3º Trimestre Análise Gerencial da Operação e Demonstrações Contábeis Completas

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1 3º Trimestre 2005 Análise Gerencial da Operação e Demonstrações Contábeis Completas

2 Índice Sumário Executivo 03 Análise do Resultado Consolidado 13 - Margem Financeira 14 - Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa 15 - Receitas de Prestação de Serviços 17 - Despesas não Decorrentes de Juros 18 - Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS 20 Demonstrações Contábeis Pro Forma por Segmentos 23 Demonstrações Contábeis por Subsegmentos 26 Itaubanco - Banking 28 Cartões de Crédito - Correntistas 29 Seguros, Previdência e Capitalização 30 Gestão de Fundos e Carteiras Administradas 34 Itaú BBA 35 Itaucred 36 Gestão de Risco 40 Balanço por Moedas 44 Negócios no Exterior 45 Estrutura Acionária 48 Desempenho no Mercado de Ações 49 Parecer dos Auditores 50 Demonstrações Contábeis Completas 51 Destacamos que os dados pro forma relativos a períodos anteriores apresentados neste relatório foram recalculados devido à mudança dos critérios de apuração. As tabelas deste relatório apresentam os números em milhões. No entanto, as variações e totalizações foram calculadas utilizando números em unidades. Expectativas futuras decorrentes da leitura desta análise devem considerar os riscos e incertezas que envolvem quaisquer atividades e que estão fora do controle das empresas do conglomerado (mudanças políticas e econômicas, volatilidade nas taxas de juros e câmbio, mudanças tecnológicas, inflação, desintermediação financeira, pressões competitivas sobre produtos e preços e mudanças na legislação tributária).

3 Sumário Executivo Highlights - Critérios Gerenciais R$ Milhões (exceto onde indicado) Lucro Líquido da Controladora Margem Financeira Gerencial (1) Receita de Serviços Lucro Líquido Consolidado por Ação (2) 12,14 11,86 8,13 34,35 24,24 Número de Ações em Circulação - em Milhares (3) Valor Patrimonial por Ação (2) 136,71 133,63 118,95 136,71 118,95 Dividendos / JCP (4) ( R$ Milhões ) Dividendos / JCP (4) por Ação (2) 5,57 3,12 2,87 11,83 7,57 Market Capitalization (5) ( R$ Milhões ) Market Capitalization (5) ( US$ Milhões ) ROE Anualizado 40,5% 40,5% 30,3% 34,8% 28,1% ROA Anualizado 3,8% 3,7% 2,7% 3,5% 2,7% Índice de Solvabilidade 17,6% 18,3% 19,4% 17,6% 19,4% Taxa Anualizada da Margem Financeira 13,5% 13,6% 11,0% 13,4% 11,6% Índice de Cobertura PDD / Nonperforming Loans 200% 203% 210% 200% 210% Índice de Eficiência 50,5% 50,8% 56,8% 50,4% 56,6% Ativos Totais Operações de Crédito Fianças, Avais e Garantias Operações de Crédito + Fianças, Avais e Garantias Títulos e Valores Mobiliários + Dep. Interfinanceiros Depósitos Totais Patrimônio Líquido da Controladora Recursos Administrados Número de Funcionários do Conglomerado (6) Número de Clientes Ativos ( Milhões ) 12,2 11,9 11,7 Número de Produtos por Cliente 5,1 5,1 5,0 Número de Agências ( Unidades ) Número de PAB's ( Unidades ) Número de Caixas Eletrônicos ( Unidades ) (1) Definida na página 4. (2) Lote de mil ações em Set/04. (3) Em milhões em Set/04, pois no 4º trimestre de 2004 foi realizado grupamento de ações. (4) JCP - Juros sobre o Capital Próprio. Valor bruto. (5) Calculado com base na cotação de fechamento da ação preferencial. (6) Inclui 100% da FIC - Financeira Itaú CBD e não inclui o Credicard, que em 30/09/05 possuía 453 funcionários. Principais market shares em Set/05 Asset Management 14,3% Financiamento de Veículos (*) 17,4% Recolhimento de CPMF (*) 14,7% Cartões de Crédito 21,6% Depósitos (*) 7,8% Prêmios de Seguros (*) 12,3% Previdência Privada (*) 8,3% (*) Referentes a Junho/2005. Fontes: Bacen, Susep, Anbid, Abel, Receita Federal e Abecs. 3 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

4 Demonstração de Resultado Gerencial O Itaú possui uma estratégia de gestão onde a administração de risco cambial do capital investido no exterior é realizada de maneira a não permitir impactos associados à variação cambial no resultado. Para atingir este objetivo, neutraliza o risco cambial e remunera em reais (R$) esses investimentos, valendo-se do uso de instrumentos financeiros derivativos. A gestão leva em conta todos os efeitos fiscais: quer os relativos à não tributação da variação cambial em momentos de apreciação ou depreciação do real frente ao dólar, quer os efeitos fiscais decorrentes dos instrumentos financeiros derivativos utilizados para fazer este hedge. Nos períodos em que a variação da paridade é expressiva verifica-se significativo impacto nas diversas linhas das demonstrações contábeis do Itaú. Diante disso, a partir do segundo trimestre de 2005, o Itaú passou a divulgar no Relatório de Análise Gerencial da Operação a Demonstração de Resultado Gerencial, que destaca o resultado de tesouraria, bem como todo o impacto de variação cambial sobre os investimentos de capital no exterior e os efeitos decorrentes do hedge desta posição. A Demonstração de Resultado Gerencial é obtida a partir de uma série de reclassificações realizadas sobre a demonstração do resultado contábil, sendo que a margem financeira gerencial incorpora dois ajustes em relação à margem financeira contábil: (i) a totalidade dos efeitos da variação cambial dos investimentos no exterior, a qual está distribuída linha a linha na demonstração do resultado contábil; (ii) e os efeitos fiscais do hedge desses investimentos, os quais estão considerados nas linhas de despesas tributárias (PIS e COFINS) e de imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido na demonstração do resultado contábil. Além disso, a margem financeira gerencial foi subdividida, passando a apresentar a margem financeira gerencial das operações bancárias - associada às atividades comerciais de clientes - a margem financeira gerencial da tesouraria, onde a cada operação está alocado o seu custo de oportunidade, e a margem financeira gerencial da administração do risco cambial dos investimentos no exterior, a qual corresponde fundamentalmente à remuneração do capital aplicado nesses investimentos pela taxa do CDI. Abaixo, apresentamos um quadro com a apuração da margem financeira gerencial da administração do risco cambial dos investimentos no exterior. Por fim, destacamos que o real valorizou-se em 5,5% frente ao dólar no terceiro trimestre de 2005 (a cotação atingiu R$ 2,2222 ao final de setembro ante R$ 2,3504 em junho), mantendo a mesma tendência verificada no trimestre anterior quando o real apresentou valorização de 11,8% frente ao dólar (a cotação alcançou R$ 2,3504 em junho ante R$ 2,6662 em março). 3º Trimestre/05 Saldo Inicial Resultado Bruto Efeito Fiscal R$ Milhões Resultado Líquido Investimentos de Capital no Exterior (A) Variação Cambial de Investimentos de Capital no Exterior (B) (304) (304) Efeito Administração de Risco Cambial de Investimentos no Exterior (C) = (D) + (E) 766 (284) 482 Posição Ativa em DI (D) (105) 178 Posição Passiva em Moeda Estrangeira (E) (8.818) 483 (179) 304 Margem Financeira Gerencial da Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior (F) = (B) - (C) 462 (284) 178 2º Trimestre/05 Saldo Inicial Resultado Bruto Efeito Fiscal R$ Milhões Resultado Líquido Investimentos de Capital no Exterior (A) Variação Cambial de Investimentos de Capital no Exterior (B) Efeito Administração de Risco Cambial de Investimentos no (720) (720) Exterior (C) = (D) + (E) (522) 887 Posição Ativa em DI (D) (98) 166 Posição Passiva em Moeda Estrangeira (E) (8.968) (424) 720 Margem Financeira Gerencial da Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior (F) = (B) - (C) 689 (522) Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

5 Demonstração de Resultado Gerencial Demonstração do Resultado R$ Milhões Operações Bancárias Tesouraria Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais (284) 178 Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (1.070) (4) - (1.074) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo Receitas de Prestação de Serviços Resultado de Operações com Seg., Prev. e Cap Despesas não Decorrentes de Juros (2.595) (11) - (2.606) Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS (408) - 36 (372) Resultado de Participações em Coligadas (15) Outras Receitas Operacionais Resultado Não Operacional (4) (48) - Conciliação com a Margem Finan. Gerencial de Adm. de Risco Cambial do Invest. no Exterior (quadro da página anterior); R$ 427 milhões + R$ 35 milhões = R$ 462 milhões. R$ Milhões Operações Bancárias Tesouraria Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais (522) 166 Despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (671) (10) - (681) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo Receitas de Prestação de Serviços Resultado de Operações com Seg., Prev. e Cap Despesas não Decorrentes de Juros (2.540) (33) - (2.573) Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS (421) - 66 (356) Resultado de Participações em Coligadas (121) (9) Outras Receitas Operacionais 106 (35) - 71 Resultado Não Operacional (2) 1 - (1) (12) (118) - Conciliação com a Margem Finan. Gerencial de Adm. de Risco Cambial do Invest. no Exterior (quadro da página anterior); R$ 594 milhões + R$ 94 milhões = R$ 689 milhões. 5 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

6 Sumário Executivo Terceiro Trimestre de 2005 Lucro Líquido e Retorno sobre o Patrimônio Líquido ,3 32,0 31,2 33,1 30,3 32,9 35, ,5 40,5 3ºt.03 4ºt.03 1ºt.04 2ºt.04 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 Lucro Líquido (R$ Milhões) ROE (%) Margem Financeira Gerencial Receita de Serviços 3ºt.05 2ºt.05 1ºt.05 4ºt.04 3ºt.04 2ºt.04 R$ Milhões Despesas não Decorrentes de Juros R$ Milhões 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 Orbitall Itaucred Índice de Eficiência (%) R$ Milhões (88) 2ºt.04 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 Operações Bancárias Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior 3º t./05 2º t./05 1º t./05 4º t./04 3º t./04 Tesouraria Demais negócios 50,5% 50,8% 49,8% 48,0% 56,8% No terceiro trimestre de 2005, o Itaú alcançou um resultado consolidado de R$ milhões, o que equivale a uma elevação de 1,4% em relação ao lucro líquido obtido no segundo trimestre do ano. O patrimônio líquido da controladora totalizou R$ milhões em 30 de setembro de Assim, o retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) anualizado atingiu 40,5% no trimestre, perfazendo um período de treze trimestres consecutivos em que o ROE trimestral anualizado tem se situado acima da taxa de 30% a.a. Destaca-se na formação deste lucro líquido a contribuição crescente e consistente que as operações de crédito tem dado, que se reflete na margem financeira e nas receitas de serviços. A margem financeira gerencial do Itaú totalizou R$ milhões no terceiro trimestre de 2005, crescendo 0,8% em relação ao trimestre anterior. A estratégia de alteração do mix da carteira de crédito, juntamente com a ampliação do volume concedido - com destaque para o financiamento do consumo - foi a principal responsável dentro do incremento de R$ 148 milhões na margem financeira das operações bancárias no trimestre. Por outro lado, a margem financeira de tesouraria se reduziu em R$ 134 milhões no trimestre e a margem financeira das administração do risco cambial dos investimentos no exterior praticamente se manteve estável, elevando-se em R$ 12 milhões no trimestre. No terceiro trimestre de 2005, as receitas de prestação de serviços atingiram R$ milhões, o que equivale a uma elevação de 6,4% em relação ao trimestre anterior. As receitas de administração de fundos aumentaram em R$ 27 milhões no período, em razão de um maior volume de recursos administrados. As receitas com operações de crédito foram impulsionadas pelo aumento do volume de operações de financiamento, crescendo R$ 27 milhões no período. Os serviços de arrecadações contribuíram com R$ 17 milhões para o aumento das receitas de prestação de serviços e foram positivamente afetados pela regularização no pagamento de tarifas por parte de governos estaduais. As despesas não decorrentes de juros atingiram R$ milhões no terceiro trimestre de 2005, o que representa um aumento de R$ 34 milhões em relação ao trimestre anterior. Se desconsiderarmos as novas iniciativas estratégicas do Itaú as despesas apresentaram uma redução de R$ 39 milhões, demonstrando a tradicional política de forte atuação no controle das despesas. Essa redução é ainda mais sensível se consideramos o impacto de R$ 93 milhões, neste trimestre, referente ao acordo firmado na convenção coletiva do trabalho que proporcionou um reajuste salarial de 6% e um abono único de R$ 1.700,00 por funcionário que só afeta o resultado deste trimestre. No terceiro trimestre de 2005, o índice de eficiência calculado a partir da demonstração do resultado gerencial apresentou uma pequena melhoria, atingindo 50,5% ante a taxa de 50,8% obtida no trimestre anterior. (*) Os critérios de cálculo dos índices de eficiência estão detalhados na página Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

7 Sumário Executivo Terceiro Trimestre de 2005 Operações de Crédito (*) set/05 jun/05 mar/05 dez/04 set/04 jun/04 mar/04 dez/03 set/03 9,9 10,4 11,7 11,6 12,8 13,7 12,1 12,2 12,5 Moeda Estrangeira (*) Inclui avais e fianças 41,7 38,3 35,0 32,7 32,3 30,2 51,8 48,2 45,3 R$ Bilhões 61,6 58,6 57,0 53,3 51,1 48,7 44,8 44,5 42,7 Moeda Nacional Carteira de Empréstimos * R$ Milhões Pessoas Físicas (A) ,1% 40,1% Cartão de Crédito ,6% 15,1% Crédito Pessoal ,1% 47,4% Veículos ,3% 52,6% Micro, Pequenas e Médias Empresas (B) ,1% 18,3% Empréstimos Direcionados (C) ,7% -5,4% Grandes Empresas ,8% -2,5% (*) Após um processo de reavaliação do perfil e potencial dos clientes atendidos pelo Itaubanco (micro, pequenas e médias empresas) e pelo Itaú BBA (grandes empresas), foram realizadas transferências de contas entre as instituições, afetando o saldo das respectivas carteiras de empréstimos no trimestre, com acréscimo de R$ milhões no Itaú BBA e redução equivalente no Itaubanco. Para melhorar a comparabilidade, estes ajustes foram estendidos para os períodos precedentes. As operações de empréstimo e financiamento, incluindo os avais e fianças, cresceram 5,1% no terceiro trimestre de 2005, somando R$ milhões. Os produtos dirigidos aos clientes pessoa física e às micro, pequenas e médias empresas apresentaram um crescimento expressivo associado ao intenso foco das ações comerciais desenvolvidas ao longo de todo o ano. Essas carteiras, juntamente com os empréstimos direcionados, acumulam um expressivo crescimento de 27,2% no período de janeiro a setembro de As operações com clientes pessoa física cresceram 12,1% no terceiro trimestre de 2005, totalizando R$ milhões. A carteira de veículos destacou-se neste período, com aumento de 15,3%, somando R$ milhões. Além disso, as operações de cartão de credito também apresentaram um crescimento relevante, atingindo um saldo de R$ milhões, o que equivale a uma variação de 10,6% em relação ao período anterior. Da mesma forma, as operações de crédito pessoal cresceram 10,1%, somando R$ milhões. A carteira das micro, pequenas e médias empresas evoluiu significativamente no trimestre, atingindo R$ milhões, o que corresponde a um aumento de 3,1% em relação a junho de A variação cambial do período e a baixa demanda por crédito impactaram a carteira de grandes empresas - que possui aproximadamente 30,0% de suas operações denominadas ou indexadas à moedas estrangeiras - reduzindo em 0,7% no saldo da carteira, que totalizou R$ milhões. Índice NPL (*) - Pessoa Física x Jurídica (%) 8,3 4,7 7,3 2,5 2,2 7,3 6,5 6,0 5,6 4,1 4,0 3,5 3,2 2,9 1,9 1,8 1,5 set/03 dez/03 mar/04 jun/04 set/04 dez/04 mar/05 jun/05 set/05 Indice NPL - Pessoa Jurídica Indice NPL Indice NPL - Pessoa Física (*) Nonperforming Loans: Operações de Crédito vencidas há mais de 60 dias. 0,9 5,6 2,9 0,8 5,2 3,0 1,1 5,3 3,3 1,3 No terceiro trimestre de 2005, o índice de nonperforming loans global alcançou 3,3% frente a taxa de 3,0% obtida no segundo trimestre. Fundamentalmente, dois fatores contribuíram para esta variação: (i) a mudança do mix da carteira de crédito com o direcionamento para operações de varejo capazes de gerar maiores margens, mas que também correspondem à assunção de maiores riscos elevou o índice relativo aos clientes pessoa física para 5,3% ante a taxa de 5,2% do trimestre anterior; (ii) o impacto da variação cambial sobre o saldo da carteira de grandes empresas, juntamente a uma baixa demanda por crédito neste segmento, afetou o índice dos clientes pessoa jurídica, atingindo 1,3% no terceiro trimestre frente o índice de 1,1% do período anterior. O crescimento deste índice está em linha com o que havíamos divulgado em trimestres anteriores. Lucro/(Prejuizo) não Realizado no Resultado set/05 jun/05 mar/05 dez/04 set/04 jun/04 mar/04 dez/03 set/ R$ Milhões Em 30 de setembro de 2005, o lucro/(prejuízo) não realizado no resultado do Itaú totalizou R$ milhões ante R$ milhões no encerramento do trimestre anterior. Esta variação está fundamentalmente associada à redução do valor de mercado das dívidas subordinadas e dos papéis da operação de securitização de ordens de pagamento no exterior (que também apresentou redução de seu estoque, em função de liquidação antecipada de parte dos títulos), sendo parcialmente compensadas pela variação positiva na cotação das ações do BPI. É importante destacar que neste trimestre o Itaú elevou em R$ 50 milhões a provisão excedente ao mínimo requerido para fazer frente a créditos de liquidação duvidosa, a qual não está considerada no lucro/ (prejuízo) não realizado, totalizando R$ milhões. 7 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

8 Sumário Executivo Balanço Patrimonial Consolidado R$ Milhões Disponibilidades (23) 127 Aplicações Interfinanceiras de Liquidez (2.221) Títulos e Valores Mobiliários e Instr. Financ. Derivativos Relações Interf. e Interdependências (1.099) 743 Operações de Crédito, Arrendamento e Outros Créditos (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) (3.656) (3.242) (3.027) (414) (629) Outros Ativos (3.274) (4.935) Carteira de Câmbio (3.571) (5.904) Outros Investimentos (161) Imobilizado de Uso (7) (91) Diferido (15) R$ Milhões Depósitos Depósitos à Vista (189) 551 Depósitos de Poupança (7) 340 Depósitos Interfinanceiros Depósitos a Prazo Captações no Mercado Aberto (1.496) Recursos de Aceites e Emissão de Títulos (597) 485 Relações Interf. e Interdependências Obrigações por Empréstimos e Repasses (521) (2.678) Instrumentos Financeiros Derivativos Provisões Técnicas de Seg., Prev. e Capitalização Outras Obrigações (3.933) (3.849) Carteira de Câmbio (3.419) (5.812) Dívida Subordinada (89) (386) Diversos (425) Depósitos Fundos + Carteiras Administradas Total de Depósitos + Fundos + Carteiras Adm Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

9 Sumário Executivo Demonstração do Resultado Consolidado R$ Milhões Operações Bancárias Tesouraria (134) 82 Administração do Risco Cambial dos Investimentos no Exterior - líquido de efeitos fiscais Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa (1.074) (681) (2.511) (1.148) (393) (1.364) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo Receitas de Prestação de Serviços Resultado com Operações de Seg., Prev. e Cap (9) (10) Despesas não Decorrentes de Juros (2.606) (2.573) (7.550) (6.542) (33) (1.008) Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS (372) (356) (1.067) (828) (16) (240) Resultado de Participações em Coligadas 17 (9) Outras Receitas Operacionais (26) 33 Resultado Não Operacional 5 (1) Número de Ações em Circulação (1) ( ) ( ) Valor Patrimonial por Ação (R$) (2) 136,71 133,63 136,71 118,95 3,08 17,76 Lucro Líquido por Ação (R$) (2) 12,14 11,86 34,35 24,24 0,28 10,11 (1) Em milhares em Set/04. (2) Lote de mil ações em Set/04. 9 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

10 Sumário Executivo - Terceiro Trimestre de 2005 Resultado por Segmento Itaubanco O lucro líquido do segmento Itaubanco atingiu R$ 738 milhões no terceiro trimestre de 2005, o que representa um aumento de 4,8% em relação ao trimestre anterior. A margem financeira gerencial totalizou R$ milhões, sendo particularmente impulsionada pelo crescimento das operações de crédito voltadas para o financiamento do consumo. Além disso, o resultado de tesouraria totalizou R$ 4 milhões, o que representou um acréscimo de R$ 32 milhões em relação ao trimestre anterior. Por outro lado, a despesa associada ao risco de crédito (PDD) apresentou um crescimento de R$ 217 milhões entre os trimestre, refletindo basicamente a estratégia do Banco que vem priorizando as operações capazes de gerar maior contribuição para a margem financeira, porém, face a condições de mercado, suscetíveis a maiores riscos. No período, tivemos ainda a constituição de R$ 50 milhões de provisão excedente ao mínimo requerido pela autoridade bancária, em função dos modelos proprietários utilizados para dimensionar eventuais aumentos de inadimplência em situações de stress indicarem a necessidade de reforço das provisões, diante do significativo aumento da carteira de crédito e da mudança do mix dos produtos. As receitas de prestação de serviços tiveram desempenho favorável em razão do crescimento do volume de recursos administrados em fundos de investimento, pelo incremento no volume de operações de crédito, que produziu efeitos positivos nas receitas associadas à aprovação e liberação de crédito, e pelos esforços realizados para a regularização do pagamento de tarifas, ampliando as receitas de serviços de arrecadação. Da mesma forma, as despesas não decorrentes de juros apresentaram evolução positiva com redução de R$ 36 milhões entre os trimestres, mesmo considerando o impacto da convenção coletiva do trabalho realizada no período, que aumentou os salários em 6% e concedeu um abono único de R$ 1.700,00 a cada funcionário. Por fim, o item Outros sofreu o impacto de maiores despesas tributárias de PIS e COFINS, associadas à elevação da margem financeira e da receita de serviços. Itaú BBA O lucro líquido do Itaú BBA atingiu R$ 304 milhões no terceiro trimestre de 2005, com decréscimo de 5,7% em relação ao trimestre anterior. A queda da margem financeira gerencial está fundamentalmente associada à redução das exposições em títulos e derivativos ao longo do trimestre, gerando uma redução na margem financeira gerencial de tesouraria, que atingiu R$ 47 milhões no período ante R$ 214 milhões no trimestre anterior. O resultado de créditos de liquidação duvidosa apresentou uma reversão de provisão, vinculada basicamente à recuperação de operação de crédito concedido a uma empresa do setor de energia. As receitas de prestação de serviços foram positivamente afetadas pelos maiores resultados com serviços de cash management. As despesas não decorrentes de juros apresentaram redução, pois não se repetiu no terceiro trimestre o impacto associado à amortização acelerada de software que marcou o trimestre anterior, num total de R$ 20 milhões. Itaucred Ao contrário do ocorrido no trimestre anterior, o lucro líquido da Itaucred apresentou uma queda de R$ 76 milhões na comparação entre os trimestres. O expressivo aumento do volume de operações de financiamento do consumo de clientes não-correntistas impulsionou a margem financeira, levando a um aumento de 20,6% no período. Entretanto, um dos principais fatores responsáveis pela diminuição do resultado foi o fato de que neste trimestre não se repetiu o efeito positivo associado à reversão de provisões genéricas para créditos de liquidação duvidosa que marcou o segundo trimestre de Naquele período, o Itaú realizou uma ampla revisão de suas provisões, adequando-as às garantias reais envolvidas nas operações. Além disso, as despesas não decorrentes de juros tiveram um significativo aumento associado, em grande parte, ao atual estágio de desenvolvimento da operação da Taií, que apenas neste período teve o incremento de pessoas no seu quadro de colaboradores (promotores de vendas), em função da abertura de 90 pontos de venda no trimestre. Corporação O resultado da Corporação está associado fundamentalmente ao resultado financeiro obtido a partir do excesso de capital do Itaú, juntamente com eventuais ocorrências de itens extraordinários no resultado. Desta forma, o resultado observado no segundo trimestre de 2005 agrega o resultado extraordinário de R$ 50 milhões do período, associado à constituição de provisão para despesas de operacionalização do Novo Acordo para Gestão do Credicard e a outras reestruturações societárias do conglomerado de menor relevância. 10 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

11 Sumário Executivo Terceiro Trimestre de 2005 As demonstrações contábeis pro forma do Itaubanco, Itaú BBA, Itaucred e Corporação apresentadas abaixo, baseiam-se em informações gerenciais e refletem de maneira mais fiel o desempenho das diversas unidades de negócio do conglomerado. Entre o terceiro e o segundo trimestres de 2005 observou-se as seguintes variações nas demonstrações do resultado dos segmentos do Itaú. DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO PRO FORMA POR SEGMENTO R$ Milhões Margem Financeira Gerencial Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (735) (518) (217) (235) Receitas de Prestação de Serviços Despesas não Decorrentes de Juros 1 (1.992) (2.028) 36 (1.816) Imposto de Renda e Contribuição Social (168) (264) 96 5 Outros 2 (152) (129) (24) (76) Margem Financeira Gerencial (163) 303 Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Receitas de Prestação de Serviços Despesas não Decorrentes de Juros 1 (141) (176) 35 (139) Imposto de Renda e Contribuição Social (58) (62) 3 (51) Outros 2 (39) (67) 27 (21) Margem Financeira Gerencial Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (153) (2) (151) (41) Receitas de Prestação de Serviços Despesas não Decorrentes de Juros 1 (459) (356) (103) (225) Imposto de Renda e Contribuição Social (50) (104) 54 (25) Outros 2 (38) (28) (10) (35) Margem Financeira Gerencial Receitas de Prestação de Serviços (3) (0) (3) (1) Despesas não Decorrentes de Juros 1 (14) (14) (0) (4) Imposto de Renda e Contribuição Social (21) (31) 11 (27) Resultado Extraordinário - (50) 50 (305) Outros 3 (34) (26) (8) 20 (1) Inclui as Despesas de Pessoal, Outras Despesas Administrativas, Despesas Tributárias de CPMF e Outros Tributos e Outras Despesas Operacionais. (2) Inclui o Resultado com Operações de Seguros, Previdência e Capitalização, Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS, Outras Receitas Operacionais, Resultado não Operacional e Participações no Lucro. (3) Inclui Despesas Tributárias de ISS, PIS e COFINS, Resultado de Participação em Coligadas, Outras Receitas Operacionais, Resultado não Operacional, Participações no Lucro e Participações Minoritárias nas Subsidiárias. 11 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

12 Análise do Resultado Consolidado Análise do Resultado Consolidado onsolidado nálise Consolidado An Resultado Consolid 12 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

13 Análise do Resultado Consolidado O Resultado do Terceiro Trimestre de 2005 No terceiro trimestre de 2005, o Itaú obteve um lucro líquido consolidado de R$ milhões, o que corresponde a um aumento de 1,4% em relação ao resultado do trimestre anterior. Em 30 de setembro de 2005, o patrimônio líquido da instituição atingiu R$ milhões, levando a um retorno anualizado sobre patrimônio líquido (ROE) de 40,5%. O saldo total dos ativos somou R$ milhões em 30 de setembro de 2005, permanecendo praticamente estável em relação ao saldo de encerramento do trimestre anterior. O retorno anualizado sobre os ativos totais (ROA) alcançou 3,8%, ao passo que no segundo trimestre do ano o índice foi de 3,7% a.a. Os ativos direcionados ao atendimento da demanda por crédito representavam 38,4% do total de ativos no encerramento do terceiro trimestre, ao passo que em junho esta participação correspondia a 36,2%, o que revela o intenso processo de mudança na composição dos ativos com o objetivo de ampliar as operações capazes de gerar uma maior contribuição sustentada para o resultado. A carteira de financiamento de veículos destacou-se no trimestre, apresentando um forte crescimento de 15,3%, o que ampliou de maneira significativa o market share do Itaú nesse segmento, atingindo 17,4% em junho de O lucro líquido obtido neste período reflete fundamentalmente a importante contribuição advinda da estratégia de ampliação e alteração de mix da carteira de crédito, sendo este o principal fator responsável pelo crescimento da margem financeira ao longo dos últimos trimestres. A estratégia Nos últimos trimestres, o Itaú vem passando por um intenso processo de mudanças cujo objetivo estratégico é o de criar novas bases para a geração de resultado em um provável cenário futuro onde deverão prevalecer taxas de juros menores que as praticadas atualmente, juntamente com a melhora da classificação de risco do Brasil. As novas iniciativas do Banco têm como fundamento a confiança no futuro e no desenvolvimento do País. As perspectivas econômicas favoráveis ao consumo reforçam a crença na estratégia de expansão do crédito e ampliam as condições para a obtenção de resultados consistentes em longo prazo. Além disso, o Itaú apóiase também nos seguintes pilares estratégicos: (i) robustas fontes de receitas não decorrentes da atividade de intermediação financeira, associadas à especialização, diversificação e qualidade dos produtos e serviços prestados pelos diferentes segmentos do banco, os quais têm por base atender as necessidades específicas dos diversos tipos de clientes; (ii) foco em custos, representado por um constante esforço de racionalização de processos e redução de despesas; e (iii) crescimento das operações de seguros, previdência privada e capitalização, as quais vêm apresentando um bom desempenho, particularmente impulsionado pelos produtos de previdência privada VGBL e PGBL. Os novos investimentos do Banco têm implicado no aumento do número de funcionários, no desenvolvimento de infra-estrutura operacional e comercial e no incurso de novas despesas de custeio. Por outro lado, estão ampliando a base de clientes, o volume de crédito concedido - com reflexo positivo na margem financeira - e as receitas de prestação de serviços particularmente aquelas decorrentes da venda cruzada de produtos - resultando numa contribuição amplamente favorável para a formação do lucro líquido. A expectativa para os próximos dois anos é de que essas novas áreas de negócio consigam agregar 6 milhões de potenciais novos clientes não correntistas à base do Itaú. Em relação ao Itaú BBA, a perspectiva de expansão do mercado de capitais cria oportunidades de atuação como prestador de serviços de Investment Banking, o que poderá aumentar a participação das receitas de prestação de serviços dos atuais 5% do total para 15% a 20% nos próximos cinco anos, com incremento mais reduzido na concessão de crédito. Juros e Câmbio Um cenário macro-econômico favorável, no Brasil e no exterior, permitiu ao Comitê de Política Monetária Copom iniciar o processo de redução da taxa básica de juros (Selic). Assim, na reunião de setembro, a meta da taxa básica passou de 19,75% a.a. para 19,50% a.a., sinalizando o fim do ciclo de aperto monetário. No terceiro trimestre de 2005, o real manteve a mesma tendência de valorização frente ao dólar norteamericano observada nos trimestres anteriores. Ao final do período o dólar foi cotado a R$ 2,2222, enquanto em 30 de junho de 2005 a cotação era de R$ 2,3504, o que equivale a uma variação de 5,5% no trimestre. Índices Macroeconômicos Risco País (EMBI) CDI 4,7% 4,6% 3,9% 14,1% 11,7% Dólar -5,5% -11,8% -8,0% -16,3% -1,1% Dólar (Cotação em R$) 2,2222 2,3504 2,8586 2,2222 2,8586 IGPM -1,5% 0,2% 3,3% 0,2% 10,3% Poupança (TR + 6% a.a.) 2,4% 2,3% 2,1% 6,9% 6,0% 13 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

14 Análise do Resultado Consolidado Margem Financeira Gerencial A margem financeira gerencial do terceiro trimestre de 2005 somou R$ milhões, com um aumento de 0,8% sobre a margem obtida no trimestre anterior. A margem financeira com as operações de crédito deu uma contribuição positiva de R$ 195 milhões para a margem financeira gerencial das operações bancárias, constituindo-se no principal elemento responsável pela variação de R$ 148 milhões observada entre os trimestres. Esta elevação decorre da estratégia de ampliação e de alteração do mix da carteira de crédito adotada pelo Banco, que vem agregando uma significativa contribuição para a formação do resultado nos últimos trimestres. As operações de empréstimo e financiamento, incluindo os avais e fianças, totalizaram R$ milhões em 30 de setembro de 2005, o que corresponde a um aumento de 5,1% em relação ao saldo final de junho. Os produtos dirigidos ao varejo tiveram um forte crescimento no período, resultado de um bem sucedido esforço comercial empreendido pelas equipes do Itaú. No final do trimestre, o saldo das operações com clientes pessoa física atingiu R$ milhões, o que corresponde a um aumento de 12,1% em relação a junho de Este saldo equivale também a 41,5% do total da carteira, enquanto que no trimestre anterior as operações de varejo respondiam por 38,9% do saldo total, indicando a alteração do mix de ativos de crédito. O resultado de tesouraria no terceiro trimestre de 2005 totalizou R$ 48 milhões, o que representou um decréscimo de R$ 134 milhões em relação ao trimestre anterior. Essa queda está associada à redução das exposições em títulos e derivativos atrelados ao mercado de juros doméstico. A consolidação dos impactos decorrentes dos diversos fatores descritos acima resultou numa taxa anualizada da margem financeira gerencial de 13,5%, permanecendo praticamente estável em relação à taxa de 13,6% obtida no trimestre anterior. Análise da Margem Financeira Gerencial R$ Milhões Média de (Disponibilidades + Aplicações Interf. de Liquidez + TVM(*) - Captações no Mercado Aberto - Instrumentos Financeiros Derivativos) Média de Relações Interfinanceiras e Interdependências Média da Carteira de Câmbio Líquida (284) (179) (241) (180) Média das Operações de Crédito (**) Obs: O saldo médio do trimestre é obtido pela média aritmética entre o saldo do último dia do trimestre atual e do trimestre anterior. O Saldo médio do acumulado de janeiro a setembro é obtido pela média aritmética dos saldos do último dia dos últimos quatro trimestres ( (Dez + Mar + Jun + Set) / 4 ). (*) Títulos e Valores Mobiliários. (**) Saldo médio da carteira de crédito líquida das operações nonperforming. Composição da Carteira de Crédito 100% 90% 80% 45,6% 42,5% 39,0% 37,6% 34,8% 32,9% 70% 7,2% 6,9% 60% 8,5% 7,6% 50% 8,4% 9,1% 18,2% 18,4% 19,0% 18,6% 40% 17,7% 18,4% 30% 20% 28,3% 29,9% 34,3% 36,4% 38,9% 41,5% 10% 0% jun-04 set-04 dez-04 mar-05 jun-05 set-05 Pessoas Físicas Micro / Pequenas e Médias Empresas Créditos Direcionados Grandes Empresas 14 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

15 Análise do Resultado Consolidado Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa Análise do Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa R$ Milhões (Constituição)/Reversão Genérica (103) (52) (155) (11) (7) (18) (92) (45) (137) (Constituição)/Reversão Específica (722) (148) (870) (552) (111) (663) (170) (36) (206) Provisão Excedente (50) - (50) Recuperação de Créditos Baixados como Prejuízo A despesa com provisão para créditos de liquidação duvidosa atingiu R$ milhões no terceiro trimestre de 2005, o que corresponde a um acréscimo de 57,8% em relação à despesa do trimestre anterior. A despesa com provisões genéricas cresceu R$ 137 milhões no período. O aumento de R$ 92 milhões da despesa de constituição de provisão genérica para operações com clientes pessoa física reflete não só o crescimento da carteira de crédito como também a reversão de provisões associadas às operações com garantia real ocorrida no trimestre anterior (para maiores detalhes, ver o Relatório de Análise Gerencial da Operação do segundo trimestre de 2005). A elevação de R$ 45 milhões de provisão genérica para operações com clientes pessoa jurídica decorre da adequação do nível de risco de uma operação de cliente corporate que atua no setor de energia elétrica, anteriormente baixada contra a provisão e renegociada no período. A despesa com provisões específicas aumentou R$ 206 milhões entre os trimestres e reflete a estratégia adotada pelo Itaú que prioriza as operações capazes de gerar maior contribuição para o resultado, mesmo que representem maiores riscos. Ainda no trimestre, foi constituída provisão excedente ao mínimo requerido pela autoridade bancária, totalizando R$ 50 milhões. No mesmo período, a receita com a recuperação de créditos baixados como prejuízo atingiu R$ 291 milhões, o que equivale a uma elevação de 53,1% em comparação com o trimestre anterior. Conforme citado anteriormente, o Itaú BBA concluiu neste trimestre o processo de renegociação de uma operação realizada com um cliente que atua no setor de energia elétrica. Para auxiliar a análise dos efeitos líquidos da estratégia de concessão de crédito, apresentamos o produto bancário ajustado - formado pela margem financeira gerencial das operações bancárias, pelas receitas de prestação de serviços geradas pelas operações de crédito e cartões de crédito, pelas despesas tributárias de PIS e COFINS, líquidas do resultado com créditos de liquidação duvidosa - que atingiu R$ milhões no período, crescendo R$ 71 milhões em relação ao trimestre anterior. Contribuição da Mudança de Mix da Carteira de Crédito R$ Milhões Margem Financeira Gerencial - Operações Bancárias (A) Receitas de Serviços com Operações de Crédito e Cartões de Crédito (B) Despesas Tributárias de PIS e COFINS (C) (180) (171) (153) (505) Ajuste 1 - Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (E) (784) (491) (594) (1.868) Ajuste 2 - Revisão de Classificação - Operações com Garantia Real (F) - (135) - (135) Ajuste 3 - Provisão Excedente (G) (734) (626) (444) (1.803) Margem Financeira Gerencial - Operações Bancárias (A) Receitas de Serviços com Operações de Crédito e Cartões de Crédito (B) Despesas Tributárias de PIS e COFINS (C) (130) (119) (114) (363) Ajuste 1 - Resultado com Créditos de Liquidação Duvidosa (E) (256) (206) (199) (661) Ajuste 2 - Revisão de Classificação - Operações com Garantia Real (F) Ajuste 3 - Provisão Excedente (G) (256) (206) (105) (567) 15 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

16 Análise do Resultado Consolidado O índice de cobertura do saldo das provisões para créditos de liquidação duvidosa sobre o saldo das operações que deixaram de gerar receitas alcançou 200,4% em 30 de setembro de Carteira Anormal (*) R$ Milhões Non Performing Loans R$ Milhões Total Non Performing Loans (a) PDD (3.656) (3.242) (3.288) Carteira de Crédito (b) Índice NPL [ (a) / (b) ] x 100 3,3% 3,0% 2,9% (a) Operações de crédito vencidas há mais de 60 dias, e que não geram apropriação de receitas no regime de competência. (b) Não Inclui Avais e Fianças. Carteira Anormal PDD Total (3.656) (3.242) (3.288) Folga (*) Carteira Anormal é o total das operações com parcela vencida há mais de 15 dias. Índice de Cobertura (*) 198% 202% 204% 189% 210% 220% 221% 203% 200% set/03 dez/03 mar/04 jun/04 set/04 dez/04 mar/05 jun/05 set/05 (*) Saldo de PDD / Saldo de Nonperforming Loans Movimentação da Carteira de Crédito R$ Milhões Novas Operações Atualizações e Amortizações (1.461) (1.931) (3.392) (1.381) (2.355) (3.737) Liquidações (3.501) (11.886) (15.387) (3.040) (12.062) (15.101) Write-off (575) (81) (656) (657) (60) (717) Movimentação da Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa R$ Milhões Novas Operações (476) (322) (798) (378) (196) (574) Transferências de Risco (683) (61) (744) (596) (97) (694) Revisão de Classificação - Operações com Garantia Real Atualizações e Amortizações Liquidações Constituição de Provisão Excedente (50) (50) Despesa Total (822) (203) (50) (1.074) (564) (118) (681) Write-off Variação Cambial do Saldo de Provisão no Exterior Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

17 Análise do Resultado Consolidado Receitas de Prestação de Serviços R$ Milhões Receita de Administração de Fundos Receita de Administração de Consórcios Operações de Crédito Rendas de Garantias Prestadas (4) Rendas de Cobrança Tarifa Interbancária (Títulos, Cheques e Doc) Serviços de Arrecadações Serviços de Câmbio 7 7 (0) Rendas de Corretagem Rendas Consulta a Serasa Rendas de Serv. Custódia e Adm. de Carteiras Outros Serviços No terceiro trimestre de 2005, as Receitas de Prestação de Serviços apresentaram um significativo crescimento de R$ 120 milhões, totalizando R$ milhões, frente aos R$ milhões do trimestre anterior. Comparadas às Despesas não Decorrentes de Juros, as Receitas de Prestação de Serviços apresentaram um índice de cobertura de 76%, contra 72% no trimestre anterior. Considerando-se apenas as Despesas de Pessoal, o índice de cobertura atinge 186% frente aos 190% do segundo trimestre. Esse crescimento foi impulsionado pelas Receitas de Administração de Fundos que apresentaram um aumento de R$ 27 milhões devido ao maior volume de recursos administrados. Destacaram-se também no terceiro trimestre as receitas de Operações de Crédito que totalizaram R$ 300 milhões, apresentando um crescimento de 10%. Os serviços de arrecadações contribuíram com R$ 17 milhões para o aumento das receitas de prestação de serviços e foram positivamente afetados pela regularização no pagamento de tarifas por parte de governos estaduais Parte do crescimento das receitas de Outros Serviços deve-se ao Banco Itaú BBA. Preparando-se para a expansão dos mercados de capitais com a redução das taxas de juros e a potencial melhoria na classificação de risco brasileira, o Banco Itaú BBA vem direcionando sua atuação para a prestação de serviços de Investment Banking. Índice de Cobertura das Receitas de Prestação de Serviços sobre as Despesas Não Decorrentes de Juros(*) Quantidades de Clientes Ativos(*) e Contas Correntes Em Milhões ºt.03 1ºt.04 2ºt.04 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 Dez/03 Mar/04 Jun/04 Set/04 Dez/04 Mar/05 Jun/05 Set/05 (*) Calculado pela divisão das Receitas de Prestação de Serviços pelas Despesas de Pessoal e pelas Despesas Não Decorrentes de Juros (Despesas de Pessoal, Outras Despesas Administrativas, Outras Despesas Operacionais e Despesas Tributárias de CPMF e Outros). (*) Conceitualmente, um cliente (representado por um CPF/CNPJ) é considerado como ativo quando, realiza uma ou mais movimentações em conta corrente nos últimos seis meses ou possui saldo médio em conta não nulo. 17 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

18 Análise do Resultado Consolidado Despesas Não Decorrentes de Juros R$ Milhões Remuneração Encargos Benefícios Sociais (2) Treinamento (2) Desligamento de Funcionários e Proc.Trabalhistas (14) Abono Especial / Único Processamento de Dados e Telecomunicações Depreciação e Amortização (13) Instalações Serviços de Terceiros Serviços do Sistema Financeiro Propaganda, Promoções e Publicações Transportes Materiais Segurança Legais e Judiciais (9) Viagens Outras (1) Provisão para Contingências (54) (116) Fiscais e Previdenciárias 16 (6) (63) Ações Cíveis (50) (9) Outras - 26 (26) (43) Comercialização - Cartões de Crédito (1) Sinistros Outras 8 43 (35) (120) CPMF (46) Outros Tributos (-) Itaucred (Veículos + Cartões de Crédito Não Correntistas + Taií) (459) (356) (103) (1.111) (589) (522) (-) Orbitall (129) (159) 30 (434) (179) (255) As Despesas Não Decorrentes de Juros, que englobam Despesas de Pessoal, Outras Despesas Administrativas, Outras Despesas Operacionais e Despesas Tributárias com CPMF e Outros Tributos, atingiram R$ milhões no terceiro trimestre de 2005, o que representa um aumento de R$ 34 milhões em comparação aos R$ milhões do segundo trimestre. As novas iniciativas foram responsáveis por um incremento de R$ 73 milhões nas Despesas Não Decorrentes de Juros quando comparadas com o trimestre anterior. Sem estas iniciativas, verifica-se uma redução de R$ 39 milhões nas despesas. Índice de Eficiência Despesas Não Decorrentes de Juros R$ Milhões 1ºt.04 2ºt.04 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 1ºt.04 2ºt.04 3ºt.04 4ºt.04 1ºt.05 2ºt.05 3ºt.05 Índice de Eficiência = Despesas Não Decorrentes de Juros (Despesas de Pessoal + Outras Despesas Administrativas + Outras Despesas Operacionais + Despesas Tributárias com CPMF e Outros Tributos) (Margem Financeira + Receitas de Prestação de Serviços + Resultado Parcial de Seguros, Capitalização e Previdência + Outras Receitas Operacionais - Despesas Tributárias de PIS/COFINS/ISS) 18 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.

19 Análise do Resultado Consolidado Despesas de Pessoal As Despesas de Pessoal totalizaram R$ milhões, apresentando um aumento em relação aos R$ 971 milhões do trimestre anterior. Este acréscimo deve-se principalmente ao abono de R$ 1.700,00 por funcionário, pago de uma única vez, e ao reajuste de 6,0% concedidos no acordo da convenção coletiva do trabalho vigente desde setembro de Este acordo gerou despesas adicionais de R$ 93 milhões neste trimestre. Este aumento foi compensado em parte pelas despesas com Desligamento de Funcionários e Processos Trabalhistas que diminuíram R$ 14 milhões neste trimestre. O Itaú encerrou o mês de setembro de 2005 com funcionários, contra ao final de junho. Este aumento foi proporcionado pela Taií, que continua em processo de crescimento. Outras Despesas Administrativas As Outras Despesas Administrativas totalizaram R$ milhões no terceiro trimestre de 2005, apresentando um aumento de R$ 66 milhões em relação aos R$ milhões do período anterior. As novas iniciativas, incluindo o processo de cisão do Credicard Banco que está em andamento, foram responsáveis por grande parte deste aumento, com destaque para as despesas de Processamento de Dados e Telecomunicações, Serviços de Terceiros e Materiais. As despesas de Propaganda, Promoções e Publicações, que cresceram R$ 22 milhões, sofreram influência da campanha institucional Itaú 60 Anos, que foi fortemente promovida neste trimestre. Número de Funcionários (*) (**)(***) Set/03 Dez/03 Mar/04 Jun/04 Set/04 Dez/04 Mar/05 Jun/05 Set/05 FIT: Operação de Lojas de Crédito Pessoal FIC: Financeira Itaú CDB (*) Inclui Orbitall e promotora de vendas do banco Intercap a partir de Dez/04. (**) Inclui a FIC que, apesar do Itaú deter 50% de participação, está 100% consolidada. (***) Não inclui o Credicard Banco que ao final de Set/05 possuía 453 funcionários, onde o Itaú detém 50% de participação. Outras Despesas Operacionais As Outras Despesas Operacionais no terceiro trimestre de 2005 atingiram R$ 220 milhões, uma significativa redução de R$ 85 milhões em relação ao trimestre anterior. As Provisões para Contingências diminuíram 54 milhões neste trimestre em decorrência de eventos ocorridos no segundo trimestre de 2005 que aumentaram as despesas daquele período, destacando principalmente o reajuste do saldo de provisões vinculadas ao salário mínimo que aumentou 15% em maio. Despesas Tributárias com CPMF e Outros Tributos As Despesas Tributárias com CPMF e Outros Tributos totalizaram R$ 79 milhões no terceiro trimestre de 2005 apresentando uma grande redução em relação aos R$ 117 milhões do trimestre anterior. Esta queda é devida a reorganização societária que ocorreu no segundo trimestre que contribuiu com despesas de CPMF da ordem de R$ 50 milhões naquele período. Volume de Transações no Auto-Atendimento (Quantidade em milhões) 1 Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ Trim./ (*) Transação efetuada através de tela de aviso nos caixas eletrônicos. 19 Análise Gerencial da Operação Banco Itaú Holding Financeira S.A.