Introdução à Química Farmacêutica Medicinal

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Introdução à Química Farmacêutica Medicinal"

Transcrição

1 Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Eliezer J. Barreiro Parte 2 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas eliezer 2016

2 Introdução a Química Farmacêutica Medicinal Sumário; DEFINIÇÃO, Objetivos Objetivos, multidisciplinaridade e Termos da QUÍMICA Medicinal; FÁRMACO X MEDICAMENTO; ESTÁGIOS do processo de DDD; conceito de COMPOSTO-protótipo; AS fases DA ação dos FÁRMACOS: PK & PD; QUEM são OS biorreceptores; o PARADIGMA de Fischer; o centenário modelo chave-fechadura; ligações-h; os ALFABETOS bioquímicos; A importância das ligações frágeis; Topografia 3D dos BIORRECEPTORES; TIPOS de interações FÁRMACOS-biorreceptores biorreceptores; Sítios DE reconhecimento MOLECULAR; SIMILARIDADE MOLECULAR; QUÍMICA COMPUTACIONAL; Pontos e grupos FARMACOFÓRICOS, auxofóricos e toxicofóricos; AAS; bent Samuelsson; Sune bergstron; John VANE; penicilina: Fleming; Ernest Chain; Howard FLOREY; Estatinas; AS razões moleculares DA ação dos fármacos = A estrutura química e a atividade: características estruturais dos FÁRMACOS; dissecação molecular; sutis efeitos da ESTRUTURA na atividade: James Black e o propranolol; fármacos e quiralidade; fatores conformacionais; metila; Planejamento RACIONAL; abordagem fisiológica; Estratégias clássicas e modernas de desenho MOLECULAR; conceito de estrutura PRIVILEGIADA, scaffold molecular & FRAGMENTO molecular; Técnicas hifenadas; Estratégias clássicas: BIOSOSTERISMO; hibridação molecular; simplificação molecular; OS FÁRMACOS inteligentes do século 21: fármacos multi-alvos; Tinibes;LASSBiio-1819; Inovação& patentes;epílogo

3 Etapa de Pesquisa Seleção do alvo molecular; Desenvolvimento dos ensaios farmacológicos in vitro e in vivo; Desenho de ligantes; Síntese; Identificação & Otimização do composto-protótipo protótipo. Inicial: Realização dos ensaios pré-clínicos Tardia: Realização dos ensaios clínicos (Fase I, Fase II e Fase III). Etapa de Desenvolvi- dos mento Etapa de Comercialização Etapa Regulatória ANVISA; EMEA, FDA Marketing e vendas

4 Target-drived Análogo-ativo Abordagem fisiológica DD estratégias ADME precoce Quimiotecas: Go / No-Go Sintéticas Naturais Bioensaios: hit, ligante Protocolos Propriedades PK Estudos de estabilidade farmacológicos; Estudos In silico CALD Ensaios celulares: herg Composto protótipo Fase 1

5 H 3 C H N CH 3 N CH 3 H 3 C N O O

6

7 Conceito de composto-protótipo É a substância eleita numa série congênere i.e. estruturalmente relacionada com a melhor atividade em modelos farmacológicos validados in vivo. Deve ser otimizado racionalmente através modificações moleculares subsequentes.

8 Otimização do composto-protótipo

9 O protótipo perfeito! Potência Solubilidade

10 As fases da ação dos fármacos

11 A fase farmacocinética (PK) Biodisponibilidade; posologia; efeitos adversos; interações medicamentosas;

12 Metabolismo de fármacos

13 Propriedades Moleculares

14 Propriedades físico-químicas Fármacos no mercado Cap. 1, p. 27 OS Charifson, WP Walters, Acidic and basic drugs in medicinal chemistry: a perspective, J. Med. Chem. 2014, 57, 9701

15 Difusão passiva

16 Coeficiente de Partição

17 Bioensaios de permeabilidade

18 BBB

19 PC-3 Test of cell viability: citotoxicity

20 Test ofcardiacfunction The h-ether-à-go-go-related Gene herg channel Bioensaio in vitro que indica o potencial cardiotóxico da substância fármacos foram retirados por cardiotoxicidade

21 Introdução a Química Farmacêutica Medicinal Sumário; DEFINIÇÃO, Objetivos Objetivos, multidisciplinaridade e Termos da QUÍMICA Medicinal; FÁRMACO X MEDICAMENTO; ESTÁGIOS do processo de DDD; conceito de COMPOSTO-protótipo; AS fases DA ação dos FÁRMACOS: PK & PD; QUEM são OS biorreceptores; o PARADIGMA de Fischer; o centenário modelo chave-fechadura; ligações-h; os ALFABETOS bioquímicos; A importância das ligações frágeis; Topografia 3D dos BIORRECEPTORES; TIPOS de interações FÁRMACOS-biorreceptores biorreceptores; Sítios DE reconhecimento MOLECULAR; SIMILARIDADE MOLECULAR; QUÍMICA COMPUTACIONAL; Pontos e grupos FARMACOFÓRICOS, auxofóricos e toxicofóricos; AAS; bent Samuelsson; Sune bergstron; John VANE; penicilina: Fleming; Ernest Chain; Howard FLOREY; Estatinas; AS razões moleculares DA ação dos fármacos = A estrutura química e a atividade: características estruturais dos FÁRMACOS; dissecação molecular; sutis efeitos da ESTRUTURA na atividade: James Black e o propranolol; fármacos e quiralidade; fatores conformacionais; metila; Planejamento RACIONAL; abordagem fisiológica; Estratégias clássicas e modernas de desenho MOLECULAR; conceito de estrutura PRIVILEGIADA, scaffold molecular & FRAGMENTO molecular; Técnicas hifenadas; Estratégias clássicas: BIOSOSTERISMO; hibridação molecular; simplificação molecular; OS FÁRMACOS inteligentes do século 21: fármacos multi-alvos; Tinibes;LASSBiio-1819; Inovação& patentes;epílogo

22 Como agem os fármacos O modelo chave-fechadura de Fischer Emil Fischer E. Fischer, Ber. Dtsch. Chem. Ges. 1890, 23, 799 The Nobel Prize in Chemistry 1902

23 Fármacos = chaves Small molecules

24 O CentenárioModelo Chave-Fechadura Sítio iônico Sítio iônico Sítio hidrofóbico Sítio doador-h A

25 Os fármacos atuam nos......biorreceptores! tualmente estima-se em 483 os alvos-terapêuticos responsáveis pela resposta dos fármacos - que totalizam 1062 moléculassendo que 212 são h-receptors p.d. e 82 GPCR s. & WMM Van den Broek, The practice of medicinal chemistry, 4th Ed., Chapter 3, p. 45, 2015 J. Drews, Editorial: What s in a number?, Nature Rev. Drug Discov. 2006, 5, 975; J.P. Overington, B. Al-Lazikani & A.L. Hopkins, How many drug targets are here?, Nature Rev. Drug Discov. 2006, 5, 993.

26 Receptoresacopladosa proteína-g G-protein Alfred Goodman Gilman Martin Rodbel ( ) ( ) GPCR s

27

28 A maioria dos biorreceptores dos fármacos contemporâneos são protêicos NRDD 2002, 1, 727

29 Alfabetos bioquímicos

30 Os alfabetos bioquímicos

31

32

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Parte 1 Eliezer J. Barreiro http://www.evqfm.com.br eliezer 2015 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio

Leia mais

Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas.

Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas. Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Eliezer J. Barreiro Parte 4 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.lassbio.icb.ufrj.br/ eliezer 2016 Introdução a Química Farmacêutica

Leia mais

Parte 4.

Parte 4. Introdução à Química Farmacêutica & Medicinal Eliezer J. Barreiro Parte 4 http://www.evqfm.com.br Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Introdução

Leia mais

Mantenha desligado ou sem som. Obrigado.

Mantenha desligado ou sem som. Obrigado. Mantenha desligado ou sem som. brigado. Introdução à Química Farmacêutica & Medicinal Parte 3 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Programa de

Leia mais

Métodos de Química Computacional

Métodos de Química Computacional Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química Métodos de Química Computacional Professora: Melissa Soares Caetano Química Medicinal Matemática Química

Leia mais

INTERDISCIPLINARIDADE

INTERDISCIPLINARIDADE C o n t e ú d o DEFINIÇÃ; S Pioneiros; Ernest forneau; Alfred Burger; a EVLUÇÃ cronológica DA QUÍMICA Medicinal; os FÁRMACS e o Nobel; Emil Fischer; Paul Ehrlich; Robert KC/louis Pasteur; Alexander Fleming;

Leia mais

Mantenha desligado ou sem som. Obrigado.

Mantenha desligado ou sem som. Obrigado. Mantenha desligado ou sem som. brigado. Introdução à Química Farmacêutica & Medicinal Parte 2 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Programa de

Leia mais

Princípios de Química Medicinal

Princípios de Química Medicinal Princípios de Química Medicinal 24ª Semana da Química do Instituto de Química da UFRJ 09-13 de maio de 2016 Eliezer J. Barreiro Professor Titular Instituto de iências Biomédicas Introdução; processo de

Leia mais

Parte 1.

Parte 1. Introdução à Química Farmacêutica & Medicinal Eliezer J. Barreiro Parte 1 http://www.evqfm.com.br Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Introdução

Leia mais

Planejamento e Síntese Molecular Prof a Marina G R Pitta

Planejamento e Síntese Molecular Prof a Marina G R Pitta Prof a Marina G R Pitta O ciclo de inovação em Saúde Aspecto Econômico da Inovação: orientada para os países desenvolvidos Principais mercados farmacêuticos mundiais por zonas geográficas, em 2006, em

Leia mais

FÁRMACO TECNOLOGIAS PARA A SAÚDE OBJETIVOS.

FÁRMACO TECNOLOGIAS PARA A SAÚDE OBJETIVOS. OBJETIVOS aandrico@ifsc.usp.br Fármacos Química Medicinal: Princípios e Fundamentos Química dos Fármacos Fármacos, Medicamentos e Remédios FÁRMACO CIÊNCIA, TECNOLOGIA E INOVAÇÃO TECNOLOGIAS PARA A SAÚDE

Leia mais

OBJETIVOS PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763. Propriedades

OBJETIVOS PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763. Propriedades MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763 aandrico@ifsc.usp.br PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS OBJETIVOS 1. Potência, Afinidade, Seletividade 2. Absorção, Permeabilidade Propriedades Relações entre a Estrutura e Atividade

Leia mais

OBJETIVOS PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763. Propriedades

OBJETIVOS PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763. Propriedades MÉTODOS EM QUÍMICA MEDICINAL FFI0763 aandrico@ifsc.usp.br PLANEJAMENTO DE FÁRMACOS OBJETIVOS 1. Potência, Afinidade, Seletividade 2. Absorção, Permeabilidade Propriedades Relações entre a Estrutura e Atividade

Leia mais

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Parte 3 Eliezer J. Barreiro http://www.evqfm.com.br eliezer 2015 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio

Leia mais

Parte 2. http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio

Parte 2. http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Introdução à Química Farmacêutica & Medicinal Eliezer J. Barreiro Parte 2 http://www.evqfm.com.br Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio Introdução

Leia mais

Métodos de Química Computacional

Métodos de Química Computacional Universidade Federal de Ouro Preto Instituto de Ciências Exatas e Biológicas Departamento de Química Métodos de Química Computacional Professora: Melissa Soares Caetano Mecânica Molecular Mecânica Molecular

Leia mais

Triagem Virtual em Larga Escala. Profa. Dra. Rafaela Ferreira Dept. de Bioquímica e Imunologia 10 de outubro de 2014

Triagem Virtual em Larga Escala. Profa. Dra. Rafaela Ferreira Dept. de Bioquímica e Imunologia 10 de outubro de 2014 Triagem Virtual em Larga Escala Profa. Dra. Rafaela Ferreira Dept. de Bioquímica e Imunologia rafaelasf@gmail.com 10 de outubro de 2014 1 O que é triagem virtual? Grande conjunto de compostos Estratégia

Leia mais

Quiminformática e o planejamento de fármacos

Quiminformática e o planejamento de fármacos Quiminformática e o planejamento de fármacos Banco de Dados Otimização do Matriz Análise e Modelagem Estatística Quiminformática Carlos Montanari NEQUIMED/DQFM/IQSC/USP montana@iqsc.usp.br Evolução do

Leia mais

OBJETIVOS AULA 10 DESENVOLVIMENTO DESCOBERTA. ¾ Otimização de Moléculas Bioativas. ¾ Integração com o processo de HTS

OBJETIVOS AULA 10 DESENVOLVIMENTO DESCOBERTA. ¾ Otimização de Moléculas Bioativas. ¾ Integração com o processo de HTS AULA 10 2 DESCOBERTA DESENVOLVIMENTO Pesquisa Básica (Pré-clínica) (Fases Clínicas I IV) Identificação do alvo molecular Triagens clínicas conduzidas em humanos: avaliação da segurança, impacto no estado

Leia mais

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE Unidade Universitária: CENTRO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE Curso: Farmácia Disciplina: Desenvolvimento e Síntese de Fármacos Professor(es): João Paulo dos Santos Fernandes Carga horária: 108 Ementa:

Leia mais

Origem dos Fármacos Desde os tempos antigos, os povos do mundo tinham uma ampla coleção de produtos naturais para fins medicinais;

Origem dos Fármacos Desde os tempos antigos, os povos do mundo tinham uma ampla coleção de produtos naturais para fins medicinais; Faculdade Maurício de Nassau Disciplina Síntese e Planejamento de Fármacos Curso de Farmácia Prof. Cleiton Diniz Barros 2011 Origem dos Fármacos Desde os tempos antigos, os povos do mundo tinham uma ampla

Leia mais

Porto Alegre/RS

Porto Alegre/RS UNIDADE DE PESQUISA CLÍNICA Centro de Medicina Reprodutiva Carlos Isaia Filho LTDA. A Pesquisa Clinica e suas Fases Carlos Isaia Filho Unidade de Pesquisa Clínica CMR Da Molécula ao Mercado. Aproximadamente

Leia mais

LIPOFILIA LIPOFILIA COEFICIENTE DE PARTIÇÃO.

LIPOFILIA LIPOFILIA COEFICIENTE DE PARTIÇÃO. LIPOFILIA A lipofilia de um composto é comumente estimada usando Log P a partir da partição de um sistema octanol/água aandrico@ifsc.usp.br A lipofilia é uma das propriedades mais importantes relacionadas

Leia mais

FÁRMACO. Fármacos X Drogas. Caráter ilícito. Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica.

FÁRMACO. Fármacos X Drogas. Caráter ilícito. Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica. Fármacos X Drogas UL 1 Caráter ilícito Substância química com efeito psicotrópico que pode levar o usuário à dependência física e/ou psíquica Substância química (molécula) que constitui o princípio ativo

Leia mais

OBJETIVOS. Processo na Indústria Farmacêutica Mercado Farmacêutico Pesquisa & Desenvolvimento Papel do Genérico

OBJETIVOS. Processo na Indústria Farmacêutica Mercado Farmacêutico Pesquisa & Desenvolvimento Papel do Genérico OBJETIVOS aandrico @ifsc.usp.br Processo na Indústria Farmacêutica Mercado Farmacêutico Pesquisa & Desenvolvimento Papel do Genérico DESCOBERTA Pesquisa Básica (Pré-clínica) Identificação do alvo molecular

Leia mais

DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos

DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos DESENVOLVIMENTO DE FÁRMACOS Screening: 5.000 Pre-clínico:

Leia mais

Fundamentos do planejamento de fármacos

Fundamentos do planejamento de fármacos Fundamentos do planejamento de fármacos Andrei Leitão SQM5811 Um pouco de história: Exemplo - Terapia da epilepsia Século 19: Estudos de compostos bioativos com atividade anticonvulsiva. Perfurações no

Leia mais

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas

Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Bases ecológicas da resistência bacteriana às drogas Drogas antimicrobianas: mecanismo de ação Um aspecto do controle do crescimento dos microrganismos envolve a utilização de fármacos no tratamento de

Leia mais

Aspectos moleculares

Aspectos moleculares FARMACOLOGIA I DOCENTE: Msc. ROSALINA COELHO JÁCOME Aspectos moleculares FARMACOLOGIA O que o organismo faz com o fármaco? O que o fármaco faz no organismo? FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA CORRELAÇÃO FARMACOCINÉTICA/FARMACODINÂMICA

Leia mais

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos

Farmacodinamia. Estudo dos mecanismos de acção e efeitos dos fármacos Sumário Farmacodinamia. Conceito de receptor. Afinidade e eficácia; constantes de afinidade. Tipos e subtipos de receptores. Mecanismos transductores / efectores; família da proteína G, receptores ligados

Leia mais

QUÍMICA MEDICINAL. Em temos etimológicos pode considerar-se um ramo da farmacologia (de pharmakon + logos = estudo dos fármacos).

QUÍMICA MEDICINAL. Em temos etimológicos pode considerar-se um ramo da farmacologia (de pharmakon + logos = estudo dos fármacos). QUÍMICA MEDICINAL Sentido prospectivo envolve o planeamento e produção de compostos que podem ser usados em medicina para a prevenção, tratamento e/ou cura de doenças humanas ou de animais. Em temos etimológicos

Leia mais

3. Cite e explique cada uma das etapas envolvidas no processo de planejamento e desenvolvimento de fármacos.

3. Cite e explique cada uma das etapas envolvidas no processo de planejamento e desenvolvimento de fármacos. ESTUD DIRIGID 1 o BIMESTRE QUÍMICA FARMACÊUTICA Profa. Andrea e-mail:andreamasunari@yahoo.com.br BSERVAÇÃ: estudo dirigido em questão, apresenta a finalidade de AUXILIAR os alunos na organização e estudo

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS 1 CAPÍTULO 2 FUNDAMENTOS DO METABOLISMO DE FÁRMACOS 43

SUMÁRIO CAPÍTULO 1 ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS 1 CAPÍTULO 2 FUNDAMENTOS DO METABOLISMO DE FÁRMACOS 43 CAPÍTULO 1 ASPECTOS GERAIS DA AÇÃO DOS FÁRMACOS 1 Fase farmacodinâmica: interações entre micro e biomacromoléculas 1 Fármacos estruturalmente específicos 2 Interações envolvidas no reconhecimento molecular

Leia mais

Fármaco Qualquer substância alterar função de 20/05/2013. Estudo da interação de drogas com

Fármaco Qualquer substância alterar função de 20/05/2013. Estudo da interação de drogas com Farmacologia Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Pharmakon Logos Estudo dos fármacos Estudo da interação de drogas com organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos

Leia mais

A Síntese Orgânica Como Ferramenta da Química Medicinal: o Caminho Para a Descoberta de Novos Fármacos

A Síntese Orgânica Como Ferramenta da Química Medicinal: o Caminho Para a Descoberta de Novos Fármacos A Síntese Orgânica Como Ferramenta da Química Medicinal: o Caminho Para a Descoberta de Novos Fármacos Dr. Frederico S. Castelo Branco Laboratório de Síntese de Fármacos - LASFAR Departamento de Síntese

Leia mais

Pharmacokinetic properties in drug discovery. Prof. Dr. Andrei Leitão

Pharmacokinetic properties in drug discovery. Prof. Dr. Andrei Leitão Pharmacokinetic properties in drug discovery Prof. Dr. Andrei Leitão A farmacocinética Farmacocinética Farmacodinâmica ADME A: absorção D: distribuição M: metabolismo E: excreção 2 A janela terapêutica

Leia mais

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal

Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Introdução à Química Farmacêutica Medicinal Parte 2 Eliezer J. Barreiro http://www.evqfm.com.br eliezer 2015 Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias Bioativas http://www.farmacia.ufrj.br/lassbio

Leia mais

Química Medicinal E A Sua Importância No Desenvolvimento De Novos Fármacos

Química Medicinal E A Sua Importância No Desenvolvimento De Novos Fármacos Química Medicinal E A Sua Importância No Desenvolvimento De Novos Fármacos Resumo O presente artigo tem como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre a Química Medicinal e o planejamento de novos

Leia mais

Características AULA 11. Características e Propriedades. drug-like (fármaco-similar) Bioativo-similar

Características AULA 11. Características e Propriedades. drug-like (fármaco-similar) Bioativo-similar AULA 11 rganização e gerenciamento de bases de dados padrões Emprego de pré-filtros: otimização das bases de dados (e.g., seleção por tipo de átomo: C,,,, S, F, Cl, Br, P) Características e Propriedades

Leia mais

Objetivos. Princípios Gerais da Farmacologia. φαρμακολογία. Farmacologia

Objetivos. Princípios Gerais da Farmacologia. φαρμακολογία. Farmacologia Objetivos Princípios Gerais da Farmacologia Marcos Moreira Papel dos fármacos. Tipos de medicamentos. Divisões da farmacologia. Conceitos fundamentais. Como os fármacos funcionam. Uso racional dos medicamentos.

Leia mais

Razões da toxicidade

Razões da toxicidade ESTRUTURA E TXICIDADE DE FÁRMACS BMF-782 Eliezer J. Barreiro Professor Agenda Dia10 Aula clássica 14h Dia11 Estudo dirigidoi 9-12h Aula clássica 14h Dia12 - Estudo dirigido II 9-12h Discussão exercícios

Leia mais

BIOISOSTERISMO: UMA ESTRATÉGIA DE MODIFICAÇÃO MOLECULAR PARA A OTMIZAÇÃO DE UM COMPOSTO-PROTÓTIPO PROTÓTIPO

BIOISOSTERISMO: UMA ESTRATÉGIA DE MODIFICAÇÃO MOLECULAR PARA A OTMIZAÇÃO DE UM COMPOSTO-PROTÓTIPO PROTÓTIPO UIVERSIDADE FEDERAL D RI DE JAEIR ISTITUT DE QUÍMICA DEPARTAMET DE QUÍMICA RGÂICA PÓS-GRADUAÇÃ EM QUÍMICA RGÂICA SEMIÁRI DE MESTRAD BIISSTERISM: UMA ESTRATÉGIA DE MDIFICAÇÃ MLECULAR PARA A TMIZAÇÃ DE UM

Leia mais

QSAR 3D Planejamento de NCEs QSAR 3D. O processo de reconhecimento molecular é um processo tridimensional. Conformação bioativa.

QSAR 3D Planejamento de NCEs QSAR 3D. O processo de reconhecimento molecular é um processo tridimensional. Conformação bioativa. QSAR 3D Interação Fármaco-Receptor AULA 5 a maioria dos casos, a ação dos fármacos está ligada a interação fármaco-receptor, receptor, através de uma associação do tipo reversível e não- covalente Agonistas

Leia mais

Faculdade de Imperatriz FACIMP

Faculdade de Imperatriz FACIMP Faculdade de Imperatriz FACIMP Disciplina: Farmacologia Prof. Dr. Paulo Roberto da Silva Ribeiro 5 o Período de Farmácia e Bioquímica 1 o Semestre de 2007 Prof. Dr. Paulo Roberto 1 FARMACOCINÉTICA PROCESSOS

Leia mais

Remédio Anticâncer: Conhecendo mais sobre a Fosfoetanolamina

Remédio Anticâncer: Conhecendo mais sobre a Fosfoetanolamina Remédio Anticâncer: Conhecendo mais sobre a Fosfoetanolamina Desde os anos de 1990, a fosfoetanolamina vem sendo estudada por pesquisadores do Instituto de Química de São Carlos, da USP (Universidade de

Leia mais

Eliezer J. Barreiro. Professor Titular.

Eliezer J. Barreiro. Professor Titular. ABC / Encontro Academia-Empresa: Fármacos; Inovação em Fármacos e Medicamentos no Brasil: A necessidade de interação entre Universidade e Empresas. Centro de Inovação e Ensaios Pré-clínicos, Florianópolis,

Leia mais

Parte 1. Maceio,, 19 de agosto de Eliezer J. Barreiro

Parte 1. Maceio,, 19 de agosto de Eliezer J. Barreiro Planejamento Racional de Fármacos Parte 1 I Jornada Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal de Alagoas Maceio,, 19 de agosto de 2010 Eliezer J. Barreiro Laboratório de Avaliação e Síntese de Substâncias

Leia mais

Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária

Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária Estratégias para a identificação de alvos para a quimioterapia antiparasitária Qual é importância do desenvolvimento de quimioterápicos para o controle de doenças parasitárias? Desenvolvimento de novas

Leia mais

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos INCT-INOFARINOFAR

Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Fármacos e Medicamentos INCT-INOFARINOFAR Curso Química Médica - I SIUI, UEL novembro 2012 Química Medicinal / Química Médica Eliezer J. Barreiro Professor Titular Simpósio de Integração Universitária à Indústria (I SIUI) Laboratório de Avaliação

Leia mais

Fármaco 25/10/2015. Estudo da interação de drogas com. organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos

Fármaco 25/10/2015. Estudo da interação de drogas com. organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos Farmacologia Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Pharmakon Logos Estudo dos fármacos Estudo da interação de drogas com organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos

Leia mais

O processo de planejamento racional de novos fármacosf

O processo de planejamento racional de novos fármacosf processo de planejamento racional de novos fármacosf MC oturno Parte 2 Reunião Regional da SBPC em Boa Vista, RR 19-22 de outubro de 2010 Eliezer J. Barreiro Professor Titular UFRJ eliezer 2010 Produtos

Leia mais

Fármaco 05/03/2017. Estudo da interação de drogas com. Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos.

Fármaco 05/03/2017. Estudo da interação de drogas com. Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos. Farmacologia Estudo da interação de drogas com organismos vivos Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos Pharmakon Logos

Leia mais

REGULAMENTAÇÃO DE PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS & SUAS IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO E A COMPETITIVIDADE DO SETOR PRODUTIVO

REGULAMENTAÇÃO DE PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS & SUAS IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO E A COMPETITIVIDADE DO SETOR PRODUTIVO REGULAMENTAÇÃO DE PRODUTOS BIOTECNOLÓGICOS & SUAS IMPLICAÇÕES PARA O DESENVOLVIMENTO E A COMPETITIVIDADE DO SETOR PRODUTIVO GT COMSAUDE FIESP Fernanda Francischetti Piza 14 de junho de 2010 Objetivo CP

Leia mais

INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA

INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA INTRODUÇÃO À FARMACOLOGIA História da Farmacologia Pharmakon (grego) veneno (substância terapêutica) (129-200) Galeno 1o. a considerar a teoria das doenças (1493-1541) Paracelsus conhecia os ingredientes

Leia mais

Química Farmacêutica I. Estratégias de planejamento: Bioisosterismo

Química Farmacêutica I. Estratégias de planejamento: Bioisosterismo Química Farmacêutica I Estratégias de planejamento: Bioisosterismo 17/03/2016 Bioisosterismo Estratégia utilizada na modificação estrutural de moléculas com atividade biológica: Potência eletividade Propriedades

Leia mais

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde.

02/07/2010. Importância. Pesquisas. Agente Antimicrobiano. Biofilmes. Agentes Quimioterápicos (Antimicróbicos) Antibióticos. Saúde. Importância Saúde Economia Pesquisas Novos compostos Resustência Biofilmes Importância na terapêutica antimicrobiana Agente Antimicrobiano Composto químico que mata ou inibe o crescimento de microrganismos,

Leia mais

Estudos Pré-Clínicos: do Setor no Brasil

Estudos Pré-Clínicos: do Setor no Brasil Estudos Pré-Clínicos: Visões Críticas e Propostas Para a Evolução do Setor no Brasil Evelyne Polack, MV, MS, PhD, DACVP São Paulo 24 agosto 2010 1. Visão do setor de prestação de serviços pré-clínicos

Leia mais

Pesquisa clínica como meio de inovação dos medicamentos

Pesquisa clínica como meio de inovação dos medicamentos 3ª ENIFarMed São Paulo, 16 de setembro de 2009 Pesquisa clínica como meio de inovação dos medicamentos Como se desenvolve um novo medicamento? Dr. Jorge Barros Afiune Diretor Médico Cristália Produtos

Leia mais

BIOLOGIA SINTÉTICA: APLICAÇÕES NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA. Acad. Marco Antonio Stephano

BIOLOGIA SINTÉTICA: APLICAÇÕES NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA. Acad. Marco Antonio Stephano BIOLOGIA SINTÉTICA: APLICAÇÕES NA INDUSTRIA FARMACÊUTICA Acad. Marco Antonio Stephano stephano@usp.br Introdução Biologia sintética É um novo campo da Ciência que envolve o conhecimento dos princípios

Leia mais

Bioequivalência e Equivalência Farmacêutica

Bioequivalência e Equivalência Farmacêutica Histórico e Conceitos Bioequivalência e Equivalência Farmacêutica Controle de Qualidade Inicialmente a eficácia clínica era atribuída apenas à atividade farmacológica do ativo Problemas associados a ineficácia

Leia mais

Fabio C. Tucci Epigen Biosciences, Inc. Outubro/2010

Fabio C. Tucci Epigen Biosciences, Inc.  Outubro/2010 Fabio C. Tucci Epigen Biosciences, Inc. ftucci@cox.net, ftepigen@gmail.com Outubro/2010 Introdução Um ativo (hit) foi identificado. Agora, o que fazer? Depende! No geral, deve-se utilizar as seguintes

Leia mais

Workshop Implementação do CTD no Brasil Introdução aos guias M4S (R2) e M4E (R2) Juliana Schwarz Rocha

Workshop Implementação do CTD no Brasil Introdução aos guias M4S (R2) e M4E (R2) Juliana Schwarz Rocha Workshop Implementação do CTD no Brasil Introdução aos guias M4S (R2) e M4E (R2) Juliana Schwarz Rocha 14 de março de 2018 Agenda 13:30 14:00 Introdução aos Guias do ICH M4S (R2) e M4E (R2) Módulo 4: organização

Leia mais

Fases da pe squi qu s i a c a lín í i n c i a na i a i dú dú tr t ia far f mac êut u i t c i a

Fases da pe squi qu s i a c a lín í i n c i a na i a i dú dú tr t ia far f mac êut u i t c i a Fases da pesquisa clínica na indústria farmacêutica Eduardo Motti Sumário Por que das Fases de pesquisa clínica Fase 1 a 4 Outros conceitos: Fase 0, Fase 5 Para onde vamos Objetivos da Pesquisa Clínica

Leia mais

Prof. Me. Anny C. G. Granzoto

Prof. Me. Anny C. G. Granzoto Prof. Me. Anny C. G. Granzoto 1 Ocupa-se do estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos dos fármacos e seus mecanismos de ação É utilizada para descrever os efeitos de um fármaco no corpo. Tipicamente

Leia mais

André Montillo

André Montillo André Montillo www.montillo.com.br Definição: É a ciência que estuda a inter-relação da concentração de um fármaco e a estrutura alvo, bem como o respectivo Mecanismo de Ação. É a Ação do fármaco no Organismo.

Leia mais

SCREENING IN SILICO DE NAPROXENATOS DE ALQUILA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA

SCREENING IN SILICO DE NAPROXENATOS DE ALQUILA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA SCREENING IN SILICO DE NAPROXENATOS DE ALQUILA COM POTENCIAL ATIVIDADE ANTIINFLAMATÓRIA Karla Karine Beltrame (IC), (Fundação Araucária), UTFPR, karlabeltrame@hotmail.com Rafaelle Bonzanini Romero (CO-OR),

Leia mais

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO

MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PAMPA PRÓREITORIA DE GRADUAÇÃO Dados de Identificação Campus: Uruguaiana Curso: Farmácia Componente Curricular: Química Farmacêutica I Código: UR

Leia mais

DESENVOLVIMENTO. P&D de medicamentos. P&D de medicamentos. farmacêutico. IBM1031 Bioestatística e Ensaios Clínicos. Prof. Edson Zangiacomi Martinez 1

DESENVOLVIMENTO. P&D de medicamentos. P&D de medicamentos. farmacêutico. IBM1031 Bioestatística e Ensaios Clínicos. Prof. Edson Zangiacomi Martinez 1 P&D de medicamentos DESENVOLVIMENTO Edson Zangiacomi Martinez edson@fmrp.usp.br Depto. de Medicina Social FMRP - USP Desenvolvimento químico e farmacêutico Síntese Purificação Formulação Estudos em animais

Leia mais

AULA 2 FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA

AULA 2 FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA AULA 2 FARMACOCINÉTICA E FARMACODINÂMICA FASES DA FARMACOCINÉTICA A farmacocinética pode ser separada em cinco fases essenciais: Professor: Moisés Wesley M. Pereira FARMACOLOGIA APLICADA À ENFERMAGEM 1.

Leia mais

INTEGRITY. You are the answer. CRIADO POR CIENTISTAS, PARA CIENTISTAS PATRICIA CAROLINA NICASTRO

INTEGRITY. You are the answer. CRIADO POR CIENTISTAS, PARA CIENTISTAS PATRICIA CAROLINA NICASTRO INTEGRITY CRIADO POR CIENTISTAS, PARA CIENTISTAS PATRICIA CAROLINA NICASTRO PATRICIA.NICASTRO@THOMSONREUTERS.COM TEL: 11 2159 0538 CEL: 11 97250 5958 You are the answer. TENDÊNCIAS E ESTRATÉGIAS GLOBAIS

Leia mais

CURSO DE FARMÁCIA PLANO DE CURSO

CURSO DE FARMÁCIA PLANO DE CURSO CURSO DE FARMÁCIA Reconhecido pela Portaria MEC nº 220 de 01.11.12, DOU de 06.11.12 Componente Curricular: Farmacologia I Código: FAR 103 CH Total: 60h Pré-requisito: Fisiologia Período Letivo: 2016.1

Leia mais

Plano de ensino. Carga horária 102 horas Semestre letivo 1º/2015 Luciane Varini Laporta

Plano de ensino. Carga horária 102 horas Semestre letivo 1º/2015 Luciane Varini Laporta Plano de ensino 1) Identificação Curso Farmácia Disciplina Química Farmacêutica Carga horária 102 horas Semestre letivo 1º/2015 Professor Luciane Varini Laporta luciane.laporta@terra.com.br 2) Objetivos

Leia mais

Curso Técnico em Zootecnia

Curso Técnico em Zootecnia Curso Técnico em Zootecnia Aula: 01/01 SUB TEMA: INTRODUÇÃO À Professor: Vitor Hugo SUB TEMA: HISTÓRIA DA HÁ MUITO TEMPO MAIS DE 5 MIL ANOS PROCURAM-SE SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS COM O OBJETIVO DE CURAR AS MAIS

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDA FERAL DO PARÁ INSTITUTO CIÊNCIAS DA SAÚ FACULDA MEDICINA PLANO ENSINO FARMACOLOGIA I I. INTIFICAÇÃO DISCIPLINA: CURSO: Medicina CÓDIGO: CB04053 TURMAS: 04002FA101 à FA104 Ano Letivo: 1ª série

Leia mais

Farmacodinâmica COMO OS FÁRMACOS ATUAM? MODIFICANDO O AMBIENTE FÍSICO osmolaridade do plasma. MODIFICANDO O AMBIENTE QUÍMICO ph do suco gástrico

Farmacodinâmica COMO OS FÁRMACOS ATUAM? MODIFICANDO O AMBIENTE FÍSICO osmolaridade do plasma. MODIFICANDO O AMBIENTE QUÍMICO ph do suco gástrico Farmacodinâmica Profa. Aline Mourão Modificando o ambiente (físico ou químico) MODIFICANDO O AMBIENTE FÍSICO osmolaridade do plasma MODIFICANDO O AMBIENTE QUÍMICO ph do suco gástrico Manitol Solução 20%

Leia mais

Lista de Exercícios Química Farmacêutica l - Profa. Mônica

Lista de Exercícios Química Farmacêutica l - Profa. Mônica Lista de Exercícios Química Farmacêutica l - Profa. Mônica Questão 1. Em qual extensão os três nitrogênios da histamina estão ionizados no p sanguíneo? ( ) os três nitrogênios estão completamente ionizados

Leia mais

Farmacodinâmica. Alvos para a ação dos fármacos 02/03/2012. Farmacodinâmica

Farmacodinâmica. Alvos para a ação dos fármacos 02/03/2012. Farmacodinâmica Farmacodinâmica Rodrigo Borges, M.Sc. 2012 Farmacodinâmica Estudo dos efeitos bioquímicos e fisiológicos do fármaco com seu receptor ou outros sítios de primários de ação (mecanismo de ação) É o que o

Leia mais

SAR Estratégias de Otimização Molecular

SAR Estratégias de Otimização Molecular SAR aandrico@ifsc.usp.br SAR Estratégias de timização Molecular - Variação de substituintes - Aumento da estrutura molecular - Extensão/contração de cadeias - Variação de anéis, padrão de substituição

Leia mais

INSCRIÇÃO EM DISCIPLINAS PARA ALUNOS DE MESTRADO E DOUTORADO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2016 CRONOGRAMA

INSCRIÇÃO EM DISCIPLINAS PARA ALUNOS DE MESTRADO E DOUTORADO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2016 CRONOGRAMA INSCRIÇÃO EM DISCIPLINAS PARA ALUNOS DE MESTRADO E DOUTORADO PRIMEIRO SEMESTRE DE 2016 CRONOGRAMA 1. Pedido de inscrição em disciplinas: 20/02/2016 a 01/03/2016 2. Pedido de alteração de inscrição em disciplinas:

Leia mais

OBJETIVOS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES INTERAÇÕES INTERMOLECULARES.

OBJETIVOS INTERAÇÕES INTERMOLECULARES INTERAÇÕES INTERMOLECULARES. OBJETIVOS aandrico@if.sc.usp.br Interações Intermoleculares Mecanismo de Ação Modo de Ligação Complexos Recetor-Ligante Exemplos e Exercícios INTERAÇÕES INTERMOLECULARES INTERAÇÕES INTERMOLECULARES O processo

Leia mais

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno

USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS. Prof. Dra. Susana Moreno USO RACIONAL DOS ANTIBIÓTICOS Prof. Dra. Susana Moreno 1 Antibióticos Uma das mais importantes descobertas da medicina moderna Salva milhões de vidas ANTIBIÓTICOS BETA-LACTÂMICOS 3 Antibióticos Beta Lactâmicos

Leia mais

Mecanismo de ação dos Fármacos D O S E R E S P O S T A

Mecanismo de ação dos Fármacos D O S E R E S P O S T A Mecanismo de ação dos Fármacos D O S E R E S P O S T A Farmacodinâmica ármacos interagem com sistemas biológicos umentam ou diminuem funções fisiológicas Têm efeito direto/indireto sobre o sistema. Modulam

Leia mais

BIOFARMACOTÉCNICA Histórico, Definições, Relação com o Desenvolvimento Farmacotécnico e Aplicações na Área Farmacêutica

BIOFARMACOTÉCNICA Histórico, Definições, Relação com o Desenvolvimento Farmacotécnico e Aplicações na Área Farmacêutica BIOFARMACOTÉCNICA Histórico, Definições, Relação com o Desenvolvimento Farmacotécnico e Aplicações na Área Farmacêutica Profa. Associada Sílvia Storpirtis Departamento de Farmácia - Faculdade de Ciências

Leia mais

Farmacologia Aspectos gerais

Farmacologia Aspectos gerais PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS Pró-Reitoria de Graduação Departamento de Biologia Farmacologia Aspectos gerais Prof. Raimundo Jr, M.Sc Bibliografia Básica: SILVA, P. Farmacologia. 6ª ed. Rio

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ INSTITUTO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE FACULDADE DE MEDICINA I. IDENTIFICAÇÃO DISCIPLINA: FARMACOLOGIA II CÓDIGO: CB04055 Ano Letivo: 2ª série Semestre: 3º PLANO DE ENSINO DE FARMACOLOGIA

Leia mais

DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE DE FÁRMACOS NA OBTENÇÃO DE REGISTROS DE MEDICAMENTO GENÉRICO

DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE DE FÁRMACOS NA OBTENÇÃO DE REGISTROS DE MEDICAMENTO GENÉRICO DETERMINAÇÃO DE SOLUBILIDADE DE FÁRMACOS NA OBTENÇÃO DE REGISTROS DE MEDICAMENTO GENÉRICO Julia Iaucci - 8566736 Karoliny Araujo 8566250 INTRODUÇÃO Medicamento genérico: contém o(s) mesmo(s) princípio(s)

Leia mais

Estudos pré-clínicos: como atender à demanda nacional

Estudos pré-clínicos: como atender à demanda nacional 10º ENIFarMed Estudos pré-clínicos: como atender à demanda nacional Gabriela Barreiro Gerente de Desenvolvimento Pré-clínico São Paulo, 18 de outubro de 2016 Descoberta de Fármacos Estágios-Chave Seleção

Leia mais

Fármaco 31/07/2017. Estudo da interação de drogas com. organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos

Fármaco 31/07/2017. Estudo da interação de drogas com. organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos nos seres vivos Farmacologia Prof. Herval de Lacerda Bonfante Departamento de Farmacologia Pharmakon Logos Estudo dos fármacos Estudo da interação de drogas com organismos vivos Propriedades dos medicamentos e seus efeitos

Leia mais

DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos

DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos DO USO EMPÍRICO DAS PLANTAS MEDICINAIS AO DESENVOLVIMENTO DE NOVAS SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS SINTÉTICAS: Fases do desenvolvimento de novos fármacos DESCOBERTA E DESENVOLVIMENTO DE FÁRMACOS Nature Rev. Drug

Leia mais

POR QUE A FARMA JÚNIOR?

POR QUE A FARMA JÚNIOR? POR QUE A FARMA JÚNIOR? A Farma Júnior é a empresa júnior da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF USP). São 25 anos de história em consultorias farmacêuticas, gerando resultados

Leia mais

ENSAIOS DE DISSOLUÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS EMPREGADOS PARA REGISTRO DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS NO BRASIL E NO MUNDO POR MEIO DE BIOISENÇÃO

ENSAIOS DE DISSOLUÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS EMPREGADOS PARA REGISTRO DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS NO BRASIL E NO MUNDO POR MEIO DE BIOISENÇÃO ENSAIOS DE DISSOLUÇÃO DE FORMAS FARMACÊUTICAS SÓLIDAS EMPREGADOS PARA REGISTRO DE MEDICAMENTOS GENÉRICOS NO BRASIL E NO MUNDO POR MEIO DE BIOISENÇÃO Victor Hugo Santos Mazza OBJETIVO 1 Quais são os ensaios

Leia mais

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa

Turma Fisioterapia - 2º Termo. Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Turma Fisioterapia - 2º Termo Profa. Dra. Milena Araújo Tonon Corrêa Administração Absorção Fármaco na circulação sistêmica A absorção, a distribuição, o metabolismo e a excreção de um fármaco envolvem

Leia mais

Programa Analítico de Disciplina VET120 Fundamentos de Farmacologia

Programa Analítico de Disciplina VET120 Fundamentos de Farmacologia 0 Programa Analítico de Disciplina Departamento de Veterinária - Centro de Ciências Biológicas e da Saúde Número de créditos: 5 Teóricas Práticas Total Duração em semanas: 5 Carga horária semanal 3 5 Períodos

Leia mais

FUNÇÃO PROTÉICA. Bioquímica da Respiração. Transporte de O 2

FUNÇÃO PROTÉICA. Bioquímica da Respiração. Transporte de O 2 FUNÇÃO PROTÉICA Bioquímica da Respiração Transporte de O 2 1 DEFININDO CONCEITOS Ligante Ligação reversível de uma molécula à proteína. (Ex: enzima-substrato). Sítio de ligação Ligante se liga ao sítio

Leia mais

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO IN SILICO DO PERFIL FARMACOCINÉTICO DE ANÁLOGOS ESTRUTURAIS DA MELATONINA

DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO IN SILICO DO PERFIL FARMACOCINÉTICO DE ANÁLOGOS ESTRUTURAIS DA MELATONINA DESENVOLVIMENTO E AVALIAÇÃO IN SILICO DO PERFIL FARMACOCINÉTICO DE ANÁLOGOS ESTRUTURAIS DA MELATONINA FREITAS,R.F. 1 ;PIMENTEL, V.D. 2 ;GOMES. G.F. 2 ;ARAÚJO,J.H.A. 2 ;COSTA, C.L.S. 3 1 Autor Centro Universitário

Leia mais

FACULDADE SANTO AGOSTINHO - FSA DIRETORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA PROFESSOR:Dr. Charllyton Luis Sena da Costa ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS

FACULDADE SANTO AGOSTINHO - FSA DIRETORIA DE ENSINO COORDENAÇÃO DE FARMÁCIA PROFESSOR:Dr. Charllyton Luis Sena da Costa ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS PROFESSOR:Dr. Charllyton Luis Sena da Costa ROTEIRO DE AULAS PRÁTICAS Química Farmacêutica Medicinal AULA PRÁTICA 01 PREPARO DE SOLUÇÕES I. MATERIAL E REAGENTES Bequer de 250 e 10mL Bastão de vidro Sacarose(C12H22O11)

Leia mais

domingo, 10 de abril de 2011 FARMACOCINÉTICA

domingo, 10 de abril de 2011 FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA FARMACOCINÉTICA Estuda o caminho percorrido pelo medicamento no organismo, desde a sua administração até a sua eliminação. Pode ser definida como o estudo quantitativo dos processos de

Leia mais

Ensaios para a determinação da permeabilidade de fármacos visando o registro de medicamentos genéricos no Brasil e no mundo.

Ensaios para a determinação da permeabilidade de fármacos visando o registro de medicamentos genéricos no Brasil e no mundo. Ensaios para a determinação da permeabilidade de fármacos visando o registro de medicamentos genéricos no Brasil e no mundo. Ligia Collucci Thais Triburcia de Souza INTRODUÇÃO Conceitos Medicamento Genérico

Leia mais

RELAÇÕES ENTRE A ESTRUTURA E ATIVIDADE. Relações entre a estrutura e atividade (SAR) Requerimentos para estudos de QSAR

RELAÇÕES ENTRE A ESTRUTURA E ATIVIDADE.  Relações entre a estrutura e atividade (SAR) Requerimentos para estudos de QSAR BJETIVS AULA 3 Relações entre a estrutura e atividade (SAR) Requerimentos para estudos de QSAR Propriedade biológica Descritores moleculares Conjunto de dados Parâmetros estatísticos RELAÇÕES ETRE A ESTRUTURA

Leia mais

Evolução da Pesquisa Clínica no Brasil

Evolução da Pesquisa Clínica no Brasil Evolução da Pesquisa Clínica no Brasil Flávia Regina Souza Sobral Especialista em Regulação e Vigilância Sanitária GGMED/ANVISA EVOLUÇÃO DO DESCOBRIMENTO DE MEDICAMENTOS Início do Século: Observação na

Leia mais