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PN 870.00 1;AP/AG: TC Porto, 1ºJC; Ap.a /Ag.a: ; Ap.os: Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto 1. pediu a condenação das RR.,, com os maridos, a reporem os tubos dos exaustores de onde foram retirados, e que atravessavam o 1º andar onde os 2ºs RR. residem (sendo os 1ºs RR. senhorios da A. e destes últimos), ora impossibilitando-a de confeccionar e servir as refeições do objecto do comércio a que se dedica, no r/c do prédio. 2. Ficou provado: (a) A A. declarou tomar par a si o arrendamento do r/c do prédio sito na Rua Álvaro Castelões, 53, e Rua do Lindo Vale, nº 319, Porto, onde tem instalado um estabelecimento de café/snack-bar; (b) Este prédio pertencia à 1ª R. e a todos os intervenientes, que dele er am donos em comum, mas que venderam aos 2ºs RR., 98.09.09; (c) Um exaustor atravessava o primeiro andar, onde vivem os 2ºs RR., e terminava no telhado do edifício; (d) Os 2ºs RR. fizeram obras, construindo uma placa de betão armado que separa o 1ºandar do r/c; retiraram o tubo de exaustão, já referido; (e) Desta forma impediram a A. de por em funcionamento o exaustor; (f) Como o 1º R. e os 2ºs RR. nada fizeram para repor os tubos, a A. mandou instalá-los pela parte exterior do edifício; 1 Vistos: Dr..00);Dr. Ribeiro de Almeida(941) 2 Adv: Drº. 3 Adv: Dr. 1

(g) O tubo de exaustão, confinado ao r/c provoca retorno de fumos; (h) A A. fez obras no estabelecimento para cuja licença/alvará a CM Porto exige que os tubos de exaustão sejam elevados para cima do r/c até ao nível superior do prédio; (i) No estabelecimento da A. nunca se serviram refeições. 3 A sentença de 1ª instância julgou proced ente o pedido e condenou os 2ºs RR. a repor o tubo e o ex austor no local de onde foi retirado, por forma a atravessar o 1º andar e terminar no telhado do edifício: (a) Nos termos do art. 1037/2 CC. o locatário que for privado da coisa ou perturbado no exercício dos seus direitos pode usar, mesmo contra o locador, dos meios facultados ao possuidor dos art.1276 ss.; (b) Da matéria comprovada resulta que a fracção arrendada à A. dispunha de um exaustor, cujo tubo atravessava o 1º andar e terminava no telhado do edifício; (c) Se é certo que, no estabelecimento da A. nunca se serviram refeições, também é certo que a existência do exaustor constitui uma potencialidade da fracção arrendada, que a A. podia aproveitar, e que pretendia aproveitar; (d) Assim, a retirada do tubo por parte dos segundo RR. tem de ser qualificada como um acto que perturba o exercício dos direitos da A., pelo que esta tem direito à reposição da situação que antes existia. 4. No julgamento do recurso foi acrescentado à matéria provad a5 ( art. 712º /1 a. 4 CPC): (a) Segundo o alvará do estabelecimento do café/snack-bar dos AA.:deve possuir dois exaustores, sempre em perfeito estado de funcionamento, e por forma a n ão prejudicar terceiros; (b) Da escritura pública de arrendamento do estabelecimento: 4 Adv: Dr. 5 Docu mentos bastantes, juntos aos autos. 2

(1) o local arrendado destina-se a qualquer ramo de comércio, com excepção de p eixaria e de serralharia; (2) as obras interiores e exteriores, necessárias à conservação e limpeza do local arrendado, ficam exclusivamente a cargo do arrendatário; (3) quaisquer outras obras ou benfeitorias só poderão ser realizadas com autorização por escrito do senhorio. 5. Depois, foi argumentado: A sentença recorrida fundamentou a solução adequada à composição do litígio no direito de o inquilino ter o gozo pleno d as utilidades e potencial que proporciona a fracção do prédio dada de arrendamento; a questão fundamental que está em jogo é por conseguinte a de saber se a instalação do exaustor, com o tubo ascendente, passan do pelo interior do 1º andar, faz de direito parte do arrendado: o arrendatário só beneficia da extensão dos meios possessórios para defesa da permanência imperturbada na casa que lhe foi, ou deveria ter sido, entregue; Como se vê das notas do contrato de arrendamento aditadas agora à matéria comprovada, o consenso não teve como objectivo preciso e imediato a instalação de um café/snack-bar, cujo alvará exige exaustores; donde, as obras para instalar os aparelhos e tubagens serem da conta do inquilino, e novas (neste último aspecto tal como resulta do provado, e as partes aliás admitem); Serão todavia obras interiores e exteriores, necessárias à conservação e limpeza do local arrendado? que pudessem ter sido levadas a cabo, segundo o contrato, sem autorização do senhorio? Admitamos que sim mas a desnecessidade d a autorização diz apenas respeito ás alterações e modificações a introduzir no próprio local dado de arrendamento, visto que é desse e só desse, que as transferidas utilidades do prédio foram objecto do consentimento; A A. não alegou, e por isso este dado está subtraído à discussão, que tenha obtido sequer autorização dos donos de todo o prédio6, para fazer penetrar a chaminé pelo interior do 1º andar, e só a constituição deste encargo, se realmente tivesse valimento enquanto encargo limitador, por assim dizer, do direito de 6 Admite até explicitamente que a obteve do anterior inquilino do 1º andar, vd. 10. (c). 3

propriedade, seguiria na transmissão do domínio, entretanto domínio horizontal, depois operada para os 2ºs. RR; Por outro lado, o arrendatário como mero detentor, não tem base para adquirir a posse, aqui por efeito de destinação do pai de família, ou pela prática reiterada, durante mais de ano e dia, de actos correspondentes ao exercício de uma servidão de tiragem de fumos, contra o proprietário do agora prédio vizinho do arrendad; Deste modo, na ausência daquele particular perfil da situação jurídica em que os RR. foram investidos e, na verdade, tal como defendem os Ap.es, não assiste aos AA. qualquer direito em que possam fundamentar a pretensão vertida na PI; Por consequência, só poderiam ter ficado vencidos, ao contrário do que foi decidido na sentença recorrida: procede a apelação 6. No recurso de Revista interposto pelos Apes foi concluído: (a) A sentença de 1ª instância fundamenta-se na matéria de facto provada constante das respostas aos quesitos; (b) Pelo contrário, o acordão de que se recorre assenta num facto completamente novo, que jamais foi objecto da mais pequena referência ou actividade probatória, quer de 1ª instância quer de relação; (c) Sem prejuízo de se tratar de um fa cto, para cuja determinação se não vislumbra ter havido sequer a menor prova, também ao longo de todo o processo, toda a actividade probatória se direccionou ex actamente no sentido contrário ao do acordão recorrido;.. (d) E no processo não consta elementos ou documentos que possam conduzir ao pressuposto, tido pela Relação como condição sine qua non da (in)existência da autorização dos donos do prédio para instalação dos tubos [de tiragem do fumo], e consequentemente à decisão de que se recorre; (e) Ao contrário do que se diz neste, a recorrente (A., de 1ª instância) alegou ponto por ponto todos os factos que lhe era possível aduzir, ou seja, todos quantos estavam no domínio das suas relações jurídicas, mormente o 4

direito de manter a instalação do tubo exaustor em causa, tal como o recebeu aquando da aquisição do estabelecimento7; (f) Ora, o encargo qu e significa a existência do tubo de exaustor, que nasce no R/C, atravessa o 1º andar e termina no telhado, decorre da forma como ele foi instalado e do direito que lhe está subjacente, pelo que, se dúvidas tivessem subsistido, importaria esclarece-las, ainda com recurso à anulação da decisão de 1ª instância, sequente a formulação de quesitos novos; (g) A decisão recorrida violou por conseguinte o disposto no art. 712 CPC. 7. Nas contra-alegações diz-se: (a) A questão, nos moldes em que foi suscitada nas alegações da Apelação e, de forma mais clara, foi decidida na Relação, põe-se precisamente ao contrário; (b) Na verd ade, o recurso foi intentado, e julgado procedente, com base na carên cia de factos (provados ou sequer alegados) capazes de alicerçar o direito a que a A. se arrogava se fazer instalar o tubo exaustor na fracção dos RR.; (c) E não com base em qualquer facto novo que tivesse vindo a ser aditado por qualquer via; (d) Em suma provimento do recurso assenta na ausência de factos constitutivos do direito à instalação, mormente no que toca ao indispensável consentimento; (e) Não, como sustenta a recorrente, no oposto, i.é, a prova de qualquer facto impeditivo ou mod ificativo, necessária só em caso de existência de um direito prévio, com todos os elementos constitutivos preenchidos; (f) Foi neste contexto, e só neste, sem necessidade de acrescentar para o efeito o facto negativo, que o acordão decidiu a Apelação; 7 Vd. petição inicial: 5. Com efeito, a A. sempre teve os referidos exaustores instalados na cozinha do estabelecimento cujos tubos atravessavam o 1º andar, residência dos 2ªs RR, até o telhado do edifício, que faziam parte integrante do mesmo. 5

8. Nos termos do disposto no art. 668/1d. CPC, a sentença é nula quando o tribunal conheça de questões de que não podia tomar conhecimento. Tem por conseguinte aplicação ao caso o nº 4 do mesmo preceito legal; Cumpre apreciar: 9. Não consta na verdade dos factos assentes que o dono, ou donos do prédio tenham dado consentimento para passagem, pelo interior do andar superior, daquela chaminé, dita tubo exaustor de fumos e ch eiros, instalada até ao exterior do telhado, e a partir do estabelecimento entregue de renda ao recorrente. De resto, este facto não foi alegado, tanto como o conjunto de problemas a que diz respeito não foram considerados nos articulados. Foi justamente esta a b ase do acordão recorrid o: ausência de fundamento do direito invocado pela A., que só poderia r adicar (quando muito!) numa autorização de tal monta e perfil. Não se trata pois de ter sido tomado conhecimento de questões subtraídas ao âmbito dispositivo da lide, mas antes de o tribunal se ter pronunciado desfavoravelmente, perante a matéria coligida, e só perante a matéria provada, mas insuficiente ao deferimento e êxito da pretensão. Por outro lado, nunca seria caso do apuramento de novos factos, porque como se disse não foram, aqueles que interessariam, o u alegados, sequer suscitados implicitamente. 10. Parece não ter havido, por conseguinte, cometimento de nulidade: mantém-se e sustenta-se por isso o Acórdão de que foi interposta a Revista. 11. Sem custas, por não serem devidas. 6