Diferenciações por autores: Racionalismo X Empirismo. Professor Uilson Fernandes Uberaba - MG

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1 Diferenciações por autores: Racionalismo X Empirismo Professor Uilson Fernandes Uberaba - MG

2 Empirismo: Locke, Hume e Berkeley O lado empírico e até sensível da força...

3 John Locke ( ) Médico entusiasmado com a experimentação. Acreditava que o futuro estava na tecnologia Entende que poderes e inclinações realizam-se unicamente na experiência

4 Qual é a essência, qual a origem, qual o alcance do entendimento humano? Ensaio acerca do entendimento humano. (1690) Descartes trilhara um caminho lógico e cogitativo. Locke opta por um caminho psicológico e empírico.

5 Qual é a essência, qual a origem, qual o alcance do entendimento humano? " A origem de uma ideia, como a ideia de esfera, pode ser considerada psicologicamente ou logicamente. Psicologicamente estudaremos as sensações, as percepções que puderam produzir naturalmente, biologicamente, em nós, a noção de esfera; por exemplo, ter visto objetos dessa forma, naturais ou artificiais. Mas outro sentido da palavra origem é considerar a esfera como originada pelo movimento de meia circunferência girando ao redor do diâmetro. (MORENTE, Gabriel Garcia. FUNDAMENTOS DE FILOSOFIA. Editora Mestre Jou. Página )

6 A crítica as ideias inatas de Descartes Locke critica as ideias inatas de Descartes, afirmando que a mente é como uma tábula rasa (White paper - uma tábua onde não há inscrições), como uma cera onde não houvesse qualquer impressão, e o conhecimento só começa após a experiência sensível.

7 A crítica as ideias inatas de Descartes Se houvesse ideias inatas, as crianças já as teriam e não necessitariam de estudos complementares; Além disso, a ideia de Deus não se encontra em toda parte, pois há povos sem nenhuma representação de Deus ou, pelo menos, sem a representação de um ser perfeito.

8 Sensação e Reflexão Locke. escolhendo o caminho da psicologia, distingue duas fontes possíveis para nossas ideias: 1) A sensação - A sensação é o resultado da modificação feita na mente através dos sentidos. IDEIAS SIMPLES 2) A reflexão. - A reflexão é a percepção que a alma tem daquilo que nela ocorre. Portanto, a reflexão se reduz apenas à experiência interna do resultado da experiência externa produzida pela sensação. IDEIAS COMPLEXAS

9 Qualidades primárias e secundárias. O que ocasiona a produção de uma ideia simples na mente é a "qualidade" do objeto. QUALIDADES PRIMÁRIAS - Há qualidades primárias, como a solidez ( matéria), a extensão, a configuração, o movimento, o repouso e o número. As primárias são objetivas, pois realmente existem nas coisas. QUALIDADES SECUNDÁRIAS - Mas existem também e qualidades secundárias (cor, som, odor, sabor etc.), que provocam no sujeito determinadas percepções sensíveis. As secundárias variam de sujeito para sujeito e, como tais, são relativas e subjetivas.

10 Sensação e Reflexão O sujeito, através da análise e reflexão, ata e desata as ideias simples, produzindo as ideias complexas. Estas, já que são formadas pelo intelecto, não têm validade objetiva. São nomes de que nos servimos para denominar e ordenar as coisas. Dai o seu valor prático, e não, cognitivo. Se estabelecermos uma comparação com o processo cartesiano de conhecimento, podemos dizer que, enquanto Descartes enfatiza o papel do sujeito, Locke enfatiza o papel do objeto.

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15 Exercício de Leitura: estruture os elementos de combate ao racionalismo a questão dos princípios inatos apresentados por Locke no fragmento abaixo:

16 De acordo com a corrente epistemológica denominada empirismo, o conhecimento, em última instância, se origina a) na revelação divina e na autoridade da tradição religiosa b) na experiência sensorial e na associação e combinação das sensações c) em conceitos claros e distintos que formulamos sobre as coisas d) nas ideias inatas e fundadoras já existem em nossa mente quando nascemos e) no esforço do intelecto para representar o que a nossa intuição percebe

17 Aristóteles e Locke consideram que o conhecimento se realiza por graus contínuos, partindo da sensação até chegar às ideias. [ ] Para o racionalismo, a fonte do conhecimento verdadeiro é a razão operando por si mesma, sem o auxílio da experiência sensível e controlando a própria experiência sensível. Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer conhecimento é a experiência sensível, responsável pelas ideias da razão e controlando o trabalho da própria razão. Marilena Chauí. Considerando o texto acima que versa sobre a noção de conhecimento moderna e, especificamente, sobre a noção de conhecimento em Locke, é INCORRETO afirmar que a) a teoria do conhecimento de John Locke se caracteriza por criticar fortemente a ideia de que o conhecimento funda-se em ideias inatas. b) é possível, segundo Locke, construir uma ciência mesmo que as ideias formadoras de seu corpo de conhecimento não concordem com as coisas mesmas. c) a teoria do conhecimento de Locke pretende demonstrar uma tese: nosso conhecimento é fundado na experiência sensível e na experiência interna. d) verdades derivadas de ideias que não encontram nenhum referencial em sensações, pelo menos em sua base, não passam de devaneios da imaginação. e) acordo ou desacordo de nossas ideias, segundo Locke, produz o conhecimento que temos do mundo e quanto mais precisa for esta relação, mais próximos estaremos da verdade.

18 ALTERNATIVA B GABARITO

19 David Hume: ceticismo, causalidade e percepções... Professor Uilson Fernandes

20 Hume ( ). As principal obra foi Tratado da natureza humana. Enquanto Locke falava IDEIAS, Hume fala de PERCEPÇÕES, que dividem-se em impressões e ideias: PERCEPÇÕES IMPRESSÕES IDÉIAS A diferença consiste no grau de força e vivacidade com que se imprimem em nossa mente.

21 John Locke Ontologia Critica princípios inatos ou noções comuns. Entendimento é uma tábula rasa na qual a experiência vai se escrevendo.

22 John Locke Epistemologia As idéias vêm da experiência e dela deriva a mente. O conhecimento e os materiais do pensamento percebidos e refletidos pelo nosso EU são provenientes da observação dirigida para os objetos externos e sensíveis ou para as operações internas da nossa mente

23 Epistemologia O conhecimento da mente seria através da reflexão método introspectivo. Idéias Simples Idéias Complexas

24 IMPRESSÕES = percepções que penetram com maior força e violência. Entre elas as sensações, emoções, paixões que aparecem pela primeira vez em nossa alma. IDÉIAS = imagens debilitadas dessas sensações. PERCEPÇÕES são: a) SIMPLES (ex: VERMELHO) b) COMPLEXAS (ex: MAÇA COR TEXTURA, SABOR, CHEIRO)

25 Mas as impressões de reflexão não são o mesmo que em Locke. São apenas DERIVAÇÕES DE OUTRAS IDÉIAS. Ex: a DOR é uma impressão de sensação. Dela deriva a IDÉIA da dor (uma cópia pálida). Ora, essa ideia de dor produz então impressões de DESEJO, AVERSÃO, ESPERANÇA, MEDO... ÀS QUAIS HUME CHAMA DE IMPRESSÕES DE REFLEXÃO.

26 Há também Ideias da MEMÓRIA e IMAGINAÇÃO. a) IDÉIAS DA MEMÓRIA = a) são mais vívidas e fortes e b) sua ordem não depende da vontade. b) IDÉIAS DA IMAGINAÇÃO = ao contrário, a imaginação une e separa idéias ao seu bel-prazer.... Mas isso é feito sempre segundo os princípios da associação de idéias, que são os da: SEMELHANÇA, CONTIGUIDADE E CAUSALIDADE...

27 John Locke Formas de associação de ideias... Leis associativas similaridade (lembranças análogas, semelhantes) contigüidade (proximidade no tempo e no espaço) semelhança (impressões próximas)

28 Hume segue o nominalismo de Berkeley na negação das ideias abstratas ou gerais... As ideias gerais não passam de ideias particulares ligadas a certa palavra, que lhes dá um significado mais extenso, eventualmente fazendo com que ideias particulares semelhantes a elas as evoquem.

29 Pelo retorno constante de tantas PERCEPÇÕES SEMELHANTES e COERENTES ENTRE SI (ex: sempre que entro em meu quarto encontro uma escrivaninha), a mente é levada a passar facilmente da impressão dos objetos às ideias deles, ficando como que contagiada pelas impressões, fazendo-nos IMAGINAR que existe uma única percepção constante e ininterrupta. Ex: abro os olhos...> impressões do objeto fecho os olhos...> ideia do objeto abro os olhos...> impressões do objeto fecho os olhos...> Ideia do objeto Resultado: IDÉIA DE PERMANÊNCIA

30 A IMAGINAÇÃO preenche as LACUNAS entre UMA IMPRESSÃO E OUTRA, dando a impressão de continuidade. É que as impressões tem uma VIVACIDADE especial constitutiva do que dizemos existir, E as idéias que preenchem as lacunas recebem das impressões essa vivacidade Conclusão cética: não é pela RAZÃO, mas por uma CONVICÇÃO INSTINTIVA que acreditamos na existência dos objetos do mundo externo! A IDEIA DE CAUSALIDADE NÃO ESTÁ NO MUNDO NATURAL MAS É RESULTADO DO HÁBITO...

31 Para Hume não podemos ter uma ideia do EU, pois não temos dele uma IMPRESSÃO PERMANENTE. Quando nos voltamos para nós mesmos, percebemos dores, prazeres, aflições, alegrias, paixões, sensações, que se alternam continuamente... Como em um teatro no qual nada permanece. Ora, como o que é inseparável é indistinguível, e o eu não existe sem as suas percepções, O EU NADA MAIS É DO QUE UM FEIXE DE PERCEPÇÕES MUTÁVEIS

32 Hume não nega a existência do EU, mas apenas a sua CONSTÂNCIA E SIMPLICIDADE, ou ao menos que possamos conhecê-lo como sendo constante e simples. Acontece com o EU o que acontece com os CORPOS: Temos séries de percepções que se sucedem e estão em relação entre si, e confundimos essa unidade de sucessão e relação com uma identidade!

33 A percepção da existência de um mundo exterior é mais antiga e autorizada do que qualquer princípio da filosofia, pois a razão é escrava do senso comum!... As qualidades percebidas, por exemplo, as cores, pertencem aos corpos e não às mentes. Se vejo o vermelho, a cor real pode ser diferente da aparência subjetiva, mas é certo que a cor não é a ideia, mas alguma qualidade desconhecida na coisa. É a essa qualidade que damos o nome de cor vermelha! Embora não conheçamos a cor em si mesma, a conhecemos pelos seus efeitos em nós....

34 DAVID HUME QUESTÕES

35 O contrário de um fato qualquer é sempre possível, pois, além de jamais implicar uma contradição, o espírito o concebe com a mesma facilidade e distinção como se ele estivesse em completo acordo com a realidade. Que o Sol não nascerá amanhã é tão inteligível e não implica mais contradição do que a afirmação de que ele nascerá. Podemos em vão, todavia, tentar demonstrar sua falsidade de maneira absolutamente precisa. Se ela fosse demonstrativamente falsa, implicaria uma contradição e o espírito nunca poderia concebê-la distintamente, assim como não pode conceber que seja diferente de 2. HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1999 (adaptado). O filósofo escocês David Hume refere-se a fatos, ou seja, a eventos espaço-temporais, que acontecem no mundo. Com relação ao conhecimento referente a tais eventos, Hume considera que os fenômenos A) acontecem de forma inquestionável, ao serem apreensíveis pela razão humana. B) exigem previsões obtidas por raciocínio empírico, distinto do conhecimento baseado em cálculo abstrato. C) devem ter seus resultados previstos por duas modalidades de provas, com conclusões idênticas. D) propiciam segurança ao observador, por se basearem em dados que os tornam incontestáveis. E) ocorrem de maneira necessária, permitindo um saber próximo ao de estilo matemático.

36 R: B

37 Todo o poder criativo da mente se reduz a nada mais do que a faculdade de compor, transpor, aumentar ou diminuir os materiais que nos fornecem os sentidos e a experiência. Quando pensamos em uma montanha de ouro, não fazemos mais do que juntar duas ideias consistentes, ouro e montanha, que já conhecíamos. Podemos conceber um cavalo virtuoso, porque somos capazes de conceber a virtude a partir de nossos próprios sentimentos, e podemos unir a isso a figura e a forma de um cavalo, animal que nos é familiar. HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, Hume estabelece um vínculo entre pensamento e impressão ao considerar que a) os conteúdos das ideias no intelecto têm origem na sensação. b) o espírito é capaz de classificar os dados da percepção sensível. c) as ideias fracas resultam de experiências sensoriais determinadas pelo acaso. d) os sentimentos ordenam como os pensamentos devem ser processados na memória. e) as ideias têm como fonte específica o sentimento cujos dados são colhidos na empiria.

38 R: A

39 David Hume escreveu que "podemos, por conseguinte, dividir todas as percepções do espírito em duas classes ou espécies, que se distinguem por seus diferentes graus de força e vivacidade". (HUME, D. Investigação acerca do entendimento humano. São Paulo: Nova Cultural, 1989, p. 69.) Assinale a ÚNICA alternativa, que apresenta estas duas classes de percepções: A) os pensamentos e as impressões. B) as ideias inatas e os dogmas religiosos. C) as certezas evidentes e os hábitos sociais. D) as superstições e as intuições intelectuais.

40 R: A

41 A respeito da filosofia de David Hume ( ), escolha entre as alternativas abaixo a única que oferece, respectivamente, uma característica empirista e uma característica cética do pensamento deste filósofo escocês. A) Nenhuma ideia complexa pode ser derivada das sensações; a ideia de eu pode ser representada pelo pensamento puro. B) As ideias simples são inatas e independem dos sentidos; a causalidade é uma conexão necessária e facilmente observável. C) As ideias se originam da experiência sensível; as impressões não são constantes e invariáveis a ponto de constituir a ideia de eu. D) A relação causa-efeito é apreendida pelo raciocínio a priori; as impressões são variáveis, por isso não há nada de regular no mundo.

42 R: C

43 George Berkeley ( ) O idealismo subjetivista a partir do empirismo radical

44 A impossibilidade do conhecimento pleno dos objetos... George Berkeley amplia as teses de Locke em torno da noção de senação, afimarmando com clareza que os dados fornecidos por nossas percepções sensivíes não podem ser considerados como identicos aos presentes na matéria. A substância material não pode assim ser conhecida em si mesma, mas apenas por nossas percepções sobre dado objeto. O que conhecemos são as qualidades que dado objeto exterior provoca em nós. O real é colocado em termos de um determinado feixe de sensações que o mundo material provoca em nós. Donde a famosa tese de Berkeley ser é ser percebido ou seja a experiência é na verdade as qualidades que determinados objetos exteriores provocam em nossos sentidos.

45 Mas como fugir do subjetivismo individualista? Berkeley postula a existência de uma mente cósmica, que seria universal e superior à mente dos homens individuais. Essa mente é Deus, que tudo percebe, de modo que a existência do mundo exterior a nossas percepções particulares são garantidas por Ele. O conhecimento real dos objetos é impossível ao homem que lida apenas com qualidades provocadas pelos objetos, apenas Deus teria esse poder... Berkeley sai assim do empirismo radical ( Hume e Locke) e inaugura o idealismo subjetivo.

46 Berkeley

47 Constato que posso produzir ideias em minha mente à vontade, variá-las e mudá-las sempre que achar adequado. Basta querer e imediatamente esta ou aquela ideia surge em minha mente, e pelo mesmo poder são apagadas e dão lugar a outras. Por produzir e desfazer ideias a mente é com justeza considerada ativa...mas, qualquer que seja o poder que tenha sobre meus próprios pensamentos, constato que as ideias realmente percebidas pelos sentidos não têm semelhante dependência de minha vontade. Quando abro meus olhos pela manhã, não está em meu poder escolher se verei ou não, ou determinar que objetos se apresentarão à minha visão; o mesmo vale para a audição e os outros sentidos. As idéias neles impressas não são produtos de minha vontade. Há, portanto, alguma outra Vontade ou Espírito que as produz." (George Berkeley, Princípios do Conhecimento Humano) Considere estas afirmações: I. Uma ideia não pode ser causa de outra ideia. II. As ideias dos sentidos independem da vontade de quem as percebe. III. Toda ideia deve ter uma causa. IV. A mente pode ser ativa e passiva. Considerando-se a doutrina de Berkeley, estão pressupostas nesse raciocínio, dentre as afirmações acima, apenas (A) I e II. (B) I e III. (C) II e III. (D) III e IV. (E) I e IV.

48 B GABARITO

49 Descartes, Espinosa e Leibniz O lado racional e as vezes até ideal da força...

50 A dúvida e as quatro regras do método em René Descartes. Colégio Cenecista Dr. José Ferreira Filosofia Professor Uilson Fernandes

51 O projeto de René Descartes Descartes, um dos principais representantes da filosofia moderna, optou pelo As contribuições da reflexão de Descartes ultrapassaram as barreiras da própria filosofia, e se instauraram na geometria, na matemática, na física e na própria medicina. fundamento racional como princípio básico de seu esforço de contribuir para a ciência de seu tempo.

52 O projeto de René Descartes Para consolidar seu objetivo, o filósofo, faz uso de um exercício fundamental para a ciência e toda tentativa de conhecimento humano: A dúvida...

53 O projeto de René Descartes

54 O projeto de René Descartes O percurso da dúvida cartesiana, visa eliminar gradativamente toda e qualquer fonte de erro de sua filosofia, buscando efetivamente encontrar um fundamento claro e distinto.

55 O projeto de René Descartes A dúvida cartesiana pode ser chamada de hiperbólica. Ou seja, a dúvida vai cada vez mais se ampliando até se consolidar como metódica, ou seja, um instrumento capaz de obedecer aos princípios que guiarão a investigação de Descartes até seu objetivo.

56 O projeto de René Descartes Neste ponto o exercício hiperbólico e metodológico da dúvida, distingue o percurso cartesiano dos céticos, pois: A dúvida cartesiana não toma que todo o conhecimento científico é inseguro. A insegurança deriva da confiança na sensibilidade, ou seja as sensações e sentimentos são sempre confusos, pois os sentidos nos enganam.

57 O projeto de René Descartes Os dados oriundos dos sentidos, nossas sensações e experiências são sempre confusas, mas aquilo que se coloca no plano do pensamento, da compreensão e aplicação lógica se mostram sempre claros e distintos, sendo portanto dignos de confiança e fonte do conhecimento verdadeiro e seguro.

58 A dúvida e o fundamento primeiro em René Descartes A acepção cartesiana da dúvida se relaciona com a necessidade de encontrar um fundamento seguro, que possa estabelecer de maneira clara e evidente uma base segura para o conhecimento científico.

59 A dúvida e o primeiro princípio. O primeiro e mais importante princípio da filosofia de Rene Descartes é o cogito (pensamento). Donde sua famosa formulação Penso logo existo!

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61 O cogito e a questão da subjetividade A partir da evidência do cogito, Descartes esta retomando de maneira inovadora na história da filosofia o problema do sujeito, dividindo o homem em res cogitans ( substância pensante) e res extensa ( substância sensível).

62 A questão da subjetividade Descartes está retomando um dos temas mais caros a história da filosofia, o sujeito, pois se existo porque penso, eu que penso necessariamente preciso buscar por meio de princípios da razão uma compreensão de meu eu. De quem de fato sou.

63 O dualismo cartesiano As implicações do cogito, neste sentido, partem de uma tese que na filosofia da mente ficou conhecida como dualismo. Se prescreve a existência de duas substâncias e a famosa glândula pineal seria o ponto fisiológico de relação entre res cogitans e res extensa.

64 ENEM 2013 TEXTO I - Há já algum tempo eu me apercebi de que, desde meus primeiros anos, recebera muitas falsas opiniões como verdadeiras, e de que aquilo que depois eu fundei em princípios tão mal assegurados não podia ser senão mui duvidoso e incerto. Era necessário tentar seriamente, uma vez em minha vida, desfazer-me de todas as opiniões a que até então dera crédito, e começar tudo novamente a fim de estabelecer um saber firme e inabalável. DESCARTES, R. Meditações concernentes à Primeira Filosofia. São Paulo: Abril Cultural, TEXTO II - É o caráter radical do que se procura que exige a radicalização do próprio processo de busca. Se todo o espaço for ocupado pela dúvida, qualquer certeza que aparecer a partir daí terá sido de alguma forma gerada pela própria dúvida, e não será seguramente nenhuma daquelas que foram anteriormente varridas por essa mesma dúvida. SILVA, F.L. Descartes. a metafísica da modernidade. São Paulo: Moderna, 2001 (adaptado). A exposição e a análise do projeto cartesiano indicam que, para viabilizar a reconstrução radical do conhecimento, deve-se A) retomar o método da tradição para edificar a ciência com legitimidade. B) questionar de forma ampla e profunda as antigas ideias e concepções. C) investigar os conteúdos da consciência dos homens menos esclarecidos. D) buscar uma via para eliminar da memória saberes antigos e ultrapassados. E) encontrar ideias e pensamentos evidentes que dispensam ser questionados.

65 O Racionalismo tem como ponto de partida o sujeito pensante e não o mundo exterior. Essa teoria do conhecimento afirma que existem ideias inatas, isto é, a) ideias que estão na nossa mente quando nascemos b) conhecimentos que nos vieram da experiência c) noções sobre coisas que os outros também sentem d) instintos necessários para a nossa sobrevivência e) sensações obtidas pela experiência sensorial

66 Baruch Spinoza

67 Biografia Nasceu em Amsterdam em 1632 Jedeu, geómetra e filósofo Como crítico dos judeus ortodoxos, foi acusado de ser panteísta e julgado como imoral Abandonou a carreira acadêmica em prol de sua liberdade intelectual. Viveu solitário, sem filhos ou casamento com serenidade, como um grande estoico

68 Do geral para o particular Método dedutivo Razão e não Os sentidos Deus Substância Infinita De Deus se derivam as qualidades do mundo e do homem. Se Deus anteriormente era apenas espiritual, agora também é material. É todo o universo Somente existe uma substância Deus é a natureza, a natureza é um Todo, uma só substância, as coisas não existem se não participam do todo. Descartes: parete do eu para Deus Tomás de Aquino: parte do mundo para Deus

69 Deus é substância, metaforicamente como o oceano e as ondas seriam como as coisas particulares Deus única substância Não existe problema na comunicação entre alma e corpoi, pensamento e sensação pois corpo e mente são uma única substância. O individual ( homem, coisas particulares) São aspectos da substância divina e infinita Os homens só conhecem as caracaterística das substâncias : 1. Pensamento 2. Extensão e Materia Portanto : A mente finita do homem: São modos únicos Deus, como ondas, imersas ns substancia, o que está abaixo é como o fundamento de todo Pensamento. Os corpos finitos São modos únicos Deus, como ondas, imersas ns substancia, o que está abaixo é como o fundamento de todo Pensamento. Corpos finitos : são modos de Deus, como diferentes formas de ondas, imersos na única substancia fundante da ideia de extensão ( matéria) Não existe liberdade. Tudo está determinado pela substância divina, a única liberdade é aceitar que tudo está determinado.

70 Conhecimento e verdade Sensível : apresenta apenas o singular, meras opiniões, atos desordenados. Parte do método Dedutivo racional, em que as demonstrações são oriundas das matermáticas. Intuição: o homem faz uso de uma visão do todo Conhecimento total Felicidade

71 Ética Desenvolveu um sistema ético pautado em axiomas (pequenas frases) definidos a patir de postulados oriundos da própria geometria. Três etapas, de acordo com os três tipos de conhecimento: Sensível: escravo das paixões materiais. Dedutivo: vive em liberdade, pois tem consciência de que tudo está determinado. Intuitivo: consegue a verdadeira felicidade pois está com Deus, e percebe o todo. Permanecer no seu ser : esforço para seguir vivendo, a alegria nos ajuda e a tristeza não, pela paixão somos escrevos mas pela razão que compreende o todo somos livres.

72 Excertos Um exemplo do panteísmo absoluto de Spinoza: Fora Deus, nenhuma substância pode existir ou ser concebida. Ética, 1ª Parte, Proposição 14 Como a capacidade de existir é um poder, segue-se que quanto mais realidade tiver a natureza de uma coisa, maior será o seu poder de existir por si. Logo, um ser absolutamente infinito, isto é, Deus, tem por si mesmo um poder absolutamente infinito de existir. Portanto ele existe absolutamente. Ética, 1ª Parte Exemplos do determinismo radical de Spinoza: Deus é a causa de todas as coisas, que existem nele. Ética, 1ª Parte

73 Não há nada contingente na natureza, sendo todas as coisas determinadas por necessidade da natureza divina a existir e a agir de uma forma definida. Ética, 1ª Parte As pessoas enganam-se quando pensam que são livres. Acham isso apenas porque têm consciência de suas ações, mas continuam ignorando a causa efetiva dessas ações. Ética, 2ª Parte Os dois atributos: Mente e corpo são um único e mesmo indivíduo, ora concebido com o atributo do pensamento, ora com o atributo da extensão. Ética, 2ª Parte

74 A ideia de governo em Spinoza, muito à frente de seu tempo, ainda que um tanto utópica: O objetivo último do governo não é dirigir ou refrear pelo medo nem impor obediência, mas, ao contrário, livrar todo homem do medo para que possa viver na maior segurança possível, ou seja, reforçar seu direito natural de existir e tratar dos seus assuntos sem prejuízo para si ou para os outros. O objetivo do governo não é transformar os homens de seres racionais em bestas ou bonecos, mas capacitá-los a desenvolver corpo e mente em segurança e a usar a razão sem restrições, sem ódio, ira ou trapaça nem fiscalização ciumenta e injusta. Com efeito, o verdadeiro objetivo do governo é a liberdade. Tratado teológico-político, cap 20

75 No contexto da cultura ocidental e na história do pensamento político e filosófico, as considerações sobre a necessidade de valores morais prévios na organização do Estado e das instituições sociais sempre foi um tema fundamental devido à importância, para esse tipo de questão, dos conceitos de bem e de mal, indispensáveis à vida em comum. Diante desse fato da história do pensamento político e filosófico, a afirmação de Espinosa, segundo a qual Se os homens nascessem livres, não formariam nenhum conceito de bem e de mal, enquanto permanecessem livres (ESPINOSA, 1983, p. 264), quer dizer o seguinte:

76 a) O homem é, por instinto, moralmente livre, fato que condiciona sua ideia de ética social. b) Assim como o indivíduo é anterior à sociedade, a liberdade moral antecede noções como bem e mal. c) Os valores morais que servem de base para nossa socialização são tão naturais quanto nossos direitos. d) Não poderíamos falar de bem e de mal se não nos colocássemos além da liberdade natural. e) Não há nenhum vínculo necessário entre viver livre e saber o que são bem e mal.

77 Somente a alternativa [D] está de acordo com a afirmação de Espinosa. Segundo ele, a liberdade está ligada à ideia de causa ativa e se explica pela ausência de constrangimento externo. Somente Deus é livre, enquanto que os homens são seres dominados pela paixão. As noções de bem e mal existem, nesse contexto relativo aos homens, estando vinculadas à utilidade, dando ao homem a possibilidade de ação para além das determinações naturais.

78 Gottfried Wilhelm Leibniz ( )

79 Leibniz No início, quando me libertei do jugo de Aristóteles, eu era favorável aos átomos e ao vácuo, porque este ponto de vista melhor satisfazia a imaginação. Mas refletindo melhor sobre o assunto, após muito meditar, vi que é impossível encontrar os princípios da verdadeira unidade tão somente na matéria ou em algo que seja apenas passivo, visto que nada mais é que uma coleção ou agregado de partes ad infinitum. [ ] sustento que não devemos confundir essas nem com o espírito, nem a alma racional, que são de uma ordem superior e possuem incomparavelmente mais perfeição que aquelas formas que estão penetradas na materia. Disponível em Acesso em 06 de junho de 2016

80 Como nem toda a realidade natural é exaustivamente explicada por extensão e movimento, Leibniz sugeriu também a existência do que chamou de ENTELÉQUIAS, mais tarde chamadas de MÔNADAS... MÔNADA = é a realidade fundamental, princípio fundamental, substância simples, inextensa, que entra nos compostos. O universo é composto de um número infinito de mônadas. Corpos materiais são substâncias compostas, formadas por grupos de mônadas. Mentes são mônadas, que vão desde as ínfimas até Deus.

81 Para Leibniz a verdadeira REALIDADE é o SUJEITO LÓGICO, ao qual se atribuem vários predicados, não sendo ele próprio predicado de nenhum sujeito. Ex: Sócrates é... (baixinho, barbudo, tagarela...) Mas não se pode dizer que ele socratiza!

82 Contudo, as coisas individuais, as mônadas, estão todas (logicamente) interrelacionadas: Cada substância-mônada está em relação com todo o universo, o reflete, o exprime em si, e está em relação com a sua causa primeira, Deus. Cada mudança na coisa repercute em todo o universo, não por sua relação com o exterior, mas pela harmonia pré-estabelecida que ela tem com o universo.

83 Caracaterização das mônodas Caracterizando as mônadas como substâncias unas e indivisíveis é que Leibniz começa sua Monadologia. Como substâncias simples, ou seja, sem partes, as mônadas não podem apresentar extensão nem figura possíveis, sendo consideradas como os verdadeiros Átomos da Natureza, e, em uma palavra, os Elementos das coisas, tornando-se os compostos nada mais do que um agregado de mônadas.

84 Caracterização monodologia...

85 Para explicar que = 4 não basta intuição, é necessário DEMONSTRAÇÃO, senão caímos na situação do geômetra que não acreditava que as seções oblíquas do cone e elipse fossem iguais porque não conseguia captar isso intuitivamente. Para Leibniz a lógica é uma MATEMÁTICA UNIVERSAL, e a matemática é uma lógica aplicada. Achava que a silogística aristotélica era apenas o começo e vislumbrou a possibilidade da lógica simbólica contemporânea! Os princípios primeiros de TODO O CONHECIMENTO HUMANO são para Leibniz o princípio da não-contradição e o princípio da razão suficiente

86 O melhor dos mundos possíveis... O melhor dos mundos possíveis é aquele que apresenta um maior intercâmbio eficiente entre os dois fatores determinantes da perfeição, isto é, entre o uno e o múltiplo. Resta-nos então compreender como se relacionam unidade e multiplicidade, ou seja, como se consegue o mundo mais diverso estando ele submetido, pela necessidade, à simplicidade.

87 O melhor dos mundos possíveis... Leibniz acreditava que o melhor dos mundos deve apresentar uma maior diversidade e assim possuir o maior número possível de indivíduos. Daí ele não aceitar a existência do vácuo, pois no Universo quanto mais matéria existir, mais Deus terá ocasião de exercer sua sabedoria e seu poder (LEIBNIZ, 1988a, p.238). O uno e o múltiplo estão reunidos em uma harmonia já preestabelecida, de modo que as ações de Deus estariam em conformidade com as leis mais gerais.

88 ENEM A substância é um Ser capaz de Ação. Ela é simples ou composta. A substância simples é aquela que não tem partes. O composto é a reunião das substâncias simples ou Mônadas. Monas é uma palavra grega que significa unidade ou o que é uno. Os compostos ou os corpos são Multiplicidades, e as Substâncias simples, as Vidas, as Almas, os Espíritos são unidades. É preciso que em toda parte haja substâncias simples porque sem as simples não haveria as compostas, nem movimento. Por conseguinte, toda natureza está plena de vida. LEIBNIZ, G. W. Discurso de metafísicas e outros textos. São Paulo: Matins Fontes, 2004 (adaptado). Dentre suas diversas reflexões, Leibniz voltou sua atenção para o tema da metafísica, que trata basicamente do fundamento de realidade das coisas do mundo. A busca por esse fundamento muitas vezes é resumida a partir do conceito de substância, que para ele se refere a algo que é A) essencial na estrutura do que existe no mundo, sem deixar de contribuir para o movimento. B) considerado simples e múltiplo a um só tempo, por ser um todo indecomponível constituído de partes. C) complexo por natureza, constituindo a unidade mínima do cosmo. D) desdobrado no composto, em vez de gerá-lo unindo-se a outras substâncias simples. E) estabilizador da realidade, dada a exigência de permanência desta.

89 ALTERNATIVA E GABARITO

90 Segundo a concepção formulada por Gottlieb W. Leibniz, todas as coisas do universo são formadas por unidades dinâmicas e autocontidas, que estão ordenadas e hierarquizadas num plano determinado por Deus. Assim, segundo Leibniz a) somente a fé fornece a verdade sobre as coisas da natureza b) vivemos no melhor dos mundos que seriam possíveis c) não podemos prever ou controlar os fenômenos naturais d) a matemática não tinha utilidade para o pensamento filosófico e) a razão humana tem limites determinados pela vontade divina

91 ALTERNATIVA B GABARITO

92 TEXTO I Experimentei algumas vezes que os sentidos eram enganosos, e é de prudência nunca se fiar inteiramente em quem já nos enganou uma vez. DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. São Paulo: Abril Cultural, TEXTO II Sempre que alimentarmos alguma suspeita de que uma ideia esteja sendo empregada sem nenhum significado, precisaremos apenas indagar: de que impressão deriva esta suposta ideia? E se for impossível atribuir-lhe qualquer impressão sensorial, isso servirá para confirmar nossa suspeita. HUME, D. Uma investigação sobre o entendimento. São Paulo: Unesp, 2004 (adaptado). Nos textos, ambos os autores se posicionam sobre a natureza do conhecimento humano. A comparação dos excertos permite assumir que Descartes e Hume a) defendem os sentidos como critério originário para considerar um conhecimento legítimo. b) entendem que é desnecessário suspeitar do significado de uma ideia na reflexão filosófica e crítica. c) são legítimos representantes do criticismo quanto à gênese do conhecimento. d) concordam que conhecimento humano é impossível em relação às ideias e aos sentidos. e) atribuem diferentes lugares ao papel dos sentidos no processo de obtenção do conhecimento.

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