ACÓRDÃO 897/ Plenário - TCU

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1 ACÓRDÃO 897/ Plenário - TCU 1. Processo nº TC / (com 11 volumes) 1.1. Apensos: TC / e TC / Grupo I - Classe de Assunto V - Relatório de Auditoria 3. Responsáveis: Darci Accorsi, ex-prefeito; Nion Albernaz, ex-prefeito; e Pedro Wilson Guimarães, Prefeito 4. Unidade: Prefeitura Municipal de Goiânia-GO 5. Relator: Ministro Guilherme Palmeira 6. Representante do Ministério Público: não atuou 7. Unidade Técnica: Secex/GO 8. Advogados constituídos nos autos: João Geraldo Piquet Carneiro - OAB/DF nº 800-A; Luiz Custódio de Lima Barbosa - OAB/DF nº 791; Mabel Lima Tourinho - OAB/DF nº ; Arthur Lima Guedes - OAB/DF nº ; e Ângela Maria Alves - OAB/DF nº Acórdão: VISTOS, relatados e discutidos estes autos referentes a Relatório de Auditoria efetuada, em 2001, na Prefeitura Municipal de Goiânia, com o objetivo de verificar a aplicação de recursos federais transferidos à municipalidade, em que se examinam os resultados de inspeções efetuadas nas obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, bem como do Córrego Cascavel, em atendimento ao Acórdão 67/ Plenário - TCU. ACORDAM os Ministros do Tribunal de Contas da União, reunidos em Sessão do Plenário, ante as razões expostas pelo Relator, em: 9.1. determinar ao Ministério da Integração Nacional que, caso venha a celebrar novo convênio que contemple o repasse de recursos federais para a conclusão das obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, só o faça após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução; 9.2. informar à Presidência do Congresso Nacional e à sua Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização que: quanto às obras atinentes à reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, o trecho compreendido entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte, cuja conclusão foi admitida por esta Corte, está prestes a ser finalizado, salientando, de outra parte, que os serviços restantes somente poderão ser objeto de repasse de recursos federais após a celebração de novo contrato, precedido de regular processo licitatório, na forma consignada no item 9.1. supra; não foram apontadas irregularidades nas obras de reurbanização do Córrego Cascavel, não havendo óbices, portanto, à liberação de recursos federais para o empreendimento; 9.3. dar ciência do presente Acórdão, bem como do Relatório e do Voto que o fundamentam, à Presidência do Congresso Nacional, à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, ao Ministério da Integração Nacional, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, à Prefeitura Municipal de Goiânia, ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás e à Procuradoria da República no Estado de Goiás.

2 10. Ata nº 24/ Plenário 11. Data da Sessão: 7/7/ Ordinária 12. Especificação do quórum: Ministros presentes: Valmir Campelo (Presidente), Marcos Vinicios Vilaça, Adylson Motta, Walton Alencar Rodrigues, Guilherme Palmeira (Relator), Benjamin Zymler e os Ministros-Substitutos Augusto Sherman Cavalcanti e Marcos Bemquerer Costa. VALMIR CAMPELO Presidente GUILHERME PALMEIRA Ministro-Relator Fui presente: LUCAS ROCHA FURTADO Procurador-Geral

3 GRUPO I - CLASSE V - Plenário TC / (c/11 volumes) Apensos: TC / e TC / Natureza: Relatório de Auditoria Unidade: Prefeitura Municipal de Goiânia/GO Responsáveis: Darci Accorsi (ex-prefeito), Nion Albernaz (ex-prefeito) e Pedro Wilson Guimarães (Prefeito) Advogados constituídos nos autos: João Geraldo Piquet Carneiro (OAB/DF nº 800-A), Luiz Custódio de Lima Barbosa (OAB/DF nº 791), Mabel Lima Tourinho (OAB/DF nº ), Arthur Lima Guedes (OAB/DF nº ) e Ângela Maria Alves (OAB/DF nº 2.857) Sumário: Relatório de Auditoria realizada na Prefeitura Municipal de Goiânia, com o objetivo de verificar a aplicação de recursos federais transferidos à municipalidade. Deliberação anterior admitindo a continuação das obras relativas ao Córrego Cascavel e determinando a realização de inspeção nas obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, bem como do Córrego Cascavel. Realização dos trabalhos de fiscalização. Determinação ao Ministério da Integração Nacional no sentido de que, caso venha a celebrar novo convênio que contemple o repasse recursos federais para as obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, só o faça após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório. Comunicação ao Congresso Nacional. Trata-se de Relatório de Auditoria efetuada, em 2001, na Prefeitura Municipal de Goiânia, com o objetivo de verificar a aplicação de recursos federais transferidos à municipalidade. Em Sessão de 27/03/2002, o Plenário, mediante a Decisão 257/ Plenário (Ata n. 09), decidiu, no essencial, o seguinte: considerar que a continuidade do Contrato nº 002/90, firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem do Município de Goiânia - DERMU para a execução de obras de canalização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, não atende ao interesse público, em razão das falhas identificadas no presente relatório de auditoria, a seguir indicadas, admitindo-se excepcionalmente a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte, tendo em vista os riscos de inundações e desmoronamentos relatados pelo atual Prefeito: a) projeto básico impreciso e completamente inadequado às condições atuais em que se encontra a obra; e, b) acréscimos de serviços superiores aos fixados no art. 65, 1º, da Lei nº 8.666/93; 8.3. considerar que a continuidade do Contrato nº 003/91 [originalmente celebrado com a Companhia Brasileira de Projetos e Obras - CBPO e, posteriormente, sub-rogado de forma parcial às empresas Fuad Rassi Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. e CCB - Construtora Central do Brasil Ltda.], firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem do Município de Goiânia - DERMU, para a execução das obras de canalização do Córrego Cascavel, não atende ao interesse público, em razão da constatação de projeto básico impreciso e completamente inadequado às condições atuais em que se encontra a obra, admitindo-se excepcionalmente a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Av. T-2 e Av. Castelo Branco, em razão dos fatos aduzidos pela equipe de auditoria; (...) 8.5. determinar ao Ministério da Integração Nacional que: a) somente repasse recursos para as obras atinentes à reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico, que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução, admitindo-se excepcionalmente, pela atual contratada, a conclusão do trecho mencionado no subitem 8.2. supra; b) que somente repasse recursos para as obras relativas à reurbanização do Córrego Cascavel após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico, que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução, admitindo-se, em caráter excepcional, a conclusão, pela atual contratada, do trecho aludido no subitem 8.3 supra; (...)

4 8.9. encaminhar cópia da presente Decisão, bem como do Relatório e do Voto que a fundamentam, à Prefeitura Municipal de Goiânia, bem como ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, à Procuradoria da República em Goiás, ao Deputado Estadual José Nelto e ao Deputado Federal Luiz Bittencourt; (...) Inconformada, a empresa Fuad Rassi Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. opôs embargos de declaração contra os itens 8.3 e 8.5, alínea b, da mencionada deliberação, os quais foram conhecidos e providos parcialmente, por intermédio da Decisão 1.561/ Plenário (Ata n. 44), tendo sido, na ocasião, tornados insubsistentes os itens 8.2, 8.3 e 8.5 da Decisão 257/2002-TCU Plenário. Na mesma oportunidade, o Tribunal decidiu: 8.2. determinar à SECEX/GO que proceda à oitiva das empresas responsáveis pela execução dos Contratos nºs 002/90 e 003/91, firmados com a Prefeitura Municipal de Goiânia, quanto às irregularidades apontadas nos autos; 8.3. determinar, cautelarmente, ao Ministério da Integração Nacional que: a) somente repasse recursos para as obras atinentes à reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico, que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução, admitindo-se excepcionalmente, pela atual contratada, a conclusão do trecho compreendido entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte; b) somente repasse recursos para as obras relativas à reurbanização do Córrego Cascavel após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico, que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução, admitindo-se, em caráter excepcional, a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Av. T-2 e Av. Castelo Branco; (...). Notificada da referida deliberação em 28/01/2003, a empresa Fuad Rassi Engenharia, Indústria e Comércio Ltda. opôs, em 04/02/2003, novos embargos de declaração, desta feita contra a alínea b do item 8.3 da Decisão 1.561/ Plenário, os quais foram providos, ante o reconhecimento de que as alíneas a e b, na forma em que foram redigidas, poderiam induzir a um juízo prévio de mérito sobre as irregularidades indicadas, ao condicionarem o repasse dos recursos à celebração de um novo contrato. Em decorrência, mediante o Acórdão 185/2003, foi alterado o item 8.3 da Decisão 1.561/ Plenário, que passou a ter a seguinte redação: 8.3. determinar, cautelarmente, ao Ministério da Integração Nacional que: a) suspenda o repasse de recursos para as obras atinentes à reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba até que o Tribunal delibere sobre o mérito das irregularidades indicadas nos autos, admitindose, excepcionalmente, repasses para a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte; b) suspenda o repasse de recursos para as obras relativas à reurbanização do Córrego Cascavel até que o Tribunal delibere sobre o mérito das irregularidades indicadas nos autos, admitindo-se, excepcionalmente, repasses para a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Av. T- 2 e Av. Castelo Branco. Posteriormente, ao apreciar as alegações oferecidas pelas empresas responsáveis pela execução dos Contratos nºs 002/90 e 003/91, este Relator observou no Voto condutor da deliberação, quanto às obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, que seria imprescindível, ante a importância social do empreendimento, obter, antes de se pronunciar definitivamente sobre a matéria, informações concernentes à situação atual das obras, de forma a se avaliar também as conseqüências para a Administração de uma eventual rescisão contratual nesta fase, bem como sobre custos com eventual desmobilização da empresa contratada e com a deflagração de novo processo licitatório. Relativamente às obras de reurbanização do Córrego Cascavel, foi consignado, no mesmo Voto, que a questão anteriormente suscitada foi satisfatoriamente dirimida pelas empresas, não subsistindo razões para que se mantivesse a suspensão do repasse de recursos federais ao empreendimento, devendo, assim, ser revisto o posicionamento anterior. Considerou-se prudente, por outro lado, buscar, para acompanhamento, informações mais precisas e atuais sobre a execução física e financeira das obras, de modo que se pudesse

5 denunciar, a tempo, se fosse o caso, problemas semelhantes aos evidenciados nas obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, quanto a acréscimos excessivos de serviços. Em decorrência, o Tribunal, mediante o Acórdão 67/ Plenário (Ata n. 03), decidiu o seguinte: 9.1. tornar insubsistente a alínea b do subitem 8.3 da Decisão 1561/ Plenário, alterada pelo Acórdão 185/ Plenário; 9.2. informar à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional que, no momento, nada obsta a continuidade das obras de reurbanização do Córrego Cascavel/Município de Goiânia; 9.3. determinar à Prefeitura Municipal de Goiânia que, no tocante ao Contrato nº 003/91, firmado com o Departamento de Estradas de Rodagem do Município de Goiânia - DERMU, para a execução das obras de canalização do Córrego Cascavel, atente, nas modificações de projeto porventura promovidas, para o limite estabelecido nos 1º e 2º do art. 65 da Lei nº 8.666/93; 9.4. determinar à SECEX/GO que: realize inspeção nas obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, com vistas a obter os dados referentes, entre outros: à execução física da obra em relação ao total licitado; ao volume de recursos necessários para a conclusão do empreendimento; ao percentual financeiro executado em relação ao valor do contrato; aos custos estimados com a eventual desmobilização da empresa contratada e com a deflagração de novo procedimento licitatório; a possíveis prejuízos a serem suportados pela Administração no caso de rescisão contratual; realize inspeção nas obras de reurbanização do Córrego Cascavel, com vistas a obter os dados referentes, entre outros: à execução física da obra em relação ao total licitado; ao volume de recursos necessários para a conclusão do empreendimento; ao percentual financeiro executado em relação ao valor do contrato; 9.5. dar ciência do presente Acórdão, bem como do Relatório e Voto que o fundamentam, à Presidência do Congresso Nacional, à Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização do Congresso Nacional, ao Ministério da Integração Nacional, à Prefeitura Municipal de Goiânia, ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás e à Procuradoria da República em Goiás. Reproduzo a seguir os resultados dos trabalhos de fiscalização procedidos pela equipe da SECEX/GO, em atendimento às determinações exaradas no Acórdão 67/2004, com cujas conclusões manifestou-se de acordo o Secretário de Controle Externo em substituição: 4.Em resposta à demanda desta Corte, passamos a responder aos quesitos formulados, tendo em vista a inspeção procedida e a documentação constante das fls. 154/182. Córregos Botafogo e Capim Puba (fls. 179/181) 4.1.Execução física da obra em relação ao total licitado: - canalização em gabião e em concreto armado: 100% - vias marginais: 88% - viadutos executados: 100% - bueiros executados: 100% 4.2.Volume de recursos necessários para a conclusão do empreendimento: R$ ,00, sendo R$ ,00, para o segmento não liberado, e R$ ,00, relativos ao trecho cuja conclusão foi autorizada por esta Corte. Insta relevar que estes R$ ,00 encontram-se disponíveis em contacorrente do DERMU, porquanto são remanescentes do OGU de Percentual financeiro executado em relação ao valor do contrato: 99,55%. 4.4.Custos estimados com eventual desmobilização da empresa contratada e com a deflagração de novo procedimento licitatório: - tendo como referência o item 5.6 da planilha de quantidades e preços praticados na obra: R$ ,00; - considerando que o custo de um processo licitatório envolve levantamentos topográficos e elaboração de projetos, entre outros, estima-se um custo inferior a 2% do valor previsto para execução do trecho entre as Avenidas Goiás Norte e a República do Líbano, ou seja, R$ , Possíveis prejuízos a serem suportados pela administração no caso de rescisão contratual: R$ ,00. Córrego Cascavel (fls. 166/169)

6 4.6.Execução física da obra em relação ao total licitado (*): - serviços preliminares: 97,7% - terraplenagem: 89,4% - pavimentação: 24,2% - drenagem: 66,% - canalização: 33,8% - obras de artes especiais: 100% - iluminação: 12,4% - sinalização: 13% - reurbanização: 83,7% - serviços eventuais: 447,9% - serviços complementares: 37,7% (*) dados extraídos das medições de serviços efetuados 4.7.Volume de recursos necessários para conclusão do empreendimento: R$ ,28 (valor estimado com base nos custos atualizados dos serviços realizados até hoje) 4.8.Percentual financeiro executado em relação ao valor do contrato: 29,65% 5.Cumpre ressaltar que as vigências do convênio firmado com a União e do contrato, concernentes à obra de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, terminam este mês. Deste modo, o DERMU tem trabalhado para concluir o trecho entre as Avenidas 136 e Goiás Norte (cf. Decisão deste Tribunal) até o dia 27/06/2004, de sorte que, oportunamente, pretende iniciar novo certame licitatório para o trecho localizado entre a Av. Goiás Norte e a Av. República do Líbano. Salienta-se, contudo, que não haverá custos de rescisão do atual contrato, porquanto inexistirá saldo financeiro remanescente. 6.Por derradeiro, pelo que podemos concluir, finalizado, no presente mês, o trecho compreendido entre a Av. 136 e a Av. Goiás Norte, sem que mais um centavo de recurso federal seja necessário para tanto, o mais plausível será aguardar a deflagração de novo processo licitatório para o segmento localizado entre a Av. Goiás Norte e a Av. República do Líbano, cujo custo está previsto em apenas R$ ,00, uma vez que a canalização, os bueiros e as obras de arte já foram executados. Ante o exposto, opinamos pelo encaminhamento destes autos ao gabinete do Exmo. Sr. Ministro- Relator Guilherme Palmeira, com a proposta de que: I - quanto ao Contrato n 002/1990, sejam mantidos os termos do subitem 8.3 da Decisão Plenária 1561/2002, alterado pelo Acórdão 185/ Plenário, que fixa determinação ao Ministério da Integração Nacional para que suspenda o repasse de recursos para as obras atinentes à reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba até que o Tribunal delibere sobre o mérito das irregularidades indicadas nos autos, admitindo-se, excepcionalmente, repasses para a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte; II - quanto ao Contrato n 003/1991, sejam tornados insubsistentes os termos da alínea b, subitem 8.3 da Decisão Plenária 1561/2002, alterado pelo Acórdão 185/ Plenário, que fixou determinação ao Ministério da Integração Nacional no sentido de que suspendesse o repasse de recursos para as obras relativas à reurbanização do Córrego Cascavel até que o Tribunal delibere sobre o mérito das irregularidades indicadas nos autos, admitindo-se, excepcionalmente, repasses para a conclusão, pela atual contratada, do trecho compreendido entre a Av. T-2 e Av. Castelo Branco; III - seja determinado à Prefeitura Municipal de Goiânia que, no tocante ao Contrato n 003/1991, nas modificações de projeto porventura promovidas, atente para o limite estabelecido pelo 1 do art. 65 da Lei n 8.666/93; IV - seja encaminhada cópia da Decisão, bem como do Relatório e do Voto, que vierem a ser proferidos, à Prefeitura Municipal de Goiânia, bem como ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, ao Ministério da Integração Nacional, ao Tribunal de Contas dos Municípios do Estado de Goiás, e à Procuradoria da República em Goiás; e V - seja informado à Comissão Mista de que trata o art. 86, 2, da Lei n /2002 (LDO 2003), de que nada obsta a continuidade da obra de reurbanização do Córrego Cascavel/Município de Goiânia (Contrato n 003/1991). É o Relatório.

7 VOTO Apreciam-se, nesta oportunidade, os resultados das inspeções objeto de determinação no Acórdão 67/ Plenário. No tocante às obras de reurbanização dos vales dos Córregos Botafogo e Capim Puba, depreende-se das informações trazidas pela SECEX/GO que ainda seria necessário volume expressivo de recursos para a conclusão das obras, da ordem de R$ 4,2 milhões. Nesse particular, cumpre lembrar que, conforme visto em assentadas anteriores, restou clara a imprecisão do projeto básico e sua inadequação às condições em que se encontravam as obras, ante as características das alterações ocorridas em relação ao previsto originalmente. Em razão disso, os valores acima mencionados, fornecidos pelo Departamento de Estradas de Rodagem do Município de Goiânia - DERMU/GO, devem ser vistos com reserva, porquanto oriundos de estimativas incipientes. Noticia, ainda, a unidade técnica o fim da vigência do convênio firmado com a União, bem como do contrato celebrado entre a empresa executora e o DERMU, não havendo também saldo financeiro remanescente, haja vista a execução financeira bem próxima do percentual de 100%, que deverá ser atingido com a conclusão do trecho já liberado por esta Corte (entre a Rua 301 e a Av. Goiás Norte). Além disso, também foi informado que o DERMU oportunamente pretende iniciar novo certame licitatório para o trecho localizado entre as Avenidas Goiás Norte e a República do Líbano. Não se pode deixar de considerar, outrossim, que, para essas obras já haviam sido identificados acréscimos de serviços da ordem de 114% em relação ao inicialmente contratado, acréscimos esses bem superiores aos 25% fixados no art. 65, 1º, da Lei nº 8.666/93. Diante desses fatos, afigura-se-me mais apropriado, realmente, que seja encaminhada determinação ao Ministério da Integração Nacional no sentido de que, caso venha a celebrar novo convênio que contemple o repasse de recursos federais para a conclusão dessa obra, só o faça após a celebração de novo contrato para a execução dos serviços, decorrente de regular processo licitatório, precedido da elaboração de projeto básico, que contemple os elementos essenciais à adequada caracterização do respectivo objeto, bem como dos custos, métodos e prazos de execução, conforme, a propósito, originalmente deliberado. Quanto às obras de canalização do Córrego Cascavel, a inspeção, consoante registrado no Relatório que precede este Voto, pretendeu buscar, para acompanhamento, informações mais precisas e atuais sobre a execução física e financeira do empreendimento, de forma que se pudesse denunciar, a tempo, se fosse o caso, problemas semelhantes aos evidenciados nas obras de reurbanização dos Córregos Botafogo e Capim Puba, quanto a acréscimos excessivos de serviços. Os trabalhos de inspeção, entretanto, não apontaram nenhuma irregularidade merecedora da atuação tempestiva desta Corte, devendo o Congresso ser informado a respeito. Quanto à determinação sugerida pela unidade técnica, observo que a mesma já foi exarada no Acórdão 67/2004, não havendo razão para fazê-lo nesta assentada. Diante do exposto, VOTO por que seja adotado o Acórdão que ora submeto à apreciação deste Plenário. Sala das Sessões Ministro Luciano Brandão Alves de Souza, em 07 de julho de GUILHERME PALMEIRA Ministro-Relator