SINOPSE. Nota introdutória. Economia Internacional I. Versão Provisória 1º Draft
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- Maria de Begonha Araújo Bayer
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1 SINOPSE Economia Internacional I Versão Provisória 1º Draft Nota introdutória A presente sinopse deve ser utilizada conjuntamente com um dos livros indicados na bibliografia.
2 Economia Internacional Objectivo: introduzir abordagem microeconómica dos problemas de economia internacional Abordagem teórica com uso de análise gráfica Meta: dotar os alunos de capacidade de análise e apresentação de problemas básicos de economia internacional Autarquia ou Comércio entre as Nações? A visão mercantilista: Comércio como um jogo com resultado zerosum Adam Smith: vantagens absolutas e especialização. Um jogo em que todos ganham. David Ricardo: vantagem comparativa
3 Um modelo simples com pressupostos simples Cada nação tem recursos fixos, homogéneos e pleno emprego Cada nação tem uma tecnologia definida que não se altera Os factores de produção são perfeitamente móveis dentro do país Os custos de transporte são nulos Há concorrência perfeita nos mercados de produto e de factores Produção em autarquia: conceitos básicos A fronteira de possibilidades de produção e o conjunto de possibilidades de produção A tecnologia: os coeficientes e a produtividade do factor trabalho Custo de oportunidade e taxa marginal de transformação
4 A fronteira de possibilidades de produção A fronteira de possibilidades de produção representa todas as combinações alternativas do bem X e Y que um país pode produzir. Para desenhar uma f.p.p. Deve conhecer a dotação de recursos do país e a tecnologia para transformar factores de produção Consumo em autarquia: conceitos básicos Curvas de indiferença colectivas versus curvas de indiferença individuais Distribuição de rendimento e curvas de indiferença Ponto da felicidade absoluta-bliss point
5 Propriedades das curvas de indiferença individuais Têm declive negativo São convexas Não se intersectam Curvas mais altas representam níveis mais elevados de utilidade Equilíbrio em autarquia Em autarquia decide o que produz e consome maximizando a sua utilidade sujeito à restrição imposta pela fronteira de possibilidade de produção.
6 Vantagem Absoluta Diz-se que o produtor que precisa de uma menor quantidade de factores para produzir um bem tem vantagem absoluta na produção dum bem Gregory Mankiw p.53 Vantagem Absoluta O país A tem vantagem absoluta na produção do bem X se a LX <b LX, isto é se utiliza menos unidades de trabalho para produzir uma unidade do bem X no país A do que no país B Beth Yarbrough p.41
7 Adam Smith e o conceito de vantagem absoluta O país A tem vantagem absoluta na produção do bem X se alx<blx O comércio entre 2 nações é mutuamente vantajoso se o país A tiver vantagem na produção de X e o país B vantagem na produção de Y O Modelo de Ricardo: modelo de custo constante O modelo de Ricardo implica que a fronteira de possibilidades de produção é uma linha recta. O declive da f.p.p. Representa o custo de oportunidade do bem X, dado por a LX /a LY, que é independente das combinações de bens produzidos. Por esta razão, o modelo de Ricardo é referido como um modelo de custo constante. Pg31 Beth Yarbrough
8 Vantagem Comparativa Os economistas utilizam a expressão vantagem comparativa quando descrevem os custos de oportunidade de dois produtores. Diz-se que o produtor que tem o menor custo de oportunidade na produção de um bem tem uma vantagem comparativa na produção desse bem Gregory Mankiw p.54 Vantagem comparativa O conceito de vantagem comparativa é uma extensão do conceito de custo de oportunidade. O país A tem vantagem comparativa na produção do bem X se, para produzir uma unidade adicional do bem X em A, é necessário deixar de produzir menos unidades do bem Y do que no país B. Beth Yarbrough p.38
9 Termos de troca o racio de preços em equilíbrio quando se realizam trocas, escrito [ P x /P y ] TT é denominado termos de troca e deve situar-se entre os racios de preços dos dois países em autarcia ou seja ( P x /P y ) A <(P x /P y ) TT <(P x /P y ) B Termos de troca Os termos de troca duma nação são definidos pelo racio do preço do produto de exportação realtivo ao preço do produto importado (P exp /P imp ) A (Salvatore)
10 O potencial do comércio internacional Demonstrar o potencial do comércio internacional para melhorar o bem estar dos residentes nos países A e B implica demonstrar que em autarquia não produzimos o máximo possível ao nível mundial. O Modelo de Ricardo: limites O modelo de Ricardo é útil na demonstração de como o comércio internacional baseado em diferenças de tecnologia e de produtividade do trabalho entre países pode ser mutuamente benéfico. Contudo, uma conclusão importante do modelo de custo-constante, a especialização total de cada país não é típica da economia internacional.
11 Dotações de factores e o modelo neo-clássico Os estudos empíricos revelam que os custos de oportunidade aumentam com o nível do produto e não são constantes. Ao admitirmos esta hipótese necessitamos de outro modelo capaz de explicar a especialização parcial e não total Modelo neo-clássico Neste modelo temos dois factores de produção- Trabalho(L) e Capital(K)- que não têm igual produtividade nas duas industrias de bens, X e Y
12 Uma tecnologia com dois factores Funções de produção e isoquantas Taxa marginal de substituição técnica Função custo e isocusto Produção a custo mínimo Condição de equilibrio esteja na mais elevada curva de indiferença atingível. Em autarcia o conjunto de possibilidades de produção coincide com o conjunto de oportunidades de consumo.
13 Modelo neo-clássico: vantagem comparativa Neste modelo, o país A tem uma vantagem comparativa na produção do bem X se o preço relativo de A é menor do que em B: ( P x /P y ) A <(P x /P y ) B Gráficamente o país A tem vantagem comparativa no bem X se o declive da recta de preços relativos é menor em A do que em B. Pg75 Beth Yarbrough Diferenças modelo de custos constantes vs custos crescentes Modelo custos crescentes a vantagem comparativa é definida comparando preços relativos versus custos de oportunidade Modelo custos crescentes a determinação da vantagem competitiva faz-se para pontos específicos da função de produção porque o custo de oportunidade varia ao longo da fronteira
14 Mais fontes de vantagem comparativa Com custos crescentes um país tem vantagem comparativa na produção de bens cujos preços relativos são menores do que no outro país. Para determinar a origem da vantagem comparativa, é necessário examinar os determinantes dos preços relativos: a) dotação de recursos; b)tecnologia; c)gostos/preferências; d)a combinação dos determinantes acima. P79 Beth Yarbrough Dotação de Recursos O papel das diferenças nas dotações de factores dos países na determinação de padrões para os custos de oportunidade foi identificado por Eli Heckscher e Bertil Ohlin Combinando o conceito de abundância num factor de produção com a ideia de que a produção de diferentes bens se faz com diferentes intensidades no uso dos factores iferiram que um país tem vantagem comparativa na produção do bem que usa intensivamente o factor abundante. P 81 Beth Yarbrough
15 Abundância em factores de produção O país A é abundante em trabalho se L A /K A > L B /K B O bem X é intensivo em trabalho se A kx /a lx <a ky /a ly e b kx /b lx <b ky /b ly Teorema Heckscher-Ohlin Em comércio livre cada nação especializa-se e exporta o bem que usa o factor abundante intensivamente devido ao baixo preço desse bem em autarcia. P82 Beth Yarbroough
16 O teorema de Stolper- Samuelson Mantendo os pressupostos do modelo neo-clássico, a variação no preço dum bem causa uma variação mais que proporcional no preço do factor de produção usado intensivamente na produção desse bem. Diferenças modelo custos constantes vs custos crescentes Modelo custos crescentes a vantagem comparativa é definida comparando preços relativos versus custos de oportunidade. Modelo custos crescentes a determinação da vantagem competitiva faz-se para pontos específicos da função de produção porque o custo de oportunidade varia ao longo da fronteira de possibilidades de produção.
17 Diferenças modelo custos constantes vs custos crescentes Modelo custos constantes o declive da fronteira de produção é constante. Modelo custos crescentes o declive da fronteira de produção é variável. Taxas Aduaneiras As medidas usadas para restringir o comércio são denominadas barreiras ao comércio. Barreiras ao comércio: taxas aduaneiras, quotas de importação, restrições voluntárias à exportação, standards técnicos.
18 Razões para aplicar uma taxa aduaneira Desencorajar o consumo Angariar/gerar receitas para o governo Reduzir o déficit da balança comercial Proteger a produção doméstica. Tipos de taxa aduaneira Taxa especifica Taxa ad-valorem
19 Medidas do nível geral de taxa aduaneira Média simples Média ponderada Nível geral de protecção Mercados e Bem Estar Conceito de excedente do consumidor Conceito de excedente do produtor Caso de equilíbrio do mercado Ver Introdução à economia de Gregory Mankiw cap.7 e cap.9
20 Efeito duma Taxa Aduaneira P Pequeno país S d P α P w+t P w j m n v S w+t S w D d Y 2 Y 4 Y 3 Y 1 Q Balanço do Bem Estar Excedente do produtor doméstico +j Excedente do consumidor doméstico -(j+m+n+r) Rendimento da taxa governo +n Excedente total -m-r perca/deadweight loss
21 Efeito duma Taxa Aduaneira P E Grande país S d P 1 I H P 0 j m n v F S P 1-t C S t d+w D d S d+w Y 1 Y 3 Y 2 Y 0 Q Efeitos duma taxa aduaneira Efeito volume de comércio Efeito nos termos de troca A taxa que maximiza o efeito líquido para o país é denominada taxa aduaneira óptima.
22 Taxa aduaneira dobre a exportação Instrumentos para medir protecção não aduaneira Rácio de cobertura das importações; Taxa alfandegária implicita Producer Subsidy Equivalent (PSE) Consumer Subsidy Equivalent (CSE)
23 Argumentos a favor das restrições ao comércio Não verificação dos presupostos do mercado de concorrência perfeita: Indústria monopolista Exterioridades ou externalidades Efeitos sobre a distribuição do rendimento Argumentos não económicos. Restrições ao comércio livre O caso das indústrias nascentes O caso das distorções domésticas ao modelo de concorrência perfeita O caso dos efeitos sobre a distribuição do rendimento Os argumentos não económicos
24 A defesa das indústrias nascentes Defende a criação de protecção no curto prazo para uma nova industria incapaz de competir com rivais mais experientes noutros países; As restrições ao comércio são temporárias e provocam perdas de bem estar no curto prazo que serão compensados quando a industria for capaz de competir sem protecção no mercado mundial. Contra-Argumentos Dificuldade em seleccionar bons candidatos a proteger; Não é evidente que o estado é mais eficaz a identificar vencedores do que os investidores privados; A remoção da protecção temporária tem-se revelado difícil; Existem políticas alternativas mais eficientes, como por ex. o subsídio à produção. Se o objectivo é suportar a produção então a política directa mais eficiente é subsidiar a produção e não restringir o comércio livre.
25 O Caso Das Distorções Domésticas O efeito duma indústria monopolística O efeito das externalidades O argumento da tarifa óptima A taxa aduaneira óptima é a que maximiza o bem estar do país que a impõe assumindo que o parceiro comercial não responde.
26 O argumento da tarifa óptima A criação duma taxa aduaneira por um país grande tem dois efeitos: O efeito sobre o volume de comércio que é reduzido por via da taxa aduaneira; O efeito sobre os termos de troca. O efeito sobre os termos de troca Um grande país tem uma quota do mercado mundial suficientemente grande para afectar os termos de troca. A criação duma taxa aduaneira por um grande país reduz a procura no mercado internacional baixando o preço praticado pelos produtores estrangeiros.
27 O efeito de monopólio O poder de monopólio num mercado tem como efeito que os preços relativos não reflectem o verdadeiro custo de oportunidade da produção isto é: P x /P y < Mc x /Mc y
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