Introdução e Classificação das Habilidades Motoras. Prof.ª Luciana Castilho Weinert
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- Gilberto Carrilho Varejão
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1 Introdução e Classificação das Habilidades Motoras Prof.ª Luciana Castilho Weinert
2 Conceitos Habilidade: tarefa com finalidade específica; Habilidade motora: habilidade que exige movimentos voluntários do corpo; Precisam ser aprendidas Meta: contexto funcional (aprendizado e motivação)
3 Conceitos Movimento: características do comportamento de membro ou membros; Ações: respostas as metas Consistem em movimentos do corpo ou membros
4 Classificações das Habilidades Motoras Dimensão da musculatura envolvida: fina ou grossa. Distinguibilidade dos movimentos: Discreta (começo e fim); Serial (várias discretas); Contínuas (movtos repetitivos). Estabilidade do Ambiente: Fechada (objeto sobre o qual se age não muda durante) Aberta (objeto ou contexto varia durante desempenho)
5 Habilidades Motoras Fundamentais ou Básicas
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9 Medidas do Desempenho Motor Medidas de Resultados no Desempenho: Tempo para completar uma resposta Tempo de reação Erro cometido no desempenho do movimento Nº ou % de erro Nº de tentativas bem-sucedidas Tempo dentro e fora do alvo Tempo em e fora do equilíbrio Distância Tentativas a serem completadas
10 Medidas do Desempenho Motor Medidas de Produção do Desempenho: Deslocamento Velocidade Aceleração Ângulo da articulação Torque da articulação Eletromiografia Eletroencefalograma
11 Medidas Cinemáticas e Cinéticas Cinemáticas: descreve movimento sem considerar força ou massa (Ex: v., x., a.) Cinéticas: considera forças no estudo do movimento (Ex: torque articular)
12 Medidas de Coordenação Quantificação ou caracterização dos movimentos complexos. Coordenação: padronização dos movimentos em relação ao ambiente. Para aprender uma habilidade: Coordenação de movimento dos membros + Adequação ao contexto em que a habilidade é realizada
13 Como construímos movimentos coordenados? Quem controla a ocorrência dos nossos movimentos? Será que temos um controle específico para cada movimento de cada articulação? (792 músculos capazes de fazer uma centena de articulações se comportar de formas diferentes)
14 Sistemas do Controle do Movimento Circuito Aberto Centro de Controle do Movimento Comandos do Movimento Executores do Movimento Circuito Fechado Centro de Controle do Movimento Comandos do Movimento Feedback Executores do Movimento
15 Feedback Informação aferente: receptores sensoriais centro de controle Receptores auditivos, visuais, táteis e proprioceptivos Sistema aberto: Feedback disponível mas não utilizado Porque não é necessário ou porque não há tempo
16 Teorias do Controle Motor Teoria baseada no programa motor: valoriza mais aspectos centrais do controle Teoria dos Sistemas Dinâmicos; valoriza mais componentes ambientais. Atualmente são as teorias comportamentais dominantes.
17 Teoria Baseada no Programa Motor Fundamentada na memória que controla o movimento coordenado. Programa motor generalizado Classes de ações ou Grupos de Movimentos Compartilham características comuns: aspectos invariantes Para realizar um movimento a pessoa recupera o programa da memória e acrescenta parâmetros específicos do movto Ex: música em velocidade + rápida possui características inalteradas
18 Teoria Baseada no Programa Motor Teoria do Esquema de Schmidt (1988), 2 partes: Programa Motor Generalizado: características gerais de classes de ações Esquema de resposta motora: regras específicas que orientam ação em dada situação Evidências: sucesso em habilidade nunca realizada, preparo do movimento antes de realizar (TR), movto preciso sem feedback
19 Teoria dos Sistemas Dinâmicos Contraste com a Teoria do Programa Motor Visão multidisciplinar Não se ater somente a informação do SNC Considera características das tarefas e do ambiente Tríade de Newell (1986): pessoa, ambiente e tarefa.
20 Informação Sensorial no Controle da Ação PRÁTICA COM OBJETOS, VENDADOS
21 Informação Sensorial ou Feedback Apanhar uma bola: local, tempo, posição da mão, movimento dos dedos... Fontes de informação mais importante: propriocepção e da visão. Propriocepção: reconhecimento da localização espacial do corpo (parado e em movimento).
22 Feedback Proprioceptivo Eliminação do feedback proprioceptivo: Deaferenciação Bloqueio do nervo (inflar esfigmomanômetro) Experimentos: macacos + desajeitados após deaferenciação Feedback proprioceptivo X precisão movimento
23 Visão e Controle do Movimento Campo visual: visão central (2-5 ₀ ) periférica (200 ₀ horizontal e 160 ₀ vertical) Tendência a confiar principalmente na visão Ex: aprender a digitar Ex: sala com paredes em movimento Mais utilizada na fase final do movimento Ex: correções para alcançar um alvo
24 Visão e Controle do Movimento Na preensão: forma, textura, distância, moldagem da mão (Prática: escrita a mão no quadro sem a visão); Na locomoção: marcações no solo com linhas para os calcanhares auxiliam tamanho do passo no Parkinson. (e na escola? amarelinhas?..) Na apreensão do objeto em movto: vendo somente a bola apanham 9,2 bolas em 20, vendo bolas e mãos 17,5 em 20. (visão informa antes, feedback tátil e proprioceptivo após contato
25 Controle de Habilidades Motoras Complexas Compromisso entre velocidade e precisão Se um aumenta outro diminui Tempo de movimento aumenta quando há: Distâncias maiores Alvos menores Porque são necessárias mais correções
26 Equivalência motora Prática: Escrita com a mão preferencial em papel Escrita com a mão oposta em papel Escrita com a caneta entre os dentes Escrita com a mão preferencial em quadro-negro Comparação: Semelhanças Diferenças Papel do ambiente? Papel do programa motor?
27 Equivalência Motora Conceito de Bernstein (1967) A pessoa se adapta às necessidades específicas que lhe são impostas. Em que este conceito se relaciona com a Educação Física escolar?
28 Coordenação Bimanual Movimentos diferentes com as duas mãos: um membro tende a fazer o mesmo movimento do outro. Ambos controlados pelo mesmo programa motora. Requer adaptação do programa motor Atenção especial no aprendizado de habilidades em que os membros executam ações diferentes simultâneas. Ex:?
29 Preparação do Sistema de Controle Motor Preparação do Movimento ou Tempo de Reação (TR): período entre intenção de agir e o início da ação. Características da situação da tarefa que influenciam: Número de opções de resposta (tempo para escolher) Previsibilidade da opção de resposta que é correta Regularidade do período prévio (sinal para resposta) Complexidade do movimento Precisão do movimento Repetição de um movimento Tempo entre diferentes respostas a dif. sinais (2ª + lenta)
30 Preparação do Sistema de Controle Motor Características do executante que afetam a preparação: Prontidão (TR aumenta se aumenta tempo de prontidão) Prestar atenção no sinal (TR diminui se aumenta consciência) Prática (diminui TR) (reduz incerteza e aumenta coordenação) O que acontece na preparação? Preparação da postura Organização dos membros (posição e trajetória) Preparação para objeto específico Preparação da codificação espacial( sentido resposta) Preparação do ritmo
31 Controle Motor e Atenção Atenção: funções perceptivas, cognitivas e motoras associadas ao desempenho da habilidade Realização consciente ou inconscientemente. Nível de despertar muito alto ou baixa diminui capacidade de atenção. Fazer mais de uma coisa ao mesmo tempo?? 2 tarefas compartilham mesmo recurso =reduz desempenho
32 Atenção e Consciência Automatismo: habilidades podem ser realizadas sem solicitação da atenção Atenção solicitada ao começo da habilidade Habilidades complexas possuem trechos automáticos É mais fácil executar 2 habilidades se 1 é simples, mas somente um conjunto de comandos enviado por vez
33 Atenção e Consciência Aprendizagem atenção consciente em pistas ambientais para selecioná-las. Depois a identificação das pistas pode ficar automática. Como temos capacidade limitada de processar informação: Direcionar o foco da atenção na situação de desempenho
34 Atenção Visual Seletiva Busca visual no ambiente auxilia a obter informações para tomada de decisões motoras O que chama nossa atenção Aspectos inesperados Aspectos + significativos (identificados com prática e orientação) Quanto + interação na prática + aspectos. Prática! Experimentos: instrução verbal não precisa ser explícita. Direcionar a visão p/ área em que ocorrem as pistas críticas
35 Referências MAGILL, R.A. Aprendizagem Motora: conceitos e aplicações. 5 ed. São Paulo: Blucher, Capítulos 1, 2 e 3
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