Copa intesifica ações com São Paulo e vê renovação próxima

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1 B O L E T I M OFERECIMENTO SEGUNDA-FEIRA, 15 DE FEVEREIRO DE 2016 NÚMERO DO DIA R$ 15 mi é o quanto a Allianz paga, anualmente, para dar nome ao novo estádio do Palmeiras EDIÇÃO 440 Copa intesifica ações com São Paulo e vê renovação próxima POR ADALBERTO LEISTER FILHO Copa Airlines e São Paulo caminham para renovação de acordo de patrocínio que teve início no ano que vem. O atual acordo vence em abril, mas as novas tratativas já estão sendo discutidas. Estamos em processo de análise de renovação, mas as perspectivas são muito boas, disse à Máquina do Esporte Emerson Sanglard, gerente de marketing da Copa Airlines no Brasil. A relação ficou mais estreita neste início de ano, quando a empresa aérea realizou complicada operação para levar o elenco diretamente a Trujillo, no interior do Peru, para o primeiro jogo do mata-mata da Pré-Libertadores. Essa ação com voos especiais envolveu mais de cem pessoas na empresa, pois não temos operações em Truillo, contou Sanglard. Envolveu uma série de autorizações governamentais, legais, além de toda a complexidade logística. Mas ficamos muito satisfeitos com os resultados. Por meio da agência Passaporte FC, o São Paulo lançou dois pacotes para que os torcedores pudessem viajar para o Peru no mesmo voo do elenco. Apesar da complexidade da viagem, a iniciativa deu boa repercussão de mídia e redes sociais. Como o São Paulo avançou na Libertadores, temos a intenção de oferecer novos voos internacionais ao clube, com o objetivo de reduzir o tempo de voo do time, afirmou. Para se ter uma ideia, caso tivesse viajado a Trujillo em voo regular, o clube poderia gastar até 16h30 em deslocamento. Com o voo fretado pela Copa Airlines, esse tempo foi reduzido a 5h30. Em troca, a empresa aérea ganhou exposição na camisa do São Paulo nas primeiras partidas do ano. O clube ainda busca um parceiro para expor sua marca na área nobre de seu uniforme. Não estava no contrato para 2016 [colocação do logo da Copa na camisa do clube]. Foi parte das contrapartidas do São Paulo pelo voo fretado para o Peru, afirmou. 1

2 Patrocínio em estádio ainda vai dar muita discussão no país A briga pública entre WTorre e Conmebol sobre o uso da marca da Allianz no estádio do Palmeiras nos jogos da Copa Bridgestone Libertadores é apenas mais um capítulo de uma novela que deve tomar conta do país por, ao menos, meia década. No ano passado já houve uma queda de braço entre CBF e gestores de estádios sobre a colocação de placas de publicidade nas arenas, especialmente aquelas recém-inauguradas. A disputa, agora, envolve direitos sobre marca de patrocinadores, um tema que praticamente não existia POR ERICH BETING diretor da Máquina do Esporte no universo da Conmebol na última década e que, agora, passa a fazer parte da realidade sul-americana. A WTorre alarma que a decisão da entidade reforça a incapacidade sul- -americana em tornar profissional o futebol por aqui. Mas o fato é que a Conmebol está certa em proteger os direitos de seus parceiros comerciais, impedindo uma exposição gratuita de concorrentes durante as partidas exibidas pela televisão. O dilema vivido hoje no Brasil já foi também enfrentado pelas entidades esportivas nos Estados Unidos há cerca de 40 anos e, mais recentemente, pela Europa. O debate sempre acontece quando não existe ainda muitos exemplos de como fazer. É parte da imaturidade brasileira termos uma discussão de onde pode ou não aparecer uma marca, da mesma forma que ainda se discute se falar ou não o nome da marca na grande mídia interfere para uma empresa decidir adotar o naming right como estratégia de patrocínio. O mercado brasileiro de patrocínio começa a sair da era paleozoica. Mas ainda haverá muita discussão. IMAGEM DA SEMANA Torcida do Corinthians estende faixas de protesto contra a Globo, CBF, FPF, preço dos ingressos e escândalo paulista de desvio de dinheiro das merendas escolares no início do segundo tempo do clássico contra o São Paulo. Zagueiro e capitão Felipe foi até lá e pediu para faixas serem retiradas 2

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4 WTorre peita Conmebol por veto a publicidade em estádio POR ADALBERTO LEISTER FILHO A WTorre, que administra o Allianz Parque, lançou um longo texto, intitulado Manifesto em prol da sustentabilidade do futebol brasileiro, em que defende seus parceiros comerciais. A carta é uma resposta ao veto feito pela Conmebol de que marcas de empresas concorrentes dos patrocinadores da Copa Bridgestone Libertadores fiquem expostas durante os jogos da competição. Ao recomendar que o Palmeiras retire de seu estádio toda e qualquer forma de exposição de marcas que firam os direitos de seus patrocinadores, a Conmebol coloca seus próprios interesses acima dos interesses do protagonista do espetáculo. Os interesses comerciais e financeiros do Palmeiras e de todos os outros clubes têm de estar acima de quaisquer outros, afirma no comunicado Eliane Sobral, da diretoria de Comunicação e Relações Institucionais da WTorre. A empresa lembra que em mercados esportivos mais desenvolvidos, como EUA, Inglaterra e Espanha, os clubes só conseguem se tornar sustentáveis se têm capacidade de gerar receita. Esse modelo não apenas não é questionado pelos atores envolvidos, como é incentivado pelas organizações e entidades que orbitam em torno do esporte, enumera. Segundo o regulamento da Libertadores, é proibido divulgar anúncios comerciais nos estádios da competição. Assim, o Palmeiras não poderia utilizar nem o nome de sua arena (Allianz Parque), o que inviabilizaria jogar em casa durante a competição. A administradora aproveitou para criticar os demais estádios da Libertadores dizendo que a arena palmeirense é sinônimo de conforto e modernidade diferentemente dos equipamentos oferecidos nos países onde se desenvolve a Libertadores. Após relançamento, Vasco soma 10 mil sócios O Vasco mostrou que existia grande demanda para o clube conquistar sócios-torcedores. Após apresentar o programa há uma semana, o clube conseguiu juntar 10 mil inscrições. E o número se refere apenas àqueles que quiseram se adiantar no processo de associação. Na prática, o programa vascaíno sai do papel apenas no dia 28 de março. O programa, que terá mensalidades entre R$ 10 e R$ 180, abriu a inscrição prévia para os torcedores, mas em número limitado. Segundo o Movimento por um Futebol Melhor, o Vasco mantém 17 mil sócios, mas em planos que não são como os sócios-torcedores convencionais. Ou seja, são sócios do clube social. O próprio Movimento por um Futebol Melhor tem mostrado, nos últimos anos, o enorme potencial dessa modalidade. O Grêmio, que tem torcida menor do que o Vasco, soma 90 mil sócios-torcedores. O Palmeiras, que tem torcida próxima, somou 60 mil membros só em No Rio de Janeiro, a liderança é do Flamengo, que mantém 62 mil sócios-torcedores. Quando abrir o programa, em março, o Vasco já deve passar o Botafogo, que hoje sustenta 13 mil pessoas em seu quadro se sócios. Fluminense completa a lista dos cariocas com 31 mil torcedores inscritos. 4

5 Ifood entra no futebol e reforça presença de startups em clubes POR DUDA LOPES Na última semana, o presidente do Ceará, Robinson de Castro, fez uma entrevista coletiva de imprensa pouco comum: ele pediu uma pizza em frente aos jornalistas. O produto foi entregue pelos atacantes Bill e Rafael Costa. Na embalagem, em vez da tradicional iguaria, estava a camisa do time cearense com a marca do patrocinador máster: o Ifood. Após fazer patrocínios pontuais com o Santos, a marca de aplicativos para restaurantes delivery entrou com mais força no futebol e fechou com o Ceará para ter exposição na Copa do Nordeste. Durante a coletiva, a diretora regional da empresa, Simone Carvalho, explicou a escolha. Para 2016, temos uma meta muito agressiva de expansão. E o Nordeste é uma parte fundamental para esse processo, afirmou. Para atingir a meta, o clube prometeu fornecer sua estrutura para ativações da marca, como a realizada durante a coletiva de imprensa da última semana. Se não é possível dizer se a estratégia dará certo, é fato que as startups têm visto o futebol com melhores olhos. Empresas novas, do ramo da tecnologia, entraram recentemente no esporte. O caso mais vistoso até então é o da 99Taxis, que fechou com uma série de clubes em 2015, mas já se retirou do segmento. Ainda assim, a empresa afirma que o meio esportivo foi fundamental para o vertiginoso crescimento do aplicativo em números de usuários no último ano. Um pouco antes, uma marca concorrente já tinha aproveitado o esporte, com a EasyTaxi no Movimento por um Futebol Melhor. No Corinthians, houve uma substituição. A 99Taxis saiu do ombro do uniforme do clube para a entrada de um site de aposta registrado na Antiga & Barbuda. A Winner Play certamente acredita na liberação das apostas esportivas no Brasil nos próximos anos. Até lá, usa o Corinthians para se consolidar como site de palpites sobre resultados. Comitê da Fifa suspende Jérôme Valcke por 12 anos A Fifa aumentou o cerco contra Jérôme Valcke, mesmo após o afastamento do antigo secretário geral. O Comitê de Ética da entidade decretou uma suspensão de 12 anos para o executivo para qualquer atividade relacionada ao futebol. Além disso, ele terá que pagar uma multa de 100 mil francos suíços, equivalente a mais de R$ 400 mil. Ainda assim, o dirigente pode recorrer à decisão. Valcke foi flagrado no centro de esquema irregular de vendas de ingressos da Copa. Depois, outras questões foram levantadas, entre despesas de viagens e comercialização de direito de TV. Por isso, a entidade entendeu que Valcke violou uma série de artigos do código de ética da federação. 5