Teoria Microeconômica IV

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Teoria Microeconômica IV"

Transcrição

1 Teoria Microeconômica IV Parte 2. O problema Principal-Agente Capitulo I. Ações não observáveis: Perigo Moral 4 Trimestre 2011 Mestrado em Economia V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

2 Assimetria pós-contratual Assimetria de informação pode não existir ex-ante, mas aparecer depois da assinatura de um contrato entre duas partes Os termos do contrato têm que incorporarem essas assimetrias Um exemplo clássico é a interação entre dois indivíduos um indivíduo, chamado de principal contrata outro indivíduo, chamado de agente para uma tarefa O principal não observe o esforço do agente, somente observa o resultado Como desenhar um contrato de tal maneira que o agente implemente o esforço desejado pelo principal V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

3 Exemplos Acionistas de uma empresa versus administrador Empresa de seguro versus motorista Banco versus tomador de empréstimo V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

4 Perigo moral Uma firma (principal) vai contratar um administrador (agente) para uma empreitada O lucro do projeto tem uma distribuição que depende do esforço do agente Seja π R o lucro Um contrato é um esquema de compensação (regra salarial) contingente ao lucro observável w( ) : π w(π) O agente aceita ou não o contrato, sendo que o custo de oportunidade é dado por ū (utilidade de reserva) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

5 Perigo moral Seja e {e l, e h } o esforço Esforço afeta a probabilidade de sucesso do projeto A distribuição acumulada do lucro condicional ao esforço e é dado por F ( e) : [π, π] [0, 1] Vamos supor que F ( e) admite uma densidade f(π e) > 0 para cada π [π, π] O suporte da distribuição do lucro não é afetado pelo esforço Observação Suponha que existe um nível do lucro π que está no suporte da distribuição somente quando o agente não se esforça Como isso provê informação ao principal, pode-se colocar punições severas o suficiente tal que desestimula o agente a não se esforçar V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

6 FOSD Hipótese A distribuição F ( e h ) domina estocasticamente em primeira ordem a distribuição F ( e l ), i.e., π [π, π], F (π e h ) F (π e l ) com desigualdade estrita em algum intervalo aberto Π [π, π] V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

7 FOSD Proposição A distribuição F ( e h ) domina estocasticamente em primeira ordem a distribuição F ( e l ) se e somente se u(π)f(π e h )dπ u(π)f(π e l )dπ para qualquer função u crescente (u 0) Em particular, temos πf(π e h )dπ πf(π e l )dπ V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

8 Payoffs A firma é neutro ao risco (portfolio bem diversificado) e maximiza (π w(π))f(π e)dπ O agente maximiza uma utilidade esperada com uma Bernoulli (w, e) u(w, e) verificando onde u(w, e) = v(w) g(e) v é estritamente crescente, i.e., v (w) > 0 para cada w, v é concave, i.e., v 0 g(eh ) > g(e l ) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

9 Esforço first-best Considere um planejador observando o esforço do agente Ele pode decidir como alocar o lucro π entre o agente e o principal, escolhendo transferências verificando τ p + τ a = Id e τ a 0 τ p, τ a : π R 2 Uma alocação é um triplo (e, τ p, τ a ) verificando a condição de participação do agente v(τ a (π))f(π e) g(e) ū Uma alocação (e, τ p, τ a ) é first-best se ela é Pareto ótima V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

10 Esforço first-best Existe uma alocação na qual o principal tem lucro não negativo se e somente se min πf(π e)dπ v 1 (g(e) + ū) 0 e {e l,e h} Faremos a hipótese que essa condição é satisfeita Proposição Uma alocação (e, τ p, τ a ) é first-best se e somente se e argmax e {el,e h} πf(π e)dπ v 1 (g(e) + ū) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

11 Principal-agente com esforço observável A firma maximiza (π w(π))f(π e)dπ escolhendo o esforço e {e l, e h } e o esquema w( ) sujeito a restrição de participação do agente (racionalidade individual) v(w(π))f(π e)π g(e) ū (IR) Vamos analisar esse problema em duas etapas 1 Fixamos a escolha do esforço e, e procuramos o melhor esquema w e 2 Escolhemos o melhor esforço V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

12 Principal-agente com esforço observável Fixando o esforço e, o problema do principal é equivalente a w(π)f(π e)dπ t.q. v(w(π))f(π e)π g(e) ū (P e ) min w( ) Proposição Se w( ) é uma solução de (P e ) então o salário fixo π ŵ pagando o valor esperado ŵ = w(π)f(π e)dπ também é solução de (P e ) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

13 Principal-agente com esforço observável Proposição No problema principal-agente com esforço observável, o contrato ótimo ofertado pela firma especifica um esforço e e um pagamento constante π ŵ e definido por ŵ e = v 1 (ū + g(e )) onde e é a solução do problema πf(π e)dπ v 1 (ū + g(e)) max e {e l,e h} Esse contrato ótimo é único se v é estritamente concave, i.e., v (π) < 0 para cada π V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

14 Principal-agente com esforço observável Por causa da observabilidade do esforço, o fato de existirem um agente e um principal, não altera o nível de esforço ótimo em relação ao first-best A firma carrega todo o risco Como a firma é neutro ao risco e o agente é avesso ao risco, isso é socialmente ótimo O contrato da firma implementa o esforço ótimo e providencia um seguro perfeito ao agente V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

15 Esforço não observável Quando o esforço não é observável, vamos mostrar que existe um conflito entre esforço ótimo e seguro perfeito Vamos analisar em primeiro o caso do agente neutro ao risco Nesse caso específico, o contrato ótimo gera a mesma escolha de esforço e utilidades esperadas para o agente e o principal V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

16 Agente neutro ao risco Suponha que v(w) = w O esforço ótimo com esforço observável é e solução de πf(π e)dπ g(e) ū max e {e l,e h} O agente recebe a utilidade ū O payoff da firma é πf(π e )dπ g(e ) ū V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

17 Agente neutro ao risco Proposição No problema de principal e agente com esforço não-observável e agente neutro ao risco, o contrato ótimo induz um mesmo nível de esforço e utilidade esperada para ambos o agente o principal que num modelo com esforço observável Observação Não existe conflito entre risk-sharing e incentivos Isso é porque não importa quem carrega o risco V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

18 Prova Suponha que o principal oferece o esquema de compensação π w(π) = π α Isso pode ser interpretado como um contrato de vendo O termo α é o preço da firma Se o agente aceita esse contrato, ele escolhe o esforço para maximizar w(π)f(π e)dπ g(e) = πf(π e)dπ α g(e) Dessa forma o agente escolha o mesmo nível de esforço e do que no caso de esforço observável: nível de esforço socialmente ótimo V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

19 Prova O agente aceita esse contrato se cobrir o custo de oportunidade πf(π e )dπ α g(e ) ū (IR) Seja α verificando a condição (IR) com igualdade Com o contrato π w(π) = π α, o principal obtém o payoff α = πf(π e )dπ g(e ) ū Assim o agente e o principal ganham exatamente o mesmo payoff que teriam se o esforço fosse observável Esse contrato não pode ser melhorado: não tem como obter um payoff maior do que no modelo com esforço observável V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

20 Agente avesso ao risco O nível de esforço é escolhido pela firma Mas o esforço não é observável Então, os termos do contrato da firma deve induzir o agente a escolher o esforço que maximiza o payoff da firma A escolha do agente deve ser induzida pela firma O risk-sharing ótimo: seria providenciar seguro ao agente Os problemas de incentivos podem ser resolvidos ao custo de colocar o agente no risco V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

21 Contrato ótimo Para calcular o contrato ótimo do principal, vamos aplicar uma estratégia em duas etapas 1 Para cada esforço e que o principal gostaria de implementar, vamos procurar o esquema de compensação ótimo w(π)f(π e)dπ s.a. min w( ) v(w(π))f(π e)dπ g(e) ū (IR) e e argmax e {e l,e h} v(w(π))f(π e )dπ g(e ) (IC) 2 Analisamos qual é o esforço que maximiza o payoff do principal V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

22 Implementando e l Basta oferecer um salário fixo mínimo consistente com racionalidade individual π w(π) = ŵ el = v 1 (ū + g(e l )) Como o esforço não afeta o salário, o agente escolha o esforço menos custoso: e l Se o principal oferecesse um salário variável, sua média deveria ser maior que ŵ el Pois o agente é avesso ao risco e deve ser compensado para carregar parte do risco Com média maior, a firma fica pior V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

23 Implementando e h Procuramos resolver o problema seguinte w(π)f(π e h )dπ s.a. min w( ) v(w(π))f(π e h )dπ g(e h ) ū (IR) e v(w(π))f(π e h )dπ g(e h ) v(w(π))f(π e l )dπ g(e l ) } {{ } } {{ } E[u(w( ), e h ) e h ] E[u(w( ), e l ) e l ] (IC) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

24 Condições necessárias Lema Se w ( ) é uma solução do problema do principal (contrato ótimo) então a restrição de participação (IR) é ativa, i.e., v(w (π))f(π e h )dπ g(e h ) = ū (IRb) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

25 Lagrangeano Seja γ 0 o multiplicador de Lagrange da restrição (IR) Seja µ 0 o multiplicador de Lagrange da restrição (IC) Proposição O contrato w ( ) é ótimo se e somente se existem γ 0 e µ 0 tal que w ( ) seja solução de { [ ( min w(π) v(w(π)) γ + µ 1 f(π e )]} l) f(π e h )dπ w( ) f(π e h ) satisfazendo as restrições (IR) e (IC) bem como [ ] µ v(w (π))[f(π e h ) f(π e l )]dπ g(e h ) g(e l ) = 0 e [ γ ] v(w (π))f(π e h )dπ g(e h ) ū = 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

26 Contrato ótimo Seja (x, π) Φ(x, π) a função Φ(x, π) = x v(x) [ ( γ + µ 1 f(π e )] l) f(π e h ) Lema se e somente se w argmin w( ) Φ(w(π), π)f(π e h )dπ w (π) argmin{φ(x, π) : x R + } V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

27 Contrato ótimo Quando v satisfaz as condições de Inada lim x 0 v (x) = + e lim x v (x) = 0 temos que se e somente se w (π) argmin{φ(x, π) : x R + } ( 1 v (w (π)) = γ + µ 1 f(π e ) l) f(π e h ) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

28 Contrato ótimo O contrato w ( ) é ótimo se e somente se existem γ 0 e µ 0 tal que ( 1 v (w (π)) = γ + µ 1 f(π e ) l) f(π e h ) as restrições (IR) e (IC) são satisfeitas bom como [ ] µ v(w (π))[f(π e h ) f(π e l )]dπ g(e h ) g(e l ) = 0 e [ γ ] v(w (π))f(π e h )dπ g(e h ) ū = 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

29 Contrato ótimo Já vimos que a restrição de participação (IR) é ativa ao equilíbrio, i.e., v(w(π))f(π e h )dπ g(e h ) = ū (IRb) Lema A condição de compatibilidade com incentivos é ativa ao equilíbrio, i.e., v(w (π))f(π e h )dπ g(e h ) = v(w (π))f(π e l )dπ g(e l ) (ICb) Observação Ao equilíbrio os multiplicadores de Lagrange verificam λ > 0 e γ > 0 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

30 Contrato ótimo implementando e h Seja ŵ o salário definido por 1 v (ŵ) = γ Isso seria o salário ótimo se esforço não afetasse a distribuição do lucro Temos então w (π) > ŵ se f(π e l ) < f(π e h ) e w (π) < ŵ se f(π e l ) > f(π e h ) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

31 Contrato ótimo implementando e h O esquema ótimo de compensação tem que incentivar o esforço e h pagando mais os níveis de lucro mais prováveis com esforço e h Paga-se mais quando f(π e l ) < f(π e h ) Paga-se mais nos pontos onde o lucro é mais provável de ser observado sob esforço alto É importante perceber que não é por motivo de inferência estatística Pois o principal sabe que o agente exerce o esforço e h É por razões de incentivos V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

32 Contrato ótimo implementando e h V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

33 Contrato ótimo implementando e h V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

34 Contrato ótimo implementando e h Em geral o esquema de compensação pode não ser uma função monótona do lucro A função w ( ) será monótona se temos monotonicidade da razão de verossimilhança Monotone likelihood ratio π > π = f(π e l ) f(π e h ) > f(π e l) f(π e h ) Milgrom, P. Good news and bad news: Representation theorems and applications Bell Journal of Economics (1981) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

35 Exemplo Seja u(w) = ln w Suponha que somente três níveis de lucro sejam possíveis π 1 < π 2 < π 3 Temos a seguinte associação entre esforço e probabilidades de cada resultado Prob(π 1 e) Prob(π 2 e) Prob(π 3 e) e l 1/3 1/3 1/3 e h 1/9 5/9 3/9 F (e h ) domina estocasticamente em 1 o ordem F (e l ) F (π 1 e) F (π 2 e) F (π 3 e) e l 1/3 2/3 1 e h 1/9 2/3 1 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

36 Contrato ótimo implementando e h Podemos reproduzir as seguintes condições de primeira ordem ( w(π i ) = γ + µ 1 Prob(π ) i e l ) Prob(π i e h ) Temos então w(π 1 ) = γ + µ(1 3) < γ w(π 2 ) = γ + µ(1 3/5) > γ w(π 3 ) = γ A razão de verossimilhança não é monótona V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

37 Custo para alinhar os incentivos Proposição Quando o esforço não é observável e o principal quer implementar o esforço e h, o contrato ótimo w h: dá ao agente a utilidade esperada ū e envolve um salário esperado E[wh( ) e h ] maior do que o requerido salário fixo ŵ eh quando o esforço é observável Para incentivar o esforço e h o salário tem que variar com o lucro Como o custo de oportunidade é o mesmo: ū O principal tem que pagar um prêmio para o agente aceitar ficar no risco Para implementar o maior esforço, a não observabilidade causa perdas de bem estar V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

38 Qual esforço implementar? Seja wi ( ) o contrato ótimo implementando o esforço e i, i {L, H} O principal compara o aumento do lucro esperado πf(π e h )dπ πf(π e l )dπ com o custo para implementar o esforço e h wh(π)f(π e h )dπ wl(π)f(π e l )dπ Lembra que o esquema de compensação wl( ) é constante igual ao salário ótimo ŵ el implementando e l quando esforço é observável V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

39 Qual esforço implementar? Proposição Se o esforço e L é ótimo com esforço observável então e L continua sendo o esforço ótimo para ser implementando quando o esforço não é observável V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

40 Qual esforço implementar? Suponha que e H é o esforço ótimo a ser implementado quando o esforço é observável Temos então E[π e h ] E[π e l ] ŵ eh ŵ el Para continuar implementando e H com esforço não observável, é preciso colocar o agente no risco e pagar o prêmio E[w h e H ] ŵ eh Existem duas situações se o custo do risco não for muito elevado, ainda é ótimo implementar e h se não, é melhor não tentar alinhar incentivos Nos dois casos, não observabilidade causa perda de bem estar para o principal (o agente sempre recebe o custo de oportunidade ū em utilidade esperada) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

41 Exemplo 2 Suponha três níveis de esforço e 1 < e 2 < e 3 Custo g(e 1 ) = 0, g(e 2 ) = k e g(e 3 ) = 1, onde k (0, 2/3) Suponha que o lucro possa tomar dois valores possíveis, π = 1 ou π = 1 As distribuições são dadas por Pr(π = 1 e) Pr(π = 1 e) e 1 1/2 1/2 e 2 3/4 1/4 e 3 7/8 1/8 Vamos mostrar que é impossível implementar e 2 qualquer que seja a função v( ) V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

42 Exemplo 2 As restrições de compatibilidade de incentivo são : e Ou seja, v(w( 1)) + 3v(w(1)) 4 v(w( 1)) + 3v(w(1)) 4 k k v(w( 1)) + v(w(1)) 2 v(w( 1)) + 7v(w(1)) 8 1 v(w( 1)) + v(w(1)) 4k e v(w( 1)) v(w(1)) 8k 8 Somando as duas desigualdades, temos 12k 8, ou k 2/3 V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Teoria Microeconômica IV 4 o trimestre / 42

Resolução da Lista de Exercício 6

Resolução da Lista de Exercício 6 Teoria da Organização e Contratos - TOC / MFEE Professor: Jefferson Bertolai Fundação Getulio Vargas / EPGE Monitor: William Michon Jr 10 de novembro de 01 Exercícios referentes à aula 7 e 8. Resolução

Leia mais

FGV Direito Rio. Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves. Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard

FGV Direito Rio. Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves. Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard FGV Direito Rio Finanças Corporativas & Economia do Direito Prof. Edson Gonçalves Assimetria de Informação, Sinalização, Screening & Moral Hazard Assimetria de Informação O que acontece quando os agentes

Leia mais

Exemplo: Monopólio de segundo grau

Exemplo: Monopólio de segundo grau Notas de Aula - Teoria dos Jogos - FCE/UERJ 2016.2 (Versão preliminar - favor não circular) Professor Pedro Hemsley Horário: xxxx Sala: xxxx Ementa e informações relevantes: página do curso 1 Seleção Adversa

Leia mais

Racionalidade limitada e informação privada

Racionalidade limitada e informação privada Racionalidade limitada e informação privada Aula 5 Referências: Milgrom e Roberts, caps. 5-6 Shy, seções 12.7 e 15.1 Seleção adversa e market for lemons Na aula anterior, ao analisarmos o problema de market

Leia mais

Gabarito da Lista 11 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Rafaela Nogueira

Gabarito da Lista 11 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Rafaela Nogueira Gabarito da Lista 11 de exercícios - Microeconomia Professora: Joisa Dutra Monitor: Rafaela Nogueira 1. (a) Caracterizemos o problema do comprador i: max b i (v i b i ) Prob(b i b j ) (1) em que j designa

Leia mais

Exemplo: Monopólio de segundo grau

Exemplo: Monopólio de segundo grau Notas de Aula - Teoria dos Jogos - FCE/UERJ 2016.2 (Versão preliminar - favor não circular) Professor Pedro Hemsley Horário: xxxx Sala: xxxx Ementa e informações relevantes: página do curso 1 Seleção Adversa

Leia mais

Risco Moral Exemplos 1

Risco Moral Exemplos 1 Risco Moral Exemplos Esquemas de Incentivos «Pois é, qual é a vantagem de aprender a fazer correctamente, quando fazer correctamente é complicado mas fazer errado não é nada complicado, e o salário é precisamente

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Departamento de Economia UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE ECONOMIA, ADMINISTRAÇÃO E CONTABILIDADE Departamento de Economia Programa de Pós-Graduação em Economia Microeconomia II (EAE5706) Prof. Rafael V. X. Ferreira Lista

Leia mais

Refinamentos de Equilíbrios de Nash

Refinamentos de Equilíbrios de Nash Refinamentos de Equilíbrios de Nash Prof. Leandro Chaves Rêgo Programa de Pós-Graduação em Estatística - UFPE Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção - UFPE Recife, 06 de Outubro de 2014 Equilíbrio

Leia mais

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL

ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL ESTATÍSTICA COMPUTACIONAL Ralph dos Santos Silva Departamento de Métodos Estatísticos Instituto de Matemática Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Considere o problema de encontrar o valor que

Leia mais

Risco. Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol.

Risco. Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol. Risco Definição: Uma lotaria é qualquer evento com um resultado incerto. Exemplos: Investimento, Jogos de Casino, Jogo de Futebol. Definição: A probabilidade de um resultado (de uma lotaria) é a possibilidade

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO II/05 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 8//5 MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO ECONOMIA DA INFORMAÇÃO E DOS INCENTIVOS APLICADA À ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO Prof. Maurício

Leia mais

TEORIA DA PRODUÇÃO. Rafael V. X. Ferreira Abril de 2017

TEORIA DA PRODUÇÃO. Rafael V. X. Ferreira Abril de 2017 MICROECONOMIA I TEORIA DA PRODUÇÃO Rafael V. X. Ferreira rafaelferreira@usp.br Abril de 2017 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) Departamento de Economia

Leia mais

Racionalidade limitada e informação privada

Racionalidade limitada e informação privada Racionalidade limitada e informação privada Aula 4 Referências: Milgrom e Roberts, cap.5 Salanié, Seção. Shy, seção.5 Incentivos/motivação Até o presente momento, estivemos interessados na uestão dos mecanismos

Leia mais

Roberto Guena de Oliveira 13 de setembro de 2015 USP

Roberto Guena de Oliveira 13 de setembro de 2015 USP Informação Assimétrica Roberto Guena de Oliveira 13 de setembro de 2015 USP 1 Sumário Ação oculta Mecanismos de incentivo. Tipo oculto Seleção adversa Sinalização Mecanismos de revelação 2 Ação oculta

Leia mais

Prova de Seleção ao Doutorado Macroeconomia

Prova de Seleção ao Doutorado Macroeconomia Prova de Seleção ao Doutorado Macroeconomia Programa de Pós-Graduação em Economia, FEA/USP Área Teoria Econômica 1. (40 pontos) Considere o modelo de Ramsey-Cass-Koopmans em tempo contínuo, o qual inclui

Leia mais

Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos

Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos Teoria dos Jogos Algorítmica Maximização de Lucros no Design de Mecanismos Luis Gustavo Rocha Vianna. Instituto de Matemática e Estatística IME Universidade de São Paulo USP Maximização de Lucros Design

Leia mais

CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA

CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA CAPÍTULO 6 * JOGOS NA FORMA ESTRATÉGICA COM INFORMAÇÃO COMPLETA Objetivos: Definir a forma normal ou estratégica para representação de jogos estáticos com informação completa e desenvolver os conceitos

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova (P2) 12/12/2006 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da prova é = mínimo{10; pontuação

Leia mais

FICHA DE REVISÕES Micro 1

FICHA DE REVISÕES Micro 1 FIH DE REVISÕES Micro 1 1) Monopólio Num determinado mercado, servido só por uma empresa, a procura de mercado desse bem é dada por Q D = 100 P +, em que P é o preço do bem e os gastos em publicidade efectuados

Leia mais

Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor

Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor Teoria do Consumidor: Equilíbrio do Consumidor Roberto Guena de Oliveira 16 de março de 2012 Roberto Guena de Oliveira () Equilíbrio 16 de março de 2012 1 / 36 Sumário 1 Restrição orçamentária 2 Restrição

Leia mais

1) Considere a matriz abaixo como forma de representar um jogo entre dois jogadores:

1) Considere a matriz abaixo como forma de representar um jogo entre dois jogadores: TEORIA MICROECONÔMICA III Primeira Lista de Exercícios 2º semestre de 2007 Professor: Antônio Marcos Hoelz Ambrózio Monitor: Christiam Gonzales TODOS OS EXERCÍCIOS DEVEM SER FEITOS. Entregar os Exercícios

Leia mais

0.1 Conjunto de oportunidade e a fronteira e ciente

0.1 Conjunto de oportunidade e a fronteira e ciente 0. Conjunto de oportunidade e a fronteira e ciente O retorno esperado de uma carteira é média ponderada dos retornos esperados ativos que o compõe. Mas o mesmo resultado não vale para a variância. A variância

Leia mais

Modelo P-A no qual o Principal não observa diretamente as características do(s) agente(s)

Modelo P-A no qual o Principal não observa diretamente as características do(s) agente(s) Economia da Informação e dos Incentivos Aplicada à Economia do Setor Público Aula 3 3. Seleção adversa - Fundamentos Baseado em: Salanié, B., (1997). The economics of contracts, Cambridge: MIT Press. (Capítulo

Leia mais

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais.

ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Segunda Prova Extra (P2 de segunda chamada) 18/12/2006 OBS: 1) A prova é SEM CONSULTA. A nota da

Leia mais

Sinalização: O Modelo de Spence

Sinalização: O Modelo de Spence Sinalização: O Modelo de Spence Em virtude do problema de seleção adversa, os indivíduos mais produtivos da economia ficam desempregados. É natural que busquem uma forma de comunicar ao mercado (ou sinalizar)

Leia mais

Curso de Pós-Graduação em Economia CAEN Universidade Federal do Ceará

Curso de Pós-Graduação em Economia CAEN Universidade Federal do Ceará Curso de Pós-Graduação em Economia CAEN Universidade Federal do Ceará Exame de Qualificação em Microeconomia 06 de Março de 2009 Leia com a atenção as instruções abaixo:. A prova compõe-se de quatro questões

Leia mais

Teoria da Medida e Integração (MAT505)

Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas Teoria da Medida e Integração (MAT505) Transporte de medidas e medidas invariantes. Teorema de Recorrência de Poincaré V. Araújo Instituto de Matemática, Universidade Federal da Bahia

Leia mais

ESCOLHA SOB INCERTEZA

ESCOLHA SOB INCERTEZA MICROECONOMIA I ESCOLHA SOB INCERTEZA Rafael V. X. Ferreira rafaelferreira@usp.br Março e Abril de 2017 Universidade de São Paulo (USP) Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) Departamento

Leia mais

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Desigualdades 02/14 1 / 31

Probabilidade II. Departamento de Estatística. Universidade Federal da Paraíba. Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Desigualdades 02/14 1 / 31 Probabilidade II Departamento de Estatística Universidade Federal da Paraíba Prof. Tarciana Liberal (UFPB) Aula Desigualdades 02/14 1 / 31 Um teorema de grande importância e bastante utilidade em probabilidade

Leia mais

Economia de Trocas Pura

Economia de Trocas Pura Economia de Trocas Pura Caracterização Estamos de volta às questões colocadas por Adam Smith na Riqueza das Nações. Seria um sistema de trocas, baseado em indivíduos auto interessados, com propriedade

Leia mais

II/2012 DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 21/02/ Nome: Matrícula: Assinatura:

II/2012 DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 21/02/ Nome: Matrícula: Assinatura: UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA II/2012 DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 21/02/2013 ANÁLISE MICROECONÔMICA AVANÇADA PROFESSOR MAURÍCIO SOARES BUGARIN ECO/UNB bugarin@unb.br, www.bugarinmauricio.com PROVA FINAL: INCENTIVO

Leia mais

Selecção Adversa Exemplo

Selecção Adversa Exemplo Selecção Adversa Exemplo 1 O exemplo clássico Market for lemmons Mercado de carros usados. Vendedor conhece a qualidade do carro, mas o comprador não. Seja θ a qualidade do carro. θ segue a distribuição

Leia mais

Teoria de decisão Bayesiana e clássica: determinação de preços

Teoria de decisão Bayesiana e clássica: determinação de preços Teoria de decisão Bayesiana e clássica: determinação de preços Mário Hissamitsu Tarumoto 1 Luan Cauê Cherubini 2 Olga L.Anglas R.Tarumoto 1 1 Introdução A teoria da decisão é uma abordagem sistemática

Leia mais

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados.

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Primeira Prova Segunda Chamada 31/10/2007 A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras

Leia mais

SUMÁRIOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTINUAS

SUMÁRIOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTINUAS 4 SUMÁRIOS DE VARIÁVEIS ALEATÓRIAS CONTINUAS Em muitos problemas de probabilidade que requerem o uso de variáveis aleatórias, uma completa especificação da função de densidade de probabilidade ou não está

Leia mais

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE

Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias. Simulação Discreta de Sistemas - Prof. Paulo Freitas - UFSC/CTC/INE Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias 1 Funções Geradoras de Variáveis Aleatórias Nos programas de simulação existe um GNA e inúmeras outras funções matemáticas descritas como Funções Geradoras de

Leia mais

Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II Monitor: Diego Santiago

Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II Monitor: Diego Santiago Professor: Carlos Eugênio da Costa Teoria Microeconômica II - 2012 Monitor: Diego Santiago EPGE/FGV Introdução matemática 1 Introdução Esta introdução visa familiarizar o aluno com ferramentas matemáticas

Leia mais

Mercados de Emparelhamento

Mercados de Emparelhamento Mercados de Emparelhamento Redes Sociais e Econômicas Prof. André Vignatti Mercados de Emparelhamento Mercados - interação econômica entre pessoas numa rede estruturada Mercados de Emparelhamento modelam:

Leia mais

TOC- Mestrado em Finanças e Economia Empresarial- aula 4 Humberto Moreira

TOC- Mestrado em Finanças e Economia Empresarial- aula 4 Humberto Moreira TOC- Mestrado em Finanças e Economia Empresarial- aula 4 Humberto Moreira 1 Racionalidade Limitada e Informação Privada Referência:MR,cap.5 Estudaremos agora o problema de motivação(ou incentivos) dentro

Leia mais

EAE Microeconomia 1 (2018) Provinha 2 Prof. José R. N. Chiappin

EAE Microeconomia 1 (2018) Provinha 2 Prof. José R. N. Chiappin EAE0203 - Microeconomia (208) Provinha 2 Prof. José R. N. Chiappin Monitores: Lucas Freddo (turma 2) e Victor Dornelas (turma ) 0/04/208. Considere a função utilidade: u(x, x 2 ) = x /2 + x 2, com (x,

Leia mais

Microeconomia I Exame Final, 2006/07

Microeconomia I Exame Final, 2006/07 Licenciaturas em Economia e Administração e Gestão de Empresas Microeconomia I Exame Final, 006/07 6 de Janeiro de 007 Duração: h + 30 min Fernando Branco, Fernando Machado, Ana F. Antunes, João Granja,

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto REC MICROECONOMIA II EXERCÍCIOS SOBRE MONOPÓLIO PROF. DR. ROBERTO GUENA DE OLIVEIRA () O seguinte jogo é oferecido a uma consumidora:

Leia mais

Jogos. A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes.

Jogos. A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes. Jogos A teoria dos jogos lida com as interações estratégicas que ocorrem entre os agentes http://robguena.fearp.usp.br/anpec/tjogos.pdf a) Descrição de um jogo Teoria dos Jogos Jogadores: quem está envolvido

Leia mais

1 Otimização com restrições I: Condições de Primeira Ordem

1 Otimização com restrições I: Condições de Primeira Ordem Otimização com restrições I: Condições de Primeira Ordem Teorema 8: Seja f e h funções C de duas variáveis Suponha x = (x, x 2 ) é uma solução do problema: max f (x, x 2 ) sa h(x, x 2 ) = c Suponha também

Leia mais

Neste contexto, contratos serão Incompletos: leva em conta somente as variáveis mais relevantes ou mais fáceis de ser verificadas por terceiros

Neste contexto, contratos serão Incompletos: leva em conta somente as variáveis mais relevantes ou mais fáceis de ser verificadas por terceiros Aula 11: Contratos Incompletos 1 CONTRATOS INCOMPLETOS Ref.: Salanié, cap. 7 Tanto o estabelecimento do contrato quanto a sua renegociação (talvez de forma litigiosa) são atividades custosas. às vezes,

Leia mais

Considere a função f(x). Para algum x a f (x) pode não existir. Suponha que. Max f(x) s. a a x b

Considere a função f(x). Para algum x a f (x) pode não existir. Suponha que. Max f(x) s. a a x b Considere a função f(x). Para algum x a f (x) pode não existir. Suponha que se queira resolver o seguinte PPNL: Max f(x) s. a a x b Pode ser que f (x) não exista ou que seja difícil resolver a equação

Leia mais

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL

PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL PARTE I EQUAÇÕES DE UMA VARIÁVEL REAL. Introdução Considere f uma função, não constante, de uma variável real ou complexa, a equação f(x) = 0 será denominada equação de uma incógnita. EXEMPLO e x + senx

Leia mais

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel

MOQ 13 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA. Professor: Rodrigo A. Scarpel MOQ 3 PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA Professor: Rodrigo A. Scarpel rodrigo@ita.br www.mec.ita.br/~rodrigo Programa do curso: Semanas 2 3 4 5 6 7 8 9 0 2 3 4 5 e 6 Introdução à probabilidade (eventos, espaço

Leia mais

Prova Final. Programa de Pós-Graduação em Economia. Microeconomia IV Prof.: Rogério Mazali. 30 de abril de 2016

Prova Final. Programa de Pós-Graduação em Economia. Microeconomia IV Prof.: Rogério Mazali. 30 de abril de 2016 Programa de Pós-Graduação em Economia Microeconomia IV Prof.: Rogério Mazali Prova Final 30 de abril de 2016 Instruções: Você tem 120 minutos para completar a prova. Seja preciso em suas respostas. Pontos

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia REC110 MICROECONOMIA II EXERCÍCIOS SOBRE MONOPÓLIO, MONOPSÔNIO E DISCRIMINAÇÃO DE PREÇOS. ROBERTO GUENA DE OLIVEIRA 1. Uma empresa vende seu produto em dois mercados distintos. A demanda por esse produto

Leia mais

Microeconomia II. Estratégias de Preço. Varian Cap: 25 Carlton Cap: 9 & 10

Microeconomia II. Estratégias de Preço. Varian Cap: 25 Carlton Cap: 9 & 10 Microeconomia II Estratégias de Preço Varian Cap: 25 Carlton Cap: 9 & 10 1. Discriminação de Preços Firmas em mercados competitivos são tomadoras de preço Firmas em mercados não competitivos podem discriminar

Leia mais

Jogos de soma zero com dois jogadores

Jogos de soma zero com dois jogadores Jogos de soma zero com dois jogadores Problema: Dada uma matriz A m n, encontrar um equilíbrio de Nash (de estratégias mistas). Jogador 1 quer encontrar p que maximize v sujeito a i p i = 1 sujeito a (pa)

Leia mais

Capítulo 6. Informação Assimétrica

Capítulo 6. Informação Assimétrica Universidade Federal do Rio Grande do Sul Faculdade de Ciências Econômicas Departamento de Economia Disciplina: Teoria Microeconômica II Autores: Luciano Marchese Silva e Camila Steffens Capítulo 6 Informação

Leia mais

Optimal Monopoly Pricing

Optimal Monopoly Pricing Optimal Monopoly Pricing Optimal Monopoly Pricing: Único Produto p = mc é lucrativo Ramsey Pricing p D MC AC p AC D p s π m p R MC q s q q R q 2 Optimal Monopoly Pricing: Multi-Produto Economias de escala

Leia mais

Produtos de potências racionais. números primos.

Produtos de potências racionais. números primos. MATEMÁTICA UNIVERSITÁRIA n o 4 Dezembro/2006 pp. 23 3 Produtos de potências racionais de números primos Mário B. Matos e Mário C. Matos INTRODUÇÃO Um dos conceitos mais simples é o de número natural e

Leia mais

3/12/2012. Modelos estáticos e modelos dinâmicos de oferta de trabalho. Oferta de Trabalho Ciclo de Vida e Aplicações empíricas

3/12/2012. Modelos estáticos e modelos dinâmicos de oferta de trabalho. Oferta de Trabalho Ciclo de Vida e Aplicações empíricas Oferta de Trabalho Ciclo de Vida e Aplicações empíricas Aula 5 Parte destes slides foi produzida com base nos slides do curso de GIÁCOMO BALBINOTTO NETO (Faculdade de Economia da UFRGS) Modelos estáticos

Leia mais

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3

= 2 sen(x) (cos(x) (b) (7 pontos) Pelo item anterior, temos as k desigualdades. sen 2 (2x) sen(4x) ( 3/2) 3 Problema (a) (3 pontos) Sendo f(x) = sen 2 (x) sen(2x), uma função π-periódica, temos que f (x) = 2 sen(x) cos(x) sen(2x) + sen 2 (x) 2 cos(2x) = 2 sen(x) (cos(x) sen(2x) + sen(x) cos(2x) ) = 2 sen(x)

Leia mais

03/06/2014. Tratamento de Incertezas TIC Aula 18. Conteúdo Inferência Estatística Clássica

03/06/2014. Tratamento de Incertezas TIC Aula 18. Conteúdo Inferência Estatística Clássica Tratamento de Incertezas TIC-00.176 Aula 18 Conteúdo Professor Leandro Augusto Frata Fernandes laffernandes@ic.uff.br Material disponível em http://www.ic.uff.br/~laffernandes/teaching/2014.1/tic-00.176

Leia mais

Economia do Trabalho OFERTA DE TRABALHO. CAP. 2 Borjas

Economia do Trabalho OFERTA DE TRABALHO. CAP. 2 Borjas Economia do Trabalho OFERTA DE TRABALHO CAP. 2 Borjas 1. INTRODUÇÃO Indivíduos procuram maximizar bem estar, consumindo bens e lazer Existe trade-off entre trabalho e lazer Indivíduos precisam de trabalho

Leia mais

Desenho de Mecanismo. Introdução

Desenho de Mecanismo. Introdução Desenho de Mecanismo Introdução Até o momento estivemos tomando o arranjo institucional onde ocorrem as transações como um dado: o mercado. Note, porém, que mesmo nesse caso, permitíamos que algumas transações

Leia mais

Teoria Microeconômica Avançada

Teoria Microeconômica Avançada Teoria Microeconômica Avançada Prof. Maurício Bugarin Eco/UnB 015-II Baseado em: Spence, M. (1973). Job market signaling, Quarterly Journal of Economics, 87: 355-74. Spence, M. (1974). Market signalling.

Leia mais

Análise de Dados e Simulação

Análise de Dados e Simulação Universidade de São Paulo Instituto de Matemática e Estatística http:www.ime.usp.br/ mbranco Simulação de Variáveis Aleatórias Contínuas. O método da Transformada Inversa Teorema Seja U U (0,1). Para qualquer

Leia mais

Roteiro da aula: Jogos dinâmicos com informação incompleta. Mas-Collel e Green capítulo 9 Refinamentos do conceito de Equilíbrio de Nash

Roteiro da aula: Jogos dinâmicos com informação incompleta. Mas-Collel e Green capítulo 9 Refinamentos do conceito de Equilíbrio de Nash Roteiro da aula: Jogos dinâmicos com informação incompleta Mas-Collel e Green capítulo 9 Refinamentos do conceito de quilíbrio de Nash Racionalidade seqüencial quilíbrio Bayesiano perfeito quilíbrio bayesiano

Leia mais

Pobreza e Desigualdade de Renda

Pobreza e Desigualdade de Renda C H A P T E R 20 Pobreza e Desigualdade de Renda Economics P R I N C I P L E S O F N. Gregory Mankiw Tradução e adaptação dos slides de Ron Cronovich 2009 South-Western, a part of Cengage Learning, all

Leia mais

Lista de Exercícios 2

Lista de Exercícios 2 FGV RJ / EPGE Mestrado em Finanças e Economia Empresarial Gerenciamento de Investimentos Professor: Marcos Antonio C. da Silveira Lista de Exercícios 2 Orientação: Recomenda-se fortemente a formação de

Leia mais

Aprendizado, minimização do arrependimento e equilíbrio (Learning, Regret Minimization, and Equilibria)

Aprendizado, minimização do arrependimento e equilíbrio (Learning, Regret Minimization, and Equilibria) Aprendizado, minimização do arrependimento e equilíbrio (Learning, Regret Minimization, and Equilibria) Victor Alberto Romero Instituto de Matemática e Estatística Universidade de São Paulo Teoria dos

Leia mais

Var como uma medida de risco para modelos de estoque

Var como uma medida de risco para modelos de estoque Var como uma medida de risco para modelos de estoque José Roberto Securato Departamento de Administração da FEA-US e-mail: securato@usp.br atrícia rado Belfiore Escola olitécnica da US e-mail: patricia.belfiore@poli.usp.br

Leia mais

Combinando inequações lineares

Combinando inequações lineares Combinando inequações lineares A multiplicação por um número > 0 não altera uma inequação 2x x 5 4x 2x 10 1 2 1 2 A soma de duas inequações (com o mesmo sentido) produz uma inequação válida x 3x x 3 1

Leia mais

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 )

= f(0) D2 f 0 (x, x) + o( x 2 ) 6 a aula, 26-04-2007 Formas Quadráticas Suponhamos que 0 é um ponto crítico duma função suave f : U R definida sobre um aberto U R n. O desenvolvimento de Taylor de segunda ordem da função f em 0 permite-nos

Leia mais

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO

MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO II/2015 UNIVERSIDADE DE BRASÍLIA DEPARTAMENTO DE ECONOMIA 23/11/15 MESTRADO PROFISSIONAL EM ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO ECONOMIA DA INFORMAÇÃO E DOS INCENTIVOS APLICADA À ECONOMIA DO SETOR PÚBLICO Prof.

Leia mais

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios

Análise I Solução da 1ª Lista de Exercícios FUNDAÇÃO EDUCACIONAL SERRA DOS ÓRGÃOS CENTRO UNIVERSITÁRIO SERRA DOS ÓRGÃOS Centro de Ciências e Tecnologia Curso de Graduação em Matemática Análise I 0- Solução da ª Lista de Eercícios. ATENÇÃO: O enunciado

Leia mais

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA

INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA UFPE - Universidade Federal de Pernambuco Departamento de Estatística Disciplina: ET-406 Estatística Econômica Professor: Waldemar A. de Santa Cruz Oliveira Júnior INTRODUÇÃO À INFERÊNCIA ESTATÍSTICA Podemos

Leia mais

Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências

Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências Joana Ramos FCUP 25 de Janeiro de 2013 Joana Ramos (FCUP) Risco de Portfólios em Múltiplas Frequências 25 de Janeiro de 2013 1 / 26 Abstract Portfolio risk

Leia mais

Parte II Teoria da Firma

Parte II Teoria da Firma Parte II Teoria da Firma Custos Roberto Guena de Oliveira 8 de maio de 2017 USP 1 Sumário 1 Conceitos básicos 2 A função de custo O caso de um único fator variável Custos com um mais de um fator variável

Leia mais

Perguntas. UFRJ Teoria dos Jogos e das Organizações Professor Alexandre B. Cunha Lista 2.1. (1) Considere o seguinte jogo:

Perguntas. UFRJ Teoria dos Jogos e das Organizações Professor Alexandre B. Cunha Lista 2.1. (1) Considere o seguinte jogo: UFRJ Teoria dos Jogos e das Organizações Professor Alexandre B. Cunha Lista 2.1 Perguntas (1) Considere o seguinte jogo: (a) Identi que o conjunto I de jogadores. (b) Identi que o conjunto de estratégias

Leia mais

OTIMIZAÇÃO E DESPACHO ECONÔMICO

OTIMIZAÇÃO E DESPACHO ECONÔMICO 7 OTIMIZAÇÃO E DESPACHO ECOÔMICO 7.1 ITRODUÇÃO este capítulo, o leitor encontrará informações básicas sobre procedimento geral de otimização e aplicação ao caso de despacho, considerado econômico, associado

Leia mais

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS

CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 X 39,0 39,5 39,5 39,0 39,5 41,5 42,0 42,0 Y 46,5 65,5 86,0 100,0 121,0 150,5 174,0 203,0 A tabela acima mostra as quantidades, em milhões

Leia mais

Teoria das Organizações e Contratos - MFEE

Teoria das Organizações e Contratos - MFEE Teoria das Organizações e Contratos - MFEE Aula 5 -Contratos Incompletos Angelo Polydoro IBRE-FGV 30 de Novembro de 011 Motivação Tanto a definição do contrato quanto a sua renegociação (talvez de forma

Leia mais

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5. Externalidades: Solução de Coase. Isabel Mendes

Microeconomia II. Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5. Externalidades: Solução de Coase. Isabel Mendes Microeconomia II Cursos de Economia e de Matemática Aplicada à Economia e Gestão AULA 5.5 Externalidades: Solução de Coase Isabel Mendes 007-008 08-05-008 Isabel Mendes/MICRO II Coase (960) criticou a

Leia mais

Sumário. 2 Índice Remissivo 11

Sumário. 2 Índice Remissivo 11 i Sumário 1 Principais Distribuições Contínuas 1 1.1 Distribuição Uniforme................................. 1 1.2 A Distribuição Normal................................. 2 1.2.1 Padronização e Tabulação

Leia mais

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010

UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010 UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR DE ECONOMIA E GESTÃO MICROECONOMICS 2009/2010 References: - Gibbons, R. (1992), A Primer in Game Theory, Harvester Wheatsheaf (G) - Mas-Collel, A., M.

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Leia mais

Método Simplex dual. Marina Andretta ICMC-USP. 24 de outubro de 2016

Método Simplex dual. Marina Andretta ICMC-USP. 24 de outubro de 2016 Método Simplex dual Marina Andretta ICMC-USP 24 de outubro de 2016 Baseado no livro Introduction to Linear Optimization, de D. Bertsimas e J. N. Tsitsiklis. Marina Andretta (ICMC-USP) sme0211 - Otimização

Leia mais

Notas de aula número 1: Otimização *

Notas de aula número 1: Otimização * UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL UFRGS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA CURSO DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DISCIPLINA: TEORIA MICROECONÔMICA II Primeiro Semestre/2001 Professor: Sabino da Silva Porto Júnior

Leia mais

TEORIA MICROECONÔMICA I N

TEORIA MICROECONÔMICA I N CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA ECO 1113 TEORIA MICROECONÔMICA I N PROFESSOR: JULIANO ASSUNÇÃO TURMA: 2JA Capítulo 5: Escolha 1. Resolva os seguintes problemas de maximização sujeita

Leia mais

TP043 Microeconomia 28/10/2009 AULA 16 Bibliografia: PINDYCK CAPÍTULO 7 (final) e capítulo 8

TP043 Microeconomia 28/10/2009 AULA 16 Bibliografia: PINDYCK CAPÍTULO 7 (final) e capítulo 8 TP043 Microeconomia 28/10/2009 AULA 16 Bibliografia: PINDYCK CAPÍTULO 7 (final) e capítulo 8 Economias de escala O aumento da produção é maior do que o aumento dos custos. Deseconomias de escala O aumento

Leia mais

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais. Organização Industrial

UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais. Organização Industrial UNIVERSIDADE CATÓLICA PORTUGUESA Faculdade de Ciências Económicas e Empresariais Organização Industrial Diferenciação do Produto Exercício 1 Considere que numa determinada região existe apenas uma empresa

Leia mais

Os números reais. Capítulo O conjunto I

Os números reais. Capítulo O conjunto I Capítulo 4 Os números reais De todos os conjuntos numéricos que estudamos agora, a transição de um para outro sempre era construída de forma elementar A passagem do conjunto dos números racionais aos reais

Leia mais

CC-226 Aula 05 - Teoria da Decisão Bayesiana

CC-226 Aula 05 - Teoria da Decisão Bayesiana CC-226 Aula 05 - Teoria da Decisão Bayesiana Carlos Henrique Q. Forster - Instituto Tecnológico de Aeronáutica 2008 Classificador Bayesiano Considerando M classes C 1... C M. N observações x j. L atributos

Leia mais

Minimização de custos

Minimização de custos Minimização de custos Roberto Guena de Oliveira USP 9dejunhode2015 Sumário 1 Conceitos básicos 2 Afunçãodecusto Ocasodeumúnicofatorvariável Custoscomummaisdeumfatorvariável 3 Medidas de custo unitário

Leia mais

Resolução da Prova de Matemática Financeira e Estatística do ISS Teresina, aplicada em 28/08/2016.

Resolução da Prova de Matemática Financeira e Estatística do ISS Teresina, aplicada em 28/08/2016. de Matemática Financeira e Estatística do ISS Teresina, aplicada em 8/08/016. 11 - (ISS Teresina 016 / FCC) Joana aplicou todo seu capital, durante 6 meses, em bancos ( e Y). No Banco, ela aplicou 37,5%

Leia mais

CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO

CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO CAPÍTULO 5 CONCEITOS BÁSICOS DE TEORIA DOS JOGOS E MEDIDAS DE CONCENTRAÇÃO DE MERCADO 5.1 INTRODUÇÃO A Teoria dos Jogos é o instrumento natural para a avaliação de poder de mercado em ambientes competitivos.

Leia mais

Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então

Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então Derivadas direcionais Definição (Derivadas segundo um vector): f : Dom(f) R n R e P 0 int(dom(f)) então Seja D v f(p 0 ) = lim λ 0 f(p 0 + λ v) f(p 0 ) λ v representa a derivada direcional de f segundo

Leia mais

Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades sobre amostra

Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades sobre amostra Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico Capítulo 5 do Wooldridge Análise da Regressão múltipla: MQO Assintótico y = β 0 + β 1 x 1 + β x +... β k x k + u 3. Propriedades assintóticas Antes, propriedades

Leia mais

Economia da Informação e dos Incentivos Aplicada à Economia do Setor Público Aula 8 8. Sinalização: Spence

Economia da Informação e dos Incentivos Aplicada à Economia do Setor Público Aula 8 8. Sinalização: Spence Baseado em: Spence, M. (1973). Job market signaling, Quarterly Journal of Economics, 87: 355-74. Spence, M. (1974). Market signalling. Cambridge: Harvard University Press. Duas firmas idênticas competem

Leia mais

Visão Geral Definições Resultados. Mecanismos Online. Fabio Alexandre Campos Tisovec

Visão Geral Definições Resultados. Mecanismos Online. Fabio Alexandre Campos Tisovec Instituto de Matemática e Estatística - Universidade de São Paulo June 17, 2013 Conteúdo 1 2 3 Conteúdo 1 2 3 Conteúdo 1 2 3 1 2 3 Caracterização do Problema Problemas considerados: Conjunto de jogadores

Leia mais

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados.

A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer equipamentos eletrônicos. Celulares devem ser desligados e guardados. ELE2005: Análise Estratégica de Investimentos e de Decisões com Teoria dos Jogos e Jogos de Opções Reais. Primeira Prova 23/10/2007 A prova é SEM CONSULTA. Não são permitidas calculadoras ou quaisquer

Leia mais

Introdução à probabilidade e estatística I

Introdução à probabilidade e estatística I Introdução à probabilidade e estatística I Variáveis Aleatórias Prof. Alexandre G Patriota Sala: 298A Email: patriota@ime.usp.br Site: www.ime.usp.br/ patriota Probabilidade Daqui por diante utilizaremos

Leia mais

x 2 (75;25) (50;40) x 1 Sendo a resposta (50;40).

x 2 (75;25) (50;40) x 1 Sendo a resposta (50;40). Universidade de Brasília Departamento de Economia Disciplina: Economia Quantitativa II Professor: Carlos Alberto Período: 2/2013 Quarta Prova Questões 1. Um banco dispõe de R$ 100 milhões para outorgar

Leia mais