Pirataria faz marcas esportivas deixarem de ganhar R$ 1,6 bi

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUARTA-FEIRA, 14 DE OUTUBRO DE 2015 NÚMERO DO DIA R$ 100 mi em 50 jogos o Corinthians faturou em bilheteria, segundo estudo feito pelo Lance! EDIÇÃO 360 Pirataria faz marcas esportivas deixarem de ganhar R$ 1,6 bi POR DUDA LOPES O mercado de falsificação no Brasil incomoda diversas indústrias, entre cigarros, eletrônicos e vestuários. E o esporte não é exceção. Em luta por leis mais severas contra a prática, a Associação pela Indústria e Comércio Esportivo (Ápice), que une marcas como Adidas, Asics e Nike, resolveu calcular o tamanho do prejuízo oriundo dos falsificados. A pedido da associação, o Ibope levantou dados do setor entre maio de 2014 e maio de O objetivo central era, além de aumentar o combate ao mercado paralelo, fazer lobby pelo projeto de lei que iguala a pena de delitos de falsificação à pena de violação de direitos autorais. E os números são significativos. Durante o período, foram adquiridos 80 milhões de calçados esportivos. Desses, 19 milhões, ou 23%, são falsificados. A Ápice calcula que essa quantia signifique R$ 1,6 bilhão que as marcas deixaram de faturar. Para o Estado, isso representaria R$ 637 milhões em atributos não arrecadados. Em outro segmento, os números são ainda piores. A Máquina do Esporte teve acesso a parte da pesquisa, que exibiu também as vendas de roupas esportivas, entre camisa, bermuda, meia, etc. No mesmo período, 683 milhões de artigos esportivos foram comercializados, mas apenas 390 milhões de peças eram originais. Ou seja, no segmento de vestuário, 43% do comércio é ilegal. Em ambos os casos, quem busca o produto original tem como prioridade o conforto e a qualidade. Já com os falsificados, a busca é pelo melhor preço. Tanto com roupa quanto com tênis, os preços médios do mercado paralelo custam menos da metade daqueles praticados com os originais. E o fenômeno não é exclusividade do Brasil. Recentemente, uma pesquisa revelou que as marcas perdem 500 milhões todo ano na União Europeia somente com a venda de equipamentos esportivos piratas. Os dados são de bolas, capacetes, raquetes, etc. 1

2 São Paulo tem chance única de voltar a ser clube de vanguarda POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte O São Paulo se notabilizou nas décadas de 80 e 90 por ser um clube de vanguarda. Visto como exemplo de boa gestão e com uma atuação inovadora no que diz respeito à estrutura de trabalho de atletas, o Tricolor se perdeu na última década ao se autodeclarar soberano no país. As devastadoras gestões de Juvenal Juvêncio e Carlos Miguel Aidar, porém, abrem caminho para que o clube consiga retomar essa posição de vanguarda no futebol brasileiro. O São Paulo, que se perdeu ao dar a Juvêncio o direito à re-reeleição numa manobra estatutária, agora tem a chance de mudar a história dos clubes de futebol no Brasil ao tornar mais transparente os negócios feitos por ele tanto na esfera esportiva quanto na comercial. A maior caixa preta que existe nos clubes hoje é a contratação de jogadores. Quem são os agentes comissionados pelo negócio? Quanto é o montante investido na negociação? Tudo isso não é divulgado nem mesmo internamente. O clube apenas declara o quanto entrou ou saiu nos cofres no balanço anual. As acusações que derrubaram Aidar no São Paulo pairam exatamente nessas comissões pagas no momento de negociação de jogadores. Se realmente vier a querer voltar a ser exemplo, o São Paulo precisa adotar o lema transparência total na compra e venda de atletas. A atitude, inédita no futebol, começaria a colocar por terra acordos paralelos que lesam cofres dos clubes e engordam contas secretas pelo mundo. O São Pauo soube ser rápido para estancar a maior crise da história. Tem a chance, agora, de ir além. São Paulo assiste a renúncia de Aidar e entrada de ex-opositor na presidência POR REDAÇÃO Carlos Miguel Aidar não é mais presidente do São Paulo. Ele oficializou a renúncia ao cargo, menos de uma semana após explodir a crise no clube, com direito a denúncia de pagamento de propinas e troca de socos entre dirigentes. Carlos Augusto de Barros e Silva, o Leco, um dos principais opositores de Aidar e presidente do Conselho Deliberativo assume interinamente o comando e terá 30 dias para convocar novas eleições, nas quais deverá concorrer ao cargo. Aidar deixa o clube um ano e meio após suceder Juvenal Juvêncio. Sua gestão foi marcada por polêmicas. A saída do dirigente poderá gerar uma devassa sobre os negócios feitos pelo São Paulo no período em que ele esteve à frente do clube. Além de um pente fino sobre negociações de jogadores, o contrato de material esportivo com a Under Armour pode ser analisado. Na última semana, o então vice-presidente de futebol Ataíde Gil Guerreiro, que voltou ao clube com a saída de Aidar e foi o pivô da crise, mostrou documentos ao conselho do clube mostrando que a Under Armour teria feito um acordo para pagar R$ 6 milhões, em parcelas semestrais de R$ 500 mil, à empresa TML Foco, de Cinira Maturana, namorada do presidente. Além da polêmica da comissão a Cinira, o acordo com a Under Armour sofre questionamento por uma comissão de R$ 18 milhões que ainda não foi paga para a empresa Far East, de Hong Kong, que teria intermediado o negócio. 2

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4 NBA aumenta receitas e fatura US$ 739 mi com patrocínio POR PRISCILA BERTOZZI A menos de um mês do início da nova temporada, a NBA teve um aumento de 9% na arrecadação com patrocínios em 2014/15, chegando a US$ 739 milhões. Segundo levantamento divulgado pela IEG Research, a cervejaria Anheuser-Busch é a marca mais ativa na liga americana de basquete e mantém contrato com 81% das franquias da NBA. A seguradora State Farm, com presença em sete de cada dez equipes, e Gatorade, com 68% de times patrocinados, fecham o pódio entre os mais assíduos. Adidas, Coca-Cola, Millercoors, Kia Motors, Spalding, Pepsi Cola e Geico são as outras empresas que se destacaram em Na divisão por setores, houve uma importante mudança em relação às temporadas anteriores. O segmento de seguros lidera o investimento na NBA, roubando o primeiro posto das empresas de automobilismo, agora em segundo lugar. As cervejarias ficaram com a terceira colocação, seguidas por bebidas não-alcóolicas, bancos e serviços de créditos. Equipes como New York Knicks, Los Angeles Lakers, Chicago Bulls, Oklahoma City Thunder, Orlando Magic, Boston Celtics e Brooklyn Nets são os preferidos dos patrocinadores. Os tradicionais Utah Jazz, Miami Heat, Portland Trail Blazers, San Antonio Spurs e Cleveland Cavaliers aparecem na tabela intermediária. Charlotte Hornets, Denver Nuggets, Philadephia 76ers, Detroit Pistons, Milwaukee Bucks, Minnesota Timberwolves e Sacramento Kings foram quem menos recebeu investimento de patrocinadores na liga na última temporada. No próximo ano, a receita da liga deve disparar, com os novos acordos de TV e marca esportiva. Barrichello correrá de rosa em ação contra o câncer O piloto Rubens Barrichello irá inovar na cor de seu carro, na Stock Car: o piloto brasileiro irá correr com o carro pintado de cor de rosa. A ação foi motivada para ampliar o apoio ao chamado Outubro Rosa, mês escolhido para incentivar as mulheres a fazerem exame preventivo para diagnóstico do câncer de mama. A equipe de Barrichello, a Medley Full Time, também colaborará com a campanha. Os integrantes do time também usarão macacões na cor rosa durante a única prova da Stock em outubro. A corrida será realizada em Coritiba, no dia 18. Geralmente, Barrichello usa a cor da Medley, patrocinadora da equipe defendida por ele. Já fizemos essa ação em 2013, e só não a usamos em 2014 porque não teve corrida em Outubro. Mas a ideia é divulgarmos e apoiarmos essa prevenção da doença que mais afeta as mulheres no Brasil, afirmou Barrichello em comunicado. Além disso, o piloto irá doar o capacete para um leilão. O valor obtido irá para o Hospital IBCC (Instituto Brasileiro de Controle do Câncer). A Medley sempre está preocupada com saúde e bem-estar da população, e vimos na Stock Car uma oportunidade de apoiar a causa, disse José Carlos de Lucca, gerente de branding da Medley. 4

5 Por receita extra, Botafogo lança cartão de crédito pré-pago POR REDAÇÃO Em parceria com a Moviu, o Botafogo criou um cartão de crédito pré-pago para turbinar suas receitas. Todas as compras feitas com a ferramenta de pagamento personalizadas terão um percentual, não divulgado, para o clube. Junto com o cartão, o time de General Severiano lançou uma máquina onde os pagamentos serão efetuados e que também irá gerar dividendos ao Botafogo. É uma iniciativa do clube no sentido de chegar a um novo segmento. Queremos aproximar o Botafogo dos seus torcedores e dos empreendedores. Esperamos mobilizar torcedores e sócios, oferecendo várias facilidades e benefícios. Além disso, isso permitirá ao clube participar desses resultados, disse Carlos Eduardo Pereira, presidente do clube. O cartão pode ser adquirido por R$ 19,90 sem anuidade, sem análise de crédito e sem cobrança de mensalidades. O produto está disponível no site da Moviu, vem com a bandeira da Visa e foi definido pelo clube como uma carteira digital, funcionando ainda como internet banking, sistema de ativação de gestão e controle de gastos. O modelo é similar ao que a torcida Gaviões da Fiel lançou recentemente e que gerou problemas com a Caixa, patrocinadora do Corinthians. Já a máquina está disponível a estabelecimentos comerciais por 12 parcelas de R$ 39,90 ou R$ 389 à vista, com desconto. O valor é automaticamente creditado no cartão do torcedor/comerciante. O cartão e a maquineta podem ser adquiridos de todo o Brasil pela internet. Trata-se de uma verdadeira inovação dentro do futebol brasileiro. O Botafogo é o primeiro clube a oferecer esse serviço conjunto, afirmou Marcos Bueno, presidente da Moviu. O cartão terá as funções crédito e débito, segundo o clube, com opções de parcelamento em 12 meses por torcedores no Brasil ou no exterior, sem limite diário. Liverpool usa frase de técnico Jurgen Klopp para faturar O Liverpool não demorou para faturar em cima de Jurgen Klopp, seu novo treinador. O clube inglês colocou à venda camisas com a inscrição The Normal One, em homenagem ao alemão. Em sua entrevista coletiva de apresentação, o técnico, que ganhou fama no comando do Borussia Dortmund, afirmou que era um cara normal, em referência ao português José Mourinho, que em sua primeira entrevista no comando do Chelsea se autointitulou o Special One. A declaração de Klopp teve bastante repercussão na mídia, o que chamou a atenção do departamento de marketing do Liverpool, que foi rápido em bolar uma estratégia de vendas. 5