Corinthians encerra patrocínio da Caixa e busca naming right

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO QUINTA-FEIRA, 25 DE FEVEREIRO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 83 mi é o quanto a Caixa paga por ano a dez clubes pelo patrocínio máster; o acordo é até dezembro EDIÇÃO 448 Corinthians encerra patrocínio da Caixa e busca naming right POR DUDA LOPES E ERICH BETING xa pretendia manter os mesmos valores pagos desde 2013: R$ 30 milhões por ano de patrocínio. O impasse tem, por trás, uma longa negociação do Corinthians para o naming right da sua arena, que se arrasta desde o ano passado. O clube negocia com uma marca que pode também ocupar O patrocínio passou a ser alvo de protestos de torcedores de outros clubes, que questionavam o aporte milionário de uma estatal em apenas um clube. Com a repercussão, a Caixa passou a fechar com outros times, como Flamengo e Vasco, chegando a ter quase a metade dos times Uma reunião na tarde da quarta-feira em São Paulo entre as diretorias de Corinthians e Caixa Econômica Federal colocou um fim a três anos de parceria entre clube e o banco estatal, que não acertaram a renovação do acordo que já foi o mais valioso do país. O anúncio deverá ser feito ainda na manhã desta quinta-feira, mas já na madrugada o site oficial do Corinthians havia retirado a marca do patrocinador estatal de sua lista de parceiros (foto acima). Clube e empresa não acertaram as bases da renovação do contrato. Enquanto o Corinthians queria R$ 40 milhões para renovar, a Cai- a parte mais nobre do uniforme. Sem a Caixa, a chance de isso acontecer passou a ser maior. O fim da parceria coloca fim a um patrocínio que ganhou alta projeção na mídia desde a sua assinatura, em dezembro de 2012, quando o Corinthians jogou o Mundial de Clubes no Japão. que disputavam a Série A do Campeonato Brasileiro de Com o fim do patrocínio ao Corinthians, a Caixa perde um clube no estado mais populoso do país. A empresa mantinha conversas com o São Paulo, que há três anos não tem um acordo para a parte mais nobra do uniforme. 1

2 Mercado se fortalece com mais um naming right POR DUDA LOPES Diretor de Novos Negócios da Máquina do Esporte Parece que finalmente o naming right do Corinthians irá sair do discurso de cartola falastrão. E isso é bastante animador para o mercado de entretenimento. É um alento em um momento de crise econômica. A verdade é que, especificamente para o naming right, o Brasil ainda é um ponto de interrogação. Existe resistência da mídia e de parte dos torcedores. E, mais importante, ainda existe a percepção errônea de que o mais importante em um contrato do tipo é o nome de fato, e não o amplo uso de uma estrutura que recebe milhares de pessoas semanalmente. Hoje, há apenas duas empresas que apostaram no segmento: a Allianz e a Itaipava. É algo diferente do que acontece no mercado de casas de show, por exemplo. Somente em São Paulo, HSBC, Citibank, Bradesco entre outros se espalham. Com mais uma grande referência, o mercado deve se animar não só pela principal propriedade, mas para as outras possibilidades que uma estrutura moderna de um estádio oferece. Arenas esportivas são o que há de mais próximo de contato com o torcedor, e elas representam poderosas ferramentas de relacionamento. É algo consagrado em mercados mais desenvolvidos. Para isso se concretizar, no entanto, é importante que o Corinthians esteja para fechar com uma empresa grande e consistente, que saiba administrar um investimento dessa grandeza. Parece óbvio, mas o acordo fechado entre o clube e a tal da Klar mostra que existem perigos. A empresa terá que ter maturidade para fazer com que o dinheiro gasto tenha um grande retorno. Santos contrata empresa de José Carlos Brunoro para planejar o futuro POR REDAÇÃO O Santos contratou a empresa Brunoro Sports & Marketing para elaborar um planejamento estratégico do clube para os próximos anos. Vamos fazer um diagnóstico e montar um projeto de longo prazo, que engloba o futebol, as categorias de base, plano financeiro e de marketing. Começamos a trabalhar agora e vamos terminar o projeto em três meses, afirmou José Carlos Brunoro, diretor presidente da empresa, em entrevista à Máquina do Esporte. Brunoro se notabilizou pela gestão da parceria entre Palmeiras e Parmalat no início dos anos 90. De lá para cá, o dirigente participou de outros projetos de destaque, como a gestão da carreira do piloto Pedro Paulo Diniz. Em 2002, montou o projeto do Audax, clube mantido pelo Grupo Pão de Açúcar no Rio e em São Paulo. Em 2014 teve passagem conturbada pelo Palmeiras no ano do centenário do clube. No ano passado, o dirigente atuou como diretor executivo do Brasília FC, antes de fechar com o time da Baixada Santista. O Santos está entendendo a importância desse tipo de trabalho. O clube sai na frente. A empresa irá prestar esse serviço e será feito um mapeamento de todas as áreas do clube. Depois, será entregue um relatório para as gerências, destacou Brunoro. No Santos, ele tem bom trânsito com Eduardo Rezende, diretor de marketing e seu ex-sócio. 2

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4 Umbro faz aposta em linha retrô com chuteiras todas pretas POR ADALBERTO LEISTER FILHO A Umbro relançou suas clássicas chuteiras pretas na coleção Black Pack. A linha conta com oito tipos de chuteiras e tênis, todos na cor preta, para agradar o consumidor que gosta de modelos tradicionais utilizados pelos jogadores. O movimento é similar ao que já foi feito por Nike e Adidas, que procuraram, sem muito sucesso, recolocar as chuteiras pretas no mercado a partir de seus astros. As chuteiras coloridas tiveram seu auge na última edição da Copa do Mundo, em 2014, quando apenas um atleta fez uso de chuteira preta (o goleiro do Irã). O acontecimento chamou a atenção dos nostálgicos da era do futebol-arte, quando se usava a camisa dentro do calção, os meiões abaixo do joelho e cortes de cabelo sem ousadia e alegria. Nosso objetivo é estar presente em todos os momentos do futebol e agradar a todos os tipos de jogadores, afirmou Felipe Rosa, gerente de marketing e comunicação do Grupo Dass, que é o responsável pela gestão da marca Umbro no Brasil. Recentemente, o zagueiro Pepe, do Real Madrid, protagonizou uma campanha publicitária com o clássico modelo Speciali. Por ocasião do Valentine s Day, o dia de São Valentim, em que se celebra o Dia dos Namorados, o jogador fez uma declaração de amor para sua chuteira. O resgate dos modelos pretos tradicionais também foi feito por Nike e Adidas nos últimos tempos. A empresa americana lançou um modelo para Cristiano Ronaldo no final de Posteriormente, lançou outro calçado em homenagem a Totti, da Roma. Já a fabricante alemã lançou no ano passado uma linha de chuteiras pretas, resgatando modelos tradicionais da marca. As duas experiências já foram abortadas pelas marcas em 2015, sem ter muito sucesso de vendas. Marca deve substituir a Penalty no Cruzeiro A Umbro será a nova fornecedora de material esportivo do Cruzeiro. A informação foi divulgada no site da ESPN. Segundo a publicação, o Cruzeiro espera formalizar o rompimento com a Penalty para oficializar o novo acordo. O contrato deve ser fechado em R$ 10 milhões anuais. Procurada pela Máquina do Esporte, a Umbro negou o acordo com o Cruzeiro. Já o time de Minas Gerais confirmou que mantém um contrato com a Penalty e que ainda negocia com outras empresas interessadas em fechar. Segundo o diretor de marketing do time, Robson Pires, há a possibilidade de manutenção do atual acordo com a empresa brasileira, válido até O problema do Cruzeiro é que a Penalty tem tido dificuldades para arcar com o contrato, tanto financeiramente como em entrega de material. Neste início de ano, outro clube rescindiu com a Penalty com problemas semelhantes. O Santa Cruz chegou a divulgar uma nota oficial para enumerar os problemas vividos com a empresa, entre ausência do terceiro uniforme e ações promocionais e até falta de camisa para vender nas lojas. Com o Cruzeiro, a Umbro terá quatro clubes na Série A do Brasileiro (Grêmio, Chapecoense e Atlético-PR), além de Vasco, Náutico e Joinville. 4

5 Nissan focará em Liga dos Campeões após Jogos Olímpicos POR DUDA LOPES A Nissan está concentrada no patrocínio aos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, mas já tem planos para o que deverá fazer após o evento com o esporte: focar em ativações da Liga dos Campeões. A empresa japonesa é patrocinadora do torneio desde 2014, após assumir o lugar ocupado pela Ford por 40 anos. Como patrocinador da Liga dos Campeões, faz muito sentido ativar aqui. O Brasil é a sétima audiência da competição do mundo, atrás apenas dos países europeus. É uma dica do que deveremos fazer após os Jogos Olímpicos, disse Arnaud Charpentier, diretor de marketing da empresa, à Máquina do Esporte. A estratégia da Nissan está alinhada a outros patrocinadores do torneio, que têm ativado o evento europeu em território brasileiro. A MasterCard, por exemplo, fez uma parceria neste mês com o Itaú Personnalité para levar clientes à final da Liga, em Milão. A Heineken usa a disputa europeia em boa parte de sua comunicação no Brasil. Neste ano, a Nissan já deu sinal de que daria importância ao futebol ao fechar com a Globo para ser uma das cotistas do futebol da emisssora. Por outro lado, uma das justificativas da Nissan para apoiar os Jogos Olímpicos é justamente mostrar o enraizamento da marca com o mercado nacional. Segundo Charpentier, o investimento no evento explicita essa atitude. A primeira coisa com os Jogos é mostrar que temos um compromisso com o Brasil. Estamos aqui para ficar. Estamos atravessando uma crise muito forte, com mercado automobilístico caindo mais de 30%. Mas no final, o Brasil representa o quarto potencial de mercado do mundo. Nós investimos em longo prazo. Acreditamos muito neste mercado. Tocha olímpica passará por 329 cidades no país O Comitê Organizador do Rio 2016 divulgou a rota da tocha olímpica pelo país. No dia 3 de maio, o artefato chegará em Brasília, vindo da Grécia, e então percorrerá durante 95 dias um total de 329 cidades brasileiras, para desembarcar no Rio de Janeiro no dia 5 de agosto, durante a cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos. Ao todo, serão 12 mil condutores da tocha, que cobrirá 90% da população do país, segundo os dados divulgados pelo Rio O percurso vai passar por alguns pontos turísticos do país, como o arquipelago de Fernando de Noronha e os Lençois Maranhenses. O comitê lançará uma campanha digital para turbinar o revezamento da tocha. 5