tesoureiro da Associação Internacional de Economia. É professor emérito da Universidade Complutense de Madri, membro do Group of Wise Men nomeado pelo Conselho ECOFIN para o estudo da integração dos mercados financeiros europeus, Acadêmico da Real Academia de Ciências Morais e Políticas e da Real Academia Espanhola da Língua. Administrador executivo 1948 Ingressou no Conselho em 1997 Graduado em Ciências Econômicas e Empresariais Outros cargos relevantes: foi Presidente do Argentaria e vogal do Conselho de Administração do BBV. É Administrador da Industria de Diseño Têxtil (Inditex), Vice-Presidente Mundial do Universia e Presidente do Conselho Social da Universidade de Castilha-La Mancha Mutua Madrileña Automovilista Administrador externo (não-independente) Ingressou no Conselho em 2004 Para o exercício das funções próprias do cargo está representada pelo Sr. Luis Rodríguez Durón Sr. Luis Rodríguez Durón 1941 Bacharel em Direito. Outros cargos relevantes: ingressou no Conselho de Administração da Mutua Madrileña em É 1.º Vice- Presidente 1º da Mutua Madrileña Automovilista, Presidente da Ibérica de Maderas y Aglomerados e da Mutuactivos (gestora de fundos de investimento da Mutua Madrileña). Sr. Luis Alberto Salazar-Simpson Bos Administrador externo (independente) 1940 Ingressou no Conselho em 1999 Bacharel em Direito e Diplomado em Finanças Públicas e Direito Tributário Outros cargos relevantes: é Presidente da France Telecom Operadores de Telecomunicaciones e Administrador da Mutua Madrileña Automovilista. 57

62 - Nomeação, duração, fim do mandato e recondução O regulamento dos procedimentos, critérios e órgãos competentes para a nomeação, reeleição e recondução dos Administradores está contido, nos seus aspectos mais importantes, em diversos preceitos da Lei das Sociedades Anônimas (artigos 123 a 126, 131, 132, 137 e 138), dos Estatutos Sociais (artigos 28.II, 30 e 31) e do Regulamento do Conselho de Administração (artigos 15 e 23). No exercício de 2005, houve uma alteração do Regulamento do Conselho de Administração para regular o procedimento de preenchimento das vagas livres em cargos a ocupar no Conselho (os de Presidente, Administrador Delegado e Vice-Presidentes) e nas comissões do mesmo (Presidente, Vice-Presidente e membro). Tem igual relevância a legislação sobre a criação de instituições de crédito. O regime resultante de todos estes preceitos pode ser sintetizado do seguinte modo: Competência para a nomeação A nomeação e a recondução dos Administradores competem à Assembléia Geral. No entanto, no caso de haver vagas livres durante o prazo para que foram nomeados, o Conselho de Administração poderá designar provisoriamente outro Administrador até que a Assembléia Geral, na sua primeira reunião seguinte, confirme ou revogue a nomeação. Requisitos e restrições para a nomeação Não é necessário ser acionista para ser nomeado Administrador, salvo por imposição legal, no caso da nomeação provisória pelo Conselho (cooptação) a que se refere o número anterior. Não podem ser administradores as pessoas falidas e devedoras não-reabilitadas, menores e incapacitadas, condenadas a penas que acarretem incapacidade para o exercício de cargos públicos, as que tiverem sido condenadas por grave incumprimento de leis ou disposições sociais, as que não puderem exercer o comércio, nem os funcionários públicos que desempenhem funções relacionadas a atividades próprias do Banco. Os Administradores devem ser pessoas de reconhecida idoneidade comercial e profissional, competência e solvência. Não há limite de idade para ser nomeado Administrador, nem para o exercício deste cargo. Para o Conselho a experiência é uma qualificação, pelo que considera conveniente que haja Administradores com antiguidade no cargo. Assim, o Conselho entende não ser conveniente que se limite, em termos de recomendação geral, o mandato dos Administradores, devendo, assim, deixar esta decisão, em cada caso, para a Assembléia de acionistas. A maioria dos membros do Conselho deve possuir conhecimentos e experiência adequados no âmbito das atividades do Banco. No caso de um Administrador pessoa jurídica, a pessoa física representante fica sujeita aos mesmos requisitos dos Administradores pessoas físicas. As pessoas nomeadas como Administradores devem comprometer-se formalmente, quando da sua tomada de posse, a cumprir as obrigações e deveres próprios do cargo. Sistema proporcional As ações que forem agrupadas até atingir um valor do capital social pelo menos igual ao que se obtém pela divisão do referido capital social pelo número de vogais do Conselho, terão direito a nomear os que, nos termos legalmente previstos, por frações inteiras, resultarem do referido quociente. Duração do cargo A duração do cargo de Administrador é de três anos, embora os Administradores possam ser reconduzidos. Está previsto propor à próxima Assembléia Geral de Acionistas o aumento deste prazo de três para cinco anos. A duração do cargo dos Administradores designados por cooptação que forem ratificados na Assembléia imediatamente seguinte será a mesma que a do Administrador a que substituírem. Fim do mandato ou destituição Os Administradores cessarão o seu mandato depois de terminado o prazo do mesmo, salvo recondução por decisão da Assembléia ou por colocação do cargo à disposição do Conselho de Administração. Os Administradores deverão colocar o seu cargo à disposição do Conselho de Administração e formalizar a respectiva demissão se este, mediante parecer prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações, considerar conveniente, nos casos em que possam afetar negativamente o funcionamento do Conselho ou o crédito e reputação da Sociedade e, em particular, sempre que forem afetados por algum dos casos de incompatibilidade ou interdição legal. Procedimento No caso de ocorrer ou ser anunciada uma vaga no Conselho ou nos cargos a serem ocupados no mesmo ou nas suas Comissões, o Presidente da Comissão de Nomeações e Remunerações, mediante pedido do Presidente do Conselho ou na falta deste, do Vice- Presidente de categoria mais elevada -, reunirá a referida Comissão, que elaborará uma proposta, da qual se informará a Comissão Executiva e se apresentará, a seguir, à apreciação do Conselho de Administração. As propostas de nomeação, recondução e ratificação de Administradores que o Conselho de Administração apresentar à Assembléia Geral também deverão ser precedidas da respectiva proposta da Comissão de Nomeações e Remunerações. 58

63 Governança Corporativa Se o Conselho divergir da proposta da Comissão, terá que fundamentar a sua decisão, indicando os motivos. Os Administradores abrangidos por propostas de nomeação, recondução, ratificação ou cessação do mandato se absterão de intervir nas deliberações e votações do Conselho e da Comissão. Critérios seguidos pelo Conselho e Comissão de Nomeações e Remunerações Considerando o conjunto dos regulamentos aplicáveis, as recomendações resultantes dos relatórios espanhóis sobre governança corporativa e a própria realidade do Banco e do seu Grupo, a Comissão de Nomeações e Remunerações tem aplicado os seguintes critérios nos processos de nomeação, ratificação e reeleição de Administradores e na elaboração das propostas para esse fim: a. Em primeiro lugar, cumpre-se as restrições resultantes das proibições e incompatibilidades legais e das exigências positivas (experiência, solvência, etc.) aplicáveis aos administradores de bancos na Espanha. b. Cumpridas estas restrições, procura-se uma composição equilibrada do Conselho e, para isso: (i) Procura-se uma ampla maioria de Administradores externos ou não-executivos, reservando, porém, no Conselho, um número adequado de Administradores executivos. Atualmente, cinco dos 18 Administradores são executivos. (ii) Entre os Administradores externos, pretende-se ter uma participação muito significativa dos denominados Administradores independentes (presentemente, seis do total de 13 externos), porém, ao mesmo tempo, procura-se que o Conselho represente uma porcentagem importante do capital (em 31 de dezembro de 2005, os Administradores representavam 4,650% do capital social, sendo três Administradores, de fato, não-independentes). (iii) Além do referido anteriormente, dá-se igualmente importância à experiência dos membros do Conselho, tanto no que se refere aos diferentes âmbitos profissionais, públicos e privados, como no desenvolvimento da sua vida profissional nas diversas áreas geográficas em que o Grupo desenvolve a sua atividade. c. Em conjunto com os referidos critérios gerais para a recondução ou ratificação, considera-se, especificamente, a avaliação do trabalho e a dedicação efetiva do Administrador durante o tempo em que desempenha a sua função. - Presidente executivo e Administrador Delegado Embora o Presidente do Banco seja executivo, não existe na Sociedade qualquer acumulação de poder numa única pessoa, porque há uma clara separação de funções entre o Presidente executivo, o Administrador Delegado, o Conselho e as suas Comissões. O Presidente do Conselho é o superior hierárquico da Sociedade e, conseqüentemente, foram-lhe delegados todos os poderes delegáveis em conformidade com a Lei, os Estatutos e o Regulamento do Conselho, competindolhe dirigir a equipe de administração da Sociedade sempre em consonância com as decisões e critérios fixados pela Assembléia Geral e Conselho nas áreas das suas respectivas competências. Por sua vez, o Administrador Delegado, por delegação e sob a dependência do Conselho de Administração e do Presidente, como superior hierárquico do Banco, ocupa-se da condução do negócio e das funções máximas executivas da Sociedade. A estrutura dos órgãos colegiais e individuais do Conselho está concebida para permitir uma atuação equilibrada de todos eles, incluindo o Presidente. Para citar só alguns aspectos de especial importância, merecem destaque: - O Conselho e as suas Comissões exercem funções de supervisão e controle das ações tanto do Presidente como do Administrador Delegado. - O 1.º Vice-Presidente, que é externo independente, preside à Comissão de Nomeações e Remunerações, e funciona como coordenador dos Administradores desta categoria. - Os poderes delegados no Administrador Delegado são iguais aos delegados no Presidente, devendo-se ressalvar em ambos os casos os que estão reservados de forma exclusiva ao próprio Conselho. - Secretário do Conselho O Regulamento do Conselho (artigo 10) prevê expressamente entre as funções do Secretário do Conselho, auxiliado, se for caso, pelo Vice-Secretário, zelar pela legalidade formal e material das ações do Conselho, garantindo que os seus procedimentos e regras de governança sejam respeitados e regularmente revistos. Além disso, o Regulamento estabelece que o Secretário auxilie o Presidente no seu trabalho e garanta o bom funcionamento do Conselho ocupando-se, especialmente, em prestar aos Administradores a assessoria e a informação necessárias, manter a documentação da sociedade, descrever devidamente nas atas o desenvolvimento das sessões e dar fé das deliberações do Conselho. 59

64 A coerência nos trabalhos do Conselho, anteriormente referidos, como os que, por sua vez, são desenvolvidos pelas Comissões deste órgão, é reforçada com o estabelecimento no Regulamento do Conselho que o Secretário do Conselho de Administração e de todas as Comissões seja sempre o Secretário-Geral da Sociedade. Para desempenhar o cargo de Secretário-Geral da Sociedade não é exigido o estatuto de Administrador e, atualmente, o atual Secretário não tem esse estatuto. A figura do Secretário do Conselho tem especial importância e conta com a equipe de apoio necessária para o desenvolvimento das suas funções. A sua estabilidade é confirmada pelo fato de que o cargo de Secretário do Conselho venha sendo exercido pela mesma pessoa desde Deveres Os deveres dos Administradores estão regulados no Regulamento do Conselho. Depois da alteração do seu artigo 28, que visa incluir uma regulação mais detalhada destes deveres, em conformidade com o previsto nos artigos 127, 127 bis, 127 terceiro e 127 quarto da Lei das Sociedades Anônimas e no artigo da Lei relativa ao Mercado de Valores, todos eles com a redação da Lei 26/2003, o Regulamento abrange expressamente o seguinte: O dever de administração diligente, que inclui o de se informar de um modo diligente sobre o desempenho da Sociedade. O dever de fidelidade ao interesse da Sociedade. O dever de lealdade que inclui, entre outros, a obrigação de abstenção e informação nos casos de conflito de interesses, a obrigação de não aproveitar em benefício próprio as oportunidades de negócio e a obrigação de comunicar as participações ou cargos que tiverem em sociedades com objeto idêntico, complementar ou análogo ao da Sociedade, ou a realização dessas atividades por conta própria. A obrigação de passividade face à informação reservada. O dever de sigilo, mesmo após deixar as funções de Administrador. Por último, deve-se destacar que os deveres de lealdade e sigilo cabem não apenas aos Administradores, mas também ao Secretário e ao Vice-Secretário. - Funcionamento e informação As regras sobre o assunto estão presentes, basicamente, nos artigos 34, 35, 36, 39 e 40 dos Estatutos e 13, 17, 18, 24 e 25 do Regulamento do Conselho. Para que o Conselho seja validamente constituído é necessária a presença, em pessoa ou por representação, de mais da metade dos seus membros. As deliberações são aprovadas por maioria absoluta dos Administradores presentes, salvo no caso de decisões que exijam maioria qualificada, como as nomeações do Presidente e Administrador Delegado, delegação permanente de poderes à Comissão Executiva e deliberações de nomeação dos seus membros, sendo legalmente necessário em todos estes casos o voto favorável de dois terços dos componentes do Conselho. O Presidente tem voto de qualidade. Nos termos estabelecidos pelo Regulamento do Conselho, a convocatória das suas reuniões é feita pelo Secretário do Conselho ou, na sua falta, pelo Vice-Secretário, que envia aos Administradores a minuta da ordem do dia que propõe ao Presidente, com uma antecedência mínima de quatro dias em relação à realização do Conselho a quem compete aprová-la enviando-lhes também a informação e documentação necessárias, normalmente com uma antecedência de três dias, também em relação à realização do Conselho. A informação que é disponibilizada aos Administradores antes das reuniões é elaborada especificamente para preparar estas sessões e é orientada para esse fim. Na opinião do Conselho, esta informação é completa e enviada com a antecedência suficiente. Paralelamente, o Regulamento confere expressamente aos Administradores o direito de serem informados sobre qualquer assunto da Sociedade e todas as sociedades filiais, nacionais ou estrangeiras; e o de inspeção, o que possibilita a eles examinar os livros, registros, documentos e demais antecedentes das operações da sociedade, bem como inspecionar as suas dependências e instalações. Os Administradores têm o direito de recolher e obter, por meio do Secretário, a informação e a assessoria necessárias para o cumprimento das suas funções. Paralelamente, o Regulamento prevê expressamente o direito que os Administradores têm de contar com a ajuda de peritos para o exercício das suas funções, podendo solicitar ao Conselho a contratação, por conta da Sociedade, de assessores externos para os assuntos que versem problemas concretos de especial importância ou complexidade que apresentem no desempenho do seu cargo, pedido que só pode ser indeferido pelo Conselho com a devida fundamentação. Nos termos previstos pelo Regulamento do Conselho, todos os Administradores podem assistir, com direito de intervir, mas sem votar, às reuniões das Comissões do Conselho de que não seja membro, por convite do Presidente do Conselho e da 60

65 Governança Corporativa respectiva Comissão, e mediante prévio pedido efetuado ao Presidente do Conselho. Além disso, todos os membros do Conselho que não sejam em paralelo da Comissão Executiva devem ter o direito de participar, pelo menos duas vezes ao ano, às sessões desta, sendo convocados para tanto pelo Presidente. O Regulamento do Conselho fixa em nove o número mínimo das suas reuniões anuais ordinárias. Paralelamente, o Conselho se reunirá sempre que o Presidente assim o decidir, por iniciativa própria ou a pedido de, pelo menos, três Administradores. Durante o exercício de 2005, o Conselho se reuniu nove vezes. O Presidente dirige os debates, zela pelo funcionamento adequado do Conselho e promove a participação de todos os Administradores nas reuniões e deliberações do mesmo. Os Administradores podem delegar o seu voto, para cada sessão e por escrito, a outro Administrador. Em cada reunião do Conselho, o Administrador Delegado apresenta um relatório completo sobre o desempenho da Sociedade e do Grupo, assim como o cumprimento dos seus objetivos. - Treinamento Na seqüência das sessões de formação realizadas em 2004, implementou-se em 2005 o programa avançado de treinamento para Administradores com quatro módulos: (i) Mercados Financeiros; (ii) Supervisão e Regulação; (iii) Governança Corporativa; e (iv) Informação Financeira. Os referidos módulos abrangem temas variados num processo de treinamento permanente que prevê a renovação dos seus conteúdos com novos blocos formativos sempre que isso for considerado conveniente, como quando forem introduzidas alterações regulamentares significativas. Este é o caso dos seminários ministrados sobre a Lei Sarbanes-Oxley, as novas Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF) ou a Circular 4/2004 do Banco da Espanha, entre outros. Atualmente, os temas abordados pelo programa de treinamento são a evolução e as tendências dos mercados financeiros e as suas implicações na gestão do risco e nos resultados do Grupo, os modelos de supervisão e regulação, as melhores práticas de governança corporativa na informação financeira (contabilística e de gestão) do Grupo. Foram realizadas 11 sessões de treinamento de Administradores entre maio e dezembro de Remuneração Os Estatutos prevêem os seguintes sistemas de remuneração dos Administradores: a. Remunerações pelas funções próprias de Administrador. (i) Participação estatutária conjunta no resultado do exercício. Tem um limite de 5% do lucro líquido do Banco no exercício. Além disso, exige a dotação prévia das prestações prioritárias estabelecidas pela legislação em vigor (por exemplo, as aplicações a reservas que forem necessárias segundo o regime de recursos próprios das instituições de crédito). Está prevista a proposta para a próxima Assembléia de redução deste limite para 1%. Esta participação pode também ser aplicada, sempre dentro dos limites indicados, aos membros da Direção- Geral da Sociedade. (ii) Subsídios de presença. b. Remunerações pelo desempenho na Sociedade de funções diferentes da de Administrador. Inclui, nos termos do artigo 38, parágrafo quarto, dos Estatutos Sociais, as remunerações dos Administradores pelo desempenho de funções, quer sejam de Administrador executivo quer de outro tipo, diferentes das direção e de supervisão geral que exercem colegialmente no Conselho ou em suas Comissões. Estas remunerações, nas suas diferentes componentes (remunerações fixas, variáveis, direitos passivos, etc) são aprovadas pelo Conselho de Administração, por proposta da Comissão de Nomeações e Remunerações. c. Retribuições relacionadas a ações da Sociedade (*). Neste caso, a decisão compete, por Lei e Estatutos, à Assembléia Geral, por proposta do Conselho de Administração, mediante prévia apresentação de um relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações. (*) Tal como se referia no anterior Relatório Anual, em 2004, foi concebido um novo plano de incentivos a longo prazo (I-06), através da atribuição de opções sobre ações da Sociedade e relacionado com o cumprimento de uma série de objetivos. A implantação do referido Plano foi deliberada pelo Conselho na sua reunião de 20 de dezembro de 2004, sujeito à aprovação pela seguinte Assembléia Geral ordinária. A Assembléia Geral de acionistas de 18 de junho de 2005 aprovou o plano de incentivos I-06. O texto integral da deliberação aprovada pela referida Assembléia pode ser consultado na página web do Grupo. Não foram autorizadas outras remunerações ligadas a ações da Sociedade no exercício de

66 Todas as remunerações dos Administradores, incluindo as que correspondem aos Administradores executivos pelo exercício de funções executivas, individualizadas e discriminadas por rubricas, são detalhadas na Nota 5 do Relatório do Conselho de Administração, que se apresenta nas páginas 199 a 206 deste Relatório Anual. O Relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações, publicado simultaneamente, apresenta informação mais detalhada. 10. Comissões do Conselho - Dados gerais Nos termos do previsto no Regulamento do Conselho, o Conselho de Administração da Sociedade tem constituídas, como comissões decisórias, uma Comissão Executiva, com delegação de poderes decisórios gerais, e uma Comissão Delegada de Riscos, com poderes delegados especificamente em matéria de riscos. O quadro seguinte sintetiza os dados elementares de composição e reuniões destas Comissões em 2005: Comissões decisórias N.º de membros Executivos Externos N.º de reuniões Horas* 1 Comissão Executiva Comissão Delegada de Riscos * Horas calculadas com base na dedicação de cada Administrador. Paralelamente, o Conselho constituiu as seguintes Comissões: Auditoria e Compliance, Nomeações e Remunerações, Internacional e Tecnologia, Produtividade e Qualidade. Nenhuma delas possui poderes de decisão, mas sim exclusivamente de informação, assessoria e proposta. Seus dados mais relevantes são apresentados no quadro seguinte: Comissões informativas N.º de membros Executivos Externos N.º de reuniões Horas* 1 Comissão de Auditoria e Compliance Comissão de Nomeações e Remunerações Comissão Internacional Comissão de Tecnologia, Produtividade e Qualidade * Horas calculadas com base na dedicação de cada Administrador. No Relatório da Comissão de Nomeações e Remunerações é prestada informação sobre o índice de participação pessoal por parte de cada um dos Administradores às reuniões do Conselho de Administração e às suas Comissões durante A seguir, faz-se referência mais detalhada sobre a Comissão Executiva, de Auditoria e Compliance e de Nomeações e Remunerações. Sobre a Comissão Delegada de Riscos, apresenta-se informação detalhada na página 124 do Relatório Anual. - Comissão Executiva A Comissão Executiva é um instrumento básico no funcionamento do governança corporativa da Sociedade e do seu Grupo. Conta com uma composição que o Conselho considera equilibrada, pelo fato de fazerem parte da mesma dez Administradores, dos quais cinco são executivos e cinco externos. Destes últimos, dois são independentes e outros três não têm o estatuto nem de não-independentes, nem de independentes. - Comissão de Auditoria e Compliance A Comissão de Auditoria e Compliance foi criada no seio do Conselho com uma função que, fundamentalmente, consiste em avaliar os sistemas de informação e verificação contábil, zelar pela independência do Auditor de Contas e rever os sistemas de controle interno e de compliance da Sociedade e seu Grupo. Na reunião do Conselho de 26 de julho de 2005, foram ampliadas as funções da Comissão de Auditoria e Compliance, incluindo entre elas, a recepção, o tratamento e a conservação das reclamações recebidas pelo Banco sobre questões relacionadas com o processo de geração de informação financeira, auditoria e controles internos, e a recepção, de forma confidencial e anônima, de comunicações de funcionários do Grupo que expressem a sua preocupação sobre eventuais práticas questionáveis no âmbito da contabilidade ou auditoria. 62

67 Governança Corporativa A referida Comissão emitiu um relatório que se distribui de forma conjunta com este Relatório Anual e no qual são incluídos de forma detalhada os seguintes pontos: Composição, funções e regime de funcionamento da Comissão Atividades realizadas em 2005, agrupadas em torno das diferentes funções básicas da Comissão: - Informação Financeira - Auditor de Contas - Sistemas internos de controle do Grupo - Auditoria interna - Cumprimento e Prevenção à Lavagem de Dinheiro - Governança Corporativa - Medidas propostas pelas autoridades de supervisão - Informação ao Conselho e à Assembléia Geral, assim como avaliação da eficiência e cumprimento das regras e procedimentos de governança da Sociedade Avaliação pela Comissão do desenvolvimento das suas funções em Comissão de Nomeações e Remunerações É outra Comissão especializada do Conselho, sem funções delegadas. O Regulamento do Conselho prevê que esta Comissão seja constituída exclusivamente por Administradores externos, sendo o seu Presidente um Administrador independente, como realmente o é. A Comissão de Nomeações e Remunerações emitiu um relatório, que também se distribui de forma conjunta com o presente Relatório Anual e no qual são incluídos de forma detalhadamente os seguintes pontos: Composição Funções Atividade realizada em Nomeação e fim de mandato de Administradores - Política de remunerações e sua aplicação - Auto-avaliação do Conselho 11. Conselho Assessor Internacional Regulado pelo artigo 16.º do Regulamento do Conselho de Administração, é constituído por importantes personalidades espanholas e estrangeiras, não pertencentes ao Conselho de Administração, colaborando com este último na concepção, desenvolvimento e, sendo o caso, na implementação da estratégia do negócio a nível global por meio da contribuição com idéias e a apresentação de sugestões sobre oportunidades de negócio. A sua constituição é a seguinte: Presidente: Vogais: Secretário: Antonino Fernández, ex-presidente do Grupo Modelo no México Antonio Barrera de Irimo, ex-ministro das Finanças e ex-vice-presidente econômico do Governo espanhol Leopoldo Calvo Sotelo, ex-presidente do Governo espanhol Bernard de Combret, Presidente da Elf Trading Geneve Carlos Fernández González, Presidente e Diretor-Geral do Grupo Modelo no México Santiago Foncillas, ex-presidente do Grupo Dragados Richard N. Gardner, ex-embaixador dos EUA na Espanha. Angel Gurría, ex-ministro das Finanças do México e Secretário-Geral eleito da OCDE Francisco Pinto Balsemão, ex-primeiro Ministro de Portugal Ignacio Benjumea 63

68 12. Direção-Geral - Composição A gestão da Sociedade no seu nível mais alto é exercida, sob a dependência hierárquica do Presidente e do Administrador Delegado da Sociedade, por meio dos membros da Direção-Geral. Portanto, o Presidente, o Administrador-Delegado e as seguintes pessoas, membros da Direção-Geral, constituem a Alta Direção da Sociedade, independentemente dos cargos que, em cada caso, ocupam no Conselho de Administração: Abbey América Auditoria Interna Banco de Grandes Clientes Global Banesto Comunicação e Estudos Financiamento ao consumo Gestão de Ativos e Seguros Gestão Financeira Intervenção e Controle Meios e Custos Rede Santander Espanha Riscos Santander Totta Secretaria-Geral Sr. Francisco Gómez Roldán Sr. Jorge Morán Sánchez Sr. Francisco Luzón López Sr. Marcial Portela Álvarez Sr. Jesús Mª Zabalza Lotina Sr. David Arce Torres Sr. Adolfo Lagos Espinosa Sr. Jorge Maortua Ruiz-López Sr. Gonzalo de las Heras Milla Sra. Ana Patricia Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea Sr. Juan Manuel Cendoya Méndez de Vigo Sr. Matías Rodríguez Inciarte Sr. Joan David Grimá Terré Sr. José Antonio Álvarez Álvarez Sr. José Manuel Tejón Borrajo Sr. Pedro Mateache Sacristán Sr. Serafín Méndez González Sr. Enrique García Candelas Sr. Matías Rodríguez Inciarte Sr. José María Espí Martínez Sr. Javier Peralta de las Heras Sr. Teodoro Bragado Pérez Sr. Antonio Horta-Osório Sr. Ignacio Benjumea Cabeza de Vaca Sr. Juan Guitard Marín - Remunerações A informação sobre remunerações da Direção-Geral está detalhada na nota 5 da Memória contida nas páginas 199 a 206 do Relatório Anual. IV. Operações relacionadas, operações intragrupo e conflitos de interesse 13. Operações com acionistas importantes da Sociedade O artigo 30.º do Regulamento do Conselho de Administração estabelece o seguinte: O Conselho terá conhecimento de qualquer transação, direta ou indireta, entre a Sociedade e um acionista significativo, avaliando a transação do ponto de vista da igualdade de tratamento devido a todos os acionistas e das condições de mercado, incluindo no relatório anual de governança corporativa a informação sobre essas transações. A Sociedade não tem conhecimento da existência de acionistas significativos, e por isso não apresenta informações sobre operações com os mesmos. Também não houve, durante o exercício, operações de especial importância com acionistas que são Administradores dependentes. 14. Operações com Administradores e Diretores da Sociedade e das sociedades do seu Grupo Sem prejuízo da informação mais detalhada a que se refere na Nota 55, página 260 do Relatório do Conselho de Administração, em relação às operações citadas no artigo da Lei das Sociedades Anônimas e na norma 32ª da Circular 5/1993, do Banco da Espanha, não houve operações da Sociedade ou sociedades do seu Grupo com administradores, por si ou por pessoa interposta, alheias à transação normal ou que não se tenham realizado em condições normais de mercado (não obstante, ver nota 5-e, página 203). No caso dos Administradores pessoas jurídicas (Assicurazioni Generali S.p.A. e Mutua Madrileña Automovilista), também não houve este tipo de operações com os representantes no Conselho da Sociedade destes Administradores. 64

69 Governança Corporativa Por último, não foram efetuadas operações da Sociedade ou sociedades do seu Grupo com diretores que façam parte da Alta Direção da Sociedade ou do seu Grupo, por si ou por pessoa interposta, em que ou tenha ocorrido alguma das circunstâncias descritas no parágrafo anterior ou tenham sido de uma importância suficiente, como para que a informação sobre essas operações seja necessária para traduzir a imagem fiel do patrimônio, da situação financeira e dos resultados do Banco, em conformidade com o disposto na Portaria EHA/3050/2004, de 15 de setembro, sobre a informação que, sobre as operações relacionadas, as sociedades emissoras de valores admitidos a negociação em mercados secundários oficiais devem fornecer na informação semestral. Com respeito a empréstimos, créditos e avais a Administradores, a nota 5 da Memória, páginas 199 a 206 deste Relatório Anual, contém informação detalhada. 15. Operações intragrupo Não houve, durante o exercício de 2005, operações intragrupo que não se eliminem no processo de consolidação e que não façam parte da transação normal da Sociedade ou das sociedades do seu Grupo, no que diz respeito ao seu objeto e condições. 16. Mecanismos de controle de conflitos - Administradores No caso concreto dos Administradores da Sociedade, as situações de conflito de interesse estão regulamentadas no artigo 27 do Regulamento do Conselho, que foi adaptado ao artigo 127 terceiro da Lei das Sociedades Anônimas, introduzido pela Lei 26/2003. Estabelece o referido artigo 27 a obrigação dos Administradores em comunicar ao Conselho de Administração qualquer situação de conflito, direto ou indireto, que possam ter com o interesse da Sociedade. Se o conflito se referir a uma operação, o Administrador não poderá realizá-la sem a aprovação do Conselho, com o parecer prévio da Comissão de Nomeações e Remunerações. O Administrador afetado deverá abster-se na deliberação e da votação relacionadas à operação a que se refere o conflito. - Mecanismos de identificação e resolução de conflitos aplicáveis aos membros da Alta Direção não- Administradores. Os mecanismos de detecção estão baseados fundamentalmente na obrigação de declarar qualquer situação de conflito de interesse por parte das pessoas sujeitas ao Código de Conduta nos Mercados de Valores, que está disponível na página web corporativa do Grupo, cujo endereço é O referido Código regula essa obrigação no seu Título I, Capítulo III, letra A ( Declaração de Situações Pessoais ). São, em concreto, relevantes os números 12 e 13 do referido Código, que são transcritos a seguir: 12. Declaração geral de Vinculações As Pessoas Sujeitas deverão formular perante a Direção de Cumprimento e manter permanentemente atualizada uma declaração em que são descritas as suas Vinculações. 13. Situações de possível conflito: As Pessoas Sujeitas deverão dar conhecimento à Direção de Cumprimento qualquer situação em que, devido aos seus vínculos ou qualquer outro motivo ou circunstância, puder ocorrer um conflito de interesse, segundo parecer de um observador imparcial e relativamente a uma ação, serviço ou operação concreta. O Título I, Capítulo III, letra B ("Atuação face aos Conflitos de Interesse") do Código de Conduta nos Mercados de Valores regula, por sua vez, a atuação das pessoas sujeitas ao referido Código em situações de conflito de interesse, baseando-se no princípio de "Evitar Conflitos", que se desenvolve no ponto 14 do referido Código, segundo o qual: As Pessoas Sujeitas procurarão evitar os conflitos de interesse, tanto próprios como do Grupo e, se forem afetados pessoalmente pelos mesmos, abster-se-ão de decidir ou, caso se aplique, emitir o seu voto nas situações em que ocorrerem. Quanto às regras a serem utilizadas para dirimir os conflitos de interesse, o Código de Conduta nos Mercados de Valor - ponto 15 - prevê que se considerem as seguintes: 15.1 Em caso de conflito entre o Grupo e um cliente, a salvaguarda do interesse deste Em caso de conflito entre Pessoas Sujeitas e o Grupo, a obrigação de atuação leal daquelas Em caso de conflito entre clientes, comunicar-se-á aos afetados, podendo desenvolver-se operações em que se manifeste o conflito unicamente se os mesmos o consentirem. Deve-se evitar o favorecimento de qualquer um deles. 65

70 17. Órgãos de resolução de conflitos - Administradores Compete ao Conselho de Administração. - Alta Direção O Código de Conduta nos Mercados de Valores estabelece no seu Título I, Capítulo III, letra B ("Atuação perante os Conflitos de Interesse"), número 15, os seguintes órgãos de resolução: Os conflitos de interesse serão resolvidos pelo responsável superior pela Área Separada afetada; se várias forem afetadas, pelo superior hierárquico superior de todas elas ou, no caso de não se aplicar nenhuma das regras anteriores, por quem for escolhido pela Direção de Cumprimento. Nos casos de dúvida sobre a competência ou sobre a forma de se resolver, será possível também consultar a referida Direção de Cumprimento. 18. Situações concretas de conflito Durante o exercício de 2005, foram identificados 35 casos em que os Administradores abstiveram-se de intervir e de votar em deliberações ou reuniões do Conselho de Administração ou das suas Comissões, em aplicação das normas descritas no ponto anterior. V. A Assembléia Geral 19. Assembléia Geral de 18 de junho de 2005 Foi a única Assembléia realizada no exercício de Participaram, entre presentes e representados, acionistas, titulares de ações. Os membros do Conselho de Administração presentes participaram com ações próprias e ações representadas. Relativamente a estas últimas, os titulares de ações conferiram a sua representação ao Presidente do Conselho de Administração ou aos demais membros do mesmo, dando instruções para votar a favor de todas as propostas do Conselho de Administração. Na página seguinte são sintetizadas as deliberações aprovadas e indica-se a porcentagem de votos com que foram aprovadas. O texto integral destas deliberações pode ser consultado na página web do Grupo. Foram recebidas comunicações e todas foram respondidas. Está prevista a proposta à próxima Assembléia Geral de Acionistas de uma alteração do artigo 20 dos Estatutos, para que o anúncio de convocatória da Assembléia Geral se publique com uma antecedência mínima de 30 dias. 20. Delegação, voto e participação à distância. Informação aos acionistas e comunicação com os mesmos O Banco vem realizando um notável esforço para facilitar, na maior medida possível, a participação dos acionistas na Assembléia, procurando que os seus direitos possam ser exercidos de uma forma simples e eficaz. Os acionistas do Banco podem comparacer às Assembléias detendo uma única ação. Podem delegar a sua representação na Assembléia e o exercício do seu direito de voto, tanto por meio de correspondência postal ou outros meios físicos como a comunicação eletrônica. Podem comparecer à Assembléia pessoal ou remotamente, por meios telemáticos, concebidos de forma que, salvaguardada a segurança, seja possível seguir ao vivo o desenvolvimento da Assembléia, fazer perguntas ou votar. Podem consultar na página web do Grupo toda a informação necessária para conhecer os diversos meios de que dispõem para exercer os seus direitos, assim como toda a documentação relevante - incluindo as propostas de todas as deliberações - sobre as matérias apresentadas à Assembléia. Finalmente, também foram implementados os mecanismos necessários para permitir que os acionistas não residentes na Espanha exerçam, por meio dos correspondentes depositários, defensores ou entidades intermediárias, dos direitos que os correspondem, fato que tem especial relevância num Grupo que, como o nosso, incluiu recentemente no seu conjunto de acionistas um grande número de pequenos acionistas por ocasião da compra do Abbey National plc. Da mesma forma, o Santander já assumiu, sempre respeitando o estabelecido na legislação espanhola, as medidas defendidas para o futuro pelo projeto de Executiva relacionado aos Direitos dos Acionistas. Por ocasião da referida Assembléia, o Presidente dirigiu novamente uma carta a todos os acionistas em que os convidou, independentemente dos direitos de informação e proposta, a apresentar sugestões que gostariam que fossem discutidas. 66

71 Governança Corporativa Votos A favor Contra Abstenção Em branco 1. Aprovação das contas anuais e da administração 93,043% 0,029% 6,917% 0,012% do exercício de Aprovação da aplicação do resultado obtido 95,505% 0,031% 4,452% 0,012% no exercício de Conselho de Administração: ratificação e recondução de administradores. a.ratificação da nomeação do Lorde Burns 94,472% 0,746% 4,713% 0,069% b.ratificação da nomeação do Sr. Luis Ángel Rojo Duque 95,073% 0,155% 4,705% 0,067% c.recondução do Sr. Emilio Botín-Sanz de Sautuola 94,725% 0,746% 4,515% 0,014% y García de los Ríos d.recondução do Sr. Matías Rodríguez Inciarte 94,409% 0,759% 4,761% 0,071% e.recondução do Sr. Manuel Soto Serrano 94,311% 0,909% 4,707% 0,073% f.recondução do Sr. Guillermo de la Dehesa Romero 94,220% 0,983% 4,725% 0,073% g.recondução do Sr. Abel Matutes Juan 93,801% 1,430% 4,698% 0,071% h.recondução do Sr. Javier Botín-Sanz de Sautuola y O'Shea 92,355% 1,628% 5,947% 0,070% 4. Recondução da Deloitte & Touche España, S.L. como Auditor de Contas 95,429% 0,105% 4,451% 0,015% para o exercício de Autorização para a aquisição de ações próprias. 95,436% 0,087% 4,462% 0,015% 6. Delegação de poderes ao Conselho para que, no prazo de um ano, 94,830% 0,701% 4,454% 0,015% possa assinalar a data e fixar as condições de um aumento de capital que, no valor de 375 milhões de euros, deliberou a própria Assembléia. 7. Autorização ao Conselho de Administração para que, de acordo 88,695% 3,320% 7,970% 0,015% com o previsto no artigo 153.º.1.b) da Lei das Sociedades Anônimas, possa aumentar o capital em uma ou várias vezes e a qualquer momento, no prazo de três anos, mediante ingressos em dinheiro e num montante máximo de ,50 euros, nos termos e condições que julgar convenientes. 8. Delegação ao Conselho do poder de emitir valores de 95,254% 0,272% 4,461% 0,013% de rendimento fixo não convertíveis em ações até um valor de 25 bilhões de euros. 9. Aprovação, para sua execução pelo Banco e suas Sociedades filiais, 95,199% 0,291% 4,494% 0,015% de um plano de incentivos através de opções sobre ações do Banco ou outros mecanismos ligados às mesmas, com base na evolução da cotação em bolsa e do lucro. 10. Autorização ao Conselho para a interpretação, retificação, 92,396% 0,071% 7,517% 0,015% complemento, execução e desenvolvimento das deliberações aprovadas e concessão de poderes para formalizar as referidas deliberações. 67

72 - Delegação e voto No regulamento interno da Sociedade, a representação ou delegação do voto nas Assembléias Gerais é regulada pelos artigos 16 e 46 dos Estatutos Sociais e no artigo 8.º do Regulamento da Assembléia Geral de Acionistas. A Assembléia Geral realizada em 19 de junho de 2004 deliberou, por proposta do Conselho, alterações para adaptar os citados preceitos aos artigos 105 e 106 da Lei das Sociedades Anônimas e ao artigo 114 da Lei do Mercado de Valores, de acordo com a redação dada pela Lei 26/2003, de 17 de julho, bem como propiciar uma maior facilidade na utilização do voto e delegação à distância. Prevê-se propor à próxima Assembléia Geral de Acionistas uma alteração ao artigo 16 dos Estatutos Sociais e do artigo 8 do Regulamento da Assembléia para possibilitar a delegação do voto a um não acionista. a. Delegação, voto e assistência remota na Assembléia Geral de Na Assembléia Geral de 18 de junho de 2005, a única realizada durante o exercício em apreço, os acionistas puderam utilizar mecanismos de delegação e voto à distância anteriormente à celebração da Assembléia. Adicionalmente e com caráter inovador, puderam participar remotamente à Assembléia por meio do emprego de meios telemáticos (Internet) que permitiram a sua ligação em tempo real com o lugar onde a mesma aconteceu. No quadro seguinte, apresenta-se a informação sobre os votos registrados em porcentagens sobre o capital da Sociedade, utilizando os diversos sistemas de votação e de delegação que se descrevem no parágrafo anterior. Dados sobre presença Data da Assembléia Geral % de presença física % em representação % voto à distância Total 18/06/2005 6,064% (1) 41,861% (2) 1,279% (3) 49,204% (1) Da porcentagem indicada (6,064%), 0,002% corresponde à porcentagem do capital que assistiu remotamente pela Internet. (2) A porcentagem de capital que delegou por Internet foi de 0,08%. (3) Da porcentagem indicada (1,279%), 1,276% correspondem ao voto por correio e 0,003% ao voto eletrônico. b. Medidas para resolver situações de conflito de interesse nas delegações de voto. Os cartões de delegação englobam expressamente todos os pontos da Ordem do Dia, solicitando a indicação de voto para cada um deles. Solicitam igualmente a indicação do acionista a quem se delega. Com a finalidade de garantir o exercício do voto, os cartões previam que: - Para o caso de falta de delegação em pessoa concreta, será entendida outorgada a delegação ao Presidente do Conselho, na sua condição de acionista. - No caso de falta de instruções de voto, entender-se-á que se vota a favor da proposta do Conselho de Administração. De acordo com o disposto no artigo 114º da Lei do Mercado de Valores, de acordo com a redação dada pela Lei 26/2003, de 17 de julho, relativa à Transparência das Sociedades Anônimas Cotizadas, os cartões de delegação utilizados nas Assembléias Gerais de acionistas do exercício de 2004 e os utilizados na Assembléia Geral ordinária de 18 de junho de 2005, as únicas realizadas até à data pela Sociedade com posterioridade à entrada em vigor da referida Lei 26/2003, estabelecem que se o representante do acionista estiver em conflito de interesses na votação de alguma das propostas que, dentro ou fora da Ordem do Dia, forem apresentadas à Assembléia, deverá ser conferida ao Secretário-Geral da Sociedade, na sua qualidade de acionista com direito de participação. - Informação aos acionistas e comunicação com os mesmos O exercício do direito legal de informação está previsto no artigo 26.º dos Estatutos e nos artigos 7.º e 18.º do Regulamento da Assembléia Geral de acionistas. Os acionistas podem se comunicar de forma geral com a Sociedade mediante correspondência postal e eletrônica, assim como por meio do telefone de atendimento ao acionista. Por outro lado, de acordo com o previsto pelo Regulamento do Conselho, existe um departamento que gere o intercâmbio de informação regular com os investidores institucionais que façam parte dos acionistas da Sociedade, embora o Banco tenha adotado as cautelas necessárias para que, em nenhum caso, as relações entre o Conselho e os acionistas institucionais se traduzam na entrega a estes de informação que lhes pudessem 68

73 Governança Corporativa proporcionar uma situação de privilégio ou de vantagem em relação aos demais acionistas. A Área de Acionistas disponibiliza um serviço de atendimento personalizado aos acionistas da Sociedade, não só no momento da convocatória da Assembléia, como também de forma permanente durante todo o ano. Em 2005, foram realizadas 545 reuniões com investidores, e se manteve uma relação permanente com analistas e agências de estatísticas. Além disso, a Área de Acionistas, tanto na Espanha como no Reino Unido e México, realizou 98 reuniões com acionistas e organizou 119 fóruns, que contaram com a presença de um total de acionistas. Finalmente, em cumprimento às recomendações da Comissão Nacional do Mercado de Valores sobre reuniões com analistas e investidores, estão sendo publicadas, com a devida antecedência, tanto as convocatórias dessas reuniões como a documentação que será utilizada durante as mesmas. VI. Informação e transparência. Relação com o auditor. Página web. 21. Informação aos mercados O Regulamento do Conselho determina (artigo 32.º,1) que o Conselho de Administração deve informar o público de forma imediata sobre: a) os fatos relevantes capazes de influenciar de forma sensível a formação do preço de cotação da ação da Sociedade; b) as mudanças que afetarem de forma significativa a estrutura do universo acionista da Sociedade; c) as alterações substanciais das regras de governança; d) as operações relacionadas de especial importância para os membros do Conselho; e e) as operações de auto-carteira que tiverem especial relevância. No exercício de 2005, o Banco divulgou publicamente 53 informações relevantes, que podem ser consultadas por meio da página web do Grupo e na página web da Comissão Nacional do Mercado de Valores. 22. Informação financeira Nos termos do previsto no Regulamento do Conselho (artigo 32,2), o Conselho tomou as medidas necessárias para garantir que a informação financeira trimestral, semestral e demais informação que se disponibiliza aos mercados, seja elaborada em cumprimento dos mesmos princípios, critérios e práticas profissionais com que são elaboradas as contas anuais. Para isso, a referida informação é revista pela Comissão de Auditoria e Compliance antes da sua divulgação. 23. Outra informação relevante Deve destacar-se, em complemento ao artigo 32,1.a) do Regulamento do Conselho de Administração, o previsto a respeito no Código de Conduta nos Mercados de Valores, segundo o qual compete à Direção de Compliance comunicar à Comissão Nacional do Mercado de Valores a informação relevante gerada no Grupo. A referida comunicação será sempre anterior à divulgação de informação relevante ao mercado ou aos meios de comunicação social e ocorrerá assim que seja tomada a decisão ou subscrita ou executada a deliberação respectiva. A divulgação da informação relevante será verdadeira, clara, completa, eqüitativa, em tempo útil e, sempre que possível, quantificada. 24. Relação com o auditor - Independência do auditor O Conselho atribuiu expressamente a função de zelar pela independência do Auditor de Contas à Comissão de Auditoria e Compliance, competindo à referida Comissão dirigir a relação do mesmo com o Conselho. Além disso, a Sociedade dispõe de mecanismos estabelecidos no Regulamento do Conselho (artigo 32) para preservar a independência do Auditor de Contas, destacando-se o fato de o Conselho se abster de contratar as empresas de auditoria em que os honorários a serem pagos, a todos os títulos, sejam superiores a 2% das receitas totais das mesmas no último exercício. Paralelamente, o Regulamento do Conselho limita a contratação, com a empresa de auditoria, de outros serviços, diferentes dos de auditoria que puderem pôr em perigo a independência daquela. Por fim, o Regulamento impõe a obrigação ao Conselho de informar publicamente sobre os honorários globais pagos pela Sociedade ao Auditor de Contas por serviços diferentes dos de auditoria. O Presidente da Comissão de Auditoria e Compliance reúnese periodicamente com o Auditor de Contas para garantir a efetividade da sua revisão e analisar as eventuais situações que puderem envolver um risco para a sua independência. Nas páginas 162 e 252 deste Relatório Anual, apresenta-se informação detalhada sobre as remunerações pagas, tanto por trabalhos de auditoria como por outros serviços, ao Auditor de Contas, assim como a relação comparativa entre as remunerações por ambos os títulos e a indicação das porcentagens das referidas remunerações sobre a totalidade dos honorários faturados pelo mencionado auditor. 69

74 - Formulação de contas que não dêem origem a reservas na auditoria Os mecanismos utilizados para tal fim (previstos nos artigos 14.1 e 2 c), e) e f) e 33,1 e 5 do Regulamento do Conselho) podem ser resumidos da seguinte forma: - Rigor nos processos de captação dos dados necessários para as contas e na sua própria elaboração pelos serviços do Banco e do Grupo, tudo de acordo com os requisitos legais e com os princípios de contabilidade aplicáveis. - Revisão das contas elaboradas pelos serviços da Sociedade e do Grupo pela Comissão de Auditoria e Compliance, órgão especializado nesta função, constituído em sua totalidade por Administradores externos independentes e presidido pelo 4.º Vice- Presidente. Esta Comissão serve de canal de comunicação normal com o Auditor de Contas. - Realização de contatos periódicos com o Auditor de Contas, tanto pelo Conselho - duas vezes em como pela Comissão de Auditoria e Compliance - dez vezes em , que permitem verificar com antecedência suficiente a possível existência de diferenças de critério. - Em todo caso, se ocorrer uma discrepância e o Conselho considerar que deve manter o seu critério, explicará publicamente o conteúdo e o alcance da referida discrepância. 25. Página web Em execução da deliberação aprovada pelo Conselho de Administração da Sociedade na sua reunião de 23 de janeiro de 2004, a totalidade da informação exigida pelo artigo 117 da Lei relativa ao mercado de valores, com a redação que lhe foi dada pela Lei 26/2003 e pela Portaria ECO/3722/2003, é facilmente acessível na seção do menu principal "Informação a Acionistas e Investidores" da página web corporativa do Grupo Santander ( Na referida página, é possível consultar: - Os Estatutos. - O Regulamento da Assembléia Geral. - O Regulamento do Conselho. - O Relatório Anual. - O Relatório Anual do Governança Corporativa. - O Código de Conduta dos Mercados de Valores. - O Código Geral de Conduta. - O Relatório de Responsabilidade Social Corporativa. - Os relatórios das Comissões de Auditoria e Compliance e Nomeações e Remunerações. - A partir da data da sua publicação, a convocatória da Assembléia Geral aprazada para os próximos dias 16 e 17 de junho, em primeira e segunda convocatórias, respectivamente, juntamente com a documentação e informação relativas à mesma. As propostas de deliberações e os mecanismos para o exercício dos direitos de informação, delegação e voto, incluindo as relacionadas com os meios telemáticos, serão incluídas na referida página a partir da data de convocatória da Assembléia. 26. Informação sobre a ação, contratação, evolução da cotação e dividendos Nas páginas 30 a 33 deste Relatório Anual, apresenta-se informação detalhada sobre todos estes aspectos relacionados com a ação. 27. Riscos Nas páginas 123 a 160 deste Relatório Anual desenvolve-se a informação relacionada com as políticas de riscos do Grupo. 28. Recomendações sobre governança corporativa. O Relatório Anual de Governança Corporativa apresenta uma explicação pormenorizada sobre o cumprimento das referidas recomendações contidas nos relatórios Olivença e Aldama. O referido relatório está disponível na página web do Grupo ( 29. Códigos de Cumprimento e Prevenção e Lavagem de Dinheiro Na página 299 deste Relatório Anual há mais informação relacionada ao Código Geral de Conduta e ao de Conduta nos Mercados de Valores. Além disso, é possível consultar o texto integral dos referidos Códigos na página web do Grupo. Por outro lado, as páginas 299 a 301 contêm informação sobre as atividades de Cumprimento e Prevenção à Lavagem de Capitais de origem criminosa no ano de

75 Governança Corporativa 30. Avaliação da governança corporativa do Grupo Santander por uma agência independente A Deminor Rating manteve em 2005 a classificação atribuída ao Banco, de 8 em 10 - a classificação mede-se numa escala que vai de 10 ( melhores práticas ) a 1 ( práticas mais duvidosas ) - o que, segundo o seu critério, reflete que o Banco possui um nível superior em relação às normas em matéria de estrutura e funcionamento da governança corporativa. O Banco continua a ser, na opinião da Deminor Rating, uma das empresas líderes em governança corporativa na Europa Continental e cumpre particularmente bem no que toca às suas normas de informação ao público e de funcionamento do Conselho. É possível consultar o relatório completo da Deminor Rating na página web do Grupo ( 31. Auto-avaliação do Conselho Por último, em resposta ao compromisso assumido pelo Presidente na Assembléia de 19 de junho de 2004, o Banco encarregou a Spencer Stuart da realização de um processo de auto-avaliação do Conselho, realizado por meio da revisão, por via da resposta a um questionário e entrevistas pessoais com os Administradores, dos seguintes temas: - A organização e o funcionamento do Conselho e das seguintes Comissões: Executiva, Delegada de Riscos, Auditoria e Compliance e Nomeações e Remunerações. - Os conteúdos tratados nas reuniões do Conselho e das referidas Comissões e a participação dos Administradores. - A informação facultada aos Administradores para o desenvolvimento das suas funções e o papel desempenhado pela Secretaria do Conselho. - A definição da orientação estratégica da Sociedade. - O âmbito das responsabilidades dos Administradores e seu correspondente desempenho por parte dos mesmos. Em resultado desta auto-avaliação, tornou-se evidente uma avaliação muito positiva da organização e do funcionamento do Conselho pelos seus próprios membros, destacando-se, em particular, o funcionamento das Comissões Executiva, Delegada de Riscos e de Auditoria e Compliance, o exercício das responsabilidades por parte dos Administradores, a comparação com outros Conselhos e a qualidade do papel do Conselho no âmbito da estratégia do Grupo, a tomada de decisões a longo prazo, a garantia de um comportamento legal e ético da Empresa e a nomeação, a avaliação, a remuneração e a substituição do executivo máximo. Além disso, existe uma coincidência na identificação dos assuntos importantes para o futuro do Grupo e dos fatores internos que terão impacto sobre a estratégia. Em conseqüência do processo de auto-avaliação levado a cabo em 2005, foram adotadas as seguintes medidas concretas: - Submeter à próxima Assembléia Geral uma alteração estatutária para reduzir de 30 para 22 o número máximo de Administradores. - Alterar o Regulamento do Conselho para apresentar uma regulamentação mais detalhada sobre o procedimento de preenchimento das vagas nos cargos do Conselho - em particular, os de Presidente e Administrador Delegado - e nas Comissões do mesmo, e intensificar o envolvimento dos Administradores nos trabalhos do Conselho, estabelecendo que qualquer Administrador poderá comparecer, com direito de intervenção mas sem voto, às reuniões das Comissões do Conselho de que não seja membro, por convite do Presidente do Conselho e do da respectiva Comissão, mediante prévia solicitação do Presidente do Conselho. - Implementar um programa contínuo de formação de Administradores, com enfoque principal na evolução e novas tendências do sistema bancário internacional. - Atualização das prestações estatutárias. - Realização anual, a partir de 2006, de uma sessão monográfica do Conselho dedicada à estratégia. - Que a Comissão Executiva e o Conselho recebam uma ou duas vezes por ano informação sobre a política de relação com os investidores e de comunicação corporativa. Já no mês de março de 2006, a Comissão implementou um novo processo de auto-avaliação do Conselho, que este ano conta com uma seção especial para a avaliação individual do Presidente, do Administrador Delegado e dos restantes Administradores. 71

76 72 Informação Econômico-Financeira Relatório Financeiro Consolidado 73 Relatório por segmentos 89

77 Informação econômico-financeira Relatório financeiro consolidado Resumo do exercício de 2005 O Grupo Santander desenvolveu a sua atividade em um cenário no qual a economia mundial manteve taxas de crescimento um pouco superiores a 4%. Os EUA e os países asiáticos emergentes, liderados pela China, foram novamente as áreas mais dinâmicas. A América Latina, que apresenta três anos de crescimento sólido, e o Leste Europeu beneficiaram-se desta expansão. Também merece destaque a consolidação da recuperação do Japão e os melhores sintomas apresentados pela zona do euro. A continuidade desta expansão mantém como principais riscos os relacionados ao déficit externo dos EUA, o mercado do petróleo, a situação do mercado imobiliário de algumas economias e a confiança dos consumidores. A economia dos EUA apresenta um crescimento de 3,5% em 2005, mostrando indicadores que apontam para taxas superiores a 4% para o início de A Reserva Federal continuou subindo a taxa oficial, até situá-la nos 4,5%, sendo provável que a tendência prossiga, levando em consideração a solidez econômica. A América Latina apresenta um crescimento de 4%, finalizando o ano com novos sinais de vitalidade e melhora da inflação no México e no Brasil, o que deu margem às novas baixas das taxas de juros. As taxas de câmbio subiram, baseadas em um contexto internacional positivo e na sólida posição externa das principais economias. A zona do euro cresceu 1,4% no ano, embora os dados de confiança empresarial, a situação do mercado profissional e a situação das empresas apontem para uma nova aceleração nos primeiros meses de A inflação, promovida pelos preços da energia, atingiu 2,4%, superior ao objetivo inicial de 2%. É prevista uma nova alta da taxa oficial, que dê seqüência às realizadas em novembro de 2005 (2,25%) e em fevereiro de 2006 (2,50%). O câmbio do euro face ao dólar desvalorizou 13% no ano, fechando o exercício em 1,18 dólares/euro. Na Espanha, o PIB registrou um crescimento de 3,4% no ano, dois pontos acima da zona do euro, um comportamento que foi promovido pelo consumo, pela construção e pelo investimento em equipamento, que compensam o aporte negativo do setor externo. As perspectivas apontam para uma estabilização nestes ritmos, embora a inflação (4,2% em janeiro) e o desequilíbrio externo continuem a ser elevados. No Reino Unido, a atividade consolidou a ligeira revitalização apontada após o verão (crescimento de 2,5% trimestral anualizado no 4º trimestre de 2005) graças ao consumo, com um setor imobiliário também mais firme. A inflação se mantém perto dos 2%, enquanto a taxa oficial do Banco da Inglaterra continua nos 4,5%, após a baixa de 0,25 p.p. de agosto. No que se refere às taxas de câmbio, estas tiveram um impacto positivo de, aproximadamente, quatro pontos porcentuais, tanto nos resultados como no balanço, devido à valorização da maior parte das moedas latino-americanas. As demonstrações financeiras de 2005 que são comentadas a seguir foram elaboradas de acordo com os critérios das novas Normas 73

78 Internacionais de Informação Financeira (NIIF). Para permitir a sua comparação com os períodos anteriores, as demonstrações financeiras de 2004 foram novamente elaboradas aplicando a nova regulamentação. Na nota 2 das Contas Anuais deste Relatório estão incluídas notas explicativas com os princípios de contabilidade e critérios de avaliação aplicados. Neste capítulo do Relatório Anual, os dados de resultados e balanço do Grupo, assim como os seus detalhes, são apresentados com e sem o Abbey, com as suas correspondentes evoluções interanuais. Os comentários são realizados, na maior parte, sobre os dados sem o Abbey, posto que ao serem realizados sobre um padrão equivalente proporcionam uma visão mais correta da evolução do Grupo. Em 2005, o Grupo Santander expandiu o seu negócio, aumentando muito os resultados ordinários, avançou na integração do Abbey, desenvolveu projetos globais e abordou iniciativas que reforçam a posição do Grupo para enfrentar desafios futuros. Os aspectos fundamentais do ano foram: O Grupo Santander obteve um lucro atribuído recorde de 6,22 bilhões de euros, 72,5% superior ao de Esse resultado é o maior alcançado na história por uma empresa espanhola. Este aumento abrange, por um lado, o efeito da incorporação do Abbey, 811 milhões de euros e, por outro, a contabilização do montante líquido dos ganhos e reestruturações extraordinárias realizadas em 2005, que têm um impacto no lucro atribuído de 1,008 bilhão de euros. Excluindo ambos, o lucro atribuído ordinário do Grupo Santander chega a 4,401 bilhões de euros, com um aumento de 22%. Os ganhos resultam da venda de participações no The Royal Bank of Scotland, Unión Fenosa e Auna. Conjuntamente, chegam a um montante bruto de 2,229 bilhões de euros. Desse valor, 658 milhões destinaram-se à amortização antecipada dos encargos de reestruturação do Abbey e 608 milhões a aposentadorias antecipadas. Após a incorporação do Abbey, o conjunto da Europa obtém um lucro de 3,795 bilhões de euros (68% das áreas operacionais), enquanto a América Latina registra 1,776 bilhão de euros (32%). * Os resultados demonstraram uma tendência crescente no exercício. As taxas de variação aumentam trimestre a trimestre em receitas e margem de exploração, que fecham (sem o Abbey) com os maiores aumentos do ano, 14% e 18%, respectivamente. Este aumento da margem de exploração é sólido e diversificado. Ocorre em todas as áreas, na sua dupla visão geográfica e por negócios, apoiado na força comercial das mesmas. Os créditos crescem 24% e os recursos de clientes geridos 20% (incluindo o Abbey, os crescimentos são de 18% e 14%, respectivamente). Os principais quocientes de gestão evoluem favoravelmente no exercício. Melhoria de dois pontos porcentuais no quociente de eficiência sem o Abbey, de 52,0% para 50,0% (incluindo amortizações). Todas as grandes unidades da Europa e América melhoraram acentuadamente no ano. Com o Abbey, que também melhora a sua eficiência em 2005, o quociente fica em 52,5%. A taxa de inadimplência registra mínimos históricos (0,89% face a 1,00% em dezembro de 2004) e a cobertura aumenta 16 pontos percentuais, até os 182%. Os quocientes de capital melhoram no ano, atingindo um core capital de 6,05% no fim do exercício. A rentabilidade dos fundos próprios (ROE) chega a 16,6%, considerando o lucro ordinário, ou em 19,9%, considerando o lucro total. A sua comparação com 2004 é afetada pelo aumento do capital realizado no fim do referido ano em relação à aquisição do Abbey, embora a sua evolução em 2005 tenha sido positiva, melhorando trimestre a trimestre. A força demonstrada pelo Grupo permite aumentar o lucro por ação e o dividendo de forma notável no primeiro ano após a aquisição do Abbey. O lucro por ação atinge a 0,9967 euros, o que representa um aumento de 36,8%. Considerando o lucro ordinário, o aumento é de 14,7%. Em consonância com estes resultados, o dividendo por ação com débito aos resultados do exercício, proposto pelo Conselho de Administração à Assembléia Geral de Acionistas é de 0,4165 euros, 25% superior ao de Este dividendo traduz um pay-out de 49,98% do lucro ordinário, em consonância com a política de remuneração do Grupo, e equivale a uma rentabilidade de 4,21% sobre o preço médio da ação em

79 Relatório financeiro consolidado Abordando a evolução dos negócios, no nível principal de segmentação ou geográfico, apresentam-se quatro segmentos: três áreas operacionais e Gestão Financeira e Participações. As áreas operacionais englobam a totalidade dos negócios que o Grupo desenvolve nas mesmas, sendo: Europa Continental, Reino Unido e América Latina. Em 2005, a Europa Continental apresenta uma evolução sólida, o Abbey ultrapassa os seus objetivos para o ano e a América Latina mantém os elevados ritmos de crescimento de atividade e resultados, principalmente no negócio com clientes. A Europa Continental, responsável por 54% do lucro atribuído das áreas operacionais do Grupo, registra no ano um notável aumento das receitas face à evolução positiva da margem de intermediação, custos quase planos e menores necessidades de saneamentos devido ao efeito que a elevada qualidade do risco teve na aplicação das NIIF (Normas Internacionais de Informação Financeira). Tudo isso envolve crescimentos de 11,2% na margem ordinária, de 19,8% na margem de exploração e o aumento do lucro atribuído para 2,984 bilhões de euros, com uma alta de 38,2% face a Estes resultados apóiam-se nos crescimentos de todas as unidades de banco comercial (Rede Santander, Banesto, Santander Consumer Finance, Portugal e Banif), assim como de gestão de ativos e seguros, bem como no banco de grandes clientes. O Reino Unido (Abbey) aportou ao Grupo, em seu primeiro exercício, um lucro atribuído de 811 milhões de euros (555 milhões de libras), o que representa 14% das áreas operacionais. Além disso, as receitas e os lucros aumentam trimestre a trimestre. Para 2005, o Abbey tinha três objetivos prioritários: estabilização das receitas recorrentes, economia de 150 milhões de libras e melhoria das vendas e produtividade comercial. Todos eles foram ultrapassados: as receitas recorrentes aumentaram 4%, os custos objetivo foram reduzidos em 224 milhões de libras e os principais produtos melhoraram suas produções face a A América Latina obteve em 2005 um lucro atribuído de 1,776 bilhão de euros (32% do obtido pelas áreas operacionais do Grupo), com um aumento de 20,8% em relação a Este crescimento se apóia no forte impulso da atividade e no notável aumento das receitas comerciais nos últimos trimestres, que ultrapassam amplamente o aumento dos custos de expansão da atividade. Em dólares, a sua moeda de gestão, a margem de exploração aumenta 31,8% e o lucro atribuído atinge os 2,208 bilhões de dólares (+21,0%). Estes crescimentos são generalizados em receitas, margem de exploração e lucro. Assim, a margem de exploração, tanto nos três grandes países como no conjunto de outros países e Santander Private Banking, aumentam mais de 20%. Este crescimento é obtido com uma forte melhoria da eficiência e evolução positiva da qualidade do crédito. Para o conjunto da região o quociente de inadimplência passa de 2,94%, em 2004, para 1,91 % em 2005, enquanto a cobertura sobe de 155% para 183%. No nível secundário ou por negócios distinguimos entre Banco Comercial, Gestão de Ativos, Seguros e Banco de Grandes Clientes Global, cuja soma equivale à das três áreas operacionais geográficas do nível principal. O negócio de Banco Comercial, que representa 84% do total de receitas das áreas operacionais e 78% do resultado, antes de impostos, apresentou uma evolução positiva no ano. Sem contar com o aporte do Abbey, o resto do banco comercial do Grupo apresenta em 2005 um crescimento de 26,1% na margem de exploração e de 38,2% no resultado, antes de impostos. Na Europa Continental o aumento foi de 21,3% na margem de exploração e de 39,1% no resultado, antes de impostos. Na América Latina, os crescimentos, em euros, são de 38,2% e 36,2%, respectivamente, impulsionados pela aceleração do negócio com clientes nos principais mercados. Em 2005, a Gestão de Ativos e Seguros avançou para a sua consolidação como negócio global. Assim, unificou a marca comercial das gestoras em todos os países e mercados onde opera, passando a designar-se Santander Asset Management, e criou a Unidade Global de Seguros, que integra a atividade na Espanha e América Latina. Com ambas as iniciativas, acrescenta-se o conhecimento dos mercados e das necessidades locais às capacidades globais do Grupo na gestão e desenvolvimento de produtos de alto valor agregado. O segmento obteve um resultado, antes de impostos, de 688 milhões de euros, valor que representa 9% do total das áreas operacionais, com um crescimento, sem incluir o Abbey, de 37,2% face a O total de receitas obtidas nos produtos geridos a partir deste segmento (fundos de investimento, de pensões e seguros) chegou a 3,696 bilhões de euros, 62,9% acima do valor de 2004 (sem considerar o Abbey: +20,3%). O Banco de Grandes Clientes Global obteve no ano um resultado, antes de impostos, de 1,069 bilhão de euros (13% das áreas operacionais), depois de um aumento de 21,9%. As receitas crescem 9,2% en relação a 2004, 75

80 Resultados Milhões de euros Variação sem Abbey Com Abbey Sem Abbey Absoluta (%) Margem de intermediação (sem dividendos) ,06 Rendimento de instrumentos de capital (55) (14,17) Margem de intermediação ,56 Resultados equiparados ,35 Comissões líquidas ,32 Atividades de seguros ,45 Margem comercial ,26 Resultado líquidos de operações financeiras ,70 Margem ordinária ,98 Serviços não financeiros ,50 Despesas não financeiras (122) (106) (145) 39 (26,89) Outros resultados de exploração (104) (104) (63) (41) 64,83 Custos de exploração (10.723) (8.307) (7.533) (774) 10,27 Despesas gerais de administração (9.701) (7.403) (6.695) (709) 10,58 De pessoal (5.744) (4.516) (4.236) (280) 6,62 Outras despesas gerais de administração (3.958) (2.887) (2.459) (428) 17,41 Amortização do imobilizado (1.021) (904) (839) (65) 7,78 Margem de exploração ,25 Prejuízos líquidos por deterioração de ativos (1.807) (1.489) (1.843) 355 (19,25) Créditos (1.615) (1.297) (1.573) 276 (17,54) Fundo de comércio (138) 138 (100,00) Outros ativos (192) (192) (132) (59) 44,80 Outros resultados (286) (362) (237) (125) 52,97 Resultado antes de impostos (corrente) ,54 Imposto sobre pessoas jurídicas (1.437) (1.082) (597) (486) 81,36 Resultado da atividade corrente ,08 Resultado de operações interrompidas (líquido) (14) (14) 12 (25) Resultado consolidado do exercício (corrente) ,37 Resultado atribuído a minoritários ,69 Lucro atribuído ao Grupo (corrente) ,04 Líquido de mais-valias e reestruturações extraordinárias Lucro atribuído ao Grupo ,00 Pró-memória: Ativos Totais Médios ,93 Recursos Próprios Médios ,52 afetadas positivamente pelo aumento da atividade com clientes, bem como ganhos realizados, e negativamente por uma diminuição no aporte das tesourarias por conta própria. Paralelamente, as dotações para insolvências diminuem devido às menores necessidades para financiamento tradicional. Em suma, esta análise do mapa de negócios apresenta o esforço do Grupo no ano, para crescer em volumes e aumentar as receitas, potencializando a atividade com clientes em todas as geografias e negócios onde está presente, enquanto se controlam as despesas e se mantém uma excelente qualidade dos riscos. 76

81 Relatório financeiro consolidado Por trimestres Milhões de euros T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Margem de intermediação (sem dividendos) Rendimento de instrumentos do capital Margem de intermediação Resultados equiparados Comissões líquidas Atividades de seguros Margem comercial Resultado líquidos de operações financeiras Margem ordinária Serviços não financeiros (líquido) Despesas não financeiras (38) (43) (32) (32) (35) (42) (16) (30) Outros resultados de exploração (18) (9) (21) (15) (9) (32) (27) (36) Custos de exploração (1.833) (1.867) (1.869) (1.964) (2.557) (2.608) (2.677) (2.881) Despesas gerais de administração (1.633) (1.657) (1.660) (1.744) (2.321) (2.373) (2.438) (2.569) De pessoal (1.017) (1.038) (1.048) (1.134) (1.387) (1.405) (1.437) (1.515) Outras despesas gerais de administração (617) (620) (612) (610) (935) (969) (1.001) (1.053) Amortização do imobilizado (200) (209) (209) (221) (235) (235) (239) (312) Margem de exploração Prejuízos líquidos por deterioração de ativos (366) (472) (496) (509) (293) (403) (418) (692) Créditos (328) (436) (471) (337) (283) (393) (399) (540) Fundo de comércio (2) (136) Outros ativos (35) (36) (25) (36) (10) (10) (19) (152) Outros resultados (100) (6) 48 (180) (137) (108) (137) 96 Resultado antes de impostos (corrente) Imposto sobre pessoas jurídicas (189) (231) (196) 19 (311) (350) (373) (402) Resultado da atividade corrente Resultado de operações interrompidas (líquido) (15) 0 Resultado consolidado do exercício (corrente) Resultado atribuído a minoritários Lucro atribuído ao Grupo (corrente) Líquido de mais-valias e reestruturações extraordinárias (831) Lucro atribuído ao Grupo (60) Taxa de câmbio: Paridade 1 euro=moeda Câmbio final Câmbio médio Câmbio final Câmbio médio Dólar americano 1,1797 1,2435 1,3621 1,2410 Libra esterlina 0,6853 0,6838 0,7050 0,6780 Peso argentino 3,5907 3,6352 4,0488 3,6564 Peso boliviano 9, , ,9526 9,8476 Real brasileiro 2,7446 3,0068 3,6177 3,6325 Peso colombiano 2.697, , , ,4524 Peso chileno 604, , , ,6815 Novo peso mexicano 12, , , ,0120 Guarani paraguaio 7.196, , , ,0204 Novo sol peruano 4,0561 4,0956 4,4745 4,2387 Peso uruguaio 27, , , ,6202 Bolívar venezuelano 2.533, , , ,

82 Resultados do Grupo Santander No ano de 2005, o lucro atribuído obtido pelo Grupo Santander atingiu 6,220 bilhões de euros, o que equivale a um aumento de 72,5% sobre os 3,606 bilhões de euros obtidos em Este forte aumento tem três causas fundamentais: o lucro atribuído com um padrão constante, ou seja, sem a inclusão do Abbey, atinge 4,401 bilhões de euros, com um aumento de 22,0%. Se acrescentarmos o Abbey, que contribui com 811 milhões de euros, o resultado atinge 5,212 bilhões, com um aumento de 44,5% face a Este montante de 5,212 bilhões é o que melhor reflete a capacidade de geração de resultados do Grupo e é o que deve ser considerado como ponto de partida para os próximos anos. Por último, a inclusão do valor líquido entre os ganhos realizados e saneamentos extraordinários, bilhão de euros, coloca o lucro total do exercício em 6,220 bilhões de euros, traduzindo um aumento de 72,5%, conforme comentário anterior. A seguir, apresenta-se uma visão mais detalhada da conta de resultados, sem incluir o aporte do Abbey nem o valor líquido dos ganhos e saneamentos extraordinários, para efeitos de comparação dentro de um padrão homogêneo. A margem de intermediação situa-se em 8,603 bilhões de euros, 13,6% acima do valor de Destaca-se que (sem dividendos) todos os trimestres de 2005 aumentaram sobre o anterior. Esta evolução deve-se ao fato de que a expansão de volumes se transfere em grande medida para as receitas dos negócios comerciais, devido à maior estabilidade das margens. Concretamente, a Europa Continental e a América Latina aumentam, em conjunto, 15,4%. Resultados do Grupo Santander em 2005 O lucro aumentou 72%, ultrapassando os 6,2 bilhões de euros. O resultado ordinário chega a 5,212 bilhões de euros. +22% Lucro atribuído ao Grupo % % Abbey 2005 Líquido de mais-valías 2005 Sem Abbey Com Abbey e saneamentos Com Abbey extraordinários e mais-valias De acordo com a nova legislação, o custo das ações preferenciais é contabilizado na margem de intermediação. Em 2005, este custo, sem o Abbey, foi de 191 milhões de euros. Em relação ao ano anterior, registra-se um decréscimo do citado custo de 7,5%. As comissões e a atividade de seguros aumentam 13,2% face a 2004, com um aumento moderado na Europa Continental (+6,7%) e acentuado (+25,4%) na América Latina, apresentando uma boa evolução trimestral. Por produtos, merecem destaque os aumentos das comissões provenientes dos fundos de investimento e pensões (+15,9%) e seguros (+30,4%). Estes aumentos estão relacionados aos maiores volumes de negócio e, em certos casos, como os fundos de investimento, às mudanças do mix de negócio que envolveram um aumento das receitas sobre os ativos médios geridos. As comissões procedentes de valores também melhoraram de forma notável em relação a 2004, registrando um aumento de 14,3% no ano. Margem de intermediação (sem dividendos) Milhões de euros * * * 1.943* Margem comercial (sem dividendos) Milhões de euros * * * * 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 (*) Sem Abbey 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 (*) Sem Abbey 78

83 Relatório financeiro consolidado Comissões líquidas e atividades de seguros Milhões de euros Variação sem Abbey Com Abbey Sem Abbey Absoluta (%) Comissões por serviços ,79 Cartões de crédito e débito ,43 Seguros ,27 Administração de contas ,53 Letras comerciais (50) (18,70) Passivos contingentes ,64 Outras operações ,78 Fundos de investimento e pensões ,94 Valores e custódia ,33 Comissões líquidas ,32 Atividades de seguros ,45 Comissões líquidas e atividades de seguros ,24 Os resultados por equiparação aumentam 37,4%, fundamentalmente pelo maior aporte da Cepsa no exercício, situando-se nos 617 milhões de euros. Assim, a margem comercial totaliza 14,802 bilhões de euros, depois de aumentar 14,3% face a Os resultados líquidos por operações financeiras atingem 1,218 bilhões de euros, com um aumento de 10,7%. Em 2005, manteve-se a linha iniciada no exercício anterior, de forte aumento nas receitas provenientes de produtos de tesouraria para clientes. Neste sentido, merecem destaque os aumentos procedentes do Santander Global Connect na Rede Santander e do Polaris, no Banesto, pioneiros nesta atividade, aos quais se juntou, igualmente com uma evolução positiva, a extensão do Santander Global Connect em Portugal. Depois de incluir os resultados por operações financeiras, a margem ordinária chega aos 16,02 bilhões, 14,0% acima do registrado em Os custos de exploração (incluindo amortizações) aumentam 10,3%, devido basicamente ao relançamento comercial que está sendo realizado em certos países, assim como ao desenvolvimento de novos projetos, comerciais e corporativos. Assim, trata-se de um crescimento seletivo, com três grupos diferenciados. Na Europa, aumentos muito contidos (até mesmo a Rede Santander baixa ligeiramente), salvo no caso do Santander Consumer Finance, negócio em expansão e com certo efeito de perímetro. Na América Latina, o crescimento está concentrado em dois países: No México, devido ao aumento da atividade e infra-estrutura, e no Brasil, muito afetado pelas taxas de câmbio, porque, em moeda local, o aumento do ano foi de 4%, ou seja, abaixo da inflação, e com uma tendência descendente ao longo do exercício, a partir de taxas do Custos de exploração Milhões de euros Variação sem Abbey Com Abbey Sem Abbey Absoluta (%) Gastos de pessoal ,62 Outras despesas gerais de administração: ,41 Tecnologia e sistemas ,02 Comunicações ,32 Publicidade ,83 Imóveis e instalações ,34 Impressos e material de escritório ,70 Tributos ,22 Outros ,81 Despesas gerais de administração ,58 Amortização do imobilizado ,78 Total de custos de exploração ,27 79

84 Margem de exploração Milhões de euros Margem de exploração (sem Abbey) Var. s/mesmo período ano anterior % * 2.027* 1.984* 2.081* 10% 11% 13% 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 1T 05 1S 05 9M (*) Sem Abbey cenário de 10% com que se iniciava o mesmo. Os demais países aumentam a taxas muito moderadas. Em Gestão Financeira e Participações, o aumento deve-se em grande parte aos projetos corporativos (por exemplo, tecnologia). Em síntese, nos mercados mais maduros, o aumento das despesas está em linha ou abaixo a inflação. Os negócios nos quais as despesas aumentam são aqueles em que mais crescem as receitas, o que nos leva a melhorar a nossa eficiência no Grupo e em todas as unidades principais. O quociente de eficiência (com amortizações) mantém-se nos 50,0%, com uma melhoria de dois pontos porcentuais no exercício. Sem amortizações, o quociente fica abaixo dos 45% para todo o ano de Todas as grandes unidades da Europa e principais países da América Latina melhoram no ano, com e sem amortizações. A evolução de receitas e despesas conduz a um aumento da margem de exploração, sem o Abbey, de 18,3% Duas notas destacam-se na sua evolução. A primeira é que este aumento baseia-se no conjunto dos segmentos operacionais de negócio, que aumentam 23,9% (o segmento de Gestão Financeira e Participações tiveram um aporte inferior ao de 2004 devido às menores receitas das carteiras ALÇO e ao menor aporte da posição centralizada de câmbio). Todas as áreas geográficas, ou por corte transversal de negócios, aumentam notavelmente a sua margem de exploração. Por isso, é um crescimento sólido e diversificado. A segunda nota a destacar é a contínua aceleração nas suas taxas de crescimento ao longo de O ano começou com um aumento interanual de 10% no primeiro trimestre, taxa que quase duplicou para o conjunto do ano (+18%), depois de melhorar trimestre a trimestre. Incorporando o Abbey, a margem de exploração obtida pelo Grupo Santander em 2005 atinge os 9,285 bilhões de euros, que equivalem a um aumento interanual de 39,4%. As perdas líquidas por deterioração de ativos chegam a 1,489 bilhão de euros, sendo que a maior parte corresponde a dotações líquidas para créditos (1,297 bilhão). Em relação a 2004, as dotações para créditos tiveram uma redução de 17,5%. Esta diminuição acontece devido à provisão genérica, porque a específica aumenta em linha com o investimento creditício. Portanto, o custo do crédito se manteve Prejuízos líquidos por deterioração de créditos Milhões de euros Variação sem Abbey Com Abbey Sem Abbey Absoluta (%) De insolvências (252) (13,30) De risco-país ,67 Ativos em suspenso, recuperados (487) (433) (405) (27) 6,75 Total (276) (17,54) 80

85 Relatório financeiro consolidado praticamente estável no ano, apesar da mudança do mix do negócio para produtos de maior rentabilidade, mas também maior prêmio de risco. Em perdas líquidas por deterioração de outros ativos (192 milhões de euros), incluiu a amortização antecipada realizada pelo Brasil no último trimestre do ano dos seus equipamentos tecnológicos obsoletos, pelo valor de 150 milhões de dólares. Por sua vez, a linha de outros resultados é negativa em 2005 em 362 milhões de euros, face aos 237 milhões também negativos do exercício passado. Depois de deduzir estes saneamentos, o resultado, antes de impostos ordinários, chega a 6,026 bilhões de euros, com um aumento de 31,5%. Com a inclusão de impostos e interesses minoritários, o lucro atribuído ao Grupo (sem a inclusão do Abbey, bem como extraordinários, como destacado anteriormente) foi de 4,401 bilhões de euros, com um aumento de 22,0%. O lucro atribuído por ação situou-se em 0,9967 euros, com um aumento de 36,8% face a Sem incluir ganhos, o lucro por ação é de 0,8351 euros, com um aumento de 14,7%. O menor crescimento do lucro por ação em relação ao lucro em grandeza absoluta se deve ao impacto do aumento do capital realizado em finais de 2004 para a aquisição do Abbey, instituição que ainda não alcançou o seu potencial de resultados. A rentabilidade sobre fundos próprios foi de 19,9%, ou de 16,6% sem considerar os ganhos, face a um ROE de 19,7% em Esta baixa face a 2004 se deve ao aumento dos fundos próprios anteriormente referidos, embora a sua evolução tenha sido crescente ao longo de 2005, melhorando em relação aos 15,2% do primeiro trimestre. Lucro atribuído ao Grupo (ordinário)** Milhões de euros ROE % Lucro por ação Euros ,7 19,9* 0,9967* +36,8% 0,7284 0, ,7% * 1.162* 1.112* 1.088* 16,6 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 (*) Sem Abbey (**) Sem mais-valias nem saneamentos extraordinários (*) Incluindo mais-valias 81

86 Balanço Milhões de euros Com Abbey Sem Abbey Var. (%) Var. (%) Ativo Caixa e depósitos em bancos centrais , ,27 Carteira de negociação , ,42 Valores representativos de dívida , ,52 Créditos a clientes ,25 0 Outros instrumentos de capital , ,90 Outros , ,59 Outros ativos financeiros de valor razoável , ,73 Créditos a clientes ,54 0 Outros , ,73 Ativos financeiros disponíveis para a venda , ,10 Valores representativos de dívida , ,42 Instrumentos de capital (24,66) (24,75) Investimentos de crédito , ,54 Depósitos em instituições de crédito , ,42 Créditos a clientes , ,22 Outros , (18,70) Participações (19,11) (4,40) Ativos corpóreos e incorpóreos , ,92 Fundo de comércio (7,11) ,90 Outras contas (8,21) (7,61) Total ativo , ,90 Passivo e patrimônio líquido Carteira de negociação , ,77 Depósitos de clientes (31,66) 43 Débitos representados por valores negociáveis ,10 0 Outros , ,41 Outros passivos financeiros de valor razoável ,03 Depósitos de clientes Débitos representados por valores negociáveis ,03 Outros Passivos financeiros a custo amortizado , ,81 Depósitos de bancos centrais e instituições de crédito , ,39 Depósitos de clientes , ,12 Débitos representados por valores negociáveis , ,44 Passivos subordinados , ,90 Outros passivos financeiros , ,34 Passivos por contratos de seguros , ,19 Provisões , ,78 Outras contas do passivo (27,82) (14,62) Capital com natureza de passivo financeiro (38,38) (67,41) Interesses minoritários , ,83 Ajustes ao patrimônio por avaliação , ,40 Capital Reservas , ,92 Resultado atribuído ao Grupo , ,00 Menos: dividendos e remunerações (1.744) (1.311) 33,08 (1.744) (1.311) 33,08 Total passivo e patrimônio líquido , ,90 Recursos de clientes fora de balanço , ,95 Total fundos geridos , ,29 82

87 Relatório financeiro consolidado Créditos a clientes Milhões de euros Com Abbey Sem Abbey Var. (%) Var. (%) Crédito às Administrações Públicas (8,68) (8,68) Crédito a outros setores residentes , ,76 Crédito con garantia real , ,24 Outros créditos , ,46 Crédito ao setor não residente , ,32 Crédito com garantia real , ,63 Outros créditos , ,31 Créditos a clientes (bruto) , ,95 Fundo de provisão para insolvências , ,33 Créditos sobre clientes (líquido) , ,22 Pró-memória: Ativos duvidosos , ,57 Administrações Públicas 3 3 (7,20) 3 3 (7,20) Outros setores residentes , ,18 Não residentes , ,77 Balanço do Grupo Santander No fim de 2005, o Grupo Santander conta com ativos cujo valor atinge os 809,107 bilhões de euros. A dimensão global do Grupo, uma vez somado o conjunto de recursos geridos fora do balanço, atinge 961,953 bilhões de euros. Os créditos chegam a 443,439 bilhões de euros, com um aumento interanual de 17,9%, e os recursos de clientes geridos, cujo saldo atinge 680,887 bilhões de euros, aumentam 14,4% sobre dezembro de Em 31 de dezembro de 2004, o balanço do Abbey foi, pela primeira vez, consolidado no Grupo Santander. Em 2005, o banco britânico apresenta aumentos de 6,5% no investimento creditício e de 1,4% nos recursos de clientes geridos (ambos sem efeito da taxa de câmbio). A incorporação do Abbey representa para o Grupo Santander uma maior diversificação geográfica do negócio porque, para os créditos, a Europa Continental totaliza 49%, o Reino Unido 39% e a América Latina 12% do total do Grupo, enquanto em recursos de clientes geridos, as porcentagens são de 43%, 37% e 20%, respectivamente. A seguir, analisa-se evolução do Grupo nos últimos doze meses, sem levar em consideração a incorporação do Abbey para disponibilizar, em dados de atividade, uma visão mais conforme com a apresentada no capítulo de resultados. O investimento creditício do Grupo, sem o Abbey, chega a 270,698 bilhões de euros, 24,0%. Em Outros Setores Residentes o crescimento interanual foi de 21,8%. Neste último, destaca-se o aumento de 30,2% do crédito com Créditos a clientes (bruto) Bilhões de euros Créditos a clientes % sobre áreas operacionais ,9%* +24,0%* Reino Unido (Abbey) 39% América Latina 12% Europa Continental 49% D 04 M 05 J 05 S 05 D 05 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +14,1 % (sem Abbey, +19,6%) 83

88 Discriminação contas à ordem Milhões de euros Saldo Ativos Saldo Ativos (valor Ativos ponderados (valor Ativos ponderados nominal) equival. por risco nominal) equival. por risco Passivos contingentes: Garantias financeiras Avais e outras cauções apresentadas Créditos documentários irrevogáveis Derivados de crédito vendidos Outras garantias financeiras Ativos afetados por diversas obrigações Outros riscos contingentes Subtotal passivos contingentes Compromissos contingentes: Disponíveis por terceiros Por instituições de crédito Pelo setor Administrações Públicas Por outros setores Outros compromissos contingentes Subtotal compromissos Total contas de ordem garantia real. Por sua vez, o crédito ao setor não residente apresenta um aumento de 29,3%. Atendendo à distribuição geográfica (segmentos principais) do investimento creditício, a Europa Continental apresenta um crescimento conjunto de 19%. Na Espanha, a Rede Santander aumenta 15% e o Banesto 23% (ambos sem o efeito das titularizações). Estes crescimentos foram provocados tanto pelas hipotecas como pelo bom comportamento dos outros tipos de créditos, principalmente, PyMEs e microempresas. Das restantes unidades na Europa, Portugal aumenta 13%, com base em hipotecas e PyMEs, e o Santander O Consumer Finance cresce 25%. Este último apresenta fortes ritmos de produção, tanto em produtos como em geografias. Nos primeiros, o financiamento de automóveis, cartões e créditos diretos aumentam acima de 20%. Nos segundos, a Península Ibérica aumenta 15%, a Alemanha 9% e a Itália 30%. A eles acrescenta-se o início da consolidação do Bankia. A aquisição em Portugal só é consolidada em A América Latina, por sua vez, apresenta um crescimento de 45% em euros. Em moeda local, o aumento é de 20%, com notáveis aumentos nos grandes países: +42% no Brasil, +35% no México, excluindo a promissória IPAB e a carteira hipotecária antiga, e +19% no Chile. Gestão do risco de crédito* Milhões de euros Com Abbey Sem Abbey Var. (%) Var. (%) Riscos de inadimplência e duvidosos , ,24 Índice de inadimplência (%) 0,89 1,00 (0,11 p.) 1,02 1,19 (0,17 p.) Fundos constituídos , ,09 Específicos , ,35 Genéricos , ,24 Cobertura (%) 182,02 165,59 16,43 p. 222,62 193,22 29,40 p. Riscos de inadimplência e duvidosos ordinários** , ,25 Índice de inadimplência (%) ** 0,64 0,67 (0,03 p.) 0,92 0,99 (0,07 p.) Cobertura (%)** 252,28 246,67 5,61 p. 247,13 230,99 16,14 p. (*).- Não inclui risco - país (**).- Excluindo garantias hipotecárias Nota: Índice de inadimplência: Risco de inadimplência e duvidosos / risco computável 84

89 Evolução de devedores em mora por trimestres Milhões de euros Relatório financeiro consolidado 1T 2T 3T 4T 1T 2T 3T 4T Saldo no início do período Entradas líquidas* (159) Falidos (430) (249) (237) (109) (183) (466) (395) (467) Saldo no final do período (*).- No 4T '94, 1,117 bilhões correspondem ao Abbey Além dos créditos, o Grupo tem assumido outros riscos sem investimento (avais e créditos documentários), assim como diferentes compromissos e contingências contraídos no curso normal das suas operações. operações. Deles se apresenta o valor nominal, o montante de risco equivalente e o valor ponderado por risco, sendo este último calculado de acordo com a legislação que regula os requisitos do capital do quociente BIS. Em relação ao controle do risco, a taxa de inadimplência do Grupo Santander se situa em 0,89%, depois de recuar 11 pontos base desde dezembro de A taxa de cobertura é de 182%, melhorando no ano 16 pontos porcentuais. Os riscos de mora e duvidosos atingem no fim de 2005, 4,342 bilhões de euros, com aumento de 5,5%, que, em termos líquidos, é inferior ao apresentado pelo conjunto do investimento creditício e dos fundos constituídos, que aumentam 16%, em especial pelos genéricos, que aumentam 24%. Isso dá origem a fundos constituídos totais para cobertura de 7,902 bilhões de euros em dezembro de 2005, dos quais 3,177 bilhões são específicos e 4,725 bilhões são fundos genéricos. O Abbey apresenta uma taxa de inadimplência de 0,67% e uma cobertura de 78%. A redução de ambas se deve ao elevado peso que as hipotecas têm no seu investimento. Taxa de inadimplência % Eliminando o Abbey, a taxa de inadimplência do Grupo é de 1,02% e a cobertura de 223%, melhorando as do fim de 2004 em 17 pontos base e 29 pontos porcentuais, respectivamente. A evolução de saldos em mora e fundos de cobertura é muito semelhante à referida para o total do Grupo. Na Espanha, a inadimplência continua em mínimos históricos, 0,57% no fim de 2005, sete pontos base abaixo do valor registrado em A cobertura dos saldos duvidosos continua aumentando e se situa em 318%, 55 pontos porcentuais acima do fim de Em Portugal, e em um contexto econômico ainda fraco, a taxa de inadimplência cai 28 pontos base no exercício, ficando em 0,78%. A cobertura, de 243%, aumentou 49 pontos porcentuais no ano de O Santander Consumer Finance apresenta também boas taxas num negócio de maior risco, mas com margens muito superiores aos do mercado financeiro comercial.a taxa de inadimplência fica em 2,40% e apresenta uma ligeira tendência de alta no ano, devido à entrada em novos tipos de atividade, mais rentáveis, mas com maior prêmio de risco, como, por exemplo, o negócio de subprime. A cobertura mantém-se estável nos 125%. Cobertura de inadimplência % 223 1,00 0,89-11 p.b. 1,19 1,02-17 p.b p.p p.p Com Abbey Sem Abbey Com Abbey Sem Abbey 85

90 Recursos de clientes geridos Milhões de euros Com Abbey Sem Abbey Var. (%) Var. (%) Credores Administrações Públicas , ,62 Credores outros setores residentes , ,20 Ordem , ,25 Prazo (5,16) (5,16) Cessão temporária de ativos (4,76) (4,76) Credores setor não residente , ,95 Ordem , ,23 Prazo , ,84 Cessão temporária de ativos (16,12) ,84 Administrações públicas , ,27 Depósitos de clientes , ,79 Débitos representados por valores negociáveis , ,44 Passivos subordinados , ,90 Passivos por contratos de seguros , ,19 Recursos de clientes em balanço , ,76 Fundos de investimento , ,53 Fundos de pensões , ,02 Patrimônios administrados , ,88 Recursos de clientes fora do balanço , ,95 Recursos de clientes geridos , ,16 Na América Latina, a taxa de inadimplência, de 1,91%, fica 103 pontos abaixo da registrada em dezembro de A cobertura alcança 183% dos saldos duvidosos, 28 pontos porcentuais acima da de dezembro de O risco-país sujeito a provisões do Grupo com terceiros, de acordo com os critérios do Banco da Espanha, atingiam, em dezembro de 2005, um valor bruto de 788 milhões de dólares, com um recuo de 37,2% no exercício. Informações mais amplas sobre a evolução do risco creditício, sistemas de controle e acompanhamento ou modelos internos de riscos para o cálculo de provisões são comentadas no capítulo específico de Gestão do Risco no presente Relatório Anual. Em relação ao passivo, os recursos de clientes em balanço, sem o Abbey, chegam a 306,853 bilhões de euros, com um crescimento de 20,8%. Entre eles, os depósitos sem cessões temporárias de ativos aumentam 18,1%, os valores negociáveis 40,4%, os passivos por contratos de seguros 38,2%, enquanto os passivos subordinados apresentam apenas uma variação (+2,9%). Fora do balanço, os fundos de investimento sobem 11,5% desde dezembro de 2004 e os planos de pensões 31,0%. Recursos de clientes geridos Bilhões de euros Recursos de clientes geridos % sobre áreas operacionais ,4%* ,2%* D 04 M 05 J 05 S 05 D 05 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +9,9% (sem Abbey, +14,0%) América Latina 20% Reino Unido (Abbey) 37% Europa Continental 43% 86

91 Patrimônio de fundos de investimento e sociedades de investimento Milhões de euros Relatório financeiro consolidado Variação Absoluta (%) Espanha ,64 Resto da Europa Continental ,48 Reino Unido (Abbey) ,59 América Latina ,43 Total ,90* (*).- Sem Abbey: +11,5% Em síntese, no fim de 2005, os recursos de clientes geridos (dentro e fora do balanço) sem o Abbey contabilizam 453,699 bilhões de euros, com um aumento de 20,2% sobre o fim do ano passado, porcentagem que atinge os 14% se eliminarmos o impacto das taxas de câmbio. Atendendo à distribuição geográfica dos saldos, na Europa Continental o conjunto dos recursos de clientes geridos aumenta 9%. Na Espanha, onde se concentram mais de 82% dos saldos da Europa Continental, os recursos em balanço aumentam 11% e os previstos fora do balanço 8%. Os fundos de investimento na Espanha apresentam um aumento de 4%, influenciado em grande medida pelo vencimento em março e abril dos depósitos Super Satisfação, pelo montante aproximado de 5 bilhões de euros. Sem o referido dado, os fundos de investimento teriam crescido 10%. O Grupo mantém a sua posição líder em fundos de investimento, com uma quota em patrimônio perto de 25%. No seu detalhamento por modalidades, o crescimento é motivado pelo bom comportamento dos fundos garantidos, fundos imobiliários e FIM mistos. Por sua vez, os planos de pensões na Espanha apresentam um crescimento de 14% em termos homogêneos, pelos planos de pensões individuais, onde se conserva, com base na informação publicada pela INVERCO, a primeira posição do mercado. Na América Latina, o conjunto de recursos de clientes, dentro e fora do balanço, aumenta 42% em euros (+17% retirando o efeito da taxa de câmbio). No seu detalhamento, os depósitos sem cessões de todos os países aumentam com taxas de dois dígitos, destacando-se a Argentina (+29%), o Brasil e a Venezuela (+27%), e a Colômbia (+24%), enquanto o México aumenta 19% e o Chile 18%. Todas as porcentagens estão sem o efeito das taxas de câmbio. Em fundos de investimento o aumento conjunto da região foi de 24%, com destaque para a Argentina, o México e o Brasil. Em planos de pensões todos os países registram aumentos, para um crescimento conjunto de 17%, em ambos os casos sem o efeito da taxa de câmbio. Da mesma forma, e dentro da sua estratégia global de financiamento, o Grupo realizou emissões de cédulas hipotecárias e outras covered bonds pelo montante de 14,209 bilhões de euros a prazos de 5 e 15 anos, assim como emissões de dívida sênior por um contravalor de 24,364 bilhões, e emissões de dívida subordinada pelo valor de 1,617 bilhão. Além disso, realizou-se uma colocação de participações preferenciais por 1 bilhão de euros. Por outro lado, no exercício registrou-se o vencimento natural de emissões de dívida sênior em um montante conjunto de 11,047 bilhões de euros, de cédulas hipotecárias por 309 milhões de euros, assim como a amortização antecipada de emissões preferenciais (em conjunto por 947 milhões de euros) e de emissões de dívida subordinada por um contravalor total de 2,607 bilhões de euros. Patrimônio dos planos de pensões Milhões de euros Variação Absoluta (%) Espanha ,85* Individuais ,90* Associados ,90 Emprego ,85 Resto da Europa Continental ,86 América Latina ,97 Total ,02 (*) Homogêneo de EPSV: +14% 87

92 Os fundos de comércio, incluindo o Abbey, atingem, no fim de 2005, 14,018 bilhões de euros, dos quais 2,113 bilhões correspondem à América Latina e 11,905 bilhões à Europa. Em 2005, os fundos de comércio recuaram 1,072 bilhão de euros (impacto da avaliação de incorpóreos do Abbey). Índices de solvência % 13,01 12,94 A gestão do capital tem a incumbência de otimizar a estrutura e o custo do mesmo, tanto do ponto de vista regulatório como do ponto de vista econômico, para o que se recorre a diversos instrumentos e políticas: aumentos de capital e emissões computáveis (preferenciais e subordinados), resultados, política de dividendos e titularizações). 7,16 7,88 Os recursos próprios do Grupo Santander, aplicando os critérios do Banco Internacional de Pagamento de Basiléia (BIS), totalizam 53,426 bilhões de euros, que traduzem um aumento de 9,066 bilhões de euros e 20,4% no exercício. O excedente sobre o mínimo exigido é de 20,407 bilhões de euros. No ano em questão, o Grupo melhorou sensivelmente os quocientes de capital, tendo recuperado um core capital de 6,05% em um ano em que os ativos em risco registraram um elevado crescimento. O Tier I alcança 7,88% e o índice Tier I BIS fica nos 12,94%. Índice BIS Nesta melhoria incidem os elevados lucros recorrentes em conjunto com a política de pay-out do Grupo, uma melhor distribuição de capital e o impacto positivo da avaliação de incorpóreos do Abbey. Recursos próprios e índices de solvência Milhões de euros Variação Absoluta (%) Capital subscrito Prêmios de emissão Reservas ,37 Ações próprias em carteira (53) (104) 51 (49,06) Fundos próprios em balanço ,21 Resultado atribuído ,50 Dividendo em conta distribuído (1.163) (792) (371) 46,90 Fundos próprios no final do período ,44 Dividendo em conta não distribuído (1.442) (1.046) (396) 37,91 Fundos próprios ,62 Ajustes por avaliação ,11 Interesses minoritários ,58 Capital com natureza de passivo financeiro (815) (38,38) Participações preferenciais em passivos subordinados ,18 Patrimônio líquido e capital com natureza de passivo financeiro ,34 Recursos próprios computáveis básicos ,23 Recursos próprios computáveis complementares ,78 Recursos próprios computáveis (norma BIS) ,44 Ativos ponderados por risco (norma BIS) ,06 Índice BIS 12,94 13,01 (0,07) Tier I 7,88 7,16 0,72 Excedente de recursos próprios (quociente BIS) ,45 88

93 Relatório por segmentos Descrição de segmentos Em conseqüência da entrada em vigor das novas Normas Internacionais de Informação Financeira (NIIF), o Grupo Santander iniciou no primeiro trimestre de 2005 uma redefinição das suas áreas de negócio. Estas normas introduzem alterações tanto nos princípios contabilísticos como na apresentação das demonstrações, embora regulem igualmente de forma específica a informação relativa aos diferentes segmentos de negócio das empresas em aspectos como a sua definição, a sua discriminação e o nível de informação mínimo a fornecer. As novas áreas se refletem, além disso, na incorporação do Abbey após a consolidação do seu balanço no fim do último exercício e dos seus resultados no atual. Desta forma, a informação financeira de 2005 apresentada pelo Grupo Santander reflete esta nova estrutura de áreas de negócio, proporcionando, além disso, os dados relativos a 2004 de acordo com estes critérios para permitir uma comparação homogênea. A elaboração das demonstrações financeiras de cada segmento de negócio é realizada a partir da agregação das unidades operacionais básicas que existem no seio do Grupo. A informação base corresponde tanto aos dados contabilísticos das unidades jurídicas que são integradas em cada segmento como a disponível dos sistemas de informação de gestão. Em todos os casos, as demonstrações financeiras estão adaptadas à nova legislação, aplicando-se os mesmos princípios gerais utilizados no Grupo. Além de aplicar aos diferentes segmentos de negócio as mudanças contabilísticas gerais referidas na nota 2 das Contas Anuais que fazem parte do presente Relatório Anual, foram alterados, em conformidade com os princípios estabelecidos nas novas normas, vários critérios internos que permitem melhorar a identificação dos riscos e retornos relativos a cada negócio. A seguir, são apresentados os principais: Despesas centralizadas. Embora se continue mantendo o princípio de aplicar a cada unidade as despesas de serviços centrais efetuadas por conta das mesmas para o seu apoio e controle, foram excluídas, nos termos da norma, as despesas corporativas e institucionais relativas ao funcionamento do Grupo, sendo os mesmos refletidos na Gestão Financeira e Participações. Anteriormente, as despesas eram repercutidas em todos os negócios. Por sua vez, as relacionadas aos projetos em desenvolvimento, principalmente despesas em sistemas, que não tiveram o caráter de corporativo, foram aplicadas ao negócio correspondente. Dotações e fundos para risco-país. Tanto o risco como o seu saneamento são aplicados à área de negócio responsável da sua gestão, em que se reflete a margem destas operações. Só nos casos de operações intergrupo nas quais são mantidas as dotações, desaparecendo contabilmente o risco, estas dotações continuam a ser contabilizadas, como anteriormente, na Gestão Financeira e Participações. Dotações para pensões. O princípio geral é que cada negócio assume o custo por esta rubrica, tanto na dotação normal como na dos possíveis déficits que ocorrerem. A única exceção corresponde à amortização resultante do déficit inicial que superasse o depositário. Nestes casos, considerando que a referida amortização ocorreu em conseqüência de uma decisão corporativa do Grupo, e sempre que a mesma ocorra num prazo de cinco anos e com o limite do déficit inicial, o seu custo será assumido pela Gestão Financeira e Participações. Recursos próprios. De acordo com o cálculo e uso no Grupo da gestão do capital econômico, procedeu-se à eliminação do ajuste pelo capital regulamentar mantido até ao presente. Desta forma, cada negócio mantém os recursos próprios que gere e somente nos casos em que este valor for superior ao capital econômico se penalizará o seu uso acima desse nível. Caso contrário, não será realizada qualquer bonificação. De acordo com os critérios estabelecidos nas NIIF, a estrutura das áreas de negócio operacionais é apresentada em dois níveis: Nível principal (ou geográfico). Segmenta a atividade das unidades operacionais do Grupo por áreas geográficas. Esta visão coincide com o primeiro nível de gestão do Grupo e reflete, além disso, o nosso posicionamento nas três áreas de influência monetária no mundo Adicionalmente, apresenta-se informação sobre as unidades de gestão mais representativas em cada uma delas. Os segmentos reportados são os seguintes. Europa Continental. Engloba a totalidade dos negócios do mercado financeiro comercial (incluindo a instituição especializada do mercado financeiro privado, Banif), gestão de ativos e seguros, assim como banco grandes clientes, realizados na Europa com a exceção do Abbey. Considerando a singularidade e o peso específico de algumas das unidades aqui incluídas, manteve-se a informação financeira relativa às mesmas, discriminando as seguintes unidades: Rede Santander, Banesto, Santander Consumer Finance e Portugal. Além disso, pequenas unidades fora dos três âmbitos geográficos, cujo peso sobre o total não é significativo e que, além disso, constituem extensões dos principais âmbitos, foram incluídas na Europa Continental. 89

94 Reino Unido (Abbey). Inclui unicamente 100% do negócio do Abbey, voltado principalmente para o negócio bancário varejista e de seguros no Reino Unido. América Latina. Abrange a totalidade das atividades financeiras que o Grupo desenvolve por meio dos seus bancos filiais e subsidiárias. Além disso, inclui as unidades especializadas do Santander Private Banking, como unidade independente e gerida globalmente. Devido ao seu peso específico, discriminam-se as demonstrações financeiras relativas ao Brasil, México e Chile. Nível secundário (ou de negócios). Segmenta a atividade das unidades operacionais por tipo de negócio desenvolvido. Adicionalmente, para cada um deles é apresentada informação dos subsegmentos mais representativos. Os segmentos reportados são os seguintes: Banco Comercial. Contém todos os negócios de banco de clientes (salvo os de Banco Corporativo, geridos de forma global em todo o mundo, através de um modelo de relação específico desenvolvido pelo Grupo nos últimos anos). Pelo peso relativo deste negócio sobre o total, realiza-se o desdobramento do mesmo, tanto nas principais áreas geográficas (Europa Continental, Reino Unido-Abbey e América Latina), como nos principais países onde se desenvolve. Adicionalmente, foram incluídos nesse negócio os resultados das posições de cobertura realizadas em cada país, tomadas no âmbito do Comitê de Gestão de Ativos e Passivos em cada um deles. Gestão de Ativos e Seguros. Inclui o aporte o Grupo pela concepção e gestão dos negócios de fundos de investimento, pensões e seguros das diversas unidades. Assim, salvo no caso das sociedades gestoras de pensões na América Latina, que contam com uma distribuição própria, o Grupo utiliza e remunera, por meio de acordos de distribuição, as redes de distribuição para a comercialização destes produtos. Assim, o resultado que permanece neste negócio é o valor líquido da receita bruta menos o custo de distribuição que envolve a remuneração referida. Banco de Grandes Clientes Global. Neste negócio, exprimem-se os rendimentos resultantes do negócio do Banco Corporativa Global, os provenientes do Banco de Investimento e Mercados em todo o mundo, incluindo todas as tesourarias com gestão global, tanto a título de trading como em distribuição a clientes (sempre depois da divisão proceda com clientes do Banco Comercial), como o negócio de rendimento variável. Além dos negócios operacionais descritos, cuja soma, tanto por áreas geográficas como por negócios, refletiria 100% dos mesmos, o Grupo continua mantendo a área de Gestão Financeira e Participações. Esta área abrange os negócios de gestão centralizada relativos a participações industriais e financeiras, a gestão financeira da posição estrutural de câmbio e do risco de interesse estrutural da sede, assim como da gestão da liquidez e dos recursos próprios por meio de emissões e titularizações. Como holding do Grupo, gere o total do capital e reservas, as atribuições do capital e a liquidez com os restantes negócios. Como saneamentos, engloba a amortização de fundos de comércio. Conforme referido, não abrange as despesas dos serviços centrais do Grupo, excetuando as despesas corporativas e institucionais relacionadas ao funcionamento do Grupo. Como a soma dos montantes dos segmentos geográficos operacionais (nível principal) coincide com a soma dos montantes dos segmentos de negócio operacionais (nível secundário), adicionando a um ou ao outro total o montante da área de Gestão Financeira e Participações, obtém-se o total do Grupo. Distribuição do lucro atribuído por segmentos geográficos operacionais Exercício 2005 Distribuição do resultado, antes de impostos, por segmentos de negócio operacionais Exercício 2005 América Latina: 32% Brasil: 11% México: 7% Chile: 6% Reino Unido (Abbey): 14% Europa Continental: 54% Rede Santander: 23% Banesto: 9% Santander Consumer Finance: 9% Portugal: 6% Banco de Grandes Clientes Global 13% Gestão de Ativos e Seguros 9% Comercial Reino Unido (Abbey) 12% Comercial Europa Continental 47% Comercial América Latina 19% Mercado Bancário Comercial: 78% 90

95 Europa Continental Milhões de euros Resultados Relatório por segmentos Variação Absoluta (%) Margem de intermediação ,15 Resultados equiparados (7) (22,12) Comissões líquidas ,01 Atividades de seguros ,80 Margem comercial ,42 Resultados líquidos por operações financeiras ,94 Margem ordinária ,22 Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração ,26 Despesas gerais de administração (3.735) (3.599) (136) 3,77 De pessoal (2.563) (2.502) (61) 2,45 Outras despesas gerais de administração (1.172) (1.097) (74) 6,78 Amortização do imobilizado (500) (514) 15 (2,84) Margem de exploração ,83 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (947) (1.214) 268 (22,06) Outros resultados (69) (98) 29 (29,28) Resultado antes de impostos ,14 Resultado da atividade corrente ,57 Resultado consolidado do exercício ,98 Lucro atribuído ao Grupo ,16 Balanço Créditos a clientes* ,51 Carteira de negociação (sem créditos) ,18 Ativos financeiros disponíveis para a venda ,81 Instituições de crédito* ,11 Imobilizações ,55 Outras contas do ativo (6.334) (28,66) Total ativo / passivo e patrimônio líquido ,01 Depósitos de clientes* ,35 Débitos representados por valores negociáveis* ,77 Passivos subordinados ,68 Passivos por contratos de seguros ,40 Instituições de crédito* ,37 Outras contas do passivo ,68 Capitais próprios ,30 Recursos de clientes fora do balanço ,46 Fundos de investimento ,47 Planos de pensões ,26 Patrimônios administrados ,27 Recursos de clientes geridos ,56 Total fundos geridos ,74 (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço por este título Índices (%) e Meios operacionais ROE 22,05 18,21 3,84 p. Eficiência 37,74 40,85 (3,11 p.) Eficiência com amortizações 42,91 46,79 (3,88 p.) Taxa de inadimplência 0,75 0,81 (0,06 p.) Cobertura 248,42 225,23 23,19 p. Número de funcionários (diretos + indiretos) (867) (1,94) Número de agências ,98 91

96 Europa Continental A Europa Continental inclui a totalidade das atividades realizadas nesta zona geográfica, ou seja, tanto as que correspondem ao mercado financeiro comercial como à gestão de ativos, seguros e banco de grandes clientes global. Para o ano de 2005, o lucro atribuído alcançou os 2,984 bilhões de euros, com um aumento de 38,2% sobre Este aumento tem duas componentes fundamentais. O primeiro é o avanço de 19,8% na margem de exploração, como conseqüência de um aumento de 11,2% nas receitas com custos planos em termos reais (+2,9% em termos nominais). O segundo deve-se às menores dotações para insolvências, devido aos elevados índices de cobertura alcançados de acordo com os critérios das novas normas contabilísticas, que exigiram menores dotações em A tendência de crescimento ao longo do exercício foi muito boa. As linhas mais recorrentes da conta, margem de intermediação e comissões, aumentam pelo quarto trimestre consecutivo e todas as margens do último trimestre, incluindo a de exploração, são as maiores dos últimos anos. Esta evolução da conta de resultados reflete o aumento da atividade, principalmente em créditos, que mantêm fortes taxas de crescimento (+19%), e melhorias em eficiência (- 3,9 pontos percentuais) e produtividade. Neste exercício, o negócio e o lucro por funcionário aumentam 16% e 41%, respectivamente. Numa análise mais pormenorizada dos resultados, a margem de intermediação ascende a 5,398 bilhões de euros, com aumento de 13,2% sobre Este crescimento é produzido em razão de uma maior transferência do aumento dos volumes para a conta de resultados, devido à maior estabilidade de margens no exercício. A evolução está sendo favorável nas grandes unidades aqui incluídas, destacando-se a Rede Santander que consolida a tendência de crescimento apresentada trimestre a trimestre em 2005, que deu origem a um aumento acumulado para o total do exercício de 9,4%, duplicando as taxas de crescimento que apresentava no primeiro trimestre. No conjunto de comissões e atividades de seguros, 3,446 bilhões de euros, aumenta 6,7%. Destacam-se os aumentos de Portugal e Banif, sendo mais moderados na Rede Santander e Banesto. O Santander Consumer Finance diminui neste conceito devido às menores titularizações. Por produtos, os principais motores do aumento das comissões são as que têm origem nos fundos de investimento, planos de pensões e seguros, apoiados no aumento da atividade e volume, bem como na mudança do mix do negócio. O aumento de receitas, juntamente com os custos de exploração que aumentam abaixo de 3%, e um bom comportamento em todas as unidades, traduz a referida melhoria de 3,9 pontos percentuais no quociente de eficiência, que ascende a 42,9%, ou 37,7% sem amortizações. A melhoria na eficiência ocorre de forma generalizada em todas as unidades. A Rede Santander, o Banesto e o Santander Consumer Finance já estão abaixo dos 40% (sem amortizações) e Portugal nos 43%. A margem de exploração no exercício eleva-se a 5,428 bilhões de euros, com um aumento de 19,8% sobre o de Este crescimento é valioso não só devido ao seu volume, mas também pela sua consistência e diversificação, porque as quatro grandes unidades pormenorizadas a seguir e que representam 89% do total da margem de exploração, aumentam claramente acima de 15%. Europa Continental Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,8% ,2% Europa Continental Margem de exploração. Evolução trimestral Milhões de euros Banco Comercial M. exploração L. atribuído 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 92

97 Relatório por segmentos Europa Continental Índice de eficiência % Europa Continental Taxas de inadimplência e cobertura % 46,8 0, Com amortizações 42,9 0,75-6 p.b p.p. Sem amortizações 40,9 37, Inadimplência Cobertura As perdas líquidas por deterioração de créditos diminuem 22,1% devido ao fato de, com caráter geral, ter-se alcançado o limite estabelecido pelo Banco da Espanha de 125% da provisão genérica necessária, pelo que, a partir desse momento, esta deve ser dotada unicamente pela parte do aumento do investimento. Em conseqüência, o crescimento sobre 2004 na margem de exploração quase duplica no lucro atribuído, que sobe 38,2% até atingir 2,984 bilhões de euros. Estes resultados da área ilustram a força comercial de todas as unidades. Todas apresentam aumentos notáveis em créditos e recursos, diferenciando-se de acordo com as prioridades e os segmentos objetivo a que se dirigem. O conjunto dos créditos aumenta 19%. O avanço é um pouco maior no mercado financeiro comercial (+21%), porque no banco de grandes clientes o financiamento base foi afetado pela menor procura das grandes empresas e mudança de estratégia da área, mais dirigida para o mercado financeiro e produtos de valor agregado. Esta expansão dos créditos foi acompanhada de um comportamento positivo do quociente de inadimplência, que se situa no mínimo histórico de 0,75% e de cobertura que, para o total da área, alcança 248%, refletindo uma melhoria de 23 pontos no ano. No âmbito do investimento, o Banesto aumenta 23%, a Rede Santander sobe 15%, o Santander Consumer Finance 25% e Portugal 13% (todos sem o efeito das titularizações). No que se refere à captação, o conjunto de recursos de clientes geridos aumenta 9%. Em termos de depósitos, destaca-se o crescimento dos depósitos à vista, próximo ou acima de 10% nas grandes unidades comerciais. Os fundos de investimento e os planos de pensões oferecem também variações positivas em Europa Continental. Atividade Todas as unidades em expansão concentrando-se nas suas prioridades e segmentos objetivo Créditos* Recursos** Rede +15% +8% Melhoria do mix de PMEs (+19%), micros (+32%), hipotecas (+16%) Santander Depósitos à vista (+11 %), fundos de investimento (+15%) Banesto +23% +15% Aumento de quota. PMEs (+20%), hipotecas (+27%), cartões (+23%) Depósitos a prazo (+29%) Santander +25% +18% Financiamento de veículos (+22%), consumo + cartões (+22%), crédito direto (+36%) Consumer Finance Produção: Espanha (+15%), Alemanha (+9%), Itália (+30%) Portugal +13% +6% Aumento de quota. PMEs (+20%), hipotecas (+11 %) Fundos de investimento (+17%), seguros, capitalização (+38%) (*) Inclui titularizações (**) Débitos sem CTAs + fundos de investimento + planos de pensões 93

98 Europa Continental. Principais unidades Milhões de euros Resultados Santander Rede Santander Banesto Consumer Finance Portugal 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) Margem de intermediação , , , ,96 Resultados equiparados 1 (93,88) 25 39,32 Comissões líquidas , , (2,78) 303 9,74 Atividades de seguros 29 38, ,42 Margem comercial , , , ,65 Resultados líquidos por operações financeiras , , ,15 29 (6,70) Margem ordinária , , , ,17 Serv. não financ. (líquido) e outros res. de exploração 4 (51,49) , ,63 (5) (48,75) Despesas gerais de administração (1.493) 0,04 (797) 2,64 (518) 15,39 (433) 1,29 De pessoal (1.134) (0,56) (591) 3,61 (243) 13,38 (278) (1,01) Outras despesas gerais de administração (359) 2,00 (206) (0,05) (275) 17,22 (155) 5,70 Amortização do imobilizado (236) (8,34) (103) (3,06) (50) 26,82 (58) (1,80) Margem de exploração , , , ,63 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (305) (43,73) (151) (4,86) (371) 18,07 (53) (29,90) Outros resultados (11) 2,65 (22) (43,49) (6) (62,21) (19) (36,85) Resultado antes de impostos , , , ,78 Resultado da atividade corrente , , , ,29 Resultado consolidado do exercício , , , ,29 Lucro atribuído ao Grupo , , , ,70 Balanço Créditos a clientes* , , , ,10 Carteira de negociação (sem créditos) , , ,80 Ativos financeiros disponíveis para a venda 3 175, ,85 41 (26,00) (3,55) Instituições de crédito* 103 (42,11) , , (23,17) Imobilizado , , (5,90) 447 2,83 Outras contas do ativo 537 (57,76) (5,16) , ,17 Total ativo / passivo e patrimônio líquido , , , ,94 Depósitos de clientes* , , , ,26 Débitos representados por valores negociáveis* 2 (93,55) , , (16,10) Passivos subordinados (4,53) 87 (24,72) ,59 Passivos por contratos de seguros , ,86 Instituições de crédito* 29 (54,56) , , ,88 Outras contas do passivo , (10,23) , (52,51) Capitais próprios , , , (1,89) Recursos de clientes fora de balanço , , , ,17 Fundos de investimento , , , ,48 Planos de pensões , , , ,86 Patrimônios administrados , ,82 Recursos de clientes geridos , , , ,87 Total fundos geridos , , , ,86 (*).- Inclui a totalidade dos saldos em balanço por este título. Índices (%) e Meios operacionais ROE 22,83 5,05 p. 19,38 2,45 p. 46,13 (1,51 p.) 20,79 4,24 p. Eficiência 37,87 (3,21 p.) 37,56 (3,22 p.) 30,79 (3,78 p.) 43,51 (2,53 p.) Eficiência com amortizações 44,01 (4,31 p.) 42,59 (3,98 p.) 33,88 (3,74 p.) 49,36 (3,06 p.) Taxa de inadimplência 0,59 (0,01 p.) 0,49 (0,15 p.) 2,40 0,12 p. 0,78 (0,28 p.) Cobertura 289,26 20,69 p. 371,55 98,39 p. 125,20 0,38 p. 243,19 49,14 p. Número de funcionários (diretos + indiretos) (0,46%) (4,57%) (2,42%) (2,62%) Número de agências ,81% ,19% 267 4,30% 693 3,28% 94

99 Relatório por segmentos Rede Santander A Rede Santander fecha o exercício de 2005 com um lucro atribuído de 1,285 bilhão de euros, que traduzem um aumento face ao ano anterior de 44,1%. Destaca-se o equilíbrio entre as diferentes linhas de sua conta de resultados, tanto em geração de receitas como em contenção de despesas e provisões. O crescimento rentável da atividade, com uma adequada combinação entre o aumento dos saldos do investimento creditício (+15%) e recursos (+8%) e a defesa das margens do negócio, em um enquadramento de baixas taxas de juros, foram as chaves deste exercício. O ano de 2005 foi de recuperação da margem de intermediação, que melhora trimestre a trimestre até alcançar os 2,082 bilhões, para o todo o ano, 9,4% acima do obtido em 2004, taxa que duplica as apresentadas no início do exercício. Por sua vez, a evolução positiva das comissões e resultados por operações financeiras com clientes complementaram a contribuição da margem de intermediação. As receitas por comissões totais e ROF foram de 2,014 bilhões, distribuídos entre financeiras (270 milhões, contabilizadas na margem de intermediação), de serviços (824 milhões), de fundos, valores e planos de pensões (723 milhões) e de lucros em câmbio e derivados de taxas de juros (197 milhões). O seu crescimento total foi de 10,0% relativamente a A margem ordinária chega a 3,826 bilhões, 8,3% superior à do ano anterior. Este aumento das receitas é mais relevante se levarmos em consideração que se consegue uma redução de 1,2% nos custos de exploração, que apresentam uma boa evolução tanto nas despesas de pessoal, como nas gerais e nas amortizações. A gestão dos custos voltou a ser, mais um ano, excelente, já que tal referida redução nominal de 1,2% nos mesmos foi conseguida em um exercício em que foram abertas mais de 100 agências e se implementou a plataforma tecnológica Partenón em toda a Rede. lado, o quociente de inadimplência totaliza 0,59%, valor que se manteve praticamente inalterado todo o ano, enquanto o da cobertura aumenta para 289%. Por outro, a dotação de provisões para insolvências diminui 43,7% em relação à de 2004, depois de implantados os novos critérios estabelecidos pelas Normas Internacionais de Contabilidade. O crescimento da margem de exploração e a menor necessidade de provisões contribuem para que o lucro atribuído do exercício atinja os 1,285 bilhão de euros, representando uma alta de 394 milhões e 44,1% que o gerado no exercício de O aumento das receitas esteve apoiado no dinamismo da atividade comercial rentável, isto é, na obtenção de um aporte adequado de cada linha de produto e de cada segmento de clientes. Assim, o investimento creditício aumentou a ritmos de 15%, fazendo-o de forma diversificada por produtos: créditos e empréstimos (+19%), hipotecas (+16%), leasing/renting (+14%) e carteira comercial (+1 %); e por cada um dos segmentos de clientes: grandes empresas (+13%), empresas (+16%), PMEs (+19%), microempresas (+32%) e particulares (+13%). No que se refere aos recursos de clientes, aumentam 7,3 bilhões e 8%, depois de absorver no exercício o vencimento de quase 5 bilhões de euros de depósitos e fundos da gama Super Satisfação (comercializados em 2002). Este crescimento é distribuído da seguinte forma por produtos: contas correntes (+12,3%), contas poupança (+8,7%), prazo + fundos de investimento (+7,2%) e planos de pensões (+9,7%). Esta evolução baseou-se em ações comerciais concebidas sobre produtos e serviços inovadores que aportam valor ao cliente. Rede Santander Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros A evolução das receitas e despesas faz com que a margem de exploração aumente 17,2% e ultrapasse os 2,1 bilhões de euros. Além disso, os quocientes de eficiência (com amortizações) e de recorrência (comissões + ROF / despesas de pessoal + gerais) voltam a melhorar, chegando a 44,0% e 116,8%, respectivamente, com melhorias apreciáveis sobre os apresentados em ,2% ,1% Por outro lado, a qualidade do risco de crédito se mantém nos elevados padrões observados ao longo do exercício. Os indicadores base refletem esse comportamento. Por um M. exploração L. atribuído 95

100 Em hipotecas, uma das atividades mais dinâmicas do setor, a gama Super Revolução permitiu contratar mais de empréstimos com particulares, por um montante de 11,5 bilhões de euros. A este valor acrescentam-se operações de empréstimos a empresas, como principais referenciais da atividade no ano em termos de investimento creditício. Em recursos, volta a destacar-se a comercialização de fundos de investimento, principalmente através das gamas Super Seleção Ações, com 3,7 bilhões de subscrições líquidas, e Dupla Oportunidade, com outros 2,6. Por sua vez, os depósitos à vista aumentam 3 bilhões, para o que contribuíram operações da campanha lançada neste quarto trimestre, em acordo com a Amena, que combina o produto financeiro, Supercaderneta com o serviço de telefonia deste fornecedor, mais um celular de última geração como oferta. Finalmente, visando captar e vincular clientes, destaca-se a domiciliação de novas folhas de pagamentos, no âmbito de uma campanha realizada em colaboração com diferentes fornecedores que promoveu descontos na utilização dos seus serviços. Em síntese, conclui-se um exercício em que se reforçou a concentração no cliente, cujos avanços em termos de vinculação e fidelização, em conjunto com a disponibilidade da plataforma tecnológica Partenón, permitirão enfrentar novos desafios no mercado financeiro de relação, sendo a qualidade de serviço a máxima prioridade para os próximos anos. Rede Santander Índice de eficiência % Rede Santander Taxas de inadimplência e cobertura % 48,3 Com amortizações 44,0 0,60 0,59-1 p.b p.p. Sem amortizações 41,1 37, Inadimplência Cobertura Banesto O crescimento rentável, eficiente e sustentado do negócio, gerado basicamente nos segmentos chave da estratégia do Banesto, permitiu obter em 2005 resultados de qualidade, com significativos crescimentos em todas as margens, em conjunto com novas melhorias em eficiência e qualidade do risco. Todos estes aspectos fizeram com que os objetivos que o Banesto tinha definido para 2005 fossem ultrapassados: um ganho de quota de negócio de 28 p.b.; fixar a eficiência, com amortizações, nos 40,0%; obter um ROE de 19% e manter o quociente de inadimplência, que foi de 0,49%, abaixo da média dos bancos concorrentes. À semelhança dos restantes segmentos, os dados do Banesto foram reelaborados segundo os critérios indicados nas páginas 89 e 90 do presente Relatório, pelo que os dados apresentados a seguir não coincidem com os dados publicados pela instituição. A margem de intermediação totalizou 1,115 bilhão de euros, com uma melhoria de 10,2% face ao ano anterior, graças tanto ao nível da atividade desenvolvida, como a uma boa gestão de preços. As comissões por serviços registraram um crescimento equilibrado em todas as suas atividades e traduziram-se em 547 milhões, que representam um avanço de 5,3% relativamente ao exercício anterior. As resultantes de fundos de investimento e pensões, que chegaram a 182 milhões, evoluíram a um ritmo inferior, em razão de uma política de captação de recursos mais voltada, nos últimos meses, para os depósitos a prazo, o que limitou o crescimento dos fundos. Pelo contrário, a atividade de seguros teve uma evolução muito favorável e gerou receitas de 29 milhões de euros, 38,1% acima dos valores obtidos em Os resultados por operações financeiras continuam registrando o efeito da boa aceitação dos produtos de tesouraria por parte dos clientes. Chegaram a 102 milhões, 15,9% acima dos registrados em

101 Relatório por segmentos Banesto Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,9% M. exploração L. atribuído Em conseqüência do resultado anterior, a margem ordinária obtida em 2005 foi de 1,794 bilhão de euros, traduzindo um crescimento de 8,4% face a ,0% Os custos de exploração aumentaram 2,0%, variação coerente com a disciplina de controle de custos do Grupo que, em conjunto com o crescimento da margem ordinária, resultou numa nova melhoria no quociente de eficiência, que se situou em 42,6% face aos 46,6% registrados no ano anterior (incluindo amortizações). Consequentemente, a margem de exploração do ano de 2005 totalizou 1,14 bilhão de euros, com um avanço de 18,9% face à gerada em Destaca-se, em conjunto com o crescimento final, que a tendência foi muito favorável ao longo do exercício, levando a que todas as receitas e a margem de exploração do último trimestre fossem os maiores do ano. As dotações líquidas para insolvências creditícias, 151 milhões de euros ficam 4,9% abaixo das realizadas no ano anterior. As dotações líquidas específicas envolveram unicamente 4 milhões de euros, 91% abaixo das de A dotação para a provisão genérica foi de 147 milhões de euros face aos 116 milhões dotados no ano anterior, aumento justificado pelo crescimento do crédito. Com esta evolução de receitas, despesas e dotações, o resultado, antes de impostos, totalizou 967 milhões de euros, crescendo 27,1% face ao ano anterior. Levando em consideração a previsão de impostos, o lucro atribuído ao Grupo atingiu 498 milhões de euros, representando uma evolução de 24,0% sobre Com respeito ao volume de negócio, o investimento de crédito ajustado para o efeito das titularizações de empréstimos realizadas pelo Grupo, chega, no fim do exercício, a 49,973 bilhões de euros, com um crescimento de 23% face ao ano anterior. Este crescimento do investimento foi realizado aplicandose um cuidadoso controle da qualidade do risco. A taxa de inadimplência no fim de 2005 situou-se em 0,49%, abaixo de 0,64% registrado um ano antes. Em 2005, a taxa de cobertura também evoluiu de forma positiva, aumentando de 273% no fim de 2004 para o nível atual de 372%. Os recursos de clientes contabilizados em balanço totalizaram, em 31 de dezembro de 2005, 56, 178 bilhões de euros, com um crescimento sobre o fim de 2004 de 31%, enquanto os recursos externos ao balanço aumentaram 15%. Desta forma, o total de recursos geridos alcançou os 71,231 bilhões de euros, com um aumento em 2005 de 28% Banesto Índice de eficiência % Banesto Taxas de inadimplência e cobertura % 46,6 Com amortizações 0, ,6 0,49-15 p.b p.p. 40,8 Sem amortizações 37, Inadimplência Cobertura 97

102 Santander Consumer Finance Em 2005, o negócio de financiamento ao consumo na Europa registrou um forte aumento da actividade resultados, colocando o resultado atribuído ao Grupo em 487 milhões de euros, 46,3% superior a Esta evolução se apóia no crescimento orgânico das suas unidades tradicionais, na implementação de novos projetos e na contribuição das novas incorporações. Entre os projectos abordados nos mercados tradicionais, destaca-se o impulso do segmento subprime na Espanha, a captação de depósitos na Itália e o aumento da capacidade de distribuição na Alemanha e Itália, com a abertura de novos balcões. Além, disso, na segunda metade do ano, o Santander Consumer Finance iniciou sua atividade no Reino Unido, o principal mercado de consumo da Europa, através de uma nova filial, da qual detém 50% com o Abbey. Tendo o seu foco no negócio de financiamento de veículos, sua atividade apresentou uma evolução muito boa nos seus primeiros meses de atividade depois de duplicar os seus objectivos iniciais de produção. Em relação à sua estratégia de expansão selectiva no mercado europeu de financiamento ao consumo, o Santander Consumer Finance realizou duas operações significativas: Na Escandinávia, a aquisição do banco norueguês Bankia Bank, especialista em financiamento através de cartões revolving, com quotas entre 3%-4% do mercado. Complementa a posição de liderança em financiamento de automóveis da Elcon Finance e contribui com um importante volume de financiamento varejista. Neste último trimestre do ano, ocorreu a fusão por absorção entre o Bankia Bank e o Elcon Finance, passando a denominar-se a nova instituição Santander Consumer Bank. Santander Consumer Finance Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,6% M. exploração L. atribuído +46,3% Em Portugal, o Santander Consumer Finance e a empresa portuguesa Soluções Automóvel Globais (SAG) celebraram uma aliança para desenvolver conjuntamente a atividade do financiamento ao consumo e de veículos em Portugal, assim como o negócio de renting de veículos na Espanha e Portugal. A referida aliança concretizou-se em janeiro de 2006, com a aquisição de 50% do Interbanco. Está prevista a incorporação neste negócio da Hispamer Portugal, para constituir uma nova entidade da qual o Santander Consumer Finance detém 60% e SAG os restantes 40%. A nova sociedade será líder do mercado português de financiamento de veículos com uma quota aproximada de 13% em veículos novos. Nas contas do exercício de 2005, as novas incorporações contribuíram com 20 milhões de euros para o resultado do Santander Consumer Finance. Sem essas incorporações, o lucro atribuído aumenta 40,1%. A margem ordinária do negócio chegou a 1,604 bilhão de euros, 25,9% acima do contabilizado em 2004, crescimento muito superior ao dos custos de exploração (+16,3%), que engloba o impacto das novas incorporações (6 p.p. de crescimento) e da expansão de negócios e projetos. Esta evolução de receitas e custos se manifesta em um aumento da margem de exploração de 32,6% e em uma melhoria de 3,7 pontos porcentuais no quociente de eficiência que, incluindo amortizações, se situa em 33,9%. O limitado aumento das dotações para insolvências, abaixo da atividade creditícia, permite fomentar o crescimento do resultado sem a inclusão de impostos que chega aos 45,4% em termos interanuais. No que se refere à atividade de crédito, a sua evolução foi muito positiva em todas as linhas de produto (financiamento de veículos - principal linha de negócio que representa 62% do total -, de bens de consumo duradouro, créditos pessoais, cartões de crédito, seguros e depósitos de clientes) e em todos os países onde desenvolve a atividade. O total de ativos geridos chega a 3,849 bilhões de euros. A produção de novos créditos totalizou, no fim de 2005, 18,999 bilhões de euros, 24% acima da registrada em 2004 (+17% sem incluir as novas incorporações). Destaca-se o crescimento de 22% no financiamento da indústria automotiva, muito superior ao das vendas de automóveis na Europa, com o conseqüente ganho de quota face aos concorrentes. As restantes linhas de produtos apresentam crescimentos superiores a 20% dentro de um padrão constante, destacando os cartões e o crédito direto com aumentos 98

103 Relatório por segmentos superiores a 30%. Também geograficamente, houve bons crescimentos nos três grandes mercados tradicionais, que representam 88% da produção total: Espanha e Portugal, +15%; Alemanha, +9%; e Itália, +30%. Estes fortes crescimentos foram acompanhados de bons quocientes de qualidade creditícia. No fim do exercício, o quociente de inadimplência totalizava 2,40% e a cobertura 125%, níveis muito importantes face aos padrões do financiamento ao consumo, um negócio de maior risco que o tradicional bancário, mas com margens superiores. No que se refere aos recursos, os depósitos de clientes alcançam os 13,598 bilhões de euros, 17,3% acima do valor registrado no fim de 2004, com o qual se obtém um financiamento de 46% do crédito em balanço. Com uma boa evolução em todos os países, destaca-se em 2005 a campanha de captação de depósitos realizada na Itália e o relançamento comercial da unidade de banco direto na Espanha. Esta última, sob a sua nova marca, Openbank, realizou uma campanha no verão que permitiu no segundo semestre acelerar em 50% as entradas de negócio e clientes sobre o primeiro, captando mais de 250 milhões de euros de recursos e novos clientes. Santander Consumer Finance Índices de eficiência % Santander Consumer Finance Taxas de inadimplência e cobertura % 37,6 2, p.p. Com amortizações Sem amortizações 33,9 2, p.b. 34,6 30, Inadimplência Cobertura Portugal No exercício de 2005, o Santander Totta registrou um lucro atribuído de 345 milhões de euros, 35,7% superior ao do ano anterior. Este aumento do resultado é obtido num cenário econômico débil e se baseou em um elevado crescimento do negócio e das receitas do banco comercial, custos estáveis e um nível de inadimplência controlado. Todas as margens apresentam avanços, apoiadas nas receitas mais recorrentes. Assim, a margem comercial avança 7,7% e, dentro dela, o conjunto de comissões e atividade de seguros aumenta 11,2%, em linha com o crescimento sustentado do negócio nos últimos trimestres. Destaca-se o forte impulso das comissões relacionadas com hipotecas (+27%), seguros (+37%) e cartões (+12%). O aumento das receitas, em conjunto com a manutenção de custos quase planos e abaixo da inflação (compatível com um aumento de 3% da rede operacional), traduz-se em uma nova melhora da eficiência (com amortizações), de 52,4%, em 2004, para 49,4%, em 2005, e em um crescimento de 15,6% na margem de exploração. No que se refere à atividade, o crédito aumentou 13%, acima dos valores do mercado. Destaca-se o banco para particulares, onde a produção de hipotecas aumenta 10%, a do crédito ao consumo 7% e o crédito a cartões 21%. Além deste bom comportamento no banco de particulares, deve se destacar o crescimento do crédito em Portugal Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,6% M. exploração L. atribuído +35,7% 99

104 empresas (15%) e PyMEs (22%), que está muito associado à vinculação e à transacionalidade. A taxa de inadimplência registra mínimos históricos, 0,78% face a 1,06% em dezembro de Ao mesmo tempo, a cobertura melhorou de 194% em 2004 para o nível atual de 234%. Em relação aos recursos de clientes, que em conjunto aumentam 7%, os seguros de capitalização (+38%) e os fundos de investimento (+17%) continuam a liderar a captação de fundos. A gestão que o Santander Totta vem realizando foi mais uma vez reconhecida pelas prestigiadas revistas Exame e Euromoney, que lhe atribuíram o prêmio de "Melhor Banco em Portugal", em 2005, pela quarta vez consecutiva. Portugal Índices de eficiência % Portugal Taxas de inadimplência e cobertura % 52,4 Com amortizações 49,4 1,06 0,78-28 p.b p.p. Sem amortizações 46,0 43, Inadimplência Cobertura Outros Os outros negócios incluídos (Banif, gestão de ativos, seguros e banco grandes clientes) aportam, em 2005, um lucro atribuído de 368 milhões de euros, com um aumento de 32,1% face ao exercício anterior. Este crescimento está fundamentado no bom comportamento das receitas, que aumentam 11,4%, fato que faz com que a margem de exploração seja 14,4% superior à registrada em 2004, assim como nas menores dotações para insolvências necessárias no Banco Corporativo. Nesse âmbito, a evolução do Banif confirma o êxito do novo serviço de modelo único e global que oferece aos seus clientes. Este modelo combina, dentro da assessoria personalizada, a disponibilização de serviços de alto valor agregado com outros básicos. O resultado desta estratégia permitiu um crescimento de 47,2% na margem de exploração e de 19,6% no lucro atribuído relativamente aos registrados em

105 Reino Unido (Abbey) Milhões de euros Resultados Margem de intermediação Resultados equiparados 2 Comissões líquidas 958 Atividades de seguros 589 Margem comercial Resultados líquidos por operações financeiras 347 Margem ordinária Serv, não financeiros (líquido) e outros res. de exploração 36 Despesas gerais de administração (2.298) De pessoal (1.228) Outras despesas gerais de administração (1.071) Amortização do imobilizado (117) Margem de exploração Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (318) Outros resultados 76 Resultado antes de impostos Resultado da atividade corrente 811 Resultado consolidado do exercício 811 Lucro atribuído ao Grupo 811 Relatório por segmentos Variação Absoluta (%) Balanço Créditos a clientes* ,57 Carteira de negociação (sem créditos) ,37 Ativos financeiros disponíveis para a venda ,60 Instituições de crédito* (8.170) (38,47) Imobilizado ,64 Outras contas do ativo ,84 Total ativo / passivo e patrimônio líquido ,97 Depósitos de clientes* (2.576) (2,27) Débitos representados por valores negociáveis* ,35 Passivos subordinados ,58 Passivos por contratos de seguros ,21 Instituições de crédito* ,06 Outras contas do passivo ,48 Capitais próprios ,82 Recursos de clientes fora de balanço ,59 Fundos de investimento ,59 Planos de pensões Patrimônios administrados Recursos de clientes geridos ,30 Total fundos geridos ,13 (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço por este título Índices (%) e Meios operacionais ROE 35,66 Eficiência 60,11 Eficiência com amortizações 63,18 Taxa de inadimplência 0,67 0,70 (0,03 p.) Cobertura 77,72 91,39 (13,67 p.) Número de funcionários (diretos + indiretos) (4.210) (0,17) Número de agências (18) (0,02) 101

106 Reino Unido (Abbey) O Abbey passou a fazer parte do Grupo Santander em 12 de novembro de 2004, consolidando em 31 de dezembro do referido exercício unicamente o balanço. Os seus resultados são consolidados pela primeira vez em 2005, o que torna impossível sua comparação aos do exercício anterior. À semelhança do que acontece em outros negócios, as demonstrações do Abbey foram reformuladas de acordo com os critérios definidos nas páginas 89 e 90 deste Relatório, pelo que os valores aqui apresentados não coincidem com os seus dados independentes. Neste primeiro ano de gestão, o Abbey gerou 811 milhões de euros de lucro atribuído para o Grupo, depois de ter alcançado os três objetivos básicos estabelecidos para o mesmo: melhorar as vendas e a produtividade comercial, estabilizar as receitas recorrentes e reduzir os custos. Melhoria de vendas e produtividade comercial. Em 2005, a atividade do Abbey melhorou acentuadamente em relação a 2004, com um segundo semestre que demonstrou uma excepcional recuperação sobre o primeiro. Para isso contribuiu o aumento de quase 30% de pessoas autorizadas a efetuarem vendas nas agência, assim como o lançamento de novas campanhas e produtos adequados às necessidades dos clientes. A melhoria da atividade foi generalizada por produtos: Em hipotecas, a produção bruta alcançou os 27,6 bilhões de libras, 10,5% acima do valor de 2004, após um segundo semestre cuja produção foi 38% superior à do primeiro. Assim, o Abbey melhorou a sua participação no mercado até atingir 9,9% no segundo semestre, face a uma quota de 9,2% do primeiro e de 8,6% para todo o ano de Os maiores e crescentes repagamentos fazem com que a produção líquida do exercício se mantenha perto dos 3 bilhões de libras. Estes elevados repagamentos resultam do fim do período de incentivo de um elevado volume de hipotecas captadas nas campanhas de 2003 e 2004, prevendo-se que continuem nos primeiros meses de No âmbito dos empréstimos pessoais, os comercializados com a marca Abbey, os de maior rentabilidade e qualidade, aumentaram a sua produção em 23% sobre Em captação, o fluxo de poupança líquido, 2,6 bilhões de libras, duplica o de Este forte aumento se concentrou nos produtos da marca Abbey, que multiplicam por cinco os registrados em 2004, graças, em parte, ao lançamento de produtos como a "Conta 6%". Também se destaca o crescimento nos seguros de poupança, instrumentados em fundos de investimento e de pensões, cujas vendas em 2005 aumentaram 33% face ao ano anterior, com uma boa evolução em todos os canais. Esta melhoria da atividade se reflete também em outros produtos que medem o pulso comercial das redes. Concretamente, em 2005 foram abertas mais de novas contas correntes (2% mais do que em 2004), cerca de novas contas de PMEs (+19%) e cartões de crédito (+9%). Estabilizar receitas recorrentes. Sob os critérios UK GAAP para uma comparação homogênea, as receitas recorrentes aumentaram 95 milhões de libras e 4% sobre 2004, ultrapassando o objetivo de estabilização das mesmas. A boa evolução da margem de intermediação, baseia-se nos maiores volumes e spreads estáveis (quase planos há 18 meses), e das comissões mais relacionadas ao negócio bancário, permitiu ao Abbey aumentar as suas receitas trimestre a trimestre. Reduzir os custos. O terceiro grande objetivo para 2005 consistia em reduzir os custos de exploração, sem a inclusão das despesas de reestruturação e outras não Reino Unido (Abbey) Margem de exploração Milhões de euros Reino Unido (Abbey) Lucro atribuído Milhões de euros T 05 2T 05 3T 05 4T 05 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05

107 Relatório por segmentos operacionais, em 150 milhões de libras, objetivo já revisado sobre previsões iniciais inferiores. Em linha com os planos anunciados, as medidas de racionalização adotadas junto com a redução do quadro de funcionários permitiram que as economias se situem em 224 milhões de libras, ultrapassando largamente o objetivo. Em todo o exercício de 2005, o Abbey aportou para o Grupo 1,408 bilhão de euros em margem de exploração e 811 milhões (555 milhões de libras) em lucro atribuído. Este último valor representa 14% do resultado atribuído das áreas operacionais do Grupo. A margem ordinária chega a bilhões de euros, após aumentar pelo terceiro trimestre consecutivo e ficar, pelo quatro trimestre, perto de 1 bilhão de euros, com uma evolução de 15% sobre o primeiro. Tanto a margem de intermediação como as comissões apresentam fortes avanços em relação ao primeiro trimestre, fundando-se no bom andamento do negócio bancário e de suas margens. Os custos de exploração totalizam 2,416 bilhões de euros. Este valor não inclui os custos de reestruturação (150 milhões de libras), porque no quarto trimestre o Grupo amortizou a totalidade dos mesmos previstos para o triênio (450 milhões de libras brutos), com débito aos ganhos extraordinários obtidos em As dotações para créditos atingiram 318 milhões de euros, com uma elevada estabilidade nas específicas ao longo de Neste sentido, o Abbey compatibilizou a recuperação da atividade na segunda metade do exercício com uma boa qualidade de crédito. A taxa de inadimplência é de 0,67% no fim de 2005 e a de cobertura de 78%, após melhorar, respectivamente, em 17 p.b. e 6 p.p. em relação a março de Em hipotecas, as medições da qualidade de crédito, nos termos dos padrões locais (0,65% em moras de mais de três meses) são os melhores do mercado. Em empréstimos pessoais, a referida taxa é de 1,70% (-23 p.b. em 2005), tendo estes créditos um peso muito reduzido sobre o total da carteira do Abbey (cerca de 4%). Os ativos das antigas atividades do banco de grandes clientes atingem 2,5 bilhões de libras, com uma redução de 47% no ano. Estes ativos correspondem principalmente à Porterbrook (entidade que aluga material ferroviário às companhias operadoras no Reino Unido). Por segmentos do negócio, o Banco Comercial do Abbey aporta um resultado, antes de impostos de 968 milhões de euros e à atividade de seguros 179 milhões. Em relação aos volumes, os empréstimos a clientes fecharam 2005 com 172 bilhões de euros e os recursos de clientes geridos em 227 bilhões. O seu aumento moderado no exercício (+7% créditos e +1% recursos, ambos em libras) é reflexo da atual fase de recuperação em que se encontra a instituição. Para prosseguir esta tendência de relançamento e com o objetivo último de tornar o Abbey o melhor banco varejista do Reino Unido, concebeu-se um Plano trienal com objetivos ambiciosos. O Plano, que se concentra principalmente no crescimento das receitas, assenta num novo modelo comercial, numa maior capacidade de vendas e numa nova plataforma tecnológica mais potente e eficiente. Os seus objetivos financeiros são os seguintes: um crescimento acumulado de receitas de 5% -10% até 2008, uma economia de custos de 300 milhões de libras em 2007, índice de eficiência aproximado de 45% em 2008 e um ROE aproximado de 18% em A evolução registrada pelas principais grandezas do Abbey coloca o banco perto da velocidade de cruzeiro, necessária para alcançar as suas previsões de Reino Unido (Abbey) Quociente de eficiência % Reino Unido (Abbey) Taxas de inadimplência e cobertura % 71,4 0, p.p. Com amortizações 0,67-17 p.b. 59,9 68,1 Sem amortizações 56,6 1T 05 4T 05 1T 05 4T 05 1T 05 4T 05 Inadimplência Cobertura 103

108 América Latina Milhões de euros Resultados Variação Absoluta (%) Margem de intermediação ,59 Resultados equiparados ,94 Comissões líquidas ,68 Atividades de seguros ,27 Margem comercial ,93 Resultados líquidos por operações financeiras ,70 Margem ordinária ,57 Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração (91) (49) (42) 86,58 Despesas gerais de administração (3.314) (2.797) (517) 18,50 De pessoal (1.770) (1.541) (229) 14,83 Outras despesas gerais de administração (1.545) (1.256) (289) 23,00 Amortização do imobilizado (330) (287) (44) 15,19 Margem de exploração ,58 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (299) (324) 25 (7,75) Outros resultados (356) (185) (171) 92,45 Resultado, antes de impostos ,36 Resultado da atividade corrente ,59 Resultado consolidado do exercício ,74 Lucro atribuído ao Grupo ,77 Balanço Créditos a clientes* ,74 Carteira de negociação (sem créditos) ,98 Ativos financeiros disponíveis para a venda ,09 Instituições de crédito* ,30 Imobilizado ,77 Outras contas do ativo ,99 Total ativo / passivo e patrimônio líquido ,48 Depósitos de clientes* ,37 Débitos representados por valores negociáveis* ,27 Passivos subordinados ,30 Passivos por contratos de seguros ,79 Instituições de crédito* ,96 Outras contas do passivo ,86 Capitais próprios ,96 Recursos de clientes fora de balanço ,67 Fundos de investimento ,43 Planos de pensões ,97 Patrimônios administrados ,48 Recursos de clientes geridos ,41 Total fundos geridos ,63 (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço por este título Índice (%) e Meios operacionais ROE 23,15 24,05 (0,90 p.) Eficiência 47,37 49,73 (2,36 p.) Eficiência com amortizações 52,18 54,93 (2,75 p.) Taxa de inadimplência 1,91 2,94 (1,03 p.) Cobertura 183,36 155,00 28,36 p. Número de funcionários (diretos + indiretos) ,71 Número de agências ,22 104

109 Relatório por segmentos América Latina O Grupo Santander obteve na América Latina um lucro atribuído de 1,776 bilhões de euros em 2005, com um crescimento interanual de 20,8% (+11,6% sem o efeito da taxa de câmbio). O negócio comercial foi, em 2005, o motor do crescimento do Grupo na região, refletindo o aumento de uma maior atividade com clientes. Em conseqüência, o resultado, sem a inclusão de impostos, do Mercado Bancário Comercial, aumentou 36,2% (+27,1% sem o efeito da taxa de câmbio). Estes resultados foram obtidos em uma conjuntura econômica expansionista, com um aumento do PIB de 4% e com um crescimento igualmente robusto da procura interna (aumento superior a 5%), fundado tanto no consumo privado como no investimento. A implementação de políticas monetárias e fiscais pró-ativas proporcionou que, apesar do aumento da procura interna, a inflação tivesse recuado. A menor tensão monetária permitiu o início, já na segunda metade do ano, de processos de cortes moderados nas taxas de juros no Brasil e México. Apesar destes cortes, a média das taxas de juros aumenta 24% entre 2004 e Graças às reformas empreendidas, a América Latina apresenta economias cada vez menos vulneráveis a choques externos negativos. Maior estabilidade cambial, devido à recuperação de entradas de capital e aumentos do nível de reservas, baixas expectativas de inflação e redução dos quocientes dívida/pib devido a políticas fiscais mais restritivas, estão contribuindo para melhorar as perspectivas macroeconômicas da região por parte dos mercados e agências de rating. Por outro lado, a melhoria do emprego e dos salários reais está permitindo que a reativação econômica alcance setores cada vez mais vastos da população. Os sistemas financeiros latino-americanos não só se beneficiaram deste cenário positivo, como participaram também na recuperação, canalizando as demandas de investimento e de consumo com um maior impulso do crédito a empresas e, em especial, a particulares. Deste modo, a poupança (soma de depósitos em balanço mais fundos de investimento) aumenta a taxas de 19% no conjunto dos sistemas financeiros da região, enquanto no crédito esse aumento é de 23%, com uma alta de 32% no crédito a particulares. Estes aumentos, superiores aos do PIB nominal, evidenciam o aumento do nível de bancarização (presença bancária), em cujo processo o Grupo Santander desenvolve um papel ativo. Na América Latina, o Grupo Santander conta com agências, 20,3 milhões de clientes bancários (incluindo mais de empresas clientes), 8 milhões de participantes em planos de pensões e funcionários. A sua quota global no negócio bancário (soma de créditos, depósitos e fundos de investimento) chega a 9,4% (média ponderada da quota de cada um dos países onde o Grupo opera). Paralelamente, o Grupo conta com uma quota de 12,4% em fundos de pensões. O modelo de negócio do Grupo Santander está claramente orientado para o cliente, altamente segmentado, apoiado na tecnologia e com uma adequada gestão dos custos e riscos. Desde o final do ano de 2003, o Grupo passou a se concentrar no crescimento dos negócios e no desenvolvimento das receitas recorrentes. As boas perspectivas econômicas da região para 2006 e a sua estabilidade financeira estão permitindo ao Grupo manter o seu enfoque, com maior ênfase possível, na expansão dos seus negócios comerciais. América Latina Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros América Latina Margem de exploração. Evolução trimestral Milhões de euros Mercado Bancário Comercial ,6%* ,8%** M. exploração L. atribuído 1T 04 2T 04 3T 04 4T 04 1T 05 2T 05 3T 05 4T 05 (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +20,3% (**) Sem efeito da taxa de câmbio: +11,6% 105

110 América Latina Índice de eficiência % América Latina Taxas de inadimplência e cobertura % 54,9 Com amortizações 2, ,2 1, p.b p.p. Sem amortizações 49,7 47, Inadimplência Cobertura Os aspectos mais importantes da atividade do Grupo na América no ano de 2005 são: Forte expansão do crédito nas filiais dos principais países em que o Grupo opera, registrando aumentos superiores aos do mercado, que lhe permitiram colocar a sua quota (excluindo promissórias IPAB no México) em 11%. O volume total, excluindo a taxa de câmbio, aumenta 20% interanual (sem a promissória IPAB no México). A gestão comercial do Grupo se concentra na potenciação das receitas de maior recorrência, o que conduz a aumentos de 35% e 40% nas carteiras de crédito a particulares e PyMEs, respectivamente. Ao lado da poupança bancária, os depósitos em balanço (sem cessões) aumentam 18%, descontando o efeito das taxas de juros, enquanto os fundos de investimento avançam 24%. Isso determina que a poupança bancária (agregado dos dois anteriores) aumente 20%. Por sua vez, os fundos de pensões apresentam um crescimento interanual de 17%. A margem comercial aumenta 20,9% interanual (+11,4% eliminando o efeito das taxas de juros). Nesta expansão incide, muito positivamente, o forte crescimento da atividade com os clientes, enquanto a alta das taxas de juros nominais a curto prazo (de 24% no conjunto da região), embora afete positivamente as margens dos negócios com clientes, prejudica a evolução das margens do negócio financeiro, tendo em conta o perfil adotado pela curva de taxas de juros a longo prazo. Fruto da ênfase que o Grupo atribui ao desenvolvimento dos produtos e serviços bancários comissionáveis (cartões de crédito, "cash-management, comércio externo, fundos de investimento e seguros), as comissões apresentam um crescimento de 14,9% (sem efeito da taxa de câmbio). Os resultados líquidos por operações financeiras registram um crescimento interanual de 43,8% sem efeito da taxa de câmbio. A margem ordinária aumenta 14,1 % sem efeito da taxa de câmbio, atingindo 6,86 bilhões de euros em América Latina. Atividade Crescimento da atividade nos países chave Variações em moeda local Créditos* Recursos** Brasil +42% +24% Aumento de quota em crédito e recursos PMEs (+53%), consumo (+27%) Depósitos a prazo (+36%), fundos de investimento (+21 %) México +35% ** +21% Aumento de quota em particulares, empresas e recursos PMEs (+39%), cartões e consumo (+60%), hipotecas (+93%) Crescimento generalizado de recursos, depósitos (+16%) e fundos de investimento (+36%) Chile +19% +16% Aumento de quota em particulares PMEs (+33%), cartões e consumo (+42%) e hipotecas (+26%) Depósitos a prazo (+27%)e fundos de investimento (+11 %) 106 (*) Débitos sem CTAs + fundos de investimento + planos de pensões (**) Excluindo a carteira hipotecária antiga e promissória IPAB. Incluindo-os, +13%

111 Relatório por segmentos O conjunto de custos de exploração aumenta entre os dois anos 18,2% em euros, taxa que se situa em 7,9%, sem efeito da taxa de câmbio. Esta taxa ainda ultrapassa a da inflação (média regional de 6,3%), em conseqüência do desenvolvimento de programas específicos de crescimento dos negócios comerciais, porém está convergindo na sua direção. As perdas líquidas devido à deterioração do crédito recuam 18,1% (sem efeito da taxa de câmbio), apesar do aumento de volumes e da mudança de mix de carteiras que aponta para maiores provisões futuras. As menores necessidades de risco-país em relação a 2004, e as elevadas recuperações realizadas explicam a referida queda no exercício. A taxa de inadimplência atinge 1,91% em 31 de dezembro de 2005, enquanto a taxa de cobertura 183%, com melhorias, respectivamente, de 1,03 e 28 pontos porcentuais sobre os indicadores do fim de O título outros resultados registra um encargo especial por amortização antecipada de equipamentos informáticos e tecnologia no Brasil, pelo montante de 150 milhões de dólares. Os bancos do Grupo no Brasil convergem em uma nova plataforma tecnológica na primeira metade de Os indicadores de eficiência (52,2%, com amortizações) e recorrência (61,6%), também melhoram em relação aos registrados no fim de 2004 (54,9% e 58,6%, respectivamente). Por áreas de negócio, o Banco Comercial na América Latina aumenta a sua margem ordinária em 16,0%, a de exploração em 27,5% e o resultado, antes de impostos, em 27,1 %, sendo que todas estas porcentagens não contam com o efeito da taxa de câmbio. A Gestão de Ativos e Seguros e o Banco Grandes de Clientes Global apresentam crescimentos no resultado, antes de impostos. Para uma melhor interpretação da informação financeira anterior, é necessário levar em consideração os seguintes aspectos: A evolução dos resultados em euros foi afetada pelas taxas de câmbio. O dólar norte-americano, moeda de referência na América Latina, desvaloriza-se face ao euro em 0,2% (taxa média de 2005 face à taxa média de 2004). Esta desvalorização é compensada pela valorização de algumas divisas latino-americanas face ao dólar, em particular, o real brasileiro, o peso chileno e, em menor escala, o peso mexicano. Assim, face ao euro, o real brasileiro valoriza a sua taxa de câmbio média de 3,63 para 3,01, o peso chileno de 757 para 694 e o peso mexicano de 14,01 a 13,53. Por sua vez, o bolívar venezuelano (que, formalmente, desvalorizou a sua taxa de câmbio, deixando-a nos bolívares por dólar em 3 de março de 2005) desvaloriza-se de para face ao euro. As taxas de juros a curto prazo, considerando toda a região, tenderam a aumentar em 2004 e, no primeiro semestre de 2005, embora a partir do terceiro trimestre, começaram a cair no Brasil e no México. Na determinação das taxas médias de 2005 face a 2004, as taxas a curto prazo experimentaram uma forte alta no Brasil (18%), Chile (87%), México (34%) e Porto Rico (127%), enquanto caem na Venezuela (-10%). O Grupo sempre permanece concentrado no controle dos riscos de mercado e na maximização do lucro, por meio de uma gestão adequada das suas massas de balanço, comerciais e monetárias. Só no quarto trimestre a redução das taxas a curto prazo no Brasil e México apresentou uma certa recuperação das margens do negócio financeiro. A seguir, comenta-se a evolução por países: América Latina. Resultados Milhões de euros Margem Margem de Lucro ordinária exploração atribuído ao Grupo 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) Brasil , , ,89 México , , ,02 Chile , , ,19 Porto Rico 266 2, , ,50 Venezuela 409 8, , ,39 Colômbia , , ,83 Argentina , , ,04 Outros , , ,57 Total , , ,77 107

112 América Latina. Principais unidades Milhões de euros Resultados Brasil México Chile 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) Margem de intermediação , , ,40 Resultados equiparados 1 80, ,83 Comissões líquidas , , ,62 Atividades de seguros 43 45, , ,04 Margem comercial , , ,27 Resultados líquidos por operações financeiras , (67,82) Margem ordinária , , ,14 Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração 1 (50,11) (63) 38,68 (4) (6,02) Despesas gerais de administração (1.314) 24,25 (787) 19,55 (451) 19,19 De pessoal (703) 18,59 (376) 11,84 (273) 15,91 Outras despesas gerais de administração (611) 31,47 (412) 27,57 (178) 24,58 Amortização do imobilizado (158) 39,05 (65) 25,37 (49) (16,93) Margem de exploração , , ,92 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (165) (14,42) (49) 179,45 (103) 33,92 Outros resultados (198) (55) 374,20 (19) (67,06) Resultado, antes de impostos , , ,43 Resultado da atividade corrente 603 3, , ,79 Resultado consolidado do exercício 603 3, , ,53 Lucro atribuído ao Grupo 591 3, , ,19 Balanço Créditos a clientes* , , ,88 Carteira de negociação (sem créditos) , , (27,06) Ativos financeiros disponíveis para a venda , , (11,02) Instituições de crédito* , (22,28) ,63 Imobilizado 364 1, , ,56 Outras contas do ativo , , ,63 Total ativo / passivo e patrimônio líquido , , ,98 Depósitos de clientes* , , ,78 Débitos representados por valores negociáveis* , , (4,11) Passivos subordinados , (6,44) Passivos por contratos de seguros , , ,46 Instituições de crédito* , , ,53 Outras contas do passivo , , ,00 Capitais próprios , , ,94 Recursos de clientes fora de balanço , , ,16 Fundos de investimento , , ,73 Planos de pensões , ,45 Patrimônios administrados ,17 Recursos de clientes geridos , , ,17 Total fundos geridos , , ,63 (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço por este título. Índices (%) e Meios operacionais ROE 23,07 (7,96 p.) 20,42 (2,14 p.) 25,03 5,50 p. Eficiência 46,62 (3,48 p.) 49,91 (1,21 p.) 40,94 (1,01 p.) Eficiência com amortizações 52,48 (3,21 p.) 54,06 (1,12 p.) 45,42 (3,12 p.) Taxa de inadimplência 2,88 0,03 p. 0,89 (0,39 p.) 2,31 (1,22 p.) Cobertura 138,52 (49,65 p.) 273,43 59,97 p. 165,57 38,73 p. Número de funcionários (diretos + indiretos) (3,04%) ,34% (0,20%) Número de oficinas ,48% (1,47%) ,90% 108

113 Relatório por segmentos Brasil O Santander Banespa é uma das principais operações comerciais do Brasil, com uma quota de mercado entre 4% e 5%, que se duplica na área que o Grupo considera mais relevante, o Sul-Sudeste, que concentra uma população de cerca de 98 milhões de habitantes e mais de 70% do PIB nacional. Nesta área, o Estado de São Paulo conta com uma população de 41 milhões de habitantes e 33% do PIB do país. O Grupo tem no Brasil agências e 7,1 milhões de clientes. A economia brasileira, embora com uma certa desaceleração no segundo semestre de 2005, termina o ano com importantes avanços nos seus fundamentos. O Banco Central, após conseguir controlar a inflação registrada e suas expectativas futuras, começou a reduzir as taxas de juros, colocando a taxa SELIC em 18% em finais de 2005, 175 pontos base abaixo do máximo alcançado no passado mês de maio. O índice de risco-país (EMBI PLUS) está em mínimos históricos. Em 2005, o Grupo se concentrou no crescimento dos negócios comerciais e no aumento da quota. Os créditos aumentam 42%, sem o efeito da taxa de câmbio, com uma notável dinamização no crédito concedido a particulares (cartões de crédito, crédito associado à domiciliação da folha de pagamento, financiamento de veículos, etc.), PyMEs e empresas. Este crescimento permitiu alcançar uma quota de 5,8%. O conjunto de depósitos (sem cessões temporais), assim como os fundos de investimento aumentam 24%, obtendo-se uma quota de 4,4%. A orientação da gestão para o crescimento na poupança varejista permitiu alcançar uma quota em fundos de investimento desse segmento de 8,0%. O Grupo registrou um lucro atribuído de 591 milhões de euros em 2005, com um aumento de 3,9% (excluindo o efeito da taxa de câmbio: -14,0%). Descontando o impacto fiscal, o resultado, antes de impostos aumenta 32,3% (+9,5% sem o efeito da taxa de câmbio). Os resultados do Grupo no Brasil abrangem no quarto trimestre do ano o Brasil Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,6%* M. exploração L. atribuído (*) Sem efeito taxa de câmbio: +18,1% (**) Sem efeito taxa de câmbio: -14,0% efeito de um encargo especial em outros resultados, pelo valor de 150 milhões de dólares, por amortização antecipada de investimentos tecnológicos. +3,9%** A margem comercial aumenta 5,2%, excetuando o efeito da taxa de câmbio. Esta variação é afetada de forma positiva pela forte expansão dos volumes de negócio, embora tenha uma influência negativa pelo ligeiro estreitamento dos diferenciais e, muito especialmente, pela redução das receitas do negócio financeiro, em conseqüência da pendente negativa mostrada pela curva das taxas de juros e da menor rentabilidade das obrigações indexadas à inflação geral. Sem o efeito da taxa de câmbio, as comissões e os seguros aumentam 18,6%, depois de aumentar pelo sexto trimestre consecutivo, enquanto o crescimento dos custos de exploração registra uma taxa de 4,0%, sem o efeito da taxa de câmbio (inferior à inflação). A evolução de receitas e despesas conduz a um aumento de 18,1% na margem de exploração, sem o efeito da taxa de câmbio. Brasil Índices de eficiência % Brasil Taxas de inadimplência e cobertura % 55,7 Com amortizações 2,85 2,88 +3 p.b , p.p. 50,1 Sem amortizações 46, Inadimplência Cobertura 109

114 Na parte inferior da conta, destaca-se uma menor dotação de provisões para insolvências devido às menores necessidades para risco-país e maiores recuperações, bem como ao referido encargo especial para antecipar a amortização de investimentos tecnológicos. O quociente de eficiência se situa em 52,5% com amortizações (melhoria de 3,2 pontos em relação a 2004), o de recorrência em 54,5% (melhoria de 7,2 pontos) e o ROE atinge 23,1%. Quanto aos indicadores de qualidade de crédito, a taxa de inadimplência se situa nos 2,88%, em dezembro de 2005, e a taxa de cobertura em 139%. Por segmentos, e sem efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Banco Comercial aumenta 33,90% e o resultado, antes de impostos, 12,8%. A Gestão de Ativos e Seguros apresenta também um forte aumento do resultado, antes de impostos, enquanto o Banco de Grandes Clientes Global aumenta 0,2% em moeda local. México O Santander Serfin é a terceira instituição financeira no país por volume de negócio, com quotas de 15,2% em créditos, de 15,8% em depósitos mais fundos de investimento e de 7,8% em pensões. O Grupo conta, no México, com agências e uma base de clientes bancários de 6,3 milhões, com um aumento de em Além disso, o Grupo conta com 3,1 milhões de participantes em planos de pensões. Em 1 de janeiro de 2005, o Banco Santander Mexicano e Banco Serfin realizaram uma fusão societária, embora já fossem geridos por uma única instituição financeira desde dezembro de A atividade econômica mexicana manteve o seu dinamismo em 2005, impulsionada pelo investimento e pelo consumo privado. Em resposta à adoção de uma política monetária rigorosa, a inflação caiu para taxas mínimas históricas, inferiores a 4%, permitindo que o Banco Central iniciasse, já no quarto trimestre, um processo de corte de taxas de juros. A situação favorável da balança de pagamentos e os elevados níveis de reservas internacionais contribuíram para a estabilidade da taxa de câmbio. México Índice de eficiência % 55,2 51,1 Com amortizações Sem amortizações 54,1 49, México Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros ,1%* M. exploração L. atribuído (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +19,9% (**) Sem efeito da taxa de câmbio: +12,1 % +16,0%** No México, o Grupo concentrou-se em 2005 no desenvolvimento e na vinculação da sua base de clientes e no crescimento rentável dos negócios, em concordância com o seu plano estratégico a médio prazo. O crédito total, excluindo a promissória IPAB e a antiga carteira hipotecária, aumenta 35%, após ter eliminado o efeito das taxas de câmbio, com aumentos muito notáveis em produtos estrategicamente importantes. Assim, o Grupo aumenta em créditos ao consumo mais cartões de crédito a uma taxa interanual de 60%, muito acima do sistema financeiro, permitindo-lhe aumentar a sua quota nesses produtos em 0,6 pontos no último ano (3,4 pontos nos últimos 3 anos). A poupança bancária (depósitos sem cessões mais fundos de investimento) aumenta 21%, sem o efeito da taxa de câmbio. Em conjunto, o ganho de quota dos depósitos mais fundos de investimento foi de 1,5 ponto durante os últimos doze meses, destacando-se o aumento de quota dos depósitos à vista (+0,4 pontos). 110

115 Relatório por segmentos O lucro atribuído se situou nos 376 milhões de euros em 2005, com um aumento de 16,0% sobre o ano anterior (+12,1%, sem o efeito da taxa de câmbio). Esta evolução está positivamente afetada tanto pela forte expansão do negócio como pelo aumento da média anual das taxas de juros, de 2,45 pontos entre os dois anos (de 7,15% para 9,60%). Em contrapartida, esta alta de taxas a curto prazo teve um impacto negativo nas receitas dos negócios financeiros. México Taxas de inadimplência e cobertura % 1,28 0,89-39 p.b p.p. A margem comercial aumenta 11,0%. Neste âmbito, as comissões mais seguros se expandem a uma taxa de 8,6%. Os custos de exploração aumentam 15,7%, essencialmente devido ao aumento da infra-estrutura comercial (abertura de 717 caixas automáticos em 2005) e despesas relacionadas ao desenvolvimento do negócio, assim como pelo aumento das contribuições e impostos. Todas as porcentagens excluem o efeito da taxa de câmbio. No entanto, o forte dinamismo das receitas propicia que a margem de exploração cresça 19,9%, sem o efeito da taxa de câmbio. A eficiência se situa nos 54,1% com amortizações, com uma melhoria de 1,1 ponto, a recorrência nos 59,2%, o Inadimplência Cobertura ROE nos 20,4%. As taxas de inadimplência (0,89%) e cobertura (273%) continuam mostrando uma elevada qualidade de risco. Por segmentos, e sem o efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Banco Comercial aumenta 18,2% e o resultado, antes de impostos, cai 1,3%, devido aos maiores encargos por provisões. A Gestão de Ativos e Seguros e o Banco de Grandes Clientes aumentam o resultado, antes de impostos, 11,6% e 54,1%, respectivamente, também sem o efeito da taxa de câmbio. Chile O Santander Santiago é o primeiro grupo financeiro do país e a operação bancária mais sólida e diversificada no Chile, como evidenciam suas quotas: 22,6% em créditos, 21,9% em depósitos mais fundos de investimento e 11,7% em pensões. Conta com 401 agências, uma base de 2,2 milhões de clientes bancários e participantes em planos de pensões. Em 2005, a economia chilena manteve o seu ciclo expansivo. Destaca-se o aumento sólido do investimento, principal motor do crescimento. O Banco Central manteve em 2005 uma agenda de alta progressiva; alta de taxas de juros (com um aumento da taxa de referência a curto prazo de 2,3%, em dezembro de 2004, para 4,5%, em dezembro de 2005), conduzindo gradualmente as taxas reais para níveis positivos. Chile Margem de exploração e Lucro atribuído Milhões de euros Chile Índice de eficiência % ,5 Com amortizações ,9%* , ,2%** 42,0 Sem amortizações 40, M. exploração L. atribuído (*) Sem efeito da taxa de câmbio: +19,2% (**) Sem efeito da taxa de câmbio: +33,2% 111

116 Em 2005, o Santander Santiago concentrou-se no crescimento dos negócios comerciais e, de modo especial, nos segmentos varejistas. Deste modo, o crédito aumenta 19%, com um crescimento de 25% no crédito ao segmento de indivíduos, enquanto o conjunto dos depósitos sem cessões e fundos de investimento cresce a uma taxa interanual de 16%, em todos os casos sem o efeito da taxa de câmbio. Chile Taxas de inadimplência e cobertura % 3,53 2, p.b p.p. Estas taxas permitem um crescimento interanual da quota de 1,2 ponto no crédito a particulares (0,8 ponto em crédito ao consumo e por meio de cartão de crédito; e 1,4 ponto no crédito hipotecário). Por sua vez, a poupança bancária (depósitos mais fundos de investimento) aumenta a sua quota em 0,7 ponto porcentual Inadimplência Cobertura O lucro atribuído obtido no Chile foi, em 2005, de 338 milhões de euros, com um crescimento de 45,2% (+33,2% eliminando as taxas de câmbio). A chave deste forte crescimento reside na combinação de uma expansão positiva da margem comercial (+17,7% sem o efeito da taxa de câmbio) com um crescimento controlado dos custos de exploração (+4,8%, sem o efeito da taxa de câmbio), apesar da expansão da capacidade de distribuição. O Grupo apresenta quocientes muito bons: 45,4% em eficiência com amortizações, apresentando uma melhoria de 3,1 pontos no ano, 61,2% em recorrência, 25,0% em ROE, 2,31 % em inadimplência e 166% em cobertura. Por segmentos, e sem efeito da taxa de câmbio, a margem de exploração do Mercado Bancário Comercial aumenta 30,50% (forte aumento de receitas com despesas contidas) e o resultado, antes de impostos cresce 56,6%. Por sua vez, a Gestão de Ativos e Seguros aumenta o seu resultado, antes de impostos, em 25,6%, e o Banco de Grandes Clientes diminui devido às menores receitas por resultados por operações financeiras. Outros países Porto Rico O Santander Puerto Rico é um dos primeiros grupos financeiros do país. Dispõe de uma rede de 73 agências e quotas de 10,9% em créditos, 12,9% em depósitos e 21,3% em fundos de investimento. Em 2005, a gestão do Grupo orientou-se para a expansão dos negócios de maior rentabilidade, especificamente nos segmentos de particulares (consumo e hipotecário) e segmento médio de empresas. Assim, o crédito registra um crescimento interanual de 9%, enquanto os depósitos (sem cessões temporárias de ativos) mais fundos de investimento aumentam 13%. A quota de poupança bancária aumenta 0,5 ponto para os 15,3%. No âmbito da estratégia de crescimento do consumo, enquadra-se a aquisição da Island Finance, a segunda sociedade de financiamento ao consumo da ilha, que complementa de forma muito positiva a posição do Grupo. O lucro atribuído situou-se em 49 milhões de euros em 2005, com um aumento de 2,5% (+2,7%, sem o efeito da taxa de câmbio). Esta variação é afetada pelo aumento da taxa fiscal, sempre que o resultado, antes de impostos, aumenta 42,7% sem o efeito da taxa de câmbio, recolhendo o efeito da expansão da margem ordinária, redução das provisões para insolvências e contenção dos custos. A eficiência situa-se nos 65,8% com amortizações, a recorrência nos 43,6% e o ROE nos 12,5%. A taxa de inadimplência é de 1,75% e de cobertura de 168%. Venezuela O Banco da Venezuela é uma das principais instituições financeiras do país, com quotas de mercado de 13,6% em créditos e de 11,6% em depósitos. Tem 252 agências e uma base de 2,2 milhões de clientes bancários. A conjuntura externa positiva com elevados preços do petróleo está propiciando uma evolução muito boa nas contas públicas. O crescimento econômico em 2005 se situa, assim mesmo, em uma taxa de 9,5%, acima do seu aumento potencial. Em 2005, a gestão do Grupo orientou-se para a rentabilização do negócio e aumento das receitas 112

117 Relatório por segmentos recorrentes, impulsionando, para isso, o crescimento do crédito, especialmente nos segmentos de maior diferencial, e os depósitos transacionais, de alta liquidez e baixo custo. Desta forma, o crédito, deduzindo o impacto da taxa de câmbio, aumenta 46% interanual (com um crescimento de 75% no segmento de pessoas), enquanto o conjunto de depósitos sem cessões e fundos de investimento aumenta 27%. Com esta estratégia, o Grupo obteve um aumento de 15,6% na margem comercial (eliminado o efeito das taxas de câmbio) e um lucro atribuído de 133 milhões de euros, com um avanço de 55,4%, sem o efeito da taxa de câmbio. Os quocientes de eficiência, com amortizações e recorrência, chegam a 48,4% e 50,0%, respectivamente, enquanto o ROE atinge 42,2%. A inadimplência e a cobertura situam-se, respectivamente, em 1,52% e 400%. Colômbia Em 2005 a economia colombiana registrará, previsivelmente, um crescimento aproximado de 5%. Em 2005, o Grupo se concentrou no crescimento seletivo do negócio e na gestão eficiente das despesas. O crédito aumenta 11% e a poupança bancária (depósitos sem cessões e fundos de investimento), 22%. O lucro atribuído situa-se nos 40 milhões de euros, com um crescimento de 60,9% em euros sobre 2004, sem o efeito da taxa de câmbio. Os níveis de qualidade creditícia continuam a ser muito bons, com uma taxa de inadimplência de 0,68% e uma cobertura de 414%. Argentina A Argentina consolidou a sua recuperação econômica em 2005, apoiada na força da demanda interna e no sólido crescimento das exportações. Em 2005, um fato relevante foi a elevada porcentagem de aceitação 76%, por parte dos credores da proposta de reestruturação da dívida externa. O aumento do crédito privado do Grupo Santander (73%), muito orientado para os segmentos de PyMEs e pessoas, permite um ganho de quota de 2,1 pontos, para os 8,6%. A poupança bancária (depósitos sem cessões mais fundos de investimento) aumenta 33%, aumentando a quota em 0,6 ponto nos últimos doze meses, até totalizar 10,1%. Além disso, em 2005, o banco capitalizou uma parte da dívida financeira que mantinha com o Grupo por 369 milhões de dólares. Isto permitiu, por um lado, avançar no saneamento e venda de carteiras de títulos públicos em moeda estrangeira no balanço local (saneadas em critérios contabilísticos espanhóis em 2002) e, ao mesmo tempo, reduzir simultaneamente passivos dispendiosos externos. Em 2005, o Grupo obteve na Argentina um lucro atribuído de 78 milhões de euros. Outros No Uruguai, o Grupo obteve um lucro atribuído de 29 milhões de euros em 2005, com um crescimento interanual de 28,2%, sem o efeito da taxa de câmbio. Chega-se a este resultado apesar de uma forte redução dos fundos disponíveis de insolvências e graças à combinação de uma forte expansão da margem ordinária (+26,1%), com uma redução das despesas. O Peru obtém um lucro atribuído de 16 milhões de euros, com um aumento de 13,9% face ao ano anterior, sem efeito da taxa de câmbio. O Santander Private Banking experimentou no quarto trimestre de 2005 uma evolução positiva do negócio, obtendo resultados anuais que confirmam a boa dinâmica e consistência nos seus ritmos de crescimento. Neste crescimento, destaca-se a melhoria da margem financeira (36% face a 2004), e do lucro atribuído, que termina o ano com 25% de aumento, sendo que ambos os aumentos são em dólares. 113

118 Gestão Financeira e Participações Milhões de euros Variação Absoluta (%) Resultados Margem de intermediação (sem dividendos) (866) (756) (110) 14,53 Rendimento de instrumentos de capital (109) (46,74) Margem de intermediação (742) (523) (219) 41,84 Resultados equiparados ,93 Comissões líquidas netas (18) (12) (6) 50,99 Atividades de seguros 2 (3) 5 Margem comercial (173) (126) (47) 37,00 Resultados líquidos por operações financeiras (49) 238 (288) Margem ordinária (222) 112 (334) Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração (25) (19) (6) 34,73 Despesas gerais de administração (354) (299) (55) 18,57 De pessoal (183) (193) 10 (4,96) Outras despesas gerais de administração (171) (106) (65) 61,48 Amortização do imobilizado (74) (38) (36) 95,91 Margem de exploração (676) (243) (433) 177,93 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (52) (35) (17) 49,33 Outros resultados (128) (224) 96 (42,82) Resultado, antes de impostos [corrente] (855) (502) (354) 70,50 Resultado da atividade corrente (210) 63 (273) Resultado consolidado do exercício [corrente] (210) 63 (273) Lucro atribuído ao Grupo [corrente] (358) (24) (335) Lucro atribuído ao Grupo 650 (24) 674 Balanço Carteira de negociação (sem créditos) ,21 Ativos financeiros disponíveis para a venda ,33 Participações (719) (20,36) Fundo de comércio (1.019) (6,78) Liquidez prestada ao Grupo ,12 Dotação de capital para outras unidades ,51 Outras contas do ativo ,61 Total ativo / passivo e patrimônio líquido ,01 Depósitos de clientes* ,03 Débitos representados por valores negociáveis* ,14 Passivos subordinados (53) (0,38) Capital com natureza de passivo financeiro 894 (894) (100,00) Outras contas do passivo ,93 Capital e reservas do Grupo ,21 Recursos de clientes fora de balanço Fundos de investimento Planos de pensões Patrimônios administrados Recursos de clientes geridos ,45 Total fundos geridos ,01 (*).- Inclui a totalidade de saldos em balanço por este título Meios operacionais Número de funcionários (diretos + indiretos) ,02 114

119 Relatório por segmentos Gestão Financeira e Participações A Gestão Financeira e Participações abrange um conjunto de atividades de tipo centralizado e atua como holding do Grupo, gerindo a totalidade do capital e reservas, as atribuições de capital e a liquidez com o resto dos negócios, com base nos critérios mencionados na página 90 deste Relatório. O custo da liquidez na cessão de fundos para os diversos negócios é realizado a taxas de mercado a curto prazo: 2,12% em 2005 (2,06% em 2004). Participações: centraliza a gestão das participações financeiras e industriais. No âmbito das participações financeiras, a nota mais destacada em 2005 foi a alienação (no primeiro trimestre) de 2,57% do The Royal Bank of Scotland, tendo-se obtido um ganho de 717 milhões de euros. Em 2005, o lucro atribuído das participações industriais foi de 1,739 bilhão de euros, face aos 492 milhões de Esta diferença deve-se fundamentalmente às maiores mais-valias realizadas no último exercício e à maior contribuição da equiparação pelo aumento dos resultados das sociedades participadas, principalmente a Cepsa. Entre as operações de alienação de participações realizadas, sobressaem a Unión Fenosa e a Auna, com ganhos brutos de 1,157 bilhão e 355 milhões de euros, respectivamente. Em 2004, as principais vendas foram 0,46% da Vodafone, 1% da Unión Fenosa e 3,1% da Sacyr-Vallehermoso. No fim do ano, os ganhos latentes em participações financeiras e industrializadas cotadas são de aproximadamente 2,5 bilhões de euros. Gestão financeira: desenvolve as funções globais de gestão da posição estrutural de câmbio, do risco do juros estrutural da instituição sede e do risco de liquidez. Este último, por meio da realização de emissões e titularizações. Além disso, gere os recursos próprios. Neste subsegmento figura o custo da cobertura do capital dos investimentos do Grupo não denominados em euros. A atual política de coberturas está orientada para a proteção do capital investido e os resultados do exercício por meio dos diferentes instrumentos que foram julgados mais adequados para a sua gestão. Em 2005, foram mantidas as coberturas das principais unidades com risco de câmbio, salvo o Brasil. Por outro lado, em 2004, realizou-se uma redução significativa da carteira de cobertura do risco de juros estrutural, o que tem um impacto negativo na comparação de receitas (margem de intermediação e resultados por operações financeiras) entre o referido exercício e Também a posição para a cobertura de resultados em dólares teve um impacto negativo nas receitas em comparação com Neste subsegmento, gere-se, igualmente, os recursos próprios, a dotação de capital que faz a cada unidade e o custo de financiamento dos investimentos efetuados. Finalmente, constam outros conceitos negativos como, por exemplo, a amortização do excesso inicial dos fundos de pensões das filiais sobre o intervalo de flutuação. Incluem-se também aqui os encargos extraordinários realizados no exercício e, já comentados em outras seções deste Relatório, relativos à amortização das despesas de reestruturação do Abbey (658 milhões de euros) e a reformas antecipadas (608 milhões de euros). Tudo isso faz com que, em conjunto, o subsegmento tenha habitualmente um aporte negativo para a conta de resultados. 115

120 Resultados e atividade segmentos secundários Milhões de euros Áreas operacionais Mercado Bancário Comercial Variação (%) Variação (%) 2005 Com Abbey Sem Abbey 2005 Com Abbey Sem Abbey Resultados Margem de intermediação ,73 15, ,42 17,62 Resultados equiparados 35 (6,58) (13,19) 35 (16,92) (22,80) Comissões líquidas ,45 12, ,89 10,93 Atividades de seguros ,74 36,34 Margem comercial ,78 14, ,51 15,16 Resultados líquidos por operações financeiras ,21 47, ,82 79,15 Margem ordinária ,65 16, ,54 16,93 Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração ,38 19, ,41 17,30 Despesas gerais de administração (9.347) 46,14 10,21 (8.141) 43,82 9,81 De pessoal (5.560) 37,53 7,17 (4.913) 36,73 6,63 Outras despesas gerais de administração (3.787) 60,94 15,43 (3.228) 56,14 15,34 Amortização do imobilizado (947) 18,26 3,62 (872) 18,78 3,13 Margem de exploração ,26 23, ,49 26,12 Prejuízos líquidos por deterioração de créditos (1.563) 1,64 (19,05) (1.500) 8,95 (14,16) Outros resultados (350) 23,44 50,26 (365) 30,26 57,36 Resultado, antes de impostos ,31 35, ,01 38,30 Grandeza do negócio Ativo total ,84 19, ,18 26,93 Créditos a clientes ,84 23, ,32 25,62 Depósitos de clientes ,86 14, ,13 20,85 Mercado Bancário Comercial O conjunto do Banco Comercial do Grupo Santander representa 84% do total das receitas e 78% do resultado, antes de impostos, obtidos pelas áreas operacionais em O resultado, antes de impostos, é de 6,289 bilhões de euros, que traduzem um crescimento de 64,0% sobre 2004, ou de 38,3%, excluindo o Abbey, com um bom comportamento, tanto na Europa Continental como na América Latina. O Mercado Bancário Comercial na Europa Continental manteve no exercício de 2005 uma tendência crescente tanto em volumes como em resultados. Dentro destes últimos, a margem de intermediação aumenta 14,3% face a 2004, a margem de exploração em 21,3% e o resultado, antes de impostos, 39,1%, com todas as unidades (Rede Santander, Comercial Banesto, Santander Consumer Finance, Comercial Portugal e Banif), crescendo a ritmos elevados (em dois dígitos em termos de margem de exploração e lucro). São quatro as notas de destaque que, genericamente, permitem estes fortes aumentos de resultados: os crescimentos em atividade, maiores em créditos, embora sejam também importantes em recursos de clientes; uma melhor gestão de preços numa conjuntura de taxas mais estável, que está permitindo uma estabilização dos diferenciais; o controle dos custos, em que se destacam a Rede Santander e Comercial Portugal, e as menores dotações necessárias para insolvências creditícias com a entrada da nova legislação contabilística, devido à elevada qualidade dos ativos e à cobertura alcançada. No seu primeiro ano no Grupo Santander, as operações de Mercado Bancário Comercial do Abbey contribuíram com receitas da ordem de 3,232 bilhões de euros, uma margem de exploração de 1,228 bilhão de euros e um resultado, antes de impostos, de 986 milhões de euros. O Mercado Bancário Comercial na América Latina apresenta também um bom comportamento dos resultados, fundado nos fortes crescimentos da atividade com clientes, a boa evolução de margens de intermediação e comissões e despesas que estão convergindo em crescimento para a inflação. Isso refletese em aumentos de 22,9% na margem comercial, de 38,2% na margem de exploração e de 36,2% no resultado, antes de impostos, todos eles em euros. 116

121 Gestão de Ativos e Seguros Banco de Grandes Clientes Global Variação (%) Variação 2005 Com Abbey Sem Abbey 2005 (%) Relatório por segmentos Resultados e atividade segmentos secundários Milhões de euros Resultados (146) 25, (9,33) Margem de intermediação (100,00) (100,00) (100,00) Resultados equiparados ,73 18, ,48 Comissões líquidas ,74 36,34 Atividades de seguros ,14 24, ,61 Margem comercial ,03 175, ,52 Resultados líquidos por operações financeiras ,39 26, ,17 Margem ordinária (0) (22) (2,75) Serv. não financeiros (líquido) e outros res. de exploração (662) 165,04 15,73 (543) 11,99 Despesas gerais de administração (308) 104,32 7,51 (339) 13,46 De pessoal (354) 257,43 28,24 (204) 9,65 Outras despesas gerais de administração (19) 17,69 3,28 (56) 10,82 Amortização do imobilizado ,51 34, ,04 Margem de exploração 0 (98,88) (91,79) (63) (61,08) Prejuízos líquidos por deterioração de créditos ,90 Outros resultados ,61 37, ,87 Resultado antes de impostos Grandeza do negócio ,83 31, ,70 Ativo total 194 (59,20) (59,20) ,53 Créditos a clientes 21 (43,24) (43,24) (6,98) Depósitos de clientes O crescente peso do negócio com clientes em todos os países, devido ao forte desenvolvimento comercial que o Grupo está realizando nos dois últimos anos se reflete, genericamente, em aumentos significativos na sua margem comercial, margem de exploração e resultado antes de impostos. No quadro seguinte é analisada a evolução dos três países principais da América Latina. Em conjunto, estes aumentam a sua margem ordinária (em euros) em 29,6%, crescimento que se situa em 43,3% na margem de exploração e em 29,8% no resultado, antes de impostos. Banco Comercial. Resultados Milhões de euros Margem Margem de Resultado ordinária exploração antes impostos 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) Europa Continental , , ,14 da qual: Espanha , , ,70 Portugal 884 7, , ,93 Reino Unido (Abbey) América Latina , , ,23 da qual: Brasil , , ,31 México , , ,18 Chile , , ,69 Total Banco Comercial , , ,01 117

122 Gestão de Ativos e Seguros Este segmento representa 7% do total de receitas das áreas operacionais do Grupo Santander em 2005 e 9% do resultado, antes de impostos. Este último chega a 688 milhões de euros, 85,6% superior ao de 2004 (+37,2% excluindo o Abbey). A totalidade de receitas geradas pelo negócio de fundos e seguros no Grupo Santander, incluindo os contabilizados pelas redes de distribuição, alcançam 3,696 bilhões de euros, 62,9% acima do registro de 2004 (+20,3%, sem o Abbey). São receitas de alta qualidade e recorrência, que representam 20% da margem comercial do Grupo. Os ativos geridos em fundos de investimento e pensões ultrapassam os 138 bilhões de euros (+16% em dezembro de 2004), e os passivos por contratos de seguros chegam a 45 bilhões (+5%). Gestão de Ativos. O negócio global de fundos de investimento e de pensões integrado na Santander Asset Management gerou em 2005 um volume total de comissões de gestão para o Grupo de 1,956 bilhão de euros, 23,5% superior a 2004 (+15,9% sem o Abbey). O seu resultado, antes de impostos, atinge os 349 milhões (+29,0% interanual), depois de deduzidos os custos de exploração e comissões cedidas às redes comerciais. Na Espanha, a Santander Asset Management gere mais de 75 bilhões de euros em fundos e sociedades de investimento, e mantém a liderança destacada no setor (25% de quota em fundos de investimento mobiliários e imobiliários de acordo com a Inverco). Em 2005, manteve a sua aposta na inovação e nos produtos de maior valor agregado, que permitem disponibilizar assessoria personalizada ao cliente adequada ao seu perfil de risco. Destaca-se a captação de rendimento variável (5,9 bilhões de euros) e uma boa aceitação das carteiras de fundos de investimento (Elite, Premier e Banesto Selección), assim como dos produtos de gestão especializada, em especial, os fundos conceito. Todos estes aspectos permitiram ao Grupo elevar suas receitas médias sobre ativos geridos face à redução registrada pelo mercado em sua totalidade. Em gestão alternativa, a Optimal aumentou o seu patrimônio para 4,2 bilhões de euros, 48% sobre o valor de 2004, confirmando o interesse dos investidores nestes produtos. Em fundos imobiliários, o Grupo voltou a liderar a indústria no ano, com um aumento do patrimônio gerido superior a 800 milhões de euros (+33%), até atingir os 3.3 bilhões, com uma quota de mercado de 51% na Espanha. Em planos de pensões, o volume gerido na Espanha ultrapassa os 8,9 bilhões de euros, 14% mais do que em dezembro de 2004 em termos homogêneos. Em planos individuais, que também aumentam 14%, o Grupo mantém Gestão de Ativos e Seguros M. de exploração e Resultado antes de impostos Milhões de euros 685* ,7% +82,5% 688* ,2% M. exploração Res. antes de impostos (*) Incluindo o Abbey a liderança com uma quota de 17%. A isso contribuiu a aceleração da atividade no período final do ano, bem como a aposta nos produtos de alto valor agregado (entre eles, os planos de gestão ativa, com diferentes perfis de risco, de acordo com o tempo que restante para a aposentadoria). Em Portugal, os fundos de investimento e os planos de pensões aumentaram 17% e 7%, respectivamente, fixando o patrimônio gerido em 7 bilhões de euros. +85,6% Na América Latina, a Santander Asset Management gere 22,5 bilhões de euros em fundos de investimento no fim de 2005, 24% acima do valor de 2004, sem o efeito da taxa de câmbio, com fortes crescimentos nos três principais países que concentram mais de 90% do patrimônio. A combinação do conhecimento dos seus mercados e necessidades locais em conjunto com o aproveitamento das capacidades globais do Grupo na gestão e desenvolvimento de produtos de alto valor agregado se traduziram em crescimentos superiores aos dos seus mercados. Em fundos de investimento, o México aumentou o seu patrimônio em 36% na moeda local, totalizando os 6,7 bilhões de euros, para elevar em quase um ponto percentual a sua quota de mercado até aos 17% e se colocar como a segunda gestora do país. O Brasil, que aumentou em 21% o seu volume gerido em fundos em moeda local, chegando aos 11,1 bilhões de euros, mantém a sua concentração no segmento varejista, onde atinge uma quota de 8%, depois de aumentar 0,3 p.p. em doze meses. O Chile elevou o seu patrimônio em 2,7 bilhões de euros, depois de aumentar em 11% na moeda local e melhorar quase um ponto porcentual a quota. Dos demais, destaca-se a evolução de Porto Rico (+10%) e Argentina (+54%), ambos sem o efeito da taxa de câmbio. 118

123 Relatório por segmentos Receitas totais Grupo (ex-abbey) Milhões de euros Total Comissões + Atividades de seguros F. pensões F. investimentos (*) Incluindo o Abbey: 3,696 bilhões; +63% +20% +30% +15% +16% 2.729* Em planos de pensões, o patrimônio gerido na América Latina alcançou os 18,7 bilhões de euros, com um aumento de 17%, sem o efeito da taxa de câmbio, depois de crescer em todos os países. O menor crescimento produz-se no México (+8% em pesos), em um mercado afetado pela deterioração das margens para as novas entradas. Nos demais países, fortes crescimentos nas suas respectivas moedas: +15% no Chile, a nossa maior gestora (39% do patrimônio da região) com a qual continuamos ganhando quota, +21 % Argentina, +40% Colômbia e +14% Peru. Seguros. O total de receitas gerado pelo negócio segurador do Grupo, incluindo comissões cedidas às redes, atingiu 1,74 bilhão de euros, 153,8% acima do registrado em 2004 (+30,4% sem o Abbey). O resultado, antes de impostos, das companhias seguradoras do Grupo se multiplicou por três e chegou a 340 milhões de euros devido à incorporação dos resultados do Abbey, que aporta 179 milhões de euros, assim como à evolução positiva do restante negócio segurador (BAI: +59,2%). Na Espanha, a Santander Seguros avançou no seu negócio bancassurance ao promover novos produtos e ampliar a sua capacidade de comercialização com dois novos canais (Hispamer e UCi), que se somam ao principal da Rede Santander. A sua contribuição total para o Grupo em 2005, incluindo comissões e resultado, antes de impostos, da companhia, chegou a 250 milhões de euros (+25% sobre 2004). Os prêmios totais emitidos aumentaram 28% interanual, destacando-se a discriminação nos produtos de desemprego (70%) e nos não relacionados com operações de ativo. Esta evolução, em conjunto com a do Banesto Seguros, coloca o Grupo na Espanha entre os líderes nos seus dois produtos chave, vida-risco individual e lar, com quotas aproximadas de 19%. Em Portugal, a distribuição de seguros de risco, essencialmente ligados a créditos e de capitalizaçãopoupança, foi alargada a novos produtos de vida-risco não vinculados. Com um crescimento total de prêmios de 49% face a 2004, a sua contribuição total para o Grupo aumentou 36% em termos interanuais. No resto da Europa Continental, as diferentes unidades da Santander Consumer Finance, que comercializam produtos de seguros basicamente vinculados a operações de crédito ao consumo, contribuíram com comissões de comercialização pelo valor de 263 milhões de euros, representando uma evolução de 30% acima de No Reino Unido, a atividade seguradora do Abbey manteve um bom nível de atividade ao longo de todo o exercício. Destaca-se a melhoria no segundo semestre das vendas de produtos de investimento, que ultrapassam em 11% as do primeiro e quase em 40% a média de 2004, enquanto os segmentos de proteção e lar se mantiveram estáveis. No fim de 2005, o negócio segurador do Abbey gere 36,5 bilhões de euros em balanço, e a sua contribuição total para o Grupo (comissões mais lucro antes de impostos) atingiu os 437 milhões de euros, depois de um importante esforço de redução de despesas na área. Nos países da América Latina, o Grupo continuou desenvolvendo a sua estratégia de crescimento na distribuição de seguros por meio dos bancos locais. Em 2005, avançou-se na comercialização de produtos de bancassurance não ligados a créditos, por meio de ofertas personalizadas aos nossos clientes (em produtos de vida, automóvel e habitação). Por países, destacam-se o Brasil, o México, o Chile, a Argentina e a Venezuela, com um avanço conjunto em resultados gerados de 49%, excluindo o efeito da taxa de câmbio. Gestão de Ativos e Seguros. Resultados Milhões de euros Margem Margem de Resultado antes ordinária exploração de impostos 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) 2005 Var. (%) Fundos de investimento , , ,19 Planos de pensões , , ,19 Seguros , , ,33 dos quais: Abbey Total Gestão de Ativos e Seguros , , ,61 119

124 Banco de Grandes Clientes Global Em 2005, este segmento aporta 9% do total de receitas das áreas operacionais do Grupo Santander e 13% do resultado, antes de impostos. Este último chega a 1,069 bilhão de euros, 21,9% superior ao de 2004, apoiado na crescente contribuição dos negócios de valor agregado com clientes, no desenvolvimento dos novos projetos de banco de investimento e tesouraria, e nos menores saneamentos. O total de receitas aumenta 9,2% sobre Os negócios de alto valor (banco transacional, trade finance, custódia, banco de investimento, rendimento variável e tesouraria de clientes), cujas receitas aumentam 22%, e as mais-valias realizadas fazem face ao menor aporte da atividade de financiamento básico e da operação por conta própria das tesourarias. Os custos aumentaram 11,9% devido à expansão e lançamento de projetos na Europa, como a Santander Global Connect e a Santander Global Markets, entre outros (19 milhões de euros). Por último, destacam-se as menores necessidades de dotações para insolvências devido à acertada gestão do risco e a menor utilização do financiamento creditício em linha com um consumo de capital mais eficiente. Em 2005, consolidou-se o modelo de negócio de Banco de Grandes Clientes Global, apoiado sobre um vetor duplo cliente-produto. No vetor cliente, o Modelo de Relação Global, implantado em 2003 para disponibilizar uma gestão global por produto e geografia aos principais clientes corporativos e institucionais do Grupo, está alcançando os seus objetivos. O trabalho eficaz de equipes globais integradas por um responsável global, responsáveis locais nos mercados em que opera o cliente e os especialistas de produtos, explica a sua evolução. Modelo de negócio do Banco de Grandes Clientes Global Vetor produto Banco de Grandes Clientes Global M. de exploração e Res. antes de impostos Milhões de euros ,0% M. exploração Res. antes de impostos Concretamente, a margem ordinária do Modelo atinge os 501 milhões de euros em 2005, após seis trimestres consecutivos de crescimento sustentado. Destaca-se o crescimento dos produtos de alto valor face à redução das receitas de financiamento básico. A elevada liquidez disponível nas grandes companhias e a redução generalizada de margens no financiamento explicam esta tendência. O vetor produto é constituído por três grandes áreas: +21,9% Produtos Corporativos. Inclui o banco transacional, trade finance, custódia e financiamento básico. As suas receitas aumentam 8,8%, com maior peso das três primeiras categorias que apresentam um aumento conjunto de 17,4%. Em 2005, várias unidades da área receberam prêmios da revista Global Finance, a saber: a unidade da Global Trade Finance, oitava do mundo e entre os líderes nos seus mercados objetivo, foi eleita como "Melhor Banco em Trade Finance na España ; a Santander Investment, líder em custódia e subcustódia no mercado espanhol, foi eleita como "Best Subcustodian in Spain". Banco de Investimento. Abrange as atividades de soluções de financiamento e de corporate finance. Em 2005, aumentou as suas receitas em 16,0%, contando com um grande apoio da atividade de corporate (+31,9%). Vetor cliente Modelo de relação global Restantes clientes Produtos corporativos Banco de investimento Mercados Em soluções de financiamento, realizaram-se em 2005 operações de financiamento de projeto (project finance) num valor global de 1,074 bilhão de euros, destacando-se entre outras, as da ONO/Cableuropa, Petrobras, Chicago Skyway e Grupo ENA. Obteve-se o prêmio Best Deal of the Year, da Euromoney, em dois projetos na América Latina. Em financiamento de aquisições, as operações acordadas atingem 962 milhões de euros. Em empréstimos 120

125 Banco de Grandes Clientes Global Desdobramento da margem ordinária Milhões de euros Total Tesouraria e carteiras Tesouraria clientes Equity Produtos corporat. + Banco de investimento % % +28% +28% +13% sindicalizados, o valor financiado totaliza 3,7 bilhões de euros, destacando-se as operações da Gas Natural e Saint Gobain. Em "corporate finance", o Grupo continua demonstrando o seu conhecimento setorial e liderança nos mercados em que opera. Em 2005 destacaram-se as assessorias a EADS, Fagor, Ercros, EDP, Grupo Américo Amorim e Gerdau em operações de aquisição, Carrefour e Pepe Jeans, em operações de venda, e à OHL, Metrovacesa, La Seda e Ence em admissões à cotação e aumentos de capital. Mercados. Inclui as atividades de rendimento variável e tesouraria. Em conjunto, a área aumenta as suas receitas em 6,3%, face a 2004, contando com um grande apoio das suas receitas de clientes (+27,7%), e um menor aporte das posições próprias, após as elevadas receitas obtidas em Por negócios, o Rendimento Variável apresenta um elevado crescimento de receitas (+28,0% interanual), consolidando a liderança de intermediação na Espanha (13% de quota com a Banesto Bolsa) e em Portugal (quota de 9%). Esta evolução se reflete na melhoria nos principais rankings do setor, tanto na Península Ibérica (melhor casa de análise de rendimento variável para Espanha e Portugal da Thomson Extel) como na América Latina (2.º do ranking ponderado em ativos da Institutional Investor). A Tesouraria Global manteve em 2005 uma evolução favorável das receitas de clientes (+27,5% interanual) que compensa o menor aporte das posições próprias. Para o impulso da atividade de clientes contribuiu decisivamente o crescimento da Santander Global Connect (SGC) e Santander Global Markets (SGM) na Espanha. Esta última empresa pretende desenvolver as capacidades de distribuição a clientes corporativos e institucionais nos mercados objetivo e apoiar a produção e distribuição de produtos de valor agregado nos principais países da América Latina, obtendo sinergias em capacidades de produtos, livros e organização. Relatório por segmentos Na Espanha, a evolução de ambos os projetos, a SGC para clientes varejistas e a SGM para grandes clientes, aumentou o conjunto de receitas de clientes em 34,7% em termos interanuais. Em Portugal, o referido crescimento ascendeu a 33,3% após o bom desempenho no setor de grandes clientes e a expansão da SGC. Em Nova Iorque, a tesouraria consolidou a sua estrutura em 2005, visando disponibilizar de apoio para as tesourarias latino-americanas na venda de derivados estruturados, bem como aumentar a oferta de produtos de maior valor. Na América Latina, o Grupo Santander é a tesouraria de referência da região, como reconhece o prêmio de Melhor Tesouraria da América Latina 2005 atribuído pela Euromoney. O esforço das equipes de vendas locais no aprofundamento do modelo de negócio, em conjunto com a crescente coordenação das tesourarias locais com Madri e Nova Iorque, aumentou a oferta de soluções globais de valor agregado aos clientes e a geração de vendas cruzadas, o que se traduziu em aumentos notáveis destas receitas (+22,2% face a 2004), reforçando, por seu turno, a nossa presença nos mercados profissionais. No Brasil, destacou-se o bom andamento do negócio de clientes, orientado para o segmento de grandes clientes, e da atividade de market making. Pelo contrário, a operação por conta própria fica aquém dos níveis de O México, com um aporte positivo da sua operação por conta própria em 2005, orientou o seu esforço para a atividade com clientes. Esta já representa uma elevada percentagem das receitas totais que assenta na sua posição sólida nos mercados (de rendimento fixo, derivados organizados e divisas em dinheiro), na venda de estruturados através da rede e no lançamento de novos produtos. No Chile, a melhoria nos canais de distribuição e na oferta de produtos a clientes corporativos, institucionais e varejista, locais e internacionais, coloca a atividade de vendas como o eixo do crescimento do negócio de tesouraria. Em 2005, esta atividade já envolve 22% do total de receitas. Na Argentina, Colômbia e Venezuela também se observa um bom ritmo nos resultados de clientes, potencializandose a venda de produtos de valor agregado, que ganha terreno face às demais receitas da tesouraria. 121

126 Gestão de Risco Introdução 123 Organização da função de riscos 124 Análise do perfil global de risco 126 Risco de crédito 127 Risco de mercado 143 Risco operacional 154 Risco de reputação 159 Atividades de treinamento de Riscos 160

127 Gestão de Risco Introdução: princípios corporativos e principais ferramentas de gestão de risco A gestão excelente de risco constitui um dos pilares básicos da estratégia do Grupo Santander como condição necessária para a criação de valor. Ao longo da sua trajetória, o Santander desenvolveu uma combinação de prudência (por exemplo, na dotação de provisões) com o uso de técnicas avançadas de gestão de risco, que demonstrou ser claramente eficiente na obtenção de resultados econômicos e na criação de valor para o acionista. Esta prioridade pela qualidade do risco foi, e continua sendo, uma característica diferencial da cultura e do estilo de gestão do Santander, que os mercados reconhecem com clareza e associam a uma vantagem competitiva. Por estes motivos, o Santander identifica-se totalmente com o Novo Acordo de Capital de Basiléia (BIS II), na medida em que manifesta e regulamenta as práticas mais avançadas da indústria. A entrada em vigor do referido Acordo de Capital vai além do mais, permitir ao Santander refletir, com mais ênfase e transparência, a sua pujança neste terreno e a sua capacidade para aplicar com êxito o sistema de Modelos Internos Avançados de risco e a sua adequada integração com a gestão global do Grupo. Nesse processo, realizaram-se avanços muito importantes ao longo do exercício de Dessa forma, o Santander não só se manterá em posições de liderança em termos de gestão de risco, como também os próprios mercados, no âmbito do Pilar III de Basiléia II, terão ao seu dispor todos os elementos necessários para a sua melhor avaliação. O Grupo Santander está investindo os esforços necessários em recursos humanos e tecnológicos para poder satisfazer os exigentes requisitos do Novo Acordo num prazo razoável, com o claro compromisso de continuar dedicando os recursos necessários para a sua posterior manutenção, estando certo dos resultados vantajosos que a sua prática continuará apresentando. A gestão de riscos no Grupo é inspirada nos princípios apresentados a seguir: Independência funcional com hierarquia compartilhada, de modo que os objetivos e a metodologia são estabelecidos na Divisão de Riscos, enquanto a estrutura organizacional se adapta à estratégia comercial e à proximidade com o cliente, prevalecendo os critérios de qualidade de risco. Capacidade executiva fundada no conhecimento e proximidade com o cliente e decisões colegiais através dos correspondentes Comitês de Riscos. Alcance global da função (diferentes tipos de risco) e tratamento único do cliente (não admissão de riscos a partir de unidades diferentes), sem prejuízo de especializações por tipo de risco ou segmento de clientes. Decisões colegiadas (inclusive a partir da própria sucursal) que 123

128 assegurem contraste e que não comprometam os resultados por decisões unicamente individuais Perfil de riscos médio-baixo como objetivo, sem prejuízo do seu caráter previsível, o que implica consistência cultural com uma série de políticas e procedimentos, entre os quais se destacam os seguintes: - Ênfase especial na função de acompanhamento de riscos para prevenir com a antecipação suficiente eventuais agravamentos. - Diversificação do risco limitando, em geral, a quota do Grupo no endividamento que os clientes mantêm no sistema de crédito. - Evitar a exposição com empresas de rating ou classificação considerada insuficiente, mesmo que exista a possibilidade de receber um prêmio de risco conseqüente com o rating interno. Na gestão de riscos do Grupo está se utilizando, há alguns anos, uma série de técnicas e ferramentas, às quais se faz uma referência detalhada nas diversas seções deste capítulo. Entre elas se destacam, devido à anterioridade com que o Santander as implantou à época e pela sua atualidade de acordo com o BIS II, as seguintes: Ratings internos de ponderação qualitativa e quantitativa que, avaliando os diversos componentes por cliente e operação, permitam o cálculo, primeiramente, da probabilidade de falha e, posteriormente, em função dos estudos de gravidade, do prejuízo esperado. RORAC (rentabilidade ajustada ao risco), utilizando-se como ferramenta de pricing por operação ( bottom up ), bem como para a análise de carteiras e unidades ( top down ). Capital econômico estimado a partir da avaliação de todo o tipo de riscos, como referencial da gestão realizada e a rentabilidade obtida nos diversos building blocks, mas também nos processos de admissão e estabelecimento de limites nas pré-classificações globais dos grandes clientes. "Value at Risk" como elemento de controle e fixação de limites de risco de mercado das diferentes carteiras de negociação. Stress testing complementar das análises de risco de mercado e de crédito para efeitos de avaliação dos impactos de cenários alternativos, incluindo em provisões e capital. 1. Organização da função de riscos Os órgãos de governo e a Alta Direção do Banco contam com o conhecimento e a experiência necessários para o desempenho das suas funções com a eficácia, a objetividade e a independência necessárias para supervisionar o desenvolvimento da estratégia geral da Organização. A Alta Direção fixa os planos de negócio, supervisiona as decisões da atividade diária do negócio e garante a sua consistência com os objetivos e as políticas determinadas pelo Conselho. A Comissão Delegada de Riscos desenvolve, por delegação do Conselho de Administração, as seguintes funções: Estabelece as políticas de risco para o Grupo, de acordo com a Comissão Executiva do Conselho. Supervisiona se os níveis de risco assumidos, tanto globais como individualizados, cumprem os objetivos fixados. Decide as operações acima dos poderes delegados aos órgãos inferiores, assim como os limites globais de préclassificações a favor de grupos econômicos ou em relação a exposições por tipos de riscos. Delega a outros Comitês de nível inferior poderes para a assunção de riscos. Recebe informação sobre os assuntos de importância que deve conhecer ou decidir. Revê sistematicamente exposições com os principais clientes, setores econômicos de atividade, áreas geográficas, tipos de risco etc. Conhece e supervisiona o cumprimento dos objetivos de risco, as ferramentas de gestão, iniciativas de melhoria, evolução de projetos e qualquer outra atividade relevante relacionada com a matéria. Conhece, valoriza e cumpre as observações e recomendações que, por motivos diversos, elaboraram periodicamente as autoridades supervisoras no exercício da sua função. Supervisiona para que as ações do Grupo cumpram o nível de tolerância de risco previamente determinado. As atividades da Comissão Delegada de Riscos abrangem a totalidade dos diferentes tipos de risco: crédito, mercado, operacional, liquidez etc. Os órgãos colegiados de decisão em matéria de riscos são as Comissões e Comitês que têm atribuições em matéria de decisão, controle e acompanhamento dos riscos de acordo com a seguinte relação hierarquizada. 124

129 Gestão de Risco Âmbito Nível Hierárquico Denominação Âmbito Centralizado Executivo Comissão Executiva Comissão Delegada de Riscos Divisão de Riscos Comitê de Direção de Riscos Comitê Global da Direção Geral de Riscos Comitê Permanente de Riscos Áreas e Departamentos Comitê Global de Riscos do Banco de Grandes dependentes da Divisão Clientes Global de Riscos Comitê Global de Riscos do Banco de Empresas Comitê Global de Riscos Padronizados Comitê Global de Riscos Financeiros Âmbito Descentralizado Comitê de Unidades Comitê de Riscos nos Bancos do Grupo/Países Comitê de Riscos em sucursais do exterior Comitê de Riscos nas Territoriais ou em Unidades de Negócio Outros Comitês A Divisão de Riscos do Grupo depende diretamente do 3.º Vice-Presidente e Presidente da Comissão Delegada de Riscos. A função de riscos tem um alcance global e execução multi-local que abrange as diferentes áreas geográficas em que o Grupo está presente. A missão desta Divisão é preservar, em qualquer momento, a qualidade do risco, ao mesmo tempo em que presta um serviço ágil, eficaz e eficiente aos clientes. A Divisão de Riscos do Grupo está organizada em duas Direções Gerais: Direção Geral de Riscos. Direção Geral de Controle Interno e Avaliação Integral do Risco. A Direção Geral de Riscos encarrega-se das funções executivas da gestão de riscos de crédito e financeiros, estando adaptada à estrutura do negócio, tanto pelo tipo de cliente como pela atividade e geografia (visão global/visão local). Desta forma potencializa-se a sua capacidade de antecipação face a variações das condições financeiras de um cliente ou do mercado, preservando a qualidade ou os padrões de risco do Grupo e promovendo uma atividade de gestão dinâmica e integrada. De forma complementar, sob a mesma Direção Geral, existe uma área que zela pela utilização das melhores práticas em medição e ferramentas com vistas a possibilitar uma melhor oferta de produtos complexos, assim como uma melhor análise de riscos. De acordo com o anteriormente referido, os seus objetivos são os seguintes: Colaborar com a Alta Direção na definição do nível de tolerância do risco. Aplicar as políticas de risco, comunicá-las às áreas de negócio, facilitar o seu entendimento e vigiar o seu cumprimento. Informar as exposições de risco e garantir que estejam em consonância com os objetivos estabelecidos. Para isso, a segmentação constitui um dos pilares fundamentais da função de Riscos, visto que permite classificar o risco com base em determinados critérios para realizar uma gestão eficiente, segundo, por sua vez, os seguintes objetivos: Analisar o risco de modo diferente de acordo com a sua tipologia. Avaliar os melhores rendas e os riscos da instituição. Tomar decisões com informação mais adequada. E, de acordo com as seguintes visões de segmentação: Geográfica Setores Negócio Produtos Atividade Cliente 125

130 Em termos organizacionais, a Direção Geral de Riscos distribui as suas funções entre as seguintes áreas: Planificação e Projetos Áreas de Clientes - Riscos Banco de Grandes Clientes e Empresas - Riscos Padronizados - Recuperações Áreas de Controle e Acompanhamento - Investimento de Crédito - Riscos de Grandes Clientes - Riscos Financeiros Análise quantitativa e infra-estrutura Por sua vez, na Direção-Geral de Controle Interno e Avaliação Integral do Risco incidem as responsabilidades e funções próprias de uma unidade independente que, em consonância com o estabelecido no Novo Acordo de Capital de Basiléia (BIS II) e como equipe especialista no referido acordo, ocupa-se do controle e avaliação do risco nas suas diferentes dimensões, com as seguintes incumbências específicas referidas ao conjunto do Grupo: Validação quantitativa dos modelos internos de risco. Validação qualitativa dos sistemas de qualificação, processos internos e tratamento de dados para avaliar a idoneidade e adequação aos requisitos dos modelos internos, segundo as normas fixadas pelo Basiléia II e legislação aplicável. Cálculo dos parâmetros internos relativos ao capital econômico e regulatório (Pilar I). Suporte metodológico em tudo o que se relaciona com o Basiléia II às unidades do Grupo. Medição, controle e acompanhamento do Risco Operacional do Grupo. Cumprimento dos requisitos estabelecidos pelo BIS II que estabelece os Pilares II e III (Relatório do Conselho de Administração, agências de rating, analistas etc.). Coordenação e acompanhamento do cumprimento das recomendações estabelecidas por organismos reguladores e auditores em matéria de riscos. Ambas as direções estão sob a dependência direta do responsável pela Divisão de Riscos e 3.º Vice-Presidente do Grupo, o que garante o funcionamento dos mecanismos adequados de coordenação. 2. Análise do perfil global de risco O perfil de risco assumido pelo Grupo em 31 de dezembro de 2005 no conjunto das suas atividades, medido em termos de capital econômico, segundo distribuição por tipos de risco e por unidades de negócio, está refletido nos quadros seguintes: Distribuição Capital Econômico Por tipos de risco Crédito 55,4% Mercado (Participações de Renda Variável) 11,4% Resto Mercado 7,6% Juros Estruturais 8,4% Negócio 8,4% Operacional 6,8% Seguros (Abbey) 2,0% Distribuição Capital Econômico Por unidades de negócio América Latina 32,5% Gestão Financeira e Participações 17,8% Abbey 14,2% Rede Santander na Espanha 11,1% Banesto 8,9% Banco de Grandes Clientes na Espanha* 7,0% Portugal 4,2% Santander Consumer 3,8% Gestão de Ativos e Seguros Espanha 0,4% Grupo Banif 0,1% * Banco de Grandes Clientes Global representa 13,5% Por tipos de risco, a exposição de crédito continua sendo a principal fonte de risco do Grupo com um consumo de 55% do capital econômico global. O risco de mercado das participações de renda variável é o segundo em importância, ascendendo a 11% do total (23% em 2004), enquanto o das posições de trading é de 8%. O restante dos riscos (entre os quais se inclui pela primeira vez o risco do negócio de seguros do Abbey) representa outros 26%. O Santander vem utilizando, desde 2003, o Marco Integral de Riscos (MIR), como ferramenta para a quantificação, agregação e atribuição do capital econômico e para a medição da rentabilidade ajustada ao risco do Grupo e das suas principais unidades de negócio. 126

131 Segundo as suposições utilizadas neste modelo, a diversificação geográfica do Grupo, devido ao caráter multinacional e multi-negocial da sua atividade, proporciona um lucro aproximado de 28%. Ou seja, o risco global do Grupo, medido em termos de capital econômico, seria 28% inferior à soma do risco das suas unidades consideradas isoladamente. O cálculo de capital econômico do Grupo é realizado com um nível de confiança de 99,97%, equivalente a um rating objetivo de AA. A comparação dos referidos valores de capital econômico com os recursos de capital disponíveis em dezembro de 2005 permitem concluir que o Grupo está suficientemente capitalizado para um rating AA. Os resultados do MIR apresentam uma rentabilidade ajustada ao risco do Grupo em 2005 de 14,7%, que, face a um custo de capital estimado para 2006 de 8,6%, se traduz numa elevada capacidade de geração de valor para os nossos acionistas. Este modelo tem servido para a revisão, em termos de rentabilidade ajustada ao risco, dos objetivos orçamentários das principais unidades de negócio do Grupo, considerando tanto o retorno da atividade como o risco assumido para a sua consecução e, finalmente, a renda exigida pelos nossos acionistas. No exercício de 2006, os resultados do modelo serão também utilizados nos níveis diretivos de algumas unidades como referência de ajuste à remuneração variável (incentivos), em função da qualidade do lucro obtido. Por outro lado, o Grupo considera que o Marco Integral de Riscos permitirá satisfazer os requisitos regulamentares resultantes do Pilar II do Novo Acordo de Capital de Basiléia, tanto no que se refere à existência de um processo para avaliar permanentemente a suficiência do capital de acordo com o perfil de risco, como a avaliação integral de todos os riscos no processo. 3. Risco de Crédito O risco de crédito tem origem na possibilidade de prejuízo resultante da inadimplência total ou parcial dos nossos clientes ou contrapartidas das suas obrigações financeiras com o Grupo. Constitui a principal fonte de risco do Grupo (55%), o que é característico de um Grupo como o Santander com um claro predomínio da atividade de banco comercial. A sua adequada identificação, controle, medição e gestão é fundamental para gerar valor de forma sustentável. A visão do risco e da sua gestão no Santander é global na sua concepção e local na sua execução. A função de riscos responde a princípios comuns e critérios organizativos compartilhados pelas diferentes entidades do Grupo. Para o seu desenvolvimento adequado, o Grupo tem estabelecido um conjunto de políticas, procedimentos e ferramentas de gestão que, compartilhando de um modelo básico comum, se adaptam às características de cada mercado. No Santander, a gestão do risco de crédito é realizada igualmente do ponto de vista integral, considerando a correlação existente com outros riscos e avaliando a rentabilidade ajustada ao risco das diferentes exposições. Outro traço que define a gestão do risco de crédito no Santander é o seu caráter pró-ativo durante todo o ciclo creditício (admissão, acompanhamento e recuperação). Na fase de admissão, são realizadas pré-classificações dos clientes para responder de forma ágil às necessidades do negócio. Durante o acompanhamento posterior, a evolução das exposições é avaliada de forma constante, as carteiras são geridas ativamente e, no caso de serem detectados sinais de agravamento potencial dos riscos, atua-se de forma antecipada, atenuando os riscos e reduzindo as exposições com o fim último de reduzir o prejuízo potencial e otimizar a relação rentabilidade/risco. Gestão de Risco No quadro seguinte, discrimina-se o mapa global de risco de crédito, expresso em montantes nominais (salvo a exposição em derivados e repos que se expressa em risco equivalente de crédito), a que o Grupo está exposto em 31 de dezembro de

132 Grupo Santander. Exposição Bruta ao Risco de Crédito Renda fixa Renda fixa soberana privada Disposto Disponível Derivados Disposto Disponível (exclui (exclui Instituições Instituições e Repos clientes clientes negóc.) negóc.) de crédito de crédito (REC) Total % Espanha ,8% Banco sede ,8% Banesto ,8% Outros ,2% Resto Europa ,8% Alemanha ,2% Portugal ,6% Reino Unido (Abbey) ,2% Outros ,8% América Latina ,7% Brasil ,0% Chile ,6% México ,9% Porto Rico ,5% Venezuela ,9% Outros ,8% Resto do Mundo ,8% Total Grupo % % s/total 67,3% 11,3% 8,5% 2,7% 5,8% 0,2% 4,3% 100,0% Dados em 31/dez/05. Derivados e repos expressos em Risco Equivalente de Crédito. Ativos duvidosos excluídos. Saldos dispostos com clientes excluem repos (27,581 bilhões) Saldos com entidades de crédito (salvo repos e negociação) incluem 13,475 bilhões de depósitos em bancos centrais. A Espanha representa 47,8% da exposição nominal ao risco de crédito do Grupo, sendo o resto da Europa 35,8%, destacando-se a posição do Reino Unido devido à integração do Abbey. No total, a Europa representa 83,5% da exposição creditícia. Por sua vez, a América Latina significa 15,7%, com predomínio dos países com classificação investment-grade (México, Chile e Porto Rico), enquanto os países com rating inferior envolvem somente 5,7%. Nos gráficos seguintes, apresenta-se a distribuição da exposição creditícia, em 31 de dezembro de 2005, depois de ajustada em termos de Exposure At Default (depois Clientes (% s/ead) 0,004% 0,01% 0,07% 0,25% 0,81% 2,49% 5,42% Renda Fixa (% s/ead) 0,004% 0,01% 0,06% 0,18% 0,60% 2,17% 16,8 9,5 15,2 28,8 20,2 8,5 0,9 58,3 13,9 5,2 12,6 9,4 0,6 0,0 AAA AA A BBB BB B CCC AAA AA A BBB BB B CCC Instituições de Crédito e Derivados (% s/ead) 0,005% 0,01% 0,02% 0,10% 0,44% 2,36% Total (% s/ead) 0,004% 0,01% 0,04% 0,21% 0,79% 2,20% 4,98% 3,3 18,5 55,0 17,1 5,8 0,0 0,0 19,4 11,4 20,3 25,2 16,7 6,4 0,7 128 AAA AA A BBB BB B CCC AAA AA A BBB BB B CCC

133 aplicação de factores de conversão às exposições fora de balanço), segundo o rating e o prejuízo esperado para cada um dos principais agrupamentos do risco de crédito: clientes, renda fixa (tanto soberano como privado) e, finalmente, risco de contrapartida com instituições de crédito, mais derivados e repos Segmentação dos clientes para a gestão do risco de crédito A gestão do risco de crédito se desenvolve de forma diferente segundo as diversas Áreas de Gestão de Riscos de clientes e das características dos produtos. Gestão de Risco A distribuição do rating na carteira de clientes corresponde a um perfil típico de predomínio do mercado bancário comercial. Nos segmentos de rating abaixo de BBB as carteiras de PyMEs, consumo, cartões e parte das carteiras hipotecárias do Grupo têm um peso maioritário. São exposições caracterizadas por um elevado grau de atomização, menor consumo proporcional de capital e níveis de prejuízo esperado amplamente cobertos com a margem das operações. No quadro inferior, discrimina-se a distribuição por segmentos de exposição creditícia com clientes em termos de EAD. Aproximadamente 81% do risco total corresponde a segmentos de PMEs e financiamento a particulares, o que sublinha o caráter previsível do risco de crédito do Grupo. Por sua vez, o prejuízo esperado da exposição com clientes é de 0,51%, sendo 0,39% para o conjunto da exposição creditícia do Grupo, o que nos permite falar de um perfil médio-baixo do risco de crédito assumido. Risco com clientes Exposição EAD Exposição Prejuízo milh. euros % Esperado % Setor Público ,3% 0,16% Corporativa ,4% 0,25% PMEs ,6% 0,62% Particulares Hipotecário ,0% 0,12% Particulares Resto ,6% 1,90% Restantes Segmentos 513 0,1% 4,06% Total Grupo Santander ,0% 0,51% Ferramentas de Avaliação A Área de Riscos do Banco de Grandes Clientes e Empresas ocupa-se do tratamento dos clientes de caráter global (governos, grandes corporações, grupos financeiros multinacionais), assim como do segmento de empresas em carteira. Para os grandes grupos corporativos, utiliza-se um modelo de pré-classificações (fixação de um limite máximo interno de risco), baseado num sistema de medição e acompanhamento do capital econômico. Por sua vez, as instituições financeiras são objeto de tratamento especializado e foi otimizado o acompanhamento técnico dos financiamentos estruturados. A Área de Riscos do Banco de Grandes Clientes e Empresas continua potencializando a identificação de oportunidades comerciais para melhorar o enfoque do negócio, por meio da fixação de metas comuns comercial-riscos, em linha com a estratégia implantada de apoio às áreas de negócio. Por outro lado, o modelo de pré-classificações mais simplificado, implantado à sua época para este segmento, dirigido a empresas que obedecem a determinados requisitos (alto conhecimento, rating etc.), confirmou a sua contribuição positiva para a melhoria da eficiência dos circuitos de admissão. A Área de Riscos Padronizados ocupa-se do tratamento de clientes varejistas (pequenas empresas, negócios e particulares), que são geridos de forma descentralizada, seguindo políticas e regras concebidas centralmente, com o apoio de sistemas automáticos de avaliação e decisão que permitem um tratamento do risco eficaz e, ao mesmo tempo, eficiente em termos de custo dos recursos. Gestão Ferramenta Avaliação Critério análise Governos, Instituições Financeiras e Corporativas globais Centralizada Grupo Rating 100% parecer analista Corporativa local Centralizada Instituição Rating 100% parecer analista Empresas Descentralizada Scoring Avaliação automática (áreas quantitativas) + parecer analista (áreas qualitativas) Microempresas e Negócios Descentralizada Scoring Avaliação automática Particulares Descentralizada Scoring Avaliação automática 129

134 3.2 Ferramentas de rating O Grupo emprega, desde 1993, modelos próprios de atribuição de classificações de solvência ou rating internos, com os quais se pretende medir o grau de risco que um cliente ou uma transação comporta. Cada rating corresponde a uma probabilidade de morosidade ou inadimplência, determinada a partir da experiência histórica da instituição. No Grupo existem mais de 140 modelos de classificação interna utilizados no processo de admissão e acompanhamento do risco. O processo para a atribuição de ratings para empresas e instituições varia em função do segmento a que pertence o cliente. O peso na avaliação do juízo do analista é maior no caso dos grandes clientes, de análise mais complexa, enquanto a classificação de clientes ou operações com os segmentos varejistas se apóia, sobretudo, nas regras de avaliação pré-estabelecidas que permitem um tratamento mais automatizado. O processo de avaliação difere de acordo com o setor de atividade (instituições financeiras, instituições públicas, companhias industriais, promoções imobiliárias, etc.). Durante a fase de acompanhamento, os ratings são revistos periodicamente, pelo menos todos os anos, englobando a nova informação financeira disponível e a experiência no desenvolvimento da relação bancária. A periodicidade das revisões aumenta no caso de clientes que atinjam determinados níveis nos sistemas automáticos de alerta e nos classificados como de acompanhamento especial. Santander Espanha Distribuição do número de empresas por rating ,0% 0,9% 14,3% 28,0% 40,1% O sistema de avaliação de empresas alarga-se a outras filiais do Grupo, tanto na Espanha como no exterior, incluindo os bancos em Portugal e na América Latina. A profundidade das séries de dados históricos disponíveis permite determinar a probabilidade de inadimplência associada a cada rating. Em 2005, foi dado seguimento à melhoria das ferramentas de atribuição de ratings das unidades exteriores através da introdução de módulos de avaliação baseados em modelos estatísticos construídos a partir de dados empíricos obtidos em cada unidade. No caso dos riscos padronizados (retail), tanto para operações com pessoas jurídicas (microempresas, negócios), como com pessoas físicas, aplicam-se diferentes sistemas automáticos de avaliação (modelos de scoring) em função do segmento, produto e canal (por exemplo, empréstimos hipotecários canal agências, empréstimos consumo canal prescritivo, empréstimos a negócios pessoas jurídicas etc.). O Grupo dispõe de modelos automáticos próprios de scoring para operações com pessoas físicas desde Estes sistemas de admissão para as novas operações complementam-se com modelos de classificação de comportamento, de grande poder preditivo, a partir da informação disponível no Grupo sobre o comportamento dos clientes na sua relação bancária (saldos mantidos, movimentos, adimplência de quotas, etc.). Cada uma das curvas dos gráficos seguintes reflete a inadimplência das operações de particulares concedidas no banco sede na Espanha em cada ano até ao seu vencimento. Os padrões de evolução observados permitem simular comportamentos futuros. Santander Espanha Hipotecários: curvas de inadimplência por ano 4 12,6% 3 2 0,7% 3,3% 1 0,0% Santander Espanha Distribuição de Saldos por rating Santander Espanha Consumo: curvas de inadimplência por ano 9 8 0,4% 10,0% ,5% 31,2% 5 20,8% ,9% 1,1% 0,1% 0,1%

135 3.3 Escala Mestra de Ratings Para equiparar os ratings internos dos diferentes modelos disponíveis - corporativo, soberano, instituições financeiras etc. - e permitir a sua comparação com os ratings externos das agências de solvência, o Grupo dispõe daquilo que se denomina de Escala Mestra de Ratings. A equivalência é estabelecida por meio da probabilidade de inadimplência associada a cada rating. As probabilidades calibradas internamente são comparadas às taxas de inadimplência associadas aos ratings externos, que são periodicamente publicadas pelas agências de rating. Para permitir uma comparação homogênea com os ratings das agências, a definição de inadimplência utilizada para as medições internas da Escala Mestra não está baseada no conceito de não pagamento a 90 dias, mas no da entrada em contencioso, por se considerar esta definição mais próxima do conceito de default das agências de rating externo. Todavia, para efeitos de capital econômico e regulatório BIS II, a definição de inadimplência utilizada internamente é de mora de 90 dias. Escala Mestre de rating Rating Probabilidade de Standard Interno inadimplência & Poor s Moody's 9,3 0,017% AAA Aaa 9,2 0,018% AA+ Aa1 9,0 0,022% AA Aa2 8,5 0,035% AA- Aa3 8,0 0,06% A+ A1 7,5 0,09% A A2 7,0 0,14% A- A3 6,5 0,23% BBB+ Baa1 6,0 0,36% BBB Baa2 5,5 0,57% BBB- Baa3 5,0 0,92% BB+ Ba1 4,5 1,46% BB Ba2 4,0 2,33% BB/BB- Ba2/Ba3 3,5 3,71% BB-/B+ Ba3/B1 3,0 5,92% B+/B B1/B2 2,5 9,44% B B2 2,0 15,05% B- B3 1,5 24,00% CCC Caa1 1,0 38,26% CC/C Caa1/Caa2 3.4 Conceito de Prejuízo Esperado Além da avaliação do cliente, a análise das operações considera outros aspectos como o prazo, o tipo de produto e as garantias existentes, que servem para ajustar o rating inicial do cliente. Desta maneira, não só se tem em conta a probabilidade que o cliente não cumpra as suas obrigações contratuais ( Probability of Default ou PD na terminologia de Basiléia), mas também a estimativa da exposição no momento da inadimplência (EAD) e a porcentagem que se calcula não poderá ser recuperada sobre o montante não pago ( Loss Given Default ou LGD). A estimativa dos três fatores referidos permite o cálculo antecipado do prejuízo provável em cada operação ou do prejuízo esperado. O seu cálculo correto é fundamental para que o preço englobe de forma adequada o prêmio de risco resultante, de maneira que o prejuízo esperado seja repercutido como mais um custo da atividade. Os gráficos seguintes, elaborados a partir da base de dados de inadimplência na Espanha, abrangem a distribuição das operações de consumo e hipotecárias não cumpridas desde 2001, de acordo com a sua porcentagem recuperada, depois de descontados todos os custos - incluindo o financeiro e de oportunidade - suportados no processo de recuperação. Santander Espanha Consumo: distribuição operações segundo % recuperada 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% <=10% <=10% >10% y <=20% >10% y <=20% >20% y <=30% >20% y <=30% >30% y <=40% >30% y <=40% >40% y <=50% >40% y <=50% >50% y <=60% >50% y <=60% >60% y <=70% >60% y <=70% >70% y <=80% Santander Espanha Hipotecários: distribuição operações segundo % recuperada >70% y <=80% >80% y <=90% >80% y <=90% Gestão de Risco >90% >90% 131

136 No plano internacional, o Novo Acordo de Capital de Basiléia (BIS II) baseia-se também no conceito de prejuízo esperado para, neste caso, determinar os requisitos mínimos de capital regulatório nos enfoques mais avançados fundamentados em ratings internos. A vasta experiência em modelos internos de rating e medição do prejuízo esperado coloca o Grupo Santander em uma posição privilegiada para aproveitar as possibilidades destes novos enfoques regulamentares. 3.5 Medições do Prejuízo Esperado e Capital Econômico por Risco de Crédito O prejuízo esperado por risco de crédito do Grupo, de acordo com dados de dezembro de 2005, era de 0,39% da exposição creditícia, medida em termos de exposição ajustada (EAD). O capital econômico por risco de crédito, por sua vez, representava 3,1% da referida exposição. O detalhamento pelas principais áreas de negócio é apresentado no quadro abaixo. Prejuízo Capital por Risco Carteira esperado (%) de Crédito (%) Rede Santander Espanha 0,53 3,0 Banesto 0,21 3,0 Abbey 0,14 1,2 Portugal 0,36 3,6 Consumo Europa 1,18 3,2 América Latina 1,02 7,2 Grandes Clientes Global* 0,22 5,9 Grupo Santander 0,39 3,1 * Medição transversal: Há empresas do Banco de Grandes Clientes em outros segmentos da carteira. 3.6 Prova de razoabilidade do Prejuízo Esperado do Banco Sede Em contraste ao modelo de cálculo do prejuízo esperado pelo Banco Sede na Espanha, o quadro seguinte compara as provisões específicas, líquidas de recuperações, dotadas sobre a carteira média de clientes, com o prejuízo esperado calculado. As dotações por insolvências recuaram substancialmente durante o período , cresceram nos anos posteriores em consonância com a desaceleração da economia espanhola, refletindo assim o seu caráter cíclico, para voltar a recuar a partir de A média de prejuízos deve ser adaptada em termos de ciclo, obtendo-se uma média corrigida pelo ciclo de 0,41%, que se ajusta bem ao valor de 0,45% que resulta do modelo interno no caso do Banco sede. 3.7 Medições de custo de crédito (prejuízo observado) O custo do risco de crédito no Grupo Santander e nas suas principais áreas de atividade durante 2005 e a sua comparação com anos anteriores, medido através de diferentes enfoques, reflete-se nos seguintes gráficos: É possível observar como o custo de crédito do Grupo tem diminuído significativamente nos últimos anos em termos de dotações específicas e incobráveis líquidos. Em termos de entradas líquidas, a valorização das moedas latinoamericanas face ao euro, traduziu-se em 2005 em um aumento desta grandeza, tanto na América Latina como no Grupo. Dotações para insolvências líquidas e prejuízo esperado. Banco Sede Espanha (% do risco médio) Média Média ajustada Prejuízo ao ciclo esperado 0,90% 0,53% 0,40% 0,12% 0,07% 0,11% 0,21% 0,27% 0,19% 0,16% 0,14% 0,28% 0,41% 0,45% Dotações líquidas* (% s/saldos médios) ,71 2,11 1,06 0,66 0,84 0,39 0,23 0,21 0,18 0,23 0,19 0,07 0,06 0,17 0,41 0,77 0,77 0,75 0,61 0,62 0,44 Grupo Espanha Abbey Resto Europa América Latina * Dotações específicas líquidas menos incobráveis recuperados 132

137 Entradas líquidas* (% s/saldos médios) Gestão de Risco 0,48 0,49 0,19 0,19 0,29 0,19 0,22 0,21 0,03 0,00 0,29 0,42 1,04 0,20 0,20 1,09 0,85 0,64 0,69 0,34 0,50 Grupo Espanha Abbey Resto Europa América Latina Variação saldos duvidosos mais incobráveis líquidos Incobráveis líquidos* (% s/saldos médios) ,41 1,57 0,78 0,93 0,72 0,77 0,59 0,40 0,41 0,48 0,26 0,22 0,21 0,06 0,15 0,12 0,09 0,38 0,32-0,01 Grupo Espanha Abbey Resto Europa América Latina 0,77 * Incobráveis menos recuperação de incobráveis 3.8 Quantificação do prêmio de risco A política de risco do Grupo Santander está orientada para a manutenção de um perfil de risco médio-baixo e previsível, tanto em risco de crédito como em risco de mercado. No âmbito do risco de crédito, este objetivo qualitativo é possível de quantificar em termos de prejuízo esperado, Desta maneira, o prejuízo esperado (custo de crédito ou prêmio de risco) objetivo para o negócio na Espanha deveria situar-se perto de 0,40% da exposição creditícia, enquanto para o conjunto do Grupo não deve se situar acima de 0,75% (1,00% antes da aquisição do Abbey). 3.9 Conceito de Capital econômico. Metodologia RORAC Os prejuízos creditícios reais registrados oscilarão ao redor do prejuízo esperado, podendo ser inferiores (bom momento do ciclo) ou superiores (recessão, perda do valor de ativos em garantia, etc.). Eventualmente, poderiam ultrapassar o prejuízo esperado numa grandeza significativa devido a circunstâncias não previstas. Esta possibilidade constitui o verdadeiro risco de crédito. Assim, enquanto as provisões têm como objetivo cobrir prejuízos esperados, as instituições dotam-se de capital para cobrir a contingência de prejuízos de crédito superiores ao esperado. As provisões por prejuízo esperado devem ser consideradas como um custo mais das operações, que afeta a todas - incobráveis e boas. A margem das operações deve ser suficiente para cobrir este custo, isto é, para suportar o prejuízo esperado e, além disso, obter lucros adicionais. Por sua vez, o capital econômico deve ser o necessário para cobrir prejuízos inesperados, garantindo a continuidade do negócio. Em termos conceituais, o capital econômico não pode cobrir com uma probabilidade de 100% todos os prejuízos que, eventualmente, possam ocorrer. O prejuízo máximo, no risco de crédito, seria produzido se todos os ativos não fossem pagos ao mesmo tempo e nenhum montante fosse recuperado. Este caso, altamente improvável, não está coberto pelo capital econômico na sua totalidade, que, apesar disso, se destina a cobrir casos de perdas muito elevada, pouco prováveis, mas susceptíveis de ameaçar a continuidade da atividade. O Banco deve decidir o nível de prejuízos que pretende cobrir com o capital econômico, isto é, com que nível de confiança pretende garantir a continuidade do seu negócio. No caso do Grupo Santander, o nível de confiança que se pretende cobrir com capital econômico é de 99,97%, acima de 99,90% assumido pelas fórmulas de capital regulatório propostas no Novo Acordo de Capital de Basiléia. A diferença entre ambos os níveis implica assumir uma probabilidade de falha para o Grupo de 0,03% em vez de 0,1%, ou seja, 3 vezes inferior (3 vezes melhor) à proposta do BIS II. 133

138 Em relação ao rating externo, um nível de confiança de 99,97% exige a dotação de capital suficiente para ser classificado como AA, enquanto 99,90% só permitiria uma classificação de A-, dada a maior probabilidade de falência associada. Tradicionalmente, o conceito de capital econômico contrapôs-se ao de capital regulatório, sendo este o exigido pela regulamentação relativa às solvências e que, até à sua próxima reforma, sofre de uma insuficiente sensibilidade ao risco. As reformas em curso do Acordo de Capital de 1988 vão aproximar indiscutivelmente ambos os conceitos. Se, descendendo a cada operação, o cálculo do capital econômico baseia-se nas mesmas variáveis que são necessárias para calcular o prejuízo esperado, isto é, o rating do cliente, o prazo e as garantias da operação. Por agregação, é possível calcular o capital econômico das restantes operações de um cliente específico e, tendo em conta os fatores apropriados de diversificação / correlação de uma carteira de clientes, o de uma unidade de negócio ou o do banco no seu conjunto. Por sua vez, a margem das operações não só deve cobrir custos, incluindo o prejuízo esperado ou o custo do risco, como deve também ser suficiente para rentabilizar adequadamente o capital econômico consumido por aquelas. A metodologia RORAC permite avaliar se a rentabilidade obtida por uma operação cobre os custos do risco - prejuízo esperado - e o custo do capital econômico investido pela entidade na operação. A taxa mínima de rentabilidade sobre capital que uma operação deve obter é determinada pelo custo de capital. Se uma operação ou carteira obtiver uma rentabilidade positiva, estará contribuindo para os lucros do Grupo, mas não estará propriamente criando valor para o acionista se a referida rentabilidade não cobrir o custo do capital. O Santander revê periodicamente as suas estimativas de custo de capital, que é a remuneração mínima exigida pelos seus acionistas. O custo de capital pode ser calculado de forma objetiva acrescentando à rentabilidade livre de risco o prêmio que o acionista exige pelo fato de investir no nosso Grupo. Este prêmio dependerá essencialmente da maior ou menor volatilidade na cotação das nossas ações relativamente à evolução do mercado. O custo de capital calculado para 2006 é de 8,6%. Em 2005, todas as principais Unidades de Negócio do Grupo registraram um RORAC muito acima do custo do capital. Eventualmente, o custo de capital calculado objetivamente poderia ser alterado em alta e transformar-se numa Hurdle rate se o Banco pretendesse exigir das suas operações uma margem adicional ao exigido pelo mercado. A metodologia RORAC permite comparar, sobre bases homogêneas, a renda de operações, clientes, carteiras e negócios, identificando os que obtêm uma rentabilidade ajustada ao risco superior ao custo de capital do Grupo, alinhando assim a gestão do risco e do negócio com o objetivo último de maximizar a criação de valor. O Grupo Santander emprega na sua gestão do risco de crédito a metodologia RORAC desde 1993, com as seguintes finalidades: Análise e fixação dos preços no processo de tomada de decisões sobre operações (admissão) e clientes (acompanhamento). Estimativas do consumo de capital de cada cliente, carteira, segmento ou unidade de negócio, com vistas a proporcionar uma ótima atribuição do capital econômico. Cálculo do nível de provisões em razão dos prejuízos médios esperados Modelos internos de risco Entre os principais objetivos do Novo Acordo de Capital de Basiléia está o de fomentar a adoção de rigorosas práticas de gestão de riscos por parte do setor bancário, de acordo com as práticas das instituições mais avançadas. O Santander caracteriza-se por liderar, tradicionalmente, estas práticas. Assim se evidenciou, por exemplo, a antecipação que, quanto à avançada legislação do Banco de Espanha de 1999 sobre a provisão estatística ou anticíclica (precursora de regras e disciplinas próprias do Basiléia II), foi pioneiro entre as grandes instituições espanholas para solicitar e obter o reconhecimento de modelos internos de cálculo, com requisitos quantitativos e qualitativos idênticos aos estabelecidos para os enfoques mais avançados (IRB) do BIS II. Essa validação pelo Banco da Espanha dos modelos de provisões do Santander foi extremamente proveitosa, permitindo extrair valiosas lições, a saber: O processo de validação contribui para a melhoria e aperfeiçoamento do modelo inicial. A experiência da validação supervisora facilita para que o processo de validação interna seja organizado de forma idêntica. Os controles internos requeridos fortalecem o clima de segurança e a implantação real do modelo, assim como a sua utilidade e efetividade, ao mesmo tempo que proporcionam o envolvimento de outras áreas da organização na sua manutenção. 134

139 Serve de comparação às metodologias utilizadas e sua evolução, fomentando as capacidades para efetuar as classificações de forma coerente, garantida e válida. Contribui para garantir a consistência das bases de dados e a qualidade dos processos com que a informação tem que ser tratada, assim como garantir a sua confiabilidade. Introduz a necessidade de análises qualitativas recorrentes sobre dados ou fatos observados, tendências e sensibilidades, assim como comparações com fontes externas e identificação de diferenças que possam dar lugar a propostas de atuações. Foi permitida a antecipação com elevado grau de aproximação e segurança ao que, oportunamente, representarão os Modelos Internos do BIS II, cujos requisitos qualitativos e quantitativos são muito semelhantes, facilitando um processo de trânsito que, em outras circunstâncias, poderia vir a ser mais difícil e complexo. A experiência obtida neste campo serviu igualmente para confirmar a realidade, a utilidade e a necessidade das funções da unidade, organizada de forma independente, de controle e validação interna, dentro da estrutura de Riscos que o Grupo Santander aplicou em conforme com o estabelecido no Novo Acordo de Capital BIS II. No âmbito dessa política, o Grupo solicitou formalmente, em momento oportuno, ao Banco da Espanha a sua disposição para optar pelo reconhecimento do novo modelo interno para o cálculo de coberturas a que se refere a Circular 4/2004 do Banco da Espanha Novo Acordo de Capital BIS II O Grupo mantém desde o primeiro momento um compromisso decidido com os princípios que inspiram o Âmbito revisto de convergência internacional de medidas e normas de capital (Basiléia II). Por esta razão, o Grupo participa muito ativamente em diversos fóruns sobre a matéria, tanto nacionais como internacionais, assim como em contatos com autoridades reguladoras e supervisoras de diferentes países, contribuindo de forma construtiva para melhorar os aspectos técnicos que pudessem ser mais assimétricos ou distantes dos objetivos principais do acordo Basiléia II. e ter participado em todos os estudos desta natureza realizados desde O objetivo destes estudos consiste no cálculo simultâneo de capital regulatório (consolidado e por risco de crédito, mercado e operacional) segundo o Acordo actual (BIS I) e todos os enfoques do BIS II, desde o mais simples ao mais complexo. Embora a participação nestes estudos venha representando um esforço notável, a sua utilidade compensa-o largamente porque, por um lado, constitui um mecanismo de ajuda às autoridades para alterar os efeitos não desejados e confirmar os esperados e, por outro, para avaliar o impacto das novas regras no âmbito da própria instituição, segundo unidades, tipos de risco, etc. De acordo com as estimativas realizadas para o conjunto do Grupo sobre dados a junho de 2005, pode-se concluir que, de acordo com o quadro seguinte, o impacto em capital do novo Acordo (Pilar I) seria ligeiramente favorável no seu estado actual, inclusive depois de absorver os novos requisitos por risco operacional e aplicar cenários de maior tensão aos dados de recuperações ( downturn LGD ), nos termos dos últimos requisitos. Estimativa Capital Regulatório BIS II (QIS 5) milhões de euros Capital mínimo BIS II BIS II IRB BIS II IRB regulatório BIS I Padrão Avançado vs BIS I (%) R. Crédito (24,4) R. Mercado ,0 R. Operacional Total (14,9) (1) Risco de Mercado segundo metodologia coeficientes regulatórios (2) Risco Operacional segundo enfoque padronizado BIS II. Gestão de Risco Nesta linha, o Grupo acaba, por exemplo, de finalizar a sua participação no quinto Estudo de Impacto Quantitativo (QIS 5), com a observação significativa de ter sido seleccionado 135

140 Desta forma, como continuação lógica da aplicação realizada dos modelos internos de cálculo da provisão estatística reconhecidos oportunamente, o Grupo Santander manifestou, em seu momento, o seu propósito de aspirar ao reconhecimento formal dos seus modelos internos de riscos, de acordo com os requisitos exigidos pelo BIS II. Para sua concretização, o Grupo iniciou um projeto corporativo que, entre outros, permitiu a aplicação de: Planos diretores adaptados à realidade de unidades concretas. Ajustes e atualizações adaptadas ao BIS II em ferramentas de admissão que já vinham sendo utilizadas. Equipes de Local Risk Controllers em cada um dos países ou unidades, em completa coordenação com as organizações locais. Identificação de requisitos de informação em aplicações e sistemas, tanto atuais como futuros. Armazenamento de informação atual, garantindo a manutenção e disponibilidade. Equipes de coordenadores de risco operacional em cada unidade ou país. Nessa mesma linha, vem sendo apresentado às autoridades supervisoras todos os esclarecimentos e documentos sobre sistemas, processos, projetos em curso, etc. solicitados. De acordo com o exigente processo estabelecido pelo Banco da Espanha, em 29 de julho de 2005, o Grupo Santander materializou a sua adesão formal ao processo de reconhecimento dos seus modelos internos de riscos segundo os requisitos estabelecidos no BIS (enfoque IRB). O referido processo supõe assumir uma série de compromissos por parte do Grupo, destacando-se os seguintes: o Dedicar os recursos humanos e tecnológicos necessários para a boa conclusão do processo. Participar nos cálculos paralelos de capital. Satisfazer todos os requisitos exigidos pelas autoridades supervisoras e solucionar as deficiências identificadas. Colocar em andamento as melhorias que possam ser assinaladas e proporcionadas, previamente, uma extensa informação que permita diagnosticar o grau de cumprimento dos requisitos estabelecidos. A elaboração, recompilação e integração de toda essa informação necessária para que se possa determinar o grau de cumprimento dos requisitos exigidos pelo supervisor estão englobadas nos intitulados Cadernos IRB. Estes documentos estão estruturados em nove grandes capítulos, com os seguintes conteúdos: Categorização das exposições. Adoção do enfoque IRB nos diferentes tipos de segmentos ( roll-out ). Estimativa dos requisitos mínimos de capital regulatório. Técnicas de mitigação do risco. Exposições face a riscos dominantes, instituições financeiras e empresas. Exposições varejistas. Renda variável. Tratamento dos direitos de cobrança adquiridos. Tratamento das posições de titularização. Como anexo aos referidos cadernos deverá ser apensado, além do mais, relatórios de auditoria interna, assim como de auditoria externa, que devem ser atualizados periodicamente. O alcance destes trabalhos envolve a elaboração de um Caderno por cada instituição que aspire ao enfoque IRB, o que, no caso do Santander, representa um total de 11 cadernos, dos que, a 31 de dezembro de 2005, já tinham sido entregues quatro ao Banco da Espanha, estando em processo de elaboração os faltantes, de forma escalonada, até 30 de junho de De acordo com o roll-out apresentado às autoridades supervisoras e partindo de valores atuais de exposição, o Grupo Santander poderia situar-se em modelos internos IRB Avançados 76,7 por 100 do seu EAD, em 1 de janeiro de 2008, e os demais pontos do acordo com o seguinte calendário: EAD Acumulada ,7% ,1% ,9% ,6% ,7% ,2% Logicamente, para a coordenação destes calendários foram levados em consideração os requisitos dos reguladores locais. Entre os diversos trabalhos a serem realizados durante este período, destacam-se os relacionados à função de validação interna que afetarão, aproximadamente, um total de 150 modelos. Esta função é de responsabilidade da unidade independente de Controle Interno e Avaliação 136

141 Gestão de Risco Integral, da Divisão de Riscos, levará a cabo de acordo com as normas contidas no próprio Acordo BIS II, nos documentos de trabalho do Comitê, no assinalado na Executiva Européia e nas regras do Comitê de Supervisores Bancários Europeus. De acordo com essas regras, o alcance da referida validação compreende as seguintes dimensões: Procedimentos (existência de processo e procedimentos) Qualitativa (características dos modelos e metodologias de estimativa) Quantitativa (testes estatísticos) Tecnológica (soluções adotadas) Para garantir a execução e adequada coordenação das diversas tarefas que se desenvolvem no âmbito deste projeto corporativo, foi constituído um Comitê de Supervisão Corporativa, presidido pelo 3.º Vice-Presidente, responsável de Riscos do Grupo Santander, com a missão de supervisionar ao máximo o nível de lançamento dos subprocessos e atividades principais do projeto e controlar os seus marcos de cumprimento, atribuir responsabilidades, aprovar os orçamentos e controlar a sua execução e assumir a representação institucional do Grupo para estes efeitos. Para seu funcionamento operacional, esta estrutura é completada com um Comitê Técnico Corporativo e os respectivos Comitês Técnicos Locais (um por país / unidade) que têm a responsabilidade da execução dos planos do projeto no seu respectivo campo de competência, de acordo com as indicações e objetivos assinalados. Tecnologia no Projeto Basiléia II Em termos do enquadramento tecnológico, o Projeto Corporativo Basiléia II sustenta-se nas plataformas informáticas que o Grupo Santander tem em cada país ou região, incorporando nas referidas plataformas novas aplicações para a extração e captura de dados das aplicações de base. Adicionalmente, para dar cobertura total aos requisitos dos modelos internos de risco, foi concebida e está sendo implantada uma Plataforma Basiléia II, constituída por um repositório de dados local (datamart local sobre uma definição corporativa), um repositório global no Banco sede, onde se agrupará toda a informação necessária para a consolidação (datamart consolidado), bem como uma aplicação de infraestrutura de estimativa de parâmetros (EAD - PD - LGD) e cálculo de capital Basiléia II (denominado motor de cálculo), com a sua correspondente ferramenta de gestão de informação. A concepção dos diferentes datamart locais é única em todo o Grupo, existindo em cada um deles uma parte específica de cada entidade para armazenar todos os requisitos de informação próprios de cada instalação, assim como para o cumprimento legal face aos reguladores locais. INSTITUIÇÕES LOCAIS Dados Locais Base de Dados Riscos Locais PLATAFORMA BASILÉIA II CORPORATIVA Datamart por Instituição Base de Dados Basiléia II Datamart Consolidado Base de Dados Basiléia II Consolidada Reporting Back e Stress Test Estimativa de parâmetros: PD, LGD, EAD Motor Cálculo Capital Resultados Consolidados Resultados por Instituição 137

142 3.12 Sistemas de Controle e Acompanhamento Um sólido enquadramento de controle é fundamental para garantir uma gestão adequada do risco de crédito e manter o perfil de risco da entidade no âmbito dos parâmetros definidos pelo Conselho de Administração e Alta Direção. Além disso, a partir do ponto de vista regulatório (Sarbanes-Oxley BIS II) exige-se que as instituições financeiras disponham de um sistema de controle adequado à dimensão e complexidade da cada organização. Em 2005, no âmbito corporativo estabelecido no Grupo para o cumprimento da Lei de Sarbanes Oxley, na Divisão de Riscos foram documentados todos os subprocessos relevantes do banco matriz (no total 58) relativos a: Aprovação de novos produtos em riscos Estudo e classificação do risco Determinação das provisões econômicas Determinação de dados de mercado Aprovação e validação de metodologias de riscos Geração da informação de riscos Este trabalho envolveu a inclusão de elementos adicionais de controle e disciplina de processos nos que já existiam. Dentro da própria Divisão de Riscos, com aspecto independente face às áreas de negócio que caracteriza o seu sistema de gestão de risco, a tomada de decisões na fase de admissão está sujeita a um sistema de poderes delegados, que emana da Comissão Delegada de Riscos. As decisões na fase de admissão têm sempre um caráter exclusivamente colegiado. Para o controle da qualidade creditícia, adicionalmente aos trabalhos realizados pela Divisão de Auditoria Interna, na Direção Geral de Riscos está constituída uma função específica de acompanhamento dos riscos, para o que estão determinados recursos e responsáveis concretos. A referida função de acompanhamento fundamenta-se em uma atenção permanente para garantir a realização do reembolso pontual das operações e a antecipação às circunstâncias que possam afetar a sua correta concretização e normal desenvolvimento. Com este fim, constitui-se um sistema designado por Firmas de Vigilância Especial (FEVE) que distingue quatro graus em função do grau de preocupação das circunstâncias negativas (Extinguir, Garantir, Reduzir e Acompanhar). A inclusão em graus graves implica automaticamente a redução dos poderes delegados. Os clientes classificados no FEVE são objeto de revisão, pelo menos, semestral, passando a referida revisão a trimestral nos graus graves. As vias através das quais uma empresa se qualifica no FEVE são o próprio trabalho de acompanhamento, a mudança de rating atribuído, a revisão realizada pela auditoria interna ou a entrada em funcionamento do sistema estabelecido de alarmes automáticos. As revisões dos ratings atribuídos são realizadas, no mínimo, uma vez por ano, mas se forem detectadas debilidades ou em função do próprio rating, a sua periodicidade é maior. As Unidades de Controle e Acompanhamento da Direção Geral de Riscos também desempenham trabalhos de controle e acompanhamento, tendo como principais funções as de obter uma visão global do risco, analisar possíveis cenários futuros e realizar um tratamento global da informação da gestão, assim como promover e acompanhar as políticas comuns de riscos e o seu impacto no Grupo, observando paralelamente o cumprimento das legislações locais e espanhola. Por sua vez, a Direção de Controle Interno e Avaliação Integral do Risco desempenha, de acordo com os princípios independência orgânica e funcional, em relação à gestão da admissão e acompanhamento do risco que o Novo Acordo de Basiléia exige, funções específicas de controle e acompanhamento dos modelos internos de riscos de crédito. O reconhecimento do ponto de vista regulamentar dos modelos internos de gestão do risco de crédito representa uma garantia adicional sobre o grau de controle interno, na medida em que este é exigido como parte importante para a validação dos referidos modelos. Classificação dos saldos de risco segundo o sistema de vigilância FEVE Extinguir Garantir Reduzir Acompanhar Total FEVE Espanha - Sede Portugal América Latina Dados em milhões de euros em dezembro de

143 3.13 Evolução das principais grandezas em 2005 A taxa de inadimplência do Grupo e de suas principais áreas de atividade continuou a recuar em 2005 até atingir mínimos históricos. A inadimplência do Grupo, no final de 2005, ficou em 0,89%, face a 1,00% de dezembro de A cobertura com provisões aumentou em 16 pontos percentuais, até atingir 182,0%. As dotações específicas para insolvências, líquidas de incobráveis recuperados, ascenderam a 970,0 milhões de euros, ou seja, 0,21% da exposição creditícia com clientes (investimento mais riscos de média do exercício), diminuindo face ao valor de 0,23% registrado em Na Espanha, a taxa de inadimplência do Grupo caiu no exercício para um mínimo histórico de 0,57%, crescendo, ao mesmo tempo, a cobertura com provisões em 55 pontos porcentuais até uns robustos 317,9%. Na América Latina, a taxa de mora recuou em 2005 em mais de um ponto porcentual, para 1,91%, com um aumento da cobertura com provisões em 28 pontos porcentuais, até atingir os 183,4%. A redução em mais de 10 pontos porcentuais da taxa de inadimplência na Argentina é significativa, até se situar em 1,48%. Na região, 63% do risco de crédito situa-se em países classificados pelas agências de rating com grau de investimento (México, Chile e Porto Rico). As dotações específicas para insolvências do Grupo na América Latina, líquidas de incobráveis recuperados, ascenderam em 2005 a 315,6 milhões, ou seja, 0,62% da carteira, face a 155,9 milhões e 0,41% respectivamente em Este crescimento é explicado, principalmente, pela forte valorização das moedas latino-americanas face ao euro e por um custo de crédito a taxas mais normais, embora ainda abaixo da média dos últimos anos. Gestão de Risco América Latina. Risco, Inadimplência e Cobertura Risco (milhões de euros) Taxa de inadimplência (%) Cobertura (%) Dez-05 Dez-04 Dez-05 Dez-04 Dez-05 Dez-04 Argentina ,48 11,71 245,1 130,3 Brasil ,88 2,85 138,5 188,2 Colômbia ,68 0,39 414,5 884,1 Chile ,31 3,53 165,6 126,8 México ,89 1,28 273,4 213,5 Porto Rico ,75 2,39 167,6 129,2 Venezuela ,52 2,65 399,9 271,9 Outros ,25 2,53 304,2 107,7 Total ,91 2,94 183,4 155,0 Em Portugal, a inadimplência foi de 0,78%, com uma redução de 28 pontos base que, além disso, e produzida em um contexto econômico ainda fraco. A cobertura cresceu 49 pontos, para 243,2%. Por sua vez, em dezembro a taxa de inadimplência do Abbey era de 0,67%. As provisões representavam 77,7% dos saldos duvidosos. A Santander Consumer Finance aumentou a sua taxa de inadimplência em 12 pontos base, para 2,40%, devido principalmente ao crescimento da incerteza na Alemanha, numa conjuntura econômica ainda mais desfavorável. Apesar disso, a margem financeira do negócio, de claro caráter varejista, continua compensando muito a inadimplência registrado, o que se confirma pela rentabilidade favorável ajustada ao risco desta carteira. A cobertura com provisões tem uma pequena variação no ano, registrando 125,2%. América Latina. Custo do crédito. Ano 2005 Milhões de euros Dotações Ativos específicas suspensos Custo do % líquidas recuperados Crédito s/carteira Argentina (9,7) 20,9 (30,6) (1,50) Brasil 291,1 56,8 234,3 2,12 Chile 159,8 66,4 93,4 0,64 Colômbia 10,5 2,6 7,9 0,74 México 45,1 38,5 6,6 0,05 Porto Rico 11,9 4,1 7,8 0,15 Venezuela 19,3 7,3 12,0 0,63 Outros (10,3) 5,5 (15,8) (0,83) América Latina 517,7 202,1 315,6 0,62 139

144 A gestão de risco na América Latina responde a uma cultura comum ao Grupo. Na área, são aplicados os princípios de gestão de risco do Banco sede. A organização da função de riscos em cada banco latino-americano replica o esquema de funcionamento na Espanha, com as necessárias adaptações aos mercados locais Risco de Concentração O risco de concentração, no âmbito do risco de crédito, constitui um elemento essencial de gestão. O Grupo procede a um acompanhamento contínuo do grau de concentração das carteiras de risco de crédito sob diferentes dimensões relevantes: áreas geográficas e países, setores econômicos, produtos e grupos de clientes. A Comissão Delegada de Riscos estabelece as políticas de risco e revê os limites de exposição apropriados para a gestão adequada do grau de concentração das carteiras de risco de crédito. A diversificação geográfica do Grupo, acentuada após a incorporação do Abbey em dezembro de 2004, permite obter um lucro no capital econômico agregado de perto de 28%. Por outras palavras, o perfil global do Grupo, medido em termos de capital econômico, diminui com a diversificação geográfica, sendo 28% inferior à soma das diferentes unidades consideradas isoladamente. Do ponto de vista setorial, a exposição com empresas não ultrapassa em nenhum setor individual 10% da exposição total, segundo se demonstra no quadro anexo. O Grupo está sujeito à regulamentação do Banco da Espanha sobre Grandes Riscos (os que ultrapassam 10% dos recursos próprios computáveis). Segundo as normas contidas na Circular 5/93, nenhuma exposição individual, incluindo todo o tipo de riscos de crédito e de renda variável, deverá ultrapassar 25% dos recursos próprios do Grupo. Paralelamente, o conjunto dos classificados como Grandes Riscos não poderá representar mais de oito vezes os recursos próprios. Deste tratamento, ficam excluídas as exposições com governos pertencentes à OCDE. Em 31 de dezembro de 2005, só dois grupos atingiam, por escassa margem, a categoria de Grande Risco. O cliente com quem se mantinha maior exposição, conforme os critérios reguladores expostos, era um banco britânico com rating AA. O segundo era uma empresa espanhola do setor de telecomunicações com rating BBB+. Em 31 de dezembro de 2005, os 20 primeiros grupos econômico-financeiros acreditados, excluindo administrações públicas e instituições de crédito, representavam 5,1% do risco de crédito disposto com clientes (investimento mais riscos de assinatura), face a 9,7% em 2004, o que representava um baixo nível de concentração. No âmbito do modelo MIR de medição e agregação de capital econômico, é considerado em especial o risco de concentração para as carteiras de caráter de grandes clientes (grandes empresas, bancos e soberanos). Para este efeito, o Grupo utiliza como referência complementar a ferramenta de gestão de carteira da Moody's-KMV, largamente utilizada na indústria financeira. A Divisão de Riscos do Grupo colabora estreitamente com a Divisão Financeira na gestão ativa das carteiras de crédito que, entre os seus eixos de ação, contempla a redução da concentração das exposições por via de várias técnicas, como a contratação de derivados de crédito de cobertura ou operações de titularização cujo objetivo último é a otimização da relação retorno-risco da carteira total. Contribuição setorial ao risco total Espanha Portugal América Lat. Abbey Outros Total Agricultura 0,6 0,0 0,0 0,0 0,0 0,6 Ind. Transformadoras 4,6 0,4 2,7 0,0 1,4 9,1 Energia 1,2 0,2 0,3 0,0 0,1 1,8 Construção 2,9 0,4 0,7 0,0 0,1 4,1 Distribuição 2,8 0,3 1,0 0,0 0,2 4,4 Hotelaria 0,8 0,0 0,1 0,0 0,0 0,9 Transportes 1,0 0,3 0,2 0,0 0,1 1,6 Telecomunicações 0,7 0,2 0,4 0,0 0,3 1,6 Intermediários Financeiros 1,0 0,5 0,4 0,0 1,0 2,9 Seguros 0,1 0,0 0,1 0,0 0,6 0,7 Imobiliário 6,1 0,2 0,2 2,2 0,0 8,7 Serviços 3,1 0,3 2,3 0,0 0,0 5,8 AAPP 1,1 0,2 0,5 0,0 0,0 1,8 Pes. físicas sem Ati. Econômica 11,9 1,7 2,1 28,0 0,0 43,7 Outros/Sem classificar 2,6 1,0 0,4 7,0 1,3 12,3 Total 40,5 5,7 11,5 37,2 5,1 100,0% 140 % sobre total do risco disposto (investimento de crédito + avais) Dados em dezembro de 2005 Nota: a indústria transformadora inclui 8 setores individuais

145 Gestão de Risco Evolução do risco-país regulatório e das provisões atribuídas (dados em milhões de dólares) Provisões Risco Risco-país O risco-país é um componente do risco de crédito incorporado por todas as operações de crédito transnacionais ( cross-border ). Os seus principais elementos são o risco soberano, o risco de transferência e o risco de flutuação intensa da taxa de câmbio da moeda local. Em 31 de dezembro de 2005, a exposição com terceiros por risco-país regulamentar do Grupo aos denominados países emergentes ascendia a 788,1 milhões de dólares, face aos 1,2549 bilhão no fim de O risco líquido de saneamentos no fim de 2005 é de 418,9 milhões de dólares face aos 930,4 milhões em dezembro de A variação da exposição por risco-país regulatório deve-se, fundamentalmente, à otimização dos limites "cross border", o que implica numa racionalização da operação com necessidade de cobertura. Isto explica a redução registrada no risco passível de provisões. O Brasil continua tendo um peso muito elevado no total do risco líquido, com 408 milhões de dólares. No âmbito das variações anuais, é possível destacar a capitalização da dívida com a filial argentina e a reclassificação dos títulos da carteira de renda fixa com base nas novas regras contábeis. Os princípios de gestão de risco-país continuaram a obedecer a um critério de máxima prudência, sendo o risco-país assumido de uma forma muito seletiva em operações claramente rentáveis para o Grupo, e que reforçam a relação global com os seus clientes Risco Ambiental A análise do risco ambiental das operações de crédito constitui um dos pontos assumidos no Plano Estratégico de Responsabilidade Social Corporativa. Desde o início do exercício de 2004, o Santander tem um Sistema de Avaliação de Riscos Ambientais, designado "VIDA" que, oportunamente, foi desenvolvido em colaboração com a Compañía Española de Seguros de Crédito de Exportación (CESCE) e a Garrigues Medioambiental, que visa avaliar o risco ambiental inerente a cada empresa, sejam clientes atuais, ou possíveis clientes futuros. Este sistema permite dispor de um mapa do risco ambiental da carteira de empresas avaliadas (Muito baixo, Baixo, Médio e Alto) que, caso se aplique, proporciona a opção de novas revisões específicas com maior profundidade Risco de Contrapartida O risco de contrapartida é uma variante do risco de crédito. No âmbito deste risco inclui-se todo o tipo de exposições com instituições de crédito, assim como o risco de solvência assumido nas operações de tesouraria (títulos, repos e derivados) com outro tipo de clientes. O controle é realizado por meio de um sistema integrado e em tempo real que permite conhecer, desta forma, a todo o momento a linha de crédito disponível com qualquer contrapartida, em qualquer produto e prazo e em qualquer agência do Grupo. O risco é medido tanto pelo seu valor atual como potencial (valor das posições de risco considerando a variação futura dos fatores de mercado subjacentes nos contratos). O Valor Líquido de Reposição (VLR) da carteira de produtos derivados OTC, que o Grupo mantinha com as suas contrapartidas em 31 de dezembro de 2005, totalizava bilhões de euros (3,570 bilhões correspondiam ao Abbey), valor que representava 0,43% do valor nominal dos referidos contratos. O Risco Equivalente de Crédito, ou seja, a soma do Valor Líquido de Reposição mais o Máximo Valor Potencial destes contratos no futuro, atingiu o valor de bilhões de euros (sendo que 7,247 bilhões correspondem ao Abbey). A operação em derivados concentra-se em contrapartidas de excelente qualidade de crédito, de tal forma que mantemos níveis de 88,2% do risco com contrapartidas com um rating igual ou superior a A-. Com respeito à distribuição geográfica do risco, 20,4% do mesmo correspondem a contrapartidas 141

146 Noções de produtos derivados OTC por vencimentos em 31 de dezembro de 2005 Milhões de euros Noções < 1 ano 1-5 ano 5-10 anos >10 anos Negociação Cobertura Total CDS Proteção comprada CDS Proteção vendida CD Swaptions Total Derivados Crédito Forward Renda Variável Opções Renda Variável Swaps Renda Variável Total Derivados Renda Variável Forward Renda Fixa (13) Opções Renda Fixa Total Derivados Renda Fixa (13) Swaps Taxa de Câmbio Câmbios a Prazo Opções Taxa de Câmbio Total Derivados Taxa de Câmbio Asset Swaps Call Money Swaps IRS Estruturas Taxa de Juros Total Derivados Taxa de Juros Total Derivados Distribuição por Valor Líquido de Reposição e Risco Equivalente de Crédito em 31 de dezembro de 2005 Milhões de euros Total VLR Líquido Total REC Negociação Cobertura Total Negociação Cobertura Total CDS Proteção comprada (4) 0 (4) CDS Proteção vendida CD Swaptions Total Derivados Crédito Forward Renda Variável Opções Renda Variável Swaps Renta Variable Total Derivados Renda Variável Forward Renda Fixa (3) 1 (3) Opções Renda Fixa Total Derivados Renda Fixa (3) 1 (3) Swaps Taxa de Câmbio Câmbios a Prazo Opções Taxa de Câmbio Total Derivados Taxa de Câmbio Asset Swaps Call Money Swaps IRS Estruturas Taxa de Juros Total Derivados Taxa de Juros Total Derivados Colateral 0 (2.496) (2.496) 0 (2.496) (2.496) Total espanholas, 17,6% com contrapartidas britânicas (operação

147 Distribuição do risco em derivados OTC por rating da contrapartida Rating % AAA 0,6% AA 55,9% A 31,8% BBB 8,6% BB 3,0% B 0,1% Sem rating 0,0% Total 100,0% Distribuição do risco em derivados OTC por áreas geográficas Espanha 20,4% Reino Unido 17,6% Resto Europa 31,2% América Latina 11,8% Estados Unidos 18,2% Outros 0,8% Total 100,00% fundamentalmente realizada a partir do Abbey) e do restante de agrupamentos geográficos, destacam-se o Resto da Europa (31,2%), E.U.A. (18,2%) e América Latina (11,8%). Por último, a distribuição do risco em derivados por tipo de contrapartida é repartida em 76% com bancos, 13% com grandes corporações e 11% com pequenas e médias empresas. 4. Risco de mercado 4.1 Atividades sujeitas a risco de mercado O segmento de medição, controle e monitorização de Riscos Financeiros engloba as operações em que se assume risco patrimonial. O risco resulta da variação dos fatores de risco - taxa de juro, taxa de câmbio, renda variável e volatilidade destes - assim como do risco de solvência e risco de liquidez dos diversos produtos e mercados nos quais o Grupo opera. Em função da finalidade do risco, as atividades são segmentadas do seguinte modo: Tesouraria Negociação: Sob este título é incluída a atividade de serviço financeiro a clientes e a atividade de compra e venda e posicionamento de curto prazo em produtos de renda fixa, variável e divisa. Risco Estrutural: Inclui-se neste título aquelas atividades cujo principal risco é o proveniente dos movimentos das taxas de juros, sendo seus posicionamentos de médiolongo prazo e, por isso, não considerados como negociação. Gestão de Balanço: O risco de juros e liquidez surge em resultado das defasagens existentes entre os vencimentos e a reavaliação de ativos e passivos. Além disso, inclui-se neste ponto a gestão ativa do risco de crédito inerente ao balanço do Grupo. A área de Gestão Financeira tem a incumbência de gerir de forma centralizada os referidos riscos estruturais, aplicando metodologias homogêneas adaptadas à realidade de cada mercado em que se opera. Assim, na área de moedas convertíveis, a Gestão Financeira gere diretamente os riscos da matriz e coordena a gestão das restantes unidades que operam nestas moedas. Nos bancos dos países latinoamericanos, a Gestão Financeira tem equipes locais que gerem os riscos do balanço sob os mesmos esquemas, em coordenação com a área global da Gestão Financeira da matriz. As decisões de gestão destes riscos são tomadas por meio dos Comitês ALCO de cada país e, em última análise, pelo Comitê de Mercados da matriz. A gestão financeira pretende dar estabilidade e recorrência à margem financeira da atividade comercial e ao valor econômico do Grupo, mantendo níveis adequados de liquidez e solvência. Risco de Câmbio Estrutural / Cobertura de Resultados: Risco da taxa de câmbio, devido à divisa em que o investimento é realizado, tanto nas empresas consolidáveis como nas não consolidáveis (Taxa de Câmbio Estrutural). Adicionalmente, também se incluem sob esta epígrafe as posições tomadas de cobertura de taxa de câmbio de resultados futuros gerados em moedas diferentes do euro (Cobertura de Resultados). Renda Variável Estrutural: São englobados sob este título: os investimentos através de participações de capital em companhias que não consolidam, financeiras e não-financeiras, gerando risco de Renda variável. Cada uma destas atividades é medida e analisada com diferentes ferramentas, visando demonstrar de forma mais precisa o perfil de risco das mesmas. Gestão de Risco Tesouraria Proprietária: Posicionamentos de maior horizonte temporal por meio de produtos de renda fixa. 143

148 4.2 Metodologias Atividade de negociação A metodologia padrão aplicada no exercício de 2005, no âmbito do Grupo Santander para a atividade de negociação, é o Valor em Risco (VaR). Utiliza-se como base o padrão de Simulação Histórica com um nível de confiança de 99%, bem como um horizonte temporal de um dia e foram aplicados ajustes estatísticos que nos permitiram incluir de forma rápida e eficaz os acontecimentos mais recentes que condicionam os níveis de riscos assumidos. Adicionalmente, em função da dimensão ou natureza das carteiras que assim o exija, o Grupo vem aplicando outras metodologias, como simulação de Montecarlo e modelos paramétricos. O VaR não é a única medida. Este é utilizado devido à sua facilidade de cálculo e pela sua boa referência do nível de risco em que o Grupo incorre, mas, ao mesmo tempo, estão sendo colocadas em prática outras medidas que nos permitem ter um maior controle dos riscos em todos os mercados onde o Grupo participa. No âmbito destas medidas está a Análise de Cenários, que consiste em definir cenários do comportamento de diferentes variáveis financeiras e obter o impacto nos resultados ao aplicá-los sobre as atividades. Estes cenários podem replicar fatos ocorridos no passado (como crises) ou, pelo contrário, podemos determinar cenários plausíveis que não correspondem a eventos passados. No mínimo, são definidos três tipos de cenários: plausíveis, severos e extremos, obtendo, em conjunto com o VaR, um espectro muito mais completo do perfil de riscos. Da mesma forma, é efetuado um acompanhamento diário das posições, realizando um controle exaustivo das mudanças que ocorrem nas carteiras com o objetivo de detectar as eventuais incidências que possam ocorrer para a sua imediata correção. A elaboração diária da conta de resultados é um excelente indicador de riscos, na medida em que nos permite ver e detectar a incidência que tenha tido variações nas variáveis financeiras ou nas carteiras. Por fim, para o controle das atividades de derivados e gestão de crédito, devido ao seu caráter atípico, são realizadas diariamente medidas específicas. No primeiro caso, referimo-nos às sensibilidades aos movimentos de preço do subjacente (delta e gamma), da volatilidade (vega) e do tempo (theta). No segundo, são controladas medidas tais como a sensibilidade ao spread, jump-to-default, concentrações de posições por nível de rating etc. Gestão de Balanço Risco de Juros O Grupo realiza análises de sensibilidade da Margem Financeira e do Valor Patrimonial perante variações das taxas de juro. Esta sensibilidade está condicionada pelas defasagens nas datas de vencimento e de revisão das taxas de juros dos diferentes conceitos do balanço. As carteiras direcionais, por sua natureza puramente direcional, são responsabilidade do Tesoureiro, enquanto no caso da Gestão de Balanço é a Gestão Financeira que, com base nas deliberações tomadas nos ALCOs, realiza a gestão. Em função do posicionamento da taxa de juros do balanço, considerando a situação e perspectivas do mercado, são acordadas as medidas financeiras para adequar o referido posicionamento ao desejado pelo Banco. Estas medidas podem incluir desde a tomada de posições em mercados até à definição das características de taxa de juros dos produtos comerciais. Esta atividade adquire especial importância nas conjunturas de taxas de juros baixas como as atuais, quando as margens do sistema bancário comercial são pressionadas a baixar. As medidas usadas pelo Grupo para o controle do risco de juros nestas atividades são o gap de taxas de juro, as sensibilidades da margem financeira e do valor patrimonial a variações nos níveis de taxas de juros, a duração dos recursos próprios, o Valor em Risco (VaR) e a análise de cenários. a) Gap de Taxas de Juros de Ativos e Passivos A análise de gaps de taxas de juros trata as defasagens entre os prazos de reavaliação de massas patrimoniais nos conceitos, tanto do balanço (ativo e passivo) como das contas de ordem (fora de balanço). Disponibiliza uma representação básica da estrutura do balanço e permite detectar concentrações de risco de juros nos diversos prazos. Além disso, é uma ferramenta útil para as estimativas de eventuais impactos de possíveis movimentos nas taxas de juros sobre a Margem Financeira e sobre o Valor Patrimonial da entidade. Todas as massas do balanço e fora de balanço devem ser desagrupadas nos seus fluxos e colocadas no ponto do novo preço/vencimento. Para o caso das massas que não apresentam um vencimento contratual, é utilizado um modelo interno de análise e estimativa para as durações e sensibilidades das mesmas. b) Sensibilidade da Margem Financeira (NIM) A sensibilidade da Margem Financeira mede a mudança nas rendas esperadas para um prazo determinado (12 meses) face a um deslocamento da curva das taxas de juros. 144

149 O cálculo da sensibilidade da Margem Financeira é realizado por meio da simulação da margem, tanto para um cenário de movimento da curva de taxas como para o cenário atual, sendo a sensibilidade a diferença entre ambas as margens calculadas. c) Sensibilidade do Valor Patrimonial (MVE) A sensibilidade do Valor Patrimonial é uma medida complementar à sensibilidade da Margem Financeira. Mede o risco de juros implícito no Valor Patrimonial (Recursos Próprios) sobre a base da incidência que tem uma variação das taxas de juros nos valores atuais dos ativos e passivos financeiros. d) Valor em Risco (VaR) Para a atividade de Balanço e Carteiras de Investimento é calculado o Valor em Risco com o mesmo padrão da Negociação: Simulação Histórica com um nível de confiança de 99% e um horizonte temporal de um dia. Foram aplicados ajustes estatísticos que permitem englobar de forma eficaz e rápida os acontecimentos mais recentes que condicionam os níveis de riscos assumidos. e) Análise de cenários São estabelecidos dois cenários do comportamento das taxas de juro: máxima volatilidade e crise repentina. Estes cenários são aplicados sobre as atividades sob análise, sendo obtido o impacto no Valor Patrimonial assim como as projeções de margem financeira para o ano. Risco de Liquidez O risco de liquidez está associado à capacidade do Grupo para financiar os compromissos adquiridos a preços de mercado razoáveis, assim como para por em andamento os seus planos de negócio com fontes de financiamento estáveis. O Grupo realiza uma vigilância permanente de perfis máximos de defasagem temporal. As medidas utilizadas para o controle do risco de liquidez na Gestão de Balanço são o gap de liquidez, quocientes de liquidez, cenários de stress e planos de contingência. a) Gap de Liquidez O gap de Liquidez proporciona informação sobre as entradas e saídas de caixa contratuais e esperadas para um determinado período, em cada uma das moedas em que o Grupo opera. Mede a necessidade ou o excesso líquido de fundos em uma data e reflete o nível de liquidez mantido em condições normais de mercado. São realizados dois tipos de análise do gap de Liquidez: 1.- Gap de Liquidez contratual: São analisadas todas as massas dentro e fora do balanço, sempre que envolvam fluxos de caixa, colocadas no seu ponto de vencimento contratual. Para os ativos e passivos sem vencimento contratual utiliza-se um modelo interno de análise, baseado no estudo estatístico da série histórica dos produtos, e determina-se o que denominamos de saldo estável e instável para efeitos de liquidez. 2.- Gap de Liquidez Operacional: Constitui uma visão de cenário em condições normais do perfil de liquidez, porque os fluxos dos preceitos de balanço são colocados no ponto de liquidez provável e não no ponto de vencimento contratual. Nesta análise, a definição do cenário de comportamento (renovação de passivos, descontos em vendas de carteiras, renovação de ativos, etc.) constitui o ponto fundamental. b) Coeficiente de Liquidez O Coeficiente de Liquidez compara os ativos líquidos disponíveis para venda ou cessão (uma vez aplicados os descontos e ajustes pertinentes) com o total dos passivos exigíveis (incluindo contingências). Demonstra, por moeda não-consolidável, a capacidade de resposta imediata que a instituição tem face aos compromissos assumidos. A Liquidez Líquida Acumulada fica definida pelo gap acumulado a 30 dias, obtido do gap de liquidez modificado. O gap de liquidez contratual modificado é elaborado partindo do gap de liquidez contratual e colocando os ativos líquidos no ponto de liquidação ou cessão e não no seu ponto de vencimento. c) Análise de cenários/ Plano de Contingência A gestão de liquidez do Grupo Santander está centrada na adoção de todas as medidas necessárias para prevenir uma crise. Nem sempre é possível prever as causas de uma crise de liquidez; por isso, os planos de contingência baseiam-se em modelar crises em potencial por meio da análise de diferentes cenários, na identificação dos tipos de crises, nas comunicações internas e externas e nas responsabilidades individuais. O Plano de Contingência cobre o âmbito de direção de uma unidade local e da sede central. Ao primeiro sinal de crise, especifica linhas claras de comunicação e recomenda uma vasta gama de respostas face a diferentes níveis de crise. Considerando que as crises podem evoluir numa base local ou global, exige-se que cada unidade local prepare um Plano de Contingência de Financiamento, indicando o montante que poderia ser, eventualmente, exigido como ajuda ou financiamento a partir da unidade central durante uma crise. O Plano de Contingência de cada unidade local deve ser comunicado à unidade central (Madri) pelo menos semestralmente, a fim de ser revisado e atualizado. Porém, sempre que as circunstâncias dos mercados assim o aconselhem, estes planos devem ser atualizados em intervalos menores. Gestão de Risco 145

150 Risco de Câmbio Estrutural. Cobertura de Resultados. Renda Variável Estrutural. O acompanhamento destas atividades é realizado por meio de medidas de posição, VaR e resultados. Medidas complementares Medidas de calibração e comparação As provas de comparação, a posteriori ou back-testing, constituem uma análise comparativa entre os cálculos do Valor em Risco (VaR) e dos resultados diários limpos (resultado das carteiras do fim do dia anterior avaliadas aos preços do dia seguinte), Estes testes visam verificar e proporcionar uma medida da precisão dos modelos utilizados para o cálculo do VaR. As análises de back-testing que são realizadas no Grupo Santander cumprem, no mínimo, as recomendações do BIS em matéria de comparação dos sistemas internos utilizados na medição e gestão dos riscos financeiros. Adicionalmente, no back-testing são efetuados testes de hipóteses: testes de excessos, testes de normalidade, Spearman rank correlation, medidas de excesso médio etc. São calibrados e comprovados os modelos de avaliação de forma regular por uma unidade especializada. Coordenação com outras áreas Diariamente, está sendo realizado um trabalho conjunto com outras áreas que permite atenuar o risco operacional. Fundamentalmente, isto envolve a conciliação de posições, riscos e resultados. Benchmarking Em função da periodicidade de publicação de informações pelos reguladores locais, é efetuado um estudo comparativo da posição do Banco relativamente aos seus principais concorrentes e do sistema. Perfil Vencimento da dívida A cada 15 dias é realizada uma análise do perfil de vencimento dos títulos que há em carteira (negociação e investimento) para conhecer em que prazos existe maior concentração de fluxos de caixa. 4.3 Sistema de Controle Definição de Limites O processo de fixação de limites tem lugar junto com o exercício de realização do orçamento e é o instrumento utilizado para estabelecer o patrimônio disponível de cada atividade. O estabelecimento de limites é concebido como um processo dinâmico que responde ao nível de risco considerado aceitável pela Alta Direção. Objetivos da estrutura de limites A estrutura de limites visa, entre outras, as seguintes finalidades: Identificar e delimitar, de forma eficiente e compreensível, os principais tipos de Riscos Financeiros assumidos, de modo que sejam consistentes com a gestão do negócio e com a estratégia definida. Quantificar e comunicar às áreas de negócio os níveis e o perfil de risco que a Alta Direção considera assumíveis, para evitar que se incorra em riscos não-desejados. Dar flexibilidade às áreas de negócio na assunção de riscos financeiros de forma eficiente e oportuna segundo as mudanças no mercado, nas estratégias de negócio, e sempre dentro dos níveis de risco que forem considerados aceitáveis. Permitir aos geradores de negócio uma tomada de riscos prudente, mas suficiente para alcançar os resultados orçados. Delimitar o âmbito de produtos e subjacentes em que cada unidade de Tesouraria possa operar, tendo em conta características como o modelo e sistemas de avaliação, a liquidez dos instrumentos envolvidos etc. 4.4 Riscos e resultados em 2005 A. Atividade de Negociação Análise quantitativa do VaR no ano A evolução do risco do Grupo relativo à atividade de negociação nos mercados financeiros durante 2005, quantificado através do VaR, é expressa no gráfico superior da página seguinte. O VaR total das carteiras de negociação do Grupo começou o ano com a incorporação das posições do Abbey. Embora estas apresentassem um VaR de 9,6 milhões de euros, o VaR total teve um aumento menor, de 4 milhões de euros para18,3 milhões de euros, devido ao efeito da diversificação. Ao longo do ano, o VaR reportado foi condicionado pela reclassificação das carteiras devido a mudanças na contabilidade (BICs), embora isso não se tenha traduzido num aumento efetivo do risco ao nível do Grupo. Este processo se intensificou no final do ano, devido às transferências realizadas nas unidades do México (19 de * Banesto não está incluído no VaR do Grupo relativo à atividade de negociação. 146

151 Gestão de Risco Evolução do VaR durante o ano de 2005 Milhões de euros VarR 99.00% Max. 27, Min. 17,4 3 JAN JAN FEV MAR MAR ABR ABR MAI JUN JUN JUL JUL AGO SET SET OUT NOV NOV DEZ DEZ 2005 dezembro) e Brasil (30 de dezembro), a partir das carteiras de tesouraria proprietária até as de negociação. São posições em derivados de renda fixo (swaps de taxas de juros, principalmente), que por NICs serão contabilizadas pelo valor de mercado (Marked-to-Market). As transferências referidas conduziram a um perfil de VaR na atividade de negociação superior ao assumido nos últimos anos. Não obstante, em termos relativos e em comparação com outros grupos financeiros, pode-se dizer que o Grupo continua mantendo um perfil de risco de negociação médio/baixo. A gestão dinâmica do mesmo permite ao Grupo adotar mudanças de estratégia para aproveitar oportunidades numa conjuntura de incerteza. O nível de risco máximo (27 milhões de euros, medido em termos de VaR) foi alcançado no fim do ano, em conseqüência da referida reclassificação de posições no Brasil. Os níveis mínimos (17,4 milhões de euros) foram alcançados em 25 de janeiro, em conseqüência, principalmente, da redução das posições de taxas de juros no México. O risco médio no ano ficou em 19,3 milhões de VaR. Histograma de Risco VaR Número de dias % 0,7 <17,5 11,9 18,00 17,5 18,50 21,6 20,1 19,00 VaR em milhões de euros 19,50 7,1 6,3 20,00 20,50 3,4 4,9 1,5 0,7 0,4 3,7 21,00 21,50 22,00 22,50 23,00 com níveis entre 18 e 21,5 milhões de euros (92,9%). Os 3,7% de dias com risco superior a 23 milhões concentram-se em dezembro e são explicados pelas transferências referidas de posições no México e Brasil. >23 O seguinte histograma descreve a distribuição de freqüências que teve o risco medido em termos de VaR durante Pode se observar a acumulação de dias 147

152 Risco por fator Para 2005, os valores mínimos, médios, máximos e últimos expressos em termos de VaR são os expressos no quadro da direita. Deve-se destacar que, em 2005, a atividade de Derivados de Crédito se intensificou. Porém, devido à ainda escassa exposição relativa do fator de risco Crédito, inclui-se no fator Renda Fixa. Separadamente, será demonstrada na medida em que o seu nível de atividade ou risco assim o determine. Com a inclusão do Abbey, aumentou o peso relativo do VaR na Europa relativamente ao total do Grupo. Não obstante, grande parte do risco continua concentrado na América Latina, que registrou um VaR médio de 16,9 milhões de euros, fechando dezembro com um VaR de 25,9 milhões. Dentro do total, os riscos do Grupo estão concentrados no renda fixa e taxa de câmbio, em que os níveis médios de VaR foram de 15,5 milhões e 8,7 milhões de euros, respectivamente. A observação da evolução do VaR ao longo do exercício evidencia a flexibilidade e agilidade do Grupo em adaptar o seu perfil de risco em função de mudanças de estratégia provocadas por uma percepção diferente das expectativas nos mercados. Estatísticas de VaR por fator Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Último Total negociação VaR Total 17,4 19,3 27,0 27,0 Efeito Diversificação (6,9) (9,1) (10,8) (7,5) VaR Renda Fixa 12,0 15,5 25,3 25,3 VaR Renda Variável 2,5 4,2 6,6 2,9 VaR Taxa de Câmbio 5,7 8,7 11,2 6,2 América Latina VaR Total 13,2 16,9 25,9 25,9 Efeito Diversificação (5,0) (7,0) (9,2) (6,3) VaR Renda Fixa 9,1 14,0 24,6 24,6 VaR Renda Variável 0,2 1,4 3,3 1,8 VaR Taxa de Câmbio 5,1 8,5 11,2 5,7 EUA VaR Total 0,8 2,1 4,7 2,7 Efeito Diversificação (0,0) (0,5) (1,3) (0,6) VaR Renda Fixa 0,7 1,9 4,5 2,3 VaR Renda Variável 0,0 0,1 0,2 0,0 VaR Taxa de Câmbio 0,1 0,6 2,2 1,0 Europa VaR Total 6,3 8,6 13,0 7,1 Efeito Diversificação (1,5) (2,8) (4,9) (2,8) VaR Renda Fixa 4,0 5,9 8,6 5,4 VaR Renda Variável 2,1 3,9 6,4 2,2 VaR Taxa de Câmbio 0,5 1,6 5,0 2,2 Histórico de VaR por fator de risco Milhões de euros VaR R. Fixo VaR R. Variável VaR FX JAN JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL JUL AGO SET OUT NOV DEZ DEZ Distribuição de Riscos e Resultados a) Distribuição Geográfica Na atividade de Negociação, o aporte dos países latinoamericanos para o VaR total do Grupo na atividade de negociação é de 61% com uma contribuição de 31% nos resultados econômicos. Por seu turno, a Europa, com 31% em risco, aporta 66% em lucros e perdas, pelo fato de ter a sua atividade de tesouraria principalmente orientada para o serviço a clientes profissionais. No gráfico à direita, expõe-se a contribuição geográfica em termos de percentagem, tanto em riscos, medidos em termos de VaR médio, como em resultados, medidos em termos econômicos. Contribuição de riscos por Unidade % Rdo. econômico anual VaR Médio América Latina Europa Nova Iorque

153 Os valores mínimos, médios, máximos e últimos do risco medido em termos de VaR, por zona geográfica, para 2005, são os seguintes. Estatísticas de risco (VaR) para 2005 Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Último Total 16,6 19,3 27,0 27,0 Europa 6,3 8,6 13,0 7,1 EUA 0,8 2,1 4,7 2,7 América Latina 13,2 16,9 25,9 25,9 b) Distribuição no tempo No gráfico inferior, pode-se observar que, em média, o perfil da assunção do risco foi relativamente constante até aos últimos meses do ano, momento em que ocorre uma certa recuperação em conseqüência da reclassificação de carteiras no Brasil e México, já referida anteriormente. Pelo contrário, os resultados registraram uma maior volatilidade, sobretudo na segunda metade do ano. Gestão de Risco Histograma de resultados diários Mark-to-Market (MtM) O seguinte histograma de freqüências descreve como foram distribuídos os resultados em função da sua grandeza. Assim, vê-se que o intervalo de rendas que ocorreu com mais freqüência foi o de -1 a 3 milhões de euros, durante 121 dias, o que se traduz em 47,7% dos dias do ano. Histograma de freqüência de resultados diários (MtM) Número de dias (%) ,8 <-7 4,9 6,4-7 a -5-5 a -3 15,2-3 a -1 26,1-1 a 1 21,6 1 a 3 14,0 3 a 5 6,1 5 a 7 1,9 7 a 9 0,8 1,5 0,4 9 a a 13 >13 Gestão do risco financeiro de Derivados Estruturados A atividade de derivados estruturados é orientada principalmente para a concepção de produtos de investimento e cobertura de riscos para clientes. Este tipo de operações inclui opções tanto de renda variável como de renda fixa e taxa de câmbio. As unidades de gestão em que principalmente foi realizada esta atividade são: Madri, Portugal, Nova Iorque, Brasil e México, embora se detecte uma atividade incipiente no Chile, onde o Grupo está iniciando o desenvolvimento deste mercado. No gráfico da página seguinte, apresenta-se a evolução do risco (VaR) do negócio de derivados estruturados durante Pode ser observado que a maior parte do tempo se move num intervalo entre 1,5 e 3,5 milhões de euros, com a exceção do período entre meados de agosto e início de setembro. No referido período, registra-se um aumento de risco em conseqüência do aumento da volatilidade do real brasileiro. VaR em milhões de euros Histograma de freqüências de resultados diários (MtM) Milhões de euros Resultado econômico mês VaR Médio JAN 05 FEV 05 MAR 05 ABR 05 MAI 05 JUN 05 JUL 05 AGO 05 SET 05 OUT 05 NOV 05 DEZ

154 Evolução do risco (VaR) do negócio de derivados estruturados VaR em milhões de euros 6,5 VaR 99.00% Máx. 6,90 5,5 4,5 3,5 2,5 1,5 0,5 0 Min. 0,60 3 JAN JAN FEV MAR MAR ABR ABR MAI MAI JUN JUN JUL JUL AGO SET SET OUT NOV NOV DEZ DEZ 2005 O risco máximo, pelo motivo citado, foi atingido no mês de agosto (6,9 milhões de euros) e o mínimo em janeiro (0,6 milhões de euros). O quadro seguinte reflete os valores médios, máximos e mínimos atingidos para cada uma das unidades em que se realizou este tipo de operações. Derivados Estruturados. Risco (VaR) ano 2005 por Unidade Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Último VaR Total 0,6 2,4 6,9 2,4 Madri 1,0 1,7 3,9 2,8 Portugal 0,0 0,1 0,2 0,1 Brasil 0,2 1,6 6,7 1,1 Chile 0,0 0,0 0,2 0,2 México 0,1 0,5 1,0 1,0 Nova Iorque 0,0 0,3 1,0 0,5 Deve-se destacar que o risco médio é superior ao atingido em 2004, o que reflete a estratégia de aumentar a atividade de derivados estruturados, na qual o Grupo continua tendo um peso relativamente baixo. Relativamente ao VaR por fator de risco, em média, a exposição foi idêntica em renda fixa, renda variável e taxa de câmbio. Não obstante, é possível observar como o risco neste último evoluiu num intervalo mais largo que o restante. Isto é demonstrado no quadro seguinte: Derivados Estruturados. Risco (VaR) ano 2005 por fator de risco Milhões de euros Mínimo Médio Máximo Último VaR Total 0,6 2,4 6,9 2,4 Efeito Diversificação 0,0 (1,4) (2,7) (1,5) VaR Renda Fixa 0,2 1,3 2,6 1,4 VaR Renda Variável 0,1 1,3 2,5 1,2 VaR Taxa de Câmbio 0,2 1,3 4,2 1,2 Medidas de Calibração e Comparação Segundo as recomendações estabelecidas pelo BIS, para calibrar e controlar a eficácia dos sistemas internos de medição e gestão dos Riscos Financeiros, em 2005, o Grupo realizou regularmente as análises e testes de comprovação necessários, obtendo dos mesmos conclusões que permitem constatar a confiabilidade do modelo. 150

155 Gestão de Risco Backtesting carteiras negociação: resultados diários face valor em riscos dia anterior 30,0 P&L limpo VaR 99.00% VaR 95.00%ENV 20,0 Milhões de EUR 10,0 0,0-10,0-20,0-30,0 1 JAN JAN JAN FEV FEV MAR MAR ABR ABR MAI MAI JUN JUN JUL JUL JUL AGO AGO SET SET OUT OUT NOV NOV DEZ DEZ DEZ 2005 Análises de Cenários Em 2005, foram analisados cenários diferentes. A seguir constam os resultados a 31 de dezembro de 2005 de um cenário de máxima volatilidade, aplicando movimentos de seis desvios típicos nos diversos fatores de mercado nas carteiras de negociação. Cenário de máxima volatilidade O quadro seguinte apresenta, em 31 de dezembro de 2005, os resultados produzidos pelo fator de risco (Renda Fixa, Renda Variável e Taxa de Câmbio), face a um cenário em que se aplica uma volatilidade equivalente a seis desvios típicos numa distribuição normal: subidas das taxas de juros, baixas das bolsas e desvalorizações das moedas locais. Stress Test de máxima volatilidade Milhões de euros Renda Fixa Renda Taxa de Variável câmbio Volatilidade Total Total Negociação (107,7) (10,7) 1,5 3,4 (110,1) Europa (5,6) (2,9) (10,2) 2,8 (14,4) América Latina (94,2) (7,7) 14,3 1,3 (85,5) EUA (Nova Iorque) (7,8) (0,1) (2,5) (0,7) (10,1) movimentos de stress definidos neste cenário, de 110,1 milhões de euros, prejuízo que ficaria concentrado nas posições de renda fixa da América Latina. B.Gestão de Balanço B.1. Risco de Juros B.1.a. Europa No fim de dezembro de 2005, no balanço de moedas convertíveis a sensibilidade da margem financeira a um ano, face a subidas paralelas de 100 pontos base, é negativa em 615 milhões de euros, dos quais 70%, aproximadamente, correspondem ao Banco Santander. Esta posição global de riscos representa essencialmente a concentração de um maior volume de passivos no horizonte temporal de 12 meses face aos ativos que valorizam nesse mesmo prazo. Para esse mesmo cenário, a sensibilidade do valor face a subidas paralelas da curva em 100 pontos base chega, no final de 2005, a 55,6 milhões de euros. Este montante representa um risco líquido reduzido, devido principalmente à compensação entre unidades, embora cada uma delas individualmente também não mantenha posições de riscos importantes. Do resultado da análise, depreende-se que o prejuízo econômico que o Grupo sofreria nas carteiras de negociação, em termos de resultado Mark to Market (MtM), seria, supondo que teriam ocorrido no mercado os 151

156 Gap de vencimentos e reapreciações em 31 de dezembro de 2005 Gap estrutural Matriz-Holding em euros Milhões de euros Não sensível Até 1 ano 1-3 anos 3-5 anos Mais de 5 anos Total Mercado monetário e de títulos Investimento de crédito Outros ativos Total activo Mercado monetário e de títulos Credores Emissões e titularizações Recursos próprios e outros passivos Total passivo Gap balanço (675) (28.109) (5.946) (7.909) (8.719) Gap fora do balanço estrutural (1.208) (436) (241) Gap total estrutural (1.883) (19.357) (6.382) (8.150) Gap acumulado ---- (19.357) B.1.b. América Latina a) Análise quantitativa de Risco O risco de juros nas carteiras de Gestão de Balanço da América Latina, medido em termos de sensibilidade da margem financeira (NIM) a um ano de uma subida paralela de 100 pb da curva de taxas de juros, manteve-se, ao longo de todo o ano de 2005, em níveis baixos e movendo-se dentro de uma faixa estreita. Em termos de sensibilidade do valor, foi aumentando gradualmente na segunda metade do ano, principalmente, em conseqüência do aumento das posições em títulos públicos em moeda local no México e Brasil, para cobertura de eventuais perdas futuras de margem. Evolução Perfil de risco América Latina (Sensibilidade de NIM e MVE a 100 pb.) Milhões de EUR NIM 16,4 Janeiro 208,3 21,8 Março 213,7 MVE 11,3 Junho 283,6 21,3 315,5 Setembro 23,0 353,0 Dezembro No fim do dezembro, o consumo de risco para a região, medido em sensibilidade 100 pb do valor patrimonial, foi de 387 milhões de euros, enquanto o risco em margem financeira a 1 ano, medido em sensibilidade 100 pb deste, se situou em 22 milhões de euros. Perfil de Risco de Juros no fim do ano Nos quadros de gaps é a apresentada a descriminação por prazo do risco mantido na América Latina em dezembro de Gap em moeda local Milhões de euros Total 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos >3 anos Não sensível Ativo Passivo Fora do balanço (102) (4.658) 64 2 Gap 559 (9.421) (5.613) (5.624) 152

157 b) Distribuição Geográfica Gestão de Risco Gap em dólares Milhões de euros Total 0-6 meses 6-12 meses 1-3 anos > 3 anos Não sensível Ativo Passivo Fora do balanço (121) (202) Gap (559) (760) (1.188) 470 (315) Sensibilidade Margem Financeira. Para a totalidade dos países latino-americanos, o consumo em dezembro de 2005 é de 22 milhões de euros (sensibilidade da margem financeira em um ano a subidas de 100 pontos base), sendo a sua distribuição geográfica a apresentada no quadro seguinte. Sensibilidade Margem Financeira Brasil 60,4% Porto Rico 19,8% Venezuela 13,4% Chile 3,6% México 1,3% Argentina 1,0% Outros 0,5% Outros: Bolívia, Colômbia, Panamá e Uruguai. Observa-se que 80% do risco se concentra em dois países, Brasil e Porto Rico. O exercício de 2005 caracterizou-se por níveis muito baixos do risco da margem financeira, inclusive inferiores aos níveis médios registrados em Sensibilidade Valor Patrimonial. Para a totalidade dos países latino-americanos, o consumo em dezembro de 2005 é de 387 milhões de euros (sensibilidade do valor patrimonial a movimento paralelo de subida de 100 pontos base das taxas de juro), sendo a sua distribuição geográfica a apresentada no gráfico seguinte. Sensibilidade Valor Patrimonial México 28,4% Chile 26,2% Brasil 17,1% Porto Rico 16,8% Argentina 9,1% Venezuela 1,6% Outros 0,8% Outros: Bolívia, Colômbia, Panamá e Uruguai Aproximadamente 90% do risco de valor patrimonial estão concentrados em quatro países, México, Chile, Porto Rico e Brasil. O exercício de 2005 caracterizou-se por um aumento do risco patrimonial na segunda metade do ano em dois dos principais países da região, México e Chile, ao tomar paulatinamente posições para cobrir eventuais perdas futuras de margem, perante a expectativa de redução das taxas de intervenção. Como demonstra o gráfico anexo, o risco medido em termos de VaR de Gestão de Balanço, em dezembro de 2005, USD 99,3 milhões, concentra-se no México. Distribuição Risco Gestão do Balanço México 49,4% Brasil 22,3% Chile 16,1% Argentina 7,2% Porto Rico 2,9% Venezuela 2,1% B.2 Gestão Estrutural do Risco de Crédito O recente desenvolvimento dos instrumentos financeiros relacionados com o crédito e das metodologias de medição de riscos possibilitam a transmissão do risco de crédito. A área de Gestão Financeira analisa o risco de crédito global das diferentes carteiras que expõem o Grupo ao risco de crédito, propondo medidas para otimizar a sua criação de valor. A gestão ativa do crédito permite diversificar a carteira de crédito diminuindo as concentrações que, de forma natural, se produzem em conseqüência da atividade comercial. As medidas propostas englobam tanto a venda como a compra de ativos que envolvam diversificação para o conjunto da carteira de crédito do Grupo. B.3 Gestão da Liquidez Estrutural A gestão da liquidez estrutural visa financiar a atividade recorrente do Grupo em boas condições de 153

158 prazo e custo, e evitando assumir riscos de liquidez não desejados. O Grupo tem uma carteira diversificada de ativos líquidos ou liquidáveis a curto prazo, adequada às suas posições. Além disso, conta com uma presença ativa num conjunto amplo e diversificado de mercados de financiamento, limitando a dependência de mercados concretos e mantendo disponíveis vastas capacidades de recurso aos mercados. A gestão da liquidez estrutural envolve planejar as necessidades de recursos, estruturar as fontes de financiamento, otimizando a diversificação por prazos, instrumentos e mercados, bem como definir planos de contingência. Anualmente, é elaborado um plano de liquidez, partindo das necessidades de financiamento resultantes dos pressupostos do negócio. A partir das referidas necessidades de liquidez e levando em consideração os limites de recurso aos mercados de curto prazo, é estabelecido o plano de emissões e titularizações para o exercício. Ao longo do ano, realiza-se um acompanhamento periódico da evolução real das necessidades de financiamento que dá lugar às conseguintes atualizações do plano. Em 2005, o Grupo captou um total de 41 bilhões de euros em emissões de médio e longo prazo nos mercados de grandes clientes e foram realizadas titularizações de ativos no total de 13 bilhões de euros. Desta forma, o apelo de curto prazo no fim de 2005 se manteve nos mesmos níveis do final de Os bancos latino-americanos são autônomos em termos de liquidez, não se recorrendo a linhas da matriz para o financiamento da sua atividade. Cada banco realiza, assim, os seus próprios planos de liquidez e de contingência, sem recorrer ao financiamento do Grupo. Os riscos cross border e de reputação resultantes do financiamento externo são limitados e autorizados pela matriz. Ao contrário do que acontece com a área de moedas convertíveis, a atividade comercial dos bancos da América Latina é excedente em recursos, pelo que não exige financiamento estrutural generalizado dos mercados. O controle e a análise do risco de liquidez são realizados com o objetivo de garantir que o Grupo mantenha níveis aceitáveis de liquidez para cobrir as suas necessidades de financiamento no curto e no longo prazo, em situações normais de mercado. São também realizadas diferentes análises de cenários onde se incluem as necessidades adicionais que puderem surgir face a eventos diferentes. Desta maneira pretende-se cobrir todo um espectro de situações onde, com maior ou menor probabilidade, o Grupo possa encontrar-se e se preparar para as mesmas. C. Risco de Taxa de Câmbio Estrutural / Cobertura de Resultados O risco da taxa de câmbio estrutural resulta das operações do Grupo em divisas, que incluem principalmente os investimentos financeiros permanentes, os resultados e dividendos dos referidos investimentos. A gestão do risco de câmbio é dinâmica, tratando-se de limitar o impacto nos recursos próprios, das desvalorizações das moedas, otimizando o custo financeiro das coberturas. Relativamente à gestão do risco de câmbio dos investimentos permanentes, a política geral é financiá-los na moeda do investimento sempre que a profundidade do mercado o permita e que o custo se justifique com a desvalorização esperada. São também realizadas coberturas pontuais sempre que se considere que uma divisa local pode se desvalorizar face ao euro com uma rapidez mais significativa do que o mercado está descontando. Em dezembro de 2005, a única posição significativa aberta ao risco de câmbio foi o investimento no capital do Brasil, por, aproximadamente, 2,7 bilhões de euros. Adicionalmente, gere-se o risco de câmbio dos resultados e dividendos esperados do Grupo nas unidades cuja moeda base não seja o euro. As unidades locais gerem o risco de câmbio entre a moeda local e o dólar, que é a divisa de orçamento na área. A Gestão Financeira a nível consolidado é responsável, por sua vez, pela gestão do risco entre o dólar e o euro. 5. Risco Operacional 5.1 Definição e objetivos O Risco Operacional se define, no âmbito do Grupo Santander, como "o risco de prejuízo resultante de deficiências ou falhas dos processos internos, recursos humanos ou sistemas, ou resultante de circunstâncias externas. São acontecimentos que têm uma causa original puramente operacional, o que os diferencia dos riscos de mercado ou de crédito. O objetivo do Grupo em matéria de controle e gestão do Risco Operacional está centrado na identificação, avaliação, atenuação e acompanhamento deste risco. A maior exigência para o Grupo é, assim, identificar e eliminar focos de risco independentemente de ter ou não havido prejuízos. A medição contribui igualmente para a gestão, permitindo que sejam estabelecidas prioridades e hierarquizadas decisões. Para o cálculo do capital regulatório BIS II por risco operacional, o Grupo Santander considerou conveniente optar, em princípio, pelo Método Padrão, mas não se 154

159 Informação Divulgação de resultados Melhores Práticas Treinamento Relatório a reguladores e Direção do Grupo Medição/ Quantificação Estabelecer metodologia para a medição do Capital Identificação Inventário de fontes de risco operacional Riscos Acompanhamento Base de Dados Auto-avaliações Indicadores Medidas de atenuação Avaliação do Risco Operacional Bases de Dados: Impacto e freqüência Custo Contábil Auto-avaliações e indicadores Mitigação Medidas corretoras Controles Transferência e seguros Eliminação Gestão de Risco descarta no futuro aceder ao Modelo Interno. Tudo isso em função das seguintes avaliações: 1.Prioridade da mitigação na gestão diária do risco operacional. 2. Uma boa parte dos fundamentos básicos de um Modelo Interno já está incluída no Modelo Padrão e na gestão do risco operacional no Grupo Santander 5.2 Modelo de gestão A estrutura organizacional do risco operacional no Grupo Santander está baseada no seguintes princípios: - A função de avaliar e controlar este tipo de risco compete à Divisão de Riscos. - A Unidade Central que supervisiona os riscos operacionais, dentro da Divisão de Riscos, é responsável pelo programa corporativo global da Instituição. - A estrutura efetiva da gestão do risco operacional baseiase no conhecimento e experiência dos diretivos e profissionais das diversas áreas/unidades do Grupo, dando relevância fundamental ao papel dos Coordenadores responsáveis pelo Risco Operacional, elementos chave neste marco organizacional. Este marco satisfaz os critérios qualitativos contidos no Novo Acordo de Capitais de Basiléia (documento BIS II revisto em junho de 2004), tanto para Métodos Padrão como de Medição Avançada (assim como no documento CEBS - Expert Group on Capital Requirements Directive- de junho de 2005 ). Na mesma linha, a Auditoria Interna mantém a sua independência em relação à gestão do risco operacional, sem prejuízo da sua revisão efetiva sobre a estrutura de gestão nesta matéria. As principais vantagens da estrutura de gestão escolhida pelo Grupo Santander são: Gestão integral e efetiva do risco operacional (identificação, avaliação, acompanhamento, controle/atenuação e notificação). Melhora o conhecimento dos riscos operacionais e sua atribuição às linhas de negócio e de suporte. A recompilação de dados sobre os prejuízos permite a quantificação do risco operacional tanto para o cálculo do capital econômico como regulatório. A informação sobre o risco operacional ajuda a melhorar os processos e controles, reduzir os prejuízos e a volatilidade das receitas. 5.3 Implantação do modelo: Iniciativas globais e resultados O Departamento Corporativo de Gestão e Controle do Risco Operacional na Divisão de Riscos foi constituído e está em funcionamento desde Desde então, as principais funções, atividades desenvolvidas e iniciativas globais adotadas pelo mesmo podem ser resumidas do seguinte modo: Relatórios periódicos à Alta Direção e desenvolvimento de Normas Internas. Designação de Coordenadores Responsáveis e criação de Departamentos de RO locais. Treinamento e intercâmbio de experiências 155

160 Concepção e Implantação de Ferramentas Qualitativas e Quantitativas de RO. Conciliação de Bases de Dados de Prejuízos - Contabilidade. Desenvolvimentos para a Captura Automática de Eventos a partir dos Sistemas Contábeis. Promoção de Planos de Atenuação e Comunicação de Melhores Práticas. Desenvolvimento da Ferramenta Corporativa de Risco Operacional em ambiente Web. Colaboração com a Área de Compras na gestão de seguros bancários relacionados com o risco operacional (apólices BBB, Danos, Responsabilidade Civil e Vida). Cálculo do Capital pelo Método Padrão e avanços na metodologia para o Modelo Interno. A implantação do Projeto nas diversas entidades que constituem o Grupo Santander teve início em Presentemente, a totalidade das unidades do Grupo está integrada no Projeto com um elevado grau de homogeneidade. Não obstante, o diferente ritmo de implantação, fases, calendários e a profundidade histórica das respectivas bases de dados é traduzido em diferenças no nível de avanço entre os diversos países. Com caráter geral: - São recebidas bases de dados classificadas de erros e incidências operacionais com periodicidade mensal. A base de dados própria do Grupo acumula, desde o seu estabelecimento, um total eventos, sem cortes, isto é, sem exclusões em razão do montante, tanto com impacto contábil (incluindo impactos positivos) como nãocontabil. - São recebidos e analisados questionários de auto-avaliação preenchidos por quase todas as unidades do Grupo. - Há Indicadores de Risco Operacional, definidos e atualizados periodicamente pelas principais unidades de gestão. - São designados coordenadores em áreas de negócio e suporte, em número suficiente. - São identificados e analisados os acontecimentos mais importantes e mais freqüentes, com adoção de medidas de atenuação que, em casos significativos, são divulgadas às restantes unidades do Grupo como guia de Melhores Práticas. - São realizados processos de conciliação de bases de dados com contabilidade. No que se refere às Bases de Dados de Eventos, consolidando a informação total recebida, a imagem do risco operacional no Grupo Santander ficaria refletida nos seguintes gráficos: Distribuição do montante e freqüência de eventos por categoria (Exercício 2005) Montante eventos Freqüência eventos 60% 50% 53,2 40% 30% 36,9 27,5 32,5 20% 10% 0% 4,2 0,3 1,6 15,2 14,5 1,0 2,0 0,2 0,8 10,2 I - FRAUDE INTERNA II - FRAUDE EXTERNA III - PRÁTICAS DE EMPREGO SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO IV - PRÁTICAS COM CLIENTES, PRODUTOS E NEGÓCIO V - DANOS EM ATIVOS FÍSICOS VI - INTERRUPÇÃO DO NEGÓCIO E FALHAS NOS SISTEMAS VII - EXECUÇÃO, ENTREGA E GESTÃO DOS PROCESSOS (1) A freqüência de eventos inclui eventos com e sem impacto contábil 156

161 Distribuição do número de eventos por categorias (Exercício 2005) 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Eventos sem impacto contábil 0,0 0,6 I - FRAUDE INTERNA 1,2 52,8 II - FRAUDE EXTERNA Eventos com impacto contábil 2,8 0,4 III - PRÁTICAS DE EMPREGO, SAÚDE E SEGURANÇA NO TRABALHO 21,3 7,4 3,8 1,4 0,1 0,3 IV - PRÁTICAS COM CLIENTES, PRODUTOS E NEGÓCIO V - DANOS EM ATIVOS FÍSICOS VI - INTERRUPÇÃO DO NEGÓCIO E FALHAS NOS SISTEMAS 89,6 18,3 VII - EXECUÇÃO, ENTREGA E GESTÃO DOS PROCESSOS Gestão de Risco Distribuição do montante e freqüência de eventos por segmentos (Exercício 2005) Número de eventos Montante de eventos 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 75,6 8,6 19,0 17,7 8,5 3,2 3,3 41,4 0,1 22,5 < EUROS > e <= EUROS > e <= EUROS > e <= EUROS > EUROS Quanto aos questionários de auto-avaliação, expõem-se a seguir, como exemplo da sua aplicação prática no Grupo Santander, os resultados consolidados obtidos para o Santander Totta: Santander Totta: questionários de auto-avaliação de risco operacional Perguntas gerais Média Todas Média Áreas Média Áreas as Áreas de Negócio de Suporte Atribuição Categoria Impacto Impacto Impacto Produto Acontecimento RO Cobertura RO Cobertura RO Cobertura Total I- Fraude Interna 3,04 2,36 3,05 2,28 3,04 2,38 7 II- Fraude Externa 2,89 2,17 3,00 2,50 2,88 2,11 6 III- Práticas de emprego, saúde e segurança no trabalho 3,19 2,50 3,31 2,71 3,12 2,45 8 IV- Práticas com clientes, produtos e de negócios 3,61 2,26 3,63 2,50 3,55 2,21 8 V- Danos em ativos físicos 3,20 3,35 2,63 3,00 3,33 3,42 11 VI- Interrupção do negócio e falhas nos sistemas 3,46 2,53 3,30 2,61 3,46 2,51 9 VII- Execução, entrega e gestão dos processos 3,21 2,35 3,12 2,41 3,19 2,33 8 Média total 3,23 2,50 3,15 2,57 3,22 2,

162 Santander Consumer Finance Espanha: questionários de auto-avaliação de risco operacional Dezembro 2005/ Por área ÍNDICE R.O Média Grupo Santander Consumer Finance Espanha Rede Generalista Regionais Rede Especializada Riscos e Recuperações Tecnologia Reintegrações Administração Portugal Konecta Net Accordfin Além disso, o gráfico anterior é uma comparação dos resultados médios obtidos pela Santander Consumer Finance em cada uma das área/unidades em que os questionários foram preenchidos. Durante o exercício de 2005, o Departamento Corporativo de Risco Operacional desenvolveu um sistema de Informação e Gestão Integral de Risco Operacional (IGIRO), atualizado trimestralmente, que consolida a informação disponível de cada país/unidade no âmbito do RO, pelo que se tem uma visão integral com as seguintes características: Dois níveis de informação: uma corporativa e outra individualizada para cada país/unidade. Permite, por meio da manutenção de uma base de dados de eventos e medidas atenuadoras, a difusão das melhores práticas entre os países/unidades do Grupo Santander. Esta ferramenta recolhe informação sobre os seguintes aspectos: Modelo de Gestão de RO no Grupo Santander Recursos Humanos e Perímetro de ação Análise da Base de Dados de Erros e Incidências Custo do Risco Operacional e Conciliação Contábil Questionários de Auto-avaliação Indicadores Medidas Atenuadoras /Gestão Ativa Planos de Contingência Marco regulatório: BIS II Seguros Outras Atividades do Departamento de RO Próximos passos. Esta informação serve de base para cumprir as necessidades de reporting à Alta Direção (Comissão Delegada de Riscos, entre outros), reguladores etc. 5.4 Projeto BIS II - Ferramenta Corporativa de Risco Operacional No contexto do Projeto BIS II desenvolvido no Grupo Santander, o Departamento de Risco Operacional está trabalhando, junto com a área de Tecnologia, na concepção e implantação de uma ferramenta corporativa de risco operacional que, num ambiente web, integre os diversos instrumentos de gestão utilizados até o atual momento, por meio de aplicações locais, nas diferentes unidades gestoras de risco operacional. A ferramenta corporativa está sendo desenvolvida em várias fases e módulos, começando, num primeiro momento, por satisfazer os requisitos básicos de gestão e, posteriormente, acrescentando outras funções mais avançadas. Os módulos fundamentais desta ferramenta são os seguintes: 158

163 Administração e Segurança Módulos básicos Gestão de Risco Questionários de Auto-avaliação Indicadores de Risco Base Dados de Erros Outros Módulos Motor de Cálculo Interno Mitigação Gestão Modelo Seguros Relatórios Executivos Motor de Cálculo Externo A seguir, descrevem-se resumidamente algumas das características básicas de cada módulo: Base de Dados de Eventos: é o módulo cujo desenvolvimento se encontra mais avançado, estando já de fato implantado em alguma instituição do Grupo. Permite a captura automática de eventos de RO a partir dos sistemas contábeis (SGO, para entidades no ambiente Partenón) e a captura manual. Também permitirá às instituições com ambientes Partenón um acesso comum via Web. Questionários de Auto-avaliação: este módulo inclui tanto Questionários Gerais como Específicos, assim como diferentes tipos de perguntas qualitativas e quantitativas que avaliam o risco operacional no presente e no futuro Indicadores de Risco: neste módulo são capturados, por via de alimentação automática ou manual, Indicadores de Atividade e Indicadores de Controle, todos eles geridos sob um formato comum. Atenuação: a sua principal utilidade é a gestão centralizada e integrada das medidas corretoras. São capturadas as perguntas, indicadores ou eventos/tipos de acontecimento da Base de Dados de Eventos que passem de um determinado limiar (pontuações ou limites). Gestão do Modelo e Informação Financeira: permite a gestão dinâmica da informação do modelo: seleção da informação, ponderações, cenários, impacto de medidas corretivas. Seguros: inclui informação básica associada aos Seguros contratados por cada instituição, permitindo a sua ligação à Base de Dados de Eventos. 6. Risco de Reputação O Grupo Santander, em todas as áreas da sua organização, considera a função do risco das suas atividades como um aspecto essencial na sua atuação. Os principais elementos em que se sustenta a gestão deste risco são: 6.1 Comitê Global de Novos Produtos (CGNP) É obrigatório que todos os novos produtos ou serviços que qualquer instituição do Grupo Santander pretenda comercializar sejam submetidos a este Comitê para sua aprovação. Em 2005, o Comitê realizou 13 sessões em que foram analisados 126 produtos ou famílias de produtos. Em cada país onde esteja uma instituição do Grupo Santander é criado um Comitê Local de Novos Produtos. Este Comitê, depois de tramitado um novo produto ou serviço de acordo com o procedimento, deverá solicitar ao Comitê Global de Novos Produtos a sua aprovação. Na Espanha, a figura do Comitê Local de Novos Produtos recai no próprio Comitê Global de Novos Produtos. As áreas que participam no Comitê Global de Novos Produtos são: Assessoria Fiscal, Assessoria Jurídica, Atendimento ao Cliente, Auditoria Interna, Banco Comercial, Banco Corporativo Global, Banco Privado Internacional, Intervenção Geral, Operações Financeiras e Mercados, Operações e Serviços, Organização, Prevenção contra a Lavagem de Capitais, Riscos Banco de Grandes Clientes Global, Risco de Crédito, Riscos Financeiros, Risco Operacional, Tecnologia, Tesouraria Global e, por último, a unidade proponente do novo produto ou o Comitê Local de Novos Produtos. 159

164 Antes do lançamento de um novo produto ou serviço, as referidas áreas, assim como, caso se aplique, outros peritos independentes que se considere necessários para avaliar corretamente os riscos assumidos, analisam exaustivamente os aspectos que possam ter uma implicação no processo, manifestando a sua opinião sobre a comercialização do produto ou serviço. O Comitê Global de Novos Produtos, considerando a documentação recebida, depois de verificar que são cumpridos todos os requisitos para a aprovação do novo produto ou serviço e tendo em conta as diretrizes de risco estabelecidas pela Comissão Delegada de Riscos do Grupo Santander, aprova, rejeita ou estabelece condições para o novo produto ou serviço proposto. O Comitê Global de Novos Produtos especialmente considera a adequação do novo produto ou serviço ao cenário em que será comercializado ( suitability ). Para isso, dá especial atenção a: - Que cada produto ou serviço seja vendido por quem saiba como proceder vendê-lo. - Que o cliente saiba no que investe e o risco que envolve o produto ou serviço que contrata e que isso possa ser comprovado documentalmente. - Que cada produto ou serviço seja vendido onde possa ser vendido, não só por razões de natureza legal ou fiscal, isto é, do seu enquadramento no regime legal e fiscal de cada país, mas também na atenção à cultura financeira do mesmo. - Que ao ser aprovado um produto ou serviço se fixe o limite máximo que, no que se refere a seu montante, pode ser vendido em cada país. 6.2 Manual de Procedimentos de Comercialização de Produtos Financeiros Este Manual é aplicado pelo Banco Santander na comercialização varejista de produtos financeiros na Espanha. O objetivo do Manual consiste em melhorar a qualidade da informação posta à disposição dos investidores e procurar a compreensão por parte dos mesmos das suas características, rentabilidade e risco. O Manual estabelece a segmentação dos clientes em três categorias, que inicialmente coincidem com o do Banco Privado, Banco Pessoal e Banco de Particulares. Paralelamente, os produtos são segmentados em três categorias: verde, vermelho e amarelo, em função da sua complexidade e das garantias que oferecem para recuperar o capital e obter uma certa rentabilidade. Este Manual versa sobre produtos financeiros de poupança que são comercializados aos clientes varejistas, pessoas físicas, como, por exemplo, participações em fundos de investimento e ações objeto de colocação pública. Porém, o Comitê Global de Novos Produtos poderá incluir outros no âmbito do Manual de Procedimentos. Em 2005, os produtos de Seguro-Investimento foram incluídos no âmbito de Aplicação do Manual. Em 2005, foram apresentados para sua aprovação 75 produtos sujeitos ao referido Manual. Embora a grande maioria dos produtos apresentados sejam Fundos de Investimento, também se autorizou a comercialização de outras categorias de produtos como warrants, produtos de cobertura, participações preferenciais e ofertas públicas de venda e/ou subscrições. Destes 75 produtos, 25 foram novos produtos apresentados ao Comitê Global de Novos Produtos e 50 foram produtos já disponibilizados, apresentados à Seção do Manual (órgão específico criado para zelar pela implantação do Manual, integrada na Direção de Cumprimento). A categorização destes 75 produtos é a seguinte: 30 foram classificados como produtos verdes (40%), 30 como produtos amarelos (40%) e 15 como produtos vermelhos (20%). A seção do Manual informou pontualmente a Comissão Nacional do Mercado de Valores sobre os produtos aprovados. Na prática, a implantação do Manual exige: (I) ser rigorosos na utilização da documentação comercial na documentação contratual, e (II) dar atenção ao segmento a que pertence o cliente antes de lhe oferecer o produto. 6.3 Comissão Delegada de Riscos A Comissão Delegada de Riscos, como órgão máximo da gestão global do risco e de todo o tipo de operações bancárias, avalia o risco de reputação no seu campo de atuação e decisão. 7. Atividades de treinamento em Riscos Os objetivos da Escola Corporativa de Riscos são os seguintes: - Contribuir para a consolidação da cultura e políticas corporativas de Riscos no Grupo. - Garantir a adequação e o desenvolvimento de todos os profissionais de Riscos, com critérios homogêneos. - Criar uma fonte de profissionais de Riscos. - Contribuir para potencializar a liderança e gestão do talento dos diretores e profissionais de elevado potencial de Riscos do Grupo. - Garantir o alinhamento dos programas às exigências da função de Riscos e aos objetivos de negócio. Assim, por exemplo, em 2005, foi registrado um total de horas ministradas a participantes. 160

165 Relatório de Auditoria e Contas Anuais Consolidadas Relatório de Auditoria Contas Anuais Consolidadas 164 Relatório de Gestão 282

166 Relatório de Auditoria e Contas Anuais Consolidadas Responsabilidade pela informação O Conselho de Administração do Banco expressamente assume a função de supervisão geral das operações do Grupo, exercendo direta e intransferivelmente as responsabilidades que competem à referida função. Ao Comitê de Auditoria e Conformidade (Compliance) do Conselho caberão, entre outras, as seguintes funções nas áreas de informação, controle contábil e avaliação do sistema de compliance: 1. Apresentar relatório, por meio de seu Presidente ou Secretário, em Assembléia Geral Ordinária sobre quaisquer assuntos de interesse levantados pelos acionistas e que sejam matéria da alçada do Comitê. 2. Propor a nomeação dos auditores, os termos e condições da contratação, o escopo do trabalho e, se for o caso, a revogação ou não renovação da contratação. 3. Revisar as demonstrações financeiras do Banco e as demonstrações financeiras consolidadas do Grupo, fiscalizando o cumprimento das exigências legais e a correta aplicação dos princípios contábeis geralmente aceitos. 4. Servir de canal de comunicação entre o Conselho de Administração e os auditores e avaliar os resultados de cada exame de auditoria e as respostas da Administração às suas recomendações. 5. Tomar conhecimento do processo de elaboração de informações financeiras e dos sistemas de controle interno. 6. Monitorar quaisquer situações que possam colocar em risco a independência dos auditores e, particularmente, verificar quanto representa sobre a receita total da firma de auditoria, em termos percentuais, os honorários profissionais que lhes são pagos, sob todos os aspectos. Referidos honorários devem ser informados publicamente. 7. Revisar, anteriormente à divulgação, as informações financeiras periódicas fornecidas pelo Banco e o Grupo aos mercados e aos órgãos de fiscalização, certificando-se de que as informações são elaboradas de acordo com os mesmos princípios e práticas aplicados às demonstrações financeiras. 8. Verificar a observância do Código de Conduta do Grupo com relação aos mercados de títulos e valores mobiliários, aos manuais e procedimentos de prevenção à lavagem de dinheiro e, em geral, às regras de governança do Banco, submetendo as propostas necessárias para melhoria. Para tais fins, deverá o Comitê de Auditoria e Compliance reunir-se sempre que julgar necessário (desde que, no mínimo, quatro vezes ao ano) com os responsáveis pelas áreas de negócio do Grupo, assim como com os profissionais encarregados das áreas de suporte e gestão de risco, especialmente com a Controladoria e a Auditoria Interna do Banco e do Grupo, e com os auditores externos, para analisar seus relatórios e recomendações. Nossos auditores externos, da organização mundial Deloitte, examinam anualmente as demonstrações financeiras de praticamente todas as empresas que integram o Grupo Santander, com o objetivo de emitir seu parecer profissional sobre as mesmas. Os auditores externos são regularmente informados de nossos controles e procedimentos, definem e aplicam testes de auditoria com total liberdade e dispõem de livre acesso ao Presidente, ao Segundo Vice-Presidente e Diretor Executivo e aos demais Vice- Presidentes do Conselho de Administração do Banco, para apresentar suas conclusões e discutir suas recomendações visando melhorar a eficiência dos sistemas de controle interno. O Presidente do Comitê de Auditoria e Compliance reúne-se periodicamente com os auditores externos no intuito de garantir a efetividade de seus exames e analisar possíveis situações que poderiam comprometer sua independência. Neste sentido, consoante as mais avançadas práticas de transparência nas informações submetidas à apreciação dos acionistas (conforme descrito na Nota 50 às demonstrações financeiras consolidadas), informa-se por meio deste que os honorários incorridos pelo Grupo com os exames de auditoria das demonstrações financeiras realizados pela organização mundial Deloitte corresponderam, no exercício de 2005, a 15,8 milhões de euros (15,9 milhões de euros no exercício de 2004), e ao montante de 3,9 milhões de euros (4,1 milhões de euros em 2004) para outros relatórios exigidos pelas normas legais e tributárias expedidas pelos órgãos nacionais de fiscalização dos países em que o Grupo atua, revisados pela organização mundial Deloitte. Adicionalmente, no exercício de 2005 foram incorridos honorários de 5,4 milhões de euros com relação à auditoria de controles internos, realizada de acordo com as exigências da Lei Sarbanes-Oxley, dos EUA, de cumprimento obrigatório pelo Grupo no exercício de Visando facilitar a análise das situações que possam comprometer a independência dos auditores tanto do ponto de vista quantitativo como qualitativo, seguem abaixo informações importantes sobre os critérios estabelecidos no Painel O'Malley e em outros documentos internacionais relevantes para avaliar a efetividade da prática de auditoria externa: 1. A relação entre o montante faturado por nosso principal auditor no tocante a serviços outros que não de atestação (5,1 milhões de euros) e os honorários referentes a exames de auditoria das demonstrações financeiras e outros relatórios exigidos por lei correspondeu a 0,2 no exercício de 2005 (0,23 em 2004). A título de referência, e de acordo com as informações disponíveis sobre as principais instituições financeiras do Reino Unido e dos Estados Unidos cujas ações são negociadas em mercados organizados, os honorários anuais que, em média, foram pagos pelas referidas instituições a seus auditores por serviços outros que não de atestação no exercício de 2004 corresponderam a cerca de 0,27 vezes os honorários percebidos por serviços de auditoria. Os serviços contratados de nossos auditores cumprem os requisitos de independência estatuídos pela Lei no. 44/2002, de 22 de novembro, sobre as Medidas de Reforma do Sistema Financeiro, bem como os estabelecidos pela Lei Sarbanes-Oxley de 2002 adotada pela Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos SEC e pelo Regulamento do Conselho de Administração do Banco. 2. Importância relativa dos honorários gerados por um cliente em relação aos honorários totais da firma de auditoria: o Grupo adotou a política de não contratar firmas de auditoria se os honorários a serem pagos às firmas de auditoria pelos serviços prestados excedessem 2% de sua receita total. O montante faturado pela organização mundial Deloitte é inferior a 0,15% de sua receita total. No caso da Espanha, tal quociente é inferior a 1,4% da receita líquida de nossa principal firma de auditoria. Em vista do todo o exposto, o Comitê de Auditoria e Compliance entende que não existem razões objetivas que permitam questionar a independência de nossos auditores. * * * * * As demonstrações financeiras consolidadas contidas no presente Relatório Anual são apresentadas de acordo com as Normas Internacionais de Relato Financeiro adotadas pela União Européia, tendo sido obtidas com base nas demonstrações elaboradas pelos conselheiros do Banco Santander Central Hispano, S.A. a partir dos registros contábeis do Banco e de suas subsidiárias e coligadas. As demonstrações financeiras consolidadas aqui apresentadas diferem daquelas cuja emissão foi autorizada pelo conselho apenas com relação ao fato de que os Anexos I, II e III contidos no presente Relatório Anual incluem as empresas mais significativas que integram o Grupo, enquanto os Anexos às demonstrações financeiras consolidadas colocadas à disposição de todos os acionistas desde a data de convocação da Assembléia Geral Ordinária compreendem todas as empresas do Grupo. As demonstrações financeiras consolidadas cuja emissão foi autorizada pelo conselho serão submetidas à aprovação da Assembléia Geral Ordinária.

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