INDICADORES DE DESEMPENHO NO GERENCIAMENTO DE UMA EQUIPE DE BEISEBOL: O CASO DA OAKLAND A

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1 INDICADORES DE DESEMPENHO NO GERENCIAMENTO DE UMA EQUIPE DE BEISEBOL: O CASO DA OAKLAND A RESUMO Autori: Alessndr Demite Gonçlves Freits, Mrcelo Aprecido Alvreng, Nildes Rimund Pitombo Leite Este rtigo teve como objetivo, investigr utilizção de indicdores de desempenho no gerencimento de um equipe. Anlisou-se o filme comercil/rtístico O Homem que Mudou o Jogo (2011), unidde de nálise neste estudo de cso. Buscou-se responder à questão: Como os indicdores de desempenho podem ser utilizdos no gerencimento de um equipe de beisebol? Trt-se de um pesquis qulittiv; método fenomenológico; estudo observcionl indireto; estrtégi d nálise de discurso. Consider-se que, com est pesquis foi possível revisitr e profundr s perspectivs d nálise fílmic, qul cumpriu o ppel de prosseguir com um gend de pesquiss respeito d utilizção de recursos estéticos em estudos observcionis. Os resultdos pontrm: necessidde de equilíbrio entre indicdores finnceiros e não-finnceiros, pois, ns orgnizções prevlece visão de curto przo e o foco nos indicdores finnceiros; necessidde de revlir os modelos de mensurção existentes com o pssr do tempo já que eles se tornrm instisftórios por não contemplrem lguns stkeholders; os sistems trdicionis precism ceder lugr pr novos modelos de mensurção de performnce; gestores precism tentr pr eficáci do trblho em equipe embsdo em relções de interdependênci entre os membros integrntes dess equipe; contribuições gregds pr s perspectivs de nálise fílmic. Plvrs-chve: Indicdores. Desempenho. Equipe. Análise Fílmic. ABSTRACT This study imed to investigte the use of performnce indictors in mnging tem. Anlyzed the commercil / rtistic film 'The Mn Who Chnged the Gme' (2011), the unit of nlysis for this cse study. Ws sought to nswer the question: How performnce indictors cn be used to mnge bsebll tem? It involves qulittive reserch; phenomenologicl method; indirect observtionl study; strtegy of discourse nlysis. It is considered with this reserch been possible revisit nd deepen the perspectives of film nlysis, which fulfilled the role to continue reserch gend regrding the use of esthetic resources in observtionl studies. The results pointed: the need for blnce between finncil indictors nd nonfinncil, for the orgniztions previls short-term view nd focus on the finncil indictors; need to ressess the existing mesurement models with the pssing of time since they become unstisfctory becuse they do not consider some stkeholders; the trditionl systems need to give wy to new models of performnce mesurement; mngers need to to py ttention to the effectiveness of temwork grounded in interdependent reltionships mong the members of tht tem members; ggregte contributions to the prospects of film nlysis. Keywords: Indictors. Performnce. Tem. Filmic Anlysis. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 1/17

2 1. INTRODUÇÃO Aos gestores cbe não somente perceber s mudnçs no mbiente, ms tmbém decidir qundo esss mudnçs são imprescindíveis pr promover lterção ds estrtégis, um vez que flhs ocorrids no processo de juste desss estrtégis podem significr qued n performnce orgnizcionl. Nesse contexto de necessiddes de mudnç o trblho em equipe desempenh relevnte ppel, principlmente n presenç de condições fvoráveis à insturção de relções de interdependênci entre os membros integrntes dess equipe, o que pode fetr, tmbém, performnce orgnizcionl. Com consolidd instisfção pelos modelos existentes de mensurção que pens contemplm indicdores finnceiros e o surgimento de novos modelos, incluindo ftores nãofinnceiros, entende-se que efetividde dos sistems de medid de desempenho ds orgnizções depende do modo como esses sistems podem fetr os comportmentos ds pessos. Por su vez, os gestores necessitm desenvolver competêncis, hbiliddes interpessois e titudes dinte ds perspectivs de mudnç, de modo contemplr um visão integrdor e que ssocie os indicdores finnceiros e não-finnceiros. Este rtigo definiu como objetivo principl investigr utilizção de indicdores de desempenho no gerencimento de um equipe. Propôs-se, pr tl, nlisr o filme comercil / rtístico O Homem que Mudou o Jogo (2011), dirigido por Bennett Miller, qui escolhido como unidde de nálise pr este estudo de cso. Com o objetivo definido busc-se responder à questão formuld: Como os indicdores de desempenho podem ser utilizdos no gerencimento de um equipe de beisebol? 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA O entendimento sobre como mensurr o desempenho ds orgnizções tem sido foco de pesquiss recentes, movids pelo debte envolvendo o conceito de competêncis orgnizcionis, concebido como o conjunto de recursos coordendos que fetm o desempenho ds orgnizções. Dinte dess consttção, envolvendo ssocição entre o conceito de competêncis e desempenhos orgnizcionis, é possível depreender que esse conceito se refere os resultdos que um orgnizção tinge em um determindo período (Fernndes; Fleury; Mills, 2006). No entnto, o gerencimento desses resultdos não se constitui tref simples, considerndo, por exemplo, existênci de diverss áres em um orgnizção, cd qul com interesses e expecttivs próprios, muits vezes, diferentes e conflitntes entre si. Com o pssr do tempo, somdos necessidde de se primorr esse gerencimento e o desenvolvimento de modelos de mensurção desses resultdos, muitos desses modelos tornrm-se instisftórios por não contemplrem lguns stkeholders, fornecerem poucs informções respeito de desempenhos futuros e proporcionrem visão de curto przo e foco no ftor finnceiro. Portnto, com finlidde de contornr tis ftores de instisfção e possíveis vieses nesses sistems que trdicionlmente se configurrm, surgirm novos modelos de mensurção de performnce, contemplndo, ftores finnceiros e, em muitos deles, não-finnceiros. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 2/17

3 Vle ressltr que doção desses modelos de mensurção não grnte utilizção dos ddos e informções gerdos n busc pel melhori de processos e, consequentemente, de resultdos orgnizcionis. Ao nlisrem os processos de implementção de sistems de medids de desempenho em instituições públics, Torres, Pin e Mtsuo (2012) destcrm que, dentre s rzões dess implementção, está necessidde desss instituições prestrem conts à sociedde ou tenderem exigêncis legis, o que não necessrimente implic utilizção ds informções obtids ns tividdes desenvolvids no di--di e nos processos decisórios inerentes esss tividdes. Assim, clrificm-se s firmções feits por Chenhll e Lngfield-Smith (2007), de que efetividde dos sistems de medid de desempenho ds orgnizções depende de como esses sistems fetm os comportmentos ds pessos, motivo pelo qul os gestores necessitm desenvolver hbiliddes interpessois. Somd à utilizção de indicdores, é preciso tmbém que esses gestores desenvolvm um visão integrdor que contemple ssocição entre indicdores finnceiros e não-finnceiros. Pernte importânci dess utilizção de indicdores e considerndo que somente os indicdores finnceiros não são suficientes pr vlição do desempenho de um orgnizção, Vélez-González, Prdhn e Weech-Mldondo (2011) firmrm que utilizção de medids não finnceirs fvorece obtenção de indicdores de desempenhos futuros e medids finnceirs e, por outro ldo, reforçm o foco em mets de curto przo. Além disso, esses utores ressltrm que o vlor não está em um medid em si, ms no conjunto e no linhmento desss medids às estrtégis dotds por ess orgnizção. Ao relizr estudos com 104 nlists finnceiros pr verificr o ppel de indicdores finnceiros e não-finnceiros, fvoráveis e desfvoráveis, n recomendção, ou não, de investimentos em orgnizções específics, Ghosh e Wu (2012), verificrm que indicdores finnceiros desfvoráveis, gerlmente, configurm situções de recomendção pr vend, enqunto, indicdores finnceiros fvoráveis, por su vez, delineim recomendção pr compr ou mnutenção desss orgnizções. Adicionlmente, putndo-se ns necessiddes de interlocução entre indicdores finnceiros e não-finnceiros, de divulgção mior desses tipos de indicdores pr o mercdo e de obtenção de previsões mis preciss sobre o futuro, esses utores destcrm que esses indicdores não-finnceiros fetm recomendção desses nlists qundo se deprm com indicdores finnceiros fvoráveis d seguinte form: ddos não-finnceiros desfvoráveis recomendm mnutenção d orgnizção; ddos nãofinnceiros fvoráveis recomendm compr dess orgnizção. Apesr d trdicionl utilizção de medids finnceirs ter se consoliddo, principlmente, em rzão d pdronizção existente entre s orgnizções e setores e ds norms e prátics já consolidds o longo do tempo, dinte d complexidde do mbiente empresril, esss medids tornrm-se insuficientes. Tis medids não brngem spectos não-finnceiros como cpcidde de prender, inovr e dptr-se e qulidde de produtos e serviços, spectos esses importntes no que tnge à vlição de desempenho ds orgnizções e à identificção de tendêncis e ftores de sucesso (Pce; Bsso; Silv, 2003). Cbe qui ressltr importânci que o estudo sobre efetividde orgnizcionl, menciond por Chenhll e Lngfield-Smith (2007) present nesse contexto, pois bord ess vlição como form pel qul um orgnizção cumpre su missão, lcnç seus objetivos e se dpt às mudnçs no mbiente. Apesr d existênci de diversos modelos conceituis que vism vlir ess efetividde, Bertucci (2005) firmou que, frequentemente, Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 3/17

4 são questionáveis em rzão ds especificiddes de cd orgnizção, do contexto em que esses modelos form desenvolvidos e dos pressupostos existentes nesses modelos. Nesse sentido, ess utor destcou tmbém que o número de vriáveis pode influencir e ser influencido pel performnce d orgnizção, o que se configur tref complex pr o pesquisdor, envolvendo definição de quis vriáveis serão utilizds como dependentes e independentes ns situções de relções e cusliddes. Em tis situções, merecem destques s relções de cuslidde entre cpcidde que os gestores presentm o interpretrem crescente e constnte instbilidde mbientl e o uso de estrtégis prospectivs sobre efetividde orgnizcionl. De cordo com Bertucci (2005, p. 13) existem flhs n percepção dos gestores qunto o que relmente se present como crcterístic objetiv do mbiente orgnizcionl. Os gestores devem não somente perceber s mudnçs no mbiente, ms tmbém decidir qundo esss mudnçs são importntes o suficiente pr justificrem lterção ns estrtégis. Flhs em justr s estrtégis e s estruturs de cordo com o mbiente podem significr qued n performnce orgnizcionl. No que se refere às mencionds mudnçs mbientis, Jthy e Vieir (2004) slientrm que implic revlição ds relções d orgnizção com o mbiente externo e com os relcionmentos internos, com vists à dequção de su configurção, de modo que tend um determinção ou impertivo estbelecido pel própri orgnizção ou pelo mbiente em que está inserid. Pr tnto, esses utores mencionrm que os mecnismos de controle orgnizcionl tendem linhr os comportmentos individuis o plno rcionl d orgnizção, exemplo, d burocrci. Nesse cenário, mensurção e vlição são tividdes própris e necessáris o controle orgnizcionl pr que sej possível verificção dos efeitos ds interções com o meio e do surgimento de proposts de correção e perfeiçomento nos processos. No entnto, resslt-se que não há n litertur um consenso sobre quis são os melhores critérios dess mensurção do desempenho orgnizcionl. Os utores Jthy e Vieir (2004, p. 82) lertrm qunto os diversos significdos tribuídos o termo desempenho e explicitrm os construtos eficiênci e eficáci, considerndo-os como quntificáveis. A eficiênci é gerlmente empregd n vlição de desempenho relciond à produtividde. Comumente, eficiênci é medid em termos de custos de produção, de lucrtividde (os indicdores finnceiros) e de produtividde. A eficáci, por su vez, está relciond o lcnce de mets, o tingimento de objetivos oficiis ou opercionis. Devido à dinâmic competitiv do mercdo, s orgnizções pssm por crescentes níveis de complexidde e interdependênci ns relções intr e inter orgnizcionis. Esss orgnizções têm sido pressionds pr desenvolver combinções diferencids de sus competêncis de modo obter e lvncr vntgem competitiv ou ssegurr su sobrevivênci (Klein; Bitencourt, 2012, p. 600). Dinte desse cenário, s utors relizrm um estudo com o propósito de contribuir pr compreensão ds competêncis coletivs prtir d mobilizção de diferentes grupos de trblho. Adicionlmente, buscrm compreender como se consolidm esss competêncis coletivs, tendo como bse interção entre grupos de trblho, e destcrm importânci d construção de um lógic coletiv pr o desenvolvimento desss competêncis, um vez que s tendêncis orgnizcionis não são uniformes, em rzão ds mudnçs ocorrids ns forms de orgnizção do trblho. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 4/17

5 Aind no tocnte o cráter coletivo desss competêncis, slient-se que o trblho em equipe está embsdo em relções de interdependênci entre os membros integrntes dess equipe, podendo, esss relções, se presentr de mneir diret, no que se refere os resultdos, sucesso ou frcsso, e indiret em relção à relizção ds trefs que devem ser conduzids colbortivmente (Puentes-Plcios; Almeid; Rezende, 2011). Pr melhor entendimento no uso do termo equipe e d su diferencição em relção o termo grupo, Weber e Grisci (2013) definirm grupo como um rrnjo de indivíduos que executm tividdes isoldmente, pesr de comprtilhrem espços. Esses utores tmbém descreverm equipe como um rrnjo de indivíduos, porém, constituído de sinergi gerdor de desempenhos superiores. Tomndo por bse o estbelecimento de ções coordends, o comprtilhmento de responsbiliddes, o intercâmbio de informções e cpcidde de ssocir recursos diversos como vntgens do trblho em equipe, Driskell, Sls e Hughes (2010) slientrm que orientção coletiv, concebid como propensão do indivíduo em trblhr de mneir coletiv, pode ser persudid por ftores de filição e de domínio. Enqunto os ftores de filição constituem preferêncis por trblhr com outrs pessos ou sozinho, os ftores de domínio são concebidos como preferêncis pr referencir-se, dominr e controlr ou pr sensibilizr-se pelos interesses de outrs pessos e cooperr. De modo propor os elementos externos essenciis à implementção desse trblho em equipe, Bejrno e Piltti (2008) discutirm os ppeis d estrutur orgnizcionl, d estrtégi e d seleção. Estruturs orgnizcionis flexíveis e ágeis tendem fvorecer ess implementção, em contrposição estruturs verticlizds e culturs utoritáris. A estrtégi que incorpor utilizção de equipes como ferrment relevnte pr consecução de seus plnos e mets propici condição necessári pr o desenvolvimento de equipes. No que tnge à seleção, contribuição reside n identificção de profissionis dequdos pr formção desss equipes. Por outro ldo, o discutirem os benefícios d diversidde culturl, como o desenvolvimento de tividdes que exigem forte critividde, tomds de decisão e resolução de problems, Pieterse, Vn Knippenberg e Vn Dierendonck (2013) slientrm que elborção de informções, delined como discussão e o desenvolvimento de informções importntes pr o desempenho de trefs relevntes, pode contribuir pr o desempenho fvorável de equipes. Prtindo d inexistênci de utomtismos em relção esses benefícios, ressltrm tmbém que ess elborção pode ser dificultd pel presenç de ideis e comportmentos preconceituosos no que tnge às diferençs inerentes ess diversidde culturl. No que se refere, especificmente, equipes de gestores, dinte ds frequentes diferençs entre s expecttivs desss equipes e de seus superiores, respeito dos esforços dess equipe o relizr plnejmentos, Cinci, Kpln e Smuels (2013) slientrm que esses superiores têm como ppel monitorr esses esforços e refletir sobre exigênci e o direcionmento que deve ser propicido esses gestores, não se restringindo pens gerencir recursos e desempenho. Por fim, Dornels e Hoppen (2001) ponderrm sobre o uso d tecnologi d informção, mplição d cpcidde de comunicção de grupos por meio dess tecnologi e combinção do trblho coopertivo, e reforçrm que o uso d tecnologi pode vlorizr o trblho humno em seu specto intelectul. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 5/17

6 3. ASPECTOS METODOLÓGICOS No que se refere à bordgem de pesquis, consider-se distinção feit entre o quntittivo e qulittivo, que consiste n seprção e comprção entre o que Godoi e Blsini (2010) chmrm de representções numérics e não-numérics, o que gerou, teoricmente, um suposto sttus de superioridde pr pesquis quntittiv e um comprometimento com enumerção. No entnto, trt-se de um escolh voluntári do pesquisdor o reconhecer que experiênci humn não pode ser limitd métodos esttísticos, principlmente, qundo esse pesquisdor decide pel investigção de novos cminhos investigtivos sem furtr-se o rigor e à objetividde slientdos por Chizzotti (2008). Considerndo tis rgumentos, bordgem utilizd neste rtigo foi qulittiv, dirigid pr nálise de csos, em su prticulridde temporl e locl, prtir ds experiêncis ds pessos e do contexto em que els estão inserids, como ressltdo por Flick (2004). No que tnge o método de pesquis, trt-se de um pesquis fenomenológic que, de mneir gerl, busc interpretção do mundo prtir d consciênci do sujeito, um vez que o objeto é o mundo como o sujeito o percebe. Gil (2009) esclreceu que esse objeto pode ser tnto lgo concreto e plpável, qunto um sensção ou recordção. Qunto à estrtégi de pesquis, consider-se um estudo de cso, estrtégi considerd por Yin (2010) como um investigção empíric que estud determindo fenômeno dentro do seu contexto e, conforme Eisenhrdt (1989) firmou, estud dinâmic presente em cd cenário. O filme comercil / rtistíco O homem que mudou o Jogo foi o cso escolhido pr este rtigo, como unidde de nálise, considerndo s recomendções feits por Yin (2010), de que os csos devem ser seleciondos de form tornr possível o lcnce de resultdos válidos e replicáveis. Esclrece-se que os critérios que norterm escolh desse filme estão relciondos à possibilidde de trblhr com os construtos presentdos n fundmentção teóric deste rtigo e por ter sido bsedo em ftos reis, portnto, possíveis, como visto em Freits (2012). Os filmes são entendidos por Denzin (1989; 1991; 1995; 2004), como textos visuis. A estrtégi de colet utilizd foi nálise fílmic, que encontr poio no estudo observcionl indireto. O estudo observcionl indireto permite o registro ds cens permnentemente e pode ser revlido pr incluir vários spectos diferentes do fto pesquisdo, sem que o pesquisdor estej presente no momento em que o fenômeno ocorre (Cooper; Schindler, 2003; Flick, 2004; Chizzotti, 2008; Leite; Leite, 2010). Resslt-se que o estudo observcionl encontr-se no bojo ds pesquiss qulittivs, com uso de protocolo de observções, documento de registro ds cens relcionds os construtos estuddos (Leite; Freits; Silv; Oliveir; Silv, 2012). Pr Gil (2009), o protocolo de observção contempl mis do que informções geris, constitui um gui pr condução d pesquis, uxili n memóri do pesquisdor e dá subsídio à tomd de decisão, estrtégi constnte durnte o processo de pesquis. Acrescent-se firmção de Yin (2010) de que o protocolo é um tátic que ument confibilidde d pesquis de estudo de cso. Assim, o uso d nálise fílmic possibilit preensão e prendizgem, prtir d observção sistemátic. O filme, conforme destcrm Vnoye e Goliot-Lèté (1994) é um recurso pr condução d micronálise, considerdo essencil pr posterior seleção e Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 6/17

7 nálise dos ddos. Conforme menciondo por Chmpoux (1999) os filmes podem trnsformr teoris e conceitos bstrtos pr dministrção em descrições visuis. Torn-se importnte inserção do conceito de metáfor como form de produção de conhecimento. Pr Wood Jr. (2000, p. 2), [...] qundo o pesquisdor utiliz metáfors pr melhor compreender determindo objeto ou fenômeno, ele deve empreender um discussão sobre os pressupostos básicos d bordgem dotd [...] Qundo bem empregds, metáfors são processos que trzem à luz novs perspectivs e visões [...]. Leite e Leite (2010) proprirm-se d nálise fílmic e sus plicções, de modo metfórico, n formção e no fortlecimento de grupos, equipes e times de trblho, reforçndo que, no mundo orgnizcionl tem sido berto espço pr metáfor como recurso de nálise e de perfeiçomento d comunicção. Dinte de tis consttções, chmse tenção pr o uso d nálise fílmic como um importnte recurso pr investigção de fenômenos orgnizcionis, inclusive, pr propost deste rtigo. No que se refere à estrtégi de nálise dos ddos, mensgens extríds ds cens micronlisds no contexto deste rtigo, utilizou-se nálise de discurso. Pr Mrtins (2008) e Yin (2010) ess estrtégi é útil e proprid n condução de estudos de cso e present foco n construção de procedimentos que exigem do pesquisdor mior sensibilidde n cptção e interpretção d subjetividde do que está sendo pesquisdo e de quem está sendo pesquisdo, do que se fl e de como é fldo, com bse em Vergr (2006). A nálise de discurso, n concepção de Orlndi (2012) trblh relção língudiscurso-ideologi; não trblh pens com os textos como ilustrção ou como documento de lgo que já é conhecido e sim, produz conhecimento prtir do próprio texto. Aind no que tnge à estrtégi de nálise dos ddos, considerou-se pertinente contr com o respldo d nálise de discurso, com bse em Gill (2011), por ser percebid como um estrtégi de leitur cuiddos, próxim, que cminh entre o texto e o contexto, um interpretção fundmentd em um rgumentção detlhd e um tenção cuiddos do mteril estuddo no filme seleciondo. 4. O CONTEXTO DO ESTUDO Bsedo no livro Moneybll - The Art of Winning n Unfir Gme de Michel Lewis, o filme O Homem que Mudou o Jogo (2011), dirigido por Bennett Miller, cont históri rel de Billy Bene, interpretdo pelo tor Brd Pitt, gerente gerl do Oklnd Athletics, time de beisebol d lig mericn, que se depr com o desfio de reunir um elenco de jogdores em um equipe competitiv, dispondo, no entnto, de poucos recursos finnceiros. Pr tnto, Billy Bene li-se seu ssistente, Peter Brnd, interpretdo pelo tor Jonh Hill, e pói-se em um método esttístico inovdor que lhes propici o gerencimento de indicdores, finnceiros e não-finnceiros, respeito de diversos jogdores, o que lhes permite ter cesso ddos e informções importntes pr compor ess equipe. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 7/17

8 5. APRESENTAÇÃO DOS DADOS, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS Reiter-se, n nálise dos ddos e discussão dos resultdos deste rtigo, o que foi dito por Gill (2011), cerc de nálise de discurso ser rte hbilidos, que pode ser difícil e exige sempre muito trblho, essencilmente qundo relizd em filmes, entendidos por Denzin (1989; 1991; 1995; 2004), como textos visuis. Considerou-se pertinente o respldo d nálise de discurso, percebid por Gill (2011), como um estrtégi de leitur cuiddos, próxim, que cminh entre o texto e o contexto, um interpretção fundmentd em um rgumentção detlhd e um tenção curd do mteril estuddo no filme seleciondo, em que, riquez de detlhes, coerênci e os silêncios discursivos mostrdos nesse filme, em muito contribuírm pr o lcnce do objetivo proposto e pr possíveis resposts à questão de pesquis formuld. N sequênci, presentm-se os Qudros 1, 2, 3, e 4, que contemplm os ddos obtidos por meio ds cens selecionds e descrits pr cd ctegori estbelecid neste rtigo. Resslt-se que um mesm cen pode precer em mis de um ctegori. Do mesmo modo, s cens não obedecem um ordem cronológic, ms à ordem de relevânci pr cd um desss ctegoris. O Qudro 1 present os ddos pr discussão d ctegori indicdores finnceiros e não-finnceiros. Tempo 00:05:14 00:07:22 00:07:23 00:08:24 00:08:25 00:12:37 00:19:20 00:21:27 00:21:50 Qudro 1 Apresentção dos Ddos Ctegori de Análise: Indicdores finnceiros e não-finnceiros Descrição d cen Ao discutir com um dos gestores respeito de investimentos necessários pr tempord seguinte, o mnger Billy destc perd de vários jogdores e necessidde de miores investimentos em folh de pgmento em relção os tuis 38 milhões de dólres, em comprção os 120 milhões de dólres gstos por outros times. Ao negocir por telefone compr de um novo jogdor que, inicilmente, seri comprdo por 7,5 milhões de dólres, Billy recebe informção de que o time do Boston, concorrente do Oklnd A, presentou um ofert no vlor de 7,75 milhões de dólres. Portnto, só conseguiri obter o novo jogdor cso dispusesse de um qunti de 8 milhões de dólres, o que torn negocição inviável. Billy reúne-se com o grupo de gestores técnicos, momento em que expressm utilizção de indicdores não-finnceiros, trdicionlmente utilizdos té então, e com rgumentos bstnte subjetivos e desconectdos do contexto em que o time está inserido. Há divergênci entre visão do grupo respeito do problem principl ser enfrentdo ( substituir 3 tlets do time, substituir os tlets com os existentes ) e visão de Billy ( posicionmento ruim do time em relção os seus concorrentes ), momento em que o mnger os esclrece respeito ds reis condições do time em comprção com os Ynkees. Peter, economist e ssistente do Clevelnd, expõe Billy su nálise respeito do tipo de gestão prticdo por dirigentes de vários times, dificultndo o entendimento desses dirigentes respeito do que relmente contece e tornndo-os injustos com os jogdores e incompeterntes em su gestão. De cordo com Peter, os times não deverim comprr tlets, e sim vitóris. Após recordr-se d su própri históri como jogdor, tempo em que s negocições se putvm fundmentlmente em indicdores finnceiros e desempenho individul, Billy Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 8/17

9 00:24:42 lig pr Peter, sond sobre como ele turi n contrtção do mnger qundo jovem jogdor e, por fim, o inform d su trnsferênci do Clevelnd pr o Oklnd A. 00:25:26 00:28:52 00:31:23 00:36:40 01:20:43 01:21:34 01:21:35 01:24:16 Ao encontrr com Peter em seu primeiro di de trblho, Billy recebe vlição de 51 jogdores, qundo d solicitção de pens 3. Peter present os requisitos necessários pr obtenção de bons resultdos n tempord e s projeções dos tlets, envolvendo indicdores não-finnceiros que judrão n identificção dos pontos fortes e d possibilidde d composição de um grupo de 25 tlets que eles podem bncr porque o beisebol os subestim. Billy e Peter reúnem-se com os demis gestores técnicos pr decidirem sobre os jogdores que deverão ser contrtdos pelo Oklnd A, dotndo pr isso indicdores finnceiros ( o vlor de cd jogdor ) ssocidos não-finnceiros ( desempenho dos jogdores ). Ao conversr com equipe de jogdores, Billy descreve como vencedor, pesr de não precerem. Então joguem como vencedores hoje. Peter e Billy presentm os jogdores conjuntos de indicdores de desempenho obtidos e esperdos e os relcionm às ções desses jogdores, explicndo ssim o significdo de lguns desses indicdores. No cso de Justice, pesr d tenttiv desse jogdor se pegr indicdores finnceiros, Billy o demove dess posição presentndo-lhe indicdores nãofinnceiros, como extrir últim got de beisebol que há nele os 37 nos, como form de mntê-lo n equipe, no show. Fonte: Elbordo pelos utores prtir dos ddos d pesquis Inicilmente ctegori indicdores finnceiros e não-finnceiros, presentd no Qudro 1 mostr linhmento o que foi enuncido n fundmentção teóric deste rtigo, por Ghosh e Wu (2012), qundo esses utores verificrm que indicdores finnceiros desfvoráveis, gerlmente, configurm situções de recomendção pr vend, enqunto, indicdores finnceiros fvoráveis, por su vez, delineim recomendção pr compr ou mnutenção desss orgnizções. No filme, discussão descrit ns primeirs cens do Qudro1 gir em torno de indicdores finnceiros e put-se n crenç de um gestor respeito de o Oklnd A, ser um time modesto. Adicionlmente, ness ctegori, o Qudro 1 put-se ns necessiddes de interlocução entre indicdores finnceiros e não-finnceiros, bem como de obtenção de previsões mis preciss sobre o futuro, como visto n litertur. N fundmentção teóric Ghosh e Wu (2012) destcrm que esses indicdores nãofinnceiros fetm recomendção de nlists qundo se deprm com indicdores finnceiros fvoráveis d seguinte form: ddos não-finnceiros desfvoráveis recomendm mnutenção d orgnizção; ddos não-finnceiros fvoráveis recomendm compr dess orgnizção. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/2013 9/17

10 O Qudro 2 contém os ddos pr discussão d ctegori indicdores fvoráveis e não-fvoráveis. Tempo 00:05:14 00:07:22 00:07:23 00:08:24 00:19:20 00:21:27 Qudro 2 Apresentção dos Ddos Ctegori de Análise: Indicdores fvoráveis e não-fvoráveis Descrição d cen Ao discutir com um dos gestores respeito de investimentos necessários pr tempord seguinte, o mnger Billy destc perd de vários jogdores e necessidde de miores investimentos em folh de pgmento em relção os tuis 38 milhões de dólres, em comprção os 120 milhões de dólres gstos por outros times. Ao negocir por telefone compr de um novo jogdor que, inicilmente, seri comprdo por 7,5 milhões de dólres, Billy recebe informção de que o time do Boston, concorrente do Oklnd A, presentou um ofert no vlor de 7,75 milhões de dólres. Portnto, só conseguiri obter o novo jogdor cso dispusesse de um qunti de 8 milhões de dólres; o que torn negocição inviável. Peter, economist e ssistente do Clevelnd, expõe Billy su nálise respeito do tipo de gestão prticdo por dirigentes de vários times, dificultndo o entendimento desses dirigentes respeito do que relmente contece e tornndo-os injustos com os jogdores e incompetentes em su gestão. De cordo com Peter, os times não deverim comprr tlets, e sim vitóris. Fonte: Elbordo pelos utores prtir dos ddos d pesquis N ctegori indicdores fvoráveis e não-fvoráveis, mostrd no Qudro 2, Billy e Peter estão linhdos com os estudos de Ghosh e Wu (2012), n verificção do ppel de indicdores finnceiros e não-finnceiros, fvoráveis e desfvoráveis que redundrim em estrtégis recomendds, ou não, de investimentos em um orgnizção específic como o Oklnd A. N últim cen do Qudro 2 Peter encontr respldo em utores como Fernndes, Fleury e Mills (2006), com os quis se pode deduzir que, se são possíveis observção e consttção de que o conceito de competênci orgnizcionl lev o desempenho, esse conceito se refere os resultdos que um orgnizção tinge em um período. Ao sugerir que os times devem comprr vitóris, Peter está se referindo plnejmento de resultdos serem lcnçdos pelo Oklnd A, em determindo período. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

11 O Qudro 3 present os ddos pr discussão d ctegori desempenho de equipe (jogdores). Tempo 1:13:11 1:17:27 01:20:43 01:21:34 01:21:35 01:24:16 Qudro 3 Apresentção dos Ddos Ctegori de Análise: Desempenho de equipe (jogdores) Descrição d cen Durnte reunião pr demitir dois jogdores, Billy negoci o fornecimento de refrigernte grtuito à equipe, de modo crir condições fvoráveis o bom desempenho dess equipe. Ao conversr com equipe de jogdores, Billy descreve equipe como vencedor, pesr de não precerem. Então joguem como vencedores hoje. Peter e Billy presentm os jogdores conjuntos de indicdores de desempenho obtidos e esperdos e os relcionm às ções desses jogdores, explicndo ssim, o significdo de lguns desses indicdores. No cso de Dvid Justice, pesr d tenttiv desse jogdor se pegr indicdores finnceiros, Billy o demove dess posição presentndo-lhe indicdores não-finnceiros, como extrir últim got de beisebol que há nele os 37 nos, como form de mntê-lo n equipe, no show. Fonte: Elbordo pelos utores prtir dos ddos d pesquis A ctegori desempenho de equipe (jogdores), mostrd no Qudro 3, em sus cens selecionds e linhds à fundmentção, reflete, primordilmente, spectos presentdos por Driskell, Sls e Hughes (2010): estbelecimento de ções coordends; comprtilhmento de responsbiliddes; intercâmbio de informções; cpcidde de ssocir recursos diversos como vntgens do trblho em equipe. Billy, o proximr-se, comunicr os indicdores, demonstrr empti, imprimir confinç, utilizr-se de frnquez e objetividde pr dilogr com os jogdores usufruiu os resultdos resplddos teoricmente por Driskell, Sls e Hughes (2010), qundo slientrm que: orientção coletiv, concebid como propensão do indivíduo em trblhr de mneir coletiv, pode ser persudid por ftores de filição e de domínio; os ftores de filição constituem preferêncis por trblhr com outrs pessos ou sozinho; os ftores de domínio são concebidos como preferêncis pr referencir-se, dominr e controlr ou pr sensibilizr-se pelos interesses de outrs pessos e cooperr. N bertur de um tempord, em entrevist à imprens, um dos jogdores firmou: esse no mostrremos que é preciso um time pr se vencer, não um único indivíduo. Um time. As vinte vitóris consecutivs confirmrm que o Oklnd A prendeu lidr com s preferêncis por trblhr com outrs pessos e pr sensibilizr-se pelos interesses de outrs pessos e, em consequênci, cooperr. Peter e Billy, n últim cen do Qudro 3, o presentrem e explicrem o significdo de conjuntos de indicdores de desempenho os jogdores, conjuntos esses obtidos e esperdos, relciondos às ções desses jogdores, mostrrm linhmento com Bejrno e Piltti (2008), um vez que esses utores reforçrm que estrtégi que incorpor utilizção de equipes como ferrment relevnte pr consecução de seus plnos e mets, propici condição necessári pr o desenvolvimento desss equipes. Do mesmo modo, empiricmente Peter e Billy estiverm linhdos teoricmente com Pieterse, Vn Knippenberg e Vn Dierendonck (2013), pois, esses utores slientrm que elborção de informções, delined como discussão e o desenvolvimento de informções Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

12 importntes pr o desempenho de trefs relevntes, pode contribuir pr o desempenho fvorável de equipes. Ness ctegori Peter e Billy superrm s dificulddes gerds pel presenç de ideis e comportmentos preconceituosos de outros gestores e de jogdores, no que tnge às diferençs inerentes à diversidde culturl, tmbém ressltd pelos utores Pieterse, Vn Knippenberg e Vn Dierendonck (2013). O Qudro 4 mostr os ddos pr discussão d ctegori desempenho de equipe (gestores). Tempo 00:08:25 00:12:37 00:19:20 00:21:27 00:25:26 00:28:52 00:31:23 00:36:40 00:51:26 00:52:16 00:57:28 00:58:58 Qudro 4 Apresentção dos Ddos Ctegori de Análise: Desempenho de equipes (gestores técnicos olheiros ) Descrição d cen Billy reúne-se com o grupo de gestores técnicos, momento em que expressm utilizção de indicdores não-finnceiros, trdicionlmente utilizdos té então, e com rgumentos bstnte subjetivos e desconectdos do contexto em que o time está inserido. Há divergênci entre visão do grupo respeito do problem principl ser enfrentdo ( substituir 3 tlets do time, substituir os tlets com os existentes ) e visão de Billy ( posicionmento ruim do time em relção os seus concorrentes ), momento em que o mnger os esclrece respeito ds reis condições do time em comprção com os Ynkees. Peter, economist e ssistente do Clevelnd, expõe Billy su nálise respeito do tipo de gestão prticdo por dirigentes de vários times, dificultndo o entendimento desses dirigentes respeito do que relmente contece e tornndo-os injustos com os jogdores e incompetentes em su gestão. De cordo com Peter, os times não deverim comprr tlets, e sim vitóris. Ao encontrr com Peter em seu primeiro di de trblho, Billy recebe vlição de 51 jogdores, qundo d solicitção de pens 3. Peter present os requisitos necessários pr obtenção de bons resultdos n tempord e s projeções dos tlets, envolvendo indicdores não-finnceiros que judrão n identificção dos pontos fortes e d possibilidde d composição de um grupo de 25 tlets que eles podem bncr porque o beisebol os subestim. Billy e Peter reúnem-se com os demis gestores técnicos pr decidirem sobre os jogdores que deverão ser contrtdos pelo Oklnd A, dotndo pr isso indicdores finnceiros ( o vlor de cd jogdor ) ssocidos não-finnceiros ( desempenho dos jogdores ). Ao reunir-se com Billy, prte d equipe técnic efetu comentários negtivos respeito de Htte bsedos no desempenho desse jogdor, no primeiro di d primeir semn de treinmento. Billy encontr-se com o técnico e discutem sobre o resultdo de um jogo. Nesse momento Billy reconhece que deveri tê-lo incluído ns discussões iniciis do novo sistem de gerencimento. No entnto, o técnico demonstr-se resistente fzer prte do trblho em equipe. Fonte: Elbordo pelos utores prtir dos ddos d pesquis N ctegori desempenho de equipe (gestores) o Qudro 4 present um condensção de ddos empíricos que se destcm em termos de linhmento com os ddos teóricos dest pesquis, tis como: de cordo com Bertucci (2005, p. 13) existem flhs n percepção dos gestores qunto o que relmente se present como crcterístic objetiv do mbiente orgnizcionl; os gestores devem não somente perceber s mudnçs no mbiente, Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

13 ms tmbém decidir qundo esss mudnçs são importntes o suficiente pr justificrem lterção ns estrtégis. Flhs em justr s estrtégis e s estruturs de cordo com o mbiente podem significr qued n performnce orgnizcionl. O técnico Art, por exemplo, insisti em dizer pr Billy: questão é que você deve fzer o seu trblho e eu devo fzer o meu. Com tl titude e, contrrindo ostensivmente s recomendções de Billy, em ddos momentos, Art deixou pessos-chve for do time, bem como mnteve outrs, o que ocsionou qued de performnce. Tomndo s rédes do time com sus ções, Peter e Billy estiverm resplddos teoricmente por Jthy e Vieir (2004), que slientrm que mudnç de estrtégi orgnizcionl implic revlição ds relções d orgnizção com o mbiente externo e com os relcionmentos internos, com vists à dequção de su configurção, de modo que tend um determinção ou impertivo estbelecido pel própri orgnizção ou pelo mbiente em que está inserid. No cenário de tução do Oklnd A, puderm ser observds mensurção e vlição como tividdes própris e necessáris o controle orgnizcionl, o que tornou possível verificção dos efeitos ds interções com o meio e do surgimento de proposts de correção e perfeiçomento nos processos. Nesse contexto, clrificm-se s firmções feits por Chenhll e Lngfield-Smith (2007), de que efetividde dos sistems de medid de desempenho ds orgnizções depende de como esses sistems fetm os comportmentos ds pessos, motivo pelo qul os gestores necessitm desenvolver hbiliddes interpessois, exemplo do que foi feito por Billy e Peter, não obstnte s ções contráris de Art. Como gestores, Billy e Peter ind podem ser nlisdos à luz de Puentes-Plcios, Almeid e Rezende (2011), pois esses utores enftizrm que, n dinâmic competitiv do mercdo, o trblho em equipe está embsdo em relções de interdependênci entre os membros integrntes dess equipe, podendo esss relções se presentr de mneir diret, no que se refere os resultdos, sucesso ou frcsso, e indiret em relção à relizção ds trefs que devem ser conduzids colbortivmente. O Qudro 4 encerr possibilidde de entendimento empírico sobre o que teoricmente foi verificdo por Cinci, Kpln e Smuels (2013): dinte ds frequentes diferençs entre s expecttivs de gestores e de seus superiores, no esforço de relizção de plnejmentos, esses superiores têm como ppel monitorr esses esforços e refletir sobre exigênci e o direcionmento que deve ser propicido esses gestores, não se restringindo pens gerencir recursos e desempenho. N fundmentção teóric os utores Dornels e Hoppen (2001) ponderrm sobre o uso d tecnologi d informção, mplição d cpcidde de comunicção de grupos por meio dess tecnologi e combinção do trblho coopertivo, e reforçrm que o uso d tecnologi pode vlorizr o trblho humno em seu specto intelectul. No filme, Peter mostrou Billy o poder d tecnologi pr montgem de um time eficz. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

14 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS Esper-se que, neste rtigo, busc por verificção d temátic envolvendo indicdores de desempenho e gerencimento de equipes poss ter gregdo contribuições pr revisitr s perspectivs de nálise fílmic e, em consequênci, compreender s necessiddes de profundr e primorr os contextos de sus relizções. Pode-se considerr que est pesquis cumpriu o ppel de contextulizr e prosseguir com um gend de pesquiss que poderá fornecer ind novos rumos pr os estudos envolvendo utilizção de recursos estéticos e, em prticulr, estudos observcionis em nálise fílmic. No entnto, limitções própris dos estudos observcionis indiretos, merecem ser relembrds como ponto de prtid pr trtmento cuteloso dos resultdos qui obtidos e pr cuidde de investigções futurs no cmpo d Administrção. Os resultdos do cso Oklnd A pontm pr necessidde de se considerr que: existem diverss áres em um orgnizção, cd qul com interesses e expecttivs de resultdos conflitntes entre si; com o pssr do tempo, os modelos existentes de mensurção tornrm-se instisftórios por não contemplrem lguns stkeholders; tis modelos pssrão fornecer pouc informção pr o desempenho futuro; prevlece visão de curto przo e o foco nos indicdores finnceiros; os sistems trdicionis precism, enfim, ceder lugr pr novos modelos de mensurção de performnce; esses novos modelos precisrão equilibrr o foco entre os indicdores finnceiros e não-finnceiros; os gestores precism tentr pr eficáci do trblho em equipe embsdo em relções de interdependênci entre os membros integrntes dess equipe. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

15 7. REFERÊNCIAS Bejrno, V. C.; Piltti, L. A. (2008). Elementos externos essenciis à implementção de equipes: estudo de cso. Revist de Administrção d USP - RAUSP, 43(1), Bertucci, J. L. O. (2005). Ambiente, estrtégi e performnce orgnizcionl no setor industril e de serviços. RAE, 45(3), Chmpoux, J. E. (1999). Film s teching resource. Journl of Mngement Inquiry, 8(2), Chenhll, R.H.; Lngfield-Smith, K. (2007). Multiple perspectives of performnce mesures. Europen Mngement Journl, 25, Chizzotti, A. (2008). Pesquis qulittiv em ciêncis humns e sociis. Petrópolis: Vozes. Cinci, A. M.; Kpln, S. E.; Smuels, J. A. (2013). The moderting effects of the incentive system nd performnce mesure on mngers nd their superiors expecttions bout the mnger s effort. Behviorl Reserch in Accounting, 25(1), Cooper, D. R.; Schindler, P. S. (2003). Métodos de pesquis em Administrção. Porto Alegre: Bookmn. Denzin, N. K. (1989). The reserch ct: theoreticl introduction to sociologicl methods. Chicgo: Aldine Publishing Compny. Denzin, N. K. (1991). Imges of postmodern society: Socil theory nd contemporry cinem. London: Sge. Denzin, N. K. (1995). The cinemtic society: the voyeur s gze. London: Sge. Denzin, N. K. (2004). Reding film: using films nd videos s empiricl socil science mteril. In: Flick, U.; Krdorff, E. Von & Steinke, I. A compnion to qulittive reserch. Cliforni: Sge Publictions Inc. Dornels, J. S.; Hoppen, N. (2001). A gestão prticiptiv e o uso de sistems de poio à decisão em grupo como propulsores de novs estruturs orgnizcionis. Revist O & S, 8(21), Driskell, J. E.; Sls, E.; Hughes, S. (2010). Collective orienttion nd tem performnce: development of n individul differences mesure. Humn Fctors, 52(2), Eisenhrdt, K. M. (1989). Building theories from cse study reserch. Acdemy of Mngement Review,v. 14(4). Flick, U. (2004). Um introdução à pesquis qulittiv. Porto Alegre: Bookmn. Freits, A. D. G. (2012). Lingugem Fílmic: Um metáfor de comunicção pr nálise dos discursos ns orgnizções f. Dissertção (Mestrdo em Administrção) São Pulo: Universidde Nove de Julho. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17

16 Fernndes, B. H. R.; Fleury, M. T. L.; Mills, J. (2006). Construindo o diálogo entre Competênci, Recursos e Desempenho Orgnizcionl. RAE, 46(4), Godoi, C. K.& Blsini, C. P. V. (2010). A pesquis qulittiv nos estudos orgnizcionis brsileiros: um nálise bibliométric. In: Godoi, C. K.; Bndeirde-Mello, R. & Silv, A. B. (Orgs.) Pesquis qulittiv em estudos orgnizcionis: prdigms, estrtégis e métodos. São Pulo: Sriv. Ghosh, D.; Wu, A. (2012). The effect of positive nd negtive finncil nd nonfinncil performnce mesures on nlysts recomendtion. Behviorl Reserch in Accounting, 24(2), Gil, A. C. (2009). Estudo de cso. São Pulo: Atls. Gill, R. (2011). Análise de discurso. In: Buer, M. W.; Gskell, G. Pesquis qulittiv com texto, imgem e som: um mnul prático. Petrópolis, RJ: Vozes. Jthy, P. J. C.; Vieir, M. M. F. (2004). Mudnç orgnizcionl, controle e desempenho: experiênci do Bnco Centrl do Brsil com o combte à lvgem de dinheiro. Revist O&S, 11(31), Klein, M. J. Bitencourt, C. (2012). A emergênci ds competêncis coletivs prtir d mobilizção d diferentes grupos de trblho. Revist O&S, 19(63), de trblho: plicções do estudo observcionl. Revist de Gestão d USP REGE USP, 17(1), Leite, N. R. P.; Freits, A. D. G.; Silv, M. A. B.; Oliveir, E. F.; Silv, C. C. (2012). Cos, Complexidde, Comunicção Rogerin e o Processo de Ensino- Aprendizgem: Um Estudo Observcionl do Filme Náufrgo. Revist Reun, 17(4), Mrtins, G. A. (2008). Estudo de cso um estrtégi de pesquis. São Pulo: Atls. Orlndi, E. P. (2012). Análise de discurso Princípios & procedimentos. Cmpins: Pontes Editores. O Homem Que Mudou o Jogo. (Moneybll). Direção:Bennett Miller. Intérpretes: Brd Pittt; Jonh Hill; Philip Seymour Hoffmne outros. Músic: MychelDnn. Estdos Unidos: Columbi Pictures DVD. (133 min), widescreen, color. Bsedo no livro de Michel Lewis. Históri de Stn Chervin. Pce, E. S. U.; Bsso, L. F. C.; Silv, M. A. (2003). Indicdores de desempenho como direciondores de vlor. Revist de Administrção Contemporâne - RAC, 7(1). Pieterse, A. N.; Vn Knippenberg, D.; Vn Dierendonck, D. (2013). Culturl diversity nd tem performnce: the role of tem member gol orienttion. Acdemy of Mngement Journl, 56(3), Leite, N. R. P.; Leite, F. P. (2010). A lingugem fílmic n formção e no fortlecimento de grupos, equipes e times interdependênci no trblho sobre Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17 Puentes-Plcios, K.; Almeid, R. S.; Rezende, D. V. (2011). O impcto d

17 efetividde de equipes. Revist O & S, 18(59), Torres, L.; Pin, V.; Mtsuo, T. (2012). Voluntry implementtion of performnce mesures: the cse of jpnese locl government. Chin-USA Business Review, 11(11), Vnoye, F.; Goliot-Lété, A. (1994). Ensio sobre nálise fílmic. Cmpins, SP: Ppirus. Vélez-González, H.; Prdhn, R.; Weech- Mldondo, R. (2011). The role of nonfinncil performnce mesures in predicting hospitl finncil performnce: the cse of for-profit system hospitls. J. Helth Cre Finnce, 38(2), Vergr, S. C. (2006). Métodos de pesquis em dministrção. São Pulo: Atls. Weber, L.; Grisci, C. L. I. (2013). Conexões entre trblhdores: lterntivs pr lém do discurso hegemônico de grupos e equipes. Revist O & S, 20(65), Wood Jr., T. (2000). Metáfors espetculres: do drmtismo tetrl o drmtismo cinemtográfico. In: Encontro d Associção Ncionl de Pós- Grdução e Pesquis em Administrção, 24. Anis... Florinópolis: ANPAD. Yin, R. (2010). Estudo de cso: plnejmento e métodos. São Pulo: Bookmn. Anis do II SINGEP e I S2IS São Pulo SP Brsil 07 e 08/11/ /17