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PN 1953.06-5; Ap.: TC Porto 5.ªV. 3.ª Sec. (1136.96) Ape: Companhia de Seguros Império S.A. 1 Ap.o: José António Ribeiro 2 Em Conferência, no Tribunal da Relação do Porto I Introdução: 1) A Ap.e não se conformou com a condenação a pagar ao R. do montante de 5179,60, com juros desde a citação, de ressarcimento de prejuízos decorrentes de acidente profissional sofrido pelo A., ferroviário. 2) Da sentença recorrida: (a) O A. logrou provar, como lhe competia, os factos constitutivos do seu direito, mas questão diversa é a de saber qual a percentagem a que corresponde a invalidez sofrida, segundo o contrato de seguro: não dispomos de factos que permitam integrar as concretas lesões contraídas pelo A. no elenco das lesões da clausula VI, onde estão especificadas as coberturas percentuais dos riscos aceites contratualmente; (b) Nestes casos rege a cláusula VII: qualquer invalidez permanente não prevista será indemnizada promocionalmente á sua gravidade em relação ás enfermidades ou lesões acima discriminadas, cumprindo ter em vista que essa indemnização será sempre objectivamente calculada, isto é, considerando apenas a gravidade da invalidez, independentemente da profissão da pessoa segura. (c) Assim, era á R. quem competia demonstrar o grau de gravidade das lesões em comparação com as especialmente previstas no contrato de seguro e, não o tendo feito, não resta ao Tribunal utilizar senão a percentagem de incapacidade geral para o Trabalho que o A. provou sofrer, 30%. 1 Adv: Dr. Fernando Pádua Gonçalves, Rua José Falcão, 15 3, sala 4, 4050-316 Porto 2 Adv. Dr. Gomes da Mota, Rua Pedro Homem de Melo, 55 7.º 4150 Porto 1

(d) Entretanto, nas condições especiais do seguro encontra-se fixado o pagamento ao segurado dum capital correspondente á percentagem de desvalorização sofrida, tendo por base o capital seguro para risco de invalidez permanente total, capital igual a 5 vezes o ordenado anual. (e) Provou-se que o A. auferia PTE 57 240$00 de vencimento e PTE 450$00 de subsídio de refeição: o ordenado anual de PTE 692 280$00 a quantia a que o A. tem direito é de PTE 1 038 40$00, i.é., 5 179,60, quantia a que acrescem juros desde a citação. II Matéria assente: 1) USF celebrou com a Ap.e um contrato de seguro colectivo dos ferroviários, a que corresponde a Ap. 4100, tendo em vista garantir o risco decorrente de acidentes corporais que pudessem sobreviver aos associados no exercício da profissão ou fora dela; 2) O Ap.o ficou abrangido por esse contrato a partir de 74.03.01; 3) Quando exercia a sua actividade profissional de ferroviário, no Porto, sofreu um acidente; 4) Participou á Ap.e esse evento em 92.07.21; 5) O referido acidente ocorreu em 89.04.03; 6) E no vencimento de 03.89, foi descontado ao A. a quantia de PTE 690$00 do prémio deste seguro; 7) O A. sofreu então lesões em várias partes do corpo, as quais implicam 30% de I.P.P.; 8) Na data do sinistre, o A. auferia PTE 57 240$00, de vencimento mensal. 9) E PTE 450$00/dia de trabalho efectivo, a titulo de subsidio de refeição; III- Cls/alegações: (a) Não consta da Acta de Julgamento referência á cassete onde foram gravados os depoimentos: o recorrente está impedido assim das especificações exigidas no art. 190A CPC; 2

(b) Na verdade, tendo sido gravada a Audiência e tendo as testemunhas deposto sobre Q2, não pode a recorrente indicar os concretos meios de prova em que se baseia para pedir alteração da resposta, em face da omissão da acta já referida; (c) Trata-se de nulidade processual; (d) È que a R. não concorda com a resposta dada a Q2; (e) Por um lado, as testemunhas nada disseram sobre a matéria ou o que disseram não merece qualquer credibilidade: não são médicos, nem têm quaisquer conhecimentos de medicina, não podem pronunciar-se sobre o grau ou percentagem de invalidez do A.; (f) Por outro lado, tendo em conta a apólice do seguro, certo é que a perícia IML concluiu que o A. não ficou afectado de qualquer incapacidade ou invalidez, consideradas as sequelas incapacitantes e constantes da dita apólice. (g) Por isso, atento o disposto no art. 712/1a. CPC deve ser não provado a resposta a Q2; (h) E nesta conformidade, porque o A. não provou a invalidez de que ficou afectado deve a acção ser julgada improcedente; (i) Mesmo assim que se mantenha a resposta a Q2, sempre a acção deve ser julgada do mesmo modo, pois que, para que o A. tivesse direito a ser indemnizada pela R., tinha de ter ficado afectado de uma invalidez que integrasse alguma das situações previstas na Cl. VI das cláusulas gerais da apólice; (j) Ora, o A. não provou a incapacidade de que porventura possa estar afectado integra alguma dessas situações de invalidez: é facto constitutivo do seu direito, conduz o insucesso à procedência da cação, art.s 342 CC e 427 CCom.; (k) Nem mesmo tendo presente a Cl. VIII das condições gerais, tem o A. direito a ser indemnizado, pois que para isso teria de provar que ficou afectado de uma outra invalidez que seja subsumível numa das que constam de Cl. VI, por semelhança ou analogia, ou por se enquadrar no mesmo ramo de invalidez, bem como o respectivo grau ou percentagem: não provou e quer este enquadramento de invalidez numa situação semelhante, analógica ou do mesmo ramo das que consta de Cl. VI, quer o grau ou percentagem dessa possível invalidez são factos constitutivos do direito do A. improcedência da acção. (l) A sentença recorrida infringiu, pois, os art.s 342 CC e 427 CCom. 3

(m) Por fim, mesmo que se entenda que o A. tem direito a ser indemnizado, no cálculo da indemnização não pode entrar o subsídio de almoço, por não se tratar de retribuição e só a retribuição ou o ordenado contar para o montante indemnizatório. (n) Nesta parte, a sentença recorrida infringiu os art.s 149 e 260 CT; (o) Deve ser revogada e absolvida a R. do pedido. IV Contra-alegações: não houve. V Recurso, julgado nos termos do art. 705 CPC: 1) A omissão da Acta anotada nas conclusões desta apelação não constituiu nulidade, mas mera irregularidade que não influi na justa decisão do caso: a Ap.e não deixou de poder contrariar o raciocínio probatório por falta das menções canónicas. 2) Agora, no que diz respeito à alteração da resposta a Q2 teremos de ter em conta os motivos do julgamento de facto a saber: (i) auto de exame médico realizado no tribunal de Trabalho de Penafiel e junto aos autos a fls. 206, do qual resulta para o A., desde 90.09.14, uma IPP de 30%; (ii) relatório pericial, junto aos autos a fls. 170/3, do qual resulta uma IPP de 30% [para o A.]; (iii) depoimentos das três testemunhas que referiram a incapacidade e a percentagem de invalidez do A. por referencia à experiência comum que lhes advinha do cálculo da pensão paga pela CP, no caso concreto de PTE 14 000$00/mês. 3) Por conseguinte, a fixação da percentagem de invalidez provada pelo A. não se reconduziu apenas aos depoimentos e, propriamente, os depoimentos não foram sequer valorados em termos do saber médico dos depoentes ou de quaisquer conhecimentos gerais ou especializados na matéria que tivessem, mas sim através de um conhecimento social do caso, em que intervêm, digamos multidisciplinarmente, as queixas do visado e a prática da empresa onde todos trabalhavam, em termos de subsidiar a invalidez, atribuindo ao sinistrado um quantum percentual do vencimento decorrente da IPP: 30%, foi dado a que chegaram por aí. 4) De qualquer forma, os resultados dos exames também são inequívocos: (i) IML, 03.07.10: incapacidade permanente geral fixável em 30%; (ii) exame 4

médico-forense (TTPenafiel): IPP 30% desde 14.09.90 [rubrica da tabela art. 71d.2, coeficiente de incapacidade 0,25-0,30; calculo dos coeficientes arbitrados: 0,30% - desvalorização arbitrada: 0,30%] e, como se sabe, na livre apreciação cabe poder ser eleito qualquer meio de prova em detrimento de outro, mesmo que se trate de perícias cientificas: outros exames ficaram de fora assumidamente. 5) A apreciação do tribunal para julgamento da matéria de facto é, pois, fundada e insindicável, neste caso, perante a coerência lógica e a aceitação segundo a prudência do raciocínio sentencial que levou às conclusões: não tem razão nesta parte a Ap.e. 6) Caído este ponto de vista discordante, teremos de aceitar que o A. fez prova que baste do núcleo central da causa de pedir e que pode e deve ser adjudicada ao fundamento normativo decorrente do contrato de seguro, onde, segundo a redacção da apólice e a estrutura do compromisso, não parece de aceitar a proposta interpretativa da Ap.e quanto a uma coordenação das cláusulas VI e VII, nos termos em que propõe e que levou às conclusões. 7) Assim, não teria de provar o A. qualquer tipologia da incapacidade geral que, de alguma forma, remetesse por qualquer semelhança ou categorização para as tipologias taxadas da apólice. 8) Deve aceitar-se, pois, o raciocínio que na 1.ª Instância levou á condenação da A., segundo a regra clássica e milenar de contratos entre as partes fazem lei. 9) E assim, mesmo no que diz respeito á consideração global da soma de vencimento com subsídio de refeição, pois que não estamos aqui na presença do conceito laboral e estrito de retribuição, mas do conceito previdencialista de rendimento do trabalho, o qual engloba tudo quanto o beneficiário recebe por causa da profissão que exerce, em termos de lhe puder ser subsidiado na má fortuna que o impeça ou lhe diminua a capacidade de trabalho. 10) Em última análise, é a própria apólice que, bem entendida, nos dá este conceito globalizante, sobretudo a partir da história da contratação deste seguro, feito por uma entidade sindical, para quem importa naturalmente mais o conforto do trabalhador do que o cumprimento da lei laboral: ao contrário seria se o seguro tivesse sido contratado pelo patronato, justamente para alijar custos em caso de doença ou incapacidade do trabalhador que tivesse por sua conta a 5

seguradora, encara, do ponto de vista comercial, concerteza esta diferença perspectivas 11) Tudo visto, e justamente o art. 406/1 CC, foi inteiramente mantida a sentença sob critica VI Reclamação: nos termos do artigo 700/3 CPC, sem motivos apresentados e, naturalmente sem resposta. VII Sequência: (a) Não tendo sido apresentadas as razões da discordância com o despacho do relator e concordando o colectivo com os fundamentos e com a decisão, tomamno aqui como acórdão. (b) Por isso mesmo, mantêm a sentença de 1ª Instância. VII - Custas: pela Ap.e, que sucumbiu, que não serão contados neste passo, automático e essencial à definitividade do julgado. 6