(a) Os recorrentes discordaram do despejo da habitação sita na, que lhes foi imposto pela sentença recorrida, favorável à Ap.a.

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PN ; Ap: TC Porto, 4ª Vara () Em Conferência no Tribunal da Relação do Porto I. INTRODUÇÃO:

Transcrição:

PN 442.021; Ap.: Tc. S.J. Madeira, 4º J. (1043.00); Ap.es2: Ap.a3:. Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto I. Introdução: (a) Os recorrentes discordaram do despejo da habitação sita na, que lhes foi imposto pela sentença recorrida, favorável à Ap.a. (b) Da sentença de 1ª instância:...dúvidas não restam que tem pleno cabimento a pretensão d eduzida pela A. ao pretender resolver o contrato de arrendamento com vista ao consequente despejo dos RR, uma vez que deu de arrendamento ao R. marido a habitação em causa pelo facto deste ser trabalhador da empresa, tendo sido pois a prévia existência do contrato de trabalho estabelecido entre ambas as partes que deu origem ao contrato de arrendamento, e ficando igualmente pro vado que o arrendatário deixou de prestar ao senhorio os serviços pessoais determinativos da ocupação do locado. II. Matéria assente: 1 Vistos: Des. Paiva Gonçalves (1454); Des. Marques Peixoto (1482). 2 Adv.: 3 Adv.:. 1

(1) Desc. C. Reg. P. S.J. Madeira: nº 02922/281094, o prédio urbano, Avª casa de R/C destinada a comércio, 1º e 2º andares, com duas moradias cada e logradouro s.c. 360 m2; logradouro 20 m2; N. s; ; Nasc. ; Po. Júnior; insc. mat. art. 1935; e inscrição de aquisição em favor da A. (Ap. 25/030860); (2) A A. dedica-se à indústria de transportes públicos rodoviários de mercadorias; (3) No exercício dessa actividade a A. admitiu o R. ao ser serviço; (4) O contrato de trabalho entre a A. e R. cessou com a reforma por velhice, 88.04.20, tendo este continuado ao serviço até 01.93; (5) Em 08.60 a A. arrendou aos RR o 1º andar Esq. do imóvel (1), mediante renda mensal de Pte 250$00; (6) Renda essa qu e se manteve até à reforma do R.; (7) Descontada durante anos no seu ordenado; (8) Após a cessação do contrato de trabalho, os RR continuaram a habitar o arrendado; (9) Situação que se mantém; (10) Por carta registada c. A/R, 00.01.17, enviada pela A. aos RR, solicitou- lhes que lhe fosse entregue o arrendado 30 dias após a recepção; (11) Aquela carta foi recebida pelos RR, 00.01.18; (12) Em 00.02.23, o R. enviou uma carta à A. onde refere nomeadamente: o meu firme propósito é manter arrendado o espaço que há décadas ocupo como inquilino; (13) O R. depositou na C GD a quantia de Pte 56 225$00 relativa a todas as rendas, acrescidas de 50% de indemnização, respeitantes aos meses de 04/12.88, 01./12.89, 01./12.90, 01./12.91, 01./12.92, 01./12.93, 01./12.94, 01./12.95, 01./12.96, 01./12.97, 01./12.98, 01./12.99, 01./10.2000, invocando o art. 22 da Lei do Arrendamento Urbano, por motivo da instauração [da presente acção]; 2

(14) Em 06.11.00, depositou Pte 250$00; em 00.12.04, Pte 250$00; em 01.01.02, Pte 250$00; em 01.02.01, Pte 250$004; (15) O R. foi admitido ao serviço da A. pelo menos desde 57.01.01; (16) O R. exerceu ao serviço da A. as funçõ es inerentes à categoria profissional de chefe de tráfego, pela qual estava classificado; (17) A A. pretende proceder à avaliação do imóvel em causa; (18) Bem como proceder à sua dação em cumprimento ao Estado; (19) A A. deu de arrendamento a habitação em causa ao R. marido pelo facto de este ser trabalhador dela; (20) Foi a prévia existência do contrato de trabalho celebrado entre A. e R. marido que deu origem ao contrato de arrendamento; (21) O R. prestou serviço à A. em Lisboa, tendo entretanto sido transferido para S.J. Madeira; (22) O R. marido exerceu funções de chefe de movimento, assim se encontrando classificado. III. Cls./Alegações: (a) O contrato de tr abalho fo i celebrado apenas entre a A. e o R, marido; (b) O contrato de arrendamento foi no entanto celebrado entre a A., o R. marido e a R. mulher; (c) Ora, sendo vários os compartes arr endatários, a eventual existência de fundamento em relação a um deles, não acarreta a resolução do contrato de arrendamento em relação aos restantes; (d) E inexistem em absoluto quaisquer fundamentos para a resolução do contrato de arrend amen to em relação à R, mulher,, que é comparte arrendatária; (e) Deve a sentença recorrida ser revogada e substituída por absolvição do pedido. 4 Co nstam do processo, depois: em 01.03.05, Pte 250$00; 01.04.02, Pte 250 $00 ; em 01.05.02, Pte 250$00; em 01.06.01, Pte 2 50$00; em 01.07.02, Pte 250$00; em 0 1.08.01, Pte 250$00; em 01.09.03, Pte 3

IV. Contra-alegações: (a) Não são indicadas nas alegações as normas jurídicas violadas; (b) A A. deu de arrendamento a habitação em causa ao R. marido, pelo facto deste ser seu trabalhador; (c) E foi a prévia existência do contrato de trabalho que deu origem ao contrato de arrendamento; (d) A posição de arrendatário não se transmite; (e) E a questão ora levantada é nova: não pode ser apreciada em sede de recurso; (f) Deve ser mantida a sentença de 1ª instância. V. Recurso: foi julgado nos termos do art. 705 CPC, com a seguinte sequência: (a) Resulta da matéria provada que o arrendamento em crise foi feito a marido e mulher, os RR; mas só o varão é que era empregado da A; com base nesta circunstância, aliás invocada na p.i.5 pela recorrida, vieram os recorrentes criticar a sentença de despejo, aduzindo que o motivo válido de resolução do contrato quanto a um dos arrendatários, se não fosse possível estendê-lo ao outro não autorizava a revogação; (b) Entretanto, nas contra-alegações foi feito um ataque a esta posição, invocados os motivos d e (i) não ter sido citado o preceito legal na qual tivesse base e (ii) tratar-se de questão nova, arredada por isso do conhecimento do tribunal de recurso. 250$00; em 01.10.02, Pte 2 50$00; e, 01.11.01, Pte 250$00; em 01.12.03, Pte 250$00; em 02.01.02, 1,25; em 02.02.01, 1,25; em 02.03.01, 1,25; em 02.04.02, 1,25. 5 Petição Inicial:... A) Aspectos de facto... 7. Em 08.60, a A. arrendou aos RR [ e esposa ] o 1º andar Esq. do imóvel [em causa], mediante a renda mensal de Pte 250$00.... 4

Respondendo desde logo a estas duas objecções, foi dito que não era impositiva, neste caso, a alegação da base legal recursiva e que não se tratava de questão nova, mas de uma crítica de direito fundada na matéria assente: existia em potência na causa tal e qual foi debatida e julgada; por outro lado, tratando-se de problema que incidia sobre a interpretação das normas aplicáveis à solução do litígio, a parte contrária não tinha sido colhida de surpresa vez alguma, em primeiro lugar, porque fora ela própria quem tinha alegado tratar-se aqui de um contrato passado a dois inquilinos, em segundo lugar, justamente porque tinha podido responder-lhe nas contra-alegações. (c) Tomando em consideração depois o mérito do recurso, pareceu que na verdade os Ap.es tinham razão: tratava-se aqui de um contrato de arrendamento para habitação da R. mulher, que não era de todo em todo empregada da A; e nem se diria que pela circunstância de ser casada com um chefe de tráfego da empresa deixava de ter autonomia completa, considerada a base negocial de que emergiu o arrendamento; na verdade, o contrato de trabalho foi apenas celebrado com o marido, e a A. não alegou que a R. mulher tivesse conhecido sequer, aceite e porta nto se tivesse comprometido com os motivos que levaram a senhoria a celebrar o arrendamento com o varão. Permanecia por conseguinte, neste litígio, como elemento singular e desligado da problemática trazida à discussão pela recorrida, verdadeiramente res inter allios acta. (d) Ora, no caso de arrendamentos para habitação tout court não é permitida a cessação do contrato por simples interesse e conveniência do senhorio, consoante resulta dos arts. 64, 68/2 e 69 RAU; por conseguinte, procedeu a Apelação. (e) Tudo visto, e os preceitos citados, foi revogada a sentença de 1ª instância: determinada a absolvição dos RR do pedido. (f) As Custas deveriam correr pela Ap.a, sucumbente. 5

VI. Reclamação do MP, quanto a custas: (a) Foi concedido provimento ao recurso e, em consequência, foi revogada a sentença recorrida, para em sua substituição virem os RR a ser absolvidos do pedido; (b) Quanto às custas: custas pela Ap.a, sucumbente; (c) Ora, esta condenação diz apenas r espeito às custas da Apelação presente; (d) Pelo que o acórdão é omisso quanto às custas devidas pela acção, i.é, na 1ª instância; (e) Deve ser suprida a omissão parcial anotada. VII. Resposta: não houve. VIII. Reclamação da A., art. 700/3 CPC: (a) A questão objecto do r ecurso não é decisão simples; (b) Não deve esqu ecer jurisprudência uniforme em sentido contrário6, e bem assim a existência de matéria nova. IX. Resposta: não houve. X. Cumpre apreciar e decidir. XI. Sequência: (a) No que diz respeito à Reclamação do MP temos mantido que a fórmula usada na decisão abrange todas as custas e não só as custas do recurso: não há motivo para alterar o ponto de vista, visto tratar-se de fórmula sintética e de hábito, que por isso mesmo não traz dúvidas habituais ao contador. 6 Citou Ac. RP, 95.01.12, JTRP00013908, http://www.dgsi.pt : sendo o contrato celebrado entre o autor e o réu marido um contrato misto, mas com o seu elemento dominante derivado do contrato de tra balho, não lhe são aplicáveis as normas proteccio nistas insertas n a legislação sobre a rrendamento habitacional, terminando o direito à ocupação com o termo da relação laboral, o que implica o dever de restituir o prédio. 6

(b) Por conseguinte, desatende-se, visto o art. 446 CPC, mas com este esclarecimento. (c) Enfrentando a Reclamação da Ap.a: a diferença do caso em espécie p ara a citada jurisprudência constante, toda vai na circunstância de aqui ter sido dado como provado que a A., como reconhece na documentação junta, celebrou um contrato de arrendamento não apenas com o R. marido, seu empregado, mas conjuntamente com a R. mulher7, liberta de qualquer vínculo laboral com a empresa. No que à R. mulher se refere, considerou portanto o despacho reclamado que se tratava, enfim, de um contrato de arrendamento habitacional comum: em si, inderrogável ad libitum. E estando estabelecido claramente no ordenamento que a posição de marido e mulher, para efeitos ex teriores nomeadamente, é de todo independente uma da outra, não se vê como possa ser possível argumentar, no caso da R., com um efeito exclusivo da posição jurídica do marido. Mantém-se, portanto, que neste contrato misto há novos aspectos de autonomia de um arrendamento vulgar, e que não há razões para, na economia do consenso, dar hegemonia jurídica ao interesse do marido interveniente ou, por assim dizer, às circunstâncias qu e só a ele em particular dizem respeito. Em suma, a situação jurídica do varão não intersecciona a da mulher casada, que se apresenta então à senhoria/empregadora na plenitude de um terceiro. (d) Por conseguinte, vistos os arts. 68, 68/2 e 69 RAU, citados na decisão reclamada, desatendem o pedido da Ap.a. XII. Custas: por esta última, sucumbente. 7 Vd. II.(5); vd. tb. II.(10). 7