2ª crítica- A indução é injustificável ( inferir do particular para o geral: ir do alguns, para o todos ) CRÍTICA DE HUME À INDUÇÃO
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- Zaira Cipriano
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3 A observação precede sempre a hipótese/lei O raciocínio indutivo está na origem das leis científicas Uma hipótese torna-se lei científica apenas depois de verificada pela experimentação Novos casos observados da lei dão-lhe cada vez mais força A Natureza comporta-se sempre do mesmo modo (determinismo Laplaciano ) CRÍTICAS
4 1ª crítica- A observação nunca é pura: A observação é sempre guiada por um problema A observação é uma construção do observador A observação altera a situação a observar 2ª crítica- A indução é injustificável ( inferir do particular para o geral: ir do alguns, para o todos ) CRÍTICA DE HUME À INDUÇÃO
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6 Argumento de Hume 1. O raciocínio indutivo pressupõe o princípio da indução: podemos raciocinar, logicamente, do particular para o geral porque o futuro será semelhante ao passado Observou-se que o metal x dilatou Observou-se que o metal z dilatou Observou-se que o metal y dilatou... Todos os metais dilatam (De acordo com os casos observados e com o princípio da indução)
7 O princípio da indução é justificável a priori (só pela razão )? NÃO diz Hume O princípio da indução é justificável a posteriori (pela experiência)? NÃO diz Hume, porque senão caímos num círculo vicioso (o próprio princípio da indução é justificado com base na indução) 1. Observou-se que a indução funcionou com êxito no caso x 2. Observou-se que a indução funcionou com êxito no caso z 3. Observou-se que a indução funcionou com êxito no caso y 4... A indução funciona sempre
8 Conclusão de HUME: nenhuma inferência/raciocínio indutivo é justificável Mas isto implica a seguinte consequência terrível para a ciência 1. Se a ciência é uma actividade racional, o método (indutivo) da ciência tem de ser justificável. 2. Mas a indução não é justificável (nem a priori nem a posteriori) A ciência não é uma actividade racional
9 3ª crítica- A próprias leis científicas constituem uma objecção à ideia de que a verificação da teoria em casos particulares, por muitos que sejam, nunca a podem validar. PORQUÊ? 1. Se as leis científicas se aplicam a um número infinito de casos, então só a sua verificação num número infinito de casos a tornaria válida. 2. Mas a verificação de uma lei num número infinito de casos é impossível As leis científicas não são válidas
10 4ª crítica- A concepção determinista da natureza é a concepção de que a Natureza se comporta sempre de modo uniforme ( que o futuro será semelhante ao passado) Mas como sabemos isso? Apenas através da experiência de muitos casos particulares, e realizando, depois, um raciocínio indutivo, cuja validade é questionável. 1. A Natureza tem-se comportado de modo uniforme no caso x( dilatação dos metais quando aquecidos) 2. A Natureza tem-se comportado de modo uniforme no caso y ( oxidação dos metais expostos à humida 3. A Natureza comporta-se de modo uniforme ( logo o futuro será semelhante ao passado )
11 Respostas de Karl Popper ( ) 1º Ao argumento de Hume 2º Ao problema da verificação como confirmação e à origem observacional das explicações científicas
12 ARGUMENTO HUMEANO 1.Se a ciência é uma actividade racional, o seu método (indutivo) deve ser justificável ( racional). 2. Mas a indução não é justificável (nem a priori nem a posteriori) A ciência não é uma actividade racional
13 Karl Popper considera que o argumento de Hume não é sólido porque, embora aceite a 2ª premissa (a indução não é justificável), a 1ª premissa (Se a ciência é uma actividade racional, o método (indutivo) da ciência é justificável ) é falsa. PORQUÊ? Porque a indução não desempenha qualquer papel na investigação científica: 1º Não é indutivamente (do particular para o geral) que as teorias científicas são concebidas 2º A indução (verificações de muitos casos particulares da teoria geral) não é necessária para avaliar teorias científicas.
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15 1º MOMENTO: A investigação científica nunca começa com a observação: o facto-problema pode começar com a observação 2º MOMENTO: não há lugar a um raciocínio indutivo a partir da observação de casos particulares. O cientista elabora uma teoria explicativa do facto-problema. É um acto essencialmente imaginativo Tem o carácter de uma conjectura ( palpite) Deve ser ousada ( muito informativa e imaginativa de modo a ser altamente refutável ) 3º MOMENTO. A observação só passa a ter um papel relevante neste momento
16 1ª ETAPA: dedução/previsão ( não indução ) de consequências empíricas. Uso do modelo nomológico : [Conjectura + condições particulares ocorrência de certos fenómenos ] 2ª ETAPA: criação das condições experimenrais para observar se as previsões ocorrem 4º MOMENTO: duas situções 1. 1ª SITUAÇÃO : as previsões não se confirmam teoria foi refutada ( abandona-se por outra ou reformula-se ) 2. 2ª SITUAÇÃO: as previsões confirmam-se teoria foi corroborada ( continua a tentarse refutá-la )
17 FALSIFICACIONISMO POPPERIANO PARA POPPER O QUE CONTA NÃO É CRIAR TEORIAS QUE SEJAM IRREFUTÁVEIS PORQUE ENTÃO NÃO SÃO CIENTÍFICAS( METAFÍSICAS) PARA POPPER O QUE CONTA NÃO É,A VERIFICAÇÃO DE MUITOS CASOS DE UMA DADA TEORIA, PORQUE ISSO NÃO A VALIDA ( NÃO TORNA CIENTÍFICA ) PORQUE? 1. Se as leis científicas se aplicam a um número infinito de casos, então só a sua verificação num número infinito de casos a tornaria válida. 2. Mas a verificação de uma lei num número infinito de casos é impossível As leis científicas não são válidas
18 SEGUNDO POPPER O MODELO VERIFICACIONSTA DA CIÊNCIA CAI NUMA FALÁCIA LÓGICA. A ÚNICA MANEIRA DE A EVITAR E GARANTIR A CIENTIFICADADE DAS TEORIAS CIENTÍFICAS É A SUA VARIAÇÃO DO O MÉTODO HIPOTÉTICO-DEDUTIVO DAS CONJECTURAS E REFUTAÇÕES
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