Acordam no Tribunal da Relação do Porto

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Transcrição:

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(b) Na separação de bens processada ao abrigo do disposto no art. 825 CPC, feita a partilha das meações, passa a vigorar entre estes o regime de separação de bens, sem necessidade de ser intentada outra acção judicial; (c) E em conformidade com os arts. 1711/1 e 1715/2 CC, a modificação do regime de bens advinda do pedido de separação das meações só produz efeitos relativamente a terceiros depois de registada 5 ; (d) Por outro lado, os arts. 1e. e 2 Cód. Reg. C. obrigam ao registo da alteração do regime de bens do casamento; (e) Por fim, o art. 78 do mesmo diploma (anterior art. 99) obriga o tribunal a comunicar à Conservatória competente, por meio de certidão, as decisões proferidas quanto aos factos que devam ser averbados ao registo; (f) Tendo indeferido o requerimento do recorrente, a decisão recorrida violou as normas legais antecedentemente indicadas; (g) Deve por isso ser revogada e substituída por outra que ordene a comunicação à C. Reg. C. Peniche da separação de bens entre o recorrente e a recorrida, com remessa da sentença homologatória da partilha e data do trânsito respectivo. 3. Não houve contra-alegações, e o despacho foi sustentado: a situação é aqui diferente da prevista nos arts. 1419ss CPC e 1767 CC, onde se contempla a separação judicial de pessoas e bens, essa sim com interesse para ser comunicada à C. Reg. C.; aliás, há diferença estrutural entre os dois institutos: o do art. 825 CPC, de natureza patrimonial, e o do art. 1419 CPC, de natureza pessoal. 4. O recurso está pronto para julgamento. 5. Dá-se por assente, segundo os autos: 2

(a) Neste apenso à execução principal, foi proferida, 94.11.11, e transitou, sentença homologatória da partilha, requerida ao abrigo do art. 825 CPC, por Ivone da Conceição Antunes Romão casada com José Julião João, inicialmente na comunhão geral de bens; (b) Com êxito, este último requereu depois, 94.11.25, para efeitos de registo, a passagem da certidão do teor da sentença de partilha, acompanhada do respectivo mapa; (c) E em 96.10.11, para efeitos de averbamento, que fosse oficiado à C. Reg. C. Peniche, informando da alteração do regime de bens do casal em consequência da sentença, como foi feito; (d) Contudo, em 96.11.21, foi junto aos autos uma resposta da dita Conservatória sobre certidão de teor da sentença homologatória da partilha: o inventário corre por apenso ao processo de separação, e verifica-se que nos foi enviada fotocópia da sentença que homologou a partilha e não da sentença que decretou a separação de bens, única que interessa ao Registo Civil; (e) Em 98.01.12, o recorrente, para efeitos de registo na C. Reg. C. Peniche, requereu que o tribunal o declarasse judicialmente separado de pessoas e bens da mulher, despacho que teria obrigatoriamente de preceder a partilha de bens homologada por sentença, 94.11.11, e que, por lapso, parece não ter sido proferido; (f) Foi indeferido, 98.02.13, com trânsito: não se vislumbra na tramitação legal a previsão do despacho a que se alude no antecedente requerimento; (g) E entretanto, no sentido de Aclaração pedida, sobre qual era, naquele momento, o regime dos bens do casal: satisfazendo esclarece-se o requerente que o regime de bens do casal é, neste momento, o regime de separação de bens 6 ; 5 Citou o Ac. da nota anterior. 6 Citou o já referido ac RP 95.04.18. 3

(h) Em 01.01.29, foi apresentado o requerimento (agora indeferido): no assento de casamento dos cônjuges não foi ainda averbada a alteração do seu regime de bens que é de separação de bens, e deve ter-se em conta a devolução da certidão, 96.11.21. 6. A separação de meações, através de inventário, nos termos do art. 825 CPC, integra a excepção ao princípio da imutabilidade do regime de bens matrimonial prevista no art. 1715b CC. É facto sujeito a Registo Civil, art. 1711/1b do mesmo diploma: simples separação judicial de bens. E também é verdade que a comunicação à C. Reg. C., onde foi lavrado o Assento de Casamento é oficiosa, mostrando-se deficientemente cumprida, segundo a matéria comprovada. E como se vê do manifesto erro de base da informação prestada em 1996 pela Conservatória, na qual a homologação judicial da partilha foi concebida como decisão dada na sequência de sentença (em falta!) de separação de pessoas e bens. Tem por conseguinte razão o recorrente: há que corrigir o processado defeituoso, e não se pode sufragar a tese do despacho recorrido pela qual nos é dito, em boa verdade, não haver lugar a registo. De qualquer modo, parece também haver contradição de julgados, pois ainda se verificam despachos no sentido, pelo menos, de possibilitar ou de entender como cabendo legalmente o registo civil da mera separação de bens, afinal disso mesmo que tratam os autos e não de matéria diversa. Sendo assim haveria sempre de fazer cumprir o caso julgado (contraditório) precedente. Convergiriam as duas soluções, mas adopta-se a primeira, por mais expedita. 7. Atento o exposto, vistos os arts. 1711/1, 1715/1b.2 CC, arts. 1ºe., 2º, 78º Cód. Reg. C., decidem revogar o despacho recorrido que substituem, ordenando a comunicação oficial à C. Reg. C. Peniche da mera separação de bens, que afecta, a partir da 4

sentença homologatória da partilha, 94.11.11, o regime matrimonial de José Julião/Ivone da Conceição, com certidões oportunas. 8. Sem custas, por não serem devidas. 5