INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO"

Transcrição

1 NSTTUT SUPERR TÉCNC TENSR DE NÉRCA E REFERENCAS RTNRADS (A. F. Tovar de Lemos ) AEST, utubro de 1998

2 TENSR DE NÉRCA E REFERENCAS RTNRADS Índice 1 - Definição geral de momento de inércia Sistemas discretos Sistemas contínuos Raio de giração. 5 - omentos em relação a um referencial ortonormado.1 - Epressões em função das coordenadas Relações entre os momentos no mesmo referencial Produtos de inércia atri e tensor de inércia. Direcções e momentos principais de inércia. Elipsóide de inércia atri de inércia Tensor de inércia. Direcções e momentos principais de inércia. Elipsóide de inércia Cálculo do momento de inércia em relação a uma recta qualquer, utiliando a matri de inércia Teorema de Lagrange-Steiner Aplicação às áreas planas Posição do problema Elipse de inércia Considerações de carácter dimensional Circulo de ohr e elipse de Cullman.

3 1 - Definição geral de momento de inércia Sistemas discretos Seja dado um sistema material de partículas P 1, P,...P n de massas respectivamente m 1, m,.m n (Fig.1). Represente-se por P k a partícula genérica do sistema de massa m k. P1 (m1) P (m ) P (m ) k k P3 (m 3 ) Fig. 1 Dado um elemento geométrico qualquer (ponto, recta ou plano) define-se momento de inércia do sistema material em relação a esse elemento geométrico pela epressão n = m k r k (1.1) k= 1 onde r k representa a distância da partícula genérica P k ao elemento geométrico considerado. Na Fig. representam-se as distâncias a considerar respectivamente para o momento de inércia em relação a um ponto ( o ), a uma recta r ( r ) e a um plano π ( π ). Claro que, no caso da recta r e do plano π, as distâncias se medem perpendicularmente ao elemento respectivo. r π P1 (m1) r 1 r 1 r r 3 r k P (m ) r 3 r k r 1 r k r Fig. P k (m r k ) P3 (m 3 ) r 3 Da definição dada, resulta que um momento de inércia é uma grandea escalar essencialmente não negativa. Normalmente será positiva e, ecepcionalmente poderá ser nula, o que eige então que todas as partículas eistam sobre o elemento 3

4 geométrico considerado (por eemplo, é nulo o momento de inércia de uma figura plana em relação ao seu próprio plano) Sistemas contínuos Suponhamos agora que o sistema material considerado é, não um sistema discreto como se considerou anteriormente, mas um sistema material contínuo. É o caso, por eemplo, representado na Fig.3 em que se supõe a massa distribuída de uma forma contínua (embora não necessariamente homogénea), num volume V. Suponhamos que se pretende calcular o momento de inércia do sistema material contínuo, assim definido, em relação a um plano π. V r P π Fig. 3 Represente-se agora simplesmente por P a partícula genérica e por r a distância dessa partícula ao plano π. número de partículas a considerar será agora infinito e por isso o somatório da epressão (1.1) transforma-se em integral. Designando por dm a massa elementar contida na viinhança da partícula genérica P, a referida epressão (1.1) escreve-se agora, aplicada ao momento de inércia em relação ao plano π sendo a massa total do sistema. = r dm (1.) Claro que os momentos de inércia do sistema em relação a qualquer recta ou ponto dariam origem a integrais semelhantes a (1.). A determinação de qualquer integral do tipo (1.) aplicado a um sistema material contínuo distribuido em volume pode efectuar-se através do cálculo de um integral de volume, recorrendo ao conceito de densidade mássica em volume em cada ponto, definida como se sabe por m ρv (P) = lim (1.3) V 0 V e que permite pôr então 4

5 dm = ρv (P) dv (1.4) e introduindo em (1.) fica pois = r ρ (P) dv (1.5) V V Se o sistema for homogéneo, ρv ( P ) pode evidentemente passar-se para fora do integral pois é constante no domínio. Analogamente se se estiver em presença de uma distribuição contínua de massa em superfície (Fig.4) ou em linha (Fig.5) S L Fig. 4 Fig. 5 pode recorrer-se aos conceitos de densidade mássica em superfície m ρs( P) = lim dm = ρs(p) ds S 0 S (1.6) ou em linha m ρs ( P) = lim s 0 s dm = ρ s ( P) ds (1.7) recaindo-se então no cálculo, respectivamente, de um integral de superfície ou de um integral curvilíneo = r ρ (P) ds (1.8) S S = r ρ (P) ds (1.9) para determinar um momento de inércia qualquer nesses casos. L s Raio de giração Considere-se um sistema material de massa total e seja um momento de inércia desse sistema em relação a um elemento geométrico qualquer (ponto, recta ou plano). 5

6 Chama-se raio de giração do sistema, em relação ao elemento geométrico considerado, à grandea K definida por = K K = (1.10) É falso concluir que o raio de giração tem as dimensões de um comprimento. Com efeito, num sistema de grandeas fundamentais (LT), por eemplo, será [ ] = [ ] L = [ K] = L (1.11) raio de giração é susceptível de interpretação geométrica. Representa a distância ao elemento geométrico em causa, a que se deveria localiar toda a massa do sistema para produir o mesmo momento de inércia. - omentos em relação a um referencial ortonormado.1 - Epressões em função das coordenadas Seja dado novamente um sistema material discreto (a passagem a um sistema contínuo fa-se de forma análoga à utiliada na passagem da epressão (1.1) para (1.)). Por outro lado, seja dado um referencial ortonormado, relativamente ao qual as coordenadas da partícula genérica P k se representam por k, k e k (Fig. 6). P 1 P k k P 3 P k k Fig. 6 6

7 Vamos calcular os momentos de inércia do sistema em relação: aos planos coordenados, aos eios coordenados e à origem. Assim, por eemplo, o momento de inércia em relação ao plano será definido evidentemente por n = m (.1) k= 1 Se não houver motivo para confusão, podem suprimir-se os índices e escrever-se simplesmente (.1) na forma k k = m (.) Nessas condições, os momentos de inércia em relação aos restantes planos coordenados escrevem-se = m, = m (.3) Analogamente, os momentos de inércia em relação aos eios coordenados, e, podem escrever-se ( ), = m( + ), = m( + ) = m + (.4) e o momento de inércia em relação à origem ( + ) = m + (.5) s momentos de inércia em relação aos eios representam-se vulgarmente pelas letras A, B e C e portanto será = A, = B, C (.6) =. - Relações entre os momentos no mesmo referencial Das epressões obtidas no parágrafo anterior, podem deduir-se relações de muito interesse entre os momentos de inércia em relação aos elementos do triedro cartesiano, que são as seguintes: A = = = + + +, = A + B = = = B + +, = C + C = 1 = = + ( A + B + C) (.7) Note-se que estas epressões são aplicáveis a quaisquer 3 rectas ortogonais que se intersectem num mesmo ponto do espaço. Assim, por eemplo, pode dier-se que o 7

8 momento de inércia em relação a um ponto é igual à soma do momento de inércia em relação a uma recta r qualquer passando pelo ponto, com o momento de inércia em relação ao plano π perpendicular à recta que passe pelo mesmo ponto (Fig.7). r π Fig Produtos de inércia Considerando um sistema material discreto, de partícula genérica P(,,) e massa m, definem-se produtos de inércia e representam-se pelas letras D, E e F as grandeas D = m, E = m, F = m (3.1) onde o somatório é estendido a todas as partículas do sistema. São grandeas com as mesmas dimensões físicas dos momentos de inércia (L ) mas, contrariamente ao que sucedia com estes, os produtos de inércia podem ser negativos. No caso de o sistema material ser contínuo, o cálculo dos produtos de inércia fa-se substituindo os somatórios das equações (3.1) por integrais nos respectivos domínios. Assim, por eemplo D = dm, E = dm, F = dm (3.) 4 - atri e tensor de inércia. Direcções e momentos principais de inércia. Elipsoide de inércia atri de inércia Dado um sistema material e um referencial ortonomado qualquer (,,,) de origem num ponto, vamos considerar agora 6 grandeas de entre as anteriormente definidas: (i) A, B e C (momentos de inércia em relação aos eios, e ) e (ii) D, E e F (produtos de inércia em relação a pares destes eios). 8

9 Fig. 8 Dispondo estas grandeas numa matri simétrica, tendo o cuidado de previamente trocar o sinal dos três últimos, define-se a chamada matri de inércia no ponto do sistema material dado e referida aos eios (,,) considerados, ou seja: A D E = D B F (4.1) E F C A disposição das 6 grandeas indicadas por forma a constituirem a matri de inércia revela-se muito útil na apresentação de certos cálculos de ecânica em forma matricial. Por outro lado, permite aplicar o Cálculo atricial ao problema de saber como variam as componentes da matri de inércia (e portanto os momentos e produtos de inércia) do mesmo sistema material relativa ao mesmo ponto, mas referida a outros eios com origem nesse ponto, digamos eios (,, ) (Fig. 9). problema resolve-se considerando simplesmente a transformação linear (neste caso ortogonal) que corresponde à mudança de eios indicada e afectando a matri dessa transformação. Nos novos eios obter-se-á assim uma nova matri, A' D' E' ' = D' B' F' (4.) E' F' C' onde A, B e C representam os momentos de inércia em relação aos novos eios e D, E e F representam os produtos de inércia respectivos. 9

10 Fig Tensor de inércia. Direcções e momentos principais de inércia. Elipsoide de inércia. Pode dier-se que a matri de inércia não é mais do que a disposição matricial dos elementos de um tensor de ª ordem definido por ( δ ) ij = m ij s s i j (4.3) Nesta epressão i (ou j, ou s ) representa as coordenadas 1 =, = e 3 =, da partícula genérica de massa m, e o somatório é estendido a todas as partículas, tendose suprimido o índice de soma, como se fe por eemplo na passagem das epressões (.1) para (.), isto é, a epressão completa seria n k= 1 ( ) = m (4.4) ij k ij Suprimindo o índice k, que apenas significaria que a coordenada se refere à partícula k, obtem-se (4.3) como foi dito. Nesta mesma epressão (4.3), figura por outro lado o conhecido símbolo de Kronecker δ ij. Além disso, o índice repetido s significa que deve aplicar-se a convenção de Einstein (ou convenção de soma). Sendo assim, o cálculo das componentes do tensor de inércia torna-se imediato. Com efeito, será por eemplo ks ks ( + + ) = m( + ) ki 11 = m (4.5) kj 10

11 que representa pois (vidé (.4)) o momento de inércia =A e situação análoga se dá para =B e 33 =C. Por outro lado, as componentes não diagonais fornecem por eemplo ( ) = que representa (-D) como se pretendia (vidé (3.1)). 1 = m 0 m (4.6) Finalmente note-se que, se o sistema material fosse contínuo e não discreto, a epressão (4.3) tomaria a forma = ( δ ) dm (4.7) ij ij s É evidente da análise de (4.3) que esta epressão define uma grandea com índices (portanto de ª ordem), simétrica, mas não se provou que seja efectivamente um tensor. Tal demonstração não será aqui feita, limitando-nos a indicar que, para o faer, bastava considerar sistemas de eios com a mesma origem, calcular os momentos e produtos de inércia do mesmo sistema material num e noutro caso e verificar que entre eles se verificam as relações que corresponderiam a aplicar a ij as leis de transformação tensorial. Admitindo pois que ij é um tensor simétrico de ª ordem, são-lhe agora aplicáveis as propriedades estudadas para este tipo de tensores no cálculo tensorial, designadamente a eistência de direcções principais e valores principais que, neste caso, se designam respectivamente direcções e momentos principais de inércia do sistema material, no ponto considerado. s i j p p p Fig. 10 Vale a pena sublinhar o significado da eistência de direcções principais de inércia de um sistema num ponto. Quer isso dier que é possível determinar 3 direcções 11

12 ortogonais p, p e p (Fig. 10) tais que, em relação a elas, o sistema tem os 3 produtos de inércia nulos. s momentos de inércia 1, e 3 em relação a essas direcções são os momentos principais e a matri de inércia fica diagonaliada = [ ] = ij 0 0 (4.8) Aliás, como se sabe, os conceitos de direcções principais e componentes principais podem definir-se mesmo em Cálculo atricial. Em certos casos, as direcções principais de inércia são indeterminadas, o que corresponderá a dois dos momentos principais (ou mesmo a três) serem iguais. Analogamente pode associar-se ao tensor de inércia o conceito conhecido de quádrica tensorial, que dá origem neste caso ao chamado elipsóide de inércia. A sua equação escreve-se ij i j = 1 (4.9) com a dupla soma (em i e j) no 1º membro. Desenvolvendo esta soma e designando os momentos e produtos, respectivamente por A, B, C e D, E, F, fica A + B + C D E F = 1 (4.10) Dado um sistema material qualquer (Fig.11) e um ponto também qualquer, será esta a equação do elipsóide de inércia do sistema no ponto, referido aos eios (,,) com origem em. Fig. 11 1

13 Se os eios variarem, a equação do mesmo elipsóide variará também em conformidade, sendo que, quando os eios escolhidos forem os eios principais de inércia em, a equação (4.10) se escreverá, tendo presente (4.8) 1 p p 3 p = (4.11) onde p, p e p representam as coordenadas do ponto corrente do elipsóide nos eios principais. Estes serão, por seu turno, os eios de simetria do elipsóide, em relação aos quais ele poderá ser escrito na conhecida forma a + b + c = 1 (4.1) onde a, b e c são as medidas do semi-eios. Para obter essas medidas neste caso, basta transformar (4.11) da seguinte forma p 1 1 p + 1 p = 1 (4.13) o que mostra que o raio vector segundo cada direcção principal é igual ao inverso da rai quadrada do momento principal de inércia respectivo. Esta conclusão será depois generaliada para um vector qualquer no elipsóide e o momento de inércia em relação à recta correspondente a esse raio vector. A escrita das características de inércia agrupadas em forma de matri de inércia mostra-se cómoda para traduir a equação do elipsóide de inércia. Com efeito, se representarmos por X a matri coluna das coordenadas, ou seja X = (4.14) imediatamente se conclui que (4.9) pode escrever-se onde é a matri de inércia. X T X = 1 (4.15) 5 - Cálculo do momento de inércia em relação a uma recta qualquer, utiliando a matri de inércia Seja um sistema material qualquer, por eemplo contínuo, e uma recta R do espaço, definida por um ponto e um dos seus versores λ r (Fig.1). 13

14 P r λ r R P 1 Fig. 1 momento de inércia do sistema em relação a esta recta define-se, como foi dito, por onde r representa a distância de cada partícula P à recta. = r dm (5.1) R as da Fig. 1 conclui-se que, sendo P 1 o pé da perpendicular baiada da partícula P sobre a recta, se verifica r 1 ( P λ) = P P = P P (5.) Considerando um referencial de origem em, em relação ao qual as coordenadas de P se representam por i e as componentes de λ r por λ i (cosenos directores da recta), pode escrever-se (5.1), tendo presente (5.). na forma R = ( ss iλi jλ j)dm (5.3) as, sendo λ r por hipótese unitário, note-se que é válida a identidade δ λ λ 1 (5.4) ij i j = e o 1º membro dentro do parêntesis não fica alterado se escrevermos (5.3) na forma R = ( ssδijλiλ j iλi jλ j)dm (5.5) Finalmente, como λ i e λ j (componentes do vector unitário da recta R) são independentes do domínio de integração, que é o sistema material, podem ser postas fora do integral e portanto (5.5) escreve-se ainda 14

15 R = ( ij s s i j ) dm λ iλ j (5.6) ou ainda, atendendo a que o integral representa ij (vidé (4.7)) R = λ λ (5.7) ij i j Esta epressão permite calcular o momento de inércia do sistema em relação a uma recta R, conhecido o tensor de inércia num ponto qualquer dessa recta. Analogamente ao que foi dito a propósito de (4.10), a epressão (5.7) toma a forma R = Aα + Bβ + Cγ Dαβ Eαγ Fβγ (5.8) se os cosenos directores forem representados, como habitualmente, por α, β, e γ. Em face das epressões obtidas, é fácil agora mostrar que o elipsóide de inércia definido no 4. representa o lugar geométrico dos pontos P do espaço, de coordenadas 1 cuja distância a é igual a 1 P = (5.9) R Com efeito, considerando a epressão (5.7), podemos eprimir nela as componentes λ i através das coordenadas i de P, marcado como se disse. Com efeito, será = λ i i i = (5.10) P 1 R e então, substituindo em (5.7), fica i j = ij iji j 1 (5.11) 1 1 R = R R Este facto permite considerar o elipsóide de inércia como um autêntico diagrama espacial para a determinação dos momentos de inércia em relação às infinitas rectas que passam por. Assim se justifica, como caso particular, o que atrás foi dito a propósito da epressão (4.13). 6 - Teorema de Lagrange - Steiner No parágrafo anterior vimos como é possível calcular o momento de inércia de um sistema material em relação às infinitas rectas que passam por um determinado ponto, conhecido o tensor de inércia nesse ponto. 15

16 uitas vees, todavia, põe-se o problema de conhecer o momento de inércia em relação a outra recta qualquer do espaço, não passando por. Um processo seria escolher sobre essa recta um ponto qualquer, calcular nesse ponto directamente o tensor de inércia e aplicar novamente o referido na secção 5. Sucede porém que é possível estabelecer uma relação directa entre os tensores de inércia em dois pontos diferentes, o que é objecto do chamado Teorema de Lagrange- Steiner. Note-se que no caso geral estes dois pontos serão quaisquer do espaço, pertençam ou não ao corpo. Para simplificar, vamos considerar o caso de um dos pontos ser o centro de massa G do sistema e o outro um ponto qualquer. Esta consideração não diminui a possibilidade de aplicar o teorema a dois pontos quaisquer, como depois se verá. Seja então o corpo (Fig.13) e considerem-se dois referenciais paralelos de origens em G e. Representam-se, respectivamente, por (X, Y, Z) e (,, ) as coordenadas da partícula genérica em relação a estes referenciais. X Z G a a Fig. 13 P a Y Representando ainda por a, a e a as coordenadas do ponto no referencial de origem em G, será X = + a, Y = + a, Z = + a (6.1) Suponhamos então que se pretende calcular o momento de inércia do sistema em relação ao eio passando por. Será, tendo em conta as relações (6.1) = = [ ] ( ) dm = ( Y a ) + ( Z a ) dm = ( Y Z ) dm + ( a a ) dm a Ydm a Zdm (6.) Note-se agora o seguinte, acerca do º membro desta epressão: (i) 1º integral representa o momento de inércia G em relação ao eio X passando por G. 16

17 (ii) No º, 3º e 4º integrais, aparecem as grandeas a, a, e (a +a ) que são independentes do domínio de integração e podem, por isso, colocar-se fora dos integrais. Nestas condições e atendendo ainda a que representa a massa total do sistema, (6.) pode escrever-se dm = (6.3) ( + a ) a Ydm a Zdm = + a (6.4) G as, sendo G o centro de massa, os dois últimos integrais de (6.4) são nulos. Por outro lado, (a +a ) representa o quadrado da distância d entre os eios e GX, como facilmente se conclui considerando um triângulo rectângulo de catetos a e a. () d a (X) a Fig. 14 Logo, será (Fig.14) e a epressão (6.4) fica a + a = d (6.5) G = + d (6.6) Representando agora por A e GX por A G, isto é, os momentos de inércia em relação a um eio qualquer e em relação a um outro eio X paralelo passando pelo centro de massa G, pode pôr-se mais simplesmente A = A G + d (6.7) Relações análogas poderiam escrever-se para os momentos de inércia em relação aos eios e, na forma B = B G + d (6.8) 17

18 C = C G + d (6.9) As relações (6.7) a (6.9) traduem a parte do Teorema de Lagrange-Steiner relativa à transformação de momentos de inércia em relação a eios paralelos. A segunda parte refere-se à transformaçãode produtos de inércia em relação a eios também paralelos. Assim, seja o produto de inércia D em relação aos eios (,) e considerem-se novamente as epressões (6.1). Vem = XYdm + a ( X a )( Y a ) D = dm = a dm = (6.10) anulando-se os restantes integrais por raões análogas às já apontadas. Representando o 1º integral do º membro por D G visto ser um produto de inércia, fica por fim D = D + a a (6.11) G Note-se que, nesta epressão, a e a representam as coordenadas X e Y do ponto (coordenadas que entram no produto de inércia que se está a transformar), no referencial baricêntrico. Analogamente viria para os outros dois produtos de inércia E = E + a a (6.1) G G F = F + a a (6.13) Estas três últimas epressões completam o Teorema de Lagrange-Steiner e portanto as leis de transformação do tensor de inércia. Fa-se notar que, quando for necessário relacionar características de inércia do mesmo sistema em relação a referenciais paralelos, nenhum deles com origem no centro de massa, basta aplicar duas vees o Teorema de Lagrange-Steiner, primeiro entre uma das origens e o centro de massa e, em seguida, entre esta e a segunda origem de eios. Por fim, deia-se registado que eistem teoremas análogos à parte do Teorema de Lagrange-Steiner respeitante à transformação de momentos de inércia em relação a rectas paralelas, teoremas esses agora referentes a pontos e a planos paralelos. 7 - Aplicação às areas planas Posição do problema Tem muito interesse em Resistência de ateriais o cálculo de momentos e produtos de inércia de áreas planas (consideradas como corpos bidimensionais) em relação a rectas ou a pontos do seu plano. 18

19 Para corpos nestas condições, o que sucede é que as epressões gerais atrás deduidas apresentam certas simplificações a que vale a pena faer uma referência eplicita. Consideremos então uma área plana qualquer do plano (Fig.15). Fig. 15 Nestas condições, o momento de inércia em relação ao plano será nulo = 0 (7.1) e de (.7) resulta então que os momentos em relação aos eios são A = =, B = =, C = = + = A B (7.) e o momento em relação à origem + que é chamado momento polar de inércia. = = + = A B (7.3) + A propósito desta última epressão convem notar que, se os eios (,) fossem rodados em conjunto no seu plano em torno de, o momento em relação a continuaria a ser igual à soma dos momentos em relação aos dois eios na nova posição. Quanto aos produtos de inércia, temos agora, de acordo com as considerações anteriores, que E=F=0 e portanto, só o produto de inércia D será diferente de ero. Atendendo a tudo o que foi dito, compreende-se imediatamente que ao tensor de inércia (4.1) se passa a dar a seguinte disposição matricial A D 0 = D B 0 (7.4) 0 0 A + B 19

20 relativamente a um par de eios qualquer (ortogonais) do plano da figura passando por e um 3º eio perpendicular ao plano, passando pelo mesmo ponto. 1 1 Fig. 16 mediatamente se compreenderá que, se o par de eios escolhidos coincidir com as duas direcções principais em do plano da figura ( 1, 1, na Fig. 16), coincidindo a 3ª direcção principal com o eio, então (7.4) poderá escrever-se = 0 0 (7.5) Uma consequência que imediatamente resulta do que foi dito é que a epressão (5.8) relativa ao momento de inércia em relação a uma recta qualquer do espaço passando por se escreve agora R = Aα + Bβ + (A + B) γ Dαβ (7.6) Claro que, se a recta pertencer ao próprio plano da figura continuando a passar por, a simplificação é maior ainda R = Aα + Bβ Dαβ (7.7) 7. - Elipse de inércia No ponto pode definir-se o elipsóide de inércia da figura plana cujos eios serão, evidentemente, as duas direcções principais (1) e () referidas em (7.5) e o eio, perpendicular ao plano da figura, passando por. Em relação a um sistema de eios quaisquer (,,) cujo eio é este último eio perpendicular ao plano da figura, a equação do elipsóide será (vidé (4.10)) 0

21 A e, quando referida a eios principais (4.11), + B + (A + B) D = 1 (7.8) 1 p p 3 p = (7.9) A intersecção do elipsóide de inércia com o plano da figura é, consequentemente, uma elipse que se chama elipse de inércia da figura no ponto. Esta elipse pode, ocasionalmente, degenerar em circunferência, se o elipsoide de inércia for de revolução em torno do eio. Se o ponto for o centro de massa, a elipse de inércia toma o nome de elipse central de inércia. Claro que a elipse de inércia pode ser utiliada para determinar os momentos de inércia em relação às infinitas rectas passando por, bastando utiliar o raciocínio semelhante já feito para o elipsóide de inércia Considerações de carácter dimensional Fisicamente, as dimensões de qualquer momento de inércia são evidentemente (L ). No caso das áreas planas que estamos a estudar, dado que qualquer momento de inércia de um sistema plano (,) é da forma = ρs r ds = ρsr dd (7.10) S a introdução do referido momento de inércia deve-se à eistência de uma densidade mássica em superfíice ρ S com as dimensões (L - ). Analogamente, a massa total, que é definida por um integral da forma terá evidentemente as dimensões de (). = ρs dd (7.11) Em Resistência de ateriais, o estudo das áreas planas tem interesse no cálculo das peças através da geometria da respectiva secção normal ao eio. Por isso, costuma arbitrar-se ρ=1 e adimensional. Deste facto, resulta imediatamente que 3 [ ] L e [ ] = L = (7.1) 1

22 quer dier, os momentos de inércia passam a ser epressões na 4ª potência de unidades de comprimento (cm 4, mm 4, etc.) e as massas são medidas pela área (cm, mm, etc.) Círculo de ohr e elipse de Cullman Uma ve que, como se viu, o tensor de inércia é um tensor simétrico de ª ordem, pode-se-lhe aplicar o método do Círculo de ohr o qual, para o caso das áreas planas, degenera na Circunferência de ohr. Uma ve que se trata de assunto já bem conhecido, praticamente nada há a dier sobre ele, a não ser chamar a atenção para o facto de a circunferência nunca poder ser secante do eio das ordenadas (produtos de inércia), uma ve que não eistem momentos de inércia (abcissas) negativos. utro método que, tal como o Círculo de ohr, pretende estudar graficamente a variação dos momentos de inércia de um sistema material plano em relação às rectas do seu plano é o da chamada elipse de Cullman que, como se vai ver, trabalha com os raios de giração, atrás definidos no 1.3. Assim, consideremos o ponto e as direcções principais de inércia nesse ponto (1) e () (Fig.17) e marquemos uma elipse tomando para semi-eio em cada direcção o raio de giração correspondente à outra direcção. Assim, sendo 1 e os momentos principais de inércia, vem 1 K1 e K = = (7.13) e portanto na Fig. 17 é P 1 = K e P = K1. P R K θ P K 1 P P 1 1 Q Fig. 17 Esta elipse permite, dada uma recta R qualquer passando por, determinar o raio de giração correspondente a essa recta. Com efeito, seja P o ponto de intersecção dessa recta R com a elipse e tracemos uma tangente à elipse, paralela a R, sendo P o ponto de tangência. A direcção P define, como se sabe, a direcção conjugada com R relativamente à elipse. Finalmente baiemos por a perpendicular a essa tangente, que a encontra em Q. Vamos demonstrar que a distância Q representa o raio de giração correspondente à recta R.

23 Para isso, seja a elipse de Cullman referida às direcções principais. Representando por e as coordenadas do ponto genérico P, fica K + = 1 (7.14) K 1 as, por outro lado, sendo θ o ângulo indicado = P cos θ e = P senθ (7.15) e substituindo em (7.14), P cos K θ P sen θ + = 1 K 1 (7.16) o que pode escrever-se 1K K cos θ K1 + sen θ K = (7.17) P ra sabe-se que, numa elipse, o produto P Q é constante e igual a K 1 K. K1 K P Q = K1 K Q = (7.18) P logo, (7.17) pode escrever-se na forma cos K1 sen K = + Q (7.19) as K 1 e K podem obter-se de (7.13) e portanto (7.19) escreve-se cos 1 sen = + Q (7.0) Como o 1º membro desta última epressão é justamente R (7.7) fica e R = Q (7.1) = K R (7.) R Q = 3

Exercícios Resolvidos Variedades

Exercícios Resolvidos Variedades Instituto Superior Técnico Departamento de atemática Secção de Álgebra e Análise Eercícios Resolvidos Variedades Eercício 1 Considere o conjunto = {(,, ) R : + = 1 ; 0 < < 1}. ostre que é uma variedade,

Leia mais

Tensores cartesianos. Grandezas físicas como funções de posição e/ou de tempo

Tensores cartesianos. Grandezas físicas como funções de posição e/ou de tempo ensores cartesianos Quantidades (grandeas) físicas: Classificação: Escalares Vectores ensores de segunda ordem... ensores de ordem ero ensores de primeira ordem ensores de segunda ordem... Relacionadas

Leia mais

CAPÍTULO 2 CÁLCULO VECTORIAL Grandezas escalares e vectoriais. Noção de Vector. As grandezas físicas podem ser escalares ou vectoriais.

CAPÍTULO 2 CÁLCULO VECTORIAL Grandezas escalares e vectoriais. Noção de Vector. As grandezas físicas podem ser escalares ou vectoriais. CAPÍTULO CÁLCULO VECTORIAL.1. Grandeas escalares e vectoriais. Noção de Vector. As grandeas físicas podem ser escalares ou vectoriais. As grandeas massa, comprimento, tempo ficam completamente definidas

Leia mais

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais FÍSICA 12.º Ano

Departamento de Matemática e Ciências Experimentais FÍSICA 12.º Ano Departamento de Matemática e Ciências Eperimentais FÍSICA 12.º Ano Teto de apoio n.º 1 Assunto: Calculo vectorial O vector é uma entidade matemática caracteriada por três elementos: módulo, (magnitude

Leia mais

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento

2 Cinemática 2.1 CINEMÁTICA DA PARTÍCULA Descrição do movimento 2 Cinemática A cinemática tem como objeto de estudo o movimento de sistemas mecânicos procurando descrever e analisar movimento do ponto de vista geométrico, sendo, para tal, irrelevantes os fenómenos

Leia mais

4. Tensores cartesianos em 3D simétricos

4. Tensores cartesianos em 3D simétricos 4. Tensores cartesianos em D simétricos 4.1 Valores e vectores próprios ou valores e direcções principais Em D não é possível deduzir as fórmulas que determinam os valores e as direcções principais na

Leia mais

Capítulo Aplicações do produto interno

Capítulo Aplicações do produto interno Cálculo - Capítulo 1.4 - Aplicações do produto interno - versão 0/009 1 Capítulo 1.4 - Aplicações do produto interno 1.4.1 - Ortogonalidade entre vetores 1.3.3 - Ângulo entre vetores 1.4. - Projeção ortogonal

Leia mais

Capítulo 3 GEOMETRIA DE MASSAS 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 CENTRO DE MASSA E CENTRO DE GRAVIDADE

Capítulo 3 GEOMETRIA DE MASSAS 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 CENTRO DE MASSA E CENTRO DE GRAVIDADE Capítulo 3 EOMETR DE MSSS 3. NTRODUÇÃO Neste capítulo será feito o estudo de várias propriedades e características geométrico-mecânicas de linhas, superfícies e volumes, as quais constituirão uma ferramenta

Leia mais

Cap. 0. Cálculo tensorial

Cap. 0. Cálculo tensorial Cap. 0. Cálculo tensorial 1. Quantidades físicas 1.1 ipos das quantidades físicas 1. Descrição matemática dos tensores 1.3 Definição dos tensores. Álgebra tensorial 3. ensores cartesianos em D simétricos

Leia mais

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial

J. Delgado - K. Frensel - L. Crissaff Geometria Analítica e Cálculo Vetorial 178 Capítulo 10 Equação da reta e do plano no espaço 1. Equações paramétricas da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Leia mais

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias

Posição relativa entre retas e círculos e distâncias 4 Posição relativa entre retas e círculos e distâncias Sumário 4.1 Distância de um ponto a uma reta.......... 2 4.2 Posição relativa de uma reta e um círculo no plano 4 4.3 Distância entre duas retas no

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - o Ano 06 - a Fase Proposta de resolução GRUPO I. Como P A B ) P A B ) P A B), temos que: P A B ) 0,6 P A B) 0,6 P A B) 0,6 P A B) 0,4 Como P A B) P A) + P B) P A B) P A

Leia mais

CARACTERÍSTICAS GEOMETRICAS DE SUPERFICIES PLANAS

CARACTERÍSTICAS GEOMETRICAS DE SUPERFICIES PLANAS CARACTERÍSTCAS GEOMETRCAS DE SUPERFCES PLANAS 1 CENTRÓDES E BARCENTROS 1.1 ntrodução Freqüentemente consideramos a força peso dos corpos como cargas concentradas atuando num único ponto, quando na realidade

Leia mais

Preparação para o Teste de Maio 2012 (GEOMETRIA)

Preparação para o Teste de Maio 2012 (GEOMETRIA) Nº8 Matemática: ºA Preparação para o Teste de Maio (GEOMETIA) Grupo I. Num referencial o.n. Oy, considera um ponto A pertencente ao semieio positivo O e um ponto B pertencente ao semieio positivo Oy. Quais

Leia mais

MATEMÁTICA A - 10o Ano Geometria Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 10o Ano Geometria Propostas de resolução MATEMÁTIA A - 10o Ano Geometria Propostas de resolução Eercícios de eames e testes intermédios 1. omo os pontos A, B e têm abcissa 1, todos pertencem ao plano de equação = 1. Assim a secção produida no

Leia mais

1 Vetores no Plano e no Espaço

1 Vetores no Plano e no Espaço 1 Vetores no Plano e no Espaço Definimos as componentes de um vetor no espaço de forma análoga a que fizemos com vetores no plano. Vamos inicialmente introduzir um sistema de coordenadas retangulares no

Leia mais

com 3 Incógnitas A interseção do plano paralelo ao plano yz, passando por P, com o eixo x determina a coordenada x.

com 3 Incógnitas A interseção do plano paralelo ao plano yz, passando por P, com o eixo x determina a coordenada x. Interpretação Geométrica de Sistemas Lineares com 3 Incógnitas Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática Instituto de Ciências Eatas Universidade Federal de Minas Gerais http://www.mat.ufmg.br/~regi

Leia mais

Produto interno, externo e misto

Produto interno, externo e misto Produto interno, externo e misto Definição: Chama-se norma (ou comprimento) do vector u ao comprimento do segmento de recta [OP ] e representa-se por u. Definição: Sejam a = OA e b = OB dois vectores não

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2019 CADERNO 1. e AV.

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2019 CADERNO 1. e AV. Associação de Professores de Matemática Contactos: Rua Dr. João Couto, n.º 7-A 1500-6 Lisboa Tel.: +51 1 716 6 90 / 1 711 0 77 Fa: +51 1 716 64 4 http://www.apm.pt email: geral@apm.pt PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Leia mais

3. Achar a equação da esfera definida pelas seguintes condições: centro C( 4, 2, 3) e tangente ao plano π : x y 2z + 7 = 0.

3. Achar a equação da esfera definida pelas seguintes condições: centro C( 4, 2, 3) e tangente ao plano π : x y 2z + 7 = 0. Universidade Federal de Uerlândia Faculdade de Matemática Disciplina : Geometria Analítica (GMA00) Assunto: Superfícies, Quádricas, Curvas e Coordenadas Professor Sato 4 a Lista de exercícios. Determinar

Leia mais

Aula Distância entre duas retas paralelas no espaço. Definição 1. Exemplo 1

Aula Distância entre duas retas paralelas no espaço. Definição 1. Exemplo 1 Aula 1 Sejam r 1 = P 1 + t v 1 t R} e r 2 = P 2 + t v 2 t R} duas retas no espaço. Se r 1 r 2, sabemos que r 1 e r 2 são concorrentes (isto é r 1 r 2 ) ou não se intersectam. Quando a segunda possibilidade

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 2o Ano 207-2 a Fase Proposta de resolução GRUPO I. Temos que os algarismos pares, ficando juntos podem ocupar 4 grupos de duas posições adjacentes e trocando entre si, podem

Leia mais

UC: Análise Matemática II. Representação geométrica para Integrais Múltiplos - Volumes

UC: Análise Matemática II. Representação geométrica para Integrais Múltiplos - Volumes ETI / EI, 1 o Ano UC: Análise Matemática II Representação geométrica para Integrais Múltiplos - Volumes Elaborado de: Diana Aldea Mendes e Rosário Laureano Departamento de Métodos Quantitativos Fevereiro

Leia mais

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que

Capítulo Equações da reta no espaço. Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que Capítulo 11 1. Equações da reta no espaço Sejam A e B dois pontos distintos no espaço e seja r a reta que os contém. Então, P r existe t R tal que AP = t AB Fig. 1: Reta r passando por A e B. Como o ponto

Leia mais

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 1/16 Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 3ª Aula Duração - 2 Horas Data - 29 de Setembro de 2003 Sumário: Equações de Equilíbrio de Forças. Equações de Equilíbrio

Leia mais

Curso de Geomática Aula 2. Prof. Dr. Irineu da Silva EESC-USP

Curso de Geomática Aula 2. Prof. Dr. Irineu da Silva EESC-USP Curso de Geomática Aula Prof. Dr. Irineu da Silva EESC-USP Sistemas de Coordenadas Determinar a posição de um ponto, em Geomática, significa calcular as suas coordenadas. Calcular as coordenadas de um

Leia mais

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2

Resistência dos. Materiais. Capítulo 2. - Elasticidade Linear 2 Resistência dos Materiais - Elasticidade Linear Acetatos baseados nos livros: - Mechanics of Materials - Beer & Jonhson - Mecânica e Resistência dos Materiais V. Dias da Silva Índice Carregamento Genérico:

Leia mais

Vectores e Geometria Analítica

Vectores e Geometria Analítica Capítulo 1 Vectores e Geometria Analítica 1.1 Vectores em R 2 e R 3. Exercício 1.1.1 Determine um vector unitário que tenha a mesma direcção e sentido que o vector u e outro que que tenha sentido contrário

Leia mais

2.1 Translação, rotação e deformação da vizinhança elementar Variação relativa do comprimento (Extensão)

2.1 Translação, rotação e deformação da vizinhança elementar Variação relativa do comprimento (Extensão) Cap.. Deformação 1. Deslocamento. Gradiente de deformação.1 ranslação, rotação e deformação da vizinhança elementar 3. ensor de deformação de agrange 4. ensor das pequenas deformações 4.1 Caracter tensorial

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2018 CADERNO 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2018 CADERNO 1 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) ª FASE 5 DE JUNHO 08 CADERNO... P00/00 Seja X a variável aleatória: Número de vezes que sai a face numerada com

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2018 CADERNO 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 1ª FASE 25 DE JUNHO 2018 CADERNO 1 Associação de Professores de Matemática Contactos: Rua Dr. João Couto, n.º 7-A 500-36 Lisboa Tel.: +35 76 36 90 / 7 03 77 Fa: +35 76 64 4 http://www.apm.pt email: geral@apm.pt PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA

Leia mais

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico

Apontamentos III. Espaços euclidianos. Álgebra Linear aulas teóricas. Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Apontamentos III Espaços euclidianos Álgebra Linear aulas teóricas 1 o semestre 2017/18 Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Índice Índice i 1 Espaços euclidianos 1 1.1

Leia mais

UFRJ - Instituto de Matemática

UFRJ - Instituto de Matemática UFRJ - Instituto de Matemática Programa de Pós-Graduação em Ensino de Matemática www.pg.im.ufrj.br/pemat Mestrado em Ensino de Matemática Seleção 9 Etapa Questão. Determine se as afirmações abaio são verdadeiras

Leia mais

Capítulo O espaço R n

Capítulo O espaço R n Cálculo - Capítulo 1. - O espaço R n - versão 0/009 1 Capítulo 1. - O espaço R n 1..1 - Espaço R 3 1.. - Espaço R n Vamos, agora, generaliar o conceito de um espaço R primeiro para R 3 e depois para R

Leia mais

Revisão, apêndice A Streeter: SISTEMAS DE FORÇAS, MOMENTOS, CENTROS DE GRAVIDADE

Revisão, apêndice A Streeter: SISTEMAS DE FORÇAS, MOMENTOS, CENTROS DE GRAVIDADE UNVERSDDE FEDERL D BH ESCOL POLTÉCNC DEPRTMENTO DE ENGENHR QUÍMC ENG 008 Fenômenos de Transporte Profª Fátima Lopes FORÇS HDRÁULCS SOBRE SUPERFÍCES SUBMERSS Revisão, apêndice Streeter: SSTEMS DE FORÇS,

Leia mais

AULA Exercícios. DETERMINAR A EXPRESSÃO GERAL E A MATRIZ DE UMA TL CONHECIDAS AS IMAGENS DE UMA BASE DO

AULA Exercícios. DETERMINAR A EXPRESSÃO GERAL E A MATRIZ DE UMA TL CONHECIDAS AS IMAGENS DE UMA BASE DO Note bem: a leitura destes apontamentos não dispensa de modo algum a leitura atenta da bibliografia principal da cadeira Chama-se a atenção para a importância do trabalho pessoal a realizar pelo aluno

Leia mais

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) =

54 CAPÍTULO 2. GEOMETRIA ANALÍTICA ( ) = 54 CAPÍTULO. GEOMETRIA ANALÍTICA.5 Cônicas O grá co da equação + + + + + = 0 (.4) onde,,,, e são constantes com, e, não todos nulos, é uma cônica. A equação (.4) é chamada de equação geral do grau em e

Leia mais

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente.

Aula 15. Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente. Quando u = (1, 0) ou u = (0, 1), obtemos as derivadas parciais em relação a x ou y, respectivamente. Aula 15 Derivadas Direcionais e Vetor Gradiente Seja f(x, y) uma função de variáveis. Iremos usar a notação D u f(x 0, y 0 ) para: Derivada direcional de f no ponto (x 0, y 0 ), na direção do vetor unitário

Leia mais

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006

Sumário e Objectivos. Mecânica dos Sólidos não Linear Capítulo 2. Lúcia Dinis 2005/2006 Sumário e Objectivos Sumário: Deformações. Sólido Uniaxial. Descrição Lagrangeana e Euleriana. Gradiente de Deformação. Decomposição Polar. Tensores das Deformações de Green e Lagrange. Deformação de Corte.

Leia mais

ficha 6 espaços lineares com produto interno

ficha 6 espaços lineares com produto interno Exercícios de Álgebra Linear ficha espaços lineares com produto interno Exercícios coligidos por Jorge Almeida e Lina Oliveira Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico o semestre 011/1 Notação

Leia mais

ALGA I. Bases, coordenadas e dimensão

ALGA I. Bases, coordenadas e dimensão Módulo 5 ALGA I. Bases, coordenadas e dimensão Contents 5.1 Bases, coordenadas e dimensão............. 58 5.2 Cálculos com coordenadas. Problemas......... 65 5.3 Mudanças de base e de coordenadas..........

Leia mais

O Plano no Espaço. Sumário

O Plano no Espaço. Sumário 17 Sumário 17.1 Introdução....................... 2 17.2 Equações paramétricas do plano no espaço..... 2 17.3 Equação cartesiana do plano............. 15 17.4 Exercícios........................ 21 1 Unidade

Leia mais

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques

TÓPICO. Fundamentos da Matemática II APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA. Licenciatura em Ciências USP/ Univesp. Gil da Costa Marques APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA 4 Gil da Costa Marques TÓPICO Fundamentos da Matemática II 4.1 Geometria Analítica e as Coordenadas Cartesianas 4.2 Superfícies 4.2.1 Superfícies planas 4.2.2 Superfícies

Leia mais

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido:

Capítulo 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 é assim definido: Capítulo 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r é assim definido: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, se as retas são concorrentes, isto é, r1

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. TPC nº 5 (entregar no dia 6 ou )

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. TPC nº 5 (entregar no dia 6 ou ) Escola Secundária com º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II TPC nº (entregar no dia 6 ou 7 1 010) 1. Considere, num cubo de 8 cm de aresta, a secção que resulta

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial I Funções Racionais e com Radicais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial I Funções Racionais e com Radicais Escola Secundária com º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema II Introdução ao Cálculo Diferencial I Funções Racionais e com Radicais Taxa de Variação e Derivada 4º Teste de avaliação Grupo I As

Leia mais

Superfícies e Curvas no Espaço

Superfícies e Curvas no Espaço Superfícies e Curvas no Espaço Reginaldo J. Santos Departamento de Matemática-ICE Universidade Federal de Minas Gerais http://www.mat.ufmg.br/~regi regi@mat.ufmg.br 11 de deembro de 2001 1 Quádricas Nesta

Leia mais

Linhas. Integrais de Linha

Linhas. Integrais de Linha Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires Linhas. Integrais de Linha Linhas e Caminhos. Um segmento de recta 3 Consideremos o segmento de recta

Leia mais

ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral

ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral Módulo 9 ALGA I. Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos). Teorema espectral Contents 9.1 Operadores auto-adjuntos (simétricos e hermitianos) 136 9. Teorema espectral para operadores auto-adjuntos...........

Leia mais

FICHA DE TRABALHO 2 - RESOLUÇÃO

FICHA DE TRABALHO 2 - RESOLUÇÃO Secção de Álgebra e Análise, Departamento de Matemática, Instituto Superior Técnico Análise Matemática III A - 1 o semestre de 2003/04 FICHA DE TRABALHO 2 - RESOLUÇÃO 1) Seja U R n um aberto e f : U R

Leia mais

Capítulo 3 - Geometria Analítica

Capítulo 3 - Geometria Analítica 1. Gráficos de Equações Capítulo 3 - Geometria Analítica Conceito:O gráfico de uma equação é o conjunto de todos os pontos e somente estes pontos, cujas coordenadas satisfazem a equação. Assim, o gráfico

Leia mais

Álgebra Linear. Determinantes, Valores e Vectores Próprios. Jorge Orestes Cerdeira Instituto Superior de Agronomia

Álgebra Linear. Determinantes, Valores e Vectores Próprios. Jorge Orestes Cerdeira Instituto Superior de Agronomia Álgebra Linear Determinantes, Valores e Vectores Próprios Jorge Orestes Cerdeira Instituto Superior de Agronomia - 200 - ISA/UTL Álgebra Linear 200/ 2 Conteúdo Determinantes 5 2 Valores e vectores próprios

Leia mais

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira:

Aula 12. Ângulo entre duas retas no espaço. Definição 1. O ângulo (r1, r2 ) entre duas retas r1 e r2 se define da seguinte maneira: Aula 1 1. Ângulo entre duas retas no espaço Definição 1 O ângulo (r1, r ) entre duas retas r1 e r se define da seguinte maneira: (r1, r ) 0o se r1 e r são coincidentes, Se as retas são concorrentes, isto

Leia mais

Curvas Planas em Coordenadas Polares

Curvas Planas em Coordenadas Polares Curvas Planas em Coordenadas Polares Sumário. Coordenadas Polares.................... Relações entre coordenadas polares e coordenadas cartesianas...................... 6. Exercícios........................

Leia mais

Marcelo M. Santos DM-IMECC-UNICAMP msantos/

Marcelo M. Santos DM-IMECC-UNICAMP  msantos/ Universidade Estadual de Maringá - Departamento de Matemática Cálculo Diferencial e Integral: um KIT de Sobrevivência 0 anos c Publicação Eletrônica do KIT http://www.dma.uem.br/kit Identificação de Cônicas

Leia mais

APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA

APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA 4 APLICAÇÕES NA GEOMETRIA ANALÍTICA Gil da Costa Marques 4.1 Geometria Analítica e as Coordenadas Cartesianas 4. Superfícies 4..1 Superfícies planas 4.. Superfícies limitadas e não limitadas 4.3 Curvas

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL/TOPOGRÁFICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL/TOPOGRÁFICA ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL/TOPOGRÁFICA REGIMES DIURNO/NOCTURNO - º SEMESTRE - º ANO - 7 / 8 ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA EXAME DE ÉPOCA

Leia mais

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I

MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I 1 MAT001 Cálculo Diferencial e Integral I GEOMETRIA ANALÍTICA Coordenadas de pontos no plano cartesiano Distâncias entre pontos Sejam e dois pontos no plano cartesiano A distância entre e é dada pela expressão

Leia mais

Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis

Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis Diagonalização Matrizes Semelhantes e Matrizes Diagonalizáveis Nosso objetivo neste capítulo é estudar aquelas transformações lineares de R n para as quais existe pelo menos uma base em que elas são representadas

Leia mais

Geometria Analítica. Cônicas. Prof Marcelo Maraschin de Souza

Geometria Analítica. Cônicas. Prof Marcelo Maraschin de Souza Geometria Analítica Cônicas Prof Marcelo Maraschin de Souza É o lugar geométrico dos pontos de um plano cuja soma das distâncias a dois pontos fixos desse plano é constante. Considere dois pontos distintos

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. 2º Teste de avaliação.

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. 2º Teste de avaliação. Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II 2º Teste de avaliação Grupo I As cinco questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma

Leia mais

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta

Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Capítulo 3 Retas e círculos, posições relativas e distância de um ponto a uma reta Nesta aula vamos caracterizar de forma algébrica a posição relativa de duas retas no plano e de uma reta e de um círculo

Leia mais

Forma Canônica de Matrizes 2 2

Forma Canônica de Matrizes 2 2 Forma Canônica de Matrizes Slvie Olison Kamphorst Departamento de Matemática - ICE - UFMG Versão. - Novembro 5 a b Seja A c d induzida por A uma matriz real e seja T a transformação operador linear de

Leia mais

Exercícios sobre Trigonometria

Exercícios sobre Trigonometria Universidade Federal Fluminense Campus do Valonguinho Instituto de Matemática e Estatística Departamento de Matemática Aplicada - GMA Prof Saponga uff Rua Mário Santos Braga s/n 400-40 Niterói, RJ Tels:

Leia mais

1 Espaços Vectoriais

1 Espaços Vectoriais Nova School of Business and Economics Apontamentos Álgebra Linear 1 Definição Espaço Vectorial Conjunto de elementos que verifica as seguintes propriedades: Existência de elementos: Contém pelo menos um

Leia mais

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 5) 1 Extremos de Funções Escalares. Exemplos

CDI-II. Resumo das Aulas Teóricas (Semana 5) 1 Extremos de Funções Escalares. Exemplos Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Prof. Gabriel Pires CDI-II Resumo das Aulas Teóricas (Semana 5) 1 Etremos de Funções Escalares. Eemplos Nos eemplos seguintes

Leia mais

Aplicação da Álgebra Linear à Geometria (1/2) 1. Geometria a m: rectas e planos

Aplicação da Álgebra Linear à Geometria (1/2) 1. Geometria a m: rectas e planos 30 a : aula (1h) 19/05/2010 Aplicação da Álgebra Linear à Geometria (1/2) 30-1 Instituto Superior Técnico 2010 2 o semestre Álgebra Linear 1 o ano das Lics em Engenharia Informática e de Computadores e

Leia mais

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Escalar

Exercícios Resolvidos Integral de Linha de um Campo Escalar Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Eercícios Resolvidos Integral de Linha de um ampo Escalar Eercício onsidere o caminho g : [, ] R definido por g(t) = (e

Leia mais

ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS EDO S. disponível em

ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS EDO S. disponível em Instituto Superior Técnico Departamento de Matemática Secção de Álgebra e Análise Última actualiação: //003 ANÁLISE MATEMÁTICA IV LEEC RESOLUÇÃO DA FICHA 3 SÉRIES, SINGULARIDADES, RESÍDUOS E PRIMEIRAS

Leia mais

Cap. 1. Tensores cartesianos, cálculo tensorial, aplicação aos momentos de inércia

Cap. 1. Tensores cartesianos, cálculo tensorial, aplicação aos momentos de inércia Cap. 1. ensores cartesianos, cálculo tensorial, aplicação aos momentos de inércia 1. Quantidades físicas 1.1 ipos das quantidades físicas 1. Descrição matemática dos tensores 1.3 Definição dos tensores.

Leia mais

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA

UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA UNIVERSIDADE DO ALGARVE ESCOLA SUPERIOR DE TECNOLOGIA LICENCIATURA EM ENGENHARIA CIVIL REGIME NOCTURNO - º SEMESTRE - º ANO - 7 / 8 ÁLGEBRA LINEAR E GEOMETRIA ANALÍTICA º FREQUÊNCIA de Janeiro de 8 Duração:

Leia mais

CAPíTULO 1. Vetores e tensores Notação indicial

CAPíTULO 1. Vetores e tensores Notação indicial CAPíTULO 1 Vetores e tensores 1.1. Notação indicial A notação indicial é uma simplificação da notação de uma somatória. Por exemplo, seja a somatória de 3 monômios a i b i (a i multiplicado por b i ) com

Leia mais

SISTEMAS LINEARES. Obs 1. Quando o termo independente é nulo, como no exemplo, dizemos que é uma equação linear homogênea:

SISTEMAS LINEARES. Obs 1. Quando o termo independente é nulo, como no exemplo, dizemos que é uma equação linear homogênea: Disciplina: Álgebra Linear e Geometria Analítica Curso: Engenharia Mecânica Professora: Valéria Lessa APOSTILA SISTEMAS LINEARES Muitos problemas em várias áreas da Ciência recaem na solução de sistemas

Leia mais

Disciplina: Mecânica Geral - Estática

Disciplina: Mecânica Geral - Estática Disciplina: Mecânica Geral - Estática IV. Propriedades Mecânicas de Figuras Planas Parte 1: Momento de Primeira Ordem ou Estático Prof. Dr. Eng. Fernando Porto Momentos de Primeira Ordem O momento de primeira

Leia mais

1 Matrizes Ortogonais

1 Matrizes Ortogonais Álgebra Linear I - Aula 19-2005.1 Roteiro 1 Matrizes Ortogonais 1.1 Bases ortogonais Lembre que uma base β é ortogonal se está formada por vetores ortogonais entre si: para todo par de vetores distintos

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. 2º Teste de avaliação.

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II. 2º Teste de avaliação. Escola Secundária com º ciclo D. Dinis 11º Ano de Matemática A Tema I Geometria no Plano e no Espaço II º Teste de avaliação Grupo I As cinco questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 21 DE JULHO 2017 GRUPO I

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 21 DE JULHO 2017 GRUPO I PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 2 DE JULHO 207 GRUPO I. Temos que os algarismos pares, ficando juntos podem ocupar 4 pares de posições

Leia mais

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 1. Terceiro Ano - Médio

Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3. Módulo e Produto Escalar - Parte 1. Terceiro Ano - Médio Material Teórico - Módulo: Vetores em R 2 e R 3 Módulo e Produto Escalar - Parte 1 Terceiro Ano - Médio Autor: Prof. Angelo Papa Neto Revisor: Prof. Antonio Caminha M. Neto 1 Módulo de um vetor O módulo

Leia mais

TESTE GLOBAL 11.º ANO

TESTE GLOBAL 11.º ANO TESTE GLOBAL º ANO NOME: Nº: TURMA: ANO LETIVO: / AVALIAÇÃO: PROFESSOR: ENC EDUCAÇÃO: DURAÇÃO DO TESTE: 90 MINUTOS O teste é constituído por dois grupos O Grupo I é constituído por itens de escolha múltipla

Leia mais

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1

carga do fio: Q. r = r p r q figura 1 Uma carga Q está distribuída uniformemente ao longo de um fio reto de comprimento infinito. Determinar o vetor campo elétrico nos pontos situados sobre uma reta perpendicular ao fio. Dados do problema

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 21 DE JULHO 2017 GRUPO I

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 21 DE JULHO 2017 GRUPO I Associação de Professores de Matemática Contactos: Rua Dr. João Couto, n.º 27-A 500-236 Lisboa Tel.: +35 2 76 36 90 / 2 7 03 77 Fa: +35 2 76 64 24 http://www.apm.pt email: geral@apm.pt PROPOSTA DE RESOLUÇÃO

Leia mais

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto -

Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - MÓDULO 2 - AULA 10 Aula 10 Produto interno, vetorial e misto - Aplicações II Objetivos Estudar as posições relativas entre retas no espaço. Obter as expressões para calcular distância entre retas. Continuando

Leia mais

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino*

Translação e Rotação Energia cinética de rotação Momentum de Inércia Torque. Física Geral I ( ) - Capítulo 07. I. Paulino* ROTAÇÃO Física Geral I (1108030) - Capítulo 07 I. Paulino* *UAF/CCT/UFCG - Brasil 2012.2 1 / 25 Translação e Rotação Sumário Definições, variáveis da rotação e notação vetorial Rotação com aceleração angular

Leia mais

raio do arco: a; ângulo central do arco: θ 0; carga do arco: Q.

raio do arco: a; ângulo central do arco: θ 0; carga do arco: Q. Sea um arco de circunferência de raio a e ângulo central carregado com uma carga distribuída uniformemente ao longo do arco. Determine: a) O vetor campo elétrico nos pontos da reta que passa pelo centro

Leia mais

Exercícios Resolvidos Esboço e Análise de Conjuntos

Exercícios Resolvidos Esboço e Análise de Conjuntos Instituto uperior Técnico Departamento de Matemática ecção de Álgebra e Análise Eercícios Resolvidos Esboço e Análise de Conjuntos Eercício Esboce detalhadamente o conjunto descrito por = {(,, ) R 3 :,,

Leia mais

GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 2018

GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 2018 GEOMETRIA II EXERCÍCIOS RESOLVIDOS - ABRIL, 08 ( Seja a R e f(x, y ax + ( ay. Designe por C a a cónica dada por f(x, y 0. (a Mostre que os quatro pontos (±, ± R pertencem a todas as cónicas C a (independentemente

Leia mais

CAPÍTULO IV GEOMETRIA DAS MASSAS

CAPÍTULO IV GEOMETRIA DAS MASSAS CPÍTULO IV GEOMETRI DS MSSS I. SPECTOS GERIS pesar de não estar incluída dentro dos objetivos principais de Resistência dos Materiais, vamos estudar algumas grandezas características da geometria das massas

Leia mais

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis. 10º Ano de Matemática A. Geometria no Plano e no Espaço I

Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis. 10º Ano de Matemática A. Geometria no Plano e no Espaço I Escola Secundária com 3º ciclo D. Dinis 10º Ano de Matemática A Geometria no Plano e no Espaço I Trabalho de casa nº 9 1. Considere a seguinte condição: x + ( y ) 4 ( x 3 0 y ) 1.1. Represente, num referencial

Leia mais

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b).

Figura 9.1: Corpo que pode ser simplificado pelo estado plano de tensões (a), estado de tensões no interior do corpo (b). 9 ESTADO PLANO DE TENSÕES E DEFORMAÇÕES As tensões e deformações em um ponto, no interior de um corpo no espaço tridimensional referenciado por um sistema cartesiano de coordenadas, consistem de três componentes

Leia mais

Geometria Analítica II - Aula 4 82

Geometria Analítica II - Aula 4 82 Geometria Analítica II - Aula 4 8 IM-UFF K. Frensel - J. Delgado Aula 5 Esferas Iniciaremos o nosso estudo sobre superfícies com a esfera, que já nos é familiar. A esfera S de centro no ponto A e raio

Leia mais

Capítulo Propriedades das operações com vetores

Capítulo Propriedades das operações com vetores Capítulo 6 1. Propriedades das operações com vetores Propriedades da adição de vetores Sejam u, v e w vetores no plano. Valem as seguintes propriedades. Comutatividade: u + v = v + u. Associatividade:

Leia mais

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 11º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A TURMA A. TESTE Nº 2 Grupo I

ESCOLA SECUNDÁRIA COM 3º CICLO D. DINIS 11º ANO DE ESCOLARIDADE DE MATEMÁTICA A TURMA A. TESTE Nº 2 Grupo I ESOL SEUNÁRI OM º ILO. INIS º NO E ESOLRIE E MTEMÁTI TURM TESTE Nº Grupo I s cinco questões deste grupo são de escolha múltipla. Para cada uma delas são indicadas quatro alternativas, das quais só uma

Leia mais

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase

Prova Escrita de MATEMÁTICA A - 12o Ano a Fase Prova Escrita de MATEMÁTICA A - o Ano 04 - a Fase Proposta de resolução GRUPO I. Usando as leis de DeMorgan, e a probabilidade do acontecimento contrário, temos que: P A B P A B P A B então P A B 0,48

Leia mais

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1

PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) 2ª FASE 20 DE JULHO 2018 CADERNO 1 PROPOSTA DE RESOLUÇÃO DA PROVA DE MATEMÁTICA A DO ENSINO SECUNDÁRIO (CÓDIGO DA PROVA 635) ª FASE 0 DE JULHO 08 CADERNO... P00/00 Como se trata de uma distribuição normal temos que: ( ) 0,9545. P µ σ

Leia mais

MATEMÁTICA A - 11o Ano Geometria - Produto escalar Propostas de resolução

MATEMÁTICA A - 11o Ano Geometria - Produto escalar Propostas de resolução MTEMÁTI - 11o no Geometria - Produto escalar Propostas de resolução Eercícios de eames e testes intermédios 1. omo para qualquer ponto P da circunferência de diâmetro [RS] o ângulo RP Q é reto, então para

Leia mais

Seja f um endomorfismo de um espaço vectorial E de dimensão finita.

Seja f um endomorfismo de um espaço vectorial E de dimensão finita. 6. Valores e Vectores Próprios 6.1 Definição, exemplos e propriedades Definição Seja f um endomorfismo de um espaço vectorial E, com E de dimensão finita, e seja B uma base arbitrária de E. Chamamos polinómio

Leia mais

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial

Resistência dos Materiais 2003/2004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 1/ Resistência dos Materiais 003/004 Curso de Gestão e Engenharia Industrial 14ª Aula Duração - Horas Data - 13 de Novembro de 003 Sumário: Flexão segundo os dois Eixos Principais de Inércia ou Flexão

Leia mais