O Erro e o Feedback em Pedagogia. António Rosado
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- Nathalia Miranda Sacramento
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1 O Erro e o Feedback em Pedagogia António Rosado
2 Uma tarefa decisiva é a de proporcionar aos formandos feedback significativo e conhecimento dos resultados Feedback Sem consciência dos resultados a prática tem pouco valor para a formação. O conhecimento dos resultados é uma fonte decisiva de motivação
3 O FB pedagógico está ao serviço da formação do praticante Desenvolver as competências motoras Desenvolver a autonomia e a responsabilidade Promover a participação activa e o entusiasmo pela prática desportiva
4 Muitas aprendizagens exigem uma participação activa dos praticantes Não basta fazer é preciso compreender o que se faz Descoberta Guiada Autonomia Implicação Cognitiva Compreensão do Contexto Aprendizagens complexas O praticante é um construtor activo das aprendizagens
5 A natureza do FB depende dos modelos instrucionais em uso Os modelos instrucionais são escolhidos em função dos objectivos de ensino e treino Muitas aprendizagens exigem um papel activo do praticante no processo de aprendizagem O Aluno/atleta é um construtor e auto-regulador activo das suas aprendizagens Compreensão das situações-problemas Processos cognitivos Tomada de decisão Em actividades abertas esta abordagem é decisiva
6 Teoria construtivista da aprendizagem Confere ao praticante a oportunidade de construir e edificar as aprendizagens, através dos seus próprios modelos, conceitos e estratégias Isabel Mesquita O FB pode ser decisivo como construtor activo das aprendizagens Espaço para pensar/interpretar A utilização de estratégias instrucionais têm que ser variada
7 O FB deve estimular a auto-aprendizagem REPETIR SEM REPETIR Repetir a procura de soluções e não as soluções previamente estabelecidas Isabel Mesquita Como? mas também porque?, onde?, quando?, o quê?
8 O FB exige uma concepção correcta do erro no processo de aprendizagem ERRO faz parte do processo de APRENDIZAGEM ERRO como símbolo de fracasso? O erro deve ser entendido como uma oportunidade, um desafio e não uma ameaça Confere espaço ao praticante para problematizar, questionar, reformular estratégias
9 A Concepção do erro no processo de aprendizagem Não foi o praticante que falhou mas a acção que realizou Erro Construtivo Revê a própria aprendizagem. Procura as razões explicativas do erro. Encontra soluções remediativas. Encoraja a prática Implicação Cognitiva e Afectiva ERRO É MATÉRIA DE ENSINO
10 ENSINAR A APRENDER Errar é algo natural, que faz parte do simples facto de praticar desporto VIVÊNCIA DO ERRO Mais do que existirem erros existem experiências vividas que importa interpretar Isabel Mesquita
11 Mais questionar do que prescrever O FB, em muitas situações, passa mais pelo questionamento orientado para a interpretação da situação do que para a indicação de soluções A informação pode ser dada de duas maneiras 1) Prescrever: Ex: Corta para a tua direita 2) Para onde achas que devias ter cortado? Fomentar a interpretação da situação Descoberta Guiada/ Método Socrático
12 A integração do erro no processo de aprendizagem ERRO CONSTRUTIVO O profesor deve saber detectar os erros, esclarecendo quais os principais e quais os secundários... O professor deve examinar as causas dos erros, CENTRAÇÃO NO PROCESSO E NÃO NO PRODUTO
13 Ensinar aos Praticantes maneiras de Avaliarem os Seus Próprios Desempenhos. - Explicando os critérios utilizados na avaliação do desempenho; - Proporcionando oportunidades para avaliarem os colegas (avaliando simultaneamente o seu próprio progresso relativamente aos outros); - Acentuando a importância da auto-monitorização e estabelecimento de objectivos, expressando a insuficiência do mero feedback «extrínseco», por parte do professor/treinador.
14 Auxiliar os Praticantes a centrarem-se mais no «Processo» do que nos Resultados Encorajar as boas prestações, o resultado, mas, também, o esforço, o processo de raciocínio, o empenhamento. O FB transporta uma componente cognitiva e afectiva e pode afectar a motivação. ENSINAR A APRENDER Construtor e auto-regulador das suas aprendizagens
15 Modelo mediacional Os comportamentos dos professsores activam modos de processamento de informação e construções por parte dos alunos que determinam o que se aprende. Estuda-se: se: atenção, interesse, memorização,compreensão,, persuasão, percepções, expectativas, etc.
16 Os contributos do modelo mediacional. Estudo dos processos, nos alunos, que intervém como medianeiros entre a aprendizagem final e o ensino do treinador. Processos cognitivos e afectivos. O efeito do FB depende não só do que se diz mas do que o aluno reteve, compreendeu e aceitou como válido
17 A informação do professor é activamente reconstruída. Recepção: : Recebem muito menos do que pensamos. Tanto menos quanto mais extensa a informação Interpretação: : Percebem menos do que recebem. relata com coerência 70% (33,7% a 78,7%) Retenção: : Retém umas formas melhor que outras: retém mais os negativos o que foi mais repetido (efeito de redundância). As últimas informações (efeito de recência).
18 O aluno não é um receptor passivo de informação Variáveis mediadoras a gerir: Condições de recepção da informação Condições de tratamento (interpretação) da informação Condições de retenção (memorização) da informação Condições de aceitação das informações (persuasão e credibilidade da informação). Variáveis de output (resposta)
19 Importa optimizar a atenção, a compreensão e a retenção da informação correctiva. retém mais os específicos (descritivos( e presc.) os que tem demonstração (mistos AV e AQ) A retenção depende da extensão e estrutura da mensagem. muito extensas esquecem facilmente. fixam melhor os 1ºs conteúdos da mensagem e esquecem os restantes (efeito de primazia) Reduzem os conteúdos (efeito de simplificação) Reduzem os conteúdos
20 Toda a informação permite uma leitura emocional. Alteram (reinterpretam) o sentido da informação. valorizam as referências positivas generalizam o FB positivo de parte para o todo (efeito de generalização). esquecem o conteúdo e referem a carga emocional.
21 FB Retenção pode depender do nível de prática e/ou conhecimento (mais elevado melhor). A credibilidade do professor/ treinador é decisiva para darem valor ao FB. Importa: Criar condições para a manutenção da atenção Concentração no essencial para garantir a retenção Cuidar de que as informações sejam convincentes
22 Feedback Geral: Informação de retorno, retroacção. Operacional: Reacção do professor/treinador que visa informar o praticante do estado das suas aquisições com a intenção de as melhorar (FB externo). Informação pessoal (auto-avaliação) avaliação) também é fonte de FB (FB internos). Não desviar a atenção dos FB proprioceptivos
23 Tipos de Feedback Conhecimento da Performance Informação sobre o processo Eficiência Correção de mov.. sem visualização pelo executante, coordenações complexas Conhecimento do Resultado Eficácia /propósito da acção Se não é possível conhecer o resultado (JDC)
24 Algumas das variáveis a gerir na correção dos praticantes Frequência (qual a desejável?) Natureza: simples/específicos Objectivo: Avaliativos (positivos/negativos) Prescritivos Descritivos Interrogativos Maior Implicação Cognitiva Garantir a capacidade de auto-avaliação avaliação
25 Optimizar o Feedback Forma Auditivos Auditivo-Visuais +++ Auditivo- Cinestésicos +++ Momento Durante Após +++ Retardados O FB pode ter efeitos sobre o entusiasmo e o clima.
26 Optimizar o Feedback Direcção Grupo Indivíduo +++ Classe Pertinência ou Valor Grau de adequação aos erros Focalizados sobre as dificuldades principais e suas causas. Relação com os objectivos.
27 Indicações metodológicas Concentração nas dificuldades mais importantes e análise prévia das suas causas. O treino é muito importante na aprendizagem: é necessário deixar fazer muitas vezes, acompanhando essas tentativas por uma informação frequente e de qualidade. Aumentar o esforço cognitivo do praticante.
28 Indicações metodológicas Descrever o modelo e indicar o que fazer para melhorar. Garantir a congruência com a informação anterior e os objectivos. Considerar os níveis de conhecimento do praticante. Procurar a individualização das intervenções.
29 Indicações metodológicas Proporcionar feedback tão cedo quanto o possível após a prática mas permitir a sua auto-avaliação. avaliação. Proporcionar feedback específico; Concentrar-se nos comportamentos, não nas intenções; Adaptar o feedback ao nível de desenvolvimento do formando.
30 Optimizar o Feedback Forma de distribuição Equilibrada por todos os indivíduos Quantidade de informação por intervenção uma ideia de cada vez Evitar corrigir tudo simultaneamente Expressão verbal (cuidada, clara, concisa). Evitar informação em excesso
31 Optimizar o Feedback Acompanhar a execução seguinte e tentar perceber o efeito da intervenção anterior de F.B. Garantir avaliação séria das dificuldades. Ciclo do FB (FB+Obs Obs+FB) Verificação dos efeitos Verificar o efeito sobre as aprendizagens (ex( ex: alteração ou não do comp.). Reacção do formando: modifica de acordo com a informação dada, modifica sem acordo com essa informação ou não modifica? Fazer a síntese de várias repetições
32 Privilegiar o Elogio e o Feedback Positivo sobre os Desempenhos Correctos; Reforço positivo do progresso individual. Dignificar as respostas ou Desempenhos Incorrectos; Tornar essa informação específica. Dirigi-la ao comportamento e não à pessoa. Esclarecer (exemplificar) o comportamento adequado quando se der Feedback Negativo; Em determinados momentos é mais adequado uma combinação de feedback positivo e negativo;
33 Estrutura da Comunicação de FB Feedback Contexto Emissor Recolha de Informação Interpretação da inf. Organização da inf. Mensagem Feedback: Aspectos Formais Conteúdo informativo e afectivo Receptor /Elementos Informativos e Persuasivos Recepção (Exposição, Atenção, Compreensão) Aceitação (Aceitação/Rejeição,Retenção) Treinador Diagnóstico Erros detectados Erros decisivos e causa dos erros Canal: Auditivo Visual Cinestésico Aluno/atleta Processos Cognitivos e Afectivos Resposta:Prescrição FB Situações de Actividade Resposta/Acção Modificação ou não do Comportamento
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