DAVID HUME ( )
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- Salvador Sequeira Guterres
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2 DAVID HUME ( ) * Filósofo, historiador e ensaísta britânico, nasceu em Edimburgo, na Escócia, e se tornou célebre por seu empirismo radical e seu ceticismo filosófico. *Hume opôs-se particularmente à filosofia de Descartes e, também, àquelas que consideravam a razão, o homem, e o conhecimento desde um ponto de vista teológico-metafísico. *Sua importância no desenvolvimento do pensamento contemporâneo é considerável, pois teve profunda influência sobre o pensamento de Kant e grande parte da filosofia do século XX.
3 * Tratado da Natureza Humana ( ). * Ensaios Morais e políticos ( ). * Ensaio filosófico sobre o entendimento humano (1748) publicado anonimamente e, posteriormente, reintitulado: Investigação sobre o entendimento humano. *Investigação sobre os princípios da moral (1751). Principais obras:
4 Crítica à causalidade
5 *A causalidade é um princípio segundo o qual todos os eventos da natureza podem ser explicados a partir de uma causa. Sendo assim, toda causa teria um efeito respectivo, compondo a teoria de causa e efeito. *Além da experiência, existe em nós um sentimento de convicção, que Hume intitula como um tipo de crença refinada. Se uma pessoa visse uma garrafa de vidro cheia de água virar-se, não só pensaria no derramamento da água e na quebra da garrafa, como acreditaria piamente que isso, de fato, aconteceria. O fato de crer que isto iria acontecer, Hume chama de crença refinada.
6 *Estipulamos vínculos entres as coisas através da nossa experiência e, que através do hábito, acreditamos que uma causa terá sempre um respectivo efeito. A crença nesses vínculos que achamos necessários, lógicos e coerentes nas coisas se concretiza pela experiência que temos de fatos semelhantes de causa e efeito no passado. Essa crença vai se fortalecendo com o passar do tempo pelo hábito e então passamos a acreditar que de fato a causalidade existe de forma objetiva.
7 Crítica à causalidade VÍDEO
8 INVESTIGAÇÃO ACERCA DO ENTENDIMENTO HUMANO Seção II Da Origem das Ideias - Seção III Da Associação de Ideias
9 A teoria do conhecimento de Hume, é uma refutação à teoria de Descartes. O conhecimento, para Hume, não vem da razão, mas da experiência. Imaginemos agora que uma pessoa passe a vida toda numa cela fechada com nenhuma janela que lhe permita olhar para fora. Ela não tem contato com nenhuma pessoa, só come um tipo determinado de comida (pão), e só bebe água. *Que tipo de conhecimento esta pessoa teria? *Como ela conheceria as coisas? *Como saberia as cores, o sabor de outros alimentos/bebidas (doce, azedo, amargo...)? *Como saberíamos das coisas sem as experimentarmos? *Como saberíamos distinguir as emoções (tristeza, alegria, dor...)? *Como identificar princípios inatos (contradição, identidade, negação, Deus, alma, substância)?
10 A experiência será tudo aquilo que experimentamos, seja internamente (sentimentos), seja externamente (cinco sentidos). A experiência nos fornece a matéria de nossos conhecimentos. Toda experiência é armazenada em nossa memória e pode ser acessada sempre que necessário. Todo o nosso mundo, toda imagem que fazemos de nós mesmos e do mundo, são imagens baseadas em percepções. Deste modo, para Hume, não conhecemos o mundo como é em si mesmo. EXPERIÊNCIA PARA HUME
11 *A única coisa que percebemos são aquelas causadas pelas impressões e reduzidas a ideias. Não podemos garantir nada, além disso, podemos garantir. Mas podemos dizer isso porque, dirá Hume, fomos educados pelo hábito. *Hume não está preocupado em garantir o motivo pelo qual as coisas sempre foram, ou sempre vão ser de determinado modo (verdade fixa e absoluta). O que podemos é, unicamente, fazer suposições, já que a única certeza é de que temos percepções. TEMOS EXPERIÊNCIAS E POR ISSO CONHECEMOS
12 *Imaginamos agora, por exemplo, uma montanha de ouro, no meio de um vale com grama de diamantes vermelhos. *Quando pensamos nessa paisagem, formamos uma imagem de coisas que não são, necessariamente, reais, ou que nunca vimos pessoalmente. *O que fazemos é unir ideias que tínhamos guardadas na memória, que associamos com outras para formar uma terceira. *Tudo o que a mente cria, segundo Hume, deve estar associado com coisas que já conhecemos de algum modo. *É possível pensar em uma cor que nunca vimos? *Ou sentir um gosto que nunca provamos, ou que não exista?
13 *Hume diferencia duas classes de pensamentos: Impressões e Ideias. *IMPRESSÕES: São fortes, representam as nossas vivências atuais, que imprimem uma ideia em nosso pensamento; a primeira aparição de uma coisa na mente. Diferente da lembrança, a impressão é mais vívida, sempre é atual e se dá no exato momento em que experimentamos uma coisa. *IDEIAS: São fracas, representam as lembranças das impressões, são o vestígio das impressões que tivemos em algum determinado momento determinado. As ideias afloram à consciência, quando pensamos ou raciocinamos. * Impressões e ideias podem, ambas, ser simples e complexas. A primeira é indivisível ao pensamento; a segunda reúne várias outras ideias.
14 MAPA CONCEITUAL Teoria do conhecimento em Hume
15 Em linhas gerais, podemos pontuar alguns elementos básicos de sua teoria: *não existe a causalidade, pois a relação causaefeito é produzida pela experiência que temos com os fenômenos e por nosso hábito de estabelece ligações entre eles. *não há como o ser humano dar origem a ideias, pois, em nossa condição, somos inteiramente submetidos aos sentidos.
16 Experiência
17 *Todo mundo já comeu gelatina? *Qual era a cor da gelatina? *Como era o sabor da gelatina? Doce, salgada, amarga ou azeda? *A gelatina era quente ou fria? *Como era a consistência da gelatina? Líquida, sólida, grossa, mole, dura? Ideia da gelatina
18 *Qual a cor da sua gelatina agora? *Qual é o sabor da sua gelatina? Doce, salgada, amarga ou azeda? *A gelatina está fria ou quente? *A gelatina está com qual consistência? Líquida, sólida, grossa, mole, dura? Impressão da gelatina
19 Fim Obrigada!
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