Responde sinteticamente, às questões que se seguem.
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- Marisa Cabral Gonçalves
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1 Responde sinteticamente, às questões que se seguem. 1 A mente é um conjunto integrado de processos cognitivos, emocionais e conativos. Justifique. Durante muito tempo associou-se o conceito de mente à dimensão cognitiva do ser humano. Falar em mente humana era a mesma coisa que falar em raciocínio, dedução, abstracção, em juízos, em conceitos. A mente corresponderia à actividade consciente, aos pensamentos aparecendo como uma produção independente dos sentimentos, emoções, desejos e afectos. Actualmente, compreende-se que o funcionamento mental não se reduz à dimensão cognitiva, à produção racional, abstracta dos conhecimentos. Compreende-se que a mente humana implicava também a emoção, os sentimentos, a afectividade, a acção. A mente é um sistema que integra os processos cognitivos e também os processos emocionais e conativos. Mas importa acentuar que a mente não é uma colecção de processos, um somatório de dimensões psicológicas autónomas. É uma manifestação total de processos dinâmicos que interagem constantemente de forma complexa: os processos mentais implicam-se mutuamente de forma integrada. Os processos cognitivos estão relacionados com o saber, com o conhecimento, reportam-se à criação, transformação e utilização da informação do meio interior e exterior; os processos emotivos estão relacionados com o sentir, são estados vividos pelo sujeito caracterizados pela subjectividade, correspondem a vivências de prazer e desprazer e à interpretação das relações que temos com as pessoas, objectos e ideias; os processos conativos estão relacionados com o fazer, expressam-se em acções, comportamentos, correspondem à dimensão intencional da vida psíquica. 2 Define cognição. A cognição consiste no conhecimento humano e animal sob diferentes formas: percepção, aprendizagem, memória, consciência, atenção, inteligência. 3 Define percepção. A percepção é um processo cognitivo através do qual contactamos com o mundo, que se caracteriza pelo facto de exigir a presença do objecto, da realidade a conhecer. Neste sentido, distingue-se de outros processos cognitivos, como, por exemplo, a memória. Pela percepção,
2 organizamos e interpretamos as informações veiculadas pelos órgãos dos sentidos (informações sensoriais). 4 Explica o processo perceptivo. O processo de percepção tem início com a atenção que não é mais do que um processo de observação selectiva, ou seja, das observações por nós efetuadas. Este processo faz com que nós percepcionemos alguns elementos em desfavor de outros. Deste modo, são vários os factores que influenciam a atenção e que se encontram agrupados em duas categorias: a dos factores externos (próprios do meio ambiente) e a dos factores internos (próprios do nosso organismo). Os factores externos mais importantes da atenção são a intensidade, o contraste, o movimento que constitui um elemento principal no despertar da atenção, e a incongruência, ou seja, prestamos muito mais atenção às coisas absurdas e bizarras do que ao que é normal. Os factores internos que mais influenciam a atenção são a motivação; a experiência anterior ou, por outras palavras, a força do hábito faz com que prestemos mais atenção ao que já conhecemos e entendemos; e o fenómeno social que explica que a nossa natureza social faz com que pessoas de contextos sociais diferentes não prestem igual atenção aos mesmos objectos. 5 Mostra que a percepção é uma interpretação da realidade. Efectivamente, ao descrevermos os mecanismos da percepção, concluímos que a visão que temos do mundo não é uma reprodução da realidade, mas uma interpretação. Há situações em que estão envolvidas percepções visuais, designadamente a constância perceptiva. O ser humano percepciona o tamanho de um objecto ou de uma pessoa independentemente da distância a que se encontre. Ora, o mesmo objecto, apresentado a diferentes distâncias, forma na retina imagens com diferentes tamanhos: quanto mais longe está, mais pequeno aparece. É o cérebro que interpreta os dados que recebe mantendo constante tamanho. Percepcionamos um lápis como tendo o mesmo tamanho, quer esteja a meio metro de nós ou a cinco metros. Um objecto nunca forma a mesma imagem retiniana: a luz é diferente, a incidência e o ângulo do olhar deferentes também, a distância muda constantemente, mas nós reconhecemo-lo. O reconhecimento envolve sistemas elaborados em que intervêm a experiência anterior do sujeito, as memórias armazenadas, as aprendizagens do sujeito, a capacidade para fazer inferências. Percepcionamos sempre a roda de um automóvel com redonda, mesmo que o ângulo de visão lhe
3 dê uma forma elíptica, percepcionamos a porta como rectangular quando, ao abri-la, ela perde essa forma. Nós mantemos constantes o brilho e a cor dos objectos, mesmo quando as circunstâncias físicas nos dão outra informação. Percepcionamos uma casa branca em plena luz do sol e mantemos constante a cor, à noite; percepcionamos o sangue sempre vermelho, a neve sempre branca, independentemente da quantidade de luz. A memória e a experiência retêm as características os objectos, que são actualizadas quando os percepcionamos mesmo em circunstâncias físicas muito diversas. 6 Quais são os factores que contribuem para o carácter subjectivo da percepção. A motivação, a expectativa, a atenção, os interesses, os estados emocionais, as experiências anteriores são factores que afectam o modo como percepcionamos o mundo, o que prova o carácter subjectivo da percepção. A percepção permite-nos ir para além do que nos é dado no momento: permite-nos antecipar consequências, prever acontecimentos e prepararmo-nos para eles. Os estados emocionais, a motivação afectam as nossas percepções, as nossas representações. O interesse sobre determinado objecto ou assunto torna-nos mais sensíveis à percepção do que lhe está relacionado. Os estímulos perceptivos são seleccionados pela nossa atenção de acordo com os nossos interesses. Não damos a mesma atenção a tudo o que nos rodeia. A motivação, a atenção e as expectativas fazem parte do nosso processo da percepção. Mesmo quando estamos a percepcionar, não estamos a tomar atenção de igual modo a tudo o que nos rodeia. Existe, então um foco da percepção e uma margem dessa mesma percepção. 7 Em que consiste a percepção social? A percepção social é o processo que está na base das interacções sociais: como conhecemos os outros, como interpretamos o seu comportamento. O conhecimento deste efeito é muito importante, porque é o modo como percepcionamos as situações sociais e o comportamento dos outros que orientará o nosso próprio comportamento. A percepção social está muito relacionada com os grupos sociais, como o contexto social em que a pessoa está inserida. 8 Mostra que a cultura influencia o modo como o mundo é percepcionado.
4 A forma como percepcionamos o mundo varia com a cultura com o contexto cultural. Reconhecemos que o modo como um chinês, um europeu, um americano ou um indiano representam o mundo é diferente. Vários estudos transculturais procuram esclarecer de que modo a cultura influencia a forma como se percepciona o mundo. A percepção de profundidade é também afectada pela cultura. 9 Define memória. Memória é o conjunto de processos e estruturas que codificam, armazenam e recuperam informações sensoriais, experiências. A memória é a capacidade de armazenar, reter, e recordar a informação. 10 A memória envolve um conjunto complexo de processos. Descreve-os. A memória envolve um conjunto de processos em prol da formação e da recuperação da memória tais como a codificação, o armazenamento e a recuperação. A codificação é a primeira operação da memória que prepara as informações sensoriais para serem armazenadas no cérebro. Consiste na tradução de dados num código, que pode ser acústico, visual ou semântico O armazenamento é uma das questões mais inquietantes no estudo da memória é a de saber como e onde se processa o armazenamento da informação recebida. Na recuperação recupera-se a informação pois lembramo-nos, recordamos, evocamos uma informação. 11 Distingue memória a curto prazo de memória a longo prazo. A memória a curto prazo é uma memória que retém a informação durante um período limitado de tempo, podendo ser esquecida ou passar para a memória a longo prazo. Na memória a curto prazo distinguem-se 2 componentes: a memória imediata (em que o material recebido fica retido durante uma fracção de tempo) e a memória de trabalho (na qual mantemos a informação enquanto nos é útil). 12 Caracteriza memória não declarativa e memória declarativa. A memória não declarativa implícita ou sem registo é uma memória automática, que mantém as informações subjacentes à questão Como?. Como andar de bicicleta, como lavar os dentes,
5 como pentear o cabelo, como fazer skate, como apertar as sapatilhas são exemplos deste tipo de comportamentos. Quando desenvolvemos estes tipos de comportamentos não temos consciência que são capacidades que dependem da memória, e só quando começamos a desenvolver percebemos que a prática destas actividades é automática e reflexa. A memória declarativa explicita ou com registo implica a consciência do passado, do tempo, reportando-se a acontecimentos, factos pessoas. É graças a este tipo de memória que se descreve a data de aniversário dos nossos amigos e familiares mais próximos. 13 A memória é um processo activo que reconstrói os dados que recebe. Explica o sentido desta afirmação. A memória não reproduz fielmente um objecto, facto ou acontecimento. A memória reconstrói os dados, o que implica que dê mais relevo a uns, distorça outros ou mesmo os omita. Por outro lado, quando os acontecimentos são muito emotivos, a memória deixa escapar pormenores que depois são substituídos/reconstruídos pelo cérebro. A retenção na memória distingue-se, assim, de outras formas de armazenamento. Quando se guarda uma informação num computador, esperase que quando voltarmos a abrir aquela pasta o documento esteja exactamente conforme o lá guardámos. Com a memória este processo é diferente. A nossa memória não reproduz os acontecimentos como se de um filme se tratasse. É mesmo caso para dizer quem conta um conto acrescenta-lhe um ponto. 14 Mostra que o esquecimento é um processo inerente à memória. Podemos definir esquecimento como a incapacidade de recordar, de recuperar dados, informações, experiencias que foram memorizados. Esta incapacidade pode ser provisória ou definitiva. Apesar de associar-se o esquecimento a um valor negativo, este é essencial. É a própria condição da memória: é porque esquecemos que continuamos a reter informações adquiridas e experiencias vividas. O esquecimento tem uma função de selecção a informação memorizada para podermos adquirir novos conteúdos. O esquecimento tem, assim, uma função selectiva e adaptativa: afasta a informação que não é útil e necessária. 15 Há vários tipos de esquecimento. Distingue-os.
6 Os vários tipos de esquecimento são: esquecimento regressivo esquecimento motivado e esquecimento por interferência das aprendizagens. O esquecimento regressivo ocorre quando surgem dificuldades em reter novos materiais e em recordar conhecimentos, factos, nomes aprendidos recentemente. Este tipo de esquecimento é especialmente sentido por pessoas de certa idade e pode ser devido a degenerescência dos tecidos cerebrais. O esquecimento motivado é um esquecimento provocado pelo próprio. Segundo Freud nós esquecemos o que nos convem esquecer. Assim temos tendência a esquecer conteúdos traumatizantes, penosos para evitar a angústia. O esquecimento por interferência das aprendizagens descreve que as novas memórias interferem com a recuperação das memórias mais antigas. 16 Define aprendizagem. Aprendizagem é uma modificação relativamente estáel do comportamento ou do conhecimento, que resulta do exercício experiência, treino ou estudo. É um processo que, envolvendo processos cognitivos, motivacionais e emocionais, se manifesta em comportamentos. 17 Identifica aprendizagens não associativas e associativas. A aprendizagem não associativa pode ser aprendizagem por habituação que consiste em aprender a não reagir a determinado estímulo; consiste em reconhecer, como familiares, e ignorar estímulos insignificantes que são monotonamente repetidos. Na aprendizagem associativa (mais complexa que a aprendizagem não associativa dado que para se aprender tem de se associar estímulos e respostas). Na aprendizagem associativa temos dois tipos de aprendizagem: condicionamento clássico e o condicionamento operante. 18 Descreve sucintamente a experiência de Pavlov. Num estudo sobre a acção de enzimas no estômago dos animais, interessou-se pela salivação que surgia nos cães sem a presença da comida. Pavlov queria elucidar como os reflexos
7 condicionados eram adquiridos. Os cães salivam naturalmente por comida. Assim, Pavlov chamou à correlação entre o estímulo incondicionado (comida) e a resposta incondicionado (salivação) de reflexo incondicionado. Por outro lado quando um estímulo não provoca qualquer tipo de resposta, denomina-se de estímulo neutro (som da campainha). A experiência de Pavlov consistiu em associar um estímulo não condicionado (comida) com a apresentação de um estímulo neutro (som de uma campainha). Após a repetição desta associação de estímulos verificou que o cão aprendeu a salivar perante o estímulo que antes não provocava qualquer resposta (neutro) mesmo na ausência do estímulo incondicionado (comida). Assim este comportamento seria denominado de resposta condicionada (aprendida). 19 Explica como se processa a aprendizagem por condicionamento clássico. Este processo dá-se através da associação entre os dois estímulos (incondicionado e neutro). Para que o condicionamento clássico se produza deve-se sempre apresentar primeiro o estímulo Neutro e alguns segundos depois o Estímulo Incondicionado (o processo deve repetir-se várias vezes), para que possa haver associação. Outro conceito do condicionamento clássico é o reforço, que significa o emparelhamento contínuo dos estímulos condicionados e incondicionados, que ao não ser feita tende a fazer decrescer as respostas condicionadas, podendo levá-las até à extinção, ou seja até desaparecerem. Contudo, algumas vezes poder-se-á dar uma recuperação espontânea, que é a recuperação da resposta condicionada, quando esta já se tinha extinguido por falta de associação dos estímulos. 20 Descreve sucintamente a experiência de Skinner que conduz à descoberta do condicionamento operante. Skinner para descobrir como tantas das nossas aprendizagens se processam e se mantêm criou a caixa de Skinner que liberta alimento quando accionado. Então para desenvolver a experiência colocou um rato esfomeado na sua caixa, deixou a animal explorar o ambiente, cheirando, deambulando no interior da gaiola, por acaso acciona a alavanca recebendo alimento, e a partir de várias tentativas bem-sucedidas, o rato passa a premir na alavanca para receber alimento. Então concluiu que se essa consequência for agradável, a frequência do comportamento vai aumentar (reforço) e se a consequência for desagradável a frequência do comportamento vai diminuir (punição).
8 21 Qual a diferença entre reforço positivo e reforço negativo? Reforço positivo é um estímulo que tem consequências positivas, agradáveis, e que se segue a um dado comportamento. No reforço negativo o sujeito evita uma situação dolorosa, se se comportar de determinado modo. É a eliminação do estímulo que permite evitar a situação dolorosa. 22 Define aprendizagem social na perspectiva de Bandura. Nós por muitas vezes aprendemos observando e imitando os outros. Então, Bandura confirmou que a experiência dos outros pode conduzir à aquisição de novos comportamentos. Assim, um indivíduo pode adquirir um novo comportamentos a partir da observação de um modelo. Seria através de um processo, designado modelação, que envolve a observação, a imitação e a integração, que a pessoa pode aprender um comportamento que passa a fazer parte do seu quadro de respostas. Um tema muito interessante é analisar as razões que levam a criança que observa comportamentos agressivos a não os reproduzir. Depois de se ter assegurado que tinham memorizado as cenas, conclui que não basta observar e reter um comportamento para imitar. A fase de execução implica factores internos do próprio sujeito. Houve, então, uma evolução da teoria da aprendizagem social para uma teoria cognitiva e social, considerando muito importantes as capacidades cognitivas do sujeito. Cada indivíduo não é apenas produto das circunstâncias da vida, é também o seu motor. Possui um conjunto de competências que permitem a aprendizagem e o desenvolvimento: capacidade reflexiva para avaliar o ambiente e se avaliar a si próprio. Neste contexto, a observação do outro permite-lhe adquirir competências por modelação social. Encara a aprendizagem como a aquisição de conhecimentos através do processamento cognitivo da informação. 23 Como se processa a modelação na aprendizagem social. Parte-se do conceito de que uma aprendizagem não é mais do que a incorporação de um novo comportamento, no quotidiano do sujeito e que o ser humano inicia a sua vida aprendendo formas de viver. Se a pensar que a primeira aprendizagem do indivíduo é talvez a de aprender a mamar e, que ao longo da sua vida, esta acção se vai mudar paulatinamente, adaptando-se ao meio social. Depreende-se que há formas diferentes de aprender.
9 Assim como há necessidade de aprender comportamentos sociais, nesse sentido a aprendizagem torna-se numa Obrigação para o sujeito, pois um comportamento desadaptado pressupõe de alguma forma exclusão social. Da mesma forma que há, ou deverá haver tipos de aprendizagem diferenciados, parece pertinente afirmar que também há sujeitos que aprendem de maneira diferente, uma vez que cada indivíduo é único. Definem aprendizagem social como tudo aquilo que o indivíduo aprende através da imitação social, no decorrer das relações interpessoais. O indivíduo pode aprender ou modificar o comportamento, em virtude, da resposta dos outros indivíduos. Os indivíduos são o resultado do meio, contudo, eles podem escolher ou modificar o meio, ou seja, há uma inter-relação e uma interdependência entre os sujeitos e o meio. Contrariando, de algum modo as teorias comportamentais sobre a aprendizagem, Bandura apresenta a aprendizagem como sendo uma imitação do comportamento dos outros. Mais especificamente, a imitação de um modelo, sendo estas aprendizagens isentas de reforço, isto é, um comportamento adquirido pela imitação de um modelo não necessita de ser reforçado. 24 A aprendizagem é um processo pessoal que envolve a pessoa na sua totalidade. Explica o sentido desta afirmação. A aprendizagem é um processo cognitivo que implica que o ser humano interaja com o meio, a partir da sua experiência de vida. Para se adaptar, cada um de nós tem de gerir a informação que recebe, tendo em conta as solicitações da situação e as informações que já possuímos. Assim se percebe que face a uma mesma situação, diferentes pessoas aprendam de forma diferente e que o resultado da aprendizagem seja também diferente. A aprendizagem é um processo pessoal, que envolve a totalidade da pessoa: o seu pensamento, as suas emoções e afectos, a sua história de vida. Ao aprender, modificamo-nos e reorganizamo-nos interiormente. O modo como integramos uma informação ou conhecimentos novos resulta de uma síntese entre o que somos e o que sabemos, entre as representações do mundo que possuímos e o que se nos apresenta de novo. Daí que não se possa ensinar a mesma coisa do mesmo modo a todas as pessoas; assim se explica por que razão não aprendemos da mesma maneira as mesmas coisas, mesmo que a informação seja a mesma. 25 Apresenta alguns processos do modo de aprender.
10 Alguns processos do modo de aprender podem ser a motivação, os conhecimentos anteriores, a qualidade de informação, a diversidade das actividades, a planificação e a organização e a cooperação
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