MERCADO DA CARNE BOVINA E O CONTRIBUTO DOS AÇORES JORNADAS AGRÍCOLAS DA PRAIA DA VITÓRIA

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1 MERCADO DA CARNE BOVINA E O CONTRIBUTO DOS AÇORES JORNADAS AGRÍCOLAS DA PRAIA DA VITÓRIA Quatro Ribeiras, 23 de Março de 2013 Paulo Costa (Lic./Pgr./MSc.) 1

2 O Mercado é Dinâmico 2

3 Efectivo Mundial Fonte: USDA 3

4 Maiores Exportadores Fonte: USDA 4

5 Maiores Importadores Fonte: USDA 5

6 Maiores Consumidores Fonte: USDA 6

7 Circuitos do mercado FONTE: GIRA 7

8 Tendências & Perspectivas Mtcw Fonte: FAO/SCOT 8

9 ÍNDIA mercado emergente Lei Federal/Estatal proíbe o abate de bovinos (B. indicus) por razões religiosas; Oportunidade para o abate de búfalos novilhas improdutivas e toiros; Aumento da produção de 14% (4,2 milhões t) em 2013 forte procura pelos mercados externos; Exportações vão aumentar 29% e incentivam a construção de matadouros; Permitido o abate halal e kosher mercado muçulmano e judeu; Baixos custos de produção e do preço incentivam a procura pelos mercados do Méd. Oriente, África e Ásia; Estatuto sanitário restringe a capacidade exportadora (i.e. febre aftosa). 9

10 EUA ano difícil Seca severa de 2012 diminuiu o efectivo e aumentou o custo do cereal; Baixa da produção de 4% (11,3 milhões t) em 2013; Exportações vão baixar 1%. Positivo a retoma das importações pela Rússia; Importações vão aumentar 11% para compensar a produção doméstica (transformação); 2013 vai ser um ano difícil para a industria. 10

11 Brasil continua forte Aumento da produção de 2% (9,4 milhões t) em 2013 forte procura interna e externa; Aumento da produção limitada pelas áreas de soja; Possível desvalorização do Real e um aumento do efectivo poderá resultar preços muito competitivos a nível mundial. 11

12 Austrália melhoria das condições de produção Após quase 10 anos de seca, existem condições naturais para estimular a produção; Aumento da produção estimada em 2% (2,2 milhões t) e registo de abates e pesos de carcaça recorde; Austrália exporta 66% da sua produção e estima-se um incremento de 2% (1,4 milhões t) continuando o abastecimento importante dos países asiáticos e EUA. 12

13 UE diminuição da produção e do consumo Diminuição da produção em 1% (7,7 milhões t), o que representa cerca de 7% no espaço de uma década ; Diminuição também relacionada com a redução do efectivo leiteiro maior eficiência/vaca; Diminuição do consumo que reflecte a crise económica instalada; Aumento das exportações em 2011 foi de 40% França, Alemanha e Polónia para: Turquia. Preços à produção estabilizados nos 4,00/R3. 13

14 Preços mundiais Fonte: GIRA 14

15 Mercado dos cereais expectativa e estabilidade FAO revê em alta a produção e stocks a nível mundial e aponta estabilidade nos preços, excepto nos EUA; Para quando e por quanto tempo se verificará um alívio no custo das rações? Fonte: FAO 15

16 UE Efectivo Bovino cabeças º Série1 0 França Alemanha Itália Reino Unido Espanha Portugal País FONTE: GPP 16

17 EU - Produção & Consumo 1.000t Auto-suficiência Consumo per capita (kg) % 19, ,9% 18,8 Dif -0.1% -3,3% Fonte: Agritrade 17

18 EU - Produção & Consumo Imp/Exp Fonte: Agritrade 18

19 Padrão de consumo na Europa está a mudar Menos carne melhor carne Marmoreio; Maturação. Mais informação sobre a origem: Regimes de certificação/controlo; Local de produção; Sistema de produção; Raça. Aumento do número de restaurantes especializados: Steakhouse; Churrascarias; Gourmert. Carne bovino = Produto de luxo?? 19

20 GRELHA DE CLASSIFICAÇÃO - SEUROP CONFORMAÇÃO S E U R O P GORDURA

21 Grelha de classificação rendimento de carcaça INDEXAÇÃO DO PREÇO CONFORMAÇÃO S E U R O + RENDIMENTO GORDURA P - + R- boa 3- média Preço a nível Comunitário Novilhos R3-21

22 Grelha de classificação Análise VIA 22

23 Preços à produção na EU 4 a 10 de Março de ,70 3,95 2,90

24 Futuro PAC Pós 2013? Abolição das quotas leiteiras? 24

25 Mercado - PORTUGAL 25

26 Mercado - PORTUGAL 26

27 Mercado - PORTUGAL 27

28 Mercado - PORTUGAL R- boa 2- magra Novilho A 28

29 Introdução - Mercado da Carne Bovina - PORTUGAL 29

30 Introdução - Mercado da Carne Bovina - PORTUGAL Balanço de aprovisionamento (1000t) Ano Produção Consumo Per capita Grau de aprovisionamento , , ,2 44,2 Fonte: OMAIAA 30

31 Introdução - Mercado da Carne Bovina - PORTUGAL 56%!! 31

32 Contributo dos AÇORES Paulo Costa Jornadas Agrícolas da Praia da Vitória

33 Contributo dos AÇORES Fonte: IAMA/SREA 33

34 Contributo dos AÇORES Fonte: IAMA/SREA 34

35 Contributo dos AÇORES Fonte: IAMA/SREA 35

36 Contributo dos AÇORES ( cab) Fonte: IAMA/SREA 36

37 Contributo dos AÇORES R- boa 2- magra O- razoável 37

38 Contributo dos AÇORES Fonte: IAMA/INE 38

39 Contributo dos AÇORES a) c) b) a) rateio 0,98% b) rateio 0,86% c) rateio 0,89% apurados Fonte: DRADR 39

40 Contributo dos AÇORES Fonte: DRADR/PISA 40

41 Contributo dos AÇORES Sector leiteiro: c.a fêmeas + 24 meses = 50% /50% (30% reposição); Sector carne: c.a fêmeas + 24 meses= 50% /50% (15% reposição) ; 41

42 Contributo dos AÇORES Sector leiteiro Potencial produtivo; Acabamento intensivo abate meses; Custo de produção actual quase proibitivo; Expedição em vida com pouca valorização. Categoria mais abatida; Procura e preços interessantes O3 ( 2,05); Industria; flushing de curto-prazo mercados que valorizem a gordura. 42

43 Contributo dos AÇORES Sector carne Potencial produtivo; 4 raças exóticas seleccionadas em linha pura; Regimes de rotulagem; Expedição em vida/carcaça/peças com valorização; Limitação da área de produção; Limitação do nº de Direitos à Vaca Aleitante. 43

44 Contributo dos AÇORES EVOLUÇÃO Nº CARCAÇAS CERTIFICADAS nº cabeças 0 A-2007 A-2008 A-2009 A-2010 A-2011 A-2012 Fonte: IAMA/FAA 44

45 Contributo dos AÇORES Fonte: IAMA/FAA 45

46 Contributo dos AÇORES %

47 Contributo dos AÇORES Produto certificado; Preço diferenciado R= 3,40; Potencial produtivo a explorar; Potencia o recurso endógeno (i.e. erva); Limitação: área de exploração; Direitos à vaca aleitante; Condições de escoamento da Região; Situação económica consumo. 47

48 Contributo dos AÇORES Raça Angus LGPRBA FAA; Aproveitar as características raciais no cruzamento; Enorme potencial do sector leiteiro facilidade no parto; Acrescer valor ao cruzado; Contribuir para a padronização da Carne dos Açores; AAPT rotulagem facultativa; Raça com enorme projecção Europeia/mundial pela qualidade da sua carne; 48

49 O que fazer? Optimizar/melhorar as capacidades das unidades de abate: Tecnologia de carcaças (E.S. + suspensão alternativa); Eficiência e capacidade na refrigeração de carcaças. Optimizar o transporte de carcaças transporte de animais vivos para abate noutros matadouros; Tentar diminuir quanto possível as fontes de variação da qualidade da carne produzida nos Açores; Ponderar a maturação da carne como prática, tendo em conta mercados específicos; Avaliar as condições de refrigeração desde a origem ao ponto de distribuição no Continente perdas quantitativas e qualitativas elevado custo; Monitorizar incidência de carcaças DFD compromete a qualidade da carcaça/carne expedida. 49

50 O que fazer? Aposta na formação profissional de produtores e transformadores; Entidades inter-profissionais para a promoção da produção, da comercialização e do consumo mercados que valorizem o produto; Experimentação e demonstração cruzamentos, sistemas de alimentação, tecnologia da carcaças mais e melhor carne - ESPECIALIZAÇÃO; Aposta no contínuo melhoramento genético das raças exóticas com a vista à eficiência alimentar com base na erva diminuir os custos com suplementos; Explorar mais e melhor o potencial da Carne dos Açores - IGP; Aproveitar o potencial que a raça Aberdeen-Angus apresenta: características raciais,; rotulagem facultativa que se encontra em desenvolvimento encontro de interesses entre criadores/produtores de carne/produtores de leite; Demanda pelo mercado. Industria de transformação/preparação acrescer valor ao que não se vende ou que se vende a baixo preço. 50

51 RESUMINDO Mercado mundial conta agora com a Índia como potência produtora/exportadora A tendência é para um aumento do consumo, mas os custos de produção vão ter de se reflectir nos preços da carne; EU regista baixa na produção e no consumo necessita exportar, mas terá cada vez mais a pressão os países do Mercosul; Expectativa na EU para o novo QC + impacto do fim do regime de quotas; Portugal pouco produtivo, competitivo e eficiente cada vez mais dependente das importações; Açores produzimos excedente, que ainda é pouco face ao grau de aprovisionamento Nacional temos de valorizar ainda mais o produto no seu segmento de mercado, tirando partido das nossas condições naturais e da especialização dos produtore e dos operadores. 51

52 Obrigado pela atenção! 52