1ª Lição: Considerações sobre a teoria do conhecimento de David Hume (Edimburgo )

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1 1ª Lição: Considerações sobre a teoria do conhecimento de David Hume (Edimburgo ) A teoria do conhecimento de David Hume posiciona-se contra o racionalismo. Começa por concordar com Descartes que o conhecimento deve partir de uma dúvida, mas não só de todo o conhecimento, como das faculdades que o produzem, e de um método. Defende, ainda, contra Descartes, que este não levou a sua dúvida ao máximo que poderia: não pôs em causa a razão enquanto faculdade capaz de originar um método válido para conhecer, por exemplo. Se Descartes tivesse avançado com uma dúvida verdadeiramente radical, nunca dela teria saído. Supondo que chegaria, através do seu método, ao cogito, não teria derivado dele qualquer conhecimento. Hume duvida da existência de um princípio a priori, o cogito cartesiano, capaz de se constituir como verdade indubitável e fundamento de todas as demais deduções. Além disso, coloca em causa as ideias clássicas de substância e de causalidade necessária. Nega a validade da indução e a possibilidade de conhecer Deus. Será, então, possível conhecer indubitavelmente? Hume não nega a possibilidade do conhecimento, mas a do conhecimento absolutamente verdadeiro, como propunha Descartes (consulte os textos 1 e 2). 1

2 2ª Lição: A origem do conhecimento (cf. Texto 5) Todo o conhecimento, diz-nos Hume, tem origem na experiência. O sujeito relaciona-se com o objeto através dos sentidos. A mente que capta as percepções é uma tábua rasa, não possui formas inatas capazes de tratar, de enformar, o conhecimento. Embora possua faculdades que possibilitam o tratamento dos dados, como a memória ou a imaginação. Desta forma, o conhecimento proveniente da experiência entra na mente pela sensibilidade e imprime-se nela. A este conhecimento impresso na mente, em contato com o objeto da sensibilidade, Hume chama impressão. As impressões são as perceções da mente, internas, como as emoções (medo, fome, alegria, sede, etc.) ou externas, adquiridas pelos sentidos. Quando o objecto que origina as impressões se afasta dos sentidos, estas tornam-se fracas, pouco intensas. A estas impressões mais fracas presentes na mente, Hume chama ideias. As ideias resultam das impressões quando o objecto que as produz está ausente. Exemplificando: se colocarmos a mão numa chama temos a impressão de dor. Se retiramos a mão da chama, podemos recordar ou imaginar (pensar) a dor, mas esta ideia não será tão intensa como a impressão que a originou. Também podemos considerar que as ideias simples são formadas a partir da experiência de um conjunto de impressões recolhidas: observo, por exemplo, diferentes gatos e formo, por generalização e abstração, uma ideia de gato. Impressões e ideias podem ser simples e complexas. As ideias complexas resultam da associação de ideias simples por semelhança, contiguidade e causalidade, através da memória, que as recorda. A ideia de mulher é associada à ideia de homem e, por semelhança, podemos formar a ideia de ser humano; a ideia de areia à de mar por contiguidade; e a de nuvem à de chuva por causalidade. A imaginação também associa ideias por recriação, unindo aquilo que conhece de acordo com a sua criatividade, por exemplo, a ideia de unicórnio. (Quais são as consequências desta proposta de Hume?) 2

3 Se a mente do ser humano é uma tábua rasa, então é a representação do objecto percepcionado que determina o sujeito. O conhecimento empírico é uma determinação do sujeito pela representação do objecto. Não obstante, o sujeito é ativo quando associa ideias pela memória e imaginação (consulte o texto 3) Relação entre impressões e ideias As impressões estão na origem das ideias. Não há ideias sem impressões correspondentes. Diz Hume, em defesa da sua tese, que um ser humano com sentidos limitados, por exemplo um cego, não tem uma ideia correspondente à impressão que esse sentido lhe daria, por exemplo a cor. No entanto, algumas ideias complexas poderão não ter uma impressão complexa associada. Por exemplo, a ideia complexa da cidade de Lisboa pavimentada a ouro não tem uma impressão correspondente; é a imaginação e a memória que estão na sua origem. Igualmente, algumas impressões complexas poderão não ter ideias complexas associadas, pelo menos totalmente adequadas ou exatas. Por exemplo, podemos ter a impressão da cidade de Nova Iorque, à noite, e não conseguir recriar esta impressão, de forma fiel, numa ideia complexa. 3

4 3ª Lição: O que podemos conhecer? Todos os objetos conhecíveis se dividem, segundo Hume, em questões de facto e relações entre ideias. As questões de facto resultam do conhecimento do mundo natural, obtêm-se através da experiência da causa-efeito e caracterizam-se pela sua negação não implicar contradição: posso afirmar que o Sol é uma estrela e que o Sol não é uma estrela. Se a primeira proposição for verdadeira, a segunda é falsa, mas não é logicamente contraditória. Estes objetos só podem ser conhecidos por indução. As questões de facto dão-nos conhecimento sobre o mundo, mas não de uma forma absoluta, pois o que afirmamos agora sobre um objeto admite o seu contrário e pode não corresponder ao objeto no futuro. As relações entre ideias, ou entre conceitos, originários da experiência, dizem respeito ao conhecimento lógico-matemático e consistem na relação necessária que a mente estabelece entre ideias que a constituem. Proposições deste tipo não precisam de confirmação experimental, pois a sua negação envolve uma contradição. Se afirmarmos que todos os solteiros são não casados, ou o todo é maior do que a parte, percebemos que estas proposições são verdadeiras sem recorrermos à experiência, pois o contrário delas seria logicamente inaceitável. Embora possamos ter uma certeza e um conhecimento absoluto sobre estas últimas matérias, elas não acrescentam conhecimento sobre o mundo da experiência, são apenas relações entre ideias, que derivaram da experiência. Estas proposições são conhecíveis por intuição intelectual e dedução. 4

5 Processos de conhecimento Todo o conhecimento provém da experiência por indução, no entanto, segundo Hume, é possível conhecer por intuição e dedução. Estes dois últimos processos do entendimento aplicam-se aos objectos da mente e dão origem às ciências formais (matemática, geometria, etc.). Por intuição entende-se um conhecimento imediato; por dedução um conhecimento discursivo, mediato, que vai de proposição em proposição, segundo regras, até a uma conclusão. A indução é o processo mental pelo qual se extrai da observação de casos particulares, por generalização, uma lei universal. Este método fundase na causalidade. Ao observarmos continuamente que a água mata a sede, concluímos que toda a água mata a sede. A indução aplica-se aos objectos exteriores ao ser humano e está na base das ciências naturais. (Será a indução um processo seguro de conhecimento? Pense) (consulte o texto 4) A verdade, para Hume, tem uma dupla natureza. Pode ser formal se resultar do exercício do pensamento sobre objetos formais, por intuição e dedução, de acordo com princípios lógicos por exemplo, O dobro de dez é igual a metade de quarenta; e empírica, provável, quando resulta da adequação da ideia com a representação sensível do objeto. A proposição As galinhas põem ovos será verdadeira se a experiência deste facto corresponder ao juízo que dele faço: as galinhas, efetivamente, põem ovos (consulte os textos 5 e 6). Podemos considerar o princípio da cópia como critério de verdade: se uma ideia não tiver uma impressão correspondente, provavelmente não é verdadeira. Quanto à determinação sujeito/objecto. O empirismo de Hume aponta para uma preponderância do objecto sobre o sujeito, pois é o objecto sensível que se imprime no sujeito e o transforma. No entanto, não será que o sujeito transforma o objecto a partir das suas faculdades e potências? 5

6 4ª Lição: A crítica à ideia de causalidade necessária e indução A causalidade é o princípio a partir do qual concebemos que todas as causas têm um efeito e vice-versa. Para Descartes, a causalidade é necessária: uma causa produz sempre o mesmo efeito, sob as mesmas circunstâncias. Esta causalidade necessária exige a regularidade da natureza; garantida por Deus. Mas o que devemos entender por conexão necessária? É um poder ou uma força que estando presente na causa produz necessariamente o efeito. Será possível, segundo Hume, intuir, deduzir ou experienciar esta força, esta conexão necessária? De acordo com Hume, a conexão necessária, a relação permanente entre uma causa e um efeito, não pode ser determinada por intuição ou por dedução, a priori, pois a sua negação não oferece qualquer contradição. Por exemplo, afirmar que, nas mesmas circunstâncias, "existe uma relação permanente entre a causa e o seu efeito" ou que "não existe uma relação permanente entre a causa e o seu efeito", não oferece uma contradição. Como seria se afirmássemos " um quadrado tem quatro linhas" e "um quadrado não tem quatro linhas". Esta última proposição é falsa a priori. Em suma, se observarmos uma causa, ou um efeito, isoladamente, não seremos capazes de descobrir racionalmente o seu efeito, ou causa, respetivamente. Mas a experiência também não nos garante a causalidade necessária. Ou melhor, a necessidade de uma relação permanente de causa-efeito não é uma questão de facto, pois não é experimentável. Quando observamos uma nuvem negra (causa) e a chuva que dela provém (efeito), uma relação de causa-efeito, experienciamos dois elementos: uma causa e um efeito, mas não um terceiro elemento: a necessidade da sua conexão; observamos, ainda, uma contiguidade do fenómeno no espaço e tempo; uma prioridade - primeiro a nuvem e depois a chuva -; e uma conjunção constante: em semelhantes circunstâncias, o fenómeno é sempre igual. No entanto, não observamos uma conexão necessária, um fenómeno que, sem dúvida, nos mostre que aquela relação de causalidade é permanente. Por outras palavras, como diz Hume, se Adão olhar para a 6

7 água (causa) não consegue extrair da sua observação o seu possível efeito (o afogamento). É o hábito de observarmos continuamente na natureza determinadas causas seguidas dos seus efeitos, uma conjunção constante, que nos dá uma falsa certeza sobre a necessidade dessas relações causais. Tomemos como exemplo dois relógios em cima de uma lareira. Sempre que o primeiro dá horas, tocando uma melodia, o segundo toca de imediato o alarme. Temos uma contiguidade no espaço-tempo; uma prioridade nos sons e uma conjunção constante. Da observação deste fenómeno poderíamos concluir que a melodia do primeiro relógio é a causa do alarme do segundo. No entanto, se afastarmos a contiguidade no espaço, veremos que assim não é. Esta conclusão de Hume afasta-o da ideia cartesiana de causalidade necessária. Problema da Indução A indução é um processo de raciocínio, ou método científico (indução experimental) que conduz a mente do particular para o geral. Mas qual a justificação para os raciocínios que têm por base a experiência? Será possível conhecer por indução e obter conhecimentos genuínos? Não havendo uma causalidade necessária, não podemos contar com a regularidade da natureza. Se a indução é o método, de conhecimento do mundo natural, que parte da experiência de um número limitado de casos particulares e extraí uma lei universal por generalização - que nos permite a previsão de casos futuros-, então pressupõe a regularidade da natureza: que os fenómenos hoje observados tenham acontecido no passado e se repitam no futuro. Mas como a natureza não é regular e não podemos experimentar todos os casos possíveis de uma relação causa-efeito passada, presente e futura, a indução dá-nos apenas conhecimentos prováveis. Não há nenhuma lei necessária que nos autorize a concluir o universal a partir da observação de alguns casos particulares. Por exemplo, da experiência de que alguns mamíferos têm pelo não podemos concluir necessariamente que todos os mamíferos têm pelo, apenas provavelmente. (Pense nas consequências desta proposta). 7

8 Todo o conhecimento que resulta da indução funda-se no passado, na observação da conjunção constante no presente, e na regularidade habitual das relações causa-efeito (futuro); constitui-se como uma crença, não uma certeza. O hábito não é um raciocínio ou uma operação da razão, mas um um mecanismo psicológico, próprio da natureza humana, cuja operação e resultados não dependem nem da nossa vontade, nem da nossa razão Podemos ainda acrescentar que a certeza fundada no hábito resulta da observação dos casos particulares no passado e no presente. Ora, este tipo de conhecimento é, por sua vez, indutivo. Não podemos justificar a eficácia do conhecimento indutivo com ele próprio sem cometermos uma petição de princípio. 8

9 5ª Lição: Sobre o Eu, o Mundo e Deus Descartes defendia a existência de três substâncias distintas: divina, extensa e cogitans. A noção cartesiana de substância aponta para algo que tem subsistência autónoma. Se todo o conhecimento procede da experiência, por via dos sentidos, será possível determinar com certeza a existência da matéria (consulte o texto 7) independente do sujeito, objetos materiais independentes das perceções que o sujeito tem? Deus ou a alma? (Pense) De acordo com Hume, a mente só tem presente as perceções resultantes dos objetos, não os próprios objetos. À medida que nos afastamos de uma mesa percebemos que ela diminui. Assim, o que percecionamos não é o objeto, mas a sua representação. Não é possível determinar com certeza se às perceções da mente correspondem objetos materiais. As perceções da mente podem resultar da «energia da própria mente ou de algum espírito invisível e desconhecido». Então o que poderemos conhecer com certeza? Apenas as relações entre ideias, que nada acrescentam ao que já sabemos sobre o mundo. No entanto, apesar de a teoria contrariar a prática, continuamos a viver, a interagir com o mundo, ainda que saibamos que aquilo que defendemos hoje é provisório e pode mudar amanhã. É possível conhecer sem regredir ao infinito pela força das impressões na nossa mente. Para Hume ser coerente tem de admitir a existência de algo que impressiona os sentidos, seja a matéria como a entendemos ou energia. O contrário seria supor que existe uma entidade superior que nos impressiona a mente com perceções; hipótese que contraria a posição epistemológica de Hume sobre a origem do conhecimento e a existência de Deus - todo o conhecimento advém dos sentidos, se Deus existe tem de ser conhecível. Não sendo possível conhecê-lo, então não sabemos se existe. Por outro lado, se é a mente que cria as perceções, então ou as perceções estão na mente de uma forma inata - o que contradiz a teoria de Hume - ou a mente cria a partir de si, do nada, as perceções que tem na mente. Esta última hipótese levanta problemas mais complexos e céticos: que razão leva a mente a criar perceções? Qual é a faculdade que tem esse poder? 9

10 Se a matéria pode não existir, o que é o Eu? Não é um corpo material, mas apenas uma coleção de sensações. Nem a existência de uma substância pensante, ou alma, como defende Descartes, é considerada por Hume (Retire consequências desta tese), pois não existe nada na mente que não tenha correspondência nas sensações e não é possível ter uma impressão de substância. Para Hume, o ser humano não é uma substância, mas uma coleção de instantes. A sua representação de um ser com passado (infância, juventude, etc.) deve-se à memória e à imaginação que retêm e reproduzem as sensações. Se todo o conhecimento provém da experiência sensorial, o Eu é o resultado dessa minha experiência. A existência de Deus ou é uma questão de facto ou uma relação entre ideias. Não é uma questão de facto, pois não pode ser conhecida pela experiência; Deus não é experimentável, nenhuma impressão lhe corresponde. Também não resulta de uma relação entre ideias, pois a sua negação - Deus não existe - não oferece contradição. Desta forma, apenas posso conceber a existência de Deus, ou a sua natureza, como o resultado do trabalho da imaginação sobre impressões recebidas. Sobre a existência de Deus, enquanto ser fora da mente humana, nada pode ser dito, tal como sobre a matéria. Qual é a natureza de Deus? Se todo o conhecimento provém da experiência e Deus não pode ser objeto da sensibilidade, então é apenas uma ideia complexa, criada pela imaginação, sem impressão simples correspondente. (consulte texto 8). (Retire consequências desta tese). Refutação do empirismo O ceticismo radical é impraticável, como defende Russel. O cético tem de aceitar como válidas uma série de crenças, nomeadamente que os seus argumentos são válidos e que as premissas dos seus argumentos são absolutamente verdadeiras. Ora, como defendem os céticos, não existe conhecimento absoluto. 10

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