Optimizar uma Exposição Oral. António Rosado

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Maria Laura Prado Almada
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1 Optimizar uma Exposição Oral António Rosado

2 Objectivo da Exposição: a arte e a ciência de expor eficazmente ideias e informações com sentido, de modo a que possam surgir significados claros, estáveis e ausentes de ambiguidades e que estes sejam retidos por longos períodos de tempo, como um conjunto de conhecimentos organizados. (David Ausubel)

3 -Função da Exposição Organização da Informação expondo-a de uma forma clara e precisa. Exigências ao professor/treinador: Expor a matéria de forma clara e significativa, salientando as principais ideias e conceitos e orientar a exposição de forma a que a nova informação seja ligada à informação já existente nas estruturas cognitivas e sirva, também, de ligação para novas informações. (adaptado de Ausubel)

4 -Ajuda os alunos/atletas a adquirir, a assimilar e a reter informação. -Auxilia os alunos/atletas a construir e ampliar as suas estruturas conceptuais e a desenvolver hábitos específicos de raciocínio.

5 -Ausubel propõe o uso de organizadores prévios para poder definir com clareza e precisão as principais diferenças e semelhanças entre as ideias de uma matéria a aprender e os conceitos já existentes na estrutura cognitiva.

6 -Um dos principais objectivos do ensino é facilitar o pensamento activo e o processo cognitivo. Esquemas Modo como as pessoas organizam a informação de determinados assuntos Essa organização influencia a o processamento de novas informações.

7 -Quanto mais mais completas se tornarem as estruturas do conhecimento relativas a determinados temas, mais facilmente se vêm ligações e relações mais abstractas. Gagné (1985) definiu 3 conceitos: -TIPOS DE CONHECIMENTO -REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO -PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO

8 TIPOS DE CONHECIMENTO Conhecimento Declarativo- é o conhecimento acerca de algo. Conhecimento Procedimental- é o conhecimento acerca de como fazer algo. Estes conhecimentos são adquiridos de formas diferentes pelos alunos/atletas.

9 REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO Os psicólogos cognitivos afirmam que o ser humano processa o conhecimento em termos de unidades básicas, denominadas proposições ou ideias Gagné (1985): -Uma das características mais importantes de qualquer unidade é a relação com as outras unidades. -A rede de proposições, a qual é formada por conjuntos de proposições interrelacionada é um aspecto importante da inteligência.

10 REPRESENTAÇÃO DO CONHECIMENTO -Tal como os formadores organizam os temas da formação de acordo com uma estrutura também os formandos organizam o conhecimento em proposições e redes de proposições. -Estas redes filtram a nova informação apresentada determinando como é que essa nova informação vai ser integrada e retida pelos formandos.

11 Memória de trabalho- é o local onde o trabalho mental consciente é feito. Memória a longo prazo- esta memória pode ser comparada à memória de um computador onde a informação fica armazenada com maior profundidade. Esta armazena: conhecimento verbal, competências intelectuais, imagens e episódios.

12 -O conhecimento prévio é importante para a aprendizagem de novas informações e novas competências. -Uma competência de ensino importante para ajudar os formandos a usar o seu conhecimento prévio é a prontidão induzida.

13 -A prontidão induzida é uma técnica usada pelos formadores, no início da formação ou das sessões de formação para preparar os formandos para a aprendizagem e para estabelecer um elo de ligação entre os formados e a informação que lhes vai ser apresentada estando intimamente ligada com a memória a longo prazo.

14 -Um organizador prévio consiste em afirmações feitas pelo formador imediatamente antes da exposição das matérias a adquirir por forma a fornecer uma ligação para as aprendizagens posteriores.

15 IMPORTANTE: FALAR NÃO É ENSINAR Para uma boa preparação das exposições existem 3 tarefas de planificação importantes: -Escolher os objectivos e conteúdo da exposição; -Determinar o conhecimento prévio e as estruturas cognitivas dos formandos; -Seleccionar os organizadores prévios mais adequados e os procedimentos para induzir a prontidão nos formandos.

16 Escolher o conteúdo Orientações para ajudar a escolher o conteúdo da exposição ECONOMIA MAPAS CONCEPTUAIS

17 Escolher o conteúdo ECONOMIA Economia significa ser muito cuidadoso relativamente à quantidade de informação apresentada; significa, também, fornecer sumários concisos das ideias principais durante a exposição. Frequentemente assistem-se a exposições com demasiada informação e muita dela irrelevante.

18 Escolher o conteúdo MAPAS CONCEPTUAIS Posner e Rudnistky (1986) escreveram que «mapas conceptuais são como os mapas das estradas, só que dizem respeito à ligação entre ideias e não entre locais. (...) ajudam a clarificar ideias que se pretendem ensinar - de modo a que se possa prosseguir em direcção ao objectivo de ensinar realmente os alunos.»

19 MAPAS CONCEPTUAIS Para se fazer um mapa conceptual, identificam-se as ideias-chave associadas a um tema e organizamse as ideias segundo um padrão lógico. Podem ser apresentados como diagramas hierárquicos.

20 Escolher organizadores prévios Os organizadores prévios são o «suporte intelectual» para as subsequentes matérias a aprender. O Organizador deve ser: Apresentado num nível de abstracção mais elevado do que o conteúdo das matérias a aprender. Relacionado com o conhecimento prévio dos formandos.

21 Determinar o conhecimento prévio Existem algumas ideias que podem servir como guias orientadores para a prática e, também, alguns procedimentos menos formais que podem ser apreendidos pela experiência de alguns formadores na determinação do conhecimento prévio dos formandos. PRINCIPAIS Estruturas Cognitivas Desenvolvimento Intelectual

22 Determinar o conhecimento prévio Para que as novas matérias sejam apreendidas, os formadores devem saber estabelecer a ligação entre os novos conhecimentos e os conhecimentos que os formandos já possuam para que a nova matéria tenha significado.

23 O modelo baseado na exposição consiste em 4 fases principais: FASE 1- Explicar os objectivos e induzir a prontidão. FASE 2- Apresentar o organizador prévio. FASE 3- Expor as matérias a aprender. FASE 4- Generalizar e consolidar o raciocínio do formando.

24 Fase 1: Apresentar os objectivos e induzir a prontidão. Comportamento do Professor/treinador: -O formador explica os objectivos da sessão e prepara os alunos/atletas para a aquisição de novos conhecimentos.

25 Fase 2: Apresentar o(s) organizador(es) prévio(s). Comportamento do professor/treinador: -O professor/treinador apresenta o organizador prévio, assegurando que fornece um quadro de referência para as matérias ou assuntos que se vão aprender e que está ligado ao conhecimento prévio dos alunos/atletas.

26 Fase 3: Expor as matérias para aprender. O professor/treinador expõe as matérias para a aprendizagem, dando especial atenção à sua sequencia lógica e ao seu significado para os praticantes.

27 Passos a seguir pelo professor/treinador para expôr a informação de forma clara: -Assegurar que o conteúdo é totalmente compreendido. -Memorizar e praticar as ideias principais antes da exposição. -Seguir anotações escritas durante a exposição.

28 -Num grupo de trabalho é possível que nem todas as pessoas tenham as mesmas capacidades de aquisição de novas matérias ou conceitos. -É fundamental que os professores/treinadores adaptem a informação que expõem ao nível de desenvolvimento/capacidades dos seus alunos/atletas. -Estar atento a sinais não verbais durante a exposição, tais como silêncio, semblantes concentrados ou expressões de interesse, pode fornecer indícios do que os alunos/atletas estão a atentos e a compreender a informação.

29 Grande parte da «arte de ensinar» e a maior diferença entre formadores experientes e formadores principiantes está na habilidade dos formadores lerem os sinais subtis dos formandos e adaptarem as suas exposições para que as novas matérias possam ser significativas para os receptores.

30 A Clareza da Exposição -Influência a aprendizagem. -Tem por base 5 aspectos: Fluência Verbal, Quantidade de Informação, Pistas para a Estruturação do Conhecimento, Interesse e Precisão.

31 Entusiasmo do Professor/Treinador Rosenshine (1970) refere que existe uma relação entre o entusiasmo do formador e a aprendizagem do formando.

32 Collins (1978) apresenta um conjunto de comportamentos entusiásticos: -Discurso variado, rápido e com inflexões vocais; -Movimentação dos olhos; -Frequentes exemplos demonstrativos; -Movimentos do corpo variados; -Expressões faciais variadas; -Selecção de palavras variadas, especialmente adjectivos; -Aceitação imediata e entusiástica de ideias; -Energia e exuberância.

33 Fase 4: Consolidar e generalizar o raciocínio dos praticantes. O professor/treinador faz perguntas e clarifica as respostas para generalizar o raciocínio e encorajar o pensamento crítico. -O ambiente deve facilitar a interacção dos formandos. -O formador é um apresentador activo e espera que os formandos sejam ouvintes também activos.

34 Tarefas Posteriores à Instrução Testar a aquisição e a retenção de conhecimentos dos alunos/atletas.

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