KRUGMAN & OBSTFELD, CAP. 4; WTP, CAP. 7

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "KRUGMAN & OBSTFELD, CAP. 4; WTP, CAP. 7"

Transcrição

1 O Modelo de Hecksher-Ohlin KRUGMN & OBSTFELD, CP. 4; WTP, CP. 7 OBS.: ESTS NOTS DE UL NÃO FORM SUBMETIDS REVISÃO, TENDO COMO ÚNIC FINLIDDE ORIENTÇÃO D PRESENTÇÃO EM CLSSE. COMENTÁRIOS SÃO BEM VINDOS E PODEM SER ENVIDOS rsaldanha@actiomercatoria.com.br. REPRODUÇÃO SOB QUISQUER MEIOS OU DISTRIBUIÇÃO PROIBID SEM UTORIZÇÃO PRÉVI DO UTOR. Roland Veras Saldanha Jr Página 1 03/04/2007

2 INTRODUÇÃO o O modelo Hecksher-Ohlin (H-O) é um clássico do comércio internacional, incorporando à explicação do comércio internacional, entre outras coisas, a importância das diferenças nas dotações de fatores entre os países. Eli Hecksher e Bertil Ohlin são suecos, este último tendo recebido o Nobel em o Posto de forma simples, o comércio internacional é influenciado pelas dotações relativas de fatores, vale dizer, o país que tem mais terra (em comparação aos outros países), costuma ter uma vantagem na produção de bens que usem este insumo de forma intensiva. O tratamento explícito da importância das proporções de fatores fez com que este modelo também ficasse conhecido como o modelo de proporções de fatores. o Em sua versão mais simples, aqui analisada, o modelo H-O supõe 2 economias, cada qual produzindo 2 bens e usando 2 fatores. Um terceiro nome identificado com o modelo H-O é o de modelo 2 x 2 x 2 de H-O. o Diversos teoremas importantes decorrem do modelo H-O. Eles serão apresentados agora e derivados a seguir: a) Um país exporta os bens cuja produção é intensiva na utilização dos fatores de produção que lhe são relativamente abundantes. b) Se as tecnologias e produtos nos dois países forem idênticos e todos os produtos forem produzidos em todos os países (especialização incompleta), os preços dos fatores serão iguais nos dois países (teorema da equalização dos preços dos fatores). - Teorema da Equalização dos Preços dos Fatores c) Qualquer efeito do comércio que eleve o preço local do produto importado beneficia os detentores do fator produtivo usado intensivamente na produção do bem concorrente do importado. Teorema de Stolper Samuelson. Estrutura Básica do Modelo o Cada uma das 2 economias produz 2 bens: vestimentas (V) e alimentos () usando 2 insumos, Terra (T) e trabalho (L). s tecnologias empregadas nos Roland Veras Saldanha Jr Página 2 03/04/2007

3 dois países são idênticas e estão sujeitas à lei dos rendimentos marginais decrescentes. o Supõe-se que ambos os fatores sejam utilizáveis na produção dos dois bens: os fatores são inespecíficos e, assim, precisam receber a mesma remuneração quer estejam sendo usados em um ou outro setor. Os insumos, entretanto, não podem ser transferidos entre os países, apenas os bens e serviços finais estão, neste modelo, sujeitos ao comércio. o Para a economia doméstica, as funções de produção são: Q Q ' ' = Q ( T L), PMg 0; PMg < 0 ; PMg TV 0; PMg < 0 V V, LV > LV > TV ' ' = Q ( T L), PMg 0; PMg < 0 ; PMg T 0; PMg < 0, L > L > T Isoquantas e escolha ótima de insumos o Uma curva útil nesta apresentação é a ISOQUNT, uma curva que dá as combinações entre diferentes quantidades utilizadas de insumos que produzem uma mesma quantidade de um bem ou serviço. o s isoquantas podem ser obtidas a partir da função de produção. Para a produção de alimentos na economia doméstica, por exemplo, a quantidade produzida de alimentos é função da quantidade de insumos, terra e trabalho, utilizadas por intervalo de tempo. o Deseja-se conhecer as outras combinações de T e L que produzem exatamente Q 0 unidades de alimentos. Para tanto, faz-se uma diferenciação total da função de produção. O raciocínio é simples: a) Para uma tecnologia dada, a variação na quantidade produzida (dq ) ocorre apenas se houver variação na utilização de insumos, dl e/ou dt diferente(s) de zero. b) relação entre a variação na utilização de cada insumo e a variação na quantidade produzida é dada pelas produtividades marginais dos insumos. Lembre-se que no cálculo da PMg de um insumo, supõe-se que a quantidade utilizada do outro esteja constante. ssim, pode-se expressar a variação na quantidade produzida por: Q T Q L dq = dt + dl = PMgTdT + PMgL dl Roland Veras Saldanha Jr Página 3 03/04/2007

4 c) Numa isoquanta, a quantidade produzida não varia, ou seja, dq =0, logo: 0 = PMg T dt + PMg L dl dt dl PMg = PMg d) razão pela qual se precisam substituir um insumo pelo outro para manter a produção constante é conhecida como Taxa Marginal de Substituição Técnica (TMST) entre os insumos, sendo esta a inclinação da isoquanta, obtida acima: L T TMST PMg = PMg L T e) Note que: o Há infinitas isoquantas, uma para cada nível de produção, Q. o Se a PMg dos fatores é decrescente, à medida que se usa mais de um fator e menos do outro a inclinação da Isoquanta (no ponto) varia. O formato da isoquanta, neste caso, é côncavo em relação à origem. f) Pode-se usar as isoquantas para conhecer a combinação ótima de insumos a ser utilizada. Para tanto, falta conhecer apenas o custo de utilização dos fatores, o salário, w, e a renda da terra, r. Supondo que estes sejam conhecidos e dados (uma hipótese que será relaxada mais adiante, mas que não prejudica este raciocínio), basta encontrar a combinação de insumos que, para uma tecnologia dada, maximiza os lucros. g) Se os preços dos bens são dados, escolher a combinação de insumos que maximiza os lucros ou que minimiza os custos são problemas que geram soluções idênticas (por quê?). Há dois caminhos para estruturar o problema: (1) Encontrar a combinação entre T e L que minimiza os custos para produzir uma determinada quantidade, Q 0 ; ou, (2) Encontrar a combinação entre T e L que produz a quantidade máxima (lucro máximo) para um custo dado (CT 0 ). o Estes são problemas chamados duais, duas formas para se obter as mesmas condições ótimas. baixo a estrutura analítica do primeiro: Roland Veras Saldanha Jr Página 4 03/04/2007

5 min TL, sa. 0 CT = rt + wl (, ) Q = Q T L h) solução analítica pode ser obtida através da construção de uma função auxiliar, o lagrangeano. o Este é um truque matemático para combinar a função objetivo (min CT) com a restrição, colocando-as numa única expressão, F, a função de Lagrange. ( (, ) 0 ) F = rt + wl λ Q T L Q o empresa procura os custos mínimos e, para encontrá-los, considera variações nas quantidades utilizadas de T e L. Quando estas quantidades forem ótimas, ou seja, compatíveis com os custos mínimos, o gráfico da função lagrangena estará no fundo de um vale (custo mínimo, dadas as restrições). Neste ponto, a tangente à curva que representa a função de Lagrange será horizontal, ou seja, terá inclinação igual a zero. Em termos formais, para que a escolha de insumos seja ótima é necessário que: F T F L = 0 r λ PMg T = 0 = 0 w λ PMg L = 0 F = 0 Q0 Q = λ ( T. L) 0 o Dividindo a segunda condição pela primeira, percebe-se que para que a escolha de insumos seja ótima, a TMST entre T e L, precisa ser igual ao preço relativo dos respectivos insumos: w = r PMg PMg o última condição, a derivada da função de Lagrange em relação a lambda, apenas exige que a restrição de quantidade seja respeitada, ou seja, que: L T Roland Veras Saldanha Jr Página 5 03/04/2007

6 ( T L) Q 0 = Q, o Note que se w/r aumentar (diminuir) a razão PMg L /PMg T também precisa aumentar (diminuir), para que os lucros continuem máximos. Isto significa que um aumento na razão salário/aluguel aumentará a razão T/L utilizada, pois esta é a forma pela qual a PMg L aumenta em relação a PMg T (usando menos L a PMg deste insumo aumenta e usando mais T, a PMg deste insumo diminui). i) solução gráfica é bastante intuitiva, mas exige que se construa uma nova função, a ISOCUSTO, que mostra as combinações entre utilizações de T e L que implicam um mesmo custo total de produção. o Seja CT 0 um determinado nível de custos, a isocusto associada a este nível de custos é: CT ou T 0 = rt CT = r 0 + wl o Diversas curvas de isocusto podem ser construídas, uma para cada nível de custos. No gráfico, observa-se que isocustos mais altas (mais distantes da origem) implicam custos mais altos. Note que a inclinação da isocusto num determinado ponto é dada por (w/r). o Escolha, agora, como no exercício analítico, uma determinada quantidade de alimentos a ser produzida, representando-a graficamente pela isoquanta associada. O problema é encontrar, no gráfico, a forma mais barata (ótima) para produzir esta quantidade de alimentos. É simples perceber que a combinação ótima de insumos será aquela em que a isocusto mais baixa tangencia a isoquanta, ou seja, o ponto 1 na figura. (Desconsidere, para esta explicação, o uso de a TF e a LF nos eixos do gráfico abaixo, entendendo que no eixo horizontal mede-se as quantidades de trabalho usadas em valores absolutos, e no eixo vertical, as quantidades absolutas de terra usadas veja obs. no início da apostila ) w r L Roland Veras Saldanha Jr Página 6 03/04/2007

7 o Sabendo que a inclinação da isocusto é igual a (w/r) e que a PMg L inclinação da isoquanta num ponto é dada por TMST =, percebese que no ponto de tangência entre as curvas, a primeira condição de PMgT minimização de custos encontrada na solução analítica é satisfeita: PMg PMg L T = w r o Como a solução encontra-se na isoquanta, a segunda condição também é satisfeita: ( T L) Q 0 = Q, j) Note, novamente, que um aumento em w/r faz com que a Isocusto fique mais inclinada (em termos absolutos). Isto leva a isoquanta a tangenciar uma nova linha de isocustos, num ponto em que se utilizará menos L e mais T para que o custo seja mínimo, como já foi visto, a razão T/L ótima aumenta. [faça um gráfico e cheque este raciocínio!] Classificação das tecnologias segundo a intensidade de utilização dos fatores o Um setor é dito relativamente intensivo na utilização de um fator de produção j em relação ao setor V quando, para cada e todo preço relativo do insumo j, a utilização ótima de insumos indique que o uso do insumo j em relação ao uso dos outros insumos, k, seja maior e do que em V: Roland Veras Saldanha Jr Página 7 03/04/2007

8 j k > j k V V o Se a produção de é intensiva na utilização de terra em relação à produção de V, e os únicos insumos utilizados sejam T e L, as utilizações relativas ótimas de insumos no setor que produz seria exibida pela curva e no setor V, por VV: T/L t 2 VV t 0 t 1 Gráfico 1 No Gráfico 1 acima, fica claro que a produção de alimentos é sempre relativamente intensiva em terra e que, alternativamente, a produção de vestimentas é sempre intensiva em trabalho, quando comparada à produção de alimentos. Evidente que este comportamento uniforme pode ser diferente conforme as circunstâncias empíricas, como ocorreria se as curvas e VV se cruzassem em determinado ponto. Se este cruzamento ocorresse, as intensidades seriam invertidas a partir da intersecção, um fenômeno conhecido na literatura como reversão da intensidade de fatores (factor intensity reversal). Suponha que as curvas não se cruzam, como no gráfico, e que a economia local tem uma relação T/L (abundância relativa de terra) igual a t 1. Neste caso, mesmo sem saber nada sobre a demanda nesta economia em autarquia, é possível perceber que a relação w/r estará em dentro do intervalo BC, pois se esta razão fosse maior do que OC ambos os setores tentariam usar uma quantidade maior de T em relação a L do que t 1, o que faria r subir em relação a w e reduziria a razão w/r. Da mesma forma, se w/r fosse menor do que OB, a demanda por L em relação a T aumentaria nos dois setores, para baixo de t 1, fazendo w/r Roland Veras Saldanha Jr Página 8 03/04/2007

9 aumentar. O Gráfico 1 permite, assim, determinar um intervalo de razões w/r factíveis em cada economia, a depender da abundância relativa de fatores. Relação entre os Preços Relativos dos bens e dos fatores o té o momento se discutiu apenas as escolhas ótimas de uso de insumos dados r e w, ou seja, sem considerar os preços relativos dos produtos que, em última instância, determinarão quanto de limentos e quanto de Vestimentas serão produzidos em cada economia. o Mantendo a hipótese de autarquia, precisamos agora resolver o problema da produção como um todo, ou seja, entender como serão tomadas as decisões de produção de e V e o uso de T e L simultaneamente. o Vamos supor que a produção de alimentos seja relativamente intensiva na utilização de terra, quer dizer, para todo o w/r possível: T > L T L V V o Isto significa que, qualquer seja a relação salário/aluguel, conforme a escolha ótima de uso de fatores analisada anteriormente, uma quantidade relativamente maior de terra/trabalho estará sendo usada na produção de alimentos do que na produção de vestimentas, exatamente como posto no Gráfico 1. O que aconteceria na economia se o preço das vestimentas aumentasse? o Para produzir mais vestimentas, em resposta ao aumento do preço relativo desta mercadoria, será necessário deslocar T e L da produção de alimentos para a produção de vestimentas. Lembrando que a produção de alimentos usa relativamente menos L do que T (é terra intensiva) e que a produção de vestimentas usa relativamente mais L do que T (é terra intensiva), haverá um descompasso entre a oferta e a demanda dos fatores de produção. o Sobra terra e falta mão de obra, uma situação resolvida pelo mercado através de um aumento na razão w/r. Roland Veras Saldanha Jr Página 9 03/04/2007

10 o ssim, um aumento em Pv/Pa faz com que os salários aumentem em relação ao aluguel da terra, o que já indica que os trabalhadores tendem a ser beneficiados por esta mudança nos preços relativos (=elevação do preço relativo do produto que é intensivo em mão de obra). o Note que de fato este benefício ocorre. O custo de produzir vestimentas é dado pela soma dos salários e dos aluguéis pagos para sua produção. Como os aluguéis diminuem com o aumento do preço relativo das vestimentas, os salários precisam subir mais do que o preço das vestimentas neste processo. renda real dos trabalhadores aumenta, sem qualquer dúvida (o salário nominal sobe mais do que o preço nominal das vestimentas, e o preço nominal dos alimentos se mantém o mesmo ou mesmo cai). o Digamos que o preço relativo das vestimentas aumente em 10%. Pelo raciocínio acima, a razão w/r sobre em mais do que 10%, o que faz os trabalhadores ficarem definitivamente com uma renda real maior. o Da mesma forma, quando o preço relativo das vestimentas aumenta, o preço relativo dos alimentos cai. Neste caso, os detentores dos fatores de produção usados intensivamente na produção de alimentos são inquestionavelmente prejudicados. o O gráfico abaixo ajuda a compreender o argumento (C para vestimentas e F para alimentos). o dmitindo que a produção de alimentos seja relativamente intensiva em terra (ou, o que é o mesmo, que a produção de vestimentas seja relativamente intensiva em mão de obra), um aumento no preço relativo das vestimentas faz com que os salários aumentem em relação aos Roland Veras Saldanha Jr Página 10 03/04/2007

11 aluguéis, de (w/r) 1 para (w/r) 2. Os proprietários de terras são inequivocamente prejudicados, os assalariados, beneficiados. o De forma geral: uma elevação no preço relativo de um bem beneficia os detentores do fator de produção usado intensivamente na produção deste bem, prejudicando aos demais. Este argumento não depende da especificidade dos fatores, mas das diferenças nas intensidades de utilização dos mesmos entre os setores. Restrição de Fatores: Pleno Emprego o té o momento o raciocínio ligou os mercados de bens e fatores sem exigir que estes estivessem plenamente empregados. Vamos incorporar esta restrição usual nos modelos de comércio internacional. o condição de pleno emprego coloca limites nas capacidades de produção dos diferentes bens, apenas exige que toda a mão de obra esteja empregada na produção de alimentos ou vestimentas, assim como que toda a terra seja plenamente utilizada (na produção de um, outro, ou dos dois bens). o Vamos utilizar um diagrama bastante conhecido, chamado Caixa de T V T Q Q V Q Q V Q V Q L V L Edgeworth para entender o pleno emprego no modelo H-O. Nesta caixa, serão representadas as isoquantas para a produção de vestimentas e de alimentos. Inicie construindo um mapa de isoquantas para cada setor, lembre-se que ele mostra as possíveis combinações de insumos associadas às diferentes quantidades produzidas de cada bem: Roland Veras Saldanha Jr Página 11 03/04/2007

12 o Note que as isoquantas na produção de alimentos foram traçadas mais próximas ao eixo do trabalho, a produção de vestimentas está 0 T V T 0 L V sendo suposta intensiva em trabalho. Da mesma forma, as isoquantas na produção de alimentos foram desenhadas mais próximas ao eixo da terra, pois este é um setor intensivo em terra. o gora, vamos manter o gráfico das vestimentas como está, apenas fazendo com que seus eixos tenham o tamanho das dotações totais dos respectivos insumos. No gráfico dos alimentos, faça a mesma coisa, de forma que ambos terão as mesmas dimensões. (Este desenho não foi feito aqui, apenas o raciocínio!). o Tome o gráfico dos alimentos e gire-o em 90 o, encaixando-o ao gráfico das vestimentas de forma a obter uma caixa: esta é a caixa de Edgeworth para a produção.. o Na caixa, observe que as isoquantas de alimentos estão com concavidades opostas. Os pontos de tangência entre isoquantas opostas são pontos em que as inclinações das isoquantas são idênticas, ou seja, em que a mesma remuneração relativa ao trabalho e à terra é compatível com a maximização dos lucros em ambos os setores, estes pontos de tangência são conhecidos como pontos da curva de contrato, w PMgL a curva que reúne todos os pontos para os quais = em ambos r PMgT os setores. Roland Veras Saldanha Jr Página 12 03/04/2007

13 o Para que as empresas estejam maximizando os lucros em ambos os setores, é necessário que estejam sobre a curva de contrato. Evidentemente, sobre a curva de contrato a economia está operando em pleno emprego, toda a terra e toda a mão de obra disponíveis encontram-se alocadas em um ou outro setor. o Na curva de contrato, se houver um aumento no preço relativo das vestimentas, o ponto de tangência precisará ocorrer a um custo relativo w/r mais alto. produção de vestimentas aumentará e a de alimentos irá cair, os salários aumentarão mais do que os preços e a renda da terra diminuirá de forma inequívoca. o Outra possibilidade interessante a ser considerada é a de um aumento nas dotações de apenas um fator (ou um aumento nas dotações de um fator superior ao aumento nas demais). Neste caso, a caixa de Edgeworth aumenta desproporcionalmente, implicando uma expansão desigual das possibilidades de produção de um país. o Na figura abaixo, um aumento nas disponibilidades de terra faz com que a caixa de Edgeworth fique mais alta, tornando a terra um fator relativamente mais abundante. Um resultado básico do modelo é que a economia tende a aproveitar as vantagens associadas à abundância relativa de fatores, ou seja, a produção do bem intensivo na utilização de terra tenderá a aumentar, como mostra a figura. Ocorre uma redução na produção de vestimentas (intensiva em mão de obra) e um aumento na produção de alimentos. Roland Veras Saldanha Jr Página 13 03/04/2007

14 o O efeito de uma mudança desproporcional nas dotações de fatores de uma país pode ser visualizado também através de um deslocamento da FPP. Trata-se de uma deslocamento viesado, com maior expansão na capacidade produtiva do bem intensivo na utilização do insumo cuja dotação aumentou proporcionalmente mais. Note que se o preço relativo do bem não diminuir com a expansão dos fatores, a produção deste bem tende a aumentar e a do outro bem tende a cair. Efeitos do Comércio Internacional no Modelo HO o Da análise precedente ficou clara a dependência entre os preços relativos e as remunerações dos fatores, de especial interesse o impacto sobre a distribuição de renda quando ocorre uma mudança nos preços relativos e há diferença na intensidade de utilização de insumos entre os setores produtivos domésticos. o Os aspectos discutidos até o momento, vale notar, dizem respeito ao lado da oferta. Para determinar o preço relativo internacional de um bem, entretanto, é necessário tratar também dos fatores da demanda. O preço relativo internacional de um bem é determinado pela interação das forças de oferta e demanda. o No Krugman & Obstfeld, até o momento, o tratamento dado aos aspectos de demanda é pouco rigoroso, e nesta apresentação do Modelo H-O este problema não diminui. De fato, supõe os autores que as preferências sejam idênticas entre os países, ou seja, que as curvas Roland Veras Saldanha Jr Página 14 03/04/2007

15 de demanda dos dois países sejam idênticas para todos os bens. obtenção da curva de demanda internacional, neste caso, é bastante simples: basta somar as demandas doméstica e estrangeira para cada preço relativo e obtém-se a curva de demanda internacional. Como já se fez nos modelos anteriores medem-se as quantidades nos mercados em termos relativos, ou seja, o mercado mundial de vestimentas, por exemplo, é representado por um gráfico em que se tem o preço relativo das vestimentas em termos de alimentos no eixo vertical, e as quantidades relativas mundiais de vestimentas em termos de alimentos, no eixo horizontal. Com uma curva de demanda relativa, as curvas de demanda doméstica, estrangeira e internacional serão idênticas, pois as proporções demandadas não se alteram quando as curvas de demanda relativas são somadas (e as preferências são idênticas). o Se os países usam tecnologias idênticas e produzem bens exatamente iguais (e comercializáveis), diferindo apenas no que concerne à abundância relativa de fatores, é uma simples decorrência da análise precedente que o país com abundância relativa de mão de obra conseguirá ofertar o bem que utiliza este insumo de forma intensiva a preços menores do que o país relativamente abundante em terras. No gráfico abaixo, mostram-se as curvas de oferta do país doméstico e estrangeiro para a situação de autarquia, expondo a hipótese de que o país local é relativamente abundante em mão de obra, e o país estrangeiro é relativamente abundante em terras. [ abundância relativa depende da comparação entre as dotações totais de terra e mão de obra entre os países, nestes termos, supõe-se aqui que (L/T) > (L*/T*)]. Sob estas hipóteses, em autarquia observa-se preço relativo das vestimentas maior na economia estrangeira do que na doméstica. o Com o comércio internacional, as diferenças internacionais de preços tendem a ser eliminadas, pelo que o preço das vestimentas na economia estrangeira tende a cair e na economia doméstica a aumentar. Isto traz repercussões importantes na distribuição de renda interna aos países: (1) Na economia doméstica, relativamente abundante em mão de obra, o setor intensivo na utilização de trabalho (vestimentas) é privilegiado, com aumento dos salários e redução da renda da terra na renda agregada. (2) Na economia estrangeira, relativamente abundante em terras, o setor produtor de alimentos é privilegiado, aumentando a Roland Veras Saldanha Jr Página 15 03/04/2007

16 participação da renda da terra e reduzindo a dos salários na renda agregada. o dicionalmente, mantidas as hipóteses de tecnologias e produtos idênticos, as remunerações aos fatores de produção tenderão a se igualar! Este é o teorema da equalização dos preços dos fatores. Note que não há qualquer incongruência entre este resultado e a explicação para as diferenças nos salários (e remuneração a outros fatores) apresentadas no modelo de fatores específicos. De fato, nos modelos anteriores supunha-se, para que houvesse a possibilidade de comércio internacional, que as tecnologias produtivas fossem diferentes entre os países. Têm-se, portanto, um novo aspecto a ser considerado, que não invalida os apresentados anteriormente, mas complementa-os. o É importante notar que esta equalização pode ocorrer, mas não precisa acontecer necessariamente. De fato, retornando ao Gráfico 1, observa-se que há limites para as razões w/r possíveis em cada país. Se t 1 é a razão T/L doméstica e t 0 a razão T*/L*, existe a possibilidade da equalização, já que há um intervalo para a razão w/r comum nas duas economias, o intervalo DC. Se a razão T*/L* fosse maior, entretanto, como em t 2 as razões w/r doméstica e estrangeira tendem a se aproximar, mas nunca poderão ser iguais, já que neste caso não há superposição de w/r possível entre a economia doméstica e a estrangeira. Roland Veras Saldanha Jr Página 16 03/04/2007

17 Evidência Empírica sobre o Modelo H-O o O Paradoxo de Leontief um famoso estudo pulicado em 1953 por Wassily Leontief, implicou um importante ataque à validade do Modelo H-O. valiando as evidências para os EU, Leontief descobriu que as exportações norte-americanas eram menos intensivas em capital do que suas importações, um resultado diretamente oposto ao previsto pelo modelo H-O quando se considera a relativa abundância de capital/mão de obra dos EU, quando comparada à da maioria dos outros países. Não se tem uma solução definitiva, até hoje, para o paradoxo observado, mas diversas explicações tendem a recuperar a validade do modelo H-O: (1) s exportações dos EU são relativamente intensivas em mão de obra especializada, em que os EU são relativamente abundantes. Tomar a mão de obra sem levar em conta sua qualidade pode gerar o paradoxo mencionado; (2) s exportações dos EU são intensivas em tecnologia, fator abundante naquele país, conforme prevê o modelo H-O. o Testes baseados em dados mundiais tendem a reproduzir o paradoxo de Leontief, mas novamente, um maior cuidado em isolar os tipos de fatores por sua qualidade podem reabilitar o modelo H-O. o lém da dificuldade empírica em isolar fatores de produção idênticos para testar efetivamente o modelo H-O, outra suposição importante, aquela que se refere à utilização de tecnologias idênticas nos diferentes países apresenta pouca sustentação empírica, o que também justifica a fragilidade do modelo ao explicar as evidências do mundo real. o pesar destas dificuldades, entretanto, é um modelo que traz importantes elementos à compreensão do impacto do comércio internacional sobre a distribuição de renda. Deve ser usado conjugado aos demais modelos para a efetiva compreensão da lógica do comércio internacional. Perguntas Problemas do Capítulo 4 Krugman & Obstfeld: Todas Roland Veras Saldanha Jr Página 17 03/04/2007

18 Bibliografia Caves, Richard E., Frankel, Jeffrey., Jones, Richard W. World, Trade and Payments: n Introduction. US: ddison Wesley, Krugman, Paul R., Obstfeld, Maurice. Economia Makron Books, Roland Veras Saldanha Jr Página 18 03/04/2007

KRUGMAN & OBSTFELD, CAP. 4; WTP, CAP. 7

KRUGMAN & OBSTFELD, CAP. 4; WTP, CAP. 7 O Modelo de Hecksher-Ohlin KRUGMAN & OBSTFELD, CAP. 4; WTP, CAP. 7 OBS.: ESS NOS DE AU NÃO FORAM SUBMETIDAS A REVISÃO, TENDO COMO ÚNICA FINALIDADE A ORIENÇÃO DA APRESENÇÃO EM CSSE. COMENTÁRIOS SÃO BEM

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 1 Comércio internacional, no mundo real, reflete: Diferenças de produtividade do trabalho Diferenças de dotação de recursos Modelo

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 1º SEMESTRE 2014 1 Comércio internacional, no mundo real, reflete: Diferenças de produtividade do trabalho Diferenças de dotação de recursos Modelo

Leia mais

ECONOMIA DAS ORGANIZAÇÕES EXERCÍCIOS DE PROVAS ANTERIORES TMST L.

ECONOMIA DAS ORGANIZAÇÕES EXERCÍCIOS DE PROVAS ANTERIORES TMST L. ECONOMIA DAS ORGANIZAÇÕES EXERCÍCIOS DE PROVAS ANTERIORES 1. A função de produção de determinado produto tem a expressão Q = 100L. Sendo o custo do capital $120 por dia e o do trabalho $30 por dia, qual

Leia mais

Produção Parte Produção com Dois Insumos Variáveis 4. Rendimentos de Escala

Produção Parte Produção com Dois Insumos Variáveis 4. Rendimentos de Escala Produção Parte 2 3. Produção com Dois Insumos Variáveis 4. Rendimentos de Escala 3. Produção com dois Insumos Variáveis Existe uma relação entre produção e produtividade. No longo prazo, capital e trabalho

Leia mais

TEORIA DA FIRMA PRODUÇÃO E CUSTOS

TEORIA DA FIRMA PRODUÇÃO E CUSTOS TEORIA DA FIRMA PRODUÇÃO E CUSTOS INTRODUÇÃO CONSUMIDORES: atendimento de necessidades teoria do consumidor FIRMAS: desenvolvimentos de atividades produtivas teoria da firma TEORIA DA PRODUÇÃO: CONCEITOS

Leia mais

PRODUÇÃO. Introdução a Economia

PRODUÇÃO. Introdução a Economia PRODUÇÃO Introdução a Economia Tópicos para discussão Slide 2 Conceitos Básicos Produção no Curto Prazo Produção no Longo Prazo Rendimentos de escala Oferta Slide 3 Quantidade de um bem que os produtores

Leia mais

Economia do Trabalho DEMANDA POR TRABALHO. CAP. 4 Borjas

Economia do Trabalho DEMANDA POR TRABALHO. CAP. 4 Borjas Economia do Trabalho DEMANDA POR TRABALHO CAP. 4 Borjas 1. INTRODUÇÃO Mercado de trabalho depende: - Desejo dos trabalhadores de disponibilizarem tempo de trabalho - Desejo das firmas contratarem trabalhadores

Leia mais

Microeconomia. UNIDADE 5 Aula 5.1

Microeconomia. UNIDADE 5 Aula 5.1 Microeconomia UNIDADE 5 Aula 5.1 Prof - Isnard Martins Rosseti, J, Introdução à Economia, Atlas, 2006 Vasconcelos M.A, Economia Micro e Macro, 4a Edição Douglas Evans.Managerial Economics.Prentice Hall.

Leia mais

Oferta (Cap. 8) 2º SEMESTRE 2011

Oferta (Cap. 8) 2º SEMESTRE 2011 Oferta (Cap. 8) 2º SEMESTRE 2011 Marta Lemme - IE/UFRJ Função de Produção A função de produção é a relação entre a quantidade de insumos que uma firma usa e a quantidade de produto que ela produz. Um insumo

Leia mais

Prova de Microeconomia

Prova de Microeconomia Prova de Microeconomia 1) Acerca do comportamento do consumidor pode-se afirmar que: I. A relação de preferência é dita racional se ela é completa e transitiva; II. Somente a relação de preferência racional

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 15 PARTE II: PRODUÇÃO BIBLIOGRAFIA DA PARTE II: Krugman & Wells, cap. 7, 8 e 9 Varian, caps. 18,19,21,22,23 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells,

Leia mais

Parte II Teoria da Firma

Parte II Teoria da Firma Parte II Teoria da Firma Custos Roberto Guena de Oliveira 8 de maio de 2017 USP 1 Sumário 1 Conceitos básicos 2 A função de custo O caso de um único fator variável Custos com um mais de um fator variável

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 14 PARTE II: PRODUÇÃO BIBLIOGRAFIA DA PARTE II: Krugman & Wells, cap. 7, 8 e 9 Varian, caps. 18,19,21,22,23 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells,

Leia mais

Aula 15 Teoria da Produção 19/04/2010 Bibliografia: Vasconcellos (2006) Cap. 6, Mankiw (2007) Cap. 13. Texto: Eu vos declaro marido e mulheres

Aula 15 Teoria da Produção 19/04/2010 Bibliografia: Vasconcellos (2006) Cap. 6, Mankiw (2007) Cap. 13. Texto: Eu vos declaro marido e mulheres Aula 15 Teoria da Produção 19/04/2010 Bibliografia: Vasconcellos (2006) Cap. 6, Mankiw (2007) Cap. 13. Texto: Eu vos declaro marido e mulheres Teoria da produção Firma ou empresa para economia é uma unidade

Leia mais

Capítulo 4 Teoria da Produção

Capítulo 4 Teoria da Produção Capítulo 4 Teoria da Produção 1. Produção Econômica i. Produção econômica: é a arte ou técnica de reunir insumos e transformá-los, através da aplicação de uma tecnologia, em um novo produto. O aspecto

Leia mais

Produção: decisões de curto e de longo prazo

Produção: decisões de curto e de longo prazo Produção: decisões de curto e de longo prazo IST, EGI - Teoria Económica II Margarida Catalão opes 1 Que quantidade de factores produtivos empregar e como combiná-los Trabalho, terra, matérias-primas e

Leia mais

ECONOMIA MICRO E MACRO

ECONOMIA MICRO E MACRO ECONOMIA MICRO E MACRO AULA 02: DEMANDA, OFERTA E EQUILÍBRIO DE MERCADO TÓPICO 02: TEORIA DA OFERTA A decisão do que produzir é tomada pelas empresas na expectativa de realização de lucros. Preços altos

Leia mais

Profa. Sílvia Helena G. de Miranda. Agosto/2015

Profa. Sílvia Helena G. de Miranda. Agosto/2015 Profa. Sílvia Helena G. de Miranda Agosto/2015 Bibliografia Literatura obrigatória Cap. 2 : Carvalho & Silva (1999) Literatura complementar Capítulos 7 e 8 Appleyard e Field (1997) Cap. 4, 5 e 9: Krugman

Leia mais

Brasil: Exportações em 2000

Brasil: Exportações em 2000 Brasil: Exportações em 2000 US$ FOB % Básicos 12.562 23,44% Minérios de ferro e seus concentrados 3.048 5,69% Soja, mesmo triturada 2.188 4,08% Farelo e resíduos da extração de óleo de soja 1.651 3,08%

Leia mais

6 CUSTOS DE PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS

6 CUSTOS DE PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS 1 6 CUSTOS DE PRODUÇÃO QUESTÕES PROPOSTAS 1. Se conhecemos a função produção, o que mais precisamos saber a fim de conhecer a função custos: a) A relação entre a quantidade produzida e a quantidade de

Leia mais

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003.

PRODUÇÃO. Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero. Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. PRODUÇÃO Graduação Curso de Microeconomia I Profa. Valéria Pero Varian, H. Microeconomia. Princípios Básicos. Editora Campus (7ª edição), 2003. Introdução Trocas: modelo de equilíbrio geral de uma economia

Leia mais

Função de produção com dois fatores de produção

Função de produção com dois fatores de produção LCF 685 Função de produção com dois fatores de produção Exemplo: Dois fatores de produção combinados em diferentes níveis resultam em diferentes níveis de produção. Estes diferentes níveis de produção

Leia mais

Teoria da firma: produção e custos de. produção. Técnico em Logística. 05_Sistemas Econômicos_Teoria da Produção e Custos

Teoria da firma: produção e custos de. produção. Técnico em Logística. 05_Sistemas Econômicos_Teoria da Produção e Custos Teoria da firma: e custos de Teoria da firma: e custos de Introdução Considerações preliminares Uma economia de mercado é orientada pelas forças da oferta e da procura. Consumidores Firmas Unidades do

Leia mais

Vamos desenvolver a teoria de comportamento do produtor ou teoria da firma por um outro caminho, considerando os custos de produção e a receita da

Vamos desenvolver a teoria de comportamento do produtor ou teoria da firma por um outro caminho, considerando os custos de produção e a receita da 3. Teoria da Firma Vamos desenvolver a teoria de comportamento do produtor ou teoria da firma por um outro caminho, considerando os custos de produção e a receita da firma. De maneira muito simplificada,

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 1 Comércio internacional com efeitos sobre distribuição de renda Recursos não podem se mover imediatamente ou sem custos de uma

Leia mais

Fundamentos de Microeconomia

Fundamentos de Microeconomia Fundamentos de Microeconomia Capítulo 1. Tecnologia de produção Ciclo Básico 2 período / 2012 Graduação em Ciências Econômicas V. Filipe Martins-da-Rocha (FGV) Fundamentos de Microeconomia 2 semestre,

Leia mais

Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia

Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia Universidade Federal de Roraima Departamento de Economia Última Atualização: 03/06/01 1) A tabela abaixo demonstra que conforme o número de insumos variáveis aumenta com a produção de um bem, teremos um

Leia mais

Microeconomia. Tópicos para Discussão. Introdução. Tópicos para Discussão. Introdução. Tecnologia da Produção. O Processo Produtivo

Microeconomia. Tópicos para Discussão. Introdução. Tópicos para Discussão. Introdução. Tecnologia da Produção. O Processo Produtivo Microeconomia Oferta do produtor PINDYK, R. e RUINFELD, D. Microeconomia. São Paulo: Prentice Hall. 2008. apítulo 6: apítulo 7: ustos da produção Tópicos para Discussão Tecnologia da Isoquantas com um

Leia mais

Parte III: Construindo a Curva de Oferta. Marta Lemme - IE/UFRJ

Parte III: Construindo a Curva de Oferta. Marta Lemme - IE/UFRJ Parte III: Construindo a Curva de Oferta A Firma na Escola Neoclássica Fatores de Produção Em concorrência perfeita, preço é determinado pelo mercado Bens tangíveis ou intangíveis Objetivo da Firma (Neoclássica):

Leia mais

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda

Sistema de preços. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro de Oferta e demanda. 1.1 Curva de demanda Sistema de preços Prof. Regis Augusto Ely Agosto de 2011 - Revisão Novembro de 2012 1 Oferta e demanda 1.1 Curva de demanda A curva de demanda descreve a relação entre preço e quantidade demandada. Aumentando

Leia mais

2. Em um modelo Keynesiano observa-se um aumento exógeno da produtividade do trabalho. Essa mudança apresenta o seguinte corolário:

2. Em um modelo Keynesiano observa-se um aumento exógeno da produtividade do trabalho. Essa mudança apresenta o seguinte corolário: Universidade de Brasília Departamento de Economia Disciplina: Economia do Trabalho Professor: Carlos Alberto Período: 2/2011 Segunda Prova Questões 1. Imaginemos um modelo Keynesiano em economia fechada.

Leia mais

Microeconomia. 3. Produção: decisões de curto e de longo prazo; desenvolvimento tecnológico. Francisco Lima

Microeconomia. 3. Produção: decisões de curto e de longo prazo; desenvolvimento tecnológico. Francisco Lima Microeconomia 3. Produção: decisões de curto e de longo prazo; desenvolvimento tecnológico Francisco Lima 1º ano 2º semestre 2011/2012 Licenciatura em Engenharia e Gestão Industrial Objetivos Que quantidade

Leia mais

Teoria do consumidor. Propriedades do Conjunto Consumo,

Teoria do consumidor. Propriedades do Conjunto Consumo, Teoria do consumidor 1 Pedro Rafael Lopes Fernandes Qualquer modelo que vise explicar a escolha do consumidor é sustentado por quatro pilares. Estes são o conjunto consumo, o conjunto factível, a relação

Leia mais

Módulo 9 Análises de Curto e Longo Prazo Análise de Curto Prazo

Módulo 9 Análises de Curto e Longo Prazo Análise de Curto Prazo Módulo 9 Análises de Curto e Longo Prazo 9.1. Análise de Curto Prazo Se retomarmos o exemplo da função de produção exposto acima, em que a quantidade produzida é condicionada pelas quantidades de capital

Leia mais

Prova de Microeconomia

Prova de Microeconomia Prova de Microeconomia 1) Acerca do comportamento do consumidor pode-se afirmar que: I. O formato das curvas de indiferença pode significar diferentes graus de desejo de substituir uma mercadoria por outra.

Leia mais

MICROECONOMIA II ( ) João Correia da Silva

MICROECONOMIA II ( ) João Correia da Silva MICROECONOMIA II 1E108 (2011-12) 08-03-2012 João Correia da Silva (joao@fep.up.pt) 1. A EMPRESA 1.1. Tecnologia de Produção. 1.2. Minimização do Custo. 1.3. Análise dos Custos. 1.4. Maximização do ucro.

Leia mais

(a) A contribuição de Sraffa numa perspectiva geral. (b.2.1) A solução simultânea. (b.2.2) O salário real máximo e a taxa máxima de lucro

(a) A contribuição de Sraffa numa perspectiva geral. (b.2.1) A solução simultânea. (b.2.2) O salário real máximo e a taxa máxima de lucro V O Problema do Valor e a Contribuição de Sraffa * (a) A contribuição de Sraffa numa perspectiva geral (b) O modelo com mais de um bem básico (b.) Tecnologia (b.2) O modelo (b.2.) A solução simultânea

Leia mais

Gabarito da Lista 4 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Pedro Bretan

Gabarito da Lista 4 de exercícios - Microeconomia 2 Professora: Joisa Dutra Monitor: Pedro Bretan Gabarito da Lista 4 de exercícios - Microeconomia Professora: Joisa Dutra Monitor: Pedro Bretan 1. (a) Verdadeiro, por definição. (b) Falso. Para que o segundo teorema valha, o conjunto de produção também

Leia mais

Módulo 8 Teoria da Produção

Módulo 8 Teoria da Produção Módulo 8 Teoria da Produção Numa economia de mercado, consumidores e empresas representam respectivamente as unidades do setor de consumo e de produção, que se interrelacionam através do sistema de preços

Leia mais

O Problema de Robinson Crusoe

O Problema de Robinson Crusoe O Problema de Robinson Crusoe Duas opções de consumo: trabalhar catando coco ou consumir coco. Trabalho é um mal e coco é um bem, portanto as curvas de indiferença serão negativamente inclinadas Não existe

Leia mais

MICROECONOMIA

MICROECONOMIA MICROECONOMIA 01. (Fiscal ISS-SP/98) Se a quantidade demandada de um bem permanece inalterada quando o seu preço aumenta, pode-se concluir que a elasticidade preço deste bem é: a) Menor do que a unidade.

Leia mais

Krugman & Obstfeld, Cap. 3; WTP, Cap. 6

Krugman & Obstfeld, Cap. 3; WTP, Cap. 6 O odelo de Fatores Específicos Krugman & Obstfeld, Cap. 3; WTP, Cap. 6 Obs.: Estas notas de aula não foram submetidas a revisão, tendo como única finalidade a orientação da apresentação em classe. Comentários

Leia mais

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011

COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 COMÉRCIO E INVESTIMENTO INTERNACIONAIS PROF. MARTA LEMME 2º SEMESTRE 2011 1 O modelo de concorrência monopolista pode ser usado para mostrar como o comércio leva a: um preço médio menor devido a economias

Leia mais

Pesquisa Operacional

Pesquisa Operacional Pesquisa Operacional Casos Especiais do Método Simplex e Gráfica Profa. Sheila Morais de Almeida DAINF-UTFPR-PG setembro - 2015 1 Casos Especiais do Método Simplex Degeneração Múltiplas soluções ótimas

Leia mais

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor

Comportamento do consumidor Parte Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Parte 1 1. Preferências do Consumidor 2. Restrições Orçamentárias 3. A Escolha do Consumidor Comportamento do consumidor Há 3 etapas no estudo do comportamento do consumidor.

Leia mais

Modelo Geral de Comércio

Modelo Geral de Comércio Modelo Geral de Comércio Economia Internacional Prof. Ms. Vladimir Maciel Características Gerais O Modelo Geral de Comércio é construído com base em 4 relações: FPP e Curva de Oferta Relativa Preços Relativos

Leia mais

Estágio-Docência em Economia Internacional. Carlos Henrique Machado Simão

Estágio-Docência em Economia Internacional. Carlos Henrique Machado Simão Estágio-Docência em Economia Internacional Carlos Henrique Machado Simão carloshmsimao@gmail.com Capítulo 6 Economias de escala, concorrência imperfeita e comércio internacional Economias de Escala e Vantagem

Leia mais

Demanda e oferta agregadas

Demanda e oferta agregadas Demanda e oferta agregadas Roberto Guena de Oliveira 16 de outubro de 2016 USP Flutuações econômicas de curto prazo A atividade econômica flutua de ano a ano. A taxa de crescimento anual médio da economia

Leia mais

Economia dos Custos de Produção

Economia dos Custos de Produção Economia dos Custos de Produção Custo de oportunidade Livro: Pindyck e Rubinfeld, cap 7 (8ed, Pearson Education, 2013) Slides da Pearson modificados por Alexandre Nunes LES/ESALQ/USP Tópicos para discussão

Leia mais

Curso de Economia Prof. Ms. Rodrigo Marquez facebook: Rodrigo Marquez

Curso de Economia Prof. Ms. Rodrigo Marquez facebook: Rodrigo Marquez Curso de Economia Prof. Ms. Rodrigo Marquez twitter: @rodrigopmjr facebook: Rodrigo Marquez e-mail: rodrigopmjr@hotmail.com Questões de fixação (UFG, 2014) Suponha que a demanda de um certo produto agrícola

Leia mais

ECONOMIA - LISTA DE EXERCÍCIOS 1

ECONOMIA - LISTA DE EXERCÍCIOS 1 1. Constitui um bem de capital: ECONOMIA - LISTA DE EXERCÍCIOS 1 a) os bens e serviços que se destinam ao atendimento direto das necessidades humanas. b) os bens que aumentam a eficiência do trabalho humano.

Leia mais

a) Qual padrão de especialização e comércio internacional você esperaria? O que determinaria quem vai produzir a mercadoria?

a) Qual padrão de especialização e comércio internacional você esperaria? O que determinaria quem vai produzir a mercadoria? 2ª. LISTA DE EXERCÍCIOS ECONOMIA INTERNACIONAL I BRI0023 Profa. Daniela Schettini Capítulo 7 1) Exercício 2, capítulo 7: Costuma-se argumentar que a existência de aumento dos retornos é uma fonte de conflito

Leia mais

Modelo de Factores Específicos

Modelo de Factores Específicos Modelo de Factores Específicos Introdução No modelo de Ricardo o comércio leva à especialização produtiva com cada país a deslocar os factores produtivos dos sectores em que são mais ineficientes para

Leia mais

LISTA DE EXERCÍCIOS V TEORIA DA FIRMA, PRODUÇÃO E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO

LISTA DE EXERCÍCIOS V TEORIA DA FIRMA, PRODUÇÃO E OS CUSTOS DE PRODUÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE CIÊNCIAS ECONÔMICAS DEPARTAMENTO DE ECONOMIA DISCIPLINA: ANÁLISE MICROECONÔMICA I PROF. RAFAEL TIECHER CUSINATO LISTA DE EXERCÍCIOS V TEORIA DA FIRMA,

Leia mais

Capítulo 7. O custo de produção 25/09/2015. O custo de produção. Custos fixos e custos variáveis. Custos econômicos versus custos contábeis

Capítulo 7. O custo de produção 25/09/2015. O custo de produção. Custos fixos e custos variáveis. Custos econômicos versus custos contábeis O custo de produção Quais itens deveriam ser incluídos como parte integrante dos custos de uma empresa? Capítulo 7 O custo de produção slide 1 2014 Pearson. Todos os direitos reservados. Os custos incluem

Leia mais

PROGRAD / COSEAC Ciências Econômicas Niterói - Gabarito

PROGRAD / COSEAC Ciências Econômicas Niterói - Gabarito Prova de Conhecimentos Específicos 1 a QUESTÃO: (2,0 pontos) Alfredo possui um automóvel bicombustível. Baseado no histórico de consumo do automóvel, Alfredo percebeu que o rendimento da gasolina (quilômetros

Leia mais

Examinemos as duas curvas de demanda dispostas abaixo. Qual a diferença entre uma e outra?

Examinemos as duas curvas de demanda dispostas abaixo. Qual a diferença entre uma e outra? Economia de Mercado Módulo 17 A ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA Examinemos as duas curvas de demanda dispostas abaixo. Qual a diferença entre uma e outra? A forma e a inclinação de uma curva de demanda constituem

Leia mais

6, , , Equilíbrio 3, ,

6, , , Equilíbrio 3, , José Wladimir Freitas da Fonseca 1 O objetivo desta aula é apresentar os princípios elementares da teoria microeconômica começando pelas variáveis determinantes do equilíbrio do mercado, passando pelos

Leia mais

SINOPSE. Nota introdutória. Economia Internacional I. Versão Provisória 1º Draft

SINOPSE. Nota introdutória. Economia Internacional I. Versão Provisória 1º Draft SINOPSE Economia Internacional I Versão Provisória 1º Draft Nota introdutória A presente sinopse deve ser utilizada conjuntamente com um dos livros indicados na bibliografia. Economia Internacional Objectivo:

Leia mais

Custos de Produção. Introdução Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total

Custos de Produção. Introdução Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total Custos de Produção Introdução Custos de Curto Prazo Custos de Longo Prazo Maximização do Lucro Total 1 Introdução Oferta Teoria da Firma Teoria da Produção (relações entre a quantidade produzida e as quantidades

Leia mais

5. ANÁLISE DE RESULTADOS

5. ANÁLISE DE RESULTADOS 79 5. ANÁLISE DE RESULTADOS O instrumental teórico elaborado no segundo capítulo demonstra que a principal diferença entre os modelos construídos que captam somente o efeito das restrições no mercado de

Leia mais

Economia Pesqueira I

Economia Pesqueira I Economia Pesqueira I Teoria da Produção Prof. Rogério César Conceitos Básicos Produção Econômica: É a arte ou técnica de reunir insumos e transformá-los, através da aplicação de uma tecnologia, em um novo

Leia mais

Microeconomia I. 1ª Ficha de Avaliação Ano lectivo 2009/2010 Nome: Nº Aluno: Turma:

Microeconomia I. 1ª Ficha de Avaliação Ano lectivo 2009/2010 Nome: Nº Aluno: Turma: Microeconomia I 1ª Ficha de Avaliação Ano lectivo 009/0 Nome: Nº Aluno: Turma: O Gustavo, estudante de º ano da Faculdade de Economia de ordelo, vai ter dois testes no próimo fim-de-semana, um de Estatística

Leia mais

O Mercado Real Exercícios

O Mercado Real Exercícios O Mercado Real Exercícios Exercícios de exemplificação e esclarecimento do funcionamento do mercado real nos modelos keynesianos a dois setores, três setores e quatro setores. Estes exercícios destinam-se

Leia mais

Economia. Sumário. Prof.Carlos NEMER 1. Conceito. Elasticidade da Demanda e da Oferta

Economia. Sumário. Prof.Carlos NEMER 1. Conceito. Elasticidade da Demanda e da Oferta Economia Carlos Nemer 3ª Ed. Capítulo 6: Elasticidade da Demanda e da Oferta Poli-UFRJ Copyright 2005. Direitos Autorais reservados ao II-6-1 43/01 05 Sumário 1. Conceito; 2. ; 3. Elasticidade- Cruzada

Leia mais

P x ( $ )

P x ( $ ) 1 DEMANDA 1) Explique de onde surge a expressão Qd x = f ( P x ), ceteris paribus? 2) Qual é a relação entre a expressão Qd x = f ( P x ), ceteris paribus, e a expressão Qd x = 8 P x, ceteris paribus?

Leia mais

Microeconomia. Exercícios. António Saraiva

Microeconomia. Exercícios. António Saraiva Microeconomia Exercícios António Saraiva Microeconomia I 2 3 LINHA LIMITE DE POSSIBILIDADES DE PRODUÇÃO X X País A 120 País B 100 96 B2 A1 A2 B1 80 125 Y 60 Y Os gráficos representam as linhas de transformação

Leia mais

Módulo 7 Demanda, Oferta e Equilíbrio de mercado

Módulo 7 Demanda, Oferta e Equilíbrio de mercado Módulo 7 Demanda, Oferta e Equilíbrio de mercado Como vimos, a microeconomia ou teoria dos preços analisa como consumidores e empresas interagem no mercado, e como essa interação determina o preço e a

Leia mais

Matemática para Economia I - 6 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho

Matemática para Economia I - 6 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho Matemática para Economia I - 6 a lista de exercícios Prof. - Juliana Coelho 1 - Ache as derivadas parciais pedidas: (a) f y onde f(x, y) = x 2 + 3xy 2y + 1; (b) f x onde f(x, y) = x 2 + y 2 ; (c) f xx

Leia mais

Mercado incomum do sul

Mercado incomum do sul Mercado INcomum do Sul Rebeca Nepomuceno, Thiago Nascimento PET - Economia - UnB 06 de Setembro de 2013 Vantagem absoluta Marco teórico Vantagem comparativa Modelo de fatores específicos Modelo de Hecksher-Ohlin

Leia mais

Última aula! Demanda após a tarifa. Demanda inicial. A produção do bem que antes era importado no país local; logo, M

Última aula! Demanda após a tarifa. Demanda inicial. A produção do bem que antes era importado no país local; logo, M Aula: 14/7/17 Última aula! Demanda após a tarifa Demanda inicial A produção do bem que antes era importado no país local; logo, M Taxa de proteção efetiva A taxa de proteção efetiva mede quanta proteção

Leia mais

EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO PRODUTOR VIII Teoria da produção (analise em período curto)

EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO PRODUTOR VIII Teoria da produção (analise em período curto) EXERCICIOS SOBRE: TEORIA DO PRODUTOR VIII Teoria da produção (analise em período curto) Exercício Nº 1 Defina e caracterize os seguintes conceitos: a) Função produção É uma relação técnica entre os factores

Leia mais

Custos de Produção. Copyright 2004 South-Western

Custos de Produção. Copyright 2004 South-Western 5 Teoria da Firma Custos de Produção 13 Copyright 2004 South-Western Lei da Oferta: Teoria da Firma As firmas estão dispostas a produzir e vender uma quantidade maior quando o preço do bem aumenta. A curva

Leia mais

A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função

A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função A Segunda Derivada: Análise da Variação de Uma Função Suponhamos que a função y = f() possua derivada em um segmento [a, b] do eio-. Os valores da derivada f () também dependem de, ou seja, a derivada

Leia mais

Otimização Aplicada à Engenharia de Processos

Otimização Aplicada à Engenharia de Processos Otimização Aplicada à Engenharia de Processos Aula 4: Programação Linear Felipe Campelo http://www.cpdee.ufmg.br/~fcampelo Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica Belo Horizonte Março de 2013

Leia mais

OBJETIVOS DOS CAPÍTULOS

OBJETIVOS DOS CAPÍTULOS OBJETIVOS DOS CAPÍTULOS Capítulo 1 Nesse capítulo, você notará como muitas situações práticas nas áreas de administração, economia e ciências contábeis podem ser representadas por funções matemáticas.

Leia mais

Mercado de Fatores de Produção

Mercado de Fatores de Produção C H A P T E R 18 Mercado de Fatores de Produção Microeonomics P R I N C I P L E S O F N. Gregory Mankiw Premium PowerPoint Slides by Ron Cronovich 2009 South-Western, a part of Cengage Learning, all rights

Leia mais

Demanda Agregada salários e preços rígidos

Demanda Agregada salários e preços rígidos Demanda Agregada salários e preços rígidos Arranjos institucionais salários são periodicamente e não continuamente. revistos (1) comum em suporte para a rigidez de preços: custos associados com mudanças

Leia mais

Capítulo 4 As Forças de Mercado da Oferta e da Demanda

Capítulo 4 As Forças de Mercado da Oferta e da Demanda Capítulo 4 As Forças de Mercado da Oferta e da Demanda Lista de Exercícios: 1. Em um mercado competitivo, a quantidade produzida e o preço do produto são determinados pelo(s): a. compradores. b. vendedores.

Leia mais

Campo Elétrico [N/C] Campo produzido por uma carga pontual

Campo Elétrico [N/C] Campo produzido por uma carga pontual Campo Elétrico Ao tentar explicar, ou entender, a interação elétrica entre duas cargas elétricas, que se manifesta através da força elétrica de atração ou repulsão, foi criado o conceito de campo elétrico,

Leia mais

Economia dos Recursos Naturais. Agentes e Circuito Económico

Economia dos Recursos Naturais. Agentes e Circuito Económico Economia dos Recursos Naturais Agentes e Circuito Económico Agentes Económicos numa economia simplificada Famílias Empresas Engloba as famílias enquanto unidades de consumo e de fornecimento de trabalho

Leia mais

Grau de Alavancagem Operacional por Renan Kaminski

Grau de Alavancagem Operacional por Renan Kaminski Grau de Alavancagem Operacional por Renan Kaminski O Dicas 4blue são vídeos e mini e-books com dicas rápidas e práticas para que você e sua equipe possam aplicar no seu dia a dia. Para ter acesso a todas

Leia mais

Economia Pesqueira I

Economia Pesqueira I Economia Pesqueira I Custos de Produção Prof. Rogério César Conceito de Custos Custo de Oportunidade: O custo de um produto é o valor da melhor alternativa abandonada para se obter aquele produto. Custo

Leia mais

Conceitos Básicos. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro 2012

Conceitos Básicos. Prof. Regis Augusto Ely. Agosto de Revisão Novembro 2012 Conceitos Básicos Prof. Regis Augusto Ely Agosto de 2011 - Revisão Novembro 2012 1 Metodologia da ciência econômica Teoria: conjunto de idéias sobre a realidade (Ex: teoria macroeconômica). componentes

Leia mais

Oferta e Procura. Aula 5 Isnard Martins

Oferta e Procura. Aula 5 Isnard Martins Oferta e Procura 5 Aula 5 Isnard Martins Análise da Demanda de Mercado Demanda (ou procura) é a quantidade de determinado bem ou serviço que os consumidores desejam adquirir, num dado período. A Demanda

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto Departamento de Economia aculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto REC 110 MICROECONOMIA II EXERCÍCIOS OERTA DA IRMA E DE MERCADO ROBERTO GUENA DE OLIVEIRA (1) A função de produção de uma firma que

Leia mais

AULA 30/05/2017 MÁXIMOS E MÍNIMOS, ESTUDO COMPLETO DE FUNÇÕES, APLICAÇÃO DE DERIVADA

AULA 30/05/2017 MÁXIMOS E MÍNIMOS, ESTUDO COMPLETO DE FUNÇÕES, APLICAÇÃO DE DERIVADA AULA 30/05/2017 MÁXIMOS E MÍNIMOS, ESTUDO COMPLETO DE FUNÇÕES, APLICAÇÃO DE DERIVADA As derivadas têm inúmeras aplicações. Com o estudo da primeira e da segunda derivada podemos esboçar o gráfico de uma

Leia mais

Introdução à. Macroeconomia

Introdução à. Macroeconomia Introdução à Prof. Fabini Hoelz Bargas Alvarez IBMEC-RJ / UCP O que é? É o estudo da economia como um todo, pois analisa a economia através de suas variáveis fortemente agregadas. Abrange o comportamento

Leia mais

ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER. Prof. Antonio Carlos Assumpção

ESCOLHA ENTRE CONSUMO E LAZER. Prof. Antonio Carlos Assumpção ESOLHA ENTRE ONSUMO E LAER Prof. Antonio arlos Assumpção ESOLHA ENTRE ONSUMO E LAER Da mesma forma que os agentes econômicos escolhem uma cesta de consumo maximizadora da utilidade, sujeita a uma restrição

Leia mais

2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Fiscal Economia do Trabalho Demanda e Oferta por Mão de Obra Fábio Lobo

2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Fiscal Economia do Trabalho Demanda e Oferta por Mão de Obra Fábio Lobo 2012 Copyright. Curso Agora Eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. Fiscal Economia do Trabalho Demanda e Oferta por Mão de Obra Fábio Lobo Demanda e Oferta por Mão de Obra. Prof. Fábio Lobo.

Leia mais

INTRODUÇÃO A ECONOMIA AULA 1

INTRODUÇÃO A ECONOMIA AULA 1 INTRODUÇÃO A ECONOMIA espartanos.economia@gmail.com AULA 1 Apresentação elaborada por: Roberto Name Ribeiro/ Francisco Carlos B. dos Santos Adaptado por: Andréa de Souza, MS.c 1 A concepção A economia

Leia mais

Microeconomia. Bibliografia. Arilton Teixeira Mankiw, cap. 21. Pindyck & Rubinfeld, caps. 3 e 4.

Microeconomia. Bibliografia. Arilton Teixeira Mankiw, cap. 21. Pindyck & Rubinfeld, caps. 3 e 4. Microeconomia Arilton Teieira arilton@fucape.br 2012 1 Bibliografia Mankiw, cap. 21. Pindck & Rubinfeld, caps. 3 e 4. 2 Mercados: Consumidores e Produtores P S(P, tech., insumos) P* D(P, renda, outros)

Leia mais

A Teoria do Consumidor

A Teoria do Consumidor A Teoria do Como a demanda fundamenta-se no comportamento dos consumidores? Aplicações importantes da teoria que será vista: -servir de guia para elaboração e interpretação de pesquisas de mercado -fornecer

Leia mais

Introdução à Microeconomia. Renata Lèbre La Rovere. Grupo de Economia da Inovação IE/UFRJ

Introdução à Microeconomia. Renata Lèbre La Rovere. Grupo de Economia da Inovação IE/UFRJ Introdução à Microeconomia Renata Lèbre La Rovere Grupo de Economia da Inovação IE/UFRJ PARTE III: CONSUMO BIBLIOGRAFIA DA PARTE III: Krugman & Wells, cap. 10 e 11 Varian, cap. 2,4,5,6 BIBLIOGRAFIA DESTA

Leia mais

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção

Microeconomia. Prof.: Antonio Carlos Assumpção Microeconomia Oligopólio Prof.: Antonio Carlos Assumpção Interdependência e o Equilíbrio de Nash Concorrência via Quantidade O Modelo de Cournot Cartel Modelo de Stackelberg Os Modelos Comparados Concorrência

Leia mais

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples

Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples Aula 3 - Modelo Keynesiano Simples 1. (ESAF) Considere: Y = C(Y) + I + G + X - M(Y) C(Y) = Co + 0,7.Y M(Y) = Mo + 0,5.Y I = 700 G = 200 X = 300 Co = 500 Mo = 100 Onde Y = produto; I = investimento; G =

Leia mais

Estrutura de Mercado e Tomada de Decisão

Estrutura de Mercado e Tomada de Decisão Estrutura de Mercado e Tomada de Decisão Material Teórico Custos Responsável pelo Conteúdo: Prof. Ms. Bruno Leonardo Silva Tardelli Revisão Textual: Profa. Ms. Luciene Oliveira da Costa Santos Custos

Leia mais

Introdução à Microeconomia

Introdução à Microeconomia Introdução à Microeconomia Marcelo Pessoa de Matos Aula 19 PARTE III: CONSUMO BIBLIOGRAFIA DA PARTE III: Krugman & Wells, cap. 10 e 11 Varian, cap. 2,4,5,6 BIBLIOGRAFIA DESTA AULA: Krugman & Wells, cap.10

Leia mais

Economia de Trocas Pura

Economia de Trocas Pura Economia de Trocas Pura Caracterização Estamos de volta às questões colocadas por Adam Smith na Riqueza das Nações. Seria um sistema de trocas, baseado em indivíduos auto interessados, com propriedade

Leia mais