Fases no processamento da informação Esquemas. Social
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- Glória Furtado Gentil
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1 Cognição Social e pensamento social Cognição social Fases no processamento da informação Esquemas Copyright, 2005 José Farinha Cognição Social Definição: Processamento da informação social - pensamento e conhecimento acerca de qualquer objecto humano, seja indivíduo, si próprio, grupos, papéis ou instituições. Âmbito: Estruturas e processos mediante os quais os sujeitos sleccionam, interpretam, recordam e usam a informação social para fazer julgamentos e tomar decisões; 2 1
2 Exemplos: Formas de pensar estereotipadas, explicação de factos sociais ambíguos, pensamentos que dão sentido a interacções sociais, contactos sociais inter-grupos, racismo, sexismo, inferências a partir de dados parciais, etc.. 3 Construtivismo e Empirismo na cognição social: Construtivismo: A realidade social é construída a partir de esquemas cognitivos: - Modelo estrutural. Empirismo O conhecimento é essencialmente um reflexo das condições da experiência - importância do meio: Modelo aditivo. 4 2
3 Ambas as posição estão representadas nos modelos de cognição social: Por exemplo, na formação de impressões: Perspectiva gestaltista-construtivista: Modelo de Solomon Asch (1946): - a formação de impressões não resulta de uma mera adição de elementos isolados, mas de uma actividade construtiva guiada por esquemas ou teorias implícitas da personalidade. Perspectiva empirista: Modelo de Norman Anderson (1962): - a impressão final resulta de uma integração algébrica linear das avaliações ponderadas das pontuações atribuídas a cada elemento. 5 Fases no processamento da informação Codificação: Interpretação e organização da informação nova a partir dos esquemas de forma a criar uma representação mental assimilável pela memória. Arquivamento: Memorização (armazenamento da informação). Recuperação: Recordação da informação. 6 3
4 Julgamento: Compreensão das impliações e combinações da informação integrada nos esquemas para tomar uma decisão ou realizar um julgamento. Decisão: Seleccionar e actuar uma acção social que reflicta o conhecimento esquemático codificado, armazenado, recuperado e utilizado nas decisões e planos orientadores da conduta. 7 Esquemas Definição: Estruturas mentais complexas compostas por conceitos, categorias e relações entre elas, organizadas em blocos de conhecimento baseados na experiência social, usados para processar activamente (dar sentido) a informação do meio; 8 4
5 Os esquemas são ao mesmo tempo; Blocos de conhecimento: Influenciam a codificação (recepção e interpretação) de informação nova; A memória de informação passada; As inferências acerca de informação em falta. Quadros de expectativas: Influenciam Previsão acerca de acontecimentos futuros; Tomadas de decisão baseadas nessas previsões. 9 Tipos de esquemas Tipos de esquemas Esquemas do eu ou auto-esquemas Organização do conhecimento existente sobre o próprio: Auto-conceito; Generalizações ou teorias implícitas acerca do próprio numa série de áreas (diferentes graus de desenvolvimento); Baseiam-se num processo de categorização das experiências passadas do próprio; Funcionam como os esquemas sobre os outros, excepto: a) São mais acessíveis à memória; b) São geralmente mais complexos; c) São mais carregados afectivamente; d) São mais representados de maneira mais verbal que visual. 10 5
6 Esquemas de pessoas Estruturas de conhecimento acerca de pessoas específicas (amigos, conhecidos, figuras públicas); Normalmente incluem traços, objectivos, motivos e formas de agir características dessas pessoas; Influenciam a percepção e a memórias acerca dessas pessoas os traços consistentes com o esquema tendem a ser melhor recordados. 11 Esquemas de papéis e grupos sociais Estruturas de conhecimento acerca de pessoas a quem é atribuído um determinado papel (professores, médicos); Conhecimento das normas e condutas associadas a esse papel; Por vezes é difícil de distinguir os papéis dos grupos sociais no seio do qual são exercidos esquemas de papéis = estereótipos sociais; Guia a memória para a informação consistente com o papel (Hastie, 1981, Exp. Bibliotecária/Dona de casa) ou, noutros casos, a informação contrastante. 12 6
7 Esquemas de acontecimentos: cenários e scripts Cenários: sequência de acontecimentos que ocorrem frequentemente e regularmente numa dada cultura: Scripts: definem as interacções típticas (adequadas) associadas a cada cenário; Episódicos (vinculados a acontecimentos concretos); Categoriais (de carácter genérico); Hipotéticos (generalizações a priori sobre supostos episódios concretos). Existe normalmente um grande consenso intragrupal sobre estes esquemas; Os cenários influenciam a codificação e percepção dos estímulos 13 Esquemas abstractos de resolução de problemas Esquemas de carácter geral, sem conteúdo específico (informação uma categoria específica) mas um número limitado de regras para processar informação; Definem procedimentos úteis para resolver problemas Exemplos: Equilíbrio relacional (Heider); Atribuição de causalidade (Kelley); Inferência social (heurísticas de representatividade e acessibilidade). 14 7
2.1. Formação de impressões 2.2. Julgamento social 2.3. Atribuição causal
2. Percepção do outro 2.1. Formação de impressões 2.2. Julgamento social 2.3. Atribuição causal Licenciatura em Ciências da Comunicação 1 Para formar uma impressão : forma directa: em interacção, com observação
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