Jovem e ligada, NBA cresce na TV nos EUA

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1 O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO SEGUNDA-FEIRA, 4 / JUNHO / mi de euros a Uefa faturou em patrocínio da Liga dos Campeões na última temporada; esse valor subirá para o próximo triênio Jovem e ligada, NBA cresce na TV nos EUA POR DUDA LOPES, DE BOSTON (EUA) A NBA (liga de basquete dos Estados Unidos) vive um momento especial na relação com o torcedor, algo comprovado pela consolidação mais recente de audiência na televisão. As finais das conferências tiveram a maior audiência em seis anos e a segunda maior em 16 anos. Em relação à temporada passada, o aumento foi de 40% na média das partidas. Segundo levantamento da Nielsen, a audiência média das partidas foi superior a 9 milhões de pessoas, nas três emissoras que exibiram os jogos (TNT, ESPN e ABC). A TNT teve a segunda partida da NBA mais assistida na história da TV paga: 14,8 milhões de pessoas no jogo 7 entre Golden State Warriors e Houston Rockets. Mesmo sem os resultados da final entre Cleveland Cavaliers e Warriors, a NBA 1

2 já pode somar os números alcançados nas decisões das conferências na lista de objetivos obtidos nos últimos anos e explicitados ao longo desta temporada. A NBA é hoje a liga mais jovem e conectada do mercado americano, entre as grandes disputas do país. Atualmente, a média de idade do telespectador dos jogos de basquete nos Estados Unidos é de 42 anos, contra 50 anos na NFL (liga de futebol americano) e 57 da MLB (liga de beisebol). Somente nesta temporada, a presença de torcedores no basquete entre 18 e 34 anos subiu em 14%. E esse jovem torcedor tem uma presença marcante no meio digital. Segundo a Nielsen, o fã da NBA é o mais engajado nas redes sociais; 45% deles estão regularmente nas novas mídias, contra 37% da NFL e 41% do esporte em geral nos EUA. Os números se refletem nas redes sociais. Hoje, a NBA tem maior presença de torcedores no Twitter em relação à NFL. No Facebook, o número de seguidores é quase o dobro. Os números impressionam porque, na televisão, o futebol americano continua com índices substancialmente superiores aos do basquete. Todo esse movimento tem levado resultados financeiros efetivos à NBA. A assinatura do serviço de streaming da NBA, o League Pass, cresceu 63% nesta temporada. Nas quadras, houve um recorde de público, com quase 18 mil pessoas por partida, com taxa de ocupação superior a 95% da capacidade dos ginásios. Com todo esse cenário positivo, as franquias da NBA também colheram bons frutos. Nesta temporada, a valorização de cada time foi de 22%. Em média, elas passaram a valer US$ 1,65 bilhão, mais de R$ 6 bilhões. Além do alcance jovem e crescente, as equipes foram beneficiadas com a abertura de patrocínio na camisa. IMAGEM DA SEMANA GUGA E DJOKO EM AÇÃO NA TORRE EIFFEL Patrocinadora de Roland Garros e dos ídolos Guga Kuerten e Novak Djokovic, a Lacoste fez uma ação de impacto para promover o aporte ao tênis; a marca de roupas instalou uma quadra aos pés da Torre Eiffel e fez um jogo entre Guga e Djoko

3 OPINIÃO NBA leva alento ao mercado americano POR DUDA LOPES diretor de novos negócios da Máquina do Esporte Existe uma apreensão no mercado esportivo americano graças aos números de audiência da NFL, em queda nas últimas temporadas. Nessa aflição, é recorrente o discurso da mudança de consumo midiático, de um público jovem menos simpático ao modelo vigente até então. A NBA, por outro lado, mostra um roteiro bem diferente. A preocupação com as novas mídias não tem como função central uma transposição de meio, mas um complemento, um modo de promover os eventos. Caso sejam bem trabalhados, os canais de comunicação não vão ser uma distração, mas sim uma nova ferramenta de aproximação com os torcedores. Esse movimento pode e deve ser convertido em fontes tradicionais: televisão, ingressos, venda de licenciados. No relatório da Nielsen sobre o esporte na mídia dos EUA em 2017, há uma ressalva específica para o assunto. Ao longo deste século, as novas mídias foram somadas aos meios tracionais; não houve canibalismo entre as ferramentas de consumo. Em 2002, um americano com mais de 18 anos consumia conteúdo por 51 horas semanais em média, dividido basicamente entre rádio e TV. Em 2017, o número chegou a 79 horas, graças à inclusão de celulares, tablets, etc. Houve, de fato, redução no tempo em frente à TV e ao rádio, mas muito pouco comparado ao crescimento das novas mídias. Além disso, apesar da revolução no consumo midiático, o conteúdo não sofreu alteração. O modelo de série propagado pelo Netflix é o mesmo da HBO, que é o mesmo em exibição nos canais abertos na década de O que o entretenimento precisa assimilar de forma natural é a necessidade de ampliar a própria presença nos novos canais, algo que a NBA tem demonstrado maior preocupação. O jovem torcedor, absorvido por um ambiente estimulador, recorrerá aos velhos caminhos de consumo, seja na televisão ou na cadeira de um estádio. Vale a ressalva de que a NFL é um produto incomparável na televisão americana. As duas finais de conferência da última temporada tiveram alcance superior a 40 milhões de pessoas cada uma, número quase cinco vezes maior do que o recorde apresentado pela NBA neste ano. Por isso as variações nos dados da disputa são usadas como referência no mercado esportivo. O problema é que essa amplitude de público torna mais difícil uma comunicação mais precisa. E, portanto, talvez não seja o melhor caminho para a compreensão do momento vivido pelo esporte. As novas mídias são um meio de promoção dos eventos esportivos, que pode levar torcedor à TV ou ao estádio

4 Coritiba decide lançar marca própria de camisa POR REDAÇÃO OLYMPIKUS VOLTA A APOSTAR EM PARCERIA COM ESTILISTA O estilista Alexandre Herchcovitch foi anunciado como o novo head de estilo da fabricante Olympikus. O estilista, que já foi parceiro da empresa nos anos 2000, com a confecção de uniformes para as equipes do Brasil em Jogos Olímpicos, terá como função na empresa auxiliar na elaboração de uma linha esportiva que tenha apelo de moda. Os planos da Vulcabras Azaleia, dona da marca Olympikus, é de tornar a empresa líder em confecções. O Coritiba enviou aos sócios do clube um comunicado para informar a nova empreitada da equipe paranaense: os atletas terão um fornecedor de material esportivo diferente em E será uma marca própria que estampará as camisas. Segundo informações divulgadas no jornal Gazeta do Povo, o Coritiba deverá acertar a produção de camisas com a empresa Voleio, de Fortaleza, que cobrará do clube R$ 70 pela peça. Por conta própria, a revenda ficaria em R$ 200, o que pode gerar cerca de R$ 1 milhão por ano ao clube. A principal inspiração para o Coritiba decidir operar uma marca própria foi o modelo adotado pelo Paysandu em 2016, que rendeu ao time quase R$ 2 milhões no primeiro ano, graças ao sucesso de venda do uniforme. A diretoria do time criou a marca Lobo e dispensou empresas tradicionais do ramo. O faturamento do segmento têxtil, atualmente, beira os R$ 6 milhões por temporada, o que tem levado outros clubes de apelo mais regional a adotá-lo com relativo sucesso. Por ora, não foram revelados mais detalhes pela diretoria do Coritiba, mas foi adiantado que o atual contrato com a Adidas, válido até o fim deste ano, não será renovado. A diretoria do time entende que o acordo com a marca alemã não foi financeiramente vantajoso, assim como já havia acontecido com a parceria anterior, com a Nike. Caso o negócio seja levado adiante, o Coritiba será o primeiro clube de maior porte entre os da região Sul do país a adotar o modelo de marca própria para o seu uniforme. MUSEU RECONTA COPA DE 1958 EM AÇÃO COM ITAÚ E EPSON A partir desta terça-feira, o Museu do Futebol abrirá a exposição A Primeira Estrela, em referência ao título da Copa do Mundo de 1958, conquistado pela seleção brasileira. A ideia é mostrar uma realidade diferente da seleção brasileira na época, sem o status de favorito que o time mantém hoje após cinco títulos mundiais. Além disso, há uma série de imagens, desde a preparação no Brasil até a decisão do torneio, que poucos brasileiros tiveram acesso. Na época, o rádio foi o modo de acompanhar a seleção. A montagem é patrocinada pelo Itaú, patrocinador da seleção, e pela Epson. O aporte de ambos foi realizado por meio da Lei Rouanet.

5 Under Armour desiste de negócio com MLB POR POR ERICH REDAÇÃO BETING A Under Armour decidiu abrir mão de ser a nova patrocinadora da MLB, a liga de beisebol dos Estados Unidos. Depois de acertar um contrato de dez anos de duração que valeria a partir de 2020, a fabricante optou por não entrar no negócio, que agora deverá ser repassado para a rival Nike. As informações são do jornal americano SportsBusiness Journal (SBJ), que justifica a desistência da Under Armour por conta dos valores envolvidos no negócio, de cerca de US$ 50 milhões. O pré-contrato entre marca e MLB havia sido assinado em 2016, época em que a Under Armour vinha expandindo a presença no esporte americano. Agora, a empresa tem feito uma reestruturação dos negócios, focando em modelos mais rentáveis. No acordo com a MLB, a marca fabricaria os uniformes de jogo, enquanto a Fanatics comercializaria réplicas e outros produtos oficiais. O negócio fez com que a Nike antecipasse a saída do beisebol. Agora, a marca regressa para o negócio, num modelo similar ao que foi assinado recentemente com a NFL, a liga de futebol americano. Nele, as versões oficiais de varejo e vestuário são produzidas pela Fanatics, enquanto a Nike produz os uniformes de atletas. Segundo o SBJ, o acordo entre Nike e MLB está 80% pronto, e o anúncio deve ser feito nos dias que antecedem o All-Star Game, em julho. A partir de 2020, a marca apareceria nas camisas da MLB, além de ganhar mais exposição em campo. O negócio amplia a força da Nike nas principais ligas esportivas dos EUA, coroando um movimento que foi feito pela empresa nos últimos anos. A fabricante já é parceira da NBA e da NFL. Só a NHL, de hóquei, que é da grande rival Adidas. 5