Energia faturada por classe de consumidores (em GWh)

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1 1 Perfil A AES Sul Distribuidora Gaúcha de Energia S.A. ( Companhia ) é uma companhia de capital aberto, de direito privado, autorizada a operar como concessionária do Serviço Público de Distribuição de Energia Elétrica, principalmente para a distribuição e comercialização de energia elétrica em 118 municípios entre a região metropolitana de Porto Alegre até a fronteira com o Uruguai e a Argentina, respectivamente nos municípios de Santana do Livramento, Uruguaiana e São Borja, no extremo oeste do Estado do Rio Grande do Sul, conforme demonstrado no mapa abaixo, e tem suas atividades regulamentadas e fiscalizadas pela Agência Nacional de Energia Elétrica ANEEL, vinculada ao Ministério de Minas e Energia. Em 30 de junho de 2014, a Companhia atendia aproximadamente a 1,3 milhões de unidades consumidoras e faturou com o fornecimento de energia elétrica GWh.

2 Energia faturada por classe de consumidores (em GWh) Residencial Industrial Comercial 709 Rural 911 Outras classes 327 O Contrato de Concessão de Distribuição de Energia Elétrica n 12/1997 foi assinado em 06 de novembro de 1997 e tem prazo de duração de 30 anos. 2 Desempenho econômico-financeiro Em milhares de Reais 1S14 1S13 Variação R$ Variação % Fornecimento de energia elétrica ,6% Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição - TUSD (1.712) -6,5% Outras receitas operacionais ,5% Receita operacional bruta ,4% Deduções da receita operacional bruta ( ) ( ) (77.801) 20,3% Receita operacional líquida ,4% Custos com energia elétrica (Parcela A) ( ) ( ) ( ) 27,3% Custos de operação (Parcela B) ( ) ( ) ,4% Custos operacionais ( ) ( ) ( ) 15,1% Resultado do serviço (4.501) (15.318) ,6% Resultado financeiro (24.756) ,1% Imposto de renda e contribução social (13.568) (82.000) -119,8% Lucro (Prejuízo) líquido do período ,9% No semestre findo em 30 de junho de 2014 a Companhia auferiu um lucro líquido no montante de R$ , ante um lucro líquido de R$ no mesmo semestre do ano

3 anterior. Os itens a seguir explicam os principais fatores que influenciaram o aumento de R$ do resultado da Companhia. 2.1 Receita operacional líquida A receita operacional líquida da Companhia é constituída substancialmente do fornecimento e distribuição de energia elétrica e de suas respectivas deduções, acumulando nos semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013 os montantes de R$ e R$ , respectivamente. Receita operacional (R$ mil) 1S14 1S13 Var. % 1S14 1S13 Var. % Fornecimento de energia elétrica: ,6% ,7% Residencial ,6% ,3% Industrial ,7% ,0% Comercial ,6% ,8% Rural ,5% ,7% Outras classes ,5% ,8% Disponibilização do sistema de transmissão e distribuição - TUSD ,5% ,7% Receita de construção ,6% - - 0,0% Não faturado (1.301) (42.021) -96,9% - - 0,0% Energia no curto prazo ,4% - - 0,0% Subvenções de recursos da CDE ,3% - - 0,0% Outras receitas ,5% - - 0,0% Receita operacional bruta ,4% ,2% Deduções da receita operacional bruta: ( ) ( ) 20,3% Encargos setoriais (35.519) (23.450) 51,5% Encargos tributários ( ) ( ) 18,2% Receita operacional líquida ,4% Consumo (em GWh) O aumento de 16,4 % da receita operacional líquida é explicado principalmente por: Aumento do consumo dos clientes cativos, afetado principalmente pelas classes residencial, comercial e rural. Esse aumento de consumo é devido ao clima atípico, com temperaturas elevadas e pouca chuva; Aumento da receita com subvenções da tarifa, subsidiados com recursos da CDE, no montante de R$ , devido ao repasse referente ao ressarcimento aos descontos incidentes sobre as tarifas aplicáveis aos usuários do serviço público de distribuição de energia elétrica; Redução de 6,5% na receita de TUSD, em função de redução na tarifa de venda; Redução de 28,6% em receita de construção, indicando um menor nível de investimentos da Companhia entre os semestres comparados (impacto na margem é igual a zero), sem comprometimento da qualidade dos serviços;

4 Aumento de R$ nas deduções da receita bruta, atribuído principalmente (i) aos encargos tributários (ICMS, COFINS, PIS) que aumentaram R$ , sendo proporcionais à maior receita bruta auferida no semestre; (ii) pelos encargos setoriais, que aumentaram R$ , devido principalmente pelas maiores despesas com a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE), resultante das novas quotas homologadas pela ANEEL para o ano de 2014, compensadas pelas menores despesas da Conta de Consumo de Combustível (CCC), que foi extinta pela Lei nº /2013 no 1T Custos operacionais Os custos operacionais são divididos em duas categorias: (i) Parcela A, que engloba todas as despesas não gerenciáveis e relacionadas à compra e transmissão de energia; e (ii) Parcela B, que corresponde aos custos gerenciáveis da Companhia. No primeiro semestre de 2014, os custos operacionais apresentaram um aumento de 15,1 % em relação ao mesmo semestre do ano anterior Custos com energia elétrica (Parcela A) Os custos com energia elétrica (Parcela A) são compostos principalmente pelas contas de Energia elétrica comprada para revenda/proinfa e Encargos do uso do sistema de transmissão e distribuição.

5 Energia elétrica comprada para revenda/proinfa: Em 30 de junho de 2014, a origem do volume comprado de energia elétrica pela Companhia era a seguinte: A energia elétrica comprada para revenda apresentou um aumento de R$ ou 29,6%, totalizando R$ no 1S14 e R$ no 1S13. Os seguintes fatores explicam esse desempenho: CCEE: Acréscimo de R$ , decorrente do maior volume de energia comprada no período, devido ao cancelamento de contratos oriundos de leilões de energia nova (CCEARs), à insuficiência de cotas decorrente da Lei /2013, ao cancelamento do Leilão A-1 de 2012 e à frustração do Leilão A-1 de 2013, somado ao preço do MWh no mercado de curto prazo, o qual apresentou variação de 130,8% no preço médio (R$ 663,36 no 1S14 e R$ 287,43 no 1S13) quanto comparado ao mesmo período do ano anterior; CCEAR's: Acréscimo de R$ , devido ao aumento do preço médio, impactado principalmente pelo despacho de usinas termelétricas, ocasionado pelos baixos níveis dos reservatórios hídricos. Itaipu: Acréscimo de R$ , reflexo da maior cotação do dólar na comparação entre os semestres, compensado pelo menor volume de energia comprada; Os fatores acima foram parcialmente compensados por:

6 Repasse CDE - Custo de energia, cujo aumento R$ é decorrente principalmente pelo maior preço do MWh no mercado de curto prazo, ocasionado pelos baixos níveis dos reservatórios hídricos; Repasse de recursos da CONTA ACR no montante de R$ no 1S14, conforme determinado pelo Decreto n 8.221/2014, visando cobrir, total ou parcialmente, os gastos das distribuidoras de energia com exposição involuntária no mercado de curto prazo e custos do despacho termoelétrico. O gráfico abaixo mostra a evolução do volume comprado de energia entre os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013, por tipo de contrato. Encargo do uso do sistema de transmissão e distribuição: A composição dos encargos é a seguinte:

7 O aumento de R$ ou 4,5% se deve basicamente ao menor aporte de recursos da CDE de R$ , para compensar os custos com ESS no período (Decreto n 7.945/2013) devido principalmente ao menor custo deste encargo no 1S14, e aos custos superiores em R$ de encargos da Rede Básica Custos de operação (Parcela B) A Parcela B, correspondente aos custos gerenciáveis da Companhia, totalizou R$ no 1S14, montante inferior em R$ ou 8,4 % em relação ao mesmo semestre do ano anterior. As variações nas seguintes contas explicam esse desempenho: Custo de construção: menor nível de investimentos em infraestrutura da concessão impactando diretamente na redução do custo de construção (impacto na margem é igual a zero), sem comprometimento da qualidade dos serviços; Entidade de previdência privada: redução de R$ devido ao aumento da taxa de desconto, acompanhando a NTN-B de 3,75% no encerramento de 2012 para 6,4% no recálculo de dezembro de 2013; Outros custos: redução líquida de R$ 5.561, resultante da: i) redução na despesa de Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa em R$ 7.336, devido principalmente à provisão constituída em 2013 pelo desligamento de agentes devedores à CCEE e à reversão de provisão sobre acordos de parcelamentos em 2014; ii) redução de R$ na Provisão para Processos Judiciais, principalmente nos processos cíveis; iii) aumento em outros de R$ referente às perdas na baixa do ativo intangível e financeiro da concessão; Material e serviços de terceiros: aumento de R$ , relacionadas principalmente ao custo dos serviços e materiais aplicados na manutenção da rede de distribuição, serviços de call center e frota, devido ao aumento no número de ocorrências atendidas em decorrência das fortes tempestades ocorridas no 1S14; e Depreciação e amortização: aumento de R$ pelo aumento do ativo financeiro e intangível de concessão em função dos investimentos realizados durante o 2S13 e 1S Resultado financeiro

8 No primeiro semestre de 2014 o resultado financeiro líquido apresentou uma receita de R$ , sendo superior em R$ à despesa registrada no mesmo semestre de 2013, devido principalmente, aos seguintes fatores: Reversão de R$ referente a encargos de multa e juros sobre passivo junto à CCEE relativo à comercialização de energia realizada no período de 1º de setembro de 2000 a 31 de dezembro de 2002; Atualização do valor justo do ativo financeiro de concessão superior em R$ devido ao aumento na variação do IGP-M e no saldo do ativo financeiro de concessão no 1S14 quando comparado com o 1S13, compensados parcialmente pelo: Aumento dos encargos de dívida em R$ devido à maior taxa de juros no semestre e aumento no principal de empréstimos e financiamentos. No 1S14 a taxa média do CDI foi de 10,54%, enquanto que para o mesmo período do ano anterior foi de 7,16%; Aumento das penalidades regulatórias (DIC/FIC/DMIC/DICRI) em R$ em função do ressarcimento aos clientes pelos períodos de interrupção de energia em decorrência dos temporais que atingiram a área de concessão da Companhia nos meses de janeiro e fevereiro de 2014; Redução do rendimento das aplicações financeiras de R$ 5.302, devido ao menor saldo médio de aplicações no semestre corrente. 2.4 Imposto de renda e contribuição social Aumento de R$ na despesa de imposto de renda e contribuição social, devido principalmente ao aumento na despesa de imposto de renda e contribuição social correntes pelo crescimento no lucro real em 2014 e pelo registro da receita de imposto de renda e contribuição social diferidos sobre prejuízos fiscais e base negativa em 2013.